EntreContos

Detox Literário.

Barata no caminho (Sonia Rodrigues)

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Rosana, a garota de 15 anos, alimentava um desejo avassalador.

Ela não almejava roupas, aumento na mesada, boas notas na escola, casamento, aprovação dos pais ou aceitação por um grupo específico. Nem mesmo desejava um nariz menor ou seios maiores, como muitas outras de sua idade. O que ela ansiava por experimentar, e não mediria esforços para conseguir, era um fim de semana com o namorado em uma praia deserta.

Supervisionada por pais carinhosos e professores atenciosos, a adolescente passava os dias indo da casa à escola. Aos fins de semana, todo o tipo de passeio lhe era permitido, desde que supervisionado pelos pais.

– Ah, dizia ela ao namorado, como seria bom se pudéssemos ficar os dois isolados do mundo por um fim de semana inteirinho!
E o namorado, é claro, concordava. Não só concordava como arquitetou o plano todinho. Conseguiu a cópia da chave do carro do irmão que sairia de férias por um mês. Conseguiu uma barraca de camping com um primo que se formava advogado e trocava, feliz, a vida vagabunda nos acampamentos pela vida regrada nos hotéis confortáveis.

Os pais de Rosana a consideravam uma boa menina. Nunca cabulara aula e tinha ótimas notas. Apenas, nas noites de sábado, gostava de ficar nas baladas até mais tarde, sentada à mesa do clube com os pais, bebericando apenas sucos e água. O mesmo diziam de seu filho os pais do namorado.

Todos os dias, o casal imaginava com detalhes no sonhado fim de semana. O coração dele acelerava, ela suspirava, e ficavam corados durante estas conversas.

A oportunidade apareceu quando a família Moreira convidou Rosana para um fim de semana em Lindóia. Rosana levou a amiga a sua casa, para conversar com sua mãe. Naturalmente, os pais de ambas se falaram ao telefone, confirmaram as informações, acertaram a viagem das filhas.

O namorado inscreveu-se em um curso que não pretendia fazer, no mesmo fim de semana.

Rosana fez sua malinha, o namorado arrumou sua mochila, e, no dia aprazado, Rosana ligou para a amiga, mentindo pela primeira vez em sua vida, para informar que amanhecera febril. A seguir, saiu de casa e foi encontrar-se com o namorado. Seguiram pela Rio-Santos, rumo a um acampamento desativado, onde poderiam penetrar e usar os pontos de água e eletricidade, curtindo a praia próxima.

Depois de três horas, deixaram a estrada principal e encontraram sem problemas as instalações abandonadas. O namorado abriu a porteira facilmente, entrou com o carro até um ponto próximo à areia, montaram a barraca, verificaram com satisfação que havia água corrente, limpa e abundante, nos banheiros, e organizaram seus pertences.

O namorado estendeu o saco de dormir. Rosana ficou de biquíni. O rapaz também reduziu seus trajes ao maio, e puxou para si a namorada, beijando-a.

Estavam então como queriam estar, isolados. Olharam-se, tímidos e ansiosos, indecisos quanto ao próximo passo. O namorado sugeriu que fossem nadar. Rosana concordou. O dia estava quente, havia um belo sol dourado de verão, e a brisa trazia consigo areia e o cheiro do mar. O namorado pegou Rosana pela mão e foram em direção ao mar, sem pressa.

A juventude aprecia a beleza e a liberdade. Naquela praia selvagem, Rosana e o namorado embriagaram-se de ambas. Correr pela areia, mergulhar, boiar, nadar, e depois descansarem, caídos um sobre o outro à beira mar, quanta alegria!

Nenhum dos dois ousava tocar no assunto que mais interessava a ambos: o que os aguardava no aconchego da barraca, depois. Concentravam-se no presente, rindo, provocando-se, devorando um ao outro com os olhos.

Os dedos de Rosana estavam enrugados e frios, na tarde que descambava, quando resolveram voltar ao acampamento, tomar um banho de água doce e ir comer algo.

Abraçados, iniciaram a caminhada de volta, inebriados com os cheiros e os sons daquela aventura.

Seguros de que não seriam descobertos e interrompidos, entraram na barraca em busca de toalhas e roupas secas.

Sobre o saco de dormir, a mochila aberta dele foi o primeiro alerta. Um estalido à porta da barraca foi o segundo.

Naquele mesmo instante, em casa de Rosana, o telefone tocou. Era a amiga perguntando se Rosana melhorara. Alarmada, a mãe imediatamente ligou para a casa do namorado, cujo pai ligou para a escola e descobriu que o filho não comparecera ao curso. Começou em seguida a busca desesperada das famílias pelos amigos, conhecidos, hospitais, necrotérios e delegacias.

O casal guardara bem o segredo. Nenhum de seus colegas tinha e menor idéia de onde eles pudessem estar. A policia começou por buscar o carro, dado como roubado. E o primo, ex dono da barraca, começou a ligar para todos os acampamentos que pudesse localizar nas cidades próximas.

No terceiro dia, quando o retrato dos dois apareceu na televisão, a polícia recebeu a ligação de uma mulher que disse ter passado próximo a um camping desativado, e ter cruzado com uma caminhonete, de ter ouvido gritos de mulher. Na hora não dera importância maior ao fato, afinal, adolescentes às vezes gritam por brincadeira…

Horas depois a polícia localizou o camping, o carro abandonado, a barraca com o saco de dormir e alguns pertences que os pobres pais reconheceram…

Passou-se mais de uma semana até localizarem os corpos, e quase quinze dias para capturarem os assassinos, quatro rapazes menores de idade.
Sem demonstrar nenhum remorso, eles contaram como mantiveram o casal em cativeiro, sempre um deles apontando uma arma para a cabeça do rapaz, enquanto os outros se divertiam com a garota bonita, sob a ameaça de matarem o namorado, e, como, quando se cansaram dela, com requintes de crueldade, a mantiveram olhando enquanto estouravam os miolos do namorado, que foi morto primeiro.

O chefe do bando, um tal de Barata, sujeitinho disforme de rosto e de alma, riu-se na cara do delegado:

– Não me rela, não, que eu tenho meus direitos, diz aí no estatuto da criança e do adolescente que eu sou … inimpu… enfim, eu saio limpo, porque sou de menor…

58 comentários em “Barata no caminho (Sonia Rodrigues)

  1. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de wilson barros

    Você escreveu um conto de protesto, que é algo que nós, jornalistas, podemos fazer. Está na cara que você tem o estilo fluente e claro dos jornalistas. Mas, claro, podemos sempre acrescentar recursos literários, dos famosos escritores, em nossos textos, que é o que eu sugiro a você. Os autores prediletos dos jornalistas são Machado de Assis, Alcântara Machado e João do Rio. Como todo jornalista precisa de um revisor, revisei o seu texto e encontrei erros em “maiô”, “e depois descansarem (descansar)”, “de ter ouvido gritos de mulher (E ter ouvido gritos)”, “tenho meus direitos, diz aí no estatuto” (tenho meus direitos (ponto). Diz aí no estatuto”). Muito instigante seu conto, que questiona o menor poder matar à vontade, coisa que, embora toda a população discorde, o governo teima em permitir.Você escreveu um conto de protesto, que é algo que nós, jornalistas, podemos fazer. Está na cara que você tem o estilo fluente e claro dos jornalistas. Mas, claro, podemos sempre acrescentar recursos literários, dos famosos escritores, em nossos textos, que é o que eu sugiro a você. Os autores prediletos dos jornalistas são Machado de Assis, Alcântara Machado e João do Rio. Como todo jornalista precisa de um revisor, revisei o seu texto e encontrei erros em “maiô”, “e depois descansarem (descansar)”, “de ter ouvido gritos de mulher (E ter ouvido gritos)”, “tenho meus direitos, diz aí no estatuto” (tenho meus direitos (ponto). Diz aí no estatuto”). Muito instigante seu conto, que questiona o menor poder matar à vontade, coisa que, embora toda a população discorde, o governo teima em permitir.

  2. Sidney Muniz
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Não gostei.

    A parte que mais me desagradou foi o final do conto. Realmente acabou com o que o autor tivesse tentado construir.

    A narrativa precisa ser lapidada, achei pouco chamativa e indecisa quanto ao texto, se trava ele como um infanto, como infantil, ou para um público mais adulto.

    Muitas oscilações fizeram com que eu desgostasse do texto aos poucos, até que o final infelizmente tirou qualquer chance de eu curtir ele.

    Bem, sugiro ao autor(a) que leia mais, e continue escrevendo, e torço para que se encontre no próximo contro pois senti que nesse estivesse perdido.

    Trama (1-10)=5,5
    Técnica (1-10)=6,5
    Narrativa (1-10)=6,5
    Personagens(1-10)=6,5
    Inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=3
    Título (1-5)=3 Não gostei, principalmente após ler o conto.

    Parabéns e boa sorte!

  3. Edivana
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Edivana

    É, levantou uma puta questão, que rende muitas opiniões. Confesso que o desejo dos namorados não me impressionou muito, embora a história esteja bem elaborada. O que o conto não revelou com muita expectativa, surpreendeu pelo final.

  4. Alexandre Leite
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alexandre Leite

    Original, bem escrito, com ideia clara e desenvolvida com competência.

  5. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (3/5) estava bem até a barraca. Ficaria melhor se os eventos fossem narrados. Do jeito que foi, ficou frio e quebrou o clímax.

    ✍ Técnica: (2/5) afora os erros, funcionou bem. Não gostei da quebra da narrativa na barraca.

    ➵ Tema: (1/2) luxúria, mas não tão explícito.

    ☀ Criatividade: (1/3) acho que foi baseado em um caso real.

    ☯ Emoção/Impacto: (2/5) como disse, ficaria melhor se os eventos fossem narrados ao invés de contados. Além disso, a natureza real do fato deixa uma sensação ruim.

    Programas encontrados:
    ● – Ah, dizia ela ao namorado, como seria bom (travessão ao invés de vírgula)
    ● Espaço entre o quarto e quinto parágrafo (diálogo)
    ● O mesmo diziam de seu filho os pais do namorado. (vírgula depois de “filho”)
    ● imaginava com detalhes no sonhado fim de semana (sonho)
    ● Rosana levou a amiga a sua casa, para conversar com sua mãe (vírgula sobrando)
    ● inscreveu-se em um curso que não pretendia fazer, no mesmo fim de semana (vírgula sobrando)
    ● arrumou sua mochila, e, no dia aprazado (primeira vírgula sobrando)
    ● havia água corrente, limpa e abundante, nos banheiros (segunda vírgula sobrando)
    ● O rapaz também reduziu seus trajes ao maio, e puxou para si a namorada (vírgula sobrando)
    ● reduziu seus trajes ao maio (sunga)
    ● um belo sol dourado de verão, e a brisa trazia (vírgula sobrando)
    ● boiar, nadar, e depois descansarem (vírgula sobrando)
    ● camping desativado, e ter cruzado com uma caminhonete (vírgula sobrando)
    ● matarem o namorado, e, como (primeira vírgula sobrando)

    • Sonia Rodrigues
      25 de fevereiro de 2015
      Avatar de Sonia Rodrigues

      O tema é assassinato!

      • Leonardo Jardim
        25 de fevereiro de 2015
        Avatar de Leonardo Jardim

        Eu entendi, Sonia. E justamente por isso não foi 100% aderente ao tema, já que assassinato é crime, mas não um dos pecados capitais. O único que observei foi a luxúria do casal.

  6. alexandre cthulhu
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de alexandre cthulhu

    Pontos fortes: Boa historia!
    Pontos a melhorar:
    Este conto parece que foi decalcado de uma noticia de Jornal. O narrador nao demonstra qualquer emoção.
    Tudo é relatado de forma distante e leve.
    Não encontrei enquadramento no contexto do tema do desafio ( pecados).
    Pode fazer melhor de certeza.

    • Sonia Rodrigues
      25 de fevereiro de 2015
      Avatar de Sonia Rodrigues

      assassinato é pecado.

  7. Swylmar Ferreira
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    A trama do conto é interessante, bem escrito, objetivo e bem narrado. O ponto forte do texto é o final, onde o autor surpreende os leitores que esperavam um final água com açúcar são presenteados com um choque de realidade.
    o País está repleto de baratas.
    Parabéns Jornalista.

  8. Pedro Luna
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Luna

    Não gostei porque é aquele caso da Liana e do Felipe de cor e salteado. Praticamente a mesma coisa. Não serviu para mim como conto. Principalmente porque priorizo a criação.

  9. Bia Machado
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Desculpe, mas não gostei de jeito nenhum. Pra mim, um texto que não precisava ser escrito dessa forma. Apenas uma narração de uma notícia? Tentativa de um causo? Uma crônica policial? Tudo acontece muito rápido e não convence… Não me cativou de forma alguma, desculpe. Espero que continue tentando se aprimorar.

  10. Gilson Raimundo
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gilson Raimundo

    Realidade. Bacana o conto que no titulo nos leva a uma ideia, porém no fim descobrimos uma outra história, muito bem organizado.

  11. Maurem Kayna (@mauremk)
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    A expectativa criada em relação ao desejo avassaladora da garota, com todas as negativas listadas, fica frustrada quando somos informados de que ela queria simplesmente passar um final de semana com o namorado. Felizmente o desfecho não tão óbvio, mas acho que ficou desproporcial o tanto de cor-de-rosa x tragédia. Acho que a conexão com o título funciona.

  12. Leandro B.
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Ah, também achei que o pecado ficou meio apagado. Parece, novamente, que o foco é a maioridade penal e não a luxúria (era luxúria, certo?)

    • Sonia Rodrigues
      25 de fevereiro de 2015
      Avatar de Sonia Rodrigues

      não, era assassinato.

  13. Leandro B.
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Oi, Jornalista.
    Achei o conto bem escrito, mas tem dois detalhes que estragaram um pouco a coisa para mim.

    Primeiro, a passagem da linguagem de algum conto de fadas para algo mais macabro de maneira tão abrupta.

    “Corpos, assassinos, cativeiro, arma para a cabeça, crueldade, miolos…”
    Até entendo a opção de destruir o mundo que vinha sendo construído até então, mas ficou tudo condensado demais. Em um único parágrafo você tentou negar todo o universo otimista. Acho que não funcionou muito bem, pelo menos para mim enquanto leitor.

    Talvez se a coisa fosse trabalhada de maneira mais gradual, se a negação não viesse só com esse choque, se esse aspecto sombrio já se construísse no texto desde antes, a coisa funcionasse melhor.

    O outro ponto que não gostei muito foi o corte de cena, da abertura da barraca para o telefone tocando. Ficou com aquela falsidade cinematográfica de Holywood, sabe? Alterar um pouco a ordem das coisas talvez ajude um pouco no clímax.

    Particularmente sou contra a redução da maioridade penal, e não tenho nada contra defender uma ideologia em um conto, mas encerrando dessa maneira acaba dando a impressão que o interesse maior da história era comover para promover a redução (não que esse fosse seu objetivo, mas acaba dando muito a entender). Com isso, sei lá, me parece que a história acaba perdendo um pouco seu foco.

    Novamente, talvez trocar algumas ordens para não fechar com esse final ajude nesse “problema” (que não é exatamente um problema, vai do objetivo)

  14. Pedro Coelho
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Coelho

    Desculpa a sinceridade, mas achei o conto muito ruim. Do começo ao fim parecia que eu estava lendo um resumo de filme B de suspense, desses que lançam as duzias. Fugiu demais do assunto, tentou colocar uma luxuria que soou completamente normal, longe de ser pecado da forma como foi apresentada. E pra terminar me pareceu tentar colocar um final moralizante que soou muito conservador e clichê. Continue tentando. Ao menos foi uma narrativa clara e objetiva, não se perdeu, se é que serve de consolo.

  15. Lucas Almeida
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Não gostei da história pois achei previsível e que não se encaixa muito bem no desafio. Faltou mais pecado, ou algum, já que os protagonistas queriam um tempo a sós, coisa normal eu acho, e serem assassinados por arruaceiros menores de idade descaracterizou a trama. A ideia, porém, poderia se dar caso você escolhesse trabalhar com dois pecados que achei que combinariam com a trama: luxúria e ira, tirando os moleques que aparecem e acabam com tudo.
    Mesmo assim, boa sorte.

  16. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Então, Jornalista… Um conto bem conduzido que fica corrido no final. Duas coisas são possíveis: do jeito que está, contando a história do casal, ou uma outra história possível, que é a do ataque, tortura e assassinatos. Como o conto é seu… Durante a narrativa percebi algumas poucas palavras a mais ou fora de lugar e o final assumiu um tom de jornalismo mesmo, o que combina com o seu nome.

  17. Cácia Leal
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    Uma boa história. Gostei bastante. A linguagem é clara e o enredo flui bem. Agradou. Infelizmente, nesse desafio há muitas histórias muito boas, por isso, talvez não seja a vez do autor desse conto.

  18. rsollberg
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    É muito triste pois sabemos que é uma narrativa que brota de uma história real e chocante. É quase como uma crônica sobre o assassinato.

    Na realidade, poderia ter estampado qualquer jornal policial que gosta de dar esse tipo de roupagem para o crime, ou até mesmo, um roteiro para um “Gil Gomes” da vida, num daqueles fantásticos programas de rádio.

    O texto é muito bem escrito e bem célere. Não gostei muito do final, pois penso que resumiu todo o enredo em uma espécie de propaganda pró-diminuição penal. Não que isso não possa ser debatido, mas do jeito que está acho vira uma lição e dá um caráter um pouco sensacionalista ao conto. Bem, como não estamos aqui para discutir esse tipo de politica – como se eu tivesse alguma moral pra isso – e por entender que o autor tem sempre total liberdade em imprimir suas ideias nas ficções; volto a dizer que achei a narrativa competente. Acredito que em grande parte do tempo o texto foi feliz em trazer a melancolia. Não curti muito a mudança brusca no final do conto. Como sugestão, gostaria de ter observado algo um pouco mais dúbio ou um pouco mais subliminar.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  19. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Forte

    Um bom conto que mostra a realidade em que vivemos. É triste constatar que quem faz as coisas de maneira errada aparentemente possui mais direitos do que quem tenta viver na linha.

  20. Rodrigues
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigues

    Baseado em fatos reais, mas sem nenhum aprofundamento na história ou na criação dos personagens. Achei fraco, com um tom moralista e o autor, apesar de escrever bem, perde créditos por isso. A comparação do assassino com uma barata não caiu legal, o casal não cativa, os pais parecem baratas-tontas e os artifício usados na busca pelos pombinhos foram estranhos.

  21. Gustavo Araujo
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Araujo

    Está muito bem escrito. O texto faz uma releitura do casal Liana e Felipe, que foram mortos pelo menor Champinha. A narrativa parece bastante fiel ao que aconteceu de verdade ao casal, e por isso perde um pouco no quesito originalidade. De todo modo, não dá para negar que o autor sabe muito bem o que faz. O que me incomoda é que o texto parece ter sido usado como mote para brandir a bandeira pela redução da maioridade penal. Até acho que o assunto seja importante, isto é, que haja discussão a respeito, mas aqui, do modo como colocado, pareceu-me um tanto panfletário. Enfim, um texto bem escrito, mas que sucumbe à ideia subjacente.

  22. Luan do Nascimento Corrêa
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luan do Nascimento Corrêa

    O conto claramente ruma para uma forma de pensamento, sendo bastante direto nisso. Foi bem escrito e a história está bem intrigante. Parabéns!

  23. Anorkinda Neide
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Eu acho que o pecado abordado aqui foi o da inocência… hehehe
    tá certo, há a luxúria ainda não vivida pelo casalzinho, mas ela é pano de fundo para o conto de assassinato e flagrante retrato da juventude criminosa atual.
    É um bom conto.Parabens

  24. mariasantino1
    7 de fevereiro de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Vim assim com todo gás para ler esse conto, sabe? O grupo me instigou bastante.

    Bem, parabéns pela reflexão do fim, realmente é algo repulsivo, como uma barata (pobre bichinho) o que algumas brechas na lei permite. Você teve uma ótima ideia e esse flerte da realidade com a ficção é sempre interessante, porque, ao menos, serve para trazer alguns assuntos pra roda de discussão. Muitos parabéns!
    Infelizmente me incomodou bastante o tom jornalístico de algumas passagens, sem descrições de sentimentos só narrando como se estivesse com vontade de chocar logo o leitor. É corrido o desenrolar dos fatos, sobretudo, depois do estalido da barraca, mas depois vem o diálogo do Barata no fim e levanta um pouco.

    Desejo sorte e que os amigos curtam mais que eu (acho que eles já estão curtindo).

    Abraço!

  25. Andre Luiz
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, caro Jornalista!

    A)Seu texto já começa nos convidando para lê-lo.”Rosana, a garota de 15 anos, alimentava um desejo avassalador.” Quem não quer saber esse desejo avassalador de Rosana? (kkk) No mais, a fuga dela e do namorado me deixou muito apreensivo – já que, comumente, isto não termina muito bem – e realmente culmina em um clímax estonteante de um caso de assassinato rotineiro. Mas o tempero do conto é a crítica da última fala, claramente condenando a inimputabilidade dos menores no Brasil, e sua consequente entrada no mundo dos crimes violentos. Parabéns pela iniciativa!

    B)Apenas encontrei um erro no texto: “O namorado estendeu o saco de dormir. Rosana ficou de biquíni. O rapaz também reduziu seus trajes ao maio, e puxou para si a namorada, beijando-a.” Seria maio mesmo? Maiô também não serve… Vai saber kkk Sucesso!

  26. Mariana Gomes
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Mariana G

    Tenso…
    O significado do titulo foi o melhor(e o mais cruel), o que aconteceu com o jovem casal me deixa sem palavras. Parabéns e boa sorte!

  27. Luis F. T.
    6 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luis F. T.

    Baseado em fatos reais, o tema luxúria acaba sendo apagado pela crueldade dos fatos e completamente desviado pela manifestação no fim do texto em que o autor demonstra uma postura crítica no que diz respeito a legislação brasileira sobre crianças e adolescentes, até mesmo incentivando o início de um debate sobre a maioridade penal.

    O texto é bom, sem dúvida. Bem redigido. Foge do padrão. Ainda assim, o final é “político” demais, o que me fez não apreciar o todo.

  28. Thales Soares
    5 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thales Soares

    Nossa. Que história macabra! Achei bacana a mudança radical na silhueta do conto. No começo eu estava ficando extremamente entediado. Amorzinho de adolescente, bem água com açúcar, beijinho na boca. Depois rolou uns estupros adoidado na garota de 15 anos e teve balaço na cabeça!! (o bom é que agora a gente pode falar spoilers descaradamente já que os comentários estão fechados). Se o desafio tivesse sido um pouco mais generoso com o limite de palavras, talvez pudéssemos ver um pouco mais desse lado macabro da história… seria interessante!

    Achei os personagens extremamente burros. Eu sei, adolescentes são assim. Puta plano furado que eles bolaram… mesmo assim, isso me deixa bravo. Parece aqueles filmes de terror, onde os personagens são inconsequentes e o espectador fica com raiva ao ver a cena, pois é mais do que óbvio que o maníaco com a faca vai aparecer e matar a linda jovem que insiste em se adentrar na sala escura. Mas as personagens de filme de terror sempre são burras e morrem.

    Bom, agora vem a parte 100% pessoal de minha análise (o que veio antes também era pessoal, claro, mas agora vou tratar sobre algo que somente eu sentir ao ler esse conto): eu, e somente eu, me incomodo um pouco com histórias que tentam imitar perfeitamente a nossa realidade. Quer dizer… é claro que não podemos fugir totalmente da nossa realidade, e precisamos ser o mais fiel possível a ela, para que o leitor possa se identificar com a obra e compreender a lógica da narração. Porém, nosso mundo é meio bruto e sujo, e eu fico chateado quando vejo um retrato disso. E quando vejo um retrato da parte bela do nosso mundo (como foi retratado na primeira metade do conto), acabo ficando meio entediado. Pareço um cara volúvel, mas o que estou tentando dizer é que, quando eu leio uma história, eu gosto de enxergar um universo novo, que seja semelhante ao nosso, mas não totalmente igual. Neste caso, por exemplo, eu ia pular da cadeira de tanta emoção se o assassino do casal, ao invés de serem criminosos de menor, fosse a família do pé grande! Nossa, eu ia delirar de tanta alegria! Seria uma metáfora para o mal que todos nós sabemos que existe no nosso mundo… mas ao mesmo tempo seria intrigante e deixaria várias coisas na cabeça do leitor, do tipo “Poxa, o que a família do pé grande estava fazendo na praia?”. Ok, eu avisei que esse parágrafo seria pessoal. Eu apenas queria compartilhar esse meu desejo com alguém 🙂

    • Sonia Rodrigues
      25 de fevereiro de 2015
      Avatar de Sonia Rodrigues

      Pé grande???? AHAHAH…Surreal, foi pensar na sugestão.

  29. Brian Oliveira Lancaster
    5 de fevereiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Meu sistema: EGUA.

    Essência: Texto bem escrito e fluente. No entanto não captei a ideia, nem o tipo referenciado. Nota – 6,00.

    Gosto: Uma história leve que acaba mal. As descrições dos sentimentos foram ótimas, mas não senti um grande objetivo ou rumo por trás do enredo (apesar de ficar bem claro o que ia acontecer). O final combinando com o título caiu muito bem. Nota – 8,00.

    Unidade: Notei apenas um conectivo sobrando nos parágrafos finais. Nota – 9,00.

    Adequação: Está um pouco subjetivo ou fui eu que não entendeu direito. Nota – 6,00.

    Média: 7,3.

  30. williansmarc
    5 de fevereiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 8
    Ortografia/Revisão: 9
    Técnica: 7
    Impacto: 6
    Inovação: 6

    Minha opinião: Gostei da trama, apesar de ser um tema recorrente, foi narrado de um jeito interessante. Achei que o pecado pareceu ser pouco explorado no texto, pelo que eu entendi seria a luxuria, certo?

    Creio que o rapaz vista um maiô, e não um maio, de qualquer forma achei estranho ele vestir tal peça de roupa.

    Boa sorte no desafio.

  31. rubemcabral
    5 de fevereiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Hum, conto inspirado no caso do menor-psicopata Champinha e as vítimas Liana e Felipe, não? Então, está bem escrito em linhas gerais, há apenas algumas vírgulas que achei mal empregadas, mas penso que o conto ficou devendo em originalidade. Para quê recontar praticamente a mesma história com nomes diferentes?

  32. Alan Machado de Almeida
    4 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    Me pareceu com um caso real a história dos adolescentes desse conto, foi inspirado? Me pareceu também critica a maioridade penal, acho valido contos que fazem propaganda de ideias. Não devia ter lido do fim, me desculpe, acabei tosado da emoção de saber o que aconteceria.

  33. Eduardo Selga
    4 de fevereiro de 2015
    Avatar de Eduardo Selga

    Falta intensidade ao conto. A trama é muito fraca e não prende em nada, chegando mesmo a ser ingênua por criar uma situação movida obviamente por desejo sexual (o desaparecimento dos jovens), sem permitir, contudo que essa lascívia, essa luxúria, transparecesse na linguagem. Por exemplo: “Nenhum dos dois ousava tocar no assunto que mais interessava a ambos: o que os aguardava no aconchego da barraca, depois”. Como assim, nem mesmo “ousavam tocar no assunto”, se o motivo do acampamento secreto era exatamente a prática do sexo o mais livre possível de patrulhamentos?

    Um outro ponto de tensão mal aproveitado foi o estupro da moça e o assassinato do rapaz. Ainda que não tenha sido a essência do texto (e talvez devesse ter sido), essa passagem está sem vida.

    Na verdade, durante todo o conto o narrador se mantém à distância. Isso decerto não é nenhum defeito, mas nesses casos, em que o apelo emocional é pequeno (e o enredo pede mais emoção) é preciso haver recursos narrativos para “não deixar a peteca cair”.

  34. Ricardo Gnecco Falco
    4 de fevereiro de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    É… Como diz aquela música do Metallica… Sad, but true. Não à toa que o autor assinou a obra como “jornalista”. Só não lembrava do nome do “dimenor”. Não sei porque, mas tinha ficado com o nome de Champinha na cabeça. Ou será que esse foi outro caso?
    Falando nisso… Sugestão para o próximo certame:
    Filha linda e loura de rico casal é acusada e presa por ter tramado assassinato dos próprios pais enquanto dormiam, visando a herança. Na cadeia, apaixona-se e casa-se com companheira de cela.
    😉

  35. Lucas Rezende
    4 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Rezende

    Olá, autor(a).
    A escrita é crua, mas é boa. Não vi erros, se eles existem não percebi.
    O fim do conto salvou a trama, que parecia ser mais um conto sobre luxúria. A história causa revolta, a maioridade penal neste país é no mínimo discutível.
    Gostei.
    Boa sorte!!!
    May the force be with us…

  36. Jowilton Amaral da Costa
    3 de fevereiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Os pecados neste conto não foram narrados, não construíram uma imagem narrativa, e, por isso, para mm, perdeu pontos. No entanto, ficaram subentendidos como a Ira e a Luxúria, e, talvez, a soberba. Achei bem escrito. Só vi um erro na palavra “maio” que deveria ser maiô, e ainda assim, maiô é uma vestimenta feminina, ao menos aqui no Brasil, mas precisamente no Nordeste onde nasci, hehehe. A condução do conto não me surpreendeu, nem me causou estranheza, não mexeu comigo, achei meio chata. O enredo foi previsível e provavelmente foi baseado num crime real. Boa sorte.

  37. AJ Paes
    2 de fevereiro de 2015
    Avatar de AJ Paes

    Este caso me parece que aconteceu de verdade, não? Acho que a crônica foi até bem conduzida, mas faltou originalidade; digo isso pq conforme fui lendo me lembrei deste caso.

    Quanto a crítica a menoridade penal foi bem posto e bem pertinente.

  38. Tiago Volpato
    2 de fevereiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Realmente um texto que muito bem podia ser um fato real, se não foi inspirado em um. Conseguiu construir um clima muito bom, passando toda a angustia e tristeza que a família sentiu. Muito bom.

  39. Thata Pereira
    2 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thata Pereira

    Eu ia fazer um comentário engraçado, mas fiquei com pena da situação. Acho que pelo fato de ser muito comum. Tanto o plano dos namorados, como o acontecimento depois.

    Quando a menina mentiu para a amiga, logo pensei “vai dar merda”. E deu, mas eu esperava algo cômico, como os pais surpreendendo os filhos bem na hora do “depois”, que nunca sabemos se acontece ou não.

    Gostei. Principalmente porque fugiu do mais comum. Muitas pessoas estão explorando a castidade e o pecado da luxúria.

    Boa sorte!!

  40. Pétrya Bischoff
    2 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Caaaaaara! Muitos já escreveram acerca de torturas, abusos e estupros… Quando o autor é bom, mesmo nesses casos, pode-se sentir empatia pelo algoz. Aqui, o autor parece-me bom, no entanto, fui pega desprevenida. Estava achando uma estória bem inocente até o casal retornar para a barraca. Senti um “estalo” e lembre do caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé. Que merda. Não sei se consigo considerar esse conto, de maneira pessoal mesmo, por se tratar de algo real e narrado (pelo menos quase) tal qual ocorreu. Senti uma agonia muito grande pq conheço a história e fico só imaginando a guria, cara! O que ela passou com aqueles escrotos que deveriam ser castrados e, igualmente, estuprados. Me deixaste perturbada…
    Devo falar somente que, em questão da escrita e narrativa, está tudo correto. E a história… que merda!

  41. Claudia Roberta Angst
    1 de fevereiro de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Então, caro(a) Jornalista, como vai? Identifiquei de imediato a semelhança com aquele crime hediondo do então menor Champinha. A tortura e assassinato do casal de namorados Liana e Felipe que decidiram passar um final de semana acampando na floresta numa área isolada e sem o conhecimento dos pais.
    Por isso, o desenrolar da trama não me surpreendeu e perdi um tantinho do interesse na leitura.
    O título do conto foi bem bolado, pois o leitor caí direitinho pensando que um inseto nojento vai aparecer a qualquer momento.
    A narrativa bem conduzida, história bem contada, linguagem apurado. Deu certo o projeto do autor, só não me fisgou como gostaria. Boa sorte!

    • Claudia Roberta Angst
      11 de fevereiro de 2015
      Avatar de Claudia Roberta Angst

      O leitor CAI direitinho …

  42. Gustavo de Andrade
    1 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    O texto fica maçante porque ele estabelece uma relação entre dois personagens sendo que nós mesmos não temos qualquer relação com os personagens ou com a relação deles. Parece mais uma relação adolescente, nada dá um tom de personalidade a eles.
    “Na hora não dera importância maior ao fato, afinal, adolescentes às vezes gritam por brincadeira…” — não dá pra acreditar num troço desses. Se a persongem é apresentada, por que a autora/o autor decide transmiti-la como reacionária?
    “O chefe do bando, um tal de Barata, sujeitinho disforme de rosto e de alma, riu-se na cara do delegado:

    – Não me rela, não, que eu tenho meus direitos, diz aí no estatuto da criança e do adolescente que eu sou … inimpu… enfim, eu saio limpo, porque sou de menor…” — isso é um exemplo claro de panfletarismo mal elaborado. É essa a mensagem que cê quis passar? A favor de abaixar-se a maioridade penal? Não dá pra querer discutir esse tipo de coisa em dois parágrafos, magina. E ainda quis apelar pra emoção quanto aos personagens, que também foi mal-construída. Não foi possível conectar-se o suficiente (se algum tanto) com os personagens pra desprender qualquer reflexão acerca dessa fala do “Barata”.

  43. Gustavo Aquino dos Reis
    1 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Aquino dos Reis

    Conto bom. Embora o final, e estou consciente de que isso se deu pelo número de caracteres do desafio, ficou um pouco corrido.

    De resto, um grande trabalho.

  44. Virginia Ossovski
    31 de janeiro de 2015
    Avatar de Virginia Ossovski

    História triste, muito bem escrita, que tende a provocar desconforto e medo diante da realidade que vivemos. Logo que o casal resolve se isolar imaginamos a tragédia que pode acontecer, e de fato ocorre, levando a uma agonia que se transforma em revolta no final. Técnica perfeita. Sucesso no desafio !

  45. Tom Lima
    31 de janeiro de 2015
    Avatar de Elodin

    Não me tocou. O ritmo não funcionou papa tipo de história que pretendia ser por causa do limite de palavras.
    A história “baseada em fatos reais” enjoa o estomago de qualquer forma, mas também tira o impacto dos que se lembram das notícias nos jornais.

  46. Fabio Baptista
    31 de janeiro de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Acho que esse é da Claudia! kkkkkkkkk

    Só achei um “deslize”, que talvez nem possa ser considerado assim:
    – “Correr pela areia, mergulhar, boiar, nadar, e depois descansarem, caídos um sobre o outro”
    >>> usaria “descansar”

    Enfim, a escrita é muito boa, limpa, transparente, flui fácil.

    A história parecia caminhar (e o título ajuda um bocado no engodo) para uma comédia de contornos Sabrino-malhacionescos, mas acabou revelando-se surpreendente. Muito bom.

    Veredito: ótimo conto. O primeiro que entrou na minha lista provisória aqui do top 10.

    PS: Conheço alguém que daria um jeito fácil nesses “de menó”… 😀

    • Fabio Baptista
      1 de fevereiro de 2015
      Avatar de Fabio Baptista

      Ah, só um complemento… achei a frase final do bandido um tanto inverossímil. Não que todo bandido tenha obrigatoriamente que falar errado igual maloqueiro e tal, pelo amor de Deus, não é minha intenção propagar nenhum estereótipo aqui… mas achei “certinha” demais para o contexto.

      Abraço.

    • Fabio Baptista
      2 de fevereiro de 2015
      Avatar de Fabio Baptista

      Putz… parei para refletir melhor sobre esse conto e infelizmente acabei concluindo que ele foge um pouco do tema.

      Na minha concepção, a luxúria é algo mais sutil que a psicopatia. Não que não tenha luxúria, mas ela é algo que fica em segundo plano.

      • Sonia Rodrigues
        25 de fevereiro de 2015
        Avatar de Sonia Rodrigues

        Fabio, era assassinato o pecado.
        A coitadinha da garota era normal, que luxuria?
        Obrigada pelas dicas.

      • Fabio Baptista
        25 de fevereiro de 2015
        Avatar de Fabio Baptista

        Então, Sonia… assassinato é um pecado, claro… mas não um pecado capital (tema do desafio), daí gerou toda a dúvida.

        O assassinato poderia ser gerado por ira, ou inveja (esses sim, pecados capitais), mas não foi o caso.

        Me referi à luxúria do estuprador (que no caso fica, na minha opinião, em um distante segundo plano quando comparada à brutalidade e psicopatia do sujeito capaz de realizar um ato dessa natureza).

        Abraço!

  47. JC Lemos
    31 de janeiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Sobre a técnica.
    Gostei. Contou bem, soube narrar conduzindo o leitor até o fim, sem nenhum problema. Não sei se as 1000 palavras me afetaram, mas achei o conto um pouco corrido.

    Sobre o enredo.
    Gostei, em especial, da crítica no final. Retratou perfeitamente a situação atual em que vivemos. O conto em si ficou meio corrido, mas o final conseguiu reverter um pouco disso. No geral, gostei. É um bom conto.

    Parabéns e boa sorte!

  48. Alan Machado de Almeida
    31 de janeiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    Soou meio campanha para a diminuição da responsabilidade penal. E o caso do casal me pareceu familiar, você se inspirou em algum da vida real

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Publicado às 31 de janeiro de 2015 por em Pecados e marcado .