EntreContos

Detox Literário.

Primal (Sasha Cardoso e Maria Santino)

Se eu vou contar a vocês sobre a minha vida e como eu cheguei onde eu estou e com essas pessoas eu tenho que começar explicando sobre o sistema de transferência de padrões cerebrais.

Criado na metade do século vinte e um o sistema permite que você copie os padrões do cérebro de uma pessoa e reescreva-os em outro cérebro. O criador do sistema pensou que ele poderia ser usado para salvar pessoas que tivessem sofrido ferimentos extensivos de mais para serem tratados de forme normal, mas não demorou muito para o sistema começar a ser usado por pessoas ricas para literalmente se manterem vivas indefinidamente.

Todo o processo é muito rápido e prático, atualmente com a ajuda de uma impressora 3D e alguns conhecimentos básicos de eletrônica você consegue construir o escâner em casa mesmo e com um HD externo grande o suficiente você pode fazer uma cópia da sua mente em aproximadamente meia hora e ter para sempre um backup em caso de acidente.

O limite dessa tecnologia era a oferta de corpos. Clonagem e manipulação genética são procedimentos caros que precisam ser feitos em laboratórios por profissionais especializados. Depois você ainda tem o custo de úteros artificiais, o seu novo corpo tem de crescer em um útero artificial e o cérebro só vai estar pronto para receber o novo padrão cerebral com dezesseis anos de idade, então é bom que você tenha dinheiro suficiente para pagar a manutenção dele por todo esse tempo.

No final um corpo novo se tornava tão caro que apenas os mais ricos conseguiam manter um estoque de corpos clonados para si mesmos, mas não demorou muito para aqueles menos afortunados perceberem que desde o começo dos tempos os humanos sempre haviam sido proficientes na produção de corpos humanos frescos. Não demorou muito para que um verdadeiro mercado negro de corpos se estabelecesse com a ajuda da internet.

Atualmente você podia encontrar dezenas de sites vendendo belos corpos em troca de uma fração do que custaria para clonar um corpo novo e com a ajuda de um bom cirurgião plástico o resultado final poderia ser bem similar ao de um clone.

Meu trabalho é vender corpos. Não é um trabalho ruim, eu ganho boas comissões por cada venda e até mesmo tenho a minha própria sala, acesso ao carro da empresa e até mesmo tem premiações para os melhores vendedores! O verdadeiro sonho da classe média-alta.

Eu sempre tento chegar cedo, mas não importa quão cedo eu chegue sempre vai ter uma longa fila na porta da companhia esperando para serem atendidos. O processo é simples e quase mecânico, na verdade a única razão desse emprego ainda não ter sido automatizado é que se você programasse um computador com o tipo de padrões que você quer selecionar iria acabar sendo chamado de racista, homofóbico, sexista e tantos outros epítetos.

Os tipos de corpos que mais vendem são os para mulheres, um homem está confortável em um corpo até por volta de seus cinquentas ou sessenta anos, mas uma mulher com um corpo com mais do que trinta anos já é considerada desleixada. O que você procura é uma candidata caucasiana, mais nova possível, magra e de preferência com um cabelo naturalmente loiro ou ruivo.

Eu chamo a primeira candidata e assim que ela entra na sala os meus óculos de realidade aumentada já vai ter medido ela e estimado um peso, sensores na cadeira irão me dar uma melhor estimativa do peso e então eu posso começar com as perguntas.

Existem vários nichos de mercado para o comércio de corpos, por exemplo, atualmente um corpo que não tenha sido vacinado vale muito entre os movimentos primitivistas, alguém que nunca tenha comido carne pode ser interessante para os grupos vegetarianos e assim por diante. Durante o questionário eu também preciso eliminar qualquer candidato que tenha traços indesejados como um histórico de doenças cardíacas, uma propensão para obesidade ou mesmo para calvície.

Enquanto a garota responde algumas perguntas padrões eu utilizo meus óculos de realidade aumentada para checar seu número de identidade. Já que trocar de corpos se tornou tão fácil que as empresas e o governo precisaram estabelecer leis e protocolos para lidar com essas novas tecnologias e impedir abusos. O método mais comumente usado era o número de identidade: uma sequência de trinta e dois dígitos pessoal e intransferível que é constantemente transmitida por um pequeno chip implantado em algum lugar do corpo e que pode ser usada a qualquer momento para acessar o perfil social da pessoa que está usando aquele corpo. Atualmente sem um desses implantes você não consegue mais acessar caixas eletrônicos, fazer pagamentos com cartão de crédito e vai ter grandes chances de acabar sendo parado pela polícia.

Em resumo, mantenha o seu chip ligado sempre e você não vai ter problemas.

Usando o número de identificação da garota eu consigo facilmente acessar o perfil social dela, checo suas respostas com os dados que consigo extrair do perfil e em questão de minutos eu tenho uma boa ideia de quem ela realmente é. Ela é a típica garota de classe baixa, seus pais mantêm constante vigilância para ela não usar drogas ou mesmo beber álcool. Esse tipo de coisa não é incomum hoje em dia. Muitas famílias tratam seus filhos como um investimento e não são poucos hoje em dia que forçam seus filhos a usar cintos de castidade para assegurar os seus investimentos.

Tendo todos os dados em mãos me resta apenas decidir se vale apenas aceitar o corpo dela. Eu rapidamente compilo os números, provavelmente eu terei que manter o corpo dela por pelo menos dois meses, ela vai precisar ser implantada com um regulador de apetite, próteses de silicone e clareamento da pele, mas fora isso ela parece estar em boas condições, ainda é virgem, foi batizada, não tem tatuagens ou piercings e seu histórico de doenças familiares é aceitável.

Eu a indico para a próxima sala onde ela vai passar por uma bateria de exames e caso tudo esteja em ordem em questão de uma ou duas horas seu corpo vai ser acondicionado nos estoques da companhia e a mente dela vai ser cuidadosamente salvo em um HD externo e enviado através do correio para um endereço de sua preferência. O pagamento seguiria em até cinco dias úteis.

Do meu lado eu pagaria pelos custos de estocagem do corpo até ele ser vendido seja através de um dos nossos vendedores físicos ou através da nossa loja virtual.

O próximo cliente é um homem, ele tem o tipo físico correto, mas com um histórico de doenças cardíacas que tornaria seu corpo difícil de mais para vender. Talvez com alguma sorte eu conseguisse vender ele para alguma pessoa que se interesse pelas rinhas de combate até a morte ou outros esportes similares, mas mesmo assim isso mal cobriria os meus gastos pela estocagem e manutenção. Eu guardo o contato dele e prometo entrar em contato caso alguma coisa apareça.

A terceira cliente é uma mulher de trinta anos em uma cadeira de rodas. Eu pego as informações dela apenas como cortesia já que seria praticamente impossível sequer conseguir vender um corpo feminino com mais do que vinte anos e ainda se eu tivesse de pagar pelo tratamento para reparar as pernas iria com certeza acabar no negativo. Conferindo o perfil social dela eu encontro o que eu já esperava: um acidente infeliz e um divórcio rápido.

Ela provavelmente estava desesperada por dinheiro para poder bancar um corpo novo, infelizmente não havia muito que eu poderia fazer por ela.

O dia passa devagar conforme os clientes vão chegando um após o outros, a maior parte eu tenho de mandar embora por algum defeito ou outro, mas até o final da tarde eu coloquei mais quatro corpos em estoque. Eu organizo o meu escritório antes de sair, gasto algum tempo conversando com meus colegas de trabalho onde eu ouço uma história de um jovem que havia tentado transferir sua mente para o corpo de uma mulher e que havia sido forçosamente transferido de volta para o seu corpo original, algo que meus colegas parecem achar incrivelmente engraçado.

A ansiedade da sexta feira torna cada minuto da viagem de volta uma pequena tortura, mas logo eu estou de volta no meu pequeno apartamento e pronto para deixar de lado o mundo humano até domingo à noite.

Diferente dos meus colegas de trabalho eu não gasto meu dinheiro com carros velozes ou com apartamentos luxuosos, eu me sinto um tanto patético, mas no último ano eu gastei quase todo o meu dinheiro em uma loba.

Umas das ramificações da tecnologia com que eu trabalho é o que eles chamam de teleoperação, o que em termos práticos se resume a controle mental. Existem algumas limitações nessa tecnologia é claro, para começar o animal que você pretende controlar precisa ter seu cérebro modificado e equipado com o hardware necessário, além disso a tecnologia por enquanto só se aplica a alguns mamíferos.

As aplicações dessa tecnologia são numerosas, mas a minha preferida (E se eu estiver sendo honesto, meu vício) são videogames. O meu preferido de longe é um jogo um tanto desconhecido chamado “Primal”, nele você controla um lobo ou urso em uma extensa reserva meticulosamente construída para parecer intocada e primitiva. Para os jogadores casuais existe a opção de alugar um animal, mas eu já estou mais para algo do tipo “Completamente obcecado” e por isso eu tenho o meu próprio animal com hardware configurado especialmente para o meu padrão cerebral e uma conexão direta ao servidor deles que me dá um ping de no máximo 20 a 30 milissegundos.

Sim, eu sei que tenho um problema, mas eu não me importo. Eu deito na minha cama e me preparo para a conexão, tendo certeza que meu corpo humano está sendo bem hidratado através de uma intravenosa antes de eu colocar o capacete neural e deixar a minha humanidade para trás.

O despertar é sempre a melhor parte, por um instante eu me afogo em meus novos sentidos, subitamente tudo tem um cheiro específico e sons que nenhum humano conseguiria ouvir se tornam claros para mim. A visão é provavelmente o pior dos meus sentidos em comparação aos meus sentidos humanos, alguns jogadores casuais gostam de usar lobos com olhos cibernéticos para corrigir isso, mas em minha modesta opinião para o inferno com essas pessoas!

Eu estou cercado de escuridão, ao meu redor existe o zumbido constante de maquinaria e eletricidade e o cheiro forte de óleo. Em alguns segundos os portões se abrem e eu corro para liberdade sentindo a cada passo a grama verde embaixo das minhas patas e uma miríade de cheiros flutuam ao meu redor.

A lua já está alta no céu, mas a escuridão pouco me incomoda, não só meus olhos conseguem ver bem no escuro como também meus outros sentidos compensam pela falta de luz. É difícil descrever o mundo com palavras humanas, nós somos criaturas incrivelmente visuais, mas quando eu estou na pele da minha loba meus outros sentidos tomam precedência e se fundem em uma nova percepção da realidade.

Completamente livre de minha humanidade eu corro seguindo o rastro de um cervo, salivando apenas de lembrar do gosto do sangue quente e da carne fresca em minhas presas.

***

Acordei sentado ouvindo o som irritante de um despertador sobre um criado mudo qualquer — quinquilharias do século XXI que não eram minhas. A surpresa de ter jogado por um período impreciso e despertado por fatores externos, só era menor que notar as paredes pintadas da cor salmão e os seios enormes no lugar do peito liso que eu possuía.

— Que porra é ess…

Tapei a boca me sentindo duplamente assustado, o timbre vocal feminino que saiu dos meus lábios me fez meter a mão por entre as pernas e vasculhar o suficiente para constatar, com um grito de horror, que aquilo não podia ser eu.

Suores gelados brotaram na minha face e quando observei um espelho antigo pregado a uma parede próxima, senti a adrenalina inundar aquele corpo de vez. Sobre uma cadeira de rodas, arremedando todos os meus gestos e expressões, a mulher dos trinta que eu havia dispensado no dia anterior, era refletida. Minha cota de surpresas já havia chegado ao limite, e por esse motivo tentei ficar em pé e alcançar a porta, mas desabei inteiro, bati o queixo no piso frio e fiquei contorcendo aquele corpo morto da cintura pra baixo numa alusão aos antigos leões marinhos dos seriados de espécies extintas que tanto reprisam na TV.

Era inútil chorar e espernear (por assim dizer) como um garoto pobre que não pode adquirir a extensão do seu jogo favorito. E meu cérebro (ou o cérebro que eu usava naquele momento) tentava fazer sentido para a situação, mas antes que eu pudesse formular hipóteses, ouvi um estrondo no apartamento e sons crescentes de vozes e passos que só diminuíram quando uma roda de sapatos pretos de homens de uniformes se formou ao meu redor.

***

A segunda vez que despertei naquele dia estava em uma sala cinza sentindo um leve desconforto nas retinas. Um clarão me cegou por alguns instantes e quando diminuiu, consegui visualizar um policial, não muito mais velho que eu, segurando um aparelho de luz fluorescente que emitia alguns cliques. Tentei controlar a vontade de hiperventilar devido ao nervosismo, e então ele falou.

— Boa tarde! Faz ideia do porquê de estar aqui?

Neguei com um movimento rápido de cabeça, mas já imaginava que o maldito chip que o corpo que me albergava devia estar contestando os dados de identificação. Olhei para as minhas pernas e percebi que usava roupas e tinha os cabelos presos à altura da nuca.

Os olhos do policial se estreitaram e sua voz chicoteou pelas paredes da sala.

— Ora não me faça perder a calma! Você infringiu o protocolo 169 sobre transcrição neural, e deve explicações para o Estado.

A firmeza na voz indicava experiência e logo deduzi que ele devia ter trocado de corpo há pouco tempo. Só precisou de alguns minutos para que eu começasse a usar aquilo ao meu favor, mas antes ainda suportei o asco na expressão dele ao se dirigir a mim.

— Por que, dentre tantos corpos disponíveis, você escolheria estar em uma mulher?, e paralítica por cima. Fetiche doido!

Gaguejei para explicar o inexplicável, o que eu mesmo ainda não entendia e sofri com o riso dele mais as promessas de um futuro encarcerado. Tudo ia de mal a pior até eu conseguir atingir a vaidade do homem, ai então foi só barganha e conversa em baixo volume: um corpo mais jovem, cirurgias plásticas de graça assim que a minha situação se regularizasse, etc, etc. Quando enfim consegui que ele arrumasse uma conversa com meu amigo de trabalho, eu já estava comprometido até o pescoço.

Esperei em outra sala me fartando de rosquinhas e senti muito medo das possíveis piadinhas, uma vez que meu parceiro já se acabava com aquela anedota do homem que tentou se inserir no corpo de uma mulher e foi mandado de volta, quando ele descobrisse o que havia acontecido comigo então, seria impossível fazê-lo parar de rir.

***

Não vou me estender relatando o quanto foi duro àquela conversa e tudo o que eu aguentei até que ele me ajudasse de fato. Quando consegui sair pelas portas dos fundos e ser carregado para o carro dele, minha vontade era de simplesmente desaparecer.

Evitamos perder tempo procurando possíveis respostas para o que havia acontecido, digitamos os códigos de segurança de entrada, escolhemos um corpo mais ou menos e, ao cair da noite, deixei que minha mente fosse arquivada.

***

Era inconcebível, absurdo, impossível. Abri os olhos e ouvi um burburinho, minutos antes de uma grande porta laminada se destrancar e perceber meu fracasso. Um objeto que parecia uma garra se aproximou e descarregou uma corrente elétrica que fez todos os meus sentidos ficarem alerta, mas aquele não era eu. Senti o chão sob os meus pés se elevar e logo estava em uma gaiola sendo exposto para um aglomerado de pessoas que agitavam os braços e gritavam palavras de ordem, furiosos. Aos poucos fui visualizando em uma tela o corpo de um homem mexendo-se da mesma forma que eu, e sem que fosse preciso ouvir a palavra dita pelo locutor, entendi que estava em uma rinha humana.

Então é isso, o fim.

Dizem que a vida passa apressada quando se está próximo de perdê-la, e acho até que foi rápido contar minha trajetória até aqui. Eu nunca tive medo da morte, até porque hoje nós já não morremos mais como antigamente, só ficamos arquivados por algum tempo até que um de nossos parentes tenha grana suficiente para nos dar uma outra chance, mas confesso que agora estou me borrando.

Nunca me interessei muito por esse esporte, mas havia lido há algum tempo que os corpos utilizados eram praticamente automáticos. Sem dor, sem medo e sem qualquer consciência de vida ou morte, mas eu estava ali, pulsante, percebendo tudo a minha volta, um erro.

A gaiola é aberta e eu grito com toda força que estou vivo, que tenho medo e estou me vazando todo, mas recebo como resposta só o aplauso pela atuação dramática.

Vejo meu oponente se aproximar e sinto uma absurda familiaridade com ele. A loba para a minha frente, mostra os dentes e rosna pra mim, porém não temo e tento acalmá-la estendendo as minhas mãos. A arquibancada grita sedenta por sangue, mas naquele momento tudo o que consigo ver são meus próprios instintos refletidos.

37 comentários em “Primal (Sasha Cardoso e Maria Santino)

  1. Gustavo Castro Araujo
    19 de agosto de 2016

    Muito bom o conto. A pegada de SCi-Fi criada pelo primeiro autor, misturada a uma atmosfera distópica, introduzida pelo segundo, resultou numa narrativa interessante e repleta de possibilidades.
    A primeira parte está muito boa: o autor fornece o contexto histórico e científico de modo natural, sem parecer pedante ou didático demais. Na verdade, a maneira de narrar me prendeu a ponto de eu acreditar, mesmo que numa fração de segundo que no futuro, realmente, poderemos transferir nossas mentes para animais preparados, numa espécie de avatar animal.
    Imaginei que a intenção do autor inicial era que se desenvolvesse o lado lupino do protagonista, ou seja, que a sequência versasse sobre suas dificuldades nessa forma, possivelmente impedido de retornar à sua forma humana. Nesse sentido, a parte complementar, ao subverter essa expectativa, acertou em cheio. Eu jamais esperava que o narrador se transformasse numa mulher, que fosse preso e, ao final, colocado em uma rinha justamente contra o animal. Ou seja, um complemento muito bom, à altura da primeira metade, na medida em que conseguiu me surpreender de forma positiva.
    Enfim, um ótimo conto. Parabéns a ambos.

  2. Pedro Luna
    19 de agosto de 2016

    No fim ele foi transportado pro bicho? Eu preciso dizer que a segunda parte me deixou confuso. O início, por mais que tenha aquela pegada de narração explicativa, que em poucos parágrafos parece que lemos um livro de história, ficou interessante. O lance de fazer um back up do cérebro, nada novo, mas interessante. Mas a segunda parte trouxe o cara mudando pro corpo de uma mulher e depois não entendi mais o que aconteceu. O cara quis mudar de corpo?

  3. Wilson Barros Júnior
    19 de agosto de 2016

    Bom, o início do conto pareceu-me uma brincadeira do autor, por ser bem inverossímil. Bem divertido e empolgante, as histórias parecem com a ficção científica antiga. A continuação mantém o humor, e parece com “Não temerei nenhum mal”, de Robert Heinlein. A história da loba, da anedota também contribuíram para dar uma perfeita unidade ao conto. Excelente, parabéns.

  4. Jowilton Amaral da Costa
    19 de agosto de 2016

    Não gostei muito. Achei a primeira parte meio confusa. Com construções frasais pouco elaboradas. Meio que escrevendo como se fala. A história também é muito louca, talvez, se tivesse sido explicada de uma forma mais adequada eu poderia ter me agradado mais. A segunda parte traz uma narrativa um pouco mais bem feita, na minha opinião. No geral, achei um conto ruim. Boa sorte.

  5. Thiago de Melo
    19 de agosto de 2016

    Amigos Autores,

    Acho que deve ser uma tendência neste desafio o avaliador (que também participa como escritor) se colocar no lugar de quem teve a missão de continuar a história. E, cara, que coisa incrível esse conto. Os dois autores estão de parabéns. O primeiro por ter conseguido, em poucas linhas, criar um mundo de ficção científica muito interessante. E já o segundo autor, por ter conseguido pegar o bastão e seguir adiante na mesma vibração. Meus parabéns aos dois.
    Achei extremamente interessante a ideia de transformar a possibilidade de transferir a mente para outro corpo em uma alternativa para videogames de realidade aumentada. Perfeito. Tenho certeza de que isso aconteceria (acontecerá:) algum dia.
    Gostei muito das descrições. Como seria assumir o corpo de um lobo: eu imagino que seria mesmo como foi descrito no conto. Gostei mesmo.
    Fiquei um pouco em dúvida sobre o por que de o cara ter acordado no corpo da mulher paralítica. Isso não ficou muito bem explicado e eu, como leitor, fiquei esperando uma justificativa.
    Também gostei da metáfora final, do cara enfrentando um lobo e vendo espelhado seus próprios instintos.
    Resumindo, gostei do conto, achei muito bem construído e bem continuado. Senti falta de mais detalhes sobre a mudança de corpo do cara, mas o final me agradou.
    Parabens

  6. Marco Aurélio Saraiva
    19 de agosto de 2016

    Ué… parece que acabou no meio. A conclusão foi um tanto abrupta.

    De qualquer forma, um conto bastante criativo. A ideia do mercado de corpos foi uma sacada e tanto. A ideia do segundo autor então, de fazer o personagem acordar em outro corpo, foi maneiríssima!

    O primeiro ato sofre um pouco com a falta de revisão. Os erros de digitação e concordância são numerosos. A história corre sem sentimento, apesar da boa ideia de trama. O segundo autor segura as rédeas da história e introduz suspense, um clímax e um final. Ele fugiu bastante da proposta do primeiro autor que, ao meu ver, queria focar mais a história no jogo ‘Primal’ (vide título). Ele resgata este “link” no final do conto, mas achei o desenvolvimento do aspecto animal meio deixado de lado durante o conto.

    Uma loucura e tanto! Sofri um pouco com a falta de explicação (a primeira vez que ele acorda dá para entender o que aconteceu, mas na segunda vez que ele acorda em outro corpo já viajei. Foi meio gratuito), mas gostei da leitura pela originalidade.

    Parabéns!

  7. Daniel Reis
    19 de agosto de 2016

    Prezados Autores, segue aqui a minha avaliação:
    PREMISSA: o primeiro autor soube construir um ambiente para a história, que apesar de ter vários aspectos de difícil compreensão e aceitação, funcionou para estabelecer a premissa.
    INTEGRAÇÃO: já o segundo autor chegou com a “cama feita” e infelizmente acabou complicando demais uma história que poderia ter se tornado emblemática – acordar num corpo que não é seu . Mas a mudança de lá pra cá acabou tornando a narrativa confusa
    CONCLUSÃO: apesar dos pesares, o final Mad Max ficou interessante e amarrou a história do lobo.

  8. vitormcleite
    18 de agosto de 2016

    A primeira parte é uma história de ficção muito bem estruturada e bem desenvolvida, que parece-me, perdeu com a continuação. Penso que era difícil continuar este texto, talvez mesmo dos mais difíceis para continuar, mas resultou um texto com alguma qualidade e de boa leitura. Parabéns para esta dupla

  9. Luis Guilherme
    18 de agosto de 2016

    Nesse conto, vou analisar separadamente as duas partes.
    Na primeira metade, o enredo tá bem legal e tramado. Gostei bastante da história, gostei do desenrolar e do clima que foi criado, ficou tudo bem criativo. Porém, gramaticalmente tá bem deficiente, especialmente na pontuação. Também existem diversos erros de concordância verbal e nominal, e tem vários errinhos bobos que uma revisão mais apurada teria denunciado.
    Em geral, o mais importante pra mim é a história, criatividade e desenvolvimento, mas, como já comentei em outros contos, a gramática é importante, pois valoriza muito o texto. Acho que meu conselho pro autor é dar uma trabalhada nesse ponto, pois tem bastante potencial criativo, e valorizaria todo seu trabalho.
    Já na segunda parte, achei que melhorou a gramática, apesar de não estar perfeita, e até certo ponto manteve bem o enredo e o ritmo. Porém, não gostei muito da conclusão. Fiquei com a impressão de que o autor foi cansando, ou foi vendo que o limite de palavras tava chegando ao fim, e acabou acelerando a história e deixando muitos pontos em aberto.
    Com isso, não quero dizer que ficou ruim. Só achei que daria pra trabalhar um pouco melhor a etapa final do conto.
    Mas em geral, o balanço tá legal.

  10. Renata Rothstein
    18 de agosto de 2016

    Genial este conto. Na medida certa de sci-fi com drama existencial interligado à uma crítica/questionamento cultural: início, meio e fim, ótimos!!
    Nota 10

  11. Andreza Araujo
    17 de agosto de 2016

    Vamos por partes: o início é meio didático, mas mesmo assim eu gostei, pois me interesso por Ficção Científica. As explicações são bem colocadas, como se o personagem estivesse de fato explicando para alguém como funcionava a rotina.

    Não entendi muito bem a matemática das pessoas que vendem os seus corpos a fim de ganhar dinheiro para… comprar corpos novos. Não estou questionando a lógica do pensamento, só a parte matemática mesmo, já que imagino que vender seu corpo pague bem menos do que o valor que desembolsaria para comprar um corpo novo. Caso contrário, a empresa não teria lucro. É só um detalhe do texto que eu não entendi, mas não vai pesar na nota, por exemplo, rs.

    Também gostei da cena onde os clientes oferecem seus corpos e o protagonista verifica se é interessante (ou não) para a empresa adquiri-los.

    A parte do jogo sobre controle mental é bem criativa, e dá um novo rumo ao conto. Chega a ser engraçado quando ele confessa que é viciado!
    Então há uma grande reviravolta quando o homem acorda no corpo da mulher paralítica.

    Quando li o final pela primeira vez, entendi que ele tinha virado o lobo do jogo, que na verdade era um lobo real, certo? Mas ele vê um homem pulando na jaula, que seria ele mesmo, seja no corpo antigo (original) ou num corpo novo qualquer. E prestes a morrer. A questão é que eu não entendi como ele foi parar na jaula. Isto é relevante? Pra mim é! Porque achei esse final meio jogado, não sei… Não achei a motivação para alguém fazer isso com ele, querer assassiná-lo, ou então para jogar a mente dele no corpo da tal mulher. Então estas questões ficaram pendentes pra mim. No geral foi um bom texto, apreciei a leitura!

  12. Leonardo Jardim
    17 de agosto de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto (li inteiro, sem ter lido a primeira parte antes):

    📜 Trama (⭐⭐⭐⭐▫): gostei da ambientação e da forma como a história foi contada. As partes se encaixaram bem e a solução final ficou bastante boa. Para que a trama se encaixasse melhor, acredito que faltou explicar quem estava por trás de tudo aquilo e, mais ainda, qual o motivo. Ainda assim, é um texto divertido.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): No início, talvez da primeira parte, encontrei alguns erros que travaram a leitura, mas depois melhorou (possivelmente no segundo autor). Apesar disso, a narração correu fluída e deixou o texto bem leve de ler. Eis os erros que anotei:
    ▪ extensivos de mais (demais) para serem tratados de forme (forma) normal
    ▪ No final *vírgula* um corpo novo se tornava tão caro
    ▪ Eu chamo a primeira candidata e *vírgula* assim que ela entra na sala *vírgula* os meus óculos (esse problema com vírgula se repete com frequência na primeira parte)
    ▪ O meu preferido de longe é um jogo um tanto desconhecido chamado “Primal” *ponto* Nele você controla um lobo

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): esse mote de transferência de consciência não é novo, mas achei interessante a forma como o texto mostrou as consequências disso num mundo cotidiano.

    👥 Dupla (⭐⭐): exceto pelos erros de revisão do primeiro autor, tive certa dificuldade de identificar onde terminou a primeira parte e começou a segunda. O segundo autor continuou na mesma pegada e a trama se encaixou como uma só.

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐▫▫): o texto agradou pela ambientação e situação inusitada. O final funcionou legal também, mas a ausência de um fechamento maior da trama atrapalhou um pouco o impacto.

  13. apolorockstar
    15 de agosto de 2016

    um conto muito interessante, consegue contar um futuro pos apocalítico bem em menos de 5000 palavras, o fluxo é muito bom e a linguagem é fluida.só senti que a história não estava terminada ,pois não revelou quem e por qual motivo teria feito isso com o protagonista, teve muitos focos. pessoas que transortam a mente para animais, rinhas humanas, podia focar em um assunto ,melhor seria se estendesse esse conto em um romance. vão pensando autores

  14. Ricardo de Lohem
    15 de agosto de 2016

    Olá, como vão? Vamos ao conto! Um conto se emenda, com mimetismo perfeito, vou tratá-lo como uma unidade. Ah, o clássico tema da cópia da mente, sempre fascinante. Não entendi como funcina a troca e venda de corpos. Uma pessoa vende seu corpo, mas para voltar, ela, ou sua família, terão de comprar outro, então o lucro dela não acaba sendo zero? Pelo que entendi, só corpos dentro de certos padrões são comprados pela tal empresa: jovens, loiros, magros, sem sinal nenhum de calvície, sem doenças genéticas de nenhum tipo… Com tantas exigências, muito poucos corpos seriam vendidos por dia. Outra coisa que chamou minha atenção no enredo é que as pessoas simplesmente pulam de um corpo para o outro, em vez de ter suas mentes copiadas, o que introduziria complicações na história, como a duplicação da mente gerando conflitos: qual dos dois é o eu real, o que ficou o corpo original, ou a cópia? Muitas histórias interessantes têm sido escritas sobre essa questão da identidade e a replicação do indivíduo, no início parecia que o conto ia seguir essa linha, é uma pena que essa questão vital não tenha sido vista, já que ela sempre aparece quando se aborda esse tema. Um ponto fraco é que o personagem central é sem carisma, ele não parece muito ambicioso, nem engraçado, nem inteligente, nem nada que chame a atenção, por isso a gente não se importa muito com o que acontece com ele. Outra coisa que achei ruim é que uma quantidade muito grande de palavras é usada só pra descrever a tecnologia usada na história. É melhor fazer isso em contos maiores ou romances, em contos curtos deve-se ir ao ponto principal o mais diretamente possível, a não ser, é claro, quando a tecnologia abordada em si é o tema principal, ou um tema secundário importante, o que não me pareceu ser o caso. Concluindo, é um bom conto, bem escrito, desejo para vocês muito Boa Sorte!

  15. Fabio Baptista
    15 de agosto de 2016

    Imitando descaradamente nosso amigo Brian, utilizarei a avaliação TATU, onde:

    TÉCNICA: bom uso da gramática, figuras de linguagem, fluidez narrativa, etc;
    ATENÇÃO: quanto o texto conseguiu prender minha atenção;
    TRAMA: enredo, personagens, viradas, ganchos, etc.;
    UNIDADE: quanto o texto pareceu escrito por um único autor;

    ****************************

    Conto: Primal

    TÉCNICA: * * * (arredondando pra cima)

    A primeira parte está muito fraca, com erros, um excesso de contar e quase nenhum mostrar.
    No complemento a coisa melhora, mas pareceu que o autor quis acabar logo e quase não deu tempo de fazer nada.

    – Se eu vou contar a vocês sobre a minha vida e como eu cheguei onde eu estou e com essas pessoas eu tenho que começar explicando sobre o sistema de transferência de padrões cerebrais.
    >>> O parágrafo inicial é o cartão de visitas do conto. Deve ser trabalhado com mais capricho e cuidado. Aqui temos muitos “eu”s e poucas vírgulas. Sugestão:
    >>> Se vou contar a vocês sobre minha vida e como cheguei onde estou, tenho que começar explicando sobre o sistema de transferência de padrões cerebrais.

    – Criado na metade do século vinte e um o sistema permite
    >>> Criado na metade do século vinte e um, o sistema permite

    – ferimentos extensivos de mais para serem tratados de forme normal
    >>> extensivos?
    >>> demais
    >>> forma

    – comissões por cada venda
    >>> cacofonia: porcada

    – já vai ter medido
    >>> vão

    – espernear (por assim dizer)
    >>> kkkkkk

    – A firmeza na voz indicava experiência e logo deduzi que ele devia ter trocado de corpo há pouco tempo
    >>> Não entendi muito bem… se trocou há pouco tempo, seria inexperiente, não?

    – quanto foi duro àquela conversa
    >>> sem crase

    ATENÇÃO: * * *
    Essas histórias com muito contar e pouco mostrar têm, às vezes, o efeito curioso de prender a atenção (ao mesmo passo que despertam zero de emoção). Foi o caso aqui.

    TRAMA: * *
    A ideia da troca de corpos e principalmente a ideia do jogo são bem interessantes.
    Só não entendi o porquê de misturá-las em um conto só. Toda aquela longa explicação sobre troca de corpos não serviu de nada quando entrou o jogo.

    E o segundo autor voltou a falar da troca de corpos, deixando o jogo novamente em segundo plano e tornando completamente sem sentido o título do conto.

    UNIDADE: * * * *
    O coautor recebeu uma tarefa complicada e fez o possível, utilizando os elementos apresentados.

    NOTA FINAL: 6

  16. Bia Machado
    15 de agosto de 2016

    – Conflito: 2/3 – Há um conflito interessante a meu ver, pra mim essas coisas de FC sempre são muito curiosas e interessantes. E acho que o segundo autor conseguiu manter isso na parte que escreveu.

    – Clímax: 2/3 – Pelas possibilidades que o conto apresentou, achei que o clímax ficou abaixo do esperado. E por conta disso, o título acabou ficando meio estranho, pois acredito que o primeiro autor ia dar destaque ao jogo, o que eu também achei que fosse acontecer, mas o segundo autor tomou outro rumo e só voltou ao Primal para fechar. Se eu entendi bem, né, de repente não entendi e deixei escapar alguma coisa no meio de todo esse enredo criado.

    – Estrutura: 3/3 – Ficou bem estruturado, apesar do “desvio do foco” entre primeiro e segundo autor, as duas partes ficaram bem conectadas, só no final da leitura é que me dei conta de que o texto tinha sido escrito por duas pessoas e não por apenas uma.

    – Espaço (ambientação): 2/2 – Acho que ficou bem ambientado, no espaço e no tempo. A ideia desse futuro com esses transplantes dá até um medo…

    – Caracterização das personagens (complexidade psicológica): 2/3 – Boa caracterização, mas acho que a narração em primeira pessoa faz com que os outros não se desenvolvam tanto separadamente. Fica tudo pelo prisma do narrador.

    – Narração (Ritmo): 2/2 – Foi um bom ritmo de narração, no geral. O conto não me cansou, aliás, apesar desses diversos detalhes e explicações. Algumas coisinhas escaparam da revisão, é bom rever mais uma vez.

    – Diálogos: 1/2 – São bem poucos, mas não impedem a interação/ação, na medida do possível para um narrador em primeira pessoa.

    – Emoção: 2/2 – Gostei muito do conto, sempre curto esses enredos especulativos em sua grande maioria. Esse conto foi bom de ler, um bom trabalho da dupla.

  17. Gilson Raimundo
    13 de agosto de 2016

    Havia algumas repetições como “sistema de padrão cerebral” e “útero artificial”… Acho que perdi a motivação das pessoas oferecerem seus corpos à venda. O dinheiro iria para quem? Se quisesse voltar a viver teria que comprar outro corpo, e quem seria bobo de fazer isto? Perdeu para mim pontos em verossimilhança… A segunda parte não ajudou muito, o enredo ficou confuso, perdeu um pouco a linha parecendo um pesadelo sem explicação.

  18. Bruna Francielle
    13 de agosto de 2016

    A história, eu estava achando-a interessante. Diferente, distópica e até mesmo sincera e sem amarras, na parte que diz que tipo de corpo as pessoas realmente preferiam. Então finalmente somos apresentados ao que seria o tal Primal, um jogo em que a pessoa vira um animal. Ele começa a jogar… Neste ponto, chega a continuação, que deu um balde de agua fria em cima da história. Não seguiu a linha, colocou uma troca de corpos com a mulher aleijada sem explicação, nem sentido. PRIMAL por ser o nome do conto, deu a entender que era para ser a parte principal da história, mas este fato foi jogado sem piedade em uma descarga. Realmente, não dá pra mentir. Não me pareceu ter havido um minimo de esmero na continuação. O que acaba por prejudicar o conto como um todo. Cenas avulsas e estranhas foram simplesmente jogadas no conto, sem explicação nenhuma, sem sentido algum. A cena final é descrita inicialmente como uma rinha humana, e o que se espera é que nela tenha humanos, mas no fim, o que apareceu foi uma loba (?) Para não apenas dizer coisas ruins, destaco a última frase como a melhor parte d continuação e a que mais tve haver com o conto inicial.

  19. Wender Lemes
    13 de agosto de 2016

    Domínio da escrita: o estilo deste conto é interessante e a proposta inicial com a transferência de mentes e a realidade virtual permitia uma boa gama para a continuação. A segunda parte não seguiu pelo caminho esperado (por mim) e acho que isto causou algum estranhamento durante a leitura.
    Criatividade: ambas as partes são muito criativas, a primeira levantando toda a base da FC e a segunda aproveitando o nicho específico da troca de consciência entre pessoas (como um “Se eu fosse você” futurista rs)
    Unidade: tratam-se de duas partes complementares, sem dúvida. Apenas senti falta de uma explicação melhor sobre o que estava acontecendo na continuação. Imagino que tenha sido uma opção do autor e que funcione bem em alguns casos, mas realmente fiquei meio perdido, mesmo relendo algumas partes.
    Parabéns e boa sorte!

  20. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    12 de agosto de 2016

    Incrível como a leitura desse conto fluiu rápido.

    O ambiente introduzido pelo primeiro escritor criou a atmosfera perfeita para a continuidade imaginada pelo segundo autor. Não sei se da maneira que aquele que iniciou imaginou, mas o segundo autor utilizou-se de vários elementos da história de maneira surpreendente.

    Interessante, pois ficou o gostinho de quero mais.

    Parabéns para os dois autores.

  21. Simoni Dário
    11 de agosto de 2016

    Olá
    A parte inicial está bem escrita, porém um tanto didática, cansa um pouco. A parte complementar achei melhor escrita do que a inicial e prendeu mais a minha atenção. Não curti a história, portanto o texto não fluiu e não me conquistou. Quando o cara acorda e está em um corpo de mulher comecei a me interessar, ali achei que o texto emplacaria, mas não conseguiu manter a empolgação, decaindo ao final.
    Abraço

  22. Júnior Lima
    11 de agosto de 2016

    Achei a primeira parte muito boa, pois contextualiza o mundo no qual a história se passa, sugerindo uma série de questões interessantes que poderiam ser exploradas.

    Em seguida, a partir do momento no qual o protagonista se encontra no corpo de uma mulher, o conto passa para o modo “narração”, no qual os eventos se passam, ao meu ver, corridos demais.

    Felizmente, no final a história recupera o que havia montado no início, reaproveitando o elemento primal e as questões levantadas.

  23. Anorkinda Neide
    9 de agosto de 2016

    Comentario primeira fase:
    Mergulho em FC num submundo de clonagem humana. Achei mais sedutor o mundo do video-game onde vieram descrições mais bonitas. A parte sobre a clonagem tem muitas expressões repetidas e alguns erros ortográficos.
    .
    Comentario segunda fase:
    Não sei se entendi, não. Na verdade, não entendi! rsrs O cara tava lá, de boa, jogando e acorda num corpo, depois noutro e pelo jeito vai morrer na rinha. Mas não se morre, pois transfere-se a consciência. Bem, entendo que o continuinte teve um baita desafio pra continuar este conto, eu não faria melhor, de jeito algum, porém ficou me devendo por eu nao ter entendido, A falha bem pode ser minha que não estou acostumada com este tipo de aventura.
    .
    União dos textos.
    A escrita segue no ritmo, o enredo é que ficou estranho, terminou a primeira parte com o jogo e de repente, trocaram o corpo dele, quem? pq? precisa fazer algum sentido? rsrs
    Boa sorte, escritores. Abraço

    • Sasha Cardozo
      21 de agosto de 2016

      Obrigada pela crítica! As descrições mais vívidas a partir do momento que ele entra no jogo foram propositais. Eu queria mostrar a diferença entre o mundo real que ele vê de uma forma cínica e fria para o mundo do jogo em que para ele a realidade se torna mais colorida, mais quente.

  24. catarinacunha2015
    8 de agosto de 2016

    Todos os contos foram avaliados antes e depois da postagem da 2ª parte; daí a separação:

    1ª PARTE: O texto descritivo é cansativo e tem muitas palavras repetidas. Tomara que seja estilo pessoal e não pobreza de vocabulário. A trama ficou carregada de informações desnecessárias e a ação só começa nos três últimos parágrafos. Pena.

    PIOR MOMENTO: Eu não gosto de vírgulas, mas a danada é importante para separar as ideias. Leia seu texto com a respiração presa e só respire quando encontrar uma vírgula ou um ponto. Exercício perigoso.

    MELHOR MOMENTO: A premissa é muito boa. Daria um filme maravilhoso com um bom roteiro.

    PASSAGEM DO BASTÃO: Missão heroica recuperar posições, mas dá pra criar muitas variáveis.

    2ªPARTE: Essa foi de levantar defunto. Trouxe ação e velocidade ao texto, mas perdeu a profundidade da trama.

    PIOR MOMENTO: “… e paralítica por cima. Fetiche doido!” – Paralítica na parte de cima? Ou ainda por cima? Ou ainda em cima de quem? Muito doido.

    MELHOR MOMENTO: “Aos poucos fui visualizando em uma tela o corpo de um homem mexendo-se da mesma forma que eu, e sem que fosse preciso ouvir a palavra dita pelo locutor, entendi que estava em uma rinha humana.” – Construção alegórica inteligente, filosófica até.

    EFEITO DA DUPLA: Talvez a mais esquisita do desafio. A 1ª parte é lenta e cansativa, mas rica em detalhes técnicos, o que dá substância à trama. Já a 2ª parte é exatamente o contrário. Fiquei bolada.

  25. Amanda Gomez
    6 de agosto de 2016

    Well Well…

    Eu gosto muito de Sci-fi é um dos meus gêneros favoritos, quando li a primeira parte ainda incompleta assim que foi postada, me interessei pelo conto. Na verdade o começo é muito complicadinho, explicações até desnecessárias. Mas depois que a história vai se moldando temos um conto com grande potencial. Não é algo que seja inédito para mim, já li algo semelhante, sobre alugueis e vendas de corpos e um futuro diatópico, ou apenas futurista, e isso é muito interessante, e abre um leque de possibilidades incríveis. Tanto que era um dos contos que me interessei em continuar.

    Agora… A segunda parte, desconstrói bastante tudo isso, ouso dizer que se torna uma mera comédia, deixando de lado todos os pontos, que percebe-se o autor inicial fez questão de dizer que era importante. A continuação é livre, e subverter pode! Mas… Não achei que combinou, ou fincou interessante.

    Acredito que o segundo autor se apegou em um trecho em que se comenta um dos amigos do protagonista entrou no corpo de uma mulher e tudo mais. E uso isso como plano de fundo, deixando de lado toda a riqueza de possibilidades para trás… Como pessoas vendendo seus corpos, futuro, uma máfia … Cérebros congelados, uma game de realidade virtual e etc.

    Confesso que na primeira parte, quando foca no tal game, com a loba e tudo mais, me desanima um pouco, porque estava mais interessante o sistema desse futuro, mas mesmo assim acho que era válida a ideia para a continuação.

    E mais uma vez, estamos diante do ‘’ sonho’’ para facilitar a entrega de bastão entre os autores… mesmo que este, tenha sido mais sutil.

    Enfim, ficaram várias respostas sem explicações, como ele foi parar naquele corpo, o que acontece no fim. Embora tenha achado interessante a ideia das ‘’ rinhas humanas’’ para aqueles que comentem algum crime, ou coisa do tipo nesse novo sistema’’ No fim o que aconteceu é que não foi explorado esse mundo criado, como deveria. Até agora tenho encontrado poucos personagens cativantes neste desafio. Este foi mais um. – 1 >.<

    No mais, é notável o esforço para se fazer algo bacana, e isso é importante, mesmo que seja uma montanha russa. Rs.

  26. Jefferson Lemos
    5 de agosto de 2016

    (Parte Um) Um conto com um enredo legal, que pode ser bem trabalhado, mas que peca muito na revisão. Os erros ortográficos são muitos, e isso traz certo desconforto conforme a trama avança. O desenvolvimento me lembrou um pouco Repo Man, mas imaginei grandes possibilidades com uma continuação. O lance da loba foi diferente (Primal me lembra o novo Far Cry) e deu uma “wargzada” na história. Mas acredito que o final ficou fraco. O conto teve muito cara de continuação. E se sua dupla não aparece para concluir o trabalho?

    (Parte dois) Achei a segunda parte bem melhor escrita do que a primeira, mas ainda assim, senti que faltou alguma coisa. Achei muito confuso essa troca de corpos que acometeu o cara, e o final não me pareceu muito claro. Vou tentar ler de novo e ver se consigo entender numa segunda leitura, porque nessa que fiz agora não consegui entender. Mas a ideia é boa, só não achei que a vibe dos dois autores se complementou. Gostei, no entanto, da descrição da cena final. Achei que ficou legal. Lembrou um conto que li aqui no desafio, certa vez, no desafio do Faroeste.

    Parabéns e boa sorte!

  27. Olisomar Pires
    4 de agosto de 2016

    Primeira Parte: excelente trama, embora não seja original. Parece-me que perdeu muito tempo explicando os procedimentos mais técnicos, digamos assim, um para´grafo ou dois resolveriam tudo, mas foi bem escrita essa introdução e deixou um gancho formidável para o autor seguinte.

    Segunda Parte: Desconsiderou a deixa introdutória e partiu para outra coisa, ficou até bom, mas não complementa nem realça o parceiro anterior, duas boas histórias que ficaram isoladas com um mínimo de elo.

  28. mariasantino1
    3 de agosto de 2016

    Olá, autor do conto o qual complementei!

    Eu sinto muito mesmo por não ter podido fazer algo melhor, mas o seu estilo é bem diferente do meu e eu não consegui pensar em alguma coisa mais densa. A princípio eu fiquei triste por ter pegado o seu texto no sorteio, porque quando o li não gostei muito, mas isso se deve ao estilo, uma vez que eu ainda curto algumas coisas de ficção científica (quando eu era mais nova gostava mais, mas nunca fui boa em escrever nada). Mas gosto de ler algumas coisas: China Miéville com seu REI RATO, por exemplo, é uma leitura que ainda estou por concluir e que me fisgou inteira, mas, enfim. Seu conto me fez pensar bastante quando fala da relação dos pais com seus filhos, uma coisa aterradora de se acontecer, e também me incomodou um pouco quando fala das mulheres de trinta anos e tals. Apreciei bastante até a parte que entra no jogo (depois de algumas leituras), mas então, senti que era algo grande pra pouco espaço (o lance do jogo). Queria ter dado prosseguimento a ele, mas isso me foi impossível.

    Bem, só me resta mesmo pedir desculpas de vc e desejar que esse seja apenas uma participação dentro de muitas aqui neste certame.

    Sucesso e mais uma vez, perdão.

  29. Evandro Furtado
    3 de agosto de 2016

    Complemento: mesmo nível

    A primeira parte utilizou um estilo de escrita que se alterou radicalmente na segunda parte, o que criou um contraste muito forte ao longo texto. Nos parágrafos finais, me pareceu que o autor buscou consertar isso e, em partes, conseguiu. Em relação à trama, senti que faltou profundidade, de fato não deu, sequer, para se importar com os personagens. O texto, ao menos, está bem organizado, nas duas partes, em relação à pontuação e não encontrei problemas na ortografia dignos de nota.

  30. Wesley Nunes
    3 de agosto de 2016

    Analise da primeira parte.

    O escritor é dotado de uma imensa criatividade. Percebo que existe todo um universo futurista por trás do texto e o leitor concede uma parcela desse mundos através do olhar de um vendedor. Gostei dessa escolha. Em minhas leituras do gênero de ficção cientifica, o personagem principal sempre é alguém relacionado a uma profissão que envolve ação e achei divertido acompanhar um dia de trabalho desse vendedor/comprador de corpos. Como também, é muito interessante o jogo usado em seu tempo de lazer.

    O que mais me chamou a atenção, é o bom desenvolvimento sobre o “produto” em questão. Ele possui seguimentos, valores diferenciados, tipos de cliente e rentabilidade. Essa construção merece ser elogiada e é o ponto alto do conto.

    Estou enganado ou o autor teve inspiração em Black Mirro e Game of Thrones?

    Acredito que este texto foi escrito por uma pessoa jovem. Antes de qualquer crítica, menciono que a escrita é uma eterna aprendizagem.
    Ao ler a obra, notei que o texto parece mais falado do que narrado. O conto necessita de um esmero na escrita e esse esmero só é adquirido com muita prática e diversas tentativas.

    Agora, gostaria de dar algumas dicas:

    Ao invés de usar: vai ter.
    Você pode utilizar: terá.

    Ao invés de usar: os tipos de corpos que mais vendem.
    Você pode utilizar: os tipos de corpos mais vendidos.

    Você deve tomar mais cuidado com o tempo verbal.

    Analise da segunda parte.

    O autor captou a essência da primeira parte e prosseguiu com a historia de maneira impecável. Nessa parte, a voz do personagem é forte e eu sinto a sua personalidade através da narração. A escrita é dinâmica, fluida e digna de todos os elogios. Gosto do ritmo acelerado do texto que combina com o mundo consumista e imediatista relatado no conto.

    Agora é só esperar pela escrita de um romance e fazer uma última consideração.

    Esse trecho/ideia:

    Eu nunca tive medo da morte, até porque hoje nós já não morremos mais como antigamente, só ficamos arquivados por algum tempo até que um de nossos parentes tenha grana suficiente para nos dar uma outra chance, mas confesso que agora estou me borrando.

    É simplesmente genial.

    Confesso que não gostaria de justificar a minha nota em nenhuma das analises, mas ela foi pautada tanto na coragem do jovem escritor e na maestria do que eu acredito ser um escritor veterano.

  31. Brian Oliveira Lancaster
    2 de agosto de 2016

    CAMARGO (Cadência, Marcação, Gosto) – 1ª leitura
    JUNIOR (Junção, Interpretação, Originalidade) – 2ª leitura

    – Primal (Del)
    CA: O recurso “jornalístico” é muito bom, mas ambíguo. Pode afastar os que não curtem uma narrativa onisciente explicativa. Parece que o personagem está dissertando sobre sua vida a alguém. Curioso. Incomum. Mas interessante. – 7,5
    MAR: Os tempos verbais sempre me incomodam, mas neste caso, foi bem de leve. A narrativa se passa no presente, enquanto há uma camada secundária no passado. No início achei complicado diferenciá-las, mas depois peguei o jeito. Algumas palavras se repetem seguidamente, mas não atrapalhou a coesão. – 8,0
    GO: Gostei do tom meio descontraído com que o “vendedor” explica seus desafios e tipo de serviço. Realmente pareceu uma entrevista, e continuou assim, mesmo no mundo virtual. – 7,5
    [7,6]

    JUN: É uma continuação no mesmo nível surreal da coisa. Fazia tempo que não aparecia um cyberpunk urbano por aqui. A quebra de ritmo é perceptível, mas de acordo com o contexto. – 8,0
    I: Mesmo sendo fã de FC e suas filhas, este texto soou bastante confuso. No entanto, os dois autores conseguiram manter o pé no chão pela maior parte do tempo, como, por exemplo, existir uma polícia da rede virtual. Os muitos eventos sucessivos e “inceptions” contínuos cansaram a leitura. O final ficou bem subjetivo, mas não encaro isso como algo ruim. – 7,0
    OR: Nada de novo no front. Mas a atmosfera mais urbana foi acertada e dá um clima estilo o filme “Os Substitutos”. Como crítica construtiva, sugiro enxugar mais os eventos. – 7,5
    [7,5]

    Final: 7,6

  32. Danilo Pereira
    1 de agosto de 2016

    O conto começa com uma pegada mais ficção científica. Com uma temática até então já vista em filmes como Avatar… achei o final um pouco confuso, porém não fez o conto perder o enredo e o seu brio. NOTA:8

  33. Thomás Bertozzi
    1 de agosto de 2016

    É um bom conto de ficção, com uma ideia interessante, embora o tema – troca de corpos e preservação da consciência – não seja inédito.

    O autor da primeira etapa, contudo, poderia ter mais cuidado na revisão, especialmente com relação à concordância. Essas coisas jogam o texto pra baixo.

    Na outra metade a trama ganha mais ritmo e eu gostei bastante do final.

  34. angst447
    31 de julho de 2016

    Para este desafio, adotei o critério T.R.E.T.A (Título – Revisão – Erros de Continuação – Trama -Aderência)
    T – Título curto usando uma palavra pouco comum. Sem revelar nada do que virá a seguir.
    R – Seria bom rever o emprego de vírgulas. Senti falta de algumas na narrativa. Pequenos lapsos de revisão:
    já vai ter medido ela > já a terá medido
    difícil de mais > difícil demais
    sexta feira > sexta-feira
    uma mulher?, e paralítica por cima.> uma mulher e paralítica ainda por cima?
    ai então > aí então
    o quanto foi duro àquela conversa > o quanto foi dura aquela conversa
    ficarem alerta, > ficarem alertas
    A loba para a minha frente > a loba para à minha frente (crase usada para evitar enganos)
    E – O autor B respeitou o ritmo e linha de raciocínio do autor A. Não há um corte perceptível na narrativa, o que configura adequação ao estilo do colega. A continuação do conto seguiu sem solavancos ou grandes reviravoltas, o que tornou todo o texto uniforme. O objetivo do desafio foi alcançado com sucesso.
    T – Trama focada em elementos de Ficção Científica, o que me aborrece um pouco, mas só um pouco. A ideia da troca de corpos, embora não original, funcionou bem.
    A – Não é novidade para ninguém que não curto muito FC, no entanto, acho que o conto foi bem desenvolvido. Apesar do assunto não ter despertado muito o meu interesse, considero que o conto tem grande chance de agradar aos demais participantes.
    🙂

  35. Matheus Pacheco
    31 de julho de 2016

    Amigo, este comentário está principalmente direcionado ao segundo escritor, que eu gostaria de saber como o/a protagonista acabou dentro do jogo. (se está no texto eu te peço desculpas, só me sinalize depois).
    Mas sabe qual foi a melhor parte em minha opinião? a que o protagonista acorda como mulher.
    abração amigos, e desculpe de novo.

  36. Davenir Viganon
    31 de julho de 2016

    Eu gostei muito do mundo criado. Me lembrou a sinopse do livro “Carbono Alterado” que estou esperando ser lançado de uma vez no Brasil (aff chega logo). Então, o início poderia ser mais “mostrado”, com alguns diálogos permeados por pensamentos do narrador mas entendo que pelo desafio aqui e pelo conto ser de FC, se fazia necessário explicar bem as regras desse mundo. O continuador, por sua vez, soube se valer o mundo contado no início e retomou todos os aspectos iniciados, sem deixar pontas soltas (até as piadas no trabalho e o jogo que ele é viciado) e seguiu a estória explorando a ideia das mentes passando por situações medonhas, corpos diferentes, me agradou bastante. Por gostar de FC, já tenho predisposição, mas é que eu gostei mesmo. Parabéns aos dois!

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Publicado às 30 de junho de 2016 por em Duplas e marcado , .