EntreContos

Detox Literário.

Ancestralidade (Edson Carvalho)

Cícero tinha um brilho novo no olhar. O brilho das manhãs após noites longas. Do peito desaguava um rio de mágoa tão antiga quanto as rugas secas de sua pele de lavrador, e bem maior do que as lágrimas que agora, enfim, as irrigavam. Dava pra ver em seu sorriso que ele finalmente entendia seu pai, seu avô, seus antepassados, e todos os seus mais longínquos ancestrais. Sentia a presença de todos naquele momento ao escutar aquela única e primeira palavra, vinda da criança que fez nascer, inocente. Palavra que resumia todo o significado do que é amor.

– Papai…

186 comentários em “Ancestralidade (Edson Carvalho)

  1. Lohan Lage
    27 de janeiro de 2017

    Mexeu comigo esse, hein. Ainda não sou pai e pude sentir forte no peito essa sensação, viu? Que lindeza. Parabéns, boa sorte!

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Muito grato, Lohan!

  2. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Que conto bonito. Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Valeu, Gustavo!

  3. Thayná Afonso
    27 de janeiro de 2017

    Amor traduzido em palavras. O texto é simples, mas muito bem escrito e transborda coisas boas em todos os momentos. É emocionante e causou um grande impacto. Achei extremamente belo e delicado. Parabéns!

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Grato, Thayná! Fico muito feliz que tenha gostado. Abraço!

  4. Pedro Luna
    27 de janeiro de 2017

    Um bom conto que faz pensar, principalmente quando diz que o personagem agora entendia seu pai, o avô, os ancestrais. Isso é vida. As coisas vão acontecendo e muitos de nós vamos apenas nos transformar em nossos pais, avôs e por aí vai. Seguir o mesmo caminho. Senão como um todo, pelo menos na maioria dos aspectos. Se eu fosse pai, acho que teria gostado mais e até me emocionado no final. Mas é um bonito micro conto, acima da média.

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Valeu, Pedro!

  5. Andreza Araujo
    27 de janeiro de 2017

    O texto é muito rico e nos traz imagens tão belas quanto o sentimento narrado. As analogias da pele do homem com a terra são fantásticas, e aumentam a nossa percepção de onde a história se passa. Parabéns pelo trabalho primoroso.

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Muito grato pelas palavras, Andreza!

  6. Leo Jardim
    27 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): sei muito bem como é bom ouvir essa palavra e, melhor ainda um “Papai, eu te amo”. O texto narra essa sensação com bastante beleza e de forma singela.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐): bela forma de contar uma cena tão bonita, que nos liga ao passado e ao futuro, pois assim será até o fim do mundo.

    💡 Criatividade (⭐⭐): uma forma interessante e nova de analisar o amor de pai.

    ✂ Concisão (⭐⭐): texto bem fechadinho, conta a história do personagem em poucas palavras.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): não chegou a me emocionar nem me arrebatar, mas não posso negar que mexeu com esse meu coração de pai.

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Valeu, Leo! Se mexeu com o coração de um pai já é a emoção mais importante que eu almejava provocar. Grande abraço!

  7. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    27 de janeiro de 2017

    Poesia em forma de conto, ou prosa poética, linda, apaixonante, tirada do fundo do coração. A boa relação entre pais e filhos é sempre gratificante. Boa sorte.

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Muito grato, remisson!

  8. Sra Datti
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Américo
    Que bela imagem, quanta poesia destilada em tão poucas palavras! Ecos de passados longínquos atados pelo sangue e pela alma. Lembrou-me de Cem Anos de Solidão.
    Amei o recorte.
    Pro…fundo.
    Boa sorte!

    • Américo Brasil
      29 de janeiro de 2017

      Muitíssimo, Sra. Datti!

  9. Leandro B.
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Américo.

    Gostei mais do texto na segunda vez que li e apreciei mais as metáforas em consonância com a vida do agricultor. ALiás, o micro da uma boa trajetória dessa vida, o que torna a leitura bem satisfatória por falar muito com poucas palavras.

    Se fosse tentar realizar uma critica construtiva, diria que senti falta das metaforas mencionadas na segunda metade do conto. Talvez elas estejam lá e eu não tenha percebido.

    Enfim, parabens.

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Grato, Leandro!

  10. Victória
    27 de janeiro de 2017

    Conto bonito e delicado. É claro que ser pai desperta emoções, mas o que achei bacana mesmo foi a ligação que o protagonista fez com seu pai, avó e todos os seus ancestrais, como se estivesse na essência do homem continuar a linhagem. Parabéns

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Que bom, Victória, essa foi a intenção, de fazer o leitor viajar milhões de anos no passado e, lá também, encontrar o amor. Muito grato, grande abraço!

  11. rsollberg
    26 de janeiro de 2017

    Ponto positivo: Demonstrar a ancestralidade, o atavismo dos personagens, culminado a repetição do ciclo. A palavra mágica que desperta até o ser mais insensível.

    Ponto negativo: As analogias são pouco originais, mais do mesmo, “brilho da manhã após noites longas” “peito que deságua um rio de mágoa”. Sei que existe a conexão com o fato do protagonista ser um lavrador, mas as passagens poderiam trazer algo novo, especialmente em um texto tão curto.

    De qualquer modo, parabéns e boa sorte.

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Uma pergunta, pra você refletir: a expressão “Rio de mágoas” não deve ser usada jamais, em hipótese alguma? Pense nisso. A associação com o fato dele ser lavrador, rugas secas, lágrimas, é um caminho poético. Não se prenda a conceitos. Mas isso, também, é uma questão de sensibilidade.

      • rsollberg
        27 de janeiro de 2017

        Já havia refletido sobre isso antes de escrever o comentário. Na verdade, esse é um ponto que tenha mais pensado durante esse certame. “Deve” é uma opinião, “Pode” é direito do autor. Em uma narrativa de trezentas páginas é muito mais comum encontrar essas passagens menos inspirados, mas em um conto de 99 palavras espero mais, muito mais. Inclusive, passagens mais sensíveis; afluentes, sulcos, depressões…que me tocariam sobremaneira. Enfim, só para deixar claro não me prendi a nenhum conceito, é apenas uma questão de observação e opinião, muito menos complexo do que aparentemente você quer crer. Abraço.

  12. juliana calafange da costa ribeiro
    26 de janeiro de 2017

    Belo conto. O rio do entendimento quando finalmente brota, irriga o solo por onde passa, faz as ideias férteis e as mágoas tolas… Não entendi a metáfora de “O brilho das manhãs após noites longas.”. Me parece q esse trecho sobra, ou poderia ser reescrito. Mas é um belo recorte esse q vc fez, parabéns!

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Não sobra não, Juliana. As longas noites é uma metáfora, mostrando a escuridão que tem sido a vida de Cícero desde que nasceu. Escuridão por não enxergar aquela gota de amor que surge e a história e amor de seus ancestrais. Se tirar, vai fazer falta não só na poesia, mas no entendimento também.

  13. Simoni Dário
    26 de janeiro de 2017

    Um texto delicado e profundo. Bem escrito, com reflexões e beleza quase poética. Um ótimo conto.
    Bom desafio!

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Grato, Simoni! Sim, a intenção do texto é ser poético. Se você achou que foi “quase poético”, não cumpri meu objetivo! rsrs Grande abraço!

  14. Fil Felix
    26 de janeiro de 2017

    Conto muito bonito, bem escrito e com ótimas descrições. Adorei a imagem que me passou do rosto, das lágrimas, dá emoção. Muito bom. Fala de um momento que traz tantos outros, as marcas da vida em contraste com a pureza do nascimento. Bem redondinho e legal. Só não peguei se era um recém nascido, por conta do “papai” em relação ao “nascido”.

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Grato, Fil! Não é um recém nascido. É a primeira palavra de seu filho (por volta de um ano de idade, talvez), que marca uma forma de reconhecimento que desperta o amor e a memória de Cícero quanto a seus antepassados. Grande abraço!

  15. Gustavo Aquino Dos Reis
    26 de janeiro de 2017

    Américo,

    creio ter captado a essência da tua obra. É bem bonita, de verdade. E me fez lembrar de uma canção de João Nogueira e Paulo César Pinheiro chamada “Espelho”.

    Porém, amigo, e isso não foi uma falha sua, mas minha: ela não me tocou tanto.
    É linda, grande demais, mas não me evocou o arrebatamento literário.
    Falhei contigo.

    De todo modo, um efusivo parabéns.

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Pelo seu comentário, vejo que tocou sim. Se você achou linda e grandiosa, esse é o “tocar” mais importante pra mim. O arrebatamento literário, na minha opinião, é o menos importante, apenas uma vaidade intelectual desnecessária e que faz muita gente comum não gostar de ler. Mas é apenas minha opinião.

    • Américo Brasil
      27 de janeiro de 2017

      Não conheço a música, vou pesquisar. Muito grato!

  16. Rubem Cabral
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Américo.

    Bonito conto, com linguagem um tanto poética e imagens fortes. Eu trocaria a fala da criança de “Papai” por “Papá”, ou algo assim.

    Nota: 8.5

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Grato, Rubem!

  17. Lee Rodrigues
    26 de janeiro de 2017

    Caro autor, gostei da poesia, dessa coisa de laço familiar e o desenho da vida rural. Uma leitura gostosa, fluída, sem tropeços, mas muito linear, não que haja a necessidade de altos e baixos num conto, mas alguma coisa para nos tirar do lugar faz a diferença.

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Muito grato, Lee!

  18. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    25 de janeiro de 2017

    Olá Américo,

    Tudo bem?

    Seu conto é simples, direto e cativante. Um trabalho que, como diz o título, fala de algo atrelado àquilo que entendemos como sendo a essência da humanidade.
    Só quando me tornei mãe entendi vários aspectos até então incompreendidos (para mim) de minha mãe. E acredito que assim seja com todo pai e mãe, filho e filha do planeta. Nesse aspecto, seu conto vai ao ponto, sem ser didático.

    A imagem da pele do pai, externando sua vida de luta, também é muito boa.

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Muito grato, Paula!

  19. vitormcleite
    25 de janeiro de 2017

    texto bem escrito e corrido mas faltou algo que prendesse a leitura para além da importância da família

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Esse algo além da importância da família é justamente a essência do texto: A ancestralidade do amor. Não o amor de pai e filho. Leia novamentel.

  20. Estela Menezes
    25 de janeiro de 2017

    Lendo os comentários dos colegas, percebo de imediato o quanto o tema escolhido toca as pessoas. E não há mesmo do que discordar. Quanto à forma, ou seja, à estrutura, à originalidade dos recursos, ao andamento do que é contado, à construção, etc.etc.etc. quase não vi comentários e este é, justamente, o aspecto que mais me interessa… E aí percebo que também não tenho críticas a fazer nem pontos fortes a enaltecer… Pra falar a verdade, acho meio longas e um tanto deslocadas em um microconto frases do tipo ” Do peito desaguava… irrigava”. Questão de gosto, é claro, mas como vi que vc costuma responder aos comentários, fica a ressalva…

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Olá, Estela. O forte do texto é a poética entre rugas segas / irrigação / lavrador. Os detalhes técnicos são importantes, é claro, mas só por eles fica difícil mesmo você tirar algo para criticar ou enaltecer. Abraço.

  21. Srgio Ferrari
    25 de janeiro de 2017

    Para de encher meu saco com enredo de novela da Globo, bicho. rsrsrs Foi o que pensei, mas jamais falaria isso num comentário, pois acho gratuíto demais. A questão é que a verdade é amarga. Complicado então, comentar. O que se espera de um comentário quando o escrito está perfeito mas a história piegas pacas? Acho q a verdade, né? Me abstenho então de dizer o que achei. 🙂

    • Américo Brasil
      26 de janeiro de 2017

      Cara, confundir meu texto com enredo de novela da globo é tomar a forma e a aparência pelo conteúdo. Eu vejo, modéstia a parte, que o conteúdo não tem absolutamente nada a ver com novela da globo. Lá, só se fala de desavenças mesquinhas. Aqui, estamos falando de milhões de anos de vínculo ancestral. Ou seja, é absolutamente o oposto de novela (inclusive, eu mesmo não assisto novela e nem televisão há muitos anos). Sugiro, se estiver disposto, uma releitura mais cuidadosa do texto.

  22. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    A vida que se renova em uma nova geração. Nada de novo nisso, mas nem por isso deixa de ser verdade. O texto trabalha muito o ambiente e o sentimento, só o final revela do que se trata – apesar de relativamente previsível. Na parte técnica, eu só estranhei “na criança que fez nascer” – me pareceu que ele poderia ter sido só o parteiro, antes de conhecer o final da história. Boa sorte!

    • Américo Brasil
      25 de janeiro de 2017

      Grato, Daniel. Quanto ao “da criança que fez nascer”, foi uma forma poética de trazer dois significados juntos: Cícero “fez” a criança e, ao mesmo tempo, deu oportunidade para que ela nascesse, já que é outra pessoa. Abraço!

  23. Tom Lima
    25 de janeiro de 2017

    Muito bonito. Me emocionou de certa forma. me fez pensar nessa ancestralidade, e que, talvez, os laços que nos ligam a ela nem sempre são genéticos. Contrastes sempre me agradam, aqui tem um entre um vida um tanto bruta e esse amor maior que o mundo que a personagem sente no final. Muito bom.

    Parabéns.

    Abraços.

    • Américo Brasil
      25 de janeiro de 2017

      Muito grato, Tom!

  24. Laís Helena Serra Ramalho
    24 de janeiro de 2017

    De início, pensei que ele tinha morrido e estava reencontrando seus ancestrais no além-vida. Mas o final trouxe uma reviravolta, ainda que sutil e delicada. Interessante essa noção de ele entender seus ancestrais. Talvez seja apenas uma revelação que ele teve, mas gosto de imaginar um quê de fantástico, como se os espíritos dos antepassados pudessem estar com ele nesse momento.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Bacana, Laís. Grato! Exatamente. A ancestralidade, para alguns, pode ser apenas transmissão genética. Porém, para outros, pode ser muito mais que isso! Abraço.

  25. Anderson Henrique
    24 de janeiro de 2017

    Simples, mas bonito. Algumas imagens como “rio de mágoa” são um pouco batidas e tiraram um pouco do brilho do texto, apesar de ter gostado dele. Mas é um bom conto, sem dúvida.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Olá, Anderson. Muito grato. Quanto ao rio de mágoa, concordo que seria uma imagem batida, se fosse usada gratuitamente. Mas a ideia é de uma associação entre a irrigação (lavrador), rugas secas e lágrimas. Abraço!

  26. Miquéias Dell'Orti
    23 de janeiro de 2017

    Olá Américo,

    Seu conto deixa uma mensagem bem bonita (ao meu ver) sobre aquilo que a gente traz de nossos pais no decorrer da vida.

    É como se carregássemos uma certa mágoa por ações que jugamos incorretas de nossos queridos e, quando tomamos o lugar deles, começamos a entender todas as pequenas e grandes coisas das quais eles se comprometeram e fizeram para que pudéssemos chegar até aqui em melhores condições que eles.

    A história me proporcionou uma sensação muito legal. Obrigado.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Miquéias!

  27. Felipe Teodoro
    23 de janeiro de 2017

    Um conto muito bonito. Gostei da forma que representou o amor e como ele pode conectar as pessoas. O início é um tanto ambíguo e a gente não sabe o que esperar dos sentimentos. É bem escrito, com excelentes comparações e um ótimo final. Parabéns pelo trabalho.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Valeu, Felipe!

  28. Mariana
    23 de janeiro de 2017

    É um conto bonito. Como já disse em outro conto, saber trabalhar bem um clichê é para poucos. Parabéns

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Mariana!

  29. Amanda Gomez
    23 de janeiro de 2017

    Oi, Américo.

    Um conto bem bonito, trás uma atmosfera não muito atual. Imaginei um homem simples que cresceu sob o rigor de todas as figuras masculinas que passaram por sua vez. De certo nunca soube o que que um afago de pai, devia sentir bastante mágoa do pai, do avô.

    Não se sabe o que acontece, apenas deduzimos. O que vemos é que esse homem está sendo curado , por assim dizer, desses sentimentos. Talvez numa promessa velada de que será pra ele o que nunca foram pra ele.

    Gostei das construções e o estilo dá narrativa. Está bem escrito e envolvente até certo ponto. Não causa impacto, mas é um bom conto.

    Parabéns, boa sorte no desafio.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Amanda! Bela comparação com a “cura”. É essa a ideia! Quanto ao impacto, tenho a opinião que um conto, para ser bom, não tem que ser contundente, de maneiras chocantes ou surpreendentes. Pode ser tocante e poético, que também valerá a pena tê-lo lido. Abraço!

  30. Vitor De Lerbo
    23 de janeiro de 2017

    Muito bonito. Esse deve ser um dos momentos mais únicos na vida de um ser humano – prova de que uma simples palavra pode nos levar ás lágrimas.
    Boa sorte!

  31. Givago Domingues Thimoti
    23 de janeiro de 2017

    Gostei do conto. A emoção de ser pai e ouvir seu filho/filha chamando de “papai” deve ser mesmo emocionante. Acho que dava para colocar um pouco mais de emoção/impacto no final. Entretanto, isso é apenas um detalhe.
    Américo, se o seu objetivo foi fazer o leitor sentir que valeu a pena ler sua obra, então, missão cumprida!
    Parabéns!

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Givago! Pois é, as pessoas estão acostumadas a esperar uma reviravolta surpreendente no final, como se isso fosse necessário para um bom conto. Gosto das surpresas inesperadas, nesse caso, contida no sentimento de libertação. Abraço!

  32. Renato Silva
    23 de janeiro de 2017

    Eu gostei. Não tenho filhos, mas consegui me colocar no lugar de Cícero e sentir um pouco o que ele sentiu. Eu sempre vi a paternidade com um sentido de legado, de transmitir para outras gerações tudo aquilo que construímos e fomos aperfeiçoando ao longo de várias gerações. Não me refiro somente a coisas materiais, mas também a valores e princípios. Parabéns e boa sorte.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Ótima comparação, é essa a ideia, Renato! Grato.

  33. angst447
    23 de janeiro de 2017

    O conto apela para uma ligação pai/filho e suas raízes ancestrais. Funcionou, mas nem tanto quanto o pretendido.
    O título não casou muito bem com o estilo do conto. Eu já fiquei esperando uma coisa menos sentimental.
    A imagem criada transmite a beleza do momento da primeira palavra dita (ainda acho uma sacanagem o bebê falar primeiro “papai” do que “mamãe”,mas tudo bem.)
    Não encontrei erros. O ritmo é mais lento, pois é um mergulho emocional,então adequa-se ao tema desenvolvido.
    Boa sorte!

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Nem sempre o que achamos é o que acontece, e essa é a beleza e o encanto da leitura. Quanto ao que eu havia “pretendido”, talvez não tenha sido isso mesmo que você imaginou. Minha pretensão foi de falar do amor, que é ancestral e sempre existiu, e da compreensão de um pai com uma vida sofrida que, ao ouvir o reconhecimento de um filho em sua primeira manifestação verbal, imagina que seu próprio pai, avô e antepassados tiveram a mesma sensação que, só agora, ele pode reconhecer também. O conto trata, enfim, do reconhecimento do amor ancestral. Abraço!

  34. Cilas Medi
    23 de janeiro de 2017

    Um conto singelo, subjetivo, encantador, com força de futuro e continuidade. Parabéns!

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Muito grato, Cilas!

  35. catarinacunha2015
    23 de janeiro de 2017

    MERGULHO rápido na emoção da paternidade. Eu também ficaria muito emocionada se meu filho nascesse falando. Assustada até. As construções são bonitas, principalmente as rugas irrigadas. IMPACTO de um leve aperto de mão.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Olá, Cararina. Grato pela leitura. A criança não nasceu falando. A história conta o momento em que ela fala pela primeira vez, reconhecendo seu pai. É um momento de ternura que palavra alguma pode explicar, e que somente quem o vive pode entender. E não diria, também, que é um momento “rápido”, já que essa mesma emoção existe há milhões de anos desde nossos ancestrais. Abraço!

  36. Davenir Viganon
    23 de janeiro de 2017

    O conto não apelo direto comigo, mesmo assim conseguiu transmitir esse sentimento muito bonito. Tudo foi bem montado e cada palavra contribuindo para o desfecho. Gostei do conto.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Davenir!

  37. Lídia
    22 de janeiro de 2017

    Não sei como deve ser quando seu filho te chama pela primeira vez, mas confesso que imagino se tratar de algo emocionante e foi isso o que seu conto me passou.
    Há poesia em sua prosa, acho isso lindo!
    Boa sorte!!

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Valeu, Lídia! Essa foi a intenção!

  38. Tiago Menezes
    22 de janeiro de 2017

    Um conto simples e ao mesmo tempo belo e meigo. Nos mostra os sentimentos que surgem ao ver o nascimento de seu primeiro filho. Momento esse que estou aguardando, pois em Julho nascerá meu primogênito. Parabéns e boa sorte.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Que ótimo, Tiago! Parabéns! Infelizmente, ainda não sou pai, mas quem sabe um dia? rsrs Grande abraço!

  39. Wender Lemes
    22 de janeiro de 2017

    Olá! Um conto que pega fundo nesse sentimento capaz de desmanchar até o mais obstinado dos Cíceros. Gostei muito da técnica e das analogias. Penso que esse sentimento de ancestralidade esteja ligado a algo muito instintivo. Se olhar pelo lado biológico, um filho é o próximo passo na busca da vida pela eternidade, e não há como descrever a satisfação de ver essa parte de si se desenvolvendo.
    Parabéns e boa sorte.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Wender!

  40. Jowilton Amaral da Costa
    22 de janeiro de 2017

    Bom conto. esses contos sempre me pegam. Sou meio bestão para as cenas cotidianas entre pais e filhos, sobretudo quando os filhos ainda são crianças.. Está bem escrito, acho que poderia ter tido mais força narrativa, para causar um impacto maior com aquele “Papai” do desfecho. Não sei se me fiz entender, enfim, eu gostei.

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Entendi, Jowilton. Grato!

  41. Luiz Eduardo
    22 de janeiro de 2017

    AChei o conto bonito, mas um pouco vago. Acho que faltou mais “história”, mas voc~E soube fazer bem aquilo a que se propôs, as descrições deram certo. Parabéns pela criatividade e boa sorte!

    • Américo Brasil
      24 de janeiro de 2017

      Grato, Luiz. Mas você achou vago em que sentido? Tem algo que não ficou bem entendido?

  42. Américo Brasil
    22 de janeiro de 2017

    Muito grato, Zé. Mas nem tudo foi entregue de bandeja, Zé. Se formos pensar de maneira literal, materialista, sim. Mas sob uma ótica espiritual, o conto é aberto no sentido da questão: O que é essa ancestralidade? O que é esse amor que sempre existiu desde os mais antigos? Aliás, não gosto de limitar um conto (seja micro, macro, nano…) entre ter que ser aberto, ou ter que ser fechado. O importante é o conto tocar o leitor, funcionar, ter valido a pena tê-lo lido.

  43. Matheus Pacheco
    22 de janeiro de 2017

    Então no final Cícero morreu e se encontrou com seus progenitores no céu? eu gostei muito do texto, de uma maneira que eu realmente não consegui entender.
    Um abração ao escritor.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Que bom que gostou, Matheus. A ideia de ancestralidade está no amor de pai pra filho que sempre existiu, não necessariamente neles se encontrarem além da vida. Mas é um ponto de vista bem interessante o seu!

  44. Gustavo Castro Araujo
    21 de janeiro de 2017

    Muito bom! Retrata com sensibilidade e profundidade esse sentimento ao mesmo tempo assustador e inebriante que é descobrir-se pai. Acrescente-se a isso a excelente construção do texto, com metáforas bem elaboradas que ilustram ricamente a expressão endurecida do protagonista, permitindo ao leitor enxergá-lo em toda a sua dramaticidade. Não há entrelinhas a completar, não me parece haver tampouco uma história subjacente, concentrando-se o conto num momento sublime, único e inesquecível, o que basta para destacá-lo dos demais. Parabéns!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Gustavo! Fico feliz que tenha gostado.

  45. Thiago de Melo
    21 de janeiro de 2017

    Muito bonito, cheio de sentimento.

    Apesar de ser uma narrativa simples, o que mais me cativou foram os contrastes:

    cícero não entendia até então seu pai, seu avô, mas passou a entender;
    a pele seca e enrugada passou a ser “irrigada” pelas lágrimas; (aliás, essa frase aqui ficou perfeita: “um rio de mágoa tão antiga quanto as rugas secas de sua pele de lavrador, e bem maior do que as lágrimas que agora, enfim, as irrigavam. “).

    Enfim, muito bem escrito e cheio de sentimento. Talvez só quem já tenha filhos consiga captar completamente a profundidade do que você escreveu. Parabéns.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Thiago!

  46. Glória W. de Oliveira Souza
    21 de janeiro de 2017

    Texto terno. Segue na linha de que, geralmente, somente quem passa pela maternidade ou paternidade compreende a história vivida com seu passado (pai/mãe/avós/parentes/vizinhos/amigos) e que os inúmeros conflitos – quer pessoais, quer coletivos – foram incompreendidos. Reconhecimento do não vivido. Não identifiquei dramaticidade na narrativa. É edificante.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      É bem isso mesmo, Glória! Grato pela bela análise. Que bom que gostou.

  47. Juliano Gadêlha
    21 de janeiro de 2017

    Um conto bonito, sensível, mas talvez simples demais. Achei que faltou algo mais forte, impactante. Ainda assim, um bom conto, bem escrito e cheio de sentimento. Gostei das construções, especialmente de “Do peito desaguava um rio de mágoa tão antiga quanto as rugas secas de sua pele de lavrador, e bem maior do que as lágrimas que agora, enfim, as irrigavam”. Para mim, a alma do texto está aí. Parabéns!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Simples demais ou de menos é uma questão de gosto, Juliano. Eu, particularmente, prefiro a simplicidade e a poesia que tragam uma reflexão profunda e edificante (no caso, dos milhões de anos de ancestralidade que sempre existiu no amor entre pai e filho) do que o impacto de um momento terrível e doloroso. Só questão de gosto.

  48. Sabrina Dalbelo
    21 de janeiro de 2017

    Achei que o autor tentou preencher com palavras bonitas e, no seu entender, bem colocadas, a falta de conteúdo.
    É um texto sobre algo tocante, com uma mensagem bonita, mas que não cativa.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Apenas uma questão de gosto, Sabrina. Nem todo mundo gosta de poesia.

  49. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    20 de janeiro de 2017

    Lindo! É uma grande emoção! Descrição de cena que foge ao usual. Gostei! Parabéns!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Patrícia! Esse conto foi escrito para pessoas como você, que gostam de poesia e profundidade de sentimentos.

  50. waldo gomes
    20 de janeiro de 2017

    conto “papai bebeu todas” sobre um pai que “descobre” amar o filho e faz uma s ligações non sense sobre sua ascendência.

    Bem escrito, mas forçado ao extremo.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Creio que você não entendeu o conto, Wando. Não tem um pingo de nonsense nele. Cícero é um lavrado de vida sofrida, mas que tem seu alívio no amor pelo filho. Amor que sempre existiu, há milhares de anos, desde seus mais longínquos ancestrais.

  51. Douglas Moreira Costa
    20 de janeiro de 2017

    É bem escrito, com imagens muito bonitas, a construção do homem do campo é muito bem feita, da pra sentir toda a dureza se vertendo em lágrimas. As emoções passadas pelo texto são reforçadas pela imagem de todos os ancestrais ali reunidos assistindo à singela cena que faz o homem chorar, e isso ficou maravilhoso. Não tem nenhum elemento surpresa, nada de reviravolta ou pontas soltas, mas tem bastante alma: o que é mais do que suficiente. Parabéns.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Douglas! É isso mesmo, a ideia não é surpreender pela história, mas, sim, pelo sentimento.

  52. Luis Guilherme
    20 de janeiro de 2017

    Bem singelo e bonito, parabéns!

    Achei que abordou bem a questão da relação de pai e filho, e transmitiu com clareza a emoção de um pai. Apesar de eu não ser pai, acho que senti como é hahaha.

    Aproveitou bem o limite de palavras, mas achei que podia ter escolhido melhor algumas delas, talvez a construção do texto não tenha me agradado tanto.

    Mesmo assim, bem bonito, gostei.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Olá, Luis. Grato! Quais palavras você sugere que eu poderia ter escolhido melhor?

  53. mariasantino1
    20 de janeiro de 2017

    Olá!

    Então, achei uma sacada de mestre unir, de fato, os ecos ancestrais. É bonito, cheio de expectativa e tem o lance rural que, particularmente me agrada bastante.
    O homem rural passa uma imagem mais dura, porém o amor (o fraterno, por ex), faz dele tão igual (um igual bom).

    Parabéns e boa sorte.

  54. elicio santos
    19 de janeiro de 2017

    O título encaixa com cada palavra do microconto. O final não surpreende, mas deságua no que se espera desde o período inicial. Não é um modelo de extrema elaboração narrativa, mas obteve o êxito pretendido., Boa sorte!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Elício.

  55. Thata Pereira
    19 de janeiro de 2017

    Eu não sou mãe, então acho que não consigo captar esse sentimento. Sinto algo muito forte pela minha mãe (vou citar ela, porque sou mais apegada que meu pai), não rotulo de amor, porque tenho minhas próprias definições sobre esse sentimento. Ela diz “você só vai entender isso quando for mãe”. Por enquanto, julgo que nunca vou entender certas coisas, mas quem sabe um dia.

    Talvez seja por isso (e, no caso, uma interferência muito pessoal, que acho que autores não devem levar em consideração), que o conto não me fisgou. No sentindo que adorei imaginar essa linha do tempo passando pela cabeça do personagem, mas não comoveu da forma como eu gostaria que tivesse comovido.

    Boa sorte!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Entendo, Thata. Mas, se um dia você for mãe, vai entender. E, então, talvez possa enxergar o que é esse “sentimento forte” que sente pela sua mãe.

  56. Tatiane Mara
    18 de janeiro de 2017

    Olá…

    Texto fala sobre muita coisa, em especial um pai que se descobre amando o filhos e por meio desse amor, o amor dos pais, avôs, etc

    Infelizmente, não deu certo comigo, li algumas vezes, mas algo sempre bloqueava o conto, não conseguir discernir o que fosse.

    Boa sorte.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Normal, Tatiane. Muitas pessoas não gostam, e ninguém é obrigado a gostar mesmo. A proposta é a singeleza e a beleza do amor ancestral entre pai e filho. É pra quem gosta de poesia, lirismo e de histórias com valores positivos. Grato por ler!

  57. Bruna Francielle
    18 de janeiro de 2017

    Hmmm.. acho que SE o objetivo era ser ”fofo” ou “emocionante” ou algo assim, em algum momento falhou !
    “Papai” no fim, por exemplo, achei um pouco forçado, não conseguiu impactar em cheio.
    Apesar de eu ver no conto outros pontos que são positivos, como o próprio título e a mensagem que a história está passando ! A ideia de passar os genes, vindos de gerações e gerações atrás, pra frente.. passar a ancestralidade !
    É uma ideia boa ! Não gostei muito da execução apenas.. 😦

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Não, o objetivo não era ser fofo. E ideia não é a passagem dos genes, mas o amor ancestral entre pai e filho. É mais espiritual e poético.

  58. Marco Aurélio Saraiva
    18 de janeiro de 2017

    Gostei do conto, especialmente pelo sentimento que é descrito nas entrelinhas. Uma mágoa que Cícero guardava, provavelmente pelo pai e pelo avô, muito provavelmente por discordar da forma que fora criado por ambos. Então, ao ver o filho reconhecê-lo como “papai”, tudo muda: ele agora os entende, e num átimo compreende tudo o que antes achava ruim.

    Tudo isso em algumas poucas frases.

    A escrita é excelente, usando construções de frases fortes e sucintas. Por exemplo: eu criei na minha mente a imagem de Cícero como sendo um homem de pele enrugada e sofrida, olhos cabisbaixos pelo trabalho no campo, roupas sujas denotando pobreza e simplicidade. Mas quando cheguei ao final do conto, pensei: “por quê estou imaginando Cícero assim? Ele poderia muito bem ser um homem de terno olhando seu filho ainda bebê em um berço no quarto”. Então voltei para reler o conto e notei que o único trecho que remete a imagem que fiz de Cícero foi: “…rugas secas de sua pele de lavrador..”. Mas só isso foi o suficiente! E o melhor: nem notei ter lido esta parte.

    Parabéns!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Puxa, Marco Aurélio, muito grato! Fico sempre feliz que você tenha entendido bem a proposta do texto! Esse texto foi feito para pessoas com a sua sensibilidade. Grande abraço!

  59. Vanessa Oliveira
    18 de janeiro de 2017

    Lembrei de quando minha mãe falava: vc só vai entender o que é ser mãe, quando for. É uma sensação que só quem é, mãe ou pai, entende. Aquele amor profundo, que te faria fazer qualquer coisa em prol da pessoinha que gerou. É bonito, sim, mas, também, estranho. Enfim, bonito o texto. Boa sorte!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Vanessa!

  60. Anorkinda Neide
    18 de janeiro de 2017

    Olá!
    Eu acho que a palavra ‘filho’ resume todo o significado do que é amor.. rsrs mas tudo bem. ouvi-los falar papai e mamae é um momento bem especial e certamente pode levar a uma epifania como esta que Cícero viveu.
    curiosamente Cícero era o nome q colocaria na minha filha, se filho fosse 🙂
    Sei que os lavradores enrugam mais cedo que nós, almofadinhas da cidade, mas senti um certo desconforto na leitura pq imaginei ele velho, e velhos tb podem ter filhos, mas não é tao natural essa condução do pensamento.. mas tudo bem, gostaria de passar mais tempo com o personagem, pra poder senti-lo melhor e nao ter esse desconforto
    Como eu reclamei noutros contos d e um parágrafo só, eu preferiria vê-lo separado, torna a leitura mais fluida, eu empaquei nas frases ali do meio do texto, tive q reler, voltar ler de novo.
    Mas é um texto muito bom, muito emocionante. parabens

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Anorkinda! Vou anotar sua sugestão de dividir em parágrafos. Abraço!

  61. Antonio Stegues Batista
    17 de janeiro de 2017

    Exatamente, um conto simples, singelo, o sentimento ancestral inerente ao Homem. Uma bela imagem que se cria no cotidiano da Vida. Foi bom mostra-la entre tantas imagens sombrias!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Antonio! Como você, eu também estou meio cansado de contos sombrios… rsrs Grande abraço!

  62. Tiago Volpato
    17 de janeiro de 2017

    Texto bem escrito, de uma beleza poética. Diria até que um ode a família.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Tiago!

  63. Fheluany Nogueira
    17 de janeiro de 2017

    Ancestralidade é mais do que amor familiar, além do legado biológico, é a identidade cultural herdada dos ancestrais, composta de história, costumes, língua e hábitos. Neste sentido, o conto ficou superficial, mas repleto de emoção e poesia. Bom trabalho. Tenho quase certeza de que você se tornou pai há pouco tempo. Parabéns. Abraços.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Infelizmente, ainda não sou pai, Fheluany. Mas gosto muito de crianças. Quanto à superficialidade, penso exatamente o contrário: Seria superficial se falasse somente de genes e cultura. A ideia foi se aprofundar em algo maior, espiritual: O amor ancestral.

  64. Anselmo Custódio
    17 de janeiro de 2017

    Muito bom,parabéns

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Anselmo!

  65. Victor F. Miranda
    17 de janeiro de 2017

    História bonitinha, mas não é meu tipo. Mesmo assim, bem escrita. Boa sorte.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Victor. Uma questão de gosto, eu entendo. É pra quem gosta de se aprofundar em questões poéticas e humanas menos sombrias do que os contos que a maioria gosta de escrever. Valeu!

  66. Bianca Machado
    17 de janeiro de 2017

    Não me tocou com relação a essa ideia de tudo o que está implícito no ato de dizer “papai” pela primeira vez, talvez um certo exagero, mas achei bonito a forma como construiu, a escolha dos termos, deu força à estrutura do texto, ficou agradável de ler, apesar de não me envolver.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Bianca. Mas não foi essa a ideia não. Não é a palavra “papai”, mas, sim, o amor que está por trás da palavra “papai”.

      • Bia Machado
        24 de janeiro de 2017

        Entendi, mas disse um certo exagero porque geralmente é um momento muito rápido, muito efêmero, não dá margem para pensar da forma como você foi tão a fundo. Para pensar nisso tudo teria mesmo, como você disse haver uma sublimação do amor nesse momento. Só que eu não senti isso nesse espaço do seu conto. Eu gostaria de ter sentido, pois foi uma ideia diferente das demais, não é possível considerá-la clichê de forma alguma, mas não consegui o envolvimento necessário, me desculpe.

  67. Fabio Baptista
    17 de janeiro de 2017

    Um conto singelo e bonito, falando de um assunto que normalmente me deixa bastante sensível – essa questão de pai e filho, ancestrais e tal.

    Infelizmente, acho que meu coração anda meio seco nesse desafio e não consegui me comover, nem impactar. Na verdade, acho que não comprei muito bem a ideia dessa catarse toda ao ouvir “papai”… seria mais verossímil se fosse no nascimento da criança.

    Abraço!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      A palavra “papai” soa vaga se você retirar o sentimento que está envolvido nela, de um pai vendo seu filho manifestando uma forma de reconhecimento e amor. Mas ok. Grato por ler!

  68. Iolandinha Pinheiro
    16 de janeiro de 2017

    A gente só descobre o que é o amor de verdade quando tem um filho. Achava isso bobagem até ter o meu. Acho que o autor criou todo um arcabouço de sensações, sentimentos, impressões e lembranças para formar um ninho onde repousaria o causador de todo este “tudo”, este incomensurável sentimento, seu filho. Ficou legal. Parabéns.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Muito grato, Iolandinha! Abraço!

  69. Guilherme de Oliveira Paes
    16 de janeiro de 2017

    Gostei muito, há imagens poéticas fortíssimas como as lágrimas “irrigando” a pele seca, marcada. No início, achei que haveria um contradição nas metáforas, já que “brilho” no olhar denota algo positivo e o conto parecia seguir na direção contrária. Mas depois percebe-se que não, que trata-se de alegria mesmo, por ser pai. Original no tema, na escolha do protagonista. Excelente.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Guilherme!

  70. Evandro Furtado
    16 de janeiro de 2017

    A ideia é interessante e a forma como você chega nela também tem seus méritos. Acho que esse texto, no entanto, carrega consigo uma armadilha bastante específica: o efeito que ele vai causar depende muito da experiência do leitor – se bem que isso acontece com todo o texto, mas esse exige uma vivência específica.

    Resultado – Average

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      É bem relativo, Evandro: Eu mesmo, que escrevi o texto, nem sou pai! E, além do mais, para quem enxerga a questão das reencarnações, sabe que todo mundo já foi pai, mãe, filho diversas vezes. Ou seja, esse sentimento está em cada um de nós, mesmo não tendo passado por essa experiência nessa vida.

  71. José Leonardo
    16 de janeiro de 2017

    Olá, Américo Brasil.

    A emoção de ouvir o primeiro “papai” de uma criança (emoção imaginada, pois não a tive), em si, já é grande coisa, mas acredito que os trechos “Do peito desaguava um rio de mágoa tão antiga quanto as rugas secas de sua pele de lavrador” e “Do peito desaguava um rio de mágoa tão antiga quanto as rugas secas de sua pele de lavrador” dão um peso ainda maior ao momento.

    Um rio de mágoa desceu — mágoa represada durante anos e anos, mágoa semelhante à dos antepassados. Mágoa de chegar a certa altura da vida sem deixar filhos, sem transmitir seu legado, suas posses, a alguém que nasceu do seu sangue? Mágoa pela brutalidade do avô para com o pai, do pai para com ele, que mascara até um singelo sentimento de amor filial?

    Simplicidade. Mas a emoção do protagonista foi explosiva.

    Boa sorte neste desafio.

    • José Leonardo
      16 de janeiro de 2017

      Retificando: o segundo trecho é “Dava pra ver em seu sorriso que ele finalmente entendia seu pai, seu avô, seus antepassados, e todos os seus mais longínquos ancestrais. ” Favor desconsiderar a repetição.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, José! Sua visão desse microconto é interessante. A ideia foi bem por aí! Valeu!

  72. Brian Oliveira Lancaster
    16 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Um texto bastante singelo e dramático. Traz toda uma carga emocional ao falar da vida do campo. Excelente. – 9,0
    O: É um cotidiano até comum, mas as expressões e a forma escolhida trouxeram um ar de sertão interessantíssimo. A melancolia, misturada à felicidade de ter um filho, está bastante convincente. – 9,0
    D: Escrita quase poética, reflexiva. O corte ao final causa uma boa impressão, deixando um sorriso no rosto de alma tão amargurada. – 9,0
    Fator “Oh my”: um texto bastante simples, mas extremamente eficiente em transmitir as emoções. Isso me cativa muito mais que explosões e correria.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Que bom, Brian! A ideia é essa mesma, trazer poesia, beleza e leveza com a simplicidade e profundidade do amor que é ancestral. Grato!

  73. Ceres Marcon
    15 de janeiro de 2017

    Lindo!
    A visão do pai, diante da palavra do filho. Gostei muito dessa sensação de entender o que aqueles que nos antecederam sentiram, no mesmo momento em que os filhos disseram as palavras papai, ou mamãe (não importa).
    Parabéns!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Ceres!

  74. Andre Luiz
    15 de janeiro de 2017

    Um conto singelo, mas que a meu ver foi bem explorado pelo autor. A narrativa pode confundir o leitor, em alguns momentos, porém o encantamento de quem compreende a mensagem compensa.

    -Originalidade(8,0): O tema é interessante, e desenvolvido de uma forma simples. Foi um tema cotidiano contado de forma poética.

    -Construção(6,5): Achei que a execução do texto foi prejudicada por aquela passagem do rio de mágoas, que destoou um pouco do restante da história. Ela deve ser melhor trabalhada.

    -Apego(7,0): Foi uma boa experiência para nós lermos este seu conto, pois cativou.

    Boa sorte!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Muito grato! Mas o rio de mágoas não destoou, André. Aliás, essa é a base do conto: As mágoas de uma vida sofrida de lavrador. “Do peito desaguava”, ou seja, do peito saía, limpava. Era um momento de alívio dessa mágoas. Entende? Se estiver disposto, sugiro uma releitura.

  75. Fernando Cyrino
    15 de janeiro de 2017

    Um conto legal de um novo pai. Pela dinâmica da história senti dificuldades em entender esse rio de mágoa fazendo contraponto com a história de felicidade. Um conto que não me provoca emoções. Lamento. Abraços de sucesso.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Ok, Fernando. Questão de gosto. Quanto às mágoas, segue o comentário que fiz para o André: “Do peito desaguava”, ou seja, do peito saía, limpava. Era um momento de alívio dessa mágoas. Entende?. Grato por ler!

  76. andré souto
    14 de janeiro de 2017

    Uma palavra “arquetípica”,talvez tenha inspirado um conto aparentemente singelo mas de profundo significado.Boa sorte.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, André!

  77. Bruno Menasche
    14 de janeiro de 2017

    Parabéns!! O som das palavras Papai e mamãe falado por um bebê é a primeira manifestação de amor através do som! Quem é pai ou mãe nunca esquece desse momento. O conto remete a essa emoção!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Bruno!

  78. Olisomar Pires
    14 de janeiro de 2017

    O título não combina com o texto. Mesmo que se possa dizer que o pai, entendendo o amor por seu filho, tenha retornado às suas raízes, acho meio forçado isso: ele sente carinho pelo filho e acredita que seus antecedentes sentiram o mesmo um pelo outro. Isso não representa ancestralidade, pois independente do sentimento há uma linha genética envolvida, o mesmo se dando com filhos bastardos que nunca viram o pai ou que foram enxotados pelos mesmos, não tem muito a ver com sentimento, é biológico.

    Passado esse ponto, vi como estranho o explodir da sensação apenas quando a criança fala “papai”, sendo que isso se dá, geralmente, após 14 meses ou mais de vida. Enquanto o filho não falou, o pai não sentia amor ? Novamente é forçado, entendo que tenha que existir um momento onde o sentimento paternal aconteça, mas nesse caso há um coincidência meio surreal apenas para causar dramaticidade.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Olá, Olisomar. O conto não fala de biologia, genética. O conto fala de amor, no sentido espiritual. Busca uma sensibilidade poética que ecoa em algo mais profundo que isso. E na ideia de que esse sentimento sempre existiu, desde nossos ancestrais, de maneiras diferentes. Claro que ele já amava o filho antes de ele falar “papai”. Porém, esse momento é um momento de reconhecimento que palavra alguma pode descrever. Não é a palavra em si, mas a energia do sentimento por trás dela. Entende? É preciso sensibilidade para entender isso, pois está mais vinculado à poesia do que à racionalidade.

  79. Priscila Pereira
    14 de janeiro de 2017

    Oi Américo, seu texto é bem profundo e poético, você conseguiu contar uma história com beleza e sensibilidade em pouquíssimo espaço. E é verdade mesmo, só entendemos nossos pais quando somos pais também, só assim damos o real valor a quem nos protegeu, alimentou, amou sem limites. Parabéns!!!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Prisicila!

  80. Eduardo Selga
    14 de janeiro de 2017

    Ancestralidade é um tema que me interessa muito de perto, por sua complexidade e, de certa maneira, pela poesia nela existente. Além, é claro, pelo rosário formado com as gerações, o qual só é possível visualizar completamente se enxergado à distância.

    Esse conto consegue demonstrar muito bem o poético e, dentro das limitações de espaço, satisfatoriamente a complexidade, muito embora o rosário de que falei tenha se mostrado mais próximo de elos de uma corrente, o que, em minha opinião, não corresponde exatamente à ideia circular de ancestralidade. Falo da transmissão mágica que ocorre de uma geração para outra, sendo cada uma delas distinta da anterior e da posterior e, no entanto, formando um todo coeso.

    No Brasil é comum a valorização e até divulgação da ancestralidade em famílias tradicionais, burguesas, mas o mesmo não acontece com os Silvas da vida. No conto há uma quebra dessa “regra”, pois o protagonista é um lavrador. Esse aspecto me pareceu bem relevante, na medida em que uma das milhões de tarefas que precisamos empreender enquanto brasileiro é o completo resgaste de nosso passado, mas não apenas até o tataravô. Precisamos nos conhecer de antes, lá do início, para os Silvas saberem quem eles são de fato e o que eles representam no Brasil.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      É isso mesmo, Eduardo! Muito grato!

  81. Virgílio Gabriel
    13 de janeiro de 2017

    Interessante. Confesso que não é algo que me surpreendeu. Mas a surpresa é mais fácil de causar que mexer com algumas emoções. Seu conto tenta atingir o sentimento da família, da ligação do filho com o pai, com o avô, e assim por diante. Conseguiu de forma exitosa. Parabéns.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Virgílio. “Surpreender” não deveria ser uma condição ‘sine qua non’ de um conto, é por isso que não busquei surpresa no sentido do desenrolar da história. Meu objetivo foi surpreender no sentido do sentimento. Abraço!

  82. Gilmar Rodrigues
    13 de janeiro de 2017

    Muito bom!

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Gilmar!

  83. Débora Carvalho
    13 de janeiro de 2017

    Ah, sensibilidade única! Falar de filhos faz os corações brilharem! 👏👏👏👏

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Débora!

  84. Elias Rocha Cruz
    13 de janeiro de 2017

    É um ótimo conto. Traz em poucas palavras uma reflexão profunda a respeito de momentos que muitas vezes compreendemos somente depois de uma “longa caminhada”.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Elias!

  85. Tatiane Lopes
    13 de janeiro de 2017

    Perfeito

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Tati!

  86. Luciano Silvestrin
    13 de janeiro de 2017

    Lindo. Resumiu um monte de conceitos profundidos com beleza e leveza.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Luciano!

  87. Claudio M. M. Duque
    13 de janeiro de 2017

    Gostei muito, pura verdade! Parabéns.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Claudio!

  88. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    Muito singelo! Uma descrição poética de personagem. Gostei de como Cícero se apresenta. De como o autor mostra a quebra da rudeza pelo momento especial na vida dele – a paternidade. Algo que faz brotar um sentimento, acredito, inigualável. Ele, duro de trabalho árduo, de terra crua, se rende à beleza da vida plantada por ele mesmo. Gostei de como as palavras construíram imagens em mim.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Valeu, Evelyn!

  89. Ricardo
    13 de janeiro de 2017

    Muito bom

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Ricardo!

  90. Irla Aliles Alves da Silva
    13 de janeiro de 2017

    Sensacional! Raro encontrar algo tão singelo e único. Em apenas um trecho traz toda vivência simbólica enfatizando uma palavra ❤ Quero ler maaaaaais e mais

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Grato, Irla!

  91. Marco Aurélio Silva
    13 de janeiro de 2017

    Bom interessante o que o conto ensina. Esse resgate da ancestralidade é uma forma de dissolver problemas familiares, trazer harmonia. Além disso, a ancestralidade nos reconecta ao divino.
    Parabéns pelo conto.

    • Américo Brasil
      22 de janeiro de 2017

      Exatamente, Marco! É essa noção de divino, amor, espiritualidade, que permeia o conto. Muito grato!

  92. Zé Ronaldo
    13 de janeiro de 2017

    Apesar do micro ser fechado, já entregando tudo de bandeja ao leitor, é de uma pureza, de uma singeleza sem tamanho. A retomada da ancestralidade através da palavra patriarcal sendo pronunciada pela primeira vez por um herdeiro, foi uma jogada de mestre!

Deixar mensagem para Srgio Ferrari Cancelar resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Informação

Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .