As pedaladas causavam ruídos ritmados com as engrenagens e correias que impulsionavam a bicicleta a circundar a rua que descia suave por seu manto cinza.
Tão logo alcançou a calçada, o homem alto, barba aparada e expressão séria, desce ao solo pedregoso e liso.
O ranger do portão prenunciava sua entrada pelas construções de pedra do local de descanso fnal.
Empurrando sua magrela metálica, percorreu a rua interna asfaltada que circundava o muro que abrigava o cemitério. Avistou ao fim dela uma casa ladeada por uma cerca a despejar verde e em pinceladas de rosa sobre um aramado de bambus amarrados.
Encostou-a no ipê que perdera suas folhas, a despontar brotos alongados da próxima floração.
Carregando sua entrega, empurrou o portão destrancado, adentrando por um corredor que margeava a casa simples.
Ao fim deste, o quintal abria-se grande e silencioso, o que não esperava encontrar àquela hora da manhã. Acreditava que seu pai, o coveiro e mantenedor do cemitério da cidade de Miranda, estivesse ao menos cuidando da propriedade que cultivava tamanho apreço.
Cedo como era aquela hora, os raios de sol mal alcançavam as sombras das mangueiras frondosas, onde a luminosidade custava a vencer a escuridão.
Empurrou a porta da cozinha e colocou a encomenda sobre a mesa. Ao observar a placidez e silêncio da casa, admirou-se o homem, que comparou o lugar em que seu pai morava, distoante com a de sua mãe, profusa em seus enfeitos religiosos e fumacê de incensos e velas acesas.
Sabendo que seu pai iniciou sua rotina de trabalho mais cedo, saiu da residência.
Refez o caminho até o portão, onde postou-se a admirar a paisagem.
Pensava por onde naquele lugar de paz seu pai estaria.
Zeloso como trabalho, seja arrancando ervas daninhas, rebocando túmulos a desmancharem ao passar das intempéries, ele era dedicado ao ofício muito cedo. Seu pai, o avô Cedro, acostumou-o a esse tipo de trabalho desde que era pequeno, que seguiu-a até substituí-lo quando não podia mais sequer levantar mais as ferramentas de trabalho.
Apesar da calmaria, a única movimentação que se notava era o balouçar dos ramos das árvores. Mas percebeu o andar de um animal que caminhava dentre os túmulos. A brancura animal saltitava dentre as pedras até se aproximar aos pés de Augúrio.
Este, tinha por profissão ser prudente e observador da ordem pública. Formou-se na capital e entrou para a corporação policial de sua cidade, na intenção de exercer suas habilidades investigativas que o diferenciava desde jovem.
O animal, que nada mais era um pequeno cão vira lata que aparentava que buscava comida, era dócil e postou-se súplico aos pés do policial, que não ficou indiferente ao comportamento dele.
Tentou acariciar o cão, mas este escapava do contato. Antes que fizesse outra tentativa, ouviu passadas de botas sobre o chão asfaltado.
– Está difícil fazer amizade aí?
O andar leve e tranquilo de seu pai contradiziam o seu porte magro e alto, que quase o via carregando suas ferramentas de trabalho em um saco de aniagem surrado às costas.
Ao avistá-lo, Augúrio cumprimenta-o, pedindo a benção.
O animal se enveredou pelas pernas do velho coveiro, suplicante por algo.
– O senhor fez amizade rápido, hein?
– Nada… Vi esse bicho ainda na escuridão e dei-lhe atenção.
Augúrio conseguiu afagá-lo afinal. Mas logo recuou a mão.
– Estranhando, Gúrio?
– Não… Tem alguma coisa nele que me espetou.
Seguraram o cachorro, que parecia relutante por contato. O policial retirou algo que estava grudado no pelo da lateral do animal. Era um galho de formação espinhosa um tanto densa.
– Nunca vi esse tipo de mato… – Disse Augúrio, examinando o ramo, que era delgado e com longos espinhos.
– Eu já vi… É de um tipo de árvore típico de caatinga e que somente em um lugar de Miranda tem. Nada bom isso.
– Como assim, pai?
– É de um lugar que ninguém mais vai. Nem os mortos também.
Augúrio examinava o animal que parecia inquieto demais. Era como se quisesse continuar a perambular. Olhou para suas mãos e espantado diz:
– Esse bicho está com um cheiro estranho… Reconhece?
O velho coveiro examina a superfície das mãos de seu filho. Ao cheirá-las, fez uma expressão de desagrado:
– Parece mijo de morto.
Na lembrança do policial, a conotação referida era a do chorume, resíduo exalado por corpos ou lixo em decomposição.
– Por onde esse bicho andou? – Indaga Augúrio.
– Não vai atrás dele não. Ele veio do Bosque do Fundão.
– E porque não?
Coçando a cabeça, incomodado talvez pela menção de algo desagradável, seu pai não reprimiu sua expressão e explicação.
– Ora, filho. É um lugar que já foi o descanso dos mortos, quando Miranda era apenas uma vila. Foi o primeiro cemitério, que depois que uma inundação ter carregado mais da metade dos mortos, fizeram-o para longe de lá. Conheço por causa das histórias que seu avô contava desse fato. Desde então, ninguém vai para lá.
Ao ouvir a explicação, algo em Augúrio atiçou o sentido de alerta profissional.
Despediu de seu pai e seguiu o cão, que caminhava ligeiro a sair do cemitério pelo portão.
Percebendo que o animal era rápido, pegou a bicicleta e segui-o.
Não sabia ao certo onde era esse lugar mencionado. Mas pelo distanciamento que se seguia, a percorrer ruas de terra batida e por morros em que rareavam as construções, logo a mata se tornou presença constante na paisagem. As árvores pálidas e o mato ondulavam selvagens a cada passagem do vento. Depois de uma ladeira que seguia quase desnuda de mato, a estrada se perdia em meio a árvores raquíticas, com copas ressequidas e galhos espinhosos. O verde sumira antes de descer. O escurecer das cores das árvores embrumavam a visão do lugar.
Além de perceber que nem a luz não adentrava por aquele lugar, nem pássaros ou farfalhar qualquer ecoavam pela monotonia acinzentada.
Apenas o remexer de seu corpo naquele silêncio mortificador alertava o policial que não estava em um lugar qualquer.
Percebendo que o solo e a inclinação do terreno não permitiriam que rodasse com segurança, largou a bicicleta na última árvore em que a estrada se fechava pelo mato alto.
Buscava a visão do animal, que ora se perdia por trás de uma árvore ou outra.
Foi inevitável relembrar-se da história que o colega Akio contou da terra de seus avós. O adensamento arbóreo remonta o Bosque do Suicídio, onde não era difícil achar corpos dos infelizes que deixavam suas vidas sob os galhos das árvores. Era um lugar tão lúgubre onde a maioria dos corpos já se decompunham por dias e até meses antes de sem serem encontrados.
Atentava-se a cada som, sob o sentido que a triste história ecoava em sua mente.
Avistou à escuridão o animal, que estava deitado sobre um monte de terra. Aparentava agoniamento, e ao se aproximar, ouviu algo.
Pensou que fosse a passagem da brisa que tentava adentrar por aqueles galhos espinhosos. Mas em nada lembrava o que conhecia e atentou-se pela repetição do mesmo. Novamente soou, mas abafado e em um tom inumano, tal como um lamúrio.
Olhou em volta e a penumbra fazia-o enxergar formas difusas no chão que poderia ser qualquer coisa, menos galhos ou raízes das árvores. Poderia ser restos de túmulos, cruzes ou mesmo, de algum corpo esquecido por ali.
Vislumbrou um movimento no montículo onde o animal mantinha-se impassível.
Mesmo com os sentidos e os pelos da nuca arrepiada, aproximou. Afastou o cão, que remexia a terra com as patas. Revolveu-a também e percebendo algo vivo a remexer, Augúrio deteve-se por alguns momentos. Mortificado por ter deparado com algo que não compreendia, viu que o que se remexia ali eram pequenos dedos, buscando um amparo a cada movimentação.
Percebendo a forma da pequena mão, o corpo do policial deu uma descarga de alerta, que fez-o retirar a terra que cobria aquela mão. Aos poucos, surgiu um braço, o torso e a cabeça, que com o passar de dedos, ter uma leve penugem delicada.
Pegou com cuidado e ao erguer o pequeno corpo, a lamúria baixa se fez mais alto, um choro audível e sufocado.
Aninhou com cuidado a criança em seu casaco. Retornou pelo mesmo caminho, sem se importar com os espinhos. Acompanhado pelo cão, foram até a estrada, onde deixara a bicicleta. Por sorte o rádio ainda tinha sinal e chamou uma viatura para resgatá-los.
Em poucos dias, a criança, que fora deixada semi-enterrada para morrer, se recuperou.
Os dias que se sucederam, as investigações revelaram algo que as autoridades e população sequer imaginariam que ocorresse por lá.
Naquele lugar, que descobriu ainda ser um cemitério ativo e ilegal, de crianças indesejadas e abandonadas para morrer ali.
Seu pai, acostumado a levar por terra o último caminhar dos defuntos, lamentou que nem sempre quem adentra nesse mundo tem a permissão de viver, são obrigados abraçar a terra como seu único leito que os acolheria de fato.
Olá, Erie! Os personagens são bons e a trama tem potencial e trouxe algo diferente, mas o conto em si não me fisgou. Achei as sentenças muito semelhantes em sua estrutura umas com as outras, que acabou tornando a leitura cansativa. Uma revisão para eliminar erros e repetições também cairia bem.
Enfim, uma ideia que tem bastante potencial, mas que deveria ser reescrita, levando em consideração algumas dicas dos colegas.
Parabéns e boa sorte no desafio!
O texto está repleto de erros revisionais e outros detalhes que poderiam ser ajustados, como repetições.
Para mim, apenas o final possuiu algo de memorável, com o resgate do bebê. Parece que tudo apresentado anteriormente foi feito por obrigação, para contextualizar o momento final. Nada, nessas cenas iniciais, foi marcante. Talvez seria preferível inserir alguns acontecimentos mais notáveis para destacar os acontecimentos e os personagens.
Como disse, o final foi o mais marcante, e teve sua originalidade. Contudo, acho que o penultimo parágrafo poderia ser suprimido, pois explica algo que poderia ser deixado nas entrelinhas, para o leitor captar. O bebê poderia ser adjetivado como “indesejado” e poderia-se ter narrado o descobrimento de outras ossadas infantis, para deixar esse aspecto claro sem ser óbvio.
O poético último parágrafo fechou a história muito bem.
No geral, texto com muito a melhorar, mas que pelo menos mostrou uma ideia diferente.
Obrigado!
Olá. A história é até bacana, mas na parte técnica existem alguns problemas. Achei o conto muito travado, principalmente no início. Acho que o autor podia ter sido mais econômico em certas passagens como: “pedalava a bicicleta, o homem desceu da bicicleta, desce a rua, abriu o portão, adentrou o corredor’. Tudo isso atrasou o conto, deixando o início lento e insosso. Tenho plena certeza que os primeiros parágrafos poderiam ter sido resumidos em um ou dois.
Mas isso é minha opinião e só uma dica. Não gostei muito, mas certamente o último parágrafo é um dos melhores do desafio.
‘Seu pai, acostumado a levar por terra o último caminhar dos defuntos, lamentou que nem sempre quem adentra nesse mundo tem a permissão de viver, são obrigados abraçar a terra como seu único leito que os acolheria de fato.”
Show de bola
Cerne triste, né?
Primeiro dê uma olhada na mistura de tempos verbais, isso atravanca a leitura porque começa mostrando um acontecimento no passado que rapidamente vai para o presente. Outro ponto é que o cerne é claro, e, se posso meter o bedelho, uma narrativa com menos floreios seria melhor para sua proposta.
Agora, está claro a sua intenção, mas esse didatismo final é ruim (em minha opinião), porque esfrega na cara do leitor a mensagem (se liga brô, era isso que eu queria com o meu texto) e, acredito que você poderia diluir essa mensagem se prezasse pela objetividade.
Então, não gostei da estrutura e condução, mas o cerne é reflexivo.
Boa sorte no desafio.
Olá, Erie. Em primeiro lugar, gostei de seu conto. A história é bacana, tem seu suspense e o final realmente me surpreendeu. Agora, existe um problema na narrativa em geral. Parte da gramática está com defeitos que travam a leitura. E concordo com a Catarina, é bom “enxugar” o texto.
Agora, esses são defeitos que podem ser melhorados. Basta revisar, revisar, revisar… Papel de todo escritor. E peça ajuda às vezes, por que tem erros que simplesmente não enxergamos. Mas o que realmente importa é que a sua história é interessante. Invista nela! Meus parabéns e boa sorte!
Olá!
Trama boa, com uma construção interessante. O autor é criativo e isso é muito bom. A escrita tem seus problemas, mas se o autor aqui é iniciante, isso é normal. Independente da experiência que tenha com a produção de ficção, minha dica para você é que leia mais (todo tipo de ficção que lhe despertar interesse, e busque aprender tanto com os clássicos e os bons autores contemporâneos da nossa língua portuguesa. Sei que esses concelhos sobre erros e problemas na escrita, mas a gente consegue melhorar muito lendo e praticando, quando fazemos isso vamos aprendendo de forma quase que inconsciente. Outra dica, é pensar um pouco mais no ritmo, e na forma como você quer contar. O que o leitor precisa saber? Que tipo de dicas e insinuações vou apresentar durante a narrativa?
Enfim, acho que essas coisas podem te ajudar, pelo menos um pouco. Siga escrevendo, por favor.
Abraço.
3. O lugar que o vento e a luz esqueceram (Erie Blur)
COMENTÁRIO GERAL (PARA TODOS OS AUTORES): Olá, Autor! Neste desafio, estou procurando fazer uma avaliação apreciativa como parte de um processo particular de aprendizagem. Espero que meu comentário possa ajudá-lo.
O QUE EU APRENDI COM O SEU CONTO: a construção das frases, às vezes diáfana, sonhadora, também teve momentos em que me pareceu confusa. Tive que voltar algumas vezes para reler o que estava escrito, e em alguns casos substituir mentalmente a palavra por outra, para fazer sentido. Mas, no geral, me surpreendi com o desenlace, mais do que com a construção.
MINHA PRIMEIRA IMPRESSÃO SUBJETIVA DO SEU CONTO, EM UMA PALAVRA: Inesperado.
Autor(a),
A originalidade do enredo salta aos olhos. E não tenho a necessidade de me derramar aqui nos erros de pontuação.
Só faço uma ressalva: arrisque, sim, caso queira, em adjetivos. Dilua eles numa construção frasal caprichada e nos ignore, em termos de críticas, caso você creia ter encontrado o ponto adequado.
Digo isso empaticamente, pois sofro dessa mesma “falha” considerada execrável por inúmeros leitores de escritores amadores. “rebuscamento”, “adjetivação”.
Luto para quebrar esse status quo literário, essa hegemonia de narrativas diretas.
Afinal, a vida em si é um excesso de rebuscamento e adjetivação desmesurada. Por isso, insista.
Pois a vida imita a arte.
Obrigado pela confiança e a ousadia.
Continue em frente, sempre em frente.
Fluídez – Weak
Encontrei vários problemas com a ortografia, com a estrutura sintática, além de mudanças no tempo verbal que realmente incomodaram.
–
Personagens – Very Weak
Não encontrei nada que lhes desse substância, suas relações são mal exploradas.
Trama – Very Weak
Há uma sucessão de fatos que não são muito bem amarrados. O conflito surge do nada, sem ligação com o que aconteceu anteriormente, e a resolução é rápida e sem desenvolvimento.
Verossimilhança (Personagens + Trama) – Very Weak
–
Estilo – Weak
A narrativa em terceira pessoa até que funciona, mas com a série de problemas com a escrita, fica difícil fazer uma avaliação mais apurada do estilo empregado.
–
Efeito Catártico – Abysmal
Influenciado diretamente pelos problemas com a escrita, o conto parece meio perdido, sem um real senso do que quer alcançar.
–
Resultado Final – Very Weak
Um tanto de excesso no primeiro parágrafo. Sugiro usar períodos curtos. Normalmente facilita. “Pedregoso e liso”? Me pareceram imagens opostas (perdoe-me se estiver errado). Seguindo no conto, percebemos que a escrita está repleta de frases conectadas com “que”. O texto parece ficar com calombos durante a leitura, como se estivéssemos a dirigir por uma via cheia de lombadas. Veja: “As pedaladas causavam ruídos ritmados com as engrenagens e correias QUE impulsionavam a bicicleta a circundar a rua QUE descia suave por seu manto cinza. / Empurrando sua magrela metálica, percorreu a rua interna asfaltada QUE circundava o muro QUE abrigava o cemitério.” Além disso, percebeu que “circundar” aparece duas vezes e em frases muito próximas? A repetição passa uma ideia de pouco cuidado com o texto (ou falta de recurso). O mesmo ocorre com “adentrar” e outras palavras que vão se repetindo. Sugiro rever e substituir.
Percebi no texto algumas dificuldades em narrar passagens simples e encadear ideias. Ficou com muitos entraves, e tem algumas muletas narrativas, o que dificultou minha leitura. Exemplo: diversas frases são emendadas com um onde (“raios de sol mal alcançavam as sombras das mangueiras frondosas, onde a luminosidade custava a vencer a escuridão / Refez o caminho até o portão, onde postou-se a admirar a paisagem / O adensamento arbóreo remonta o Bosque do Suicídio, onde não era difícil achar corpos”). Quanto à história, tem potencial. O problema foi a condução mesmo. Vamos seguir praticando. Abs!
QUERO CONTINUAR LENDO? TÍTULO + 1º PARÁGRAFO:
Gosto de texto que começa com ação e não é fã de vírgulas. Odeio vírgulas, mas a pontuação deste conto está caótica.
TRAMA muito boa. Uma história belíssima, mas escrita sem prática ou cuidado. Talvez seja o vocabulário restrito. Veja esta parte do texto:
“O animal, que nada mais era um pequeno cão vira lata que aparentava que buscava comida, era dócil e postou-se súplico aos pés do policial, que não ficou indiferente ao comportamento dele.” . Com muito respeito e apenas a título de exemplo, retirei algumas palavras desnecessárias ao entendimento e à fluidez , veja como ficou:
“O animal era um pequeno cão vira lata, talvez buscando comida. Era dócil aos pés do policial, que não ficou indiferente ao comportamento.” . Isto é um tipo de enxugamento. Cada escritor precisa de uma toalha para secar seus textos, mas cada um tem um estilo diferente.
AMBIENTE mal trabalhado, mas muito talentoso.
EFEITO afogado. O texto está tão encharcado que só um secador gigante e um salva-vidas na causa.
Boa tarde, Erie, tudo bem?
Bom, esse conto me deixou com duas coisas específicas na cabeça:
Primeiro, a história, a trama e o enredo tão muito legais e interessantes. O conto é bem conduzido, e tem uma bela conclusão. Eu esperava algo paranormal, e acabei me surpreendendo positivamente.
Por outro lado, achei que o texto carece de um trabalho gramatical e estrutural mais apurado, que valorizaria ainda mais o conto. Tem frases que tão muito longas e cheias de informaçoes, e acabam deixando o texto confuso e travado. Além disso, tem alguns outros problemas gramaticais, que, se trabalhados, podem deixar esse conto ainda mais legal.
Acho que o mais importante de tudo é a criatividade, que leva a uma historia bem interessante e que prende, o resto são só detalhes técnicos que podem ser polidos e aprimorados a cada dia.
Parabéns e boa sorte!
Eerie Comics
Quase um conto da Cripta!
GERAL
Um bom conto, dentro do desafio. Eu comecei a gostar mais do meio pro final, quando o mistério e a “missão policial” começa a tomar forma. A ideia de um cemitério clandestino, onde bebês e/ ou crianças indesejadas são enterradas é muito interessante. Vai de encontro com histórias de bruxas, abortos, gravidez escondida, um cenário macabro bem amplo. Senti que há um pouco disso no texto, como a presença do cão que, de aluma forma, ajudou a encontrar e a levar ajuda pra criança. O cão seria algo sobrenatural? Só acho que o começo ficou bastante arrastado, principalmente pelo estilo narrativo, sem grandes ânimos. Poderia ter focado na coisa do oculto.
ERROR
Amigo Erie Blur, dá uma segurada no fôlego! Não há erros que saltam aos olhos, mas tem muitas frases longas e praticamente sem vírgulas que deixam a leitura pesada e menos fluída.
Tema: Então, está dentro do tema, mas em grande parte da narrativa temos o cemitério apenas como um cenário, se foi bem o que entendi. Se a intenção foi um conto policial, com algum mistério a ser desvendado, a trama seguiu mais nesse sentido.
Enredo: Um pouco confuso, dada a inexperiência do autor/autora. Por isso até me
deixou confusa sobre a real intenção da trama. É um texto muito inventivo, que se alongaria por mais parágrafos, caso não houvesse a delimitação, tranquilamente. A criatividade está aí, falta agora a técnica. Sobre o nome da cidade, Miranda, fiquei em dúvida, achei que fosse aqui no estado de MS, onde há uma cidade de mesmo nome, mas aqui não temos a caatinga como vegetação, e sim o cerrado (onde a parte mais seca é a savana). Então, caso essa Miranda seja mesmo do MS, é bom rever essa questão.
Personagens: São os que me fizeram levar a leitura até o final, mesmo parando em alguns momentos, ou tendo que voltar.
Emoção: Eu gostei, por conta da promessa de que esse texto é de um autor/autora que está no início e que promete muito. Por isso, parabéns. Que continue escrevendo e que melhore cada vez mais!
Alguns toques: Rever pontuação e repensar cada parágrafo. Não há uma cadência entre os parágrafos e o primeiro está muito longo e, apesar de ser escrito para despertar o interesse no leitor, foi justamente o efeito contrário que causou em mim. E se servir mais um toque, tente maneirar nos adjetivos. Use só os necessários, e a grande maioria deles não é necessária e como saber? Pegue uma das frases do conto que escreveu e reescreva, tirando os adjetivos. Relendo, se você perceber que sem aqueles adjetivos o efeito da leitura é melhor, capaz de fazer com que o leitor imagine a cena com base no que ele sente, então esses adjetivos serão desnecessários. Os adjetivos só devem servir para acrescentar algo importante ao que você escreve.
Vemos aqui um escritor nitidamente em formação. O que há de mais positivo – e isso é o que mais desejamos quando nos propomos a escrever – é a ideia, uma ótima ideia, aliás. Posso imaginar que a inspiração veio da floresta de suicídios no Japão, um local tetricamente verdadeiro. Consigo imaginar a construção do enredo na cabeça do autor, em função desse lugar. Nesse contexto, dá para dizer que o conto ficou bacana, ou ao menos a maneira como foi escrito, especialmente quando atentamos para o limite draconiano do desafio. Aqui, temos o policial, filho e neto de coveiros, que por uma pista trazida por um cãozinho, descobre um cemitério clandestino, ou um local usado para atrocidades contra crianças. Cheguei a pensar que o pai do agente seria o culpado e fiquei feliz pelo fato do autor não ter caído nessa armadilha, rs Contudo, apesar da concepção e da premissa excelentes, receio que o desenrolar da trama, a maneira como a história foi contada, poderia ter sido um tantinho melhor. Há mais erros de digitação e revisão do que seria desejável. Do mesmo modo, erros de paralelismo verbal e de concordância travam a leitura. Nesse sentido, preciso aludir à elaboração de certas frases – vejo que o autor esmerou-se em obter um efeito poético e sinestésico em certos trechos, procurando as palavras mais adequadas para expressar seus sentimentos; porém, em alguns momentos, o resultado desse esforço ficou estranho, com sentenças longas demais (isto é, passando diversas ideias) e nem sempre com o uso correto das expressões. De todo modo, peço ao leitor que encare essas observações com maturidade. Há muito potencial em sua escrita (o principal, como eu disse, que é a imaginação e a vontade de progredir, você já tem), de modo que se houver mais prática, a evolução será natural. Basta manter a impulsão.
Olá, Erie,
Andei lendo os comentários por aqui e vi que seu conto está causando polêmica. Seja como for, isso é bom, não?
Vamos à minha opinião.
Para mim, o ponto forte é o final. Não pelo fato de você surpreender com a criancinha, embora por isso também, mas, e principalmente pela reflexão final do pai.
Gostei muito do cachorro e sua insistência em levar o rapaz até o local onde estava enterrado o pequeno. O vira-lata é um personagem forte dentro da trama, além de totalmente crível. No entanto, achei que o pai, apesar da reflexão final, não se encaixa na história. Você podia ter contado tudo, sem que o pai fizesse a mínima falta, pois acaba perdendo tempo, tentando dar credibilidade à visita que o filho faz ao antigo coveiro. Podeira ter ido direto ao ponto da narrativa.
A premissa é ótima e duramente real.
Concordo com os demais. Você tem talento, volte em outros desafios – se é que já não vem sempre aqui, não há lugar melhor para aprender e trocar na prática. Aqui encontramos gente que gosta de escrever e que vai ler o seu conto de verdade.
Parabéns e boa sorte no desafio.
Uma narrativa do cotidiano, com um pequeno viés policial e com o melhor amigo do homem marcando bem o seu papel. Bebês abandonados sempre trazem fortes emoções. O tema foi explorado: temos dois cemitérios; a linguagem sem problemas, a estrutura completinha,apesar de uma introdução e um desenvolvimento arrastados e um desfecho meio corrido; leitura agradável com certa dose de suspense e ares de sobrenatural que não se confirma; enfim, um texto muito bom, acima da média do Desafio.
Parabéns pela participação. Abraços.
Uma boa história mas escrita de um modo que não favoreceu o texto. Lamento pois podias ter um texto no top deste desafio. Precisas de fazer uma revisão no texto, conferir os tempos verbais e simplificar algumas frases, deixando uma leitura mais fluída. Gostei da trama que demonstra as tuas capacidades para escrever, agora é só atingir o objetivo de te centralizares no texto. De qualquer modo, muitos parabéns.
Olá!
Realmente a ideia foi boa mas não bem executada. A questão é escrever e escrever até pegar o jeito,o seu jeito.
Gostei dos personagens e queria ver mais deles, inclusive do cachorro, descrevê-los, mostrar o q pensam e sentem, aproximar o leitor deles.
Vc gastou palavra demais em descrever os ambientes e acabou tentando uma poesia q vc não alcançou, infelizmente. Não precisava dela.
Os problemas nas oraçoes e verbos já foram apontados, corrija e no próximo texto q vc fizer verá q muita informação terá sido absorvida pelo seu Eu-escritor… 😉
Uma dica: nao use mais o verbo ‘adentrar’ é horroroso!
Um abraço e boa sorte
Olá Erie
Gostei do título, pois é uma estória de mistério que é um local, no caso a floresta/cemitério abandonado, mas nem tanto.
Apesar dos erros de escrita, o texto é bom e a estória é muito boa, principalmente pelo clima e a revelação do final. Particularmente dou bastante valor a uma boa estória e a estética do texto costumo deixar em segundo plano. Só acho que a estrutura dos parágrafos podia ser revista, numa futura versão corrigida do conto, pois você inicia um novo parágrafo sem fechar o assunto anterior, fica difícil formar os quadros na cabeça que conduzem a ação. Vou chutar que você é novo nos desafios daqui e desejar que você volte a participar mais vezes com histórias boas como essa.
Um abraço.
Olá, Erie! Devo atentar, assim como os colegas o fizeram, aos problemas gramaticas, de pontuação e com os tempos verbais, especialmente nas primeiras frases que, inclusive, ficaram confusas e longas.
A narrativa também é demasiadamente longa e preocupa-se em descrever momentos desnecessários, ao menos que não auxiliam na fluidez da leitura.
A ambientação preocupa-se me situar o leitor em cada lugar que o policial passa, e creio que o faça com sucesso.
A história, que faz clara referência à Floresta de Aokigahara, no Japão (ou floresta dos suicidas), transcorre como mais uma extremamente descritiva (não que isso seja ruim, só não foi executada com clareza), e o final é muito bom.
Após tantas descrições quase oníricas, ao surgir a mão do bebê, é como se o leitor fosse puxado para a realidade.
Parabéns e boa sorte!
Olá… vou falar algumas coisas não muito agradáveis, por favor encare como crítica construtiva (essa é minha intenção).
A parte técnica do conto está bem fraca. São muitos erros, mudanças de tempo verbal, frases truncadas, excesso de adjetivos, etc. Isso prejudica bastante a fluidez da leitura, faz com que um texto de 1500 palavras pareça ter 10 mil.
Alguns exemplos:
– Tão logo alcançou a calçada, o homem alto, barba aparada e expressão séria, desce ao solo
>>> alcançou / desce – mudança de tempo verbal
– descanso fnal
– Zeloso como trabalho
– pegou a bicicleta e segui-o
– antes de sem serem encontrados
– que fez-o
>>> falhas de revisão
– As pedaladas causavam ruídos ritmados com as engrenagens e correias que impulsionavam a bicicleta a circundar a rua que descia suave por seu manto cinza
– Mas percebeu o andar de um animal que caminhava
– sob o sentido que a triste história ecoava em sua mente
>>> frases muito longas ou mal elaboradas
– rua interna asfaltada que circundava o muro que abrigava o cemitério
– que nada mais era um pequeno cão vira lata que aparentava que buscava
>>> excesso de “que”s
A história, ao contrário da escrita, foi bem construída. E nesse conto aqui acabei tendo a maior surpresa do desafio, pois não esperava de jeito nenhum esse final. Isso foi um fator bastante positivo.
Em resumo, com uma revisão mais apurada e um pouco mais de prática, essa história teria ficado bem legal. Infelizmente, nessa versão, a parte técnica comprometeu o resultado.
Abração!
Olá, autor(a)!
Vou utilizar o método “3 EUS” para tecer os comentários referentes ao seu texto.
– São eles:
EU LEITOR (o mais importante!) –> A leitura foi um pouco difícil, até conseguir me acostumar com o estilo do autor. Não curti muito o jeito com que a história foi contada. O tema é forte e o final impressiona exatamente por tratar-se de algo medonho e repulsivo, mas que existe e acontece até que com certa frequência no mundo real. Porém, a forma como os fatos se desenharam na história não soaram nem um pouco ‘reais’, ou seja, faltou verossimilhança nas ações e descrições, que terminaram por afastar o leitor de uma desejada e necessária imersão na obra, para que justamente pudesse curtir a leitura. Darei nota 5 ao trabalho, mas espero que o autor continue escrevendo e criando histórias, pois tem muito potencial! 😉
EU ESCRITOR (o mais chato!) –> As descrições ficaram muito fracas, confundindo mais do que explicando/mostrando. Talvez devido ao clima de mistério que o autor tenha tentado imprimir ao texto; mas… Não rolou. A história do conto, que é — infelizmente — super possível de acontecer, acabou ficando com um ar de inverossímil. Sugiro uma reescrita da narração, principalmente das partes descritivas, focando a atenção no que vai sendo escrito. Uma boa técnica para conseguir evoluir na verossimilhança da narrativa de um texto é, justamente, lê-lo em voz alta para si mesmo. Imagine escutar o que você fala como se fosse outra pessoa a lhe ‘contar’ a história. Se ficar confuso… Mude a abordagem. E deixo os parabéns pela ideia do autor.
EU EDITOR (o lado negro da Força) –> Com certeza este autor ainda irá melhorar muito e se tornar um escritor de sucesso! 🙂
Boa sorte,
Paz e Bem!
Boa noite, Erie.
Gostei bastante do enredo do seu conto. Essa atmosfera de mistério paira sobre toda a história e serviu para construir o clímax.
Foi agradável de se ler, apesar de você ter optado por seguir uma linha mais poética, o que, na minha opinião, não contribui para um texto de mistério. Pelo contrário, distrai e embola, adicionando muita palavra e poesia onde deveria haver objetividade. Mas aqui funcionou.
Fora alguns erros de revisão, e do personagem do pai me parecer um pouco deslocado na história, eu gostei muito.
Quero muito ler outras coisas suas por aqui! Você tem muito pra aprender e crescer com as dicas que o pessoal do desafio tem pra dar.
Continue escrevendo e boa sorte.
Olá! Primeiramente, espero que não se sinta muito frustrado com minhas colocações, ou as de outros colegas, pois vi aqui uma escrita com muito potencial e gostaria de acompanhar sua evolução em próximos desafios. Dito isso, o que senti do conto foi uma boa trama, que careceu de mais empenho na narração e na revisão final. Minha primeira impressão foi de uma narrativa um pouco engessada, estilo de “artigo científico”. Sempre há muitas maneiras de se narrar algo, mas há meios que pedem mais objetividade e meios que pedem menos. Na minha perspectiva, um conto não precisa ser tão objetivo em suas descrições quanto um artigo, uma vez que a subjetividade e a fluidez são algumas das coisas mais cativantes que ele pode apresentar. Percebi a preocupação que teve com o viés poético e isso merece destaque. Resta apenas trabalhar um pouco mais para que esse viés soe mais natural, dosar o seu uso. Bom, essa é só a minha maneira de ver as coisas. Boa sorte e parabéns pelo conto.
Um conto com abordagem diferente, um toque de mistério e suspense. Boa caracterização do cenário, mas poderia ter economizado um pouco na descrição do ambiente.
O tema do desafio foi abordado, um cemitério abandonado. Gostei porque poupou a criancinha. Sempre gosto disso.
Uma nova revisão seria interessante para limpar o texto e deixá-lo menos confuso em algumas partes. Eu ‘pensei em citar os detalhes, mas vejo que Ricardo de Lohem já fez isso por mim, do jeito dele.
Interessante o protagonista chamar-se Augúrio, cujo o significado é: adivinhação, agouro, presságio. Ou seja, ele foi guiado pelo cão, mas também pela sua intuição, para o local que a criança estava enterrada.
Boa sorte!
VERME (Versão, Método)
VER: Texto bastante denso, carregado, com uma atmosfera opressiva bem pontuada. Gostei do senso de “floresta” que o contexto transmite, dando mais clima ao restante.
ME: As primeiras frases exigiam vírgulas, para dar fôlego ao leitor, mas depois o autor encontra o equilíbrio e o texto flui muito bem. A escrita passa a sensação de estranhamento, algo diferente do comum. Parecem palavras escritas por alguém de nacionalidade distinta. Se for autor daqui, conseguiu emular muito bem as características “de fora”. O enredo foca em um caso diferente, mais sombrio, e se diferenciou dos outros por isso. O que é um ponto muito positivo. A sensação “ruim” permanece ao final da história.
Olá Erie
O conto que tem o final de mais impacto, em minha opinião, até agora. Só que para chegar a esse final, foi bem travado.
Erros na escrita comprometeram bastante a fluidez. Pai e filho ficaram meio soltos no começo sem uma ligação muito familiar. Tudo ocorreu para justificar o final, ao que parece.
A ideia foi boa e teve surpresa com esse fim. O autor é criativo, devendo evoluir na estruturação e narrativa para aprimorar o texto de forma que flua para o leitor.
Tem seus méritos.
Bom desafio.
Abraço.
A história é interessante, a narrativa deixa a desejar, a leitura não fluiu muito bem para mim. Pareceu-me uma escrita pouco natural, Achei algumas frases e parágrafos meio confusos na estrutura, penso, que querendo dar mais força narrativa, acabou se atrapalhando. A trama é simples, mas, é boa. Achei um conto médio. Boa sorte.
Alcançou a calçada ( soa bem estranho) … a história é muito boa mas tem que se tomar cuidado com as constantes frases que sé completam tornando -se longas e cheias de adjetivos, eu gosto, mais cuidado pois pode parecer que se quer alongar um texto simples dando-lhe importância que não convém… eu não gostei do policial estar visitando o pai de bicicleta e com o rádio. .. bem que poderia ser um celular. .. parecia que ele estava de folga e não se leva rádio para casa …. o fim foi rápido e seco.. . Mas certamente foi marcante, fugiu da água com açúcar que tenho visto da maioria dos contos.
O tema é muito bom. A ambientação é neutra, nem ajuda e nem atrapalha. As referências estão OK. Mas o final é muito inferior em ritmo, tensão e capacidade de entreter. Depois de gastar 500 palavras (eu contei) para construir a tensão até o encontro do corpo da criança, você desenlaça em três frases e depois arremata com a PIOR coisa que um conto pode ter: um epílogo. Um bom conto leva a tensão até o fim. O epílogo deve ser imaginado pelo leitor. Não há o que narrar depois do desenlace. O leitor não quer continuar lendo depois de saber tudo o que aconteceu.
Só por causa do final mal construído esse conto merece perder vários votos. Mas pelo que eu estou vendo nos comentários, vai ter muitos. Eu sinceramente não entendo os critérios aqui…
Olá
Como vai?
Achei a ambientação interessante e haviam inserções que emulavam textos clássicos.
Não vou esmiuçar em detalhes gramáticos que isso é uma tolice de quem se apega nos detalhes quando não há mais nada a comentar e quer depreciar o texto com esse tipo de crítica que não acrescenta nada e com uma boa revisão por parte do autor é resolvido. Fora que certos pormenores que alguns detalhistas consideram como “erros” pode muito bem ser uma característica de seu estilo literário.
Continue asssim, nesse seu estilo definido para ser um grande texto e que demonstra que mesmo com essa quantidade de palavras, demonstra que nem a maioria dos participantes e nem os comentaristas tem por valia é saber contar uma boa história.
Critica com propriedade como se fossem Borges mas não valem nem o ar podre que aspiram.
Boa sorte e parabéns pelo conto.
Olá, como vai? Vamos ao conto! Sua história é nitidamente inspirada nas lendas envolvendo a floresta de Aokigahara, no Japão, também conhecida como Mar de Árvores. Situada na base noroeste do monte Fuji, no Japão, a floresta contém um grande número de rochas e cavernas de gelo, alguns dos quais são pontos turísticos populares. Devido à densidade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida selvagem, Aokigahara é conhecida por ser emuito silenciosa. Contam-se muitas lendas acerca da floresta. Algumas delas a relacionam com demônios e espíritos malignos característicos da mitologia japonesa e é conhecida por ser um local comum de suicídios. No ano de 2010, 54 pessoas se mataram na na floresta,Em média, são encontrados cem corpos por ano, alguns em avançado estado de putrefação ou até mesmo somente esqueletos.Muitas pessoas dizem que existem espíritos malignos por lá [Fonte: Wikipédia]. O conto não está mal, mas um problema que salta à vista são os esforços do autor em sofisticar a linguagem sem ter conhecimento o suficiente pra isso. “Tão logo alcançou a calçada, o homem alto, barba aparada e expressão séria, desce ao solo pedregoso e liso.” Desceu ao solo? Ele caiu no chão? Foi a impressão que tive, mas, pra minha surpresa, logo em seguida vemos que ele estava tranquilamente empurrando sua bicicleta. Quando escrever, preste atenção no sentido do que está sendo dito. “Encostou-a no ipê que perdera suas folhas, a despontar brotos alongados da próxima floração.” A mesóclise não ficou bem aqui, ficou ligeiramente confuso: era mesmo da bicicleta que se estava falando:? Poderia ter sido: “Encostou a bicicleta no ipê…”. “Apesar da calmaria, a única movimentação que se notava era o balouçar dos ramos das árvores. Mas percebeu o andar de um animal que caminhava dentre os túmulos. A brancura animal saltitava dentre as pedras até se aproximar aos pés de Augúrio.Este, tinha por profissão ser prudente e observador da ordem pública. Formou-se na capital e entrou para a corporação policial de sua cidade, na intenção de exercer suas habilidades investigativas que o diferenciava desde jovem.” O cachorro era investigador de polícia?!?! Foi o que eu entendi com o uso do pronome “este”. Entendo que você quis se referir ao mais próximo, e o último nome mencionado foi Augúrio, mas como o “Este” começa em outro parágrafo ficou confuso. Teria sido melhor ter usado “homem” na primeira frase, e começado o parágrafo com o nome próprio, “Augúrio”: “até se aproximar aos pés do homem. Augúrio tinha por profissão ser prudente…” E tire essa vírgula, como no exemplo que dei. “– É de um lugar que ninguém mais vai. Nem os mortos também.” “Também” é conjunção aditiva, dá ideia de mais, nunca de menos. Teria sido melhor: “– É de um lugar que ninguém mais vai. Nem mesmo os mortos.” “Além de perceber que nem a luz não adentrava por aquele lugar…”. Nem a luz não adentrava.. Se nem ela ousava não adentrar então ela adentrava, certo? Um negação de uma negação vira uma afirmação, espero que você tenha ciência disso.”Avistou à escuridão o animal.” Vamos ver: “Avistou a a escuridão o animal”. Você quer dizer que o animal olhou para a escuridão, estou certo? Se não foi isso, a frase está errada.”Os dias que se sucederam, as investigações revelaram algo que as autoridades e população sequer imaginariam que ocorresse por lá.Naquele lugar, que descobriu ainda ser um cemitério ativo e ilegal, de crianças indesejadas e abandonadas para morrer ali.” É óbvio que isso é um parágrafo só e a separação em dois ocorreu por acidente, o correto seria que fossem um só, o ponto final do primeiro trocado por uma vírgula: “Os dias que se sucederam, as investigações revelaram algo que as autoridades e população sequer imaginariam que ocorresse por lá, naquele lugar, que descobriu ainda ser um cemitério ativo e ilegal, de crianças indesejadas e abandonadas para morrer ali.” “Seu pai, acostumado a levar por terra o último caminhar dos defuntos, lamentou que nem sempre quem adentra nesse mundo tem a permissão de viver, são obrigados abraçar a terra como seu único leito que os acolheria de fato.” Quem adentra no nosso mundo nem sempre tem permissão de viver? Ou os defuntos que entram no outro mundo é que não tem mais essa permissão? O último parágrafo, que é o mais importante, está confuso e ambíguo, podendo ser interpretado de duas maneiras diferentes. Eu acho que esse conto é um bom exemplo de tentativa malsucedida de usar um suposto estilo sofisticado. O resultado, infelizmente, foi um texto cheio de erros, ambiguidades e nebulosidades. Melhor da próxima vez se ater ao básico no que se refere ao texto em si, a gramática, e se concentrar na história, personagens, clima e emoções. Desejo para você Boa Sorte!
ERRATA: Eu quis dizer ênclise, não mesóclise. É só isso.
Oi. Lendo o seu conto, vi que usou bastante de um vocabulário desusado e carregou nas metáforas para criar um ambiente sobrenatural. Embora compreensível, achei que o autor deu mais importância à estética do texto do que ao enredo, o que não me agradou. Quando leio um conto, quero ler uma história, e a trama careceu de maiores emoções, pois houve um maior investimento em descrições que nada acrescentaram à história e ao seu desfecho. Gostei da ambientação, gostei do recurso de usar o cão para levar o homem até o local onde a criança estava enterrada, mas fiquei frustrada com o excesso de detalhes sobre a ambientação e a falta deles sobre a trama. Você tem talento, a gente percebe pela leitura, só precisa investir mais no enredo de seus contos. Abraços e sorte no desafio.
Oi Erie, usar bebês semi enterrados é muita apelação!!! Não consegui gostar do conto, infelizmente, mas como mãe não pude deixar de ficar com um nó na garganta. O texto precisa de uma boa revisão, tem algumas partes confusas. Boa sorte!!
Oi…
Poxa, me desculpe se soou apelação.
Mas não foge muito da realidade não é mesmo? Tantas notícias que não saem e que ficam submersos na rotina dos seres humanos.
Apesar de não ter gostado do conto, agradeço por ao menos ter se preocupado em ler até o fim e está anotado que necessita de revisão.
Obrigado
Oi, acho que o problema está em mim… Tenho um bebê então qualquer notícia ou história assim me desagrada muito mesmo. Gostaria muito de ler outro texto que você escreveu, tenho certeza que será ótimo!!
Um bom conto. Bem escrito e rico em detalhes. Não precisei reler nenhum parágrafo. O texto ficou dentro do desafio proposto, com um início longo, o meio estava um pouco enrolado e um final curto.
Não me surpreendeu o final, não teve impacto a criança deixada ali enterrada e o cão buscando ajuda. Acredito que o autor se empolgou com o desenvolvimento do texto.
E ao chegar no limite do tamanho, teve que mudar o final, se tivesse mais 500 palavras, teria incrementado mais o final.
Parabéns!
Boa sorte.
Agradeço o comentário e principalmente os elogios.
Realmente foi um desafio escrever algo que seja razoavelmente bom, dentro do limite de palavras.
De fato, senti que o final foi apressado, o que é uma pena pois perde um dos própósitos do que é um conto bem escrito.
Mas que sirva de experiência para que melhores contos vicejem.
Não gostei do conto. Não entendi o porquê da presença do pai do protagonista na trama, nem a citação do avô e, enfim, a função do pai foi somente fazer aquela revelação e, ao final, refletir sobre morte e vida, achei estranho. Ponto alto foram as descrições no caminho que levava ao pequeno, mais nada.
Na realidade, a citação do pai e do avô é por causa da função deles, de coveiros e também por profissão, ser o último que acompanha os mortos. Dada essa função, que dá margem a um filosofismo de expiação da vida e morte, que foi o caso ocorrido no conto.
Não é apra se estranhar que pessoas que achamos serem humildes, não tenham pensamentos filosóficos a respeito do que fazem.
Mas enfim, é pena que não pude cativar com meu conto algo que quis dar um tom de filosofia a algo mórbido como o cemitério.
Mais sorte na próxima vez
Obrigado pelos comentários.
Olá,
Um texto que cria muitas expectativas, pelas descrições e divagações do personagem, mas que no fim não mostra muita coisa.
As descrições estão boas, embora eu ache que pelo número de palavras disponíveis, poderia ter deixando um pouco pra preencher o final, que ficou apressado.
É um bom conto, achei meio surreal esse cemitério de “desova”de crianças, mas ainda assim achei interessante a idéia. Não causou em mim nenhum tipo de sentimento, talvez pela rápida conclusão, e antes disso o que tinha era um tour pelo cemitério e uma conversa com o pai.. resumindo, que acho que Estou me perdendo no raciocínio kk… A história é boa, mas tem um final apressado.
Fora isso, parabéns!
Olá Amanda
Fico satisfeito com os elogios e também com a unanimidade com relação ao fim apressado. Realmente, como deveria ser melhor escritor, cuidar para que o contexto todo do conto não fique desbalanceadoo é algo primordial.
Mais uma lição aprendida e agradeço pela apreciação.
O conto traz um início de caso policial misturado a uma possível atmosfera sobrenatural que no final se revela falsa, fruto apenas de tradições ou crenças antigas.
Gostei do início com as descrições mais detalhadas estava meio clássico, mas quando a bicicleta de “magrela” perdi a conexão rsrsr
Depois o conto dá uma corrida, aparece um cachorro que leva a um lugar estranho e se encontra um local de desova. ufa.
É isso.
Obrigada Taty pelo comentário e também pelo que captou do conto, que é o princípio do contexto que quis passar ao escrevê-lo.
O texto é bom, com longas descrições do ambiente e passos dados. Não há propriamente uma estória, talvez pela dimensão do desafio, teve que ser abreviado. Achei o gancho do cachorro buscando alguém para socorrer a criança meio forçado, mas tudo bem.
Fica a mensagem de que a superstição pode causar prejuízos reais.
Boa sorte.
Oi, Erie.
Sua história é uma boa história. Não me provocou maiores desassossegos, mesmo com o final, mesmo sendo um final peculiar. O tema pode causar incômodo, talvez para alguns, mas não me fez sentir diferente. A linguagem é fluida, o texto é agradável de ler. Não há reviravoltas. É um texto tranquilo. Tem cemitério. Acho que ele está bem escrito.
Parabéns.
Abraço!