EntreContos

Detox Literário.

Do outro lado, do outro lado (Laís Helena)

Eu estava terminando de tomar banho quando a voz sobrepujou sons da normalidade.

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a realização:

O sonho idealizado,

A atitude concretizada

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a sua contraparte

Feita de sonhos realizados

E inimigos sobrepujados

 

Deste lado, deste lado

Está a chave da libertação

Guardada no coração

E esperando pela decisão

 

O sabonete escorregou de minhas mãos e se espatifou sobre o piso branco e escorregadio. Paralisada, eu encarei a parede branca diante de mim. Sentia-me gelada, apesar da água que massageava minhas costas e do vapor que me envolvia.

Não. Hoje não, hoje não…

Mas, como sempre, os demônios estavam ali para me atormentar. Ou o demônio, na verdade: era sempre o mesmo. Fizesse chuva, fizesse sol, fosse um dia de alegria ou de tristeza, ele sempre estava lá. Acompanhou-me durante a infância, cresceu junto comigo. Fazia-se presente todos os dias, sem falta.

Apesar disso, sua presença nunca entrou em harmonia com minha vida, ainda que eu não conseguisse imaginá-la sem ele. Por isso, o medo era outra presença constante em meu dia-a-dia. Preenchia-me. Paralisava-me. Às vezes, chegava a me controlar, tirando-me toda a vontade e transformando-me em um mero fantoche de seus caprichos.

Como acontecera hoje. Amanda me provocara, eu cedera ao ódio e o demônio gostou. Por alguns instantes, ambos tivemos o mesmo desejo, a mesma sensação ardendo em nossos interiores. E isso me apavorara. O medo me tomou, o demônio venceu e Amanda terminou no chão, com o nariz sangrando. Eu, na diretoria. Mais uma vez.

Abaixei-me com cuidado e peguei o sabonete; minhas mãos estavam trêmulas. Mais uma vez, me ensaboei, temendo o momento em que terminaria o banho. Eu sabia, porém, que uma hora teria de sair dali. O tempo escoava pelo ralo, junto da água e do sabão. A hora de encará-lo chegava. Ela sempre chegava, era inevitável.

Pensei no sangue pingando no chão e nas lágrimas escorrendo pelo rosto da garota e apertei os olhos com força. Isso, porém, não me fez parar de vê-los; a imagem estava gravada na minha mente, junto da amarga constatação de que, um dia, eu perderia totalmente o controle. Um dia o demônio me dominaria completamente, e algo infinitamente pior do que uma agressão se sucederia. Eu estava condenada: sabia disso em meu cerne.

Esfreguei-me com mais força, tentando remover aquela mácula, mas foi um esforço inútil.

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a verdade

A personificação de sua vontade

A execução da sua autoridade

 

Do outro lado, do outro lado

Vive o seu demônio

Que é a sua contraparte

À espera da aceitação.

 

Deste lado, deste lado

Está a chave da libertação

Guardada no coração

E esperando pela decisão

 

Aquela voz era uma coisa nova em minha vida.

Os versos, não. Minha avó costumava recitá-los quando eu era criança, mas com outras palavras.

Enquanto a água lavava o sabão de meu corpo, deixando apenas a pela fria e maculada, a lembrança antiga despertou em minha mente. Minha avó sentada em uma cadeira de madeira, majestosa com as roupas antiquadas e a nuvem de cabelos brancos. Os olhos grandes e escuros espiavam por trás dos óculos, sagazes. Aqueles olhos que sempre enxergaram por trás do óbvio. Aqueles olhos que me paralisaram, roubaram minha atenção, enquanto ela batia com os nós dos dedos no grande espelho que cobria a parede de sua sala e entoava:

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a ilusão

O sonho idealizado

E nunca realizado

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a perdição

O sonho deteriorado,

O empenho desmazelado

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a maldição

Semeada pelo desejo vil

E pela mente irrestrita

 

Do outro lado, do outro lado

Vive o seu demônio

Filho do rancor,

Espelho da maldade.

 

Do outro lado, do outro lado

Está o seu demônio

Trancafiado na prisão de prata,

Esperando que a porta se abra

 

Deste lado, deste lado

Está a chave da condenação

Guardada no coração

E alimentada pelo rancor

 

Já naquela época o demônio me atormentava, e me sorriu do outro lado do espelho quando minha avó concluiu os versos. Ela era a única que me dava crédito quando eu corria pela casa aos prantos, culpando o demônio do espelho pelo meu pavor e pelas minhas lágrimas.

Não se preocupe, minha cara, minha avó dissera uma vez, A maldade habita o outro lado, mas você estará protegida dela se não deixar que o vidro se quebre.

Eu não compreendera a mensagem na época — ainda não tinha certeza se a compreendia —, mas sentia que estava cada vez mais perto de quebrar o vidro, de abrir a porta da prisão prateada e deixar que o demônio finalmente me dominasse.

O tempo enfim se esgotou. Girei a torneira, extinguindo a corrente não purificadora de água, e o silêncio se fechou sobre mim. Trêmula, eu deixei o boxe e me embrulhei na toalha, deixando-me envolver em seus braços felpudos e acalentadores. Apesar disso, não consegui me acalmar. Algo me dizia que aquela seria a minha última vez — eu estava em meus últimos momentos.

Uma parte de mim me disse que eu deveria aproveitá-los, por isso me aconcheguei mais a toalha e olhei para o banheiro, como se esperasse que um detalhe nunca explorado me saltasse aos olhos, revelando-se depois de tantos anos escondido nos recônditos daquele que fora o local de muitos encontros.

Mas obviamente não encontrei nada. Era apenas um banheiro pequeno, de paredes de um branco apático e piso cruelmente escorregadio. A pia e o vaso eram também brancos, assim como o armário. O vapor se acumulara e pairava no ar, denso, mas ainda assim eu sentia frio. O frio denso e vazio do abismo sem fundo.

A única coisa que chamava a atenção era o espelho. O objeto do encontro indesejado e inevitável, a prisão de prata que mantinha o demônio longe do mundo, mas ao mesmo tempo a um passo de adentrá-lo. Era a personificação de meus medos, que me visitava em sonhos — sonhos que se tornavam reais quando eu acordava e tinha de viver minha vida. E os espelhos estavam em todos os lugares. No meu quarto, no meu banheiro, enfeitando a sala de minha avó, nos elevadores. Frágeis e incontáveis portas que mantinham toda a maldade longe do mundo. Portas que podiam ser destrancadas e muitas vezes pediam para ser destrancadas.

E eu não sabia por quanto tempo poderia resistir ao pedido. O tempo se esgotava, e eu talvez tivesse apenas minutos.

Porém, eles também me fascinavam. Como se fossem imãs, chamavam-me. Chamavam, chamavam, chamavam, até que o fascínio superasse o medo e eu finalmente me adiantasse em sua direção, para encarar o demônio. E havia dias, como hoje, que meu objetivo e o do demônio eram o mesmo.

 

Do outro lado, do outro lado

Vive o seu demônio

Que é a sua contraparte

À espera da aceitação.

 

Do outro lado, do outro lado

Está o seu demônio

Trancafiado na prisão de prata,

Esperando que a porta se abra

 

Deste lado, deste lado

Está a chave da libertação

Guardada no coração

E esperando pela decisão

 

A voz era reveladoramente familiar. O espelho chamava, e hoje não hesitei. Precisava aceitar meu destino, era isso que o demônio me dizia.

Postei-me diante do objeto maldito e usei a ponta da toalha para limpar o vapor.

Do outro lado, como sempre, o demônio me aguardava.

Era o meu reflexo, mas ao mesmo tempo não era. Seus cabelos, longos e lisos como o meu, eram mais escuros, e sua pele mais pálida. Seus olhos eram azuis, mas não como os meus — tinham exatamente o mesmo tom, mas representavam coisas diferentes. Os meus eram azuis claros e estavam cheios de curiosidade, às vezes medo (era o que dizia minha mãe). Mas os do demônio… Eu imaginava que, se tudo no mundo fosse sugado, exceto a maldade, era essa a cor que ele teria.

Era isso que o demônio era. Minha versão do mal. E não somente isso. Minha mãe costumava dizer que havia bondade e maldade dentro de todos nós, e cabia a nós escolher qual das duas guiaria o nosso caminho. Comigo não era diferente, exceto que toda a minha maldade me encarava todos os dias, do outro lado do espelho.

O demônio sorriu para mim. Como qualquer outro sorriso, não passava de um simples curvar de lábios, mostrando um pouco os dentes. Era um sorriso como qualquer outro mas, ao mesmo tempo, um sorriso único. Havia algo no brilho em seus olhos, na curvatura de suas sobrancelhas na maneira como inclinava a cabeça levemente para o lado. Havia algo ali que transformava um simples curvar de lábios em um sorriso puramente perverso.

Venha para mim, ela me disse. Sua voz também soava como minha, porém, mais uma vez, havia nela algo que a tornava diferente. Apenas uma minúscula gota, mas ainda assim suficiente para que a voz soasse fria e cruel. Era como se o vidro que separava nossos mundos distorcesse a realidade, filtrando-a e passando-me uma versão deturpada.

Entretanto, a voz me fez compreender. Minha avó me alertara. E quanto aos versos citados pelo demônio… bem, era como se uma parte de mim me dissesse o que fazer. Afinal, apenas eu poderia acabar com aquilo — antes que fosse tarde.

Estiquei uma mão pálida e trêmula na direção do espelho, e minha versão maléfica sorriu em aprovação. Ela repetiu o gesto, ainda que o dela tenha sido muito mais firme e fluído. Lentamente aproximei meus dedos do espelho, e ela fez o mesmo, sempre sorrindo. Esperava encontrar a textura lisa e escorregadia do vidro, mas, em vez disso, toquei a mão do demônio.

O pavor me preencheu e eu quase puxei a mão, em choque, mas o pouco de racionalidade que me restava foi suficiente para que eu a mantivesse no lugar. O vidro se fora, e o demônio estava livre para vagar pelo mundo. Eu encontrara a chave e destrancara a prisão prateada, e agora cabia a mim destruir o demônio.

Sua tolinha, você não pode me destruir. A voz dela estava permeada de deboche, como se falasse a uma criança.

Ela parecia capaz de ler meus pensamentos e emoções, pois seu sorriso se alargou quando o pavor cresceu e se agitou em meu interior, como uma fera determinada a escapulir. Sua mão estava extremamente fria contra a minha, e de súbito ela voltou a recitar os versos, agora quase cantando:

 

Do outro lado, do outro lado

Vive o seu demônio

Que é a sua contraparte

À espera da aceitação.

 

Eu deveria aceitá-la? Não, isto estava fora de cogitação!

Mas uma movimentação atrás de minha versão do mal chamou minha atenção: a porta do meu banheiro — o outro banheiro — foi aberta, e minha mãe entrou. Não era um demônio; no outro mundo, minha mãe era idêntica ao que era neste. Era como… era como se tivesse alcançado a realização.

A bondade e a maldade vivem dentro de todos nós, ela disse; sua voz também soava como sempre: firme e severa, mas ainda assim acalentadora. Ela me encheu de esperança. Elas estão em eterna disputa, uma tentando sobrepujar a outra. Cabe a nós escolher qual das duas nos dominará, e sermos fortes para nos mantermos fiéis às nossas escolhas.

Quando sua voz deu lugar ao silêncio, seu corpo começou a se desintegrar, como se ela tivesse de súbito se transformado em fumaça, e fiapos de escuridão se alastraram pelo banheiro a partir do ponto em que ela estivera. Espiralaram pelo ar em minha direção e invadiram este lado, dançando e envolvendo-me em um rodamoinho de sombras.

Eles são seus inimigos, o demônio me disse, Aceite-me, e poderá sobrepujá-los. Aceite-me, e eles nunca mais lhe atormentarão.

Aceitar…

Um trecho do poema me retornou à mente; eu não sabia se era o demônio falando ou minha memória recordando.

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a sua contraparte

Feita de sonhos realizados

E inimigos sobrepujados

 

Do outro lado, do outro lado

Vive a verdade

A personificação de sua vontade

A execução da sua autoridade

 

Os fantasmas negros — os meus inimigos — dançavam ao meu redor. Havia alguém gritando — talvez fosse minha própria voz, meu medo e desespero se traduzindo em um grito rouco e agudo. Tudo o que me segurava em pé era minha mão, unida à minha contraparte.

Era isso. O meu reflexo, a minha voz. Aquilo não era um demônio. Era uma parte de mim, uma parte que eu me recusava a aceitar. Uma parte que eu precisava controlar, ou me dominaria. Eu precisava escolher meu caminho, e precisava ser forte para me manter nele.

Encarei o demônio: seus olhos eram o abismo sem fundo, seu sorriso era a lua minguando em um dia de morte. Ela era parte de mim.

— Eu a aceito. — disse para o espelho.

E as trevas enfim se fecharam sobre mim. Apenas uma voz — a minha própria voz — permaneceu. Você precisa ser forte para se manter em seu caminho.

E eu tinha certeza de que seria, pois agora estava inteira.

30 comentários em “Do outro lado, do outro lado (Laís Helena)

  1. Bia Machado
    13 de junho de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Hum, juro que no começo estava gostando, mas aí a coisa tomou um rumo que ficou cansativo demais. A fobia pode ser de espelhos, mas e se for de demônios ou algo do tipo? Quero crer que seja de espelhos… Enfim, carece de uma elaboração maior, até para não perder o ritmo a partir de certo momento.

  2. Pétrya Bischoff
    13 de junho de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Pois bem, Narcisa (pseudônimo apropriado ahhaha)!
    A narrativa apresentou-se confusa, para mim. Digo, entendi o conto, mas há muitos rodeios. O próprio poema está bom, mas há tanta repetição que tornou-se enfadonho. As descrições foram simples mas suficientes e a escrita está ok.
    A fobia em si, acredito que seria dos espelhos (como uma Alice, eu mesma tenho um conto com espelhos…) ou de demônios? A princípio, pensei que, fora do banheiro, ela havia matado alguém e estava se limpando disso,mas teria que voltar para lá, de qualquer maneira.
    Penso que a estória seja cichê, mas poderia ter sido abordada de outra forma. Boa sorte.

  3. Fil Felix
    13 de junho de 2015
    Avatar de Fil Felix

    O conto está bem escrito e a leitura é fácil e bem fluída, o tema tratado é interessante e o modo como criou o poema e deu musicalidade à ele, sempre intercalando, merece destaque. A transformação do cenário me lembrou Coraline, com as versões do mal. Entretanto, o que prejudicou o texto foi o excesso.

    A repetição do poema chega a incomodar um certo momento, há frases parecidas e que passam a impressão de um looping. Teve uma hora, ali perto do fim, que pensei que já tinha lido. Acho que poderia limar essas repetições, ser mais direta e concisa.

    *Adorei o pseudônimo, combinou com os espelhos 😉

  4. Wilson Barros
    13 de junho de 2015
    Avatar de Wilson Barros

    O suspense começa com o poema, muito interessante a sua ideia de usá-lo para isso. O espelho como uso de mistério e terror vem desde as histórias de Alice, mas é visto até nos filmes de terror moderno. Aqui no entrecontos os últimos desafios trouxeram histórias de terror com espelhos, se não me engano do Alexandre Ctulhu e da Maria Santino. A fobia no banheiro, ao lado do espelho, passa uma sensação de erotismo, tipo uma fobia freudiana, algo como a sexualidade reprimida, diriam os psicanalistas. Ou seja, o conto pode ser interpretado tanto como o mito de um mundo paralelo, demoníaco, quanto como a visão de alguém reprimido sexualmente, por motivos religiosos, por exemplo. Freud explica. Um conto fascinante.

    • Wilson Barros
      13 de junho de 2015
      Avatar de Wilson Barros

      Quis me referir ao conto Junção, de Rubem de Falco, e não à Maria Santina.

  5. mariasantino1
    13 de junho de 2015
    Avatar de mariasantino1

    ↓ Mais um conto onde não sei bem o que dizer. As repetições do poema foram irritantes. A avô pairou aí e me deixou numa dúvida do cão (ops, essa não é uma boa palavra para se usar aqui). O final é… sei lá, um tipo de redenção que faz o restante ser “muito barulho por nada”.

    ↑ Belos quadros. Clima instigante do começo ao fim (mesmo achando um pouco cansativo e irritante algumas idas e vindas).

    Sorte!

  6. Felipe T.S
    12 de junho de 2015
    Avatar de Felipe T.S

    Achei a leitura cansativa e em muitos momentos mal construídos. A poesia não é poesia (mas não se preocupe, a minha também não) o problema dela é que foi muito repetida, tava quase decorando os versos. kkkkk

    Alguns momentos são interessantes, mas ainda assim, só há uma tentativa de demonstrar o medo. Essa dualidade ou multiplicidade de nossa existência é um tema fascinante e mesclar isso com espelhos é demais, se o autor souber apresentar o conteúdo, o que infelizmente não aconteceu aqui.

    Como dica sugiro que autor pense melhor na trama, retire o que não é necessário, lapide o texto e tente contar mais e explicar menos.

    Sorte no desafio!

  7. Fabio D'Oliveira
    12 de junho de 2015
    Avatar de Fabio D'Oliveira

    ❂ Do outro lado, do outro lado, de Narcisa ❂

    ➟ Enredo: Bem interessante. Uma verdadeira odisséia interior. Achei a história bem construída e do foco utilizado. Porém, apelou muito para o lado clichê, principalmente no final. Isso realmente prejudicou o produto final.

    ➟ Poema: Gostei bastante. Muito bem escrito e com boa sonoridade. Mas devo admitir que a forma como foi aplicada ficou bem cansativa. Não precisava de tanto…

    ➟ Técnica: Excelente. Nada mais a declarar!

    ➟ Tema: Compatível com o desafio. O foco na fobia foi uma decisão sábia! Parabéns!

    ➟ Opinião Pessoal: Gostei e não gostei. A história é interessante, bem escrita e bem construída. Porém, é clichê e cansativa. Por isso fiquei dividido.

    ➟ Geral: História clichê, mas bem executa. Técnica infalível. Poema ótimo, mas aplicada de forma exagerada no texto. Fobia muito bem explorada. Parabéns!

    ➟ Observação: Achei o conto bastante imprevisível e gostei muito disso!

  8. vitor leite
    12 de junho de 2015
    Avatar de vitor leite

    Gostei da história, pode ser ainda mais trabalhada para atingir um topo. Muitos parabéns e quem escreveu sabe, certamente, o que faz, é só uma ideia: repegar neste conto e melhorar certos momentos e… resultará um textão.

  9. Virginia
    12 de junho de 2015
    Avatar de Virginia

    Olá ! Espelhos têm uma aura mística, achei interessante usá-los como fobia. Achei o texto bem escrito, mas um pouco repetitivo, não vi muito enredo apesar da luta contra os “demônios” ser uma batalha digna de atenção. Parabéns e boa sorte !

  10. Anorkinda Neide
    12 de junho de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Outro texto primoroso, que peca por não se adequar à fobia… 😦

    Guria! Eu amei muito este texto (tem uma parte cansativa, vc poderia tê-lo feito menor) é um terror psicológico, e gosto muito disso.
    O final foi fantástico! Trabalho com o auto-conhecimento a muito tempo e vc fez um pérola aqui!

    A princípio eu estranhei aquela avó, parecia ser ‘do mal’ enchendo a cabeça da menina de medo… mas com o final tudo fez o maior sentido!
    A aceitação de sua outra face, a do outro lado, não era uma tragédia, ao contrário, era a cura e a redenção! é isso mesmo que nos acontece, ao enfrentar o supostamente escuro, temos uma grata surpresa! sempre!

    O lance de ela perceber no rosto do espelho traços, trejeitos, ironias e afins que, afinal, podiam muito bem ser ‘coisas da imaginação’ dela… tem um simbolismo muito forte ae! arrepiante!

    Parabens e obrigada pelo texto!

    O poema está ok… nada super bom, mas contenta.
    Sugeriria apenas retirar de algumas estrofes o verso ‘do outro lado, do outro lado’, repetição demais, cega a gente e perdemos o foco nos outros versos.

  11. Evandro Furtado
    11 de junho de 2015
    Avatar de Evandro Furtado

    Olá Narcisa

    Bem, temos uma linguagem bem clara aqui, com o uso de alguns artifícios interessantes em alguns pontos como alegorias e metáforas. Temos uma personagem central sobre quem a trama se desenrola. A história, temos em duas partes: na primeira, uma narrativa clara, com a cena da briga e o banho; na segunda temos o contemplar ao espelho. A primeira parte achei bem interessante. A segunda não é ruim, pelo contrário, mas acho que se encaixaria melhor se fosse em um romance, por exemplo. Em um conto eu normalmente espero um pouco de ação ininterrupta – talvez por isso não me agrade ler Eça – mas como eu disse não é ruim.

    De qualquer forma, você trabalhou bem o tema e construiu bem o conto.

    Parabéns e boa sorte.

  12. Tiago Volpato
    11 de junho de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Um bom texto. Você escreve de forma agradável, simples é sempre melhor. Na minha opinião, achei que você ficou muito presa na questão do ser dominado pelo demônio e pra mim isso ficou um pouco cansativo. Talvez se você colocasse outras situações no texto, deixaria ele mais interessante (não que ele seja desinteressante).
    Gostei da inserção de um outro mundo atrás do espelho, é uma boa metáfora para as coisas que escondemos.
    Abraços.

  13. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    10 de junho de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Narcisa, você sabia o seu xará Narciso morreu afogado por outro motivo que não é o oficial? É verdade! Ele morreu sim afogado num lago porque foi seduzido por uma irresistível iara e fizeram amor no fundo do lago. O que também não contam é que ele foi encontrado sorrindo e navegando sereno pelo lago, de barriga para cima. Mas então, Narcisa… confundi-me no seu conto entre o medo que a menina sentia do espelho e o medo que sentia da possibilidade cada vez mais real de escolher o “lado negro da força” como estilo de vida. Por isso, o seu conto soou como um terror psicológico para mim. (Aprendi em outro desafio o que terror psicológico! Estou feliz por isso!) A repetição do primeiro verso do poema “Do outro lado, do outro lado” é maravilhosa como música, como uma marcação para as fases do conto e admirei demais as mensagens passadas por esses poemas, bem musicais. Gostei do conto, mas não me pareceu tão de fobia e mais de busca por uma identidade, por completar-se, unindo-se à outra metade que julgava estar dentro do espelho, com determinada personalidade que a atraía, mesmo com medo do que poderia se tornar. Acabei de contradizer-me e achar a fobia que não achava antes! Como é bom discutir as literaturas alheias nos comentários! Parece até um comentário bipolar, mas não é. O que acontece é que discutindo seu conto, encontrei o que procurava. Acho isso um barato!

  14. rsollberg
    10 de junho de 2015
    Avatar de rsollberg

    Boa tarde , Narcisa, que achava feio que não era espelho.

    Olha, é um terror psicológico bem interessante.
    Algo existencial, o dilema, a fobia.

    Li tudo de uma tacada só, e isso é um ponto muito positivo.
    A linguagem empregada foi legal, salvo algumas repetições como: sorriso, denso…

    Cara, sinceramente, fiquei com fobia do seu poema, se ele aparecesse mais uma vez acho que me trancaria no banheiro, rs. Entendo que essa pode ter sido a intenção do autor, mas acho que houve excesso.

    O desfecho é previsível, usual em filmes do gênero, mas creio que funcionou neste conto.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  15. catarinacunha2015
    10 de junho de 2015
    Avatar de Catarina Cunha

    TÍTULO muito bom, a repetição já nos remete à fobia.
    O POEMA tem ótimo conteúdo, mas com rima primária; o que me incomodou.
    FLUXO DO TEXTO desconfortável. Muitas explicações desnecessárias e o “eu” constante remete a um autor (a) jovem ou inexperiente.
    TRAMA interessantíssima. O jogo do medo com o espelho me seduziu à leitura. A fragilidade e a luta estão latentes e a atmosfera do banheiro foi bem construída; salvo o sabonete suicida.
    FINAL fraco e esperado pelo desenrolar do poema. O que não é ruim se for bem trabalhado. Finalizar uma história longa abruptamente exige técnica apurada.

  16. Cácia Leal
    9 de junho de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    Epa, primeiro comentário: o sabonete não se espatifa no chão, ele apenas cai. Espatifar-se é romper-se em pedaços. Não gostei da descrição do demônio. Achei romântica demais, sem dar qualquer temor. Da mesma forma, a aparição da mãe, com uma lição de moral, também não me agradou. O finam, com a lição de aceitação, não gostei. Todo o resto, achei bem interessante, uma boa abordagem do medo de enfrentar a si próprio, aos seus sentimentos e seus anseios. De encarar a si e a sua própria imagem.
    Gramática: Alguns erros, como “isso estava fora de cogitação”.
    Criatividade: Achei criativo a modo como foi abordada a fobia.
    Adequação ao tema: o conto se encaixa no tema.
    No geral, gostei do conto.

  17. Jowilton Amaral da Costa
    9 de junho de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    O texto está bem escrito, sem dúvida. Mas, eu achei a leitura enfadonha. Esse dilema entre a personagem e o “demônio” alongou-se de uma forma cansativa, na minha opinião, o que fez com que eu perdesse o interesse de continuar a ler algumas vezes. A fobia pelo próprio reflexo é bem interessante, no entanto, a forma que foi conduzido o conto não me agradou. Boa sorte.

  18. Simoni Dário
    8 de junho de 2015
    Avatar de Simoni Dário

    Embora seja um bom conto o que vislumbrei aqui foi uma depressão, melancolia, penso que para fobia faltaram elementos. Achei cansativo no começo, me interessei mais do meio para o final, Alíás o final, na minha opinião, foi o melhor do conto. O desenvolvimento deixou um pouco a desejar, mas o autor tem talento, é evidente, e pela boa finalização está de parabéns.
    Boa sorte!

  19. Ana Paula Lemes de Souza
    8 de junho de 2015
    Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

    Olá, Narcisa! Gostei da trama… Está acima da média dos demais. Até agora, apenas dois me encantaram em cheio. Contudo, embora eu tenha gostado bastante do seu conto, creio que poderia ainda mais ser melhorado, estendido um pouco mais. Ela poderia ter explicado melhor os motivos da aceitação de seu outro lado, trazendo coisas mais reais para complementação.
    Mas é um belo conto e tem muitos méritos. Parabéns! Desejo-lhe sorte.

  20. Gustavo Castro Araujo
    8 de junho de 2015
    Avatar de Gustavo Castro Araujo

    O conto me remeteu ao clássico de Lewis Carrol, em que Alice entra no mundo dos espelhos. Aqui, contudo, a abordagem tende mais para o terror, aliado ao suspense. A construção dessa atmosfera foi bem competente, entremeada por versões do poema que pouco a pouco vão traduzindo a deterioração mental da protagonista.

    O problema a meu ver foi que passou-se o tempo todo mergulhado nesse embate do vou-não-vou, ou seja, nesse embate em que a narradora luta consigo mesma, ora desejando, ora repelindo a vontade de entregar ao seu lado demoníaco. Isso é válido, desde que haja um reflexo (sem trocadilho) no mundo real. Gosto muito de imersões psicológicas, de saber o que se passa em na alma dos personagens — e se for uma alma atormentada, tanto melhor. Porém, como falei, acho que a narrativa ganha muito mais se houver algo que traduza esse embate no mundo real. Aqui, isso fico na promessa apenas, quando, lá no início, há menção a uma briga na escola.

    Creio que o texto ganharia cores mais vibrantes se, por exemplo, a par do embate psicológico houvesse a descrição de uma cena em que a protagonista tivesse que decidir entre a vida ou a morte de alguém, ou até mesmo a de um animalzinho de estimação. Isso poderia fazer com que o leitor se interessasse mais pelo drama vivido por ela, torcendo, enfim, para que este ou aquele lado prevalecesse.

    Não me entenda mal. O texto não está ruim. Na verdade, é acima da média entre os que já li, mas, creio, poderia ter sido melhor. Mal comparando, é como assistir um filme em DVD, sabendo que poderia ser em HD.

    Boa sorte no desafio.

  21. Leonardo Jardim
    8 de junho de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Minha avaliação antes de ler os demais comentários:

    ♒ Trama: (3/5) é boa, a história do demônio interior querendo vir à tona. Só achei que enrolou um pouco demais. Não entendi, também, a motivação para ela finalmente aceitar o demônio.

    ✍ Técnica: (3/5) a narrativa é fluida e prende a leitura. O uso do pretérito-mais-que-perfeito, porém, deveria ser revisto. Esse tempo verbal deveria ser utilizado apenas quando for referenciado um tempo anterior ao tempo da narrativa, o “passado do passado”. No trecho “Como acontecera hoje”, por exemplo, não cabe o uso, pois é um passado recente. Ocorre também uma repetição exagerada de palavras próximas. Isso é comum em iniciantes (eu ainda apanho muito com isso) e é bom que seja evitado. Veja um exemplo mais abaixo, mas o texto está abarrotado delas. Uma dica: tem um site para detectar repetições, que eu passei a utilizar depois de começarem a reclamar muito disso nos meus textos: http://www.repetition-detector.com/?p=online

    ➵ Tema: (1/2) existe um medo do demônio e talvez medo do espelho, mas acabou não sendo o ponto principal do conto. As reações também não pareciam de alguém com fobia.

    ☀ Criatividade: (1/3) demônios interiores e no espelho são relativamente comuns.

    ✎ Poema: (2/2) gostei da sonoridade e da inclusão na trama (é parte integrante).

    ☯ Emoção/Impacto: (3/5) li o conto todo numa tacada, ansioso para saber o que ia acontecer. Isso é legal, mas senti falta de algo mais impactante.

    Outros problemas encontrados:
    ● deixando apenas a *pele* fria e maculada
    ● — Eu a aceito — disse para o espelho (sem o ponto; fiz uma explicação sobre pontuação de diálogo no meu comentário ao conto “Meu querido, e amado, medo”, dê uma olhada, por favor)

    Exemplo de repetição:
    ● *Era* o meu reflexo, mas ao mesmo tempo não *era*. Seus cabelos, longos e lisos como o meu, *eram* mais escuros, e sua pele mais pálida. Seus olhos *eram* azuis, mas não como os meus. Os meus *eram* azuis claros e estavam cheios de curiosidade, às vezes medo (*era* o que dizia minha mãe). Mas os do demônio… Eu imaginava que, se tudo no mundo fosse sugado, exceto a maldade, *era* essa a cor que ele teria.

  22. Fabio Baptista
    5 de junho de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    * TÉCNICA : 2/3
    A escolha infeliz de usar escorregando e escorregadio no mesmo parágrafo logo no começo me fez pensar que viria uma “bomba”.

    Felizmente não foi o caso. Porém essa repetição, assim como outras apontadas, precisa ser revista.

    Os mais-que-perfeitos também não foram muito bem empregados em alguns momentos.

    Mas no geral, a fluidez garantiu os pontos.

    * TRAMA : 2/3
    Eu gostei muito da ambientação. Lembrou-me aquele clima sinistro de Donnie Darko.

    Esse terror psicológico ficou bem legal, embora eu não tenha certeza se entendi muito bem o que aconteceu aí nesse banheiro esfumaçado.

    * POESIA : 1 / 2
    Aqui lembrei da estrutura empregada no primeiro conto do certame. Porém a repetição dos versos acabou tornando o geral um tanto enjoativo.

    * PESSOAL : 1 / 2
    Gostei! Mais da ambientação que qualquer outra coisa, mas gostei.

    * TEMA : x 0,5
    Então… só vi uma fobia parcial dos espelhos /demônio/ envelhecimento/ maternidade/ autoridade.

    Gostaria que o autor explicasse melhor, pois não gostaria de descontar pontos por esse motivo.

  23. Claudia Roberta Angst
    3 de junho de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Acho que fiquei confusa com tantos reflexos e não consegui me fixar na fobia. Seria medo de espelhos? Ou do demônio? De qualquer modo, o tema proposto ficou de lado, pois o conto ficou com uma pegada de terror.
    Gosto do modo como o conto foi escrito, a leitura flui fácil, mas há alguns detalhes a serem revistos. Também levaria em conta a possibilidade de enxugar um pouco a narrativa, condensando um pouco as descrições. Isso daria maior impacto à trama.
    Boa sorte!

  24. Rubem Cabral
    3 de junho de 2015
    Avatar de Rubem Cabral

    Olá, autor(a).

    Gostei do conto: a escrita é segura e o drama da personagem é palpável. Achei a poesia interessante, embora creia que houve muita repetição. As mesmas repetições me incomodaram também no texto: (sorriso – 4x no mesmo parágrafo, por exemplo).

    A fobia ficou clara e destacada.

    Minha sugestão seria “enxugar” um pouco o conto e cortar as repetições quando possível.

    Bom conto!

  25. Brian Oliveira Lancaster
    3 de junho de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    EGUA (Essência, Gosto, Unidade, Adequação)

    E: Um abordagem diferenciada até agora. Há outro texto de terror psicológico, mas esse aqui consegue transmitir mais a sensação de terror.
    G: Sinceramente, achei um tanto morno. A escrita é excelente, o enredo atrai a curiosidade e a atmosfera criada é muito boa. Mas a lição de moral perto do fim estragou um pouco. Mas não tira o brilho do restante. Achei que realmente ia acontecer alguma coisa, mas o autor preferiu manter o pé no chão e deixar os delírios apenas na mente do personagem.
    U: Nada chegou a me incomodar, a não ser algumas repetições.
    A: Pelo que entendi, trata-se de fobia de espelhos. Ganha muitos pontos pelo clima permeando o conto, como um todo.

  26. Rogério Germani
    2 de junho de 2015
    Avatar de Rogério Germani

    Olá, Narcisa!

    Realmente, o conto apresenta o demônio de forma translúcida; soa como paradoxo, mas é o reflexo de cada um de nós.

    Vamos à análise do texto.

    Pontos fortes.

    1- A marcação intimista aplicada serve de moldura para o demônio no espelho.
    2- O poema faz jus ao enredo apresentado.

    Pontos negativos

    1-A fobia ficou de lado, talvez pelo efeito hipnotizante do espelho.

    2- “Trêmula, eu deixei o boxe e me embrulhei na toalha, deixando-me envolver em seus braços felpudos e acalentadores.”

    A grafia correta seria box, já que a personagem estava tomando banho e não praticando pugilismo.

    3- “O frio denso e vazio do abismo sem fundo.”
    O pleonasmo utilizado acaba atrapalhando o texto: abismo é um lugar sem fundo.

    Parabéns pelo conto e boa sorte!

  27. Sidney Muniz
    1 de junho de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Definitivamente não gostei do conto.

    O uso da língua pátria não está bom, vários problemas com formulação de frases, diálogos, tempos verbais e uma insistência em usar o pretérito mais que perfeito mesclando a outro tom de narrativa.

    O texto está sobrecarregado de repetições, “eus” e a poesia não encaixou. A fobia também foi mal explorada, está no conto, mas não se sente a sensação de medo da personagem, ao menos eu não senti.

    Sugiro que o autor leia o conto, releia, leia em voz alta se necessário, pois isso ajuda muito para evitar algumas redundâncias que tiram o brilho de seu trabalho. Sugiro que leia sobre coerência e coesão, pode ajudá-lo em alguns aspectos, pois vi que precisa evoluir bastante em alguns pontos.

    Deixo aqui algumas observações, mas há mais coisas, porém estou meio zonzo devido aos choops que bebi… haha, encurtei as observações, desculpe pela intromissão:

    O sabonete escorregou de minhas mãos e se espatifou -Espatifar é fazer em pedaços, quebrar… Um sabonete não espatifa…

    Acompanhou-me durante a infância, cresceu junto comigo. Fazia-se presente todos os dias, sem falta. – redundância pura… cresceu junto comigo – O “junto” aqui é desnecessário, pois se cresceu comigo, já quer dizer que foi junto. Achei redundante. E já tinha falado que acompanhou na infância, ainda ao fim enalteceu que fazia-se presente todos os dias… sugiro que reformule essa passagem.

    Repetição de “presença” no 2° parágrafo, penso que podia ser evitada.

    eu cedera ao ódio e o demônio gostou – eu cedera? Acho que o tempo verbal ficou fora, e na verdade o quarto parágrafo inteiro está meio estranho. Repetição de demônio.

    apertei os olhos com força – isso não ficou legal.

    Eu não compreendera a mensagem na época – Eu não havia compreendido – ficaria melhor.

    dizia que aquela seria a minha última vez — eu estava em meus últimos momentos. – última vez/últimos momentos – repetitivo, a leitura está muito carregada.

    denso, mas ainda assim eu sentia frio. O frio denso e vazio do abismo sem fundo. – repetição de “denso”.

    O demônio sorriu para mim. Como qualquer outro sorriso, não passava de um simples curvar de lábios, mostrando um pouco os dentes. Era um sorriso como qualquer outro mas, ao mesmo tempo, um sorriso único. – Sorriu e mais 4 sorrisos…

    Boa sorte ao autor(a) e espero que em uma próxima oportunidade seu trabalho me cative mais.

  28. JC Lemos
    31 de maio de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Olá, Narciso. Tudo bem?

    Seu texto é bom escrito. Fulido em sua maior parte e com uma linguagem simples. Nada de mirabolante em nenhum momento. Entretanto, não me agradou muito.
    Algumas repetições no percorrer da narração deixaram o conto pesado vez ou outra. E como já foi dito no comentário do colega Wallace, o poema durante todo o conto acabou deixando-o cansativo, dando voz àquela repetição que falei.

    O medo, apesar de toda a boa narração o exaltar, não ficou muito bom, ao meu ver. Acho que a personagem era uma pessoa confiante demais para ter isso como uma fobia, não sei explicar.

    De qualquer forma, o autor merece os parabéns.
    Boa sorte!

  29. Wallace Martins
    31 de maio de 2015
    Avatar de O corvo

    Olá, meu caro Autor(a), tudo bem?

    O conto foi bem escrito, o ritmo que ele cria é muito bom, bem fluído e dinâmico, contudo, houveram duas coisas que me incomodaram bastante: primeira foi a repetição do poema toda hora no conto, tornou-se enfadonho demais, chato de se ler, a mesma coisa, toda hora, no meio do conto eu já não aguentava mais ler “do outro lado, do outro lado”, segundo foi que, no decorrer do conto, torna-se confuso se ela é esquizofrênica e acaba por, ao deparar-se com seu reflexo no espelho, imaginar outra pessoa e conversar com ela ou se ela tem fobia de espelhos, se ela tem fobia de espelho, sinto-lhe dizer, que a abordagem da fobia me soou meio estranha, porque a pessoa que tem medo de espelhos, ela passa mal, tem sudorese, taquicardia, náuseas, desmaio e afins, é um medo a um nível extremo e infundado, sendo assim, não há como ela, simplesmente, sozinha, superar esse medo da forma que retratou, então, resolvi ver como o medo de um demônio, contudo, poderia ser esquizofrenia ou demonofobia, que se encaixaria nos mesmo sintomas acima, pois, na maioria das vezes, as reações são bem genéricas.

    Por conta dos motivos supracitados, me fez, a partir do tema proposto, não gostar muito do seu conto, porque ele não se enquadrou, eu esperava a menina demonstrar mesmo, até o final, os sintomas da fobia dela, todo aquele desespero com a Fobia, mas o que foi mostrado foi ela conseguindo, de forma bem fantasiosa, a superação desta fobia.

    Apesar da escrita maravilhosa e do bom domínio da gramática, o conto não me agradou, levando em conta o tema proposto.

    Desejo-lhe boa sorte e agradeço por tê-lo compartilhado conosco.

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Informação

Publicado às 30 de maio de 2015 por em Fobias e marcado .