EntreContos

Detox Literário.

O chamado da Lua (Luís Takano)

lua

Ira. Era tudo o que Sara conseguia sentir. Ira…? Ou seria… o quê? Não sabia ao certo, pois algo nublava seus pensamentos. Mas era um sentimento tão forte que a fez se levantar da cama e sair de casa. Era sua cama e sua casa? Pareciam diferentes.

A lua, vermelha, brilhava forte como se quisesse lhe dizer algo. O lugar em que se encontrava parecia tão pacífico. Diferente do sonho que a fez despertar: seus filhos em perigo, gritando por socorro, clamando por ela… Ira. Era definitivamente ira.

Caminhando, avistou poucos carros e todas as lojas estavam fechadas, então deduziu que era o começo da noite de um domingo. Mas onde estariam seus filhos? E por que era tão difícil pensar? Para a última pergunta não sabia a resposta; já, para a primeira, lembrou-se de Marcos.

Claro!”, pensou, “É o fim de semana em que os meninos ficam com ele…”, e ficou satisfeita ao sentir que sua mente aos poucos clareava. Ainda assim, preocupada e, por alguma razão, furiosa, começou a correr em direção à casa onde morava seu ex-marido, a dez quarteirões de distância.

Enquanto corria, tentava se convencer de que tudo não passara de um sonho, de que não havia nada com o que se preocupar. Corria? Não, apenas caminhava apressadamente. Ou só caminhava? Estava agora caminhando vagarosamente? Sem perceber, passou a andar com muita dificuldade, anormalmente cansada.

Foi só um sonho. – murmurou enquanto descansava encostada em um muro. Mas, no fundo, ela sabia que não era só um sonho. Se realmente conseguisse acreditar que podia prever o futuro, chamaria aquilo de premonição. A segunda, aliás, que tivera em menos de dois ou três dias.

A primeira, ela, por óbvio, ignorou – e do que se tratava, não conseguiu se lembrar. “Premonições? Que hipótese absurda!”, pensou. Porém, estavam em perigo seus filhos. E, talvez, seu ex-marido. De repente, sentiu ódio, e este percorreu seu corpo, alimentando-o, reabastecendo-o, fazendo com que ela continuasse firme em seu trajeto. A lua escarlate brilhava ainda mais intensamente.

Algumas poucas pessoas que passaram por ela, olharam-na de forma peculiar. Havia um certo espanto disfarçado em suas expressões. Percebeu, então, atônita que, na pressa, havia se esquecido de trocar de roupa. Mas não estava indecente, muito pelo o contrário. Por um motivo qualquer, tinha repousado em bonitos trajes. Aliás, não era esse o seu vestido favorito? Também ficou aliviada em sentir que havia batom em seus lábios ressecados e maquiagem em seu rosto.

Minutos se passaram e finalmente estava chegando. Logo encontraria seus filhos e tudo ficaria bem. Chegando à porta de entrada, parou e, por um instante, riu de si mesma e sentiu-se extremamente tola por acreditar em uma suposta clarividência. Foi quando ouviu gritos vindo de dentro da casa. Reconheceu as vozes de seus filhos e de Marcos.

A raiva, que por um fugaz momento a havia abandonado, possuiu-a, e, não mais conseguindo raciocinar, Sara começou a bater com cada vez mais força na porta que se encontrava trancada. Tentou gritar o nome de seus filhos, mas somente um rosnado rouco e angustiado saiu de sua garganta.

Os gritos tornaram-se mais intensos e jurou ouvir seus filhos, especialmente o mais novo, chamarem por ela. Foi o suficiente. Num acesso de fúria, esmurrou a porta com uma força inumana, partindo-a ao meio, rasgando sua pele e quebrando os ossos de sua mão no processo. Estranhou o fato de não sangrar ou sentir dor, mas nada daquilo importava.

Os chamados desesperados vinham do andar de cima. Correu em direção às escadas, quando notou outro som vindo também do segundo andar. Repetidas batidas contra algo. Ouviu seu ex-marido gritar. O que estava acontecendo?

Não tardou a descobrir e o que viu e ouviu paralisou-a de imediato: lá estava Marcos tentando arrombar, com um pesado bastão de metal, a porta do quarto de onde vinham as vozes apavoradas de seus filhos.

Abram a porta, crianças! Não vai doer nada, papai promete! – gritava – A polícia está vindo, devem ter descoberto tudo… – disse para si, quase que sussurrando – E eu não vou permitir que mais ninguém fique com vocês! Nunca mais! Vocês são meus e só meus! – voltou a gritar, a loucura estampada em seu rosto.

Mais um golpe na porta. Outro grito por socorro. Outro grito por ela.

Parem de chamar por sua mãe! Ela… sempre foi a preferida, não? – disse, com uma voz carregada de ressentimento – Mas mamãe não vai mais tirar vocês de mim. Nem vocês e nem nada do que é meu! Meu! Entendam de uma vez, meus filhos, mamãe não vai mais voltar…

Porque você me matou… – ela disse, interrompendo-o, antes de entender plenamente as palavras que proferia. Aquela primeira premonição que havia ignorado. Morte? Sua morte. Ela estava morta, não estava? E, pra ficar com seus filhos, ele a havia matado. Sentia a ira lhe dominar. Uma raiva intensa. Uma fúria incontrolável. O instinto materno a despertou de seu caixão no mausoléu da família, mas foi o rancor e o desejo por vingança o que realmente a moveu, trazendo-a para cá? Não soube dizer. O ódio a cegava.

S-Sara? – balbuciou seu ex-marido antes que mãos gélidas passassem a lhe estrangular. Uma expressão de horror marcava sua face e nela ficou impressa mesmo após sua morte, segundos depois.

Seus filhos estavam salvos. O corpo de Marcos jazia no chão. Sara, por fim, sentiu-se em paz e soube, instintivamente, que seu tempo havia se esgotado. Queria dar o adeus que lhe foi negado, mas deteve-se ao ver sua imagem cadavérica refletida no espelho que se encontrava no fim do corredor daquele andar. Contemplativa, esboçou um sorriso resignado, beijou ternamente a porta trancada do quarto com seus lábios sem vida e foi embora.

A lua, que brilhava forte lá fora, branca e pura, a chamava.

44 comentários em “O chamado da Lua (Luís Takano)

  1. Pedro Luna
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Luna

    Interessante a revelação que ela estava morta. Não era isso que eu esperava. Isso melhorou muito o conto. Eu só acrescentaria mesmo a cena dela matando o cara. Mas entendo que o limite deve ter apertado

  2. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de wilson barros

    Um conto de terror. Como eu já falei, é um assunto muito em moda. Aliás, sempre foi, lembro-me das revistas da editora Taika, “Contos de Terror”, e “Kripta”, da RGE. A história é bem escrita, mas, na minha opinião, ainda falta alguma coisa que complemente o enredo. Veja, por exemplo, o filme Ghost: além de um roteiro semelhante, apresenta uma médium enganadora, um amigo traidor e outros coisas para tornar a história mais interessante. No conto de terror, deve haver alguma coisa surpreendente no final, como no filme “Os outros”, cujo fim “não era nada do que a gente pensava”. Recomendo-lhe a leitura dos contos da antiga Revista Kripta, que para mim são os melhores exemplos de contos de terror moderno. Sugiro também que continue escrevendo contos desse gênero (terror, sobrenatural), para o qual você revela bastante talento.

  3. Thata Pereira
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thata Pereira

    No início, a repetição da palavra “Ira” me incomodou. Preferia que o(a) autor(a) tivesse me apresentado a ira de uma forma menos explicita, mas tudo bem. Adorei saber, no fim, que a mulher estava morta, mas o fato de ela conseguir estrangular o marido depois de morta. Achei isso muito estranho. Acho que ficaria mais legal se tivesse ficado a dúvida: ela está ou não morta?

    Boa sorte!!

  4. Lucas Almeida
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Gostei do texto no que se refere a pegar de surpresa, já que a mulher não estava mais viva. Só precisou de um pouco mais desenvolvimento do tema do pecado nele. Boa sorte 🙂

  5. Leandro B.
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Oi, S.H.I.

    acho que você teve uma ótima ideia, mas não a executou muito bem. Consigo ver com alguma clareza o que fez com que EU não gostasse muito do conto:

    O excesso de ira, raiva e etc. Entendo que você quis salientar o sentimento da mãe, mas acho que acabou ficando um pouco exagerado e, em certos momentos, um pouco cansativo/repetitivo.

    Além disso, a emoção condizente com o pesadelo que despertou a mulher deveria ser a preocupação, não apenas a raiva.

    O segundo ponto foi a tentativa de esconder a morte da mãe. Acho que isso é algo que pecamos muito hoje em dia, e graças aos sextos sentidos da vida, acabou se tornando um pouco um clichê. Se não for feito de maneira muito cuidadosa, não da certo.

    Minha sugestão aqui é que você abrace a morte da mãe. Não fale das pessoas vendo ela na rua. Você pode causar uma reviravolta diferente, deixando o leitor pensar que se trata de um espírito vingativo, e não de uma mãe zumbi.

    Ou não rs

    Acho que é isso, gostei bastante da ideia e da história, mas acho que a narrativa acabou depreciando um pouco o texto.

    Boa sorte!

  6. Bia Machado
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Gostei. É um conto bem conduzido, bem dosado. Acho que se tivesse forçado um pouco mais, teria ficado melodramático. Só achei muito explicativo o parágrafo onde ela descobre, talvez isso pudesse ser colocado na história de outra forma, embora eu ache que em mil palavras isso seria meio complicado mesmo. Bom trabalho!

  7. Swylmar Ferreira
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    O conto tem boa estrutura, objetiva, mostrando o drama do personagem principal. A trama mostra início, meio e fim, inclusive um final inesperado e interessante. Linguagem bem estruturada e fácil de ler.
    Parabéns.

  8. Rodrigo Sena Magalhaes
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Sena Magalhaes

    Tenso. Bem escrito. Bom conto, apesar de não ser minha temática favorita.

  9. Edivana
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Edivana

    Legal. Não estava gostando até o final. Gosto quando um conto me faz mudar a impressão inicial. E esse beijo na porta, sentimos pela despedida não recebida, ficou encantador isso. Parabéns.

  10. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Trama envolvente, caminhei pela rua com a mãe (a parte mais intensa) e não fui a diante quando chegou na porta (perdeu a intensidade da mãe e começou apenas a “aventura”). Surpreendente saber que ela já estava morta e daria 100% de credibilidade se o pai caísse do mezanino no meio da sala e morresse, mesmo sendo estrangulado pelas mãos gélidas da ex-exposa que ele matou. Não ficou claro o papel da lua. E é bem escrito, só sugiro que evite palavras com “mente” no final; geralmente elas podes ser substituídas por uma expressão de maior valor. Tipo, no lugar do “geralmente”, caberia um “na maioria das vezes”, “no geral”, “grande parte das ocasiões” (não são de tão grande valor, mas soam menos feias que palavras grandes e sem música). No limite de mil palavras do conto essas palavras grandes até ajudam na contabilidade e não deixam de ser “feias”. Surpreendente a idéia de que a mãe morta salvou os filhos vivos!

  11. rsollberg
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Isso que eu adoro no Entrecontos: a originalidade, o subverter dos temas.
    Quando iriamos pensar que em um desafio sobre pecados capitais, alguém iria nos trazer a estória de uma mãe zumbi que volta para proteger seus filhos do pai assassino? WTF

    …E o melhor, sem parecer gore, com sangue escorrendo pela tela. Endurecendo sem perder a ternura jamais.

    Gostei da reviravolta na trama, o autor soube preparar a armadilha para o final.
    Como crítica, retiraria apenas alguns adjetivos que, a meu ver, estão sobrando.

    É uma ira? Bem, é uma ira do além. Morto-vivo peca? Sei lá, acho que sim. Mais gula do que ira, mas tá valendo.

    Parabéns e boa sorte!

  12. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (3/5) interessante… um zumbi, mas talvez ficasse melhor se fosse uma fantasma, um Poltergeist. Da forma como foi, faltaram algumas explicações (não é sempre que um zumbi se levanta do túmulo e se vinga de seu assassino).

    ✍ Técnica: (3/5) sem erros, mas sem grandes atrativos

    ➵ Tema: (1/2) a ira está lá, mas o conto é sobre zumbi.

    ☀ Criatividade: (1/3) zumbis não são criativos.

    ☯ Emoção/Impacto: (3/5) gostei da surpresa.

  13. Gustavo de Andrade
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    Os questionamentos do primeiro parágrafo levantaram muitas perguntas. Por que a personagem não tem segurança sobre sua casa? Por que seus pensamentos estão nublados?
    Respostas: estou incomodado com a recorrência de perguntas e dúvidas.
    “pelo o contrário” — pelo contrário, sem “o”

    O título do conto poderia ser “Mamãe Zumbi”. Achei bem curioso o desfecho, mas hei de ressaltar que não há muito valor de releitura nesse conto, uma vez que seu valor é extremamente apoiado em sua revelação/clímax. Lembro de “Clube da Luta”, onde há uma enorme revelação ao final, mas com o valor intrínseco à obra residindo nas digressões e paranoias do protagonista, ao que o clímax adiciona muito (e não vulgariza).
    A questão do limite de palavras fez com que os personagens não fossem nada construídos, levando a uma compreensão incompleta dos reais conflitos que permeavam a família. Por que o pai ficou louco? Frases como “ela sempre foi a preferida” não são suficientes para configurar sua psique conturbada, que poderia ser muito bem explorada. As próprias crianças são muito amorfas, servindo infeliz e somente como muleta emocional do conto.

  14. Pétrya Bischoff
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Bueno, mais uma dessas estórias fantasmagóricas que não me envolvem tanto. para mim, foi uma surpresa ver que ela estava morta, mas só. Não me senti envolvida no texto, grande parte dele foi uma mulher correndo pela rua atrás de seus filhos, algo como um recorte de um texto maior que poderia ter me encantado mais, se melhor desenvolvido. A escrita é simples e de fácil entendimento, e a narrativa conduz a leitura como deve. De qualquer maneira, boa sorte.

  15. Jowilton Amaral da Costa
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    A cena do pai com o bastão na mão falando com os filhos trancados no quarto, para que eles saíssem de lá e dizendo que não iria doer nada lembrou-me “O Iluminado”. Gostei do terror, a história não me impactou tanto, mas, no geral é um bom conto.

  16. Andre Luiz
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, caro(a) S.H.I.! Vamos à avaliação!
    Gostei bastante de toda a história, de toda a confusão na mente de Sara, naquela revelação bombástica já ao final do conto e no clima de suspense criado durante todo ele. Por um acaso do destino, senti que poderiam ter mais diálogos no início, nem que tudo fosse um monólogo interior de Sara. Mesmo assim, o texto não perde a beleza. Parabéns!

  17. williansmarc
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 7
    Ortografia/Revisão: 10
    Técnica: 7
    Impacto: 7
    Inovação: 6

    Minha opinião: Gostei principalmente do suspense criado até a chegada de Sara na casa do seu ex-marido, me deixou bem curioso, mas o final acabou ficando um pouco corrido, provavelmente por causa do limite de palavras. A parte do pai falando com os filhos me lembrou aquela cena clássica do filme “O Iluminado”, baseado no livro do Stephen King.

    Boa sorte no desafio.

  18. alexandre Cthulhu
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de alexandre Cthulhu

    gostei do conto. Achei boa a metáfora da lua Vermelha (ira) e lua branca (paz). Pegou numa historia simples e fez um conto de terror. Aqui o Pecado tanto pode ser ira como inveja (o pai matar por inveja a posse da mãe dos meninos).
    Parabens – espero ler mais contos seus
    Apenas uma dica: Leia mais para poder melhorar a sua pontuação.

  19. Maurem Kayna (@mauremk)
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    Não consigo gostar de histórias de mortos vivos. Simplesmente não me tocam. Mas neste caso, preciso reconhecer que a narrativa se desenrola bem e o desfecho está coerente sem exageros apelativos na descrição das figuras.

  20. Alexandre Leite
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alexandre Leite

    Um bom conto de terror, com narrativa firme e competente.

  21. Ricardo Gnecco Falco
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Um ótimo, e poético, conto de terror. O começo achei meio devagar, mas foi me conquistando no decorrer da leitura. Penso que se escrito na primeira pessoa (pelo menos em parte — na parte da mãe), ficaria um pouco mais intimista e já de cara fisgaria o leitor. Contudo, a arte de conquistá-lo durante a leitura também não é de se menosprezar. Um conto que atende ao tema pedido neste Desafio e que, se lido fora do referido contexto, também possui vida própria. Não ficou preso ao tema, assim como a protagonista à morte.
    Parabéns, S.H.I.! 😉
    Boa sorte;
    Paz e Bem!
    🙂

  22. Rodrigues
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigues

    Gostei, apesar da forma como foi escrito não ter me agradado muito, é um conto que prende o leitor e a história causa grande curiosidade. Do meio para o final, com a tensão aumentando e a revelação aterradora, o conto ganha tons mais fortes e uma das imagens mais marcantes foi o reflexo do espelho e o beijo na porta, bom conto.

  23. Virginia Ossovski
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Virginia Ossovski

    História muito forte e instigante ! No começo, pensei que Sara estivesse sonhando, mas a revelação de que estava morta realmente mexeu comigo ! Ponto para a criatividade e habilidade do autor ! Sucesso no desafio !

  24. Gustavo Araujo
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Araujo

    Gostei do início. A construção da raiva de Sara ficou muito boa. E o legal foi que o autor não entregou tudo de bandeja. Gradativamente, como se fosse num sonho, vamos percebendo o mundo onírico que envolve a protagonista, ora com informações concretas, ora com nuances sobre as quais não temos exata certeza. Nesse ponto, o autor do texto acertou na mosca. A parte em que ela chega na casa e vê os filhos presos, desesperados, com o pai abrindo a porta a machadadas (um reflexo de “O Iluminado”) também ficou legal, assim como a constatação, passada ao leitor de forma surpreendente de que, sim, ela está morta. No entanto, putz, é duro dizer isso, o final foi extremamente broxante. Essa coisa de Sara ter salvado os filhos e ter “dado uma lição no ex-marido” acabou com toda a construção anterior. Ficou com jeito de conto da tia chiquinha =/ onde “o bem vence o mal e espanta o temporal”. Talvez a intenção do autor tenha sido dar uma reviravolta, mas de qualquer maneira, o resultado não me agradou. No geral, um conto de médio para bom, mas que poderia ter sido muito bom.

  25. Sidney Muniz
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei, um pouco relutante, mas gostei.

    É um bom conto, a escrita é bacana, mas não me agradou muito o enredo. Achei um pouco previsível demais, sem muitas novidades, ainda que a qualidade do autor(a) se mostre evidente.

    Não há muito o que falar para esse conto também, pois apenas não gostei mais por questões pessoais.

    Explico isso da seguinte forma, para não parecer superficial demais. Eu esperava para esse desafio, devido ao excelente tema, aliado ao baixo limite de palavras, menos vingança, menos romances, amor e fúria… Queria algo mais abstrato, ou do contrário ideias mais ousadas, o que por gosto pessoal, não encontrei aqui.

    Trama: (1-10)=7,5
    Técnica (1-10)=8
    Personagens (1-10)=8
    Narrativa (1-10)=8
    inovação ou forma de abordagem do tema (1-5=3,5
    Título: (1-5)=5 Instigante, a meu ver foi mais convidativo que o texto, como sempre deve ser, foi um cartão de visita!

    Parabéns e boa sorte!

  26. Gilson Raimundo
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gilson Raimundo

    Fantástico. Desesperador este enredo, confesso não esperava tal final. Poderia ser qualquer coisa, mas o fantasma querendo proteger seus filhos, foi genial.

  27. Anorkinda Neide
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Gostei bastante da fantasminha, sua confusão, sua motivação e sua ação.
    Achei um pouco forçada a fala do marido, o autor quis ali explicar o enredo.. ficou parecendo vilao de historia em quadrinho.. mas essa sensação foi pequena diante da profundeza do conto que ficou realmente, bom.
    parabens

    mas… novamente, acho q o pecado da ira foi pano de fundo para o conto e nao o verdadeiro mote dele.

  28. mariasantino1
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Hum… :/
    Desculpa, mas juro que estou tentando me controlar para não ser arrogante, pois não gostei de nada no seu conto. Ele trai o leitor do início ao fim. Primeiro o narrador afirma e nega, e o efeito que se tem é frustrante. Ao mencionar IRA, o leitor já se apruma para receber algumas descrições acerca da personagem para criar alguma imagem dela, no entanto, o autor quebra o possível vinculo ao lançar questionamentos. Fora que, a ira soa desfocada no começo, pois a mãe pensa nos filhos e, na verdade, fica preocupada com eles e com o marido. A irritabilidade dela vem à tona quando descobre os motivos de sua morte, que, não convence. Sua trama é fraca, insustentável e os diálogos: “– Abram a porta, crianças! Não vai doer nada, papai promete!” —>>> Isso parece chupado do livro ILUMINADO do SK, mas acho mesmo difícil que alguém fale assim, pois no livro o Overloock Hotel tinha possuído o pai do DANNY.
    Se posso sugerir uma melhoria, digo para retirar os excessos de afirmações e questionamentos e inserir um motivo mais forte para a morte da mãe, talvez o pai ser pedófilo e ela houvesse descoberto, talvez ele fosse alcoólatra… O importante é repassar os sentimentos e dar a entender algo crível subsidiado por você.
    Desejo sorte no desafio e que permaneça firme.
    Um abraço!

  29. Eduardo Selga
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Eduardo Selga

    Outro conto muito preocupado em contar uma estória e com pouca elaboração formal, pouco trabalho com a língua, como se a AÇÃO, por si, fosse a responsável por emprestar ao texto as qualidades das quais ele necessita para ser considerado literário. Esse modelo, centrado na ação, funciona muito bem em roteiro ou quando se quer apenas e tão somente entreter.

    O entretenimento precisa se dar sobre bases conhecidas, velhos personagens de sempre, as mesmas situações, a lua, os mortos-vivos, e todo o repertório perfeitamente previsível no sentido de causar susto, riso, olhos rasos d’água, e outras tantas emoções fáceis porque já destiladas pelos best-sellers adolescentes e todo esse universo adrenalínico que gira em torno, Sessão da Tarde e cinemas de shopping inclusos.

    Os personagens deste conto, nós já os conhecemos de longa data, seja a morta-viva, sejam os filhos desesperados a ponto de estimular o instinto maternal da falecida.

  30. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Forte

    Conto bem interessante. Mostra que realmente uma mãe, com o instinto de defender suas crias, vai até as últimas (e, nesse caso, até às impossíveis) consequências. Parabéns e boa sorte!

  31. Brian Oliveira Lancaster
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Meu sistema: EGUA.
    Essência: certo. Já na primeira linha fica claro do que se trata, apesar de não se aplicar a algo vivo. Nota 8,00.
    Gosto: a história até que é bem interessante, mas faltaram alguns detalhes para torná-la mais comovente e criar conexão. E não achei muito coerente a mãe sentir paz, enquanto deixa seus filhos pequenos sozinhos em uma casa abandonada com um corpo no chão. No entanto, a motivação do “fantasma” faz sentido. Nota 7,00.
    Unidade: pelo menos, nada me incomodou. Nota 8,00.
    Adequação: complicado definir. Sim e não. Mas como a abordagem é livre, está valendo. Nota 7,00.
    Média: 7,5.

  32. rubemcabral
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Um conto de horror muito bom! Dá pra sentir o crescimento do ódio na mãe-zumbi, aliás, foi boa tal surpresa ao final. Bacanas as descrições e muito correto o Portuga.

    Parabéns.

  33. Sonia Rodrigues
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Portugues bom.
    Erro – quem estrangula, estrangula alguém, logo, estrangulá-la e não lhe estrangular.

    Estilo direto, um pouco poético. Original na abordagem do fantasma, que se esclarece aos poucos no desenrolar da história. O final foi bom, e eu sugeriria que a primeira frase do conto fosse a da lua, vermelha e brilhante. Isso daria uma circularidade interessante ao texto.

  34. Alan Machado de Almeida
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    Tem alguns clichês no conto como “loucura estampada no rosto”, você deveria evitar isso.

  35. JC Lemos
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Sobre a técnica.
    Não sei, mas alguma coisa não ficou legal. A narração estava normal, mas em alguns momentos eu cansei. Acho que a história contribuiu para isso.

    Sobre o enredo.
    Não curti muito. Principalmente o final. A narrativa não me chamou atenção, e a personagem não ficou bem definida, ao meu ver.

    De qualquer forma, parabéns e boa sorte!

  36. Gustavo Aquino dos Reis
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Aquino dos Reis

    Bom conto, mais um de crime passional… Esse com um viés sobrenatural. Gostei

  37. Tiago Volpato
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Você escreve bem e o texto ficou bem interessante. Bem macabro, ficou um bom clima vampírico.

  38. Thales Soares
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thales Soares

    Um conto bastante interessante. O estilo da narração me conduziu como se fosse um sonho (ou pesadelo). O autor é muito seguro no que escreve.

    Gosto de luas, principalmente quando são vermelhas, e gosto do que isso simboliza. Achei que um pouco mais de violência e brutalidade se encaixariam bem com a trama. Faltou tambem algum momento com um pouco mais de tensão, um climax para a história. De qualquer forma, o final do conto me deixou satisfeito.

  39. Mariana Gomes
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Mariana G

    Poxa, impressionante. Ficou nos meus favoritos! A escrita é ótima e a historia é original entre os outros que li por aqui. Parabéns e boa sorte!

  40. Pedro Coelho
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Coelho

    Um bom suspense, mas poderia ter se utilizado melhore do(s) pecado(s), ficou muito em segundo plano. Bom clímax e boa conclusão.

  41. Cácia Leal
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    Lindo e poético o fim. Adorei o conto e a trama está muito bem elaborada. A escrita é perfeita e o autor consegue prender o leitor. Só uma dúvida: se ela é fantasma, porque as pessoas estão olhando para ela na rua? Talvez fosse melhor que ela ainda não tivesse morrido e tenha ido atrás do marido, vindo a morrer somente depois de mata-lo e manter as crianças a salvo. A mão que reúne as últimas forças para manter os filhos a salvo. Mas o autor está de parabéns!

  42. Luan do Nascimento Corrêa
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luan do Nascimento Corrêa

    Bem elaborado e executado, a trama é envolvente e de uma complexidade que instiga o pensamento. Parabéns!

  43. Fabio Baptista
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Olá,

    A escrita é boa. Notei apenas:

    – Foi só um sonho. – murmurou
    >>> murmurou deveria começar com maiúscula. Isso ocorre me outros pontos.

    – muito pelo o contrário
    >>> sobrou esse “o”

    A frase “começou a correr em direção à casa onde morava seu ex-marido, a dez quarteirões de distância” me rendeu um longo e produtivo debate sobre uso da crase. Concluímos, no final, que ela está correta. 😀

    A trama não estava me prendendo muito até perto da revelação final. Ficou meio “sexto sentido”, mas gostei.

    Veredito: bom conto.

  44. Claudia Roberta Angst
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Humm… terceiro conto que leio que faz referência à lua. Será que a lua lembra pecado?
    Não sei se o tema proposto foi bem encaixado na narrativa. A ira está mais para desespero de mãe vendo os filhos em perigo. E estando ela já morta, a força da ira fica diluída. Mesmo que tenha estrangulado o ex-marido… (mas vem cá, mortos conseguem mesmo estrangular pessoas?). Talvez, fosse melhor ter optado por um acidente, a queda de uma escada por levar um susto ao ver o fantasma da mulher. Bom, quanto à linguagem, nada a comentar. Tudo correto pelo que vi. Não senti um impacto de fato, embora só tenha percebido que a moça estava morta no finalzinho. Boa sorte!

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Publicado às 6 de fevereiro de 2015 por em Pecados e marcado .