EntreContos

Detox Literário.

Ainda que o sol nasça vermelho (Evandro Furtado)

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A diligência cruzou o vale em alta velocidade. Poeira foi levantada quando os cascos dos cavalos e as velhas rodas do veículo rasgaram aquele pedaço de chão abandonado por Deus.

Collin sabia que aquele era um lugar perigoso, repleto de armadilhas orquestradas, principalmente, pelo grupo do Touro Sentado. O velho índio havia se tornado um perigoso adversário para os viajantes depois do ataque traiçoeiro perpetrado por seu antigo camarada, Buffallo Bill. Não havia espaço para alianças no sudoeste.

Passado o vale, Collin Kinsley diminuiu o ritmo. Não queria machucar as garotas que transportava. Era seu intuito levá-las com segurança para o norte. Mesmo que para isso tivesse que enfrentar, sozinho, aqueles selvagens.

A tarde caiu. O Sol vermelho iluminava timidamente o caminho de Kinsley. Precisava encontrar abrigo antes do anoitecer. Parou a diligência próxima a uma encosta íngreme, certificando-se de que poderia se livrar de qualquer armadilha. Avisou as garotas para que permanecessem em segurança no veículo, não importasse o que acontecesse, e se colocou, ele próprio, junto aos cavalos para proteção. Pensou em acender uma fogueira, mas temeu que aquilo denunciasse sua presença a pessoas indesejáveis. Quando a noite finalmente caiu, um coiote uivou ao longe.

Collin acendeu um cigarro, pousou o chapéu ao lado e recostou na anca de um dos cavalos que havia deitado. A fumaça desenhou no ar memórias de seu passado. Lembrou-se de seu pai, um dos primeiros homens a viajar para o oeste, morto pela picada de uma cascavel. Passaram-se anos e aquele ambiente continuava hostil. Mas a peçonha, agora, vinha de outra espécie.

Kinsley não percebeu quando suas lembranças foram se tornando visíveis em demasia, metamorfoseando-se em sonhos. Ele não notou quando os seus olhos se fecharam, embalados pelos uivos dos coiotes e pelo som da respiração de seus cavalos.

Sonhou com seu pai e com Elizabeth, e com a dor de saber que jamais voltaria a vê-los.

Acordou com o Sol a queimar seu rosto e com o som de vozes.

– Acha que ele está morto?

Kinsley levantou instintivamente, sacando o revolver e encurralando o homem que havia feito a pergunta.

– Calma, amigo. – o homem levantou as mãos. Tinha os cabelos ensebados e a barba por fazer. E, na testa, tatuado um símbolo que ele nunca havia visto antes. – Não queremos confusão. – e se quisessem, Collin sabia, ele não teria chance.

Estavam em quatro, todos provavelmente armados. Atrás dele, havia um sujeito alto e forte, mas de traços suaves, apenas um pequeno bigode quebrando a feminilidade de seu rosto. Vestia uma estranha camisa com inscrições que diziam “SPORT GOLF CLUB”. Próximo aos cavalos outro indivíduo, de cabelos bem penteados e óculos no rosto. O último, o que mais lhe assustava, era um homenzinho atarracado, careca e de feição hostil. Carregava no pescoço um colar repleto de mamilos decepados. Foi para ele que Collin apontou a arma.

– Afaste-se da carruagem.

O homem obedeceu sorrindo, mostrando-lhe os dentes podres.

– Não precisa se exaltar, camarada. – ousou o sujeito grande. – Não queremos lhe fazer mal.

– Se conhece bem esse lugar, amigo. – respondeu Kinsley. – Sabe que não será fácil me convencer com palavras.

– Claro, claro. Não se deve confiar em estranhos. Pois bem, permita que me apresente. Eu sou John. Esse que você está enforcando é o Charlie. – o homem com a marca na testa acenou com a mão livre. – Perto dos cavalos temos o Jeff e o feioso é o Eddie. Como disse antes, não estamos atrás de confusão. Nós vimos essa diligência e resolvemos nos aproximar. Achamos que estava morto. Confesso que íamos pegar a carruagem para nós.

– Roubar, você quer dizer.

– Ora, bolas. – gargalhou Charlie. – Não se pode roubar dos mortos.

– Sim, sim, ele tem razão. – continuou John. – Mas, afinal, para onde está indo, amigo?

– Para o norte. – respondeu Collin.

– Ora, ora, mas não é uma grande coincidência, rapazes? Ele está indo para o norte. Será que não poderia nos dar uma carona? Considerando que você tem uma carruagem por aqui.

– Desculpe, amigo. Mas essa é uma missão de um homem só. – falou Collin, torcendo para que a presença das meninas dentro do carro ainda fosse um mistério para o bando.

– É uma pena. – John balançou a cabeça. – Mas talvez possamos ajudar uns aos outros. As rotas para o norte são cada vez mais raras. O presidente Davis realmente não quer que as pessoas atravessem a fronteira. Acho que mesmo o tal do Lincoln não quer que ninguém passe.

– Vocês não parecem sulistas.

– E não somos. Viemos do norte antes da guerra ser declarada para realizar alguns… negócios. Infelizmente tudo veio abaixo e ficamos por aqui.

– Espere um instante. – Collin olhou ao redor, reconhecendo pela primeira vez aqueles rostos. – Vocês são a gangue dos grandes lagos. São procurados pela União e pela Confederação.

– Eu não gosto muito do nome gangue. – suspirou John. – Prefiro o termo associação.

– Uma associação não faria o que vocês fizeram na Califórnia.

– Está falando da garota Tate? Isso foi coisa do Charlie.

– Mas, pra ser justo – disse o homem com a marca na testa – nenhum de nós encontrou um dedo nela.

– Ela era uma das atrizes do Buffalo Bill, não? Dizem que ele está feito louco atrás de vocês. – denunciou Collin.

– Você sabe que ele não ousa vir pra essas terras. – respondeu John. – Não depois do que aconteceu entre ele e o Touro.

– A traição que aconteceu entre eles é mais um motivo para não confiar em ninguém nesse lugar abandonado por Deus.

– É por isso que queremos voltar para o norte. Também estamos cansados de toda essa merda, amigo.

– Há dois caminhos para o norte. Eu estou seguindo por um deles, aquele que é mais seguro para mim. Posso lhe dar um mapa do outro e, assim, seguem o seu caminho.

– Ah, isso seria maravilhoso, não seria, rapazes?

Collin arrancou um papel amassado de seu bolso e jogou para o homem. John agarrou-o no ar e desdobrou-o em seguida.

– Só há um pequeno inconveniente. – disse, balançando a cabeça. – Esse caminho está bloqueado pelos escravos rebeldes.

– Ora, isso não deve ser um problema para vocês.

– Não seria se fossem a turma do King. – disse Charlie. – Mas esses negros malditos são ainda piores. Eles se vestem de guerreiros tribais e matam qualquer coisa branca que passa na frente deles. O líder deles é um tal de Sr. X. E ele anda cercado por um bando de psicopatas com nomes esquisitos.

– Sim. – completou John. – Eu me encontrei com um deles uma vez. Um tal de 2PAC. O cara era um maluco de primeira, sem dúvida.

– Bem, de qualquer forma, isso não é problema meu. – respondeu Collin. A tensão cresceu no ambiente. A face de John ganhou uma expressão de total obscuridade.

– Há, há, há! – gargalhou o líder do bando, acompanhado logo em seguida por seus asseclas, que entre dentes podres demonstraram seu escárnio. – Não, parceiro. Esse, definitivamente, é um problema seu.

John sacou o revolver e atirou. A bala passou a centímetros da orelha de Kinsley, que se abaixou e lançou Charlie em direção ao tiroteio. O homem com a marca na testa correu para trás da diligência. Nesse instante, ambos Jeff e Eddie já haviam sacado suas armas.

Ciente de que precisava afastar o bando do veículo e das garotas, Collin correu para perto da encosta, escondendo-se em uma gruta.

– Esconda-se mesmo, covarde! – gritou John. – Nós ficamos com os cavalos.

Sabendo que seu plano havia falhado, Collin precisou agir rapidamente. Ele saiu da gruta atirando. Os membros da gangue se abaixaram atrás da diligência.

Eddie foi o primeiro a ser atingido. A bala arrebentou o lado direito de sua cabeça, espirrando sangue e miolos no rosto de John. Incrédulo, o líder do bando passou a mão no rosto, simplesmente para transformar aquela sujeira em uma máscara abominável.

Collin avançou pelo terreno aberto, aproveitando a distração de seus inimigos. Ele se pôs do lado oposto da diligência, imediatamente verificando se alguma das balas havia atingido o veículo e, possivelmente, ferindo suas ocupantes. Suspirou com alívio ao verificar que estava intacto.

Foi arrancado de sua investigação ao sentir uma pontada de dor no ombro direito. Ao olhar para trás, notou que era Jeff que o mordia. Seus dentes já haviam rasgado a carne, e os nervos que ligavam o pescoço eram visíveis. Sem pensar duas vezes, Kinsley levantou a arma e atirou na cabeça do homem, explodindo seu rosto. Collin caiu, sua face repleta de sangue e seu ouvido ainda assoviando por causa do barulho do tiro. Restavam apenas dois.

Ele notou o homem grande de feições femininas avançando contra ele. O sangue havia se concentrado ao redor da boca de John, os olhos tomados por olheiras artificiais manchadas de terra e o restante da face estranhamente pálido. A camisa também estava toda manchada. A inscrição na camisa havia sido quase toda apagada, apenas quatro letras ainda visíveis: PO GO.

Do chão, Kinsley apontou a arma. Conseguiu atirar na perna do homem. John sentiu o impacto e dobrou sobre os joelhos. Como vinha correndo, seu corpo arqueou-se para desabar sobre Collin, mas o homem caído conseguiu se virar no último instante e o líder do bando colapsou no chão ao seu lado.

Kinsley se levantou com dificuldade. John havia batido a cabeça na queda e estava desacordado. Collin apontou para a cabeça do bandido e atirou. Mas as balas haviam acabado. Ele olhou para o lado e viu Charlie fugindo ao longe. Exausto, Kinsley se deixou cair no chão.

– Já acabou? – ouviu uma voz perguntar de dentro da diligência.

– Fiquem aí. Está uma loucura aqui fora. – ele respondeu. Mas, contra suas ordens, dois rostos surgiram pela janela da diligência. Eram duas pequenas garotas que sequer haviam chegado à adolescência.

– Meu Deus, como tudo é esquisito hoje! E ontem tudo era exatamente como de costume! – disse a primeira. – Afinal, onde estamos?

A segunda garota, agarrada a um cachorro, olhou ao redor e respondeu:

– Não sei. Mas com certeza não estamos mais no Kansas.

55 comentários em “Ainda que o sol nasça vermelho (Evandro Furtado)

  1. Pedro Luna
    3 de junho de 2016

    “Cortem as minhas pernas e me chamem de baixinho”. Um faroeste. Legal. Tô doido pra escrever um e meter frases legais como essa do filme 8 Odiados.

    O conto é bem escrito, passa rápido, e tem ação a moda antiga (bala no quengo), o que anda um pouco em falta nesse desafio. Mas a história por trás é confusa. De cara já assumi que a realidade descrita engloba outras, pegando elementos do futuro e passado. 2pc, Sharon Tate? Kkk. Ao mesmo tempo que as menções ficaram engraçadas, também soaram longes de parecer natural. Mas a temática é essa mesmo.

    O maluco com uma carruagem cheia de mulheres lembrou Mad Max. Só não entendi direito a função delas na trama. Aliás, nem a dele (além de protegê-las). No fim, uma loucura que eu aceitei melhor porque relaxei a mente.

    O seu conto é igual aquaplay, como diria Emicida: “Divertido, mas não passa de fase”. Não leve pro lado pessoal, autor ou autora, o conto funciona, a leitura foi muito boa, mas ficou muita coisa no ar. Não que eu cobre explicações demais, mas do jeito que está, parece um saco de referências dentro de um universo faroeste. Enfim, já me alonguei muito. No geral, um bom conto.

  2. Wilson Barros
    2 de junho de 2016

    Gostei da ideia do velho oeste. Se os brasileiros dominassem o tema, não teria havido necessidade de importar os livros espanhóis da Cedibra-Bruguera. Essa litertura de massa tem seu lugar, e não vejo porque não escrever sobre o faroeste. Alás os banguebangues eram todos escritos por autores espanhóis, que ganharam muita grana exportando livros para o mundo todo. O final, Ive got a feeling were not in kansas anymore, é uma frase clássica e muito usada quando se quer dizer que mudou tudo, e encaixou muito bem aí. No mais, o estilo é bom, moderno e forma um conjunto instigante e insólito, parecido com os contos marcianos de bradbury.

  3. Virginia
    1 de junho de 2016

    Oii! Então, eu gostei do conto, tem muita ação e é envolvente. Eu percebi que tem algumas referências mas só conheço superficialmente então não posso opinar muito, só sei que gostei do que li. Só tem uma coisa que achei meio estranho, quando o conto acaba me pareceu meio incompleto, não entendi quem eram as meninas nem por que o Colin estava protegendo elas… quando elas falam em Kansas e cachorrinho eu lembro da Dorothy do Mágico de Oz, será que um furacão levou essas meninas pro meio do deserto? Rsrs se for gostei mais ainda, parabéns escreves bem !

  4. Fabio D'Oliveira
    1 de junho de 2016

    Olá, Quentum!

    Posso dizer que o senhor escreve muito bem. Não identifiquei nenhuma falha gramatical, apesar de não ser a pessoa mais adequada para esse tipo de avaliação, haha. No entanto, posso falar que sua narrativa é fluida e natural. Isso facilita a leitura.

    Agora, não posso dizer o mesmo sobre a estória e seu desenvolvimento. O estilo adotado não possui muitos atrativos, não há poder poético, não há jogos, é uma leitura simples. Então, o que deveria compensar é a estória. Mas o que encontramos aqui é um emaranhado de ideias e personagens, que fazem parecer que o autor se preocupou mais em parecer criativo do que realmente ser criativo. Sem falar que o enredo não carrega uma autêntica RHA.

    Pessoalmente, a leitura foi agradável, não travei em nenhuma parte e foi fácil. Mas a estória é pobre demais.

    Bom trabalho e nunca desista de escrever!

  5. Wender Lemes
    31 de maio de 2016

    Olá, Tarantoni. Seu conto é minha primeira leitura neste desafio.
    Observações: gostei do conto, lembrou mesmo a pegada do Tarantino, tanto pela ambientação, quanto pela violência “extrapolada”. Foi ousado em relação à adequação ao tema. Acho que a proximidade que conseguiu alcançar com o estilo Tarantino foi uma faca de dois gumes para você neste certame, pois é um estilo que nem sempre prioriza a “Realidade”. Vou te dar um exemplo: uma pessoa é baleada de frente bem no meio do peito e voa para o lado. Não faz sentido, certo? Ela deveria ser jogada em linha reta, seguindo os vetores da bala. Este é o tipo de coisa inexplicável que ocorre nos filmes do Tarantino e que deixamos passar porque é uma marca dele e funciona muito bem. Quando o tema envolve Realidade e você cria o “inexplicável”, todavia, pode ser algo prejudicial. O cerne do tema é justamente explicar as coisas, especificamente como a história se desencadeia para/após algumas mudanças.

    Destaques: a propriedade com que levou a narrativa é algo positivo, assim como a representação de violência, digna do autor que homenageou (repito: é um ponto alto do conto, mas não creio que seja para o desafio).

    Sugestões de melhoria: é complicado trabalhar com muitos nomes e muitas referências em apenas 3000 palavras – o leitor acaba ficando perdido. Confesso que tive que voltar na leitura algumas vezes porque não houve tempo de associar o nome ao personagem. Quando um morria, eu não tinha certeza se era o feioso, ou o cara com a marca na testa, por exemplo. É algo que pode melhorar se não tiver um limite de palavras.
    No mais, parabéns e boa sorte!

  6. Daniel Reis
    31 de maio de 2016

    Prezado escritor: para este desafio, adotei como parâmetro de análise um esquema PTE (Premissa, Técnica e Efeito). Deixo aqui minhas percepções que, espero, possam contribuir com a sua escrita.

    PREMISSA: faroeste misturado com guerra dos direitos civis… a salada em que não só a Realidade Histórica foi alterada, mas que os eventos cronológicos foram tirados de ordem, acabou complicando um pouco o entendimento do conto.

    TÉCNICA: particularmente, achei a história bem contada, apesar de confusa. Não deu certo, a meu ver, a salada. Mas os ingredientes foram bem escolhidos.

    EFEITO: eu acho interessante que exista diversidade, e o faroeste, apesar de não me fascinar ou fazer parte da cultura brasileira, merece absolutamente ter espaço também aqui no EC. Parabéns pela coragem de escolhê-lo.

  7. Gustavo Aquino Dos Reis
    31 de maio de 2016

    Quentum, temos aqui um trabalho intenso e com uma gramática muito bem aplicada. Gostei. Sou familiar ao western e li muitas histórias de Robert E. Howard que lidam com o tema – embora de uma perspectiva mais sobrenatural. Em termos de RHA, entretanto, creio que deixou um pouco a desejar. Não obstante, fique sossegado: você tem um viés literário muito bom e um trabalho que, devidamente lapidado, será excelente. Colocar 2PAC no mesmo bojo foi como escutar um rap no filme western Django.

    Parabéns pelo trabalho.

    Muito boa sorte no desafio.

  8. vitormcleite
    30 de maio de 2016

    Gostei muito deste texto repleto de imagens. Tem algumas incongruências mas que até são irrelevantes no desenvolvimento da trama. Gostei particularmente do tiroteio, apesar de haver alguma confusão com tantas personagens. Mas muitos, muitos parabéns.

  9. vítor leite
    30 de maio de 2016

    Gostei muito deste texto repleto de imagens. Tem algumas incongruências mas que até são irrelevantes no desenvolvimento da trama. Gostei particularmente do tiroteio, apesar de haver alguma confusão com tantas personagens. Mas muitos parabéns.

  10. Thomás
    30 de maio de 2016

    Quentum, seu texto é bom! Me deixou preso o tempo todo.
    Sem monotonia alguma. Gosto disso.

    A “estranha camisa com inscrições que diziam SPORT GOLF CLUB” muda tudo! Tira o chão da coisa, saca? Gostei! Dá um nozinho bom na cabeça.
    Seriam passado e futuro entrelaçados? Um futuro decadente?

    Isso, somado ao meu desconhecimento sobre a história dos EUA, deixou em mim a impressão de um “Mad Max”. Essa confusão criou um efeito positivo, mas há também um negativo: não me permitiu captar a realidade histórica alternativa com clareza.

    Quanto às discussões acima, acho o seu texto válido e muito rico.
    Sim, está cheio de clichês de uma cultura dominante (minha opinião), porém, penso que não se deve atacar a cultura, e, sim, discutir os motivos e instrumentos dessa dominação. (sou fã da Janis Joplin… como é que fica? )

  11. Anorkinda Neide
    30 de maio de 2016

    Olá, autor(a). Gostei bastante
    deste ambiente ameríndio
    Assim, pega num instante
    o cenário como um vídeo

    A princípio não entendi bem
    a RHA, mas nos comentários
    entendi do que desconfiei também
    os brancos seguem salafrários

    Mas dos indígenas não abusaram
    e estes brigavam entre si
    índoles humanas não mudaram
    em uma citação não compreeendi

    Por que e de quê morreram
    o pai e a amada do protagonista?
    Achei que os ‘bandidos’ falaram
    em demasia, será mania de nortista?

    Os States estão separados
    entre norte e sul?
    Muito tiro foi disparado
    me ofusquei neste céu azul

    Decerto a inocência me protegia
    na diligência com as meninas
    do doce mundo da fantasia
    Gostei deste tom traquinas

    surgido num momento crucial
    pois, melhor do que chorar
    de tristeza no ponto final
    é sorrir com vontade de brincar!

    Abração!

  12. Swylmar Ferreira
    29 de maio de 2016

    Gostei do western misturado, intrincado e ao mesmo tempo gostoso de ler. Não vi imperfeições gramaticais, mas percebo a dificuldade de formar os personagens tão diferentes em um contexto único, em suma o enredo é muito bom e muito criativo.
    obs. Gostei demais das rimas na resposta ao colega.
    Parabéns e boa sorte

  13. Andreza Araujo
    25 de maio de 2016

    Oi, amigo!
    Gostei da sua narração, algumas frase são bem poéticas, o título que o diga!

    Acho que você captou bem o estilo e isto me agradou.

    Até a cena do diálogo – inclusive – eu estava me divertindo mais. As cenas de luta, apesar de terem sido bem trabalhadas, me causaram certa confusão, pois são muitos personagens juntos. Você nos ajudou nesta parte, pois ao invés de citar os nomes, algumas vezes você usava alguma característica do personagem. Mesmo assim, não achei muito crível a cena, pois eram quatro homens armados contra um. Embora este tipo de jogada “impossível” seja concebível em histórias do tipo.

    Não peguei algumas referências, somente entendi quando você explicou. Alice e Dorothy passaram longe da minha cabeça! Foi uma mistura bacana, inusitada, talvez isto pudesse estar mais claro, exatamente por ser interessante.

    No mais, senti falta de mais enredo. O conto todo parecia uma cena de algo maior, e não a história completa. Mesmo assim me diverti bastante, é um bom conto. Abraços.

  14. Leandro B.
    24 de maio de 2016

    Oi, Quentum.
    Rapaz, que polêmica hem rs

    Só bati os olhos nos comentários, mas vi que o texto gerou discussão e isso é sempre bacana.

    Bom, sobre o conto
    Fiquei levemente confuso com o rumo que a história tomou. De início, pensei que estavamos no Velho Oeste, mas pelas referências contemporâneas pareceu-me que o Faroeste era o estilo, e não o espaço tempo. Basicamente a Guerra de Secessão não aconteceu ou foi vencida pelo Sul e, por isso, o desenrolar na história dos EUA foi diferente. Nessa realidade, como seria o trabalho de Malcolm x e MArtin Luther King?
    Até aqui tinha achado a pegada interessante, embora a citação a outras personagens estivesse jogando esse entendimento no lixo.

    Acho que só quando Lincoln foi citado que compreendi que a pegada do texto era mais fazer um amalgama temporal (creio que tenha sido isso). No que diz respeito ao encaixe e às referências funcionou bem.

    O que me incomodou mesmo foi a cena de ação. Entendo que seja típica do estilo, mas tenho certa barreira com personagens construídos em textos que resolvem uma situação como essa sozinhos. Apesar de ser um grande admirador de HQ’s, não consigo lembrar de um conto em que tenha achado isso realmente adequado.

    Então acho que gostei menos do estilo escolhido do que da técnica utilizada. Parabéns pelo trabalho.

  15. Gustavo Castro Araujo
    23 de maio de 2016

    Não enxergo este conto como uma espécie de submissão a uma cultura dominante ou algo que o valha. Antes, vejo um autor escrevendo sobre um tema que lhe é caro. Não vejo problema algum nisso. Em termos de comunicação e de entretenimento, o mundo desconhece fronteiras. Somos bombardeados com filmes, livros, revistas e música dos quatro cantos do planeta. Podemos até admitir que a influência americana é maior, ou bem maior, mas isso não significa que as demais, europeia ou mesmo asiática, não se façam presentes no nosso dia a dia. Ao curioso é possível assistir ou ler Truffaut, Miyasaki, Murakami ou Mia Couto.

    O que quero dizer é que não vivemos num casulo. Não precisamos e nem devemos escrever ou assistir, sempre, livros ou filmes 100% nacionais, ou com temáticas brasileiras. Sinceramente, não entendo essa aversão pelo que é estrangeiro. Nossa cultura é tão rica quanto às demais, certo? Isso é o mesmo que dizer que qualquer cultura é tão boa quanto a nossa. Logo, considero válido que se escreva sobre temas ricos, mesmo que provenham do além-mar.

    O blogue funciona exatamente assim, procurando dar vazão a todo tipo de tema, não importando sua origem. Faroeste, Fantasia (com diversas variantes) e Ficção Científica — temas que têm origem em outros países — já passaram por aqui com resultados excelentes, demonstrando a versatilidade e a criatividade dos nossos autores.

    Claro que posso estar errado, mas este site ficaria um saco se todo mundo só escrevesse à luz da cultura brasileira. Isso, na verdade, é uma falácia, já que somos reflexo de um multiculturalismo histórico e que, querendo ou não, continua a evoluir (ou a involuir, dependendo do ponto de vista). Se fosse para ignorar influências externas, estaríamos limitados a escrever sobre os índios que aqui habitavam antes da colonização portuguesa. E só.

    Por certo não deixaremos de admirar um quadro de Picasso, de Monet, de Van Gogh, de Rembrandt ou de Edward Hopper; a música de Chopin, de Beethoven e Mozart só porque esses caras nasceram em países que exploraram suas colônias na América e na África. Por certo, não deixaremos de usá-los como modelos por aqui, copiando seus estilos e técnicas. Tarsila do Amaral e Villa-Lobos são exemplos dessa influência. O mesmo vale para a literatura. Diversos autores estrangeiros nos marcam e não é a temática sobre a qual escrevem, e nem o país de onde vêm, que fará com que sejam ignorados ou que não sejam imitados.

    Com todo respeito às opiniões em contrário, não creio que escrever sobre um tema vindo de fora se constitua em bajulação. Poderia ser, se o autor se limitasse a isso, mas dado o anonimato que caracteriza os certames por aqui, acredito ser precipitado imaginar que o autor deste texto nunca se aventurou em outras paragens, inclusive brasileiras. Não vejo problemas, mais uma vez, em abordar temas típicos de outras culturas. Pode-se criticar a construção do texto, mas, a meu ver, não a opção temática, mormente quando não se sabe quem o escreveu.

    • Eduardo Selga
      23 de maio de 2016

      Gustavo,

      Estava me referindo ao colonialismo cultural, ao imperialismo cultural, não ao atravessamento cultural, que é sobre o que você fala em sua argumentação ao usar o termo multiculturalismo (*). O atravessamento, além de natural, é inevitável em todas as sociedades, ou seja, elas em algum momento de sua história foram influenciadas por outra cultura e tiveram incorporadas ao seu “modo de ser ” manifestações que lembram outra cultura. É um fenômeno de absorção lenta, gradual, e “consciente”, não é uma imposição. A cultura latino-americana, por exemplo, em larga medida, é o resultado do atravessamento entre a cultura autóctone e a africana.

      No atravessamento não existe a intenção deliberada de uma cultura engolir a outra, como acontece no imperialismo cultural. Voltando à América Latina, foi isso o que a Espanha pretendeu fazer, sufocar a cultura autóctone. E por que? Porque o domínio cultural é essencial ao país que pretende dominar politicamente outro ou outros.

      Cultura é política, enquanto fenômeno social. A percepção disso é o que está por detrás da malfada tentativa de extinguir o Minc, muito mais do que corte de gastos. Quem sabe o poder que a cultura exerce sobre o povo que a pratica sabe o quanto ela deve ser manipulada. Sufocada. Silenciada. Adulterada. Se possível transformada em outra, conforme os interesses do dominador.

      No mundo de hoje o imperialismo continua, muito mais forte do que nunca, porém é muito mais sutil do que antes. Não mais é o territorial, como o praticaram Portugal, Espanha, Inglaterra e boa parte da Europa. Ele é fundamentalmente cultural, o caminho por onde é possível penetrar na alma de um povo e, assim, domesticá-lo.

      Domesticar como se domestica bichinhos de estimação.

      Quem é o Império, hoje? Não é necessário dizer. Mas é necessário lamentar o quanto o domínio está naturalizado entre nós, autores (novos principalmente); é preciso ao menos tentar demonstrar que quando o autor replica uma estética essencialmente norte-americana, sem o tom de crítica ou paródia, ele está abraçando o domínio, o imperialismo.

      Não se trata, nesse caso, de atravessamento, pois é a repetição de um elemento da cultura norte-americana, não a sua mescla com elementos da nossa.

      Não vivemos num casulo. Porém, vivemos em um espaço geográfico e político que não é o mesmo de outros espaços. Há singularidades. Mas, principalmente, é preciso ter em mente que uma nação (não é o mesmo que país) é uma comunidade imaginada. É fruto do seu imaginário, além de fruto de ações políticas. Ora, se nosso imaginário estiver colonizado (não é atravessado) por outrem, não seremos nós mesmo, e sim esse outro. Os brasileiros não seremos brasileiros, e sim norte-americanos ou europeus fora de seus países. Seremos turistas dentro de nosso próprio país. Estaremos exilados em nosso próprio corpo. Olharemos para o outro, também brasileiro, e não o conhecermos, pois estamos num outro espaço. Num espaço colonizado. Porque o imaginário está colonizado.

      Boa parte da briga política que tomou conta do país é isso, uma briga de identidades. E podemos comprovar o fato aqui no espaço do Facebook, na defesa de um cosmopolitismo artificial, na defesa da ideia de que não há fronteiras “em termos de comunicação e entretenimento”. Uma globalização muito bonita em tese, porque é entendida como se fora mundialização, o que são coisas distintas. No primeiro caso, é o poder econômico que condiciona a sociedade mundial, onde se inclui a colonização e o imperialismo cultural; no segundo, ocorre uma aproximação de comunidades humanas distintas geográfica e culturalmente, onde se inclui o atravessamento cultural.

      Será que a cultura brasileira está inserida nos Estados Unidos da mesma forma que a norte-ameircana se inclui aqui? Logicamente não, e muito do que é mostrado lá como cultura brasileira não passa de reforço de estereótipos culturais. O cinema brasileiro tem espaço lá na mesma proporção que as sagas de super-heróis têm aqui? Alguém pode levantar o dedo e objetar algo sobre a qualidade técnica, que eles são muito melhores etc. Mas o motivo essencial não é esse, e sim o fato de que são modos de pensar e sentir o mundo diferentes que estão na tela. Sem heroísmos, sem revira-revira-revira-voltas. Agora observe quais filmes nossos têm espaço lá. Exatamente os que copiam o modo de pensar e sentir deles, como as lamentáveis comédias de costumes e o Tropa de Elite. Mas isso não é cinema brasileiro: é cinema feito no Brasil, no máximo.

      Tudo isso exposto, podemos dizer que reproduzir um texto de faroeste é apenas um ato estético, cheio de inocência, e que portanto deve-se ater apenas aos aspectos formais e narrativos ao analisá-lo?

      É apenas um ato estético o grafite nas cidades brasileiras? É claro que não, há uma carga política e epistemológica (modo de sentir e pensar o mundo) muito grande e ela atinge o espectador, mesmo sem percebê-la. Do mesmo modo, o bangue-bangue carrega em si a gramática emocional e epistemológica do povo que o produziu. Essa gramática não é a nossa. Essa dureza não nos pertence.

      Isso não quer dizer que tenhamos que escrever apenas “sobre os índios que aqui habitavam antes da colonização portuguesa”. Podemos e devemos escrever sobre absolutamente tudo, mas não com os olhos dos outros, porque nesse caso quem enxerga são eles.

      (*) O termo multiculturalismo nasceu e se desenvolveu nos EUA. Não é sintomático?

      • Brian Oliveira Lancaster
        23 de maio de 2016

        Isso me lembrou aquele filme “Saneamento Básico”, inclusive sugerido em outros desafios pelo Fabio Baptista, onde os protagonistas não sabem definir o que é ficção – e acabam investindo na temática “pulp fiction”, americana. Tem um clima de interior do sul excelente e bem representado. Pode ser considerado “cinema brasileiro” com uma metalinguagem bem aplicada sem ser um grande arrasa-quarteirão.

  16. Eduardo Selga
    22 de maio de 2016

    Esse conto permite um discurso imenso sobre o colonialismo cultural, uma das marcas de nossa sociedade, mas não sei se estou disposto a fazê-lo exatamente porque o conto é entristecedor.

    Sim, é triste ler em uma obra de ficção brasileira uma tentativa tão esmerada de repetir, reproduzir, igualar, imitar, copiar, reeditar uma narrativa que não pertence à nossa cultura, o western. Esse gênero transporta em si os mitos de uma sociedade que não é a nossa, mas que nos são empurrados por diversos meios, inclusive por contos iguais a esse. Um deles é o justiceiro, o que resolve qualquer pendenga à bala, posto que o diálogo é para os fracos. Esse gênero, junto a outros também nascidos nos EUA como a narrativa de super-heróis, representam a concepção violenta de convívio social que sociedade americana tem, principalmente em se tratando de território alheio. Tentar ser absolutamente fiel a isso, na narrativa, como se estivesse escrevendo aquelas estorinhas de bolso de autores brasileiros com pseudônimos ridiculamente americanizados, é de uma subserviência lamentável.

    Um autor não é um ente isolado da cultura que o engendrou. É reflexo dela, ao mesmo tempo em que pode contribuir para enriquecê-la. Mas o que é a cultura brasileira? É assustadora a quantidade de autores, calejados ou não, que desconhecem o seu berço. Preferem adotar o discurso muitas vezes falacioso do cosmopolitismo.

    Por essa percepção, o autor escreve sobre o universal porque o sujeito não é a sua província, e sim uma quantidade enorme de influências culturais. Mas não é bem isso. Ele não é APENAS a sua província, é ela também. Esse cosmopolitismo muitas vezes é entendido e praticado como uma ferramenta para o autor abrir mão de sua cultura é bajular a majoritária.

    Eu não tenho muita paciência com isso.

    E a realidade histórica alternativa? Se houve, ficou desimportante no todo narrativo.

    • Quentum Tarantoni
      23 de maio de 2016

      Oh, amigo, entregaste-me tal fardo
      Que será difícil livrar-me, Eduardo

      Não é objetivo meu perpetuar nacionalismo
      Tampouco ser modelo de decência
      Ante a derrocada moral do mundo
      Resta-me dizer: viva a violência!

  17. Fabio Baptista
    19 de maio de 2016

    Eu gostei bastante da primeira parte, entrei no climão gostoso de faroeste. Não me importo muito com clichês, então achei até divertidas algumas frases feitas já meio batidas, tipo “lugar abandonado por Deus”.

    Comecei a estranhar no momento em que elementos “futuristas” entraram na história – estampas de camiseta, nomes de cantores de rap. Até o final, não entendi muito bem o sentido disso… pensei que descambaria para algum tipo de sátira, mas não foi o caso.

    O diálogo que precede o tiroteio é um pouco cansativo. As cenas de ação são bem descritas, mas me confundi um pouco com os nomes nessa parte.

    Se havia alguma referência no final (as duas meninas), eu não entendi.

    E também fiquei sem entender qual foi a RHA empregada, de forma que aqui será difícil não descontar pontos por adequação ao tema. Se o autor puder aparecer para explicar melhor, seria interessante.

    – revolver
    >>> revólver

    – Calma, amigo. – o homem levantou as mãos
    >>> Assim, com minúscula depois do ponto, etá errado.
    >>> Eu usaria:
    – Calma, amigo – o homem levantou as mãos
    >>> Assim também ficaria certo:
    – Calma, amigo. – O homem levantou as mãos

    Resumo: bem escrito, mas sem foco e sem adequação clara ao tema.

    Abraço!

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Ele chegou, ele tá na pista
      Quem tá na área é o Fabio Batista

      Dizer que estou sem foco é criminoso
      Estás a brincar com minha miopia
      A RHA está explicada abaixo
      Junto com os restos de minha vida vazia

      • Fabio Baptista
        22 de maio de 2016

        Olha aí, Tarantoni, você é gente fina
        Se liga agora nessa minha rima

        Sobre o tema, veio a explanação
        Não sei se captei, mas o que vale é a intenção
        Já fui lá e aumentei a sua nota
        Eu curto faroeste e o tiroteio ficou foda…

  18. Brian Oliveira Lancaster
    19 de maio de 2016

    LEAO (Leitura, Essência, Adequação, Ortografia)
    L: Tem um “q” de insólito, aliado ao velho faroeste. Se reclamavam de ação, aqui está um conto que tem de sobra. Prestou uma homenagem excelente ao Tarantino, pelo menos na atmosfera árida e na sucessão de sacadas “pop”.
    E: É apenas um evento, um tanto incompleto, cheio de reviravoltas que não se apoiam em nenhum contexto prévio. De início achei que contaria mais sobre a formação dos países nos EUA, mas o autor optou pela simplicidade. Infelizmente, apesar de criar um ótimo clima, aliado ao bom humor, a história toda se firmou em um simples fiapo de interação. Precisava de mais “corpo”.
    A: Tem alguns diferenciais, mas sem contexto específico. Simplesmente os personagens atravessam um mundo louco (referência à Mad Max?). Ficou legal; pontos pela criatividade, mas não está muito dentro do tema.
    O: Os diálogos convencem, mas as descrições das cenas de ação pediam um pouco mais de cuidado, com detalhes mais importantes para a trama.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Tua crítica foi certeira
      Caro Brian Oliveira

      Gostei muito de seu comentário
      Apesar de temer, de início, esse leão
      Preciso treinar mais a escrita em versos
      Preciso treinar mais a minha descrição

  19. JULIANA CALAFANGE
    18 de maio de 2016

    Como vários colegas já disseram, vc escreve muito bem e mantém a atenção do leitor durante todo o conto. A trama é ágil, porém pobre. Além da “mistureba” de personagens, nada realmente acontece. Percebi as referências q vc usou no texto, mas não sei se isso basta para adequá-lo ao tema proposto, que era de uma realidade histórica alternativa. Esperei q o final o redimisse, mas a referência ao Mágico de Oz só deixou tudo mais confuso…

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Bem vinda a essa realidade insana
      Minha caríssima Juliana

      Escrevo mesmo para confudir
      E creio esse ser meu grande mal
      Mas fosse eu um grande explicador
      Escreveria mesmo um manual

  20. Simoni Dário
    17 de maio de 2016

    Olá Sr. Tarantoni.
    Que mistura temos aí. O tal Collin é o encarregado de transportar as personagens de histórias pelos tempos afora? Não sei se entendi alguma coisa, mas bem digo que o texto é fluido e você é competente em prender a atenção, pelo menos a minha. Sim, o conto menciona filmes de faroeste e usa fatos da história como pano de fundo, tem ação, aventura e suspense. Gostei do final, é a Dorothy? Uma salada bem calórica, um bom momento de laser e pela criatividade você está de parabéns!
    Ainda: A justificativa para a mordida no ombro do Collin convence quando penso na Copa do Mundo no Brasil, se aqui pode no seu conto me parece que tudo pode, a não ser que o cara fosse um vampiro desses filmes da atualidade, mas daí a salada já seria uma bomba calórica.
    Ah, e não gostei de vislumbrar a imagem de um colar de mamilos decepados. Cruzes!

    • Simoni Dário
      18 de maio de 2016

      Lazer* . Como bem disse “Deus”, a gramática é o capeta da Literatura, e eu fora de dar um abraço no coisa ruim.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Que bom ter sua companhia por aqui
      Minha cara Simoni

      Nossos vilões são bem cruéis
      A verdadeira imagem do mal
      A mordida aconteceu mesmo
      O colar de mamilos também é real

  21. Leonardo Jardim
    16 de maio de 2016

    Minhas impressões de cada aspecto do conto (antes de ler os demais comentários):

    📜 História (⭐⭐▫▫▫): parece mais uma cena de uma trama maior, pois as coisas não se concluem. Se há alguma referência na parte das meninas, me desculpe pois não entendi. A cena é bem narrada, mesmo que as ações tomadas pelo grupo de maufeitores não sejam muito verossímeis. Os quatro estava armados e Collin matou três deles e um fugiu sem eles dispararem um tiro. Morder um homem armado também não é uma ideia muito boa. Enfim, como já disse, a conto não possui uma trama fechada e esse é o maior problema.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐▫▫): já adiantei que a narração foi boa e as imagens bem nítidas. Percebi as referências ao Tarantino e algumas outras, como ao Manson, mesmo com os problemas de verossimelhança já citados. Nos diálogos a regra é que, após o travessão, se usou ponto antes, incia com letra maiúscula depois. (Se quiser, dá uma olhada num artigo sobre isso: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5330279).

    💡 Criatividade (⭐▫▫): não senti nada de muito novo que histórias de velho oeste costumam ter. A parte das meninas, a missão, se fosse melhor detalhada poderia trazer essa dose de novidade.

    🎯 Tema (⭐▫): pode ser ignorância ou descuido meu, mas não percebi a alternativa aqui. Se teve, não influenciou muito o texto.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): para uma cena de ação impactar, precisamos sentir pela vida dos personagens. O fato dele defender a carruagem ajudou, mas teria sido melhor se soubéssemos o motivo dele estar levando as meninas. O fim aberto e a inverossimelhança já citados também atrapalharam o impacto.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Você machuca meus sentimentos assim
      Não faça isso, Leonardo Jardim

      A trama toda é de algo maior?
      Talvez o seja, não posso dizer
      Mas não o é todas as outras coisas
      Que sempre fazemos ao nosso belprazer?

      • Leonardo Jardim
        21 de maio de 2016

        Quentum, em nenhum momento foi meio objetivo machucar seus sentimentos. Fiz uma análise técnica e imparcial do seu texto sob vários aspectos. Claro que é tudo baseado em minha opinião e gostos pessoais.

        Aproveite dessa análise o que desejar e ignore o que achar fora de contexto. O importante é que aceite as críticas como ela são: impressões sinceras de um leitor.

        Abraços.

      • Leonardo Jardim
        21 de maio de 2016

        em nenhum momento foi meu* objetivo

      • Quentum Tarantoni
        21 de maio de 2016

        Ora,ora,não fique de bobeira
        Foi tudo uma grande brincadeira

  22. Thiago de Melo
    16 de maio de 2016

    Olá, amigo,

    Não vou ter como ser muito original após os comentários anteriores. Mass….

    Eu também gostei muito do início. Achei que a construção inicial do cenário ficou muito bem feita. O clima western estava bem montado. Claro, com clichês, como também já foi dito, mas se a gente é fã de alguma coisa, às vezes queremos ter a oportunidade de fazer as coisas exatamente da maneira como as vimos quando viramos fãs, e não reinventar nada. Ora, aquele dilúvio de sangue em Kill Bill não era um ultra clichê dos filmes “C” que o Tarantino estava “homenageando” no próprio filme? Claro que era, e descarado. Use seus clichês e seja feliz. Esse não foi, pra mim, o problema da sua história.

    Após a construção inicial do cenário, quando começou a interação entre os personagens e a apresentação das referências foi que eu me perdi (ou que você perdeu este leitor aqui, pra ficar mais poético e literário!).

    Desse ponto em diante eu também tive dificuldades de me situar com relação à história, mas acho que em parte essa dificuldade se deu porque eu sabia do contexto em que essa história foi escrita, ou seja, um conto de realidade histórica alternativa. Então, como eu sabia da premissa, durante a leitura eu ficava tentando identificar qual seria a realidade histórica original para tentar entender qual foi a realidade alternativa que você tentou apresentar. E foi aí que a mistura de personagens de épocas diferentes me confundiu.

    Achei que a parte do tiroteio ficou bem legal. É difícil construir esse tipo de interação entre personagens. Porém, também achei que houve algumas pequenas falhas, como a parte do cara mordendo o pescoço do outro. Essa daí não me convenceu. Se na sua realidade histórica alternativa tiver também zumbis, tá valendo. Mas em western não cabe mordida assim do nada. Pq não pegar uma pedra, ou um pedaço de pau, ou uma faca, ou uma arma. Mas morder? A não ser que os caras estivessem desarmados e rolando no chão tentando alcançar uma faca (babando clichê na câmera), não haveria porque o cara morder o pescoço do tiozinho. (ele era vampiro?)

    Bem, camarada, acho que você é um cara que gosta de escrever, tem talento para dar início a sua história, inclusive no que diz respeito a título. Também acho que você escreveu esse conto mais pra você mesmo do que para tentar ganhar o desafio, e portanto, você incorporou personagens, e estilos que te agradam.

    Resumindo essa missa, achei que seu texto está muito legal, mas alguns detalhes poderiam ser melhorados.

    Um abraço!

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Chegue mais junto. Uma bebida? Um trago?
      Ou seria um moderno cavalheiro, meu caro Thiago?

      A mistura toda é proposital
      Abaixo ela foi explicada
      Espero que entenda a explicação
      E que tua nota seja elevada

  23. Claudia Roberta Angst
    15 de maio de 2016

    Olá, autor! Desta vez, resolvi montar um esquema para comentar. Espero te encontrar no pódio.

    * Título – Quase um verso esse título. Você é um romântico?

    * Revisão – Não encontrei falhas importantes.

    * Enredo – Clima de faroeste não é muito do meu gosto, mas foi bem caracterizado. As várias referências empregadas podem confundir o leitor. Ainda tenho medo de Charles Mason, que acabou causando uma grande tragédia, a morte da bela atriz Tate, mulher do Roman Polanski. Enfim, não se brinca assim com os traumas de infância da coleguinha. A narrativa está bem conduzida, com os elementos clichês rolando soltos. Nada contra. A vida é clichê, então a História deve estar cheia deles.

    * Tema – O conto respeitou o tema proposto, mas de forma um tanto confusa, já que acabou misturando várias possibilidades.

    * Aderência – Como já disse, não sou muito fã de faroeste. Parece ser conto de menino (sim, estou sendo sexista). O começo do conto prendeu minha atenção pela descrição e uma certa promessa de suspense. Não sei se eu esperava mais ação ou um acontecimento maior. Gostei de Dorothy no final. Ficou fofa. Boa sorte!

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Preciso encontrar a rima certa
      Para minha amiga, Claudia Roberta

      A confusão abaixo está explicada
      Peço perdão por bricar com o teu medo
      Mais pavor lhe seria incutido
      Se soubesse de meu pior segredo

  24. Gustavo Castro Araujo
    15 de maio de 2016

    Achei o conto divertido. A ideia de misturar várias referências num cenário de velho oeste rendeu um conto despretensioso e de leitura fácil. Charles Manson, Malcom X, 2Pac e até Dorothy se cruzam numa realidade improvável e criativa. A costura do conto, porém, é fraca. Os personagens e as citações são bacanas, como disse, mas tudo acontece rápido demais, como se a trama fosse, antes de tudo, uma justificativa para juntar todo esse pessoal. Lembrou-me, por isso, aqueles filmes onde uma penca de atores famosos se sucedem em situações inusitadas, sem que isso seja necessário para o desfecho da história em si. Em suma, um conto bacana mas que poderia ter ousado um tantinho mais.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      É com firmeza que palavras cravo
      Para explicar-lhe, amigo Gustavo

      Que bom que gostou dessa mistura louca
      Desse universo que é um tanto insano
      Mas agora me fazes questionar
      Seria o texto um pedaço de pano?

  25. Pedro Teixeira
    15 de maio de 2016

    Olá, Quentum! Gostei da narrativa, até mesmo dos clichês do western, e há umas ideias e possibilidades bem interessantes nesse universo que você trouxe. Entretanto, há referências demais de épocas diferentes( Malcom X, Charles Manson, Lincoln, Confederação) que tornam difícil ao leitor se situar. Acho que se trabalhasse mais a premissa de que o sul se tornou um país independente depois da guerra civil, tornando isso o pano de fundo, melhoraria nesse aspecto. O final ficou um tanto abrupto, e apesar de gostar da cena de tiroteio, não me convenceu a facilidade do protagonista em se livrar da gangue. Enfim, é um conto interessante e bem-feito, mas que poderia render mais limando certos excessos e dando mais atenção ao desenvolvimento dos personagens principais. Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      É outro Pedro que por aqui se abeira
      Mas, veja só, esse é o Teixeira

      Peço perdão pela rima pobre
      Mas preciso fazê-la sem medo
      E por favor, meu caro senhor
      Não venha a se meter em meu enredo

      Mais uma vez desculpas peço
      Às vezes sou cruel em minha resposta
      Tens toda razão em seu comentário
      Eu que sou um pedaço de…

  26. Pedro Arthur Crivello
    15 de maio de 2016

    o conto ainda que o sol nasça vermelho começou muito bem ,as descrições do local estavam maravilhosas, e você nos situou bem em qual momento histórico estava. entretanto isso se perdeu ao decorrer da história , o conto acaba muito rápido , o personagem principal não teve grande desenvolvimento como a trama . no mais você jogou muitas referenciais citando muitas figuras históricas. e também não consegui achar claridade no final , com a fala da última menina

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Que se abra enfim o último selo
      Para iluminuar Pedro Arthur Crivello

      Há várias referências, isso é bem verdade
      Dê uma checada na wiki abaixo
      Talvez isso esclareça dúvidas
      Ou aumento ainda mais o escracho

  27. Davenir Viganon
    15 de maio de 2016

    Ainda que o sol nasça vermelho (Quentum Tarantoni)
    Eu gostei de imaginar Malcon x e 2PAC no velho oeste, mas misturar os tempos não foi uma boa escolha e acaba confundindo as referências e localizações, que dariam o impacto de se imaginar em um mundo alternativo. Ficou uma salada. Afinal é uma realidade onde os índios não foram conquistados ou é uma onde o velho oeste nunca acabou? (se bem que, se Malcon X não fosse assassinado, poderia ter conhecido 2PAC)
    Tentando ver a estória por si, o nome referência clara a Quentin Tarantino, já adianta o tom pulp da narrativa. Sangue e tiroteio ficaram bacanas. Os clichês foram trabalhados sem medo de ser. Acho que poderia ter uma pegada mais forte, se afundar nos ícones e não correr o risco de ser levando a sério, demais. Se eu não me engano, temos uma personagem de ficção ganhando vida nesse mundo. A Dorothy do Mágico de OZ. Em obras retrofuturistas/Steampunks (que podem ser RHA também) isso é comum e não sei se o pessoal fará aqui.
    É difícil avaliar teu conto agora, enquanto durar esse estado de confusão. Quem sabe retorno para um veredicto. Abraços e boa sorte!

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Preste atenção à explicação por vir
      Talvez lhe esclareça, caro Davenir

      Não há confusão se todos vivem juntos
      No mesmo mundo, no mesmo universo
      Alternativo é esse desafio
      Não tenho rima para o último verso

  28. Olisomar Pires
    14 de maio de 2016

    1. RHA apresentada: Não sei.
    2. Tempo do conto: Pode ser no passado ou futuro pós apocaliptico;
    3. Dilema: Levar duas garotas pra algum lugar, uma delas parece ser a Dorothy do Mágico de OZ;
    4. Escrita: Dentro da normalidade;
    5. Ritmo ou desenvolvimento: Bom, as cenas de ação se completam, há algumas falhas de continuidade ou de coerência – ex.: as meninas não ouviram os estranhos chegando, nem o cachorro latiu em momento algum, apesar do barulho intenso, o grupo malfeitor não pensou sequer em vasculhar o interior da diligência enquanto Collin dormia a sono solto, porque não o amararam de imediato ?
    6. Conclusão: O conto é bom, as referências, pelo menos a mim, não são claras, mas isso é culpa minha e não do autor, é uma estória que pede continuação, o que é positivo.

  29. Ricardo de Lohem
    14 de maio de 2016

    Olá, como vai? Vamos ao conto! Confesso que não entendo muito da história dos EUA nesse período, por isso não vou poder avaliar a RHA do seu conto, o que você mudou na história oficial. Vou me concentrar aqui em avaliar a sua história enquanto história. Primeiro, os erros e más escolhas. Só porque o gênero Western é formado basicamente por limitados clichês que precisamos nos restringir a isso: escritores devem transcender! “Poeira levantada pelos cascos dos cavalos”, “pedaço de chão abandonado por Deus”, isso é um pouco demais pra se aguentar… Outros problemas: “Kinsley levantou instintivamente, sacando o revolver e encurralando o homem que havia feito a pergunta.”. A cena foi confusa pra mim: ele acordou e já encurralou o homem no mesmo instante? Como, havia uma parede em algum lugar? “– Mas, pra ser justo – disse o homem com a marca na testa – nenhum de nós encontrou um dedo nela.”. Claro que não é “encontrou”, é “encostou”.”– Há dois caminhos para o norte. Eu estou seguindo por um deles, aquele que é mais seguro para mim. Posso lhe dar um mapa do outro e, assim, seguem o seu caminho.”. O final foi confuso, “seguem seu caminho”? “Nesse instante, ambos Jeff e Eddie já haviam sacado suas armas.”. Por que esse “ambos”? É uma tentativa de copiar a língua inglesa, na qual se usa “both” antes de citar dois elementos? Se foi isso, ficou idiota.”Seus dentes já haviam rasgado a carne, e os nervos que ligavam o pescoço eram visíveis.”. Nervos? Você não quis dizer “tendões”? Sei que popularmente o povo às vezes chama tendões de nervos, mas isso é simplesmente um erro que não há necessidade de perpetuar, na minha opinião. Achei a história confusa, a cenas de ação foram bastante fracas. E na última frase, com referência ao Mágico de Oz:: “– Não sei. Mas com certeza não estamos mais no Kansas.”, foi para quê? Uma referência totalmente aleatória? Achei o conto bem fraco, e não pude julgar se foi mesmo RHA, deixo para os outros essa tarefa. O que senti foi a falta de objetivos mais coerentes na história e motivações emocionais mais convincentes para os personagens. Desejo Boa Sorte.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Permita que te livre de teu fardo
      E explique tudo com clareza, Ricardo

      Mas que beleza era o velho oeste
      Lugar sadio para uma boa luta
      Não precisava de explicações
      Pra atirar em um filho da p…

  30. catarinacunha2015
    14 de maio de 2016

    Gostei muito deste COMEÇO em forma de ação direta. FLUXO intenso e rico em imagens. Colocar no mesmo caldeirão Abraham Lincoln, Malcolm X, Martin Luther King, Charles Manson e outras figuras deixou a TRAMA frágil e desconexa e eu não entendi bem a ALTERNATIVA histórica sem um FIM que a justificasse.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Olá, moça elegante, de postura fina
      Agradeço o comentário, amiga Catarina

      Tentei explicar o que aconteceu
      Está mais embaixo, tente olhar, assim
      Mas pergunto-lhe de volta
      Precisa toda história ter mesmo um fim?

      • Catarina
        1 de junho de 2016

        Toda história com ponto final tem um FIM, já que não há continuação. Não precisa ter uma conclusão ou objetivo, mas isso exige maestria; o que não encontrei no texto.

  31. Olisomar Pires
    14 de maio de 2016

    Bem escrito, o texto é bastante palatável, aguça e nos faz querer saber a continuação. Talvez, por minha ignorância, não tenha entendido algumas referências. Se ou autor, puder esclarecer, usando seu pseudônimo, claro, seria muito produtivo.

    • Quentum Tarantoni
      20 de maio de 2016

      Diante de teu solicitar
      Vamos a uma wiki, Olisomar

      Buffalo Bill era caçador
      Em nosso mundo, touros matava
      Mas nessa terra imaginária
      Os seus amigos apunhalava

      Touro Sentado foi uma vítima
      Do traiçoeiro ator-viajante
      E se em nossa terra, morreu mais cedo
      Nesse outro mundo saiu confiante

      Temos bandidos vindouros do norte
      Todos eles bons psicopatas
      Sejamos breves em suas descrições
      Na pobreza suja dessas rimas natas

      Charlie é Manson que a ninguém fere
      Ao menos não com suas próprias mãos
      Matou a pobre garotinha Tate
      Convencendo a outros malditos pagãos

      John, o líder sóbrio, de fala bonita
      Em nosso mundo em Chicago habitou
      Era conhecido por palhaço louco
      Pogo em seu porão muitos apagou

      Jeff é Dahmer e gosta de uma carne
      Mas só da humana, tem maior sabor
      Eddie é mais terrível, Gein é outro nome
      Após o qual foi feito vilão de terror

      E nessa terra temos escravos rebeldes
      Que lutaram contra os brancos e seu julgo
      King é da paz como em nosso mundo
      O outro pede a guerra, X é seu vulgo

      2Pac não é rapper, provavelmente
      Rap nessa terra não deve existir
      Isso não impede que suas palavras voem
      Pelo ar, terror a incutir

      Temos ainda duas garotinhas
      Famosas por sinal, se não percebeu
      Uma seguiu um coelho por sua toca
      E nos país das maravilhas de perdeu

      A outra foi tomada por um furacão
      E levada à companhia de três amigos
      Passaram eles por grandes aventuras
      Enfrentaram juntos inúmeros perigos

      Pesso perdão pela inclareza dessa história
      Que em cada um levantou uma pergunta
      Mas não seria bacana um universo
      Em que essa galera tivesse nascido junta?

      • Olisomar Pires
        20 de maio de 2016

        Parabéns, meu caro !
        Com suas rimas fez mais que um ponto,
        Em tempo confesso algo raro,
        mais delas gostei que do complexo conto !!!

        Brincadeira, gostei de ambos, e obrigado pelas explicações, certamente valorizaram seu texto. Abraços.

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Publicado às 14 de maio de 2016 por em Realidade Histórica Alternativa e marcado .