EntreContos

Detox Literário.

Nove Caudas (Rubem Cabral)

nove.caudas

O Jovem Aprendiz Fúlvio Nakamura bem que passaria despercebido em meio à multidão de olhinhos puxados do Bairro da Liberdade, não fosse sua cabeleira tingida de ruivo-animê, que mesmo na São Paulo de 2014 ainda lograva levantar algumas sobrancelhas em reprovação, e causar benvindos sorrisos tímidos de muitas garotas também.

Sexta-feira, Dezembro, sua manhã se arrastara, repleta de novos e complicados procedimentos a aprender e chegou, enfim, o breve intervalo do almoço. Lá fora – Nakamura espiou desanimado por uma janela – o mundo estalava de calor. Faminto e ao mesmo tempo hesitante pelo sol que desbotava tudo além das fronteiras envidraçadas, ele por fim decidiu abandonar o conforto da agência bancária travestida de pagode japonês, onde começara a estagiar na segunda-feira da mesma semana.

“Tá osso hoje. Ô sauna dos infernos!”, Fúlvio praguejou ao empurrar a porta giratória e receber na cara o bafejar do vento morno e ao se forçar por sobre as calçadas sujas ao redor da praça, que tremeluziam aqui e ali, formando distantes miragens de poças d’água. Meio letárgico, o jovem ergueu a cabeça e notou com desgosto o céu de brilho difuso e amanteigado, típico dos mormaços, cheio duma claridade sonâmbula que parecia sugar toda vontade de se fazer qualquer esforço não vital.

Não se sentia muito bem; seu queixo latejava por uma espinha grandalhona e purulenta que entrara em erupção naquela manhã e seus pés, desacostumados a todos os calçados que não fossem tênis, já sinalizavam algumas bolhas por vir. Tudo o que o rapaz então desejava seria devorar alguma coisa vagamente comestível e retornar à frescura quase alpina do banco, cujo logotipo lembrava-lhe o 11 de Setembro (e não uma árvore, como fora instruído).

Caminhou um pouco a esmo e entrou numa pastelaria apertada – talvez de proprietária japonesa, julgando pelo Maneki-neko dourado voltado para a entrada – folheou o cardápio plastificado e pediu dois de tofu com massa de peixe e shitake e uma lata de chá verde com gengibre. Era um bom lugar; apinhado de gente, porém limpo, do tipo que ele normalmente não frequentaria por conta do preço, mas o cartão-refeição provido pelo banco passara a lhe proporcionar recentemente tais extravagâncias. O pedido não tardou e logo uma cestinha com as estaladiças iguarias pousou sobre o balcão e o cheiro bom relembrou-lhe da urgência de sua fome. Com pressa, queimou a boca no recheio fumegante e amenizou o efeito com uma golada grande de chá gelado. Notou então que, conforme a comida escorregava esôfago abaixo, tudo ao redor passou a ganhar contornos menos desagradáveis. Até suas costas suadas, que começavam a grudar na camisa do uniforme, já não o incomodavam tanto.

— Mais alguma coisa? – A moça que surgiu do outro lado do mármore devia ter chegado naquele exato momento; era simplesmente impossível que ele não a houvesse notado antes. Se as mais belas gueixas do Japão medieval usassem bonés e vestissem jalecos sobre uma blusa de estampa de bichinhos, talvez fosse assim que elas se assemelhassem. A surpresa dele, no entanto, foi balanceada de alguma forma pela sensação irracional de já conhecê-la.

— Me vê tam-também um de car-carne com muçarela? – Foi tudo o que ele conseguiu balbuciar, repreendendo-se intimamente pela voz não ter soado tão masculina quanto a de um samurai, perguntando-se também porque raios pedira outro salgado se já estava satisfeito com os dois pastéis graúdos e bem recheados que acabara de engolir.

A garota exibiu seus dentes perfeitos e perolados e virou-se, com a graça de uma dançarina que trajasse somente véus de seda e bailasse ao som dos tristonhos shamisen. Seus cabelos eram pintados de castanho-claro com as pontas alouradas, seus olhos, fendas minúsculas preenchidas por uma escuridão de ameixas maduras em grande contraste com a cútis de pétalas de pessegueiro. Parecia tão deslocada naquele ambiente; uma rara boneca de louça na prateleira de uma loja de 1,99.

— Aqui está, ahn, Fúlvio… – Ela sorriu e quase o ofuscou enquanto lia o crachá que ele se esquecera de remover da camisa. — Significa louro ou ruivo, sabia? Combina bem com o seu cabelo!

A moça “areia demais para seu caminhãozinho” havia sido simpática com ele! Mais do que isso: dera-lhe a oportunidade, a deixa para iniciar uma conversa. A bola na marca do pênalti, só esperando que ele não desse uma de Alan Kardec e a chutasse para fora.

— Sabia sim. Ah, mas é bem feio, né? Minha mãe me disse que teve uma gravidez tipo complicada e me deu o nome do médico que cuidou dela até o parto. Daí, todo mundo lá em casa tem nome japonês, menos eu, que ganhei esse de tiozão italiano…

— Não acho feio! E se é homenagem a alguém bondoso, sei lá, até atrai sorte.

— Meu, se traz sorte ainda tô esperando por ela – riu. — Aliás, até que não… Hã, você é nova aqui? Posso perguntar o seu nome?

— Comecei hoje mesmo. Meu nome? Ih, me chama pelo meu apelido: todo mundo me conhece por Kit. Só Kit. Desculpa, já tão me olhando atravessado, tem mais gente pra atender… Tchau! – E graciosa gesticulou com a mão de dedos finos e unhas compridas.

De volta ao banco, da palestra modorrenta sobre como lidar com clientes especiais nenhuma palavra conseguiu penetrar seu córtex cerebral. Só havia um filme tolo feito comercial de xampu projetando-se por trás de seus olhos. “Kit, que da hora, que apelido lindo, tão delicado. Têm coisas, sei lá, que parecem encaixar direitinho, terem sido batizadas do jeito certo, e ela era uma Kit mesmo. Meu, a palavra é tipo um doce na boca, a ponta da língua toca os dentes, os lábios se fecham num beijo… Kit Kat, Hello Kitty, cute, cuti-cuti.”

Ao fim do expediente até pensou em passar outra vez pela pastelaria, para ao menos espiar a garota de longe, mas estava atrasado para a faculdade e se perdesse o “busão” chegaria quase no fim da aula de Sistemas Operacionais I. Melhor não…

***

Passavam das onze e trinta quando Fúlvio abriu a porta do compacto apartamento de dois quartos e o irmão adolescente e a mãe já ressonavam ruidosos em seus respectivos cubículos. Tirou os sapatos apertados, despiu as calças e as dobrou e pendurou no espaldar duma cadeira. Inclinou-se respeitosamente diante do retrato do pai sobre a estante e acendeu uma varinha de incenso. Aqueceu e comeu o jantar deixado num prato coberto dentro da geladeira, zapeou um pouco, assistindo sem interesse a tevê da sala e acabou por cair no sono ali mesmo, no sofá. Os sonhos, que usualmente lhe eram raros e descoloridos, caudalosos logo inundaram sua mente.

Chovia e fazia sol, vários arco-íris se entrecruzavam como vigas no teto de um templo, como que suportando a abóboda celeste. Uma cerimônia de casamento tradicional japonês era realizada no campo, muito verde e repleto de cerejeiras tremulando as flores róseas. Uma banda de tambores e pífanos acompanhava solene o evento. Os noivos usavam curiosas máscaras brancas com narizes pretos, aliás, todos usavam. Ao fim da cerimônia, o grupo correu de gatinhas em várias direções. Caudas felpudas podiam ser vistas de relance sob as vestimentas luxuosas.

Duas luas brilhavam cheias e gloriosas no céu e ele, um ronin, usando getas nos pés e trajando quimono, com o cabelo preso num arranjo complicado e portando uma katana, procurava alguém que não sabia quem era, através dos prados salpicados de prata e escuridão. O rosnar irritado de um cachorro vadio fez uma das luas desaparecer de repente e logo a seguir um bicho solitário ganiu num bosque distante, escondido em bruma densa.

Uma árvore, tão impossivelmente alta que a copa se perdia entre as nuvens, o tronco da largura de um estádio de futebol, estava diante de si. O céu num rompante então se iluminou e nove relâmpagos de fogo simultaneamente incendiaram seus galhos, formando a maior tocha já vista sobre a face da Terra. Uma oferenda, um singelo prato de porcelana branca com feijão azuki, tofu e aburaage, jazia ao pé da árvore colossal. Algumas raízes, feito tentáculos, ergueram-se do solo e devoraram a oferta.

1908, o navio russo que passara a ser chamado Kasato Maru partiu de Kobe. Setecentos e oitenta e um imigrantes, que provavelmente jamais provaram café em suas vidas, iriam trabalhar nos cafezais paulistas. Dentre eles, sob disfarce, uma mestiça, uma feiticeira solitária – das últimas de sua espécie – fugia para o mundo dos bárbaros, grávida.

Paredes de papel de arroz e estrutura de bambu, tatame no chão e lamparinas de óleo de baleia compunham o cômodo precariamente iluminado. A jovem maiko esperava por ele, deitada e por certo nervosa sobre o futon. O coque dela acabara de ser cortado à faca. O daimyo havia pago muito dinheiro pelo direito de torná-la gueixa, pela oportunidade de iniciá-la nos mistérios da carne, pelo mizuage. A donzela o beijou com ardor e envolveu o corpo dele com suas pernas fortes, girando-o com facilidade inumana, e então o cavalgou, selvagem e insubmissa. Uma forte corrente de ar repentinamente apagou os pequenos candeeiros. Na escuridão ele sentiu o nariz dela, úmido e frio, farejando seu pescoço, mas não fugiu nem quando ela começou a morder seus lábios com seus dentes pontudos, ou mesmo quando depois do orgasmo a recém-feita gueixa o encarou, longamente, com olhos cor de brasa que cederam alguma claridade ao quarto dos amantes.

— Masako-sama, eu me alegro e me entristeço pelo senhor – ela disse, num tom embargado.

— Por quê?

— Por poder revê-lo, quantas vezes eu quiser, e por perdê-lo, toda vez…

***

Fúlvio despertou tarde, com o sol queimando-lhe a perna e as costas moídas pelo improviso de cama. Hiroshi, seu irmão, e a mãe haviam aparentemente saído. A senhora deixara dinheiro e uma lista de compras sobre a mesa: completava o orçamento de viúva cozinhando comida tradicional japonesa para aniversários, casamentos e outros. Nirá, shitake, macarrão udon, aburaage, eram alguns dos elementos da relação.

Ainda grogue, foi ao banheiro e tomou uma ducha, aproveitando para lavar a cueca: não queria que a mãe a visse. Não se recordava de ter sujado a roupa íntima daquele jeito desde os catorze ou quinze anos. Os sonhos – tão bizarros – não lhe saiam da cabeça. Meu, devia ter mensagens importantes do além, e eu mó japonês do Paraguai! não consegui sacar nadica…

Secou-se, reviu o que tinha que comprar e uma centelha finalmente acendeu em sua mente.

— Udon e aburaage não são, tipo, aqueles bagulhos usados pra fazer sopa kitsune-udon? Kit então podia ser kitsune, raposa?! “Sol e chuva, casamento de raposa”, não é assim o ditado japonês? As oferendas junto da árvore, nove raios… Que loco sonhar coisas assim e… Ah, não, mano! Ha-ha-ha! Não, de jeito nenhum! Li Naruto demais quando criança…

Lembrou-se então que o Murakai seria o melhor mercado para comprar tudo num único lugar. E que seria também ótima desculpa para voltar à Liberdade, e passar pela pastelaria, sem querer querendo.

Escovou os dentes, duas vezes. Perfumou-se, com cuidado removeu a espinha e aplicou um curativo cor da pele. Experimentou quatro ou cinco camisas de malha diferentes e acabou vestindo uma com um furo na gola, que era sua preferida. Escolheu o jeans que melhor disfarçava suas pernas finas, cheirou três pares de tênis e selecionou o que fedia menos. Olhou-se no espelho e ajeitou o cabelo com gel: não era um cantor J-pop, mas tampouco era o Gojira.

***

— Pois não? – A senhora indagou, secando as mãos.

— Queria falar com a Kit. Ela veio trabalhar hoje? – Ele vasculhou a lojinha, discretamente olhando para os lados.

— Kit?! Tem ninguém com esse nome aqui, filho. É só eu, a Denise e a Fátima. Às vezes a Dona Luíza ajuda também quando o movimento tá demais. Vai querer comer alguma coisa? Saiu umas esfihas quentinhas agorinha.

Deixou a pastelaria com ares de cão abandonado pelo dono numa estrada erma e escura. Seguiu até o mercado, fez as compras à risca e tomou o caminho até a estação do metrô. Percebeu então uma vibração no ar, algo elétrico, magnético e poderoso, que convergia às suas costas e praticamente o forçou a parar e girar o pescoço. Lá estava ela: vestida como a aprendiz de gueixa do sonho, sentada num banco da praça, sob a sombra de uma árvore. Rindo, com os lábios pequenos muito pintados em forma de morango, com um leque junto do rosto.

— Então, recebeu meu recado? – Ela indagou, enquanto Fúlvio se aproximava, sem que ele desse conta que nem os tiozões aposentados sentados ao redor, nem o vendedor da barraquinha de yakisoba, haviam estranhado a súbita encarnação de uma personagem dos afrescos dos tempos do xogunato.

Ele desceu as duas sacolas pesadas até junto dos pés, incrédulo.

— Recado? Nem trocamos telefone, mina… – Falou e arrependeu-se em menos de dois segundos.

A garota fechou o leque como quem eviscerasse um inimigo com uma katana capaz de cortar um fantasma em dois. Suas pupilas ficaram verticais e os olhos então ganharam novas cores, que as sombras ajudaram a realçar.

— Sabe, eu estou realmente cansada, esgotada dessas terras de areias movediças para onde vocês migraram, onde tudo se dissolve ou é absorvido. Vocês se perderam: esqueceram tudo; as histórias, os deuses… Não são melhores que esses bárbaros que comem com garfo e faca. Aqui, neste bairro ao menos deveria residir nosso posto avançado, o novo Nippon. Mas olha só ao seu redor: lanternas chinesas vermelhas e douradas, salgados libaneses e portugueses, açaí! Diga-me: onde por aqui se pode comer um bom torô? Você nem sabe o que é, não? Só há porcarias com manga, abacate e cream cheese! – Ao dizer a última palavra ela tinha expressão do mais puro horror. — Até para falar com você, Masako-sama, eu tenho que usar essa língua deselegante, sem níveis de polidez. Nan haji!

Diante da cara amuada do rapaz, que quase desenhara com rugas um ponto de interrogação na testa, ela completou quase aos gritos: — Os recados – por Inari Ōkami! – os sonhos que eu enviei noite passada!

Ele quase perdeu o equilíbrio pela fantástica revelação e por sua primeira D.R., respirou fundo, recordou outra vez dos mangás e gaguejou: — Então, então eu tava certo, você é…

A moça voltou a sorrir e incentivou: — Diga, vamos, com todas as letras, de uma vez por todas!

— Você é uma ultrapoderosa raposa de nove caudas!

— Quê?! Não! Que absurdo! Não sou tão velha assim!

— Não é? Quer dizer, desculpa, eu não quis ofender… – Ele fechou o rosto, decepcionado e cheio de vergonha. “Man, que infantilidade a minha”, repreendeu-se.

— Se eu fosse uma nove-caudas eu possuiria quem eu quisesse, poderia ser uma segunda Lua no céu e dobraria o tempo e o espaço. Eu voltaria ao passado e afundaria o Kasato Maru antes do embarque da sua trisavó. Faria as bombas de Hiroshima e Nagasaki caírem sobre a Casa Branca, no colo do presidente! Não! Uma eu pouparia, retornaria alguns anos antes e jogaria em Pearl Harbor em 1941, antes dos Zero chegarem para finalizar o serviço! Não estaria perdendo o meu tempo com você aqui, só porque é o último kitsune meio-sangue do Ocidente e foi meu adorável amante em outros tempos. Poderia prever o futuro, dizer se ficaríamos juntos ou não. Saberia se você aceitaria ir deitar comigo e incendiar esta realidade mais uma vez, ainda que nosso ato tivesse como humilde cenário o apartamento minúsculo que aluguei aqui na Liberdade. Mas não posso fazer nada disso: tenho oito caudas há poucos anos e, portanto, terei que esperar quase cem pela nona e última…

Não foi preciso dizer mais nada. O desabafo dela soou para ele como aquela propaganda antiga de ração para gatos: “blá-blá-blá-Whiskas Sachê-blá-blá-blá”… Kitsune era mais do que linda e desejava fazer sexo com ele. Ela poderia secretamente ser a filha mais feia da Mothra com o Reptilicus, a irmã gêmea da garota sinistra do Ringu ou até a encarnação de todo mal. Porém, o que ele via diante de si era simplesmente a mulher mais incrível e adorável que ele jamais teria a oportunidade de conhecer novamente.

— Você aceitaria o meu mais sincero pedido de desculpas? Meu, eu sou mesmo um pusta

Ela continuou emburrada e ele se recordou do que comprara há pouco.

— Eu, hã, comprei tofu frito, aburaage da melhor qualidade. É comida das raposas, né? Minha mãe me ensinou a preparar. Eu, eu cozinho pra você e conversamos, que tal?

***

Fúlvio saltou do ônibus por volta das nove da noite e começou a subir a rua até sua casa. Estava esgotado, a pele sob as roupas se apresentava em boa parte lacerada, mas magicamente começara a cicatrizar. Devido ao seu sumiço a mãe a essa altura já havia ligado para a polícia várias vezes, por ele não ter atendido nenhuma vez sequer às suas insistentes chamadas ao celular. Embora por outra razão, a polícia também fora chamada pelos vizinhos de certo pequeno apartamento no Bairro da Liberdade. Luzes vermelhas como chamas escaparam pelas janelas e sob o vão da porta. Ruídos animalescos fizeram todo o prédio chacoalhar. “Deve ter uma onça estrupando um javali lá dentro!”, foi o que alguém relatou quando ligou para 190.

Ao tentarem forçar a entrada do dito apartamento, três PMs foram teleportados ao Japão, no meio de uma reunião ultrassecreta da Yakuza, e talvez conversem com os peixes do fundo da baia de Tóquio neste exato momento, calçando caprichados sapatos de concreto.

Enquanto caminhava, ao passar por uma garota loura e bonita, Fúlvio olhou para trás. Somente então ele notou que no céu brilhava uma segunda Lua cheia que rapidamente tornou-se rubra, cresceu e fez a loura desaparecer (e talvez ressurgir em algum lugar muito desagradável).

— Não tem nove caudas? Sei! – Exclamou. — Meu, mas mulher faz de tudo mesmo pra parecer mais nova! E com tanto ciúme, sei não, esse namoro vai ser osso!

Tomou então o elevador do prédio e preparou-se para a bronca. Em outros tempos estaria muito nervoso, pois conhecia bem o gênio forte da mãe. Contudo, ele agora não era mais um garoto, e vira coisas que, definitivamente, não eram para os fracos de coração.

61 comentários em “Nove Caudas (Rubem Cabral)

  1. Pétrya Bischoff
    11 de janeiro de 2015

    Buenas! Gostei muito da escrita, não me deixou questionamentos. Mesmo que eu goste deles, tratando-se de qualquer coisa oriental para mim,é bom que não me faça pensar mesmo. De qualquer maneira, a narrativa conduz bem o leitor por todos os becos e sentimentos vividos pelo personagem; por isso gosto, especialmente, da primeira parte. Também foi engraçado, mesmo que demasiado longo, para meu gosto. Boa sorte.

  2. Miguel Bernardi
    9 de janeiro de 2015

    Olá, Fugiro Nakombi!

    Gostei meu do seu conto ImanI, do seu senso de humor, da ambientação, das tradições que inseriu na obra… Passei a conhecer um pouco mais da cultura, acho, e fico feliz por isso.

    Sua narrativa é boa, flui muito bem, com cenas leves e pesadas nas horas certas, escolhidas à dedo. Não tenho nenhum comentário negativo.

    Parabéns pela obra e boa sorte!

  3. Swylmar Ferreira
    9 de janeiro de 2015

    Muito bom o conto Fujiro Nakombi.
    A estrutura é objetiva, personagens claros. Muito bem escrito.
    O conto é bem criativo com a trama bem interessante.
    Parabéns!

  4. Fil Felix
    9 de janeiro de 2015

    Esquema do comentário + nota: 50% Estética/ Tema e 50% Questões Pessoais

    = ESTÉTICA/ TEMA = 4/5

    Escrita muito boa, desenvolvimento linear e fechado. Percebe-se um bom trabalho de pesquisa e ambientação, pelo menos eu que já conheço a Liberdade, me senti por lá, principalmente na parte do Banco com estética japonesa ^^ Contos japoneses quase sempre são bonitos e delicados, e aqui há muita coisa boa, só acho que o nível de descontração deu uma derrapada.

    = PESSOAL = 3/5

    Gostaria de ter adorado este conto, pois me lembrou de xxxHOLIC, me lembrou a Yuko, a cena do balcão foi muito boa, a discussão entre eles também. Mas as gírias utilizadas, geová! Esse protagonista parece aqueles adolescentes chatos – e dos que se encontram nas reuniões da Liba, ainda hahah. Não me cativou, acabei achando a trama muito jovem. O que não é um problema, é algo extremamente pessoal. PRA MIM, ficaria perfeito se fosse um personagem (que tbm trabalhasse no Banco), mas já adulto, dar um clima mais sério à história.

  5. JC Lemos
    2 de janeiro de 2015

    Sobre a técnica.
    Não há muito o que falar. É concisa, certeira. Preenche todas as lacunas no momento certo. O autor tem habilidade e é visível em todas as linhas.

    Sobre o enredo.
    Gostei, em especial, da ambientação. Deu para sentir São Paulo. A ideia da Kitsune e de toda a imersão na cultura japonesa também ficou boa. Apesar de não sacar tudo, consegui pegar algumas referências.
    Porém, tenho que concordar com o Fábio. A personagem poderosa é poderosa demais. Não vi um motivo para que ela ficasse presa ali, se podia fazer tudo aquilo. Talvez tenha sido a falta de palavras. Com um espacinho a mais poderia ter ficado melhor.

    Enfim, apesar disso o conto é muito bom. Conseguiu inserir a criatura, e ainda ambientar com essa narração impecável.

    Parabéns e boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável JC! A Kitsune só deu o primeiro passo em suas aventuras saopaulinas, ela tem muito poder, mas queria primeiro se reunir com seu antigo amante (reencarnado no Fúlvio).

      キツネからキス!

  6. Anorkinda Neide
    30 de dezembro de 2014

    Bom este é o mês da cultura japonesa? rsrsrs to conhecendo muito lendo por aqui!
    Este conto, especialmente, achei fabuloso, perfeito, fechadinho, sem tirar nem por.
    Gostei muito mesmo, parabens!
    Adorei o relacionamento inusitado do rapaz com a Kit…kkk dei boas risadas!

    abração

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, querida Neide!

      Muito feliz que tenha gostado do humor do texto e dos outros mil detalhes.

      キツネからキス!

  7. Sidney Muniz
    30 de dezembro de 2014

    Adorei algumas passagens, entre elas ressalto:
    “ele por fim decidiu abandonar o conforto da agência bancária travestida de pagode japonês”
    “Chovia e fazia sol, vários arco-íris se entrecruzavam como vigas no teto de um templo”
    “e passar pela pastelaria, sem querer querendo”
    Há algumas repetições como o uso de “sob” que se repete demais durante o texto em uma tentativa errante de se descrever o que não necessariamente precisava ser dito.
    Obviamente a técnica do autor é um ponto forte aqui, e a narrativa é deveras formidável, contudo alguns excessos tornaram a narrativa um tanto quanto cansativa para mim, ainda assim, o enredo “proposta seca, mas cativante” me fisgou durante todo o trajeto e os pormenores se tornaram irrelevantes vistos nessa analise.
    O final? Bom, esse infelizmente pela escolha do autor deixou “eu” o leitor esperando algo mais, em meio a tanta “comilança” senti falta da sobremesa, e essa, não pode faltar.
    Gostei muito! Muito mesmo! Apenas, exigente como sou, queria que você conseguisse encerrar a altura, o que não senti.
    Agradeço pela ótima, prazerosa e impressionante escrita, em uma estória que muito me atraiu.
    Parabéns! Boa Sorte! E um feliz ano novo!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável Sidney! Quisera ter bolado um final mais à altura da Kitsune.

      キツネからキス!

  8. Laís Helena
    28 de dezembro de 2014

    Gostei bastante do seu estilo de escrita. Não apresenta detalhes suficientes para tornar a narrativa enfadonha e tampouco detalhes de menos, o que poderia deixá-la superficial; foi na medida certa para envolver o leitor na história.
    A ambientação em São Paulo foi bem feita e, ainda que conheça muito pouco da cultura japonesa, ela me pareceu bem trabalhada. Não peguei algumas de suas referências humorísticas, mas as que peguei (incluindo seu pseudônimo) me fizeram rir bastante.
    O final foi inusitado e inesperado; como algumas pessoas comentaram anteriormente, também esperava alguma batalha épica, em que Fúlvio ajudaria a Kitsune a reavivar a cultura japonesa. Mas, apesar da surpresa, achei que foi um final um tanto estranho, me pareceu inverossímil que uma criatura tão poderosa e tão insatisfeita com a distorção da cultura japonesa estivesse em busca apenas de sexo. O último parágrafo também pareceu um tanto fora de lugar; o tom de lição de moral não combinou muito com o humor e o fantástico do restante do conto.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, querida Laís! A Kit tinha a intenção de reencontrar seu antigo amor, este apenas foi seu primeiro passo. O que ela fará depois ficou para a imaginação ou para um texto com mais palavras.

      Não houve intenção de passar qualquer lição de moral no último parágrafo. Ele apenas descreve que Fúlvio agora é um homem (talvez e até provavelmente ele era virgem antes do que ele passou).
      😉

      キツネからキス!

  9. williansmarc
    28 de dezembro de 2014

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 7
    Ortografia/Revisão: 10
    Técnica: 10
    Impacto: 7
    Inovação: 8

    Minha opinião: Gostei muito da ambientação e dos personagens, realmente beira a excelência. A trama é bem simples e não traz grandes complicações nem conflitos, mas gostei do conto mesmo assim. Achei bem criativa a mistura das tradições japonesas com o mundo cotidiano paulista, essa mistura de passado e presente é algo bem tipico da cultura nipônica. Não tenho sugestões de como melhorar o conto.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável William! A ideia do conto foi realmente simples, tentei então me valer mais da simpatia dos personagens e da ambientação.

      キツネからキス!

  10. Silvio Ferreira
    27 de dezembro de 2014

    Gostei
    Sua ambientação foi muito precisa. Mesmo vivendo em um lugar totalmente diferente, não me senti perdido. Incluo, inclusive, o ambiente fantástico que Fúlvio vai parar.
    O humor é o ponto forte, não é desesperado, é natural. O humor bem adolescente (isso é um elogio). ”cheirei três pares de tênis e peguei o que fedia menos.” Chorei de rir. Além de boas sacadas envolvendo a cultura japonesa: ” não estou como um cantor de J-Pop, mas também não estou como o Gojira.”
    A pegada da trama, bem leve, bem anime. Na parte fantástica, imaginei um anime mesmo.
    Simpatizei com o Fúlvio e todas as suas angústias de conhecer A garota.

    Não Gostei
    Você é bom nas descrições, a da Kit achei perfeita, mas achei que às vezes você se apegou a elas em excesso e sem muita confiança (na minha opinião) como no terceiro parágrafo inteiro e, em especial: ” …o céu de brilho difuso e letárgico, típico dos mormaços…”.

    Parabéns,
    Abraços e Boa Sorte.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável Silvio! Curiosamente, a frase que você destacou como ruim foi justamente a que outros destacaram como boa. Penso que seja principalmente uma questão de gosto pessoal. 😉

      Muito feliz que tenha gostado do humor do texto.

      キツネからキス!

  11. rsollberg
    26 de dezembro de 2014

    Apesar de não conseguir pescar mais da metade das referências (defeito exclusivamente meu) gostei muito da narrativa.

    Percebe-se que o autor domina o assunto e sabe brincar com bastante autoridade dentro dessa cultura milenar. A escrita é irrepreensível e, mesmo para mim – que não estou tão familiarizado com enredo, completamente desembaraçada.

    O protagonista foi muito bem desenvolvido e os diálogos preencheram bem a estória. Sua criatura me instigou sobremaneira, certamente irei procurar mais sobre.

    Bom, não há nada que eu possa apontar como defeito. Os meus “porém” são apenas frutos da minha ignorância e dos meus maneirismos.

    Ótimo conto.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável Sollberg! Que bom ter gostado mesmo não tendo pescado algumas referências. 😀

      キツネからキス!

  12. daniel vianna
    25 de dezembro de 2014

    Leitura agradável. Legal essa reflexão acerca da migração japonesa para o Brasil, com a Kit personificando o desejo de fazer desse um novo Nippon. Concordo com o comentário de alguns colegas no sentido de que as piadas deviam ser equalizadas para evitar a quebra, que, no entanto, não chegou a ser prejudicial. É realmente muito bem escrito. Parabéns.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável Daniel! A ideia de transformar São Paulo num novo Nippon é muito boa.

      キツネからキス!

  13. Eduardo Matias dos Santos
    25 de dezembro de 2014

    Um texto vivo e muito interessante. Gostei da ambientação e das cenas construídas, me trouce uma boa sensação do começo ao fim. Boa sorte ao autor, ou melhor, koun!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa,honorável Eduardo! 😀

      キツネからキス!

  14. piscies
    22 de dezembro de 2014

    TRAMA 4/5

    Gostei!!! O conto me prendeu. Os personagens têm personalidade, cada qual com seu ponto cativante. O dia-a-dia é bem narrado, com aqueles detalhes que fazem a diferença entre uma narrativa superficial e uma narrativa envolvente. Muito legal!

    Alguns pontos que talvez mereçam atenção, mas que não pesaram muito na minha opinião:

    1) Ele fala que foi almoçar em um lugar caro, mas que agora pode ir por causa do cartão refeição da empresa. Pô, desde quando comer pastel é caro? rs

    2) A tal da aprendiz que gueixa não estava “nervosa” coisa nenhuma ein!, rs.

    TÉCNICA 5/5

    A escrita está perfeita. Vi uma ou outra palavra que poderia ter sido trocada, mas nada sério. O vocabulário do autor é vasto e o conhecimento da cultura japonesa também. Mesmo assim, os termos japoneses foram aplicados na quantidade exata para passar a atmosfera e a forma de pensar do personagem, sem confundir o leitor.

    Excelente conto. Boa sorte no desafio!

    PS: Ri bastante com o seu pseudônimo, rs.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, sashimível Pisces! Quanto aos pontos que você levantou:

      – O Fúlvio é um “duro”. Mãe viúva, jovem aprendiz (dependendo da empresa só recebem meio SM). A pastelaria em questão é meio “gourmet”, o tal pastel japonês custa R$ 8,50 a unidade. A conta toda deve ter ultrapassado R$ 20,00. a lojinha existe mesmo e se chama Yoka -> http://www.yoka.com.br/curiosidade01.html

      – A aprendiz de gueixa estava nervosa, mas tinha uma personalidade dominante e adotou a filosofia “tá no inferno? dá um abraço no capeta!”, 😀

      キツネからキス!

  15. Letícia Oliveira
    21 de dezembro de 2014

    Gostei muito. Escrita impecável, não vi erros de gramática e me senti guiada pela história de maneira fluida e natural.
    Apesar de não conhecer muito da cultura japonesa, me vi envolvida na narrativa. Achei a Kit uma personagem super intrigante! O mesmo não pode ser dito do Fúlvio, que pareceu levar tudo como se fosse uma piada – o que não é de todo mal se dosado, mas em excesso tira a magia do conto.
    Mesmo assim, um dos melhores que li até agora. Boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, querida Letícia! O Fúlvio é um adolescente meio bobão mesmo, que apenas deu a sorte de ser a reencarnação de Masako, um senhor feudal que fora amante de Kit no Japão medieval.
      キツネからキス!

  16. Gustavo de Andrade
    21 de dezembro de 2014

    Boa tarde!
    As imagens que me vieram a partir deste conto foram bem legais; consegui claramente ver a história acontecendo, algo bem louvável.
    No entanto, há muitas partes que não parecem naturalmente desenvolvidas. Como se você, Fujiro Nakombi (trocadilhozinho hein), não levasse a história muito a sério, só um causo japonês. Talvez, tratando-a com mais seriedade e fluidez, a narrativa tivesse sido melhor entregue e instigante. Acabou sendo uma história de amor pouco convincente, embora bem vívida e cheia de elementos divertidos.

    “— Não tem nove caudas? Sei! – Exclamou. — Meu, mas mulher faz de tudo mesmo pra parecer mais nova! E com tanto ciúme, sei não, esse namoro vai ser osso!” –> simplesmente desnecessário.

    Boa escrita!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, honorável, Gustavo! A fala que você destacou apenas reconfirma que Kit havia mentido sobre ser uma oito-caudas, talvez por algum capricho, como não querer ser tomada como mais velha do que aparentava.
      キツネからキス!

  17. Jowilton Amaral da Costa
    18 de dezembro de 2014

    Gostei bastante. Divertido, apesar de achar um pouco forçado em algumas passagens, no entanto, muito bem escrito. Não conheço nada do Naruto; e de cultura japonesa um pouco menos, se é que isso seja possível, mas, não atrapalhou muito no entendimento do conto, eu imaginei que iria rolar uma guerra mágica, com outras criaturas fantásticas e tal, mas não, o que aconteceu no fim foi bem inusitado, rolou um rala-e-rola punkhard de outro mundo. hahahaha. Muito bom. Boa sorte.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, honorável, Jowilton! Se mesmo conhecendo pouco da cultura japonesa não houve dificuldades para vossa compreensão, este humilde autor fica muito feliz.

      キツネからキス!

  18. bellatrizfernandes
    15 de dezembro de 2014

    São Paulo é tipo a Nova Iorque dos contos. Nunca vi cidade com tanto conto! Enfim, não é importante kkkk
    Gostei. Achei muito gostosas as referências ao nipo-brasileiro. O conto é divertido e fácil de ler. Acho que só o final foi meio decepcionante, de certa forma. Mas gostei. É diferente, no mínimo.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, bela Bella! Não costumo ambientar meus textos em São Paulo, pois não conheço a cidade tão bem assim.
      キツネからキス!

  19. Sonia
    12 de dezembro de 2014

    O tema é bem interessante, a história tem um final bem palatável, bem oriental
    Em minha opinião, ganharia força se houvesse concisaõ, ficou um tanto longo, e os diálogos um tanto adolescentes demais, meio infantis até. Enxugar o texto para deixá-lo com as frases essenciais tornaria a história mais interessante. Menos adjetivos ajudariam a dar mais objetividade. Tem adjetivos demais.
    Parabéns pelo conto, técnica boa, trama rica.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, querida Sonia! Os diálogos são meio adolescentes pq o Fúlvio teria uns 17-18 anos (jovem aprendiz, primeiro período da faculdade, etc.).

      キツネからキス!

  20. Ana Paula Lemes de Souza
    12 de dezembro de 2014

    Ótimo conto! A técnica, como já foi dito, é realmente invejável e a cultura do mundo japonês, bastante densa. Gostei do ser fantástico escolhido, a Kitsune, que é uma figura folclórica muito interessante.
    Também desconfio de quem seja o autor…
    Contudo, embora seja um texto impecável em todos os aspectos, a trama não me envolveu muito e não conseguiu me tocar. Mas isso é questão pessoal, que fique claro.
    De qualquer forma, parabéns para o autor, que é muitíssississsimo talentoso!
    Boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, linda Ana Paula!
      キツネからキス!

  21. mariasantino1
    12 de dezembro de 2014

    Oi!

    Benza Deus! Não sei se leituras de mangá possibilitariam escrever assim, acho que você conhece bastante da cultura japonesa. Acho ótimo a competência narrativa de alguns autores. O ritmo narrativo aqui é muito bom. Me perdi e me achei várias vezes na história (me perdi por incapacidade minha mesmo, faz tempo que me desatualizei, então algumas referencias eu não peguei 😦 ). Gostei do sonho, das imagens oferecidas por ele, gostei dos personagens e muito mesmo da narrativa (como dito antes, não destoa). Algumas comparações foram sensacionais como os tons manteiga do céu. Também desconfio da autoria, tem algo aqui que me lembra um conto que fala de sonhos no desafio passado. Não tenho nenhuma ressalva exceto que queria mais da moça, nove caudas.

    Ler esse primor, assim, de grátis. Só mesmo por essas bandas 🙂 Boa Sorte.

    • Fujiro Nakombi
      6 de janeiro de 2015

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, linda Maria. Pois é, faltou-me espaço para desenvolver um pouco mais a história. O conto tem exatas 3000 palavras.
      キツネからキス!

  22. Lucas Rezende
    11 de dezembro de 2014

    Ótimo conto. Achei que iria ler uma fanfic do naruto, me surpreendeu.
    Tem passagens de humor muito boas, destaque pro “estrupo”. Só acho que faltaram algumas demonstrações maiores de “fodismo” da criatura, pra convencer mais do poder dela.
    Boa sorte!!!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, honorável, Lucas! Se a criatura demonstrasse todo o seu poder nem sei se estaríamos aqui, confabulando agradavelmente durante o ritual do chá!
      キツネからキス!

  23. simoni dário
    11 de dezembro de 2014

    Divertido, muito bom! Fui lendo sem grandes expectativas e o texto acabou me prendendo. Os detalhes de ambientação estão muito bons! Gostei.
    Parabéns e boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Arigatô, S-Chan!
      キツネからキス!

  24. Fabio Baptista
    10 de dezembro de 2014

    ======== TÉCNICA

    Excelente.

    História bem narrada, com ótimas metáforas, ótima ambientação (só senti falta de algo no estilo “dois pastel e um chopps” para caracterizar de vez o sotaque), diálogos convincentes.

    Às vezes chegou no limite do exagero:
    – agência bancária travestida de pagode japonês
    – fendas minúsculas preenchidas por uma escuridão de ameixas maduras em grande contraste com a cútis de pétalas de pessegueiro

    Não que essas descrições dadas como exemplo estejam ruins. Muito pelo contrário. Mas dada a profusão em que aparecem, vez ou outra quase cansaram.

    – Não desse uma de Alan Kardec e a chutasse para fora
    >>> Essa foi ótima! kkkkkkkk

    – ela tinha
    >>> cacofonia

    – eu sou mesmo um pusta
    >>> Nunca ouvi essa expressão… única observação que tenho a fazer sobre o sotaque.

    ======== TRAMA

    Então… a história é ótima de se ler, mas acho que 90% disso é devido à técnica invejável com que foi escrita (incluído aí as diversas referências à cultura japonesa).

    A trama em si não é das melhores, na minha opinião.

    Sei lá, fiquei com impressão que a criatura fantástica em questão é muito poderosa para ficar verossímil dentro de um contexto tão “cotidiano”.

    O final também é um tanto vago… está mais para um corte seco no meio da história.

    ======== SUGESTÕES

    – Limaria uma ou duas descrições mais volumosas

    – Deixaria a criatura menos poderosa, para ficar mais “crível”

    – Tentaria deixar o final mais impactante ou, em último caso, tiraria o último parágrafo, encerrando na piada.

    ======== AVALIAÇÃO

    Técnica: *****
    Trama: **
    Impacto: ****

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! O “pusta” foi contribuição do sábio ocidental Angeli e seus quadrinhos com saquê em demasia. O honorável leitor aqui achou a criatura poderosa demais. Logo acima, um não menos honorável leitor queria mais poderes demonstrados. Meditarei em silêncio quanto às vossas impressões. “O silêncio é um amigo que nunca trai”. Arigatô, Fabio-Shi!
      キツネからキス!

  25. Andre Luiz
    10 de dezembro de 2014

    O conto é tão cativante e engraçado que me perdi em minhas risadas. Primeiro de tudo, o pseudônimo totalmente humorístico. Depois, a trama oriental que sempre me trouxe coisas boas. Gosto muito da cultura asiática, e acho-a riquíssima e instigante. Quando Fúlvio encontra-se com a mulher vendendo pastéis, penso que será mais um caso de amor carnal rápido e erótico, mas vejo ao decorrer do conto que é tudo diferente; aliás, ela nem existira naquele contexto… Enfim, minhas saudações pela obra e meu sincero desejo de sucesso! Parabéns!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Arigatô pela leitura generosa, honorável, André!
      キツネからキス!

  26. Claudia Roberta Angst
    10 de dezembro de 2014

    Quando vi o tamanho do conto, confesso que torci o nariz. Mas aí, fui lendo e a coisa ficou mais fácil do que pensei. Narrativa divertida, prende a atenção do leitor sem que ele perceba. As imagens construídas são ótimas, como por exemplo: “(…) o céu de brilho difuso e amanteigado, típico dos mormaços, cheio duma claridade sonâmbula(…)”. Muito bom. Parabéns e boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Quanto ao tamanho do conto, Confúcio diria: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”. Arigatô, C-chan!
      キツネからキス!

  27. Ledi Spenassatto
    10 de dezembro de 2014

    Muito bom! A parte dos sonhos e a cueca lavada furtivamente para que mãe
    não descobrisse e lhe tirasse alguns décimos de dignidade. kkkkkkkk
    O desenvolvimento inicial se prorrogou meio que estático com pouca excitação a leitura.
    Bastante Sorte!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! O que seria da vida sem prorrogações, honorável Ledi? Arigatô!
      キツネからキス!

  28. Tiago Volpato
    10 de dezembro de 2014

    Muito bom, gostei muito do texto. Bem criativo e muito bem escrito. Parabéns!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Arigatô, Pato-San!
      キツネからキス!

  29. Leonardo Jardim
    10 de dezembro de 2014

    Muito legal! Reuniu cultura japonesa com a vida contemporânea em SP. A criatura mística apresentada foi muito boa mesmo e as peças jogadas no sonho encaixaram-se direitinho. O humor apresentado também me ganhou, a parte “Whiskas Sachê” foi hilária. Se teve algum problema de revisão, não notei.

    Um excelente conto. Parabéns e boa sorte!

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Arigatô, Leo-Sama!
      キツネからキス!

      • Leonardo Jardim
        12 de dezembro de 2014

        Não resisti e fui no Google Tradutor: キツネからキス = Beijo da raposa 😀

  30. Brian Oliveira Lancaster
    10 de dezembro de 2014

    Subarashi! Fantástico. Cultural oriental sempre me fascinou. O texto demora um tantinho para engrenar, mas depois, a mistura de urbano com lendas, sonhos e animes fecharam muito bem o pacote. Desconfio do autor(a) devido ao desafio anterior. Não tenho muito que acrescentar, além de dizer que o clima cotidiano fugiu do padrão e isto foi muito bom. Escrita leve e fluente.

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Quem sabe eu sou outro hashi do pacote, Brian-san? Arigatô!
      キツネからキス!

  31. rubemcabral
    10 de dezembro de 2014

    Hahaha, gostei muito. O conto começou meio lento e descritivo, com algumas frases muito inspiradas e imagéticas: “Meio letárgico, o jovem ergueu a cabeça e notou com desgosto o céu de brilho difuso e amanteigado, típico dos mormaços, cheio duma claridade sonâmbula que parecia sugar toda vontade de se fazer qualquer esforço não vital.”

    Gostei também dos sonhos estranhos e do humor que foi se introduzindo aos poucos. A frase “Deve ter uma onça estrupando um javali lá dentro!” quase me fez gargalhar.

    Enfim, bem diferente a criatura fantástica escolhida, interessante a ambientação em Sampa, achei o conjunto muito bom.

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Meditarei por iluminação após suas sugestões, honorável Rubem.
      キツネからキス!

  32. Virginia Ossovsky
    9 de dezembro de 2014

    Achei super engraçado, impecável e perfeito! rsrs quase não gosto de cultura japonesa, esse conto me fez lembrar tanta coisa. Parabéns e boa sorte !

    • Fujiro Nakombi
      11 de dezembro de 2014

      Konnichiwa! Que bom que gostou, V-Chan!
      キツネからキス!

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Publicado às 9 de dezembro de 2014 por em Criaturas Fantásticas e marcado .