Que o diabo não nos ouça – ditado búlgaro.
A estupidez humana talvez só não seja páreo para a vaidade ferida, ou para os segredos obscuros do tortuoso labirinto que é o coração feminino. Lemos alguma vez – nossa memória é pródiga, porém tem dificuldade em determinar “quandos” – num compêndio milenar sobre a tal candura tão típica das mães com suas crias, que, de alguma forma – e se devidamente fustigada – é correspondida em igual proporção por crueldade digna de madrastas de contos infantis.
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Este conto faz parte da coletânea “Devaneios Improváveis“, Primeira Antologia EntreContos, cujo download gratuito pode ser feito AQUI.
Realmente um conto acima da média. A leitura é gostosa e segue sem empecilho algum, mesmo sendo um texto extenso. Fora o cenário que é sempre bem visível até para mim, que não conheço esse tipo de vilarejo.
Só achei o final um pouco “estranho”, mas por questão pessoal mesmo. Não que seja ruim.
Parabéns ao autor(a)
Bom demais!!
ma narrativa brilhante e extremamente envolvente. Um conto de fadas moderno, carregado com um humor mordaz.
Para mim este é o vencedor do desafio e pronto!
Huahuahua! Tô rindo aqui até agora! Ai, que piração esse lance dos duendezinhos. Que maluca essa Regina!
Muito bom!
Essas criaturas me lembraram muito os Lemmings, um joguinho antigo. Como disse certa vez um professor velho meu: Deus está nos detalhes. Esse conto nada mais é do que isso: a descrição de minúcias que brilham, dando cores e tons à narrativa. Uma jornada de vingança é sempre uma boa jornada, ainda mais com uma personagem esdrúxula como essa criada. Dá pra sentir a frustração da moça, comendo seu chocolatinho e pensando no namorado fodendo a outra bela. Para fechar as cortinas desse comentário pedante, cito o bate papo bacana com o narrador.
É um conto muito bem construído, gostei da forma como o narrador fala com o leitor. Como já disseram aqui, é preciso alguma técnica. A leitura fluiu muito bem, gostei do enredo. O final…bem, não gostei muito, achei um pouco infantil. Mas compreendo a escolha do autor(a), não considero um final “fora do contexto”.
Parabéns e boa sorte! 🙂
Hugo Cântara
Gostei muito do conto que, lido com a devida suspensão de credibilidade, funciona muito bem.
Concordo com alguns colegas sobre o final, mas aqui há que se desculpar o autor: o aumento do limite de palavras é uma deliciosa armadilha. Quando damos por nós, estamos próximos demais do limite, que parecia inalcançável.
Parabéns ao autor e boa sorte!
Muitoo boom! haha’
Eu não costumo gostar desse tipo de narrador. Posso até ler, mas nunca li um(a) autor(a) que conseguiu empregá-lo tão bem ao ponto de receber o meus elogio — obviamente, no meu ponto de vista.
Ameei os diabinhos!! Onde eu encontro um pergaminho desse para mim? Ou alguém que me ensine a pronunciar essa frase corretamente… rsrs’
Boa Sorte!!
Absolutamente sem palavras!
Talvez, se eu precisasse escolher uma, escolheria “irreverente”, mas ainda não conseguiria ser totalmente fiel ao meu sentimento ao ler este conto.
Talvez “perfeito” ou na “medida certa” seja o que eu esteja procurando. É divertido, é místico e totalmente inusitado. O tipo de estilo que se perdeu com o tempo e que tão incessantemente ainda procuramos nos tempos modernos.
Com toda a certeza, esse foi o melhor conto do desafio!
Parabéns e muita boa sorte!
Agradeço a todos pela leitura e comentários tão divertidos! Obrigado!
Um ótimo conto. A escrita (impecável, diga-se de passagem) pode assustar logo de início graças às descrições exageradas e pouco convencionais, mas depois deslancha sem maiores problemas. A protagonista é o ponto alto do conto: atrapalhada, mesquinha e impulsiva. Os outros personagens – tirando a avó e os diabretes – não brilham.
Parabéns!
Taí, outro texto muito bom, criativa forma de acabar com o mundo, se bem que… he he he. Amo o Andersen. Sim, não estou no desafio, só passei para conferir alguns textos e ainda bem que li o seu antes de encerrar minhas visitas por aqui, pois no meio de tanto mais do mesmo, saio pelo menos com uma boa impressão e com a esperança de que pode haver sim outros textos tão bons ou melhores quanto nos que vou ficar sem ler neste desafio (acabou-se meu tempo, o chefe chegou, trabalhar para ganhar torão!). Sucesso, saudações!
Não deixe de participar dos próximos Desafios, Helena. Inclusive como autora 😉
Olá, obrigada pelo convite, tendo oportunidade no futuro, não deixarei de participar, por certo! Os organizadores do site estão de parabéns, os participantes também. Deixei uma nota no meu blog falando rapidamente sobre as boas impressões que tive deste site. Sucesso e saudações de uma leitora de contos, uma leitora apenas e que escreve de vez em quando. Eis o link: http://bluemaedel.blogspot.de/2014/03/para-quem-gosta-de-contos-e-desafios.html
Gosto de uma narrativa, que fale com o leitor, esse estilo, o autor consegue trazer junto com ele o leitor, o que é um um merecido ponto. Se o autor ou autora leu o romance Tom Jones, de Henry Fielding é um bom exemplo de narrativa que dialoga com o leitor. A personagem Regina se mostra muito desequilibrada, fora da razão, só pensando em tirar de circulação a inimiga do seu caminho. No sou lá fã de duendes, mas gostei da viagem, escrita aqui, um tanto forçada, apesar de não ter gostado do final. eu fico entre um lado positivo e negativo do conto.
Abraço!
Uma narrativa espetacular, bem humorada, com uma pegada íntima de tudo que acontece, como bem explicado na metade do texto. Eu amei o início, embarquei numa viagem de adjetivos muito engraçados, mas acabei me arrastando em alguns momentos. Acho que é coisa minha mesmo. Porém, colocando na balança, seu conto tá bem no desafio, sobretudo pela singularidade que apresenta.
Parabéns e boa sorte.
Muito bom! Embora eu, particularmente, esteja achando muito comum já o narrador conversar com o leitor, sei lá, tá repetitivo isso.. rsrsrs
Mas foi tudo muito bem desenvolvido do início ao fim.
Porém alguma coisa na história não me conquistou e nem sei o que é!
bem, se eu descobrir, volto pra contar!
Abração
Fiz uma leitura não muito atenta deste conto no meu horário de almoço e o achei muito irregular: no começo muito bom, depois o meio um tanto “emperrado”, cansativo, e por isso acredito que a última terça parte, naquele momento, não tenha me cativado. Bem, agora eu li, mais tranquila, e o conto me cativou mais. A ponto de me fazer achar muito divertida justamente essa parte final, muito surreal, o autor está de parabéns. Embora eu ainda ache que esse meio tá meio… Emperrado, rs… Mas a ideia, não dá pra negar, foi ótima, e além disso, as personagens estão uma delícia, rs. Parabéns! E… “Adeus. É, é o fim.” hahahah
Ah, só registrando: falei das personagens, mas o narrador também está uma “delícia de bom”, rs.
Gostei bastante do texto, pois a soma dos pontos positivos foi bem superior a dos negativos.
Notei logo de inicio o narrador diferenciado, na 1a pessoa do plural, e que é quase uma personagem: engraçado e sarcástico. A quebra da quarta parede foi feita de forma natural e a analogia com o teatro soou até como homenagem. A Regina foi tbm bem desenhada, é principalmente “destrambelhada”, na falta de descrição melhor, não chega a ser uma vilã, por exemplo. Por fim, a avó e os capetinhas são tbm carismáticos, esses últimos me deram um pouco de nojo.
Já o elenco masculino fica a dever: Kai é só um peão, que nem falas tem, parece um canastrão de novelas da Globo, que passaria o tempo todo descamisado. Lukas talvez não devesse sequer ter nome.
Algumas construções de frases resultaram divertidas e me garantiram algumas risadas: “paparazzo-detetivescas”, “ninho de esquilos epiléticos”, “demoraríamos um romance russo”, “regabofe momesco”… Deram um tom de ópera bufa.
Assim como o Fábio notei a repetição de “sem medir consequências”, algumas rimas e cacofonias que poderiam ser lapidadas.
O final não me desagradou, pois feito comentaram antes, houve um caminhar do terreno do real ao do impossível: cada tarefa maior que a anterior e os monstrinhos – que lembraram os Gremlins – ficavam cada vez mais fora de controle.
Então, foi um bom conto, embora nada tão extraordinário feito alguns colegas comentaram anteriormente.
Que escrita magnífica!
Alguns chifres (ou seriam só carrapatos esquisitos?) que achei na cabeça dos cavalos:
>>> do tipo que faria até vossa avó se abanar com calores redescobertos pós-menopáusicos
Algo nessa frase me soou estranho.
>>> “sem medir consequências”
Está duplicado em um dos parágrafos. Pareceu mais desatenção que tentativa proposital de reforço da ideia.
>>> ela tinha
Como disse em outro texto aqui do desafio, essa cacofonia sempre me incomoda.
>>> Seria sangue?
As fadas (ao menos as vi dessa forma) que narravam a história deveriam saber, não?
Quanto ao mais importante… plagiando aqueles comentários genéricos postados em blogs e sites de resenha (com a sutil diferença de realmente ter lido o texto) – Me prendeu do começo ao fim! Não consegui parar de ler e a história passou na minha cabeça como se fosse um filme!
O começo, a parte das descrições das roupas e tal, é bem divertido (a pronuncia do nome da família foi genial) e conquista o leitor, fazendo com que qualquer coisa que venha depois seja aceita com um sorriso no rosto.
Não que o desenrolar seja ruim! Mas chega uma hora em que as figuras de linguagem, que aparecem no texto como abelhas abandonando uma colmeia cutucada por uma criança travessa, fazem parecer que o autor está, involuntariamente, rasgando dinheiro na frente de pobre! kkkkkkkk
Do ponto de vista de (aspirante a) escritor, isso é um grande elogio! Mas aos olhos de leitor, acredito que algumas coisas poderiam ser enxugadas, sem que a trama perdesse seu brilho. Talvez, arrisco dizer, o diamante lapidado brilharia até um pouco mais.
Não posso dizer que gostei do desfecho da história. Estava tão arrebatado pela escrita que elevei demais minhas expectativas, imaginei que seria surpreendido por uma resolução que encerraria com chave de ouro um conto muito acima da média. Mas tudo acabou descambando para algo “surreal” (nunca sei se emprego esse termo da maneira correta, mas enfim) demais, até um pouco infantil, destoando do restante.
Sei que é uma linha muito tênue, tipo… mil duendes derrubando um prédio é algo “aceitável”. Trilhões de duendes destruindo a Lua, não é (aqui entra o “surreal demais”). Pelo menos na minha cabeça funcionou assim.
Mas, como disse antes… depois dos dois primeiros parágrafos, qualquer coisa que viesse seria recebida com um sorriso no rosto.
E foi!
Abraço.
O ponto relevante do conto não é o enredo, nem todo o instrumental posto em prática para executá-lo, e sim parte dele: o narrador.Não diria que chega a ser machadiniano, mas as breves “interrupções” da narrativa de primeiro plano para “conversar” com o leitor é um recurso bem interessante e que, para lograr êxito (como é o caso aqui), exige técnica.
Afora esse elemento, não há um grande trabalho com a linguagem. A narrativa é linear, ancorada provavelmente nalguma tradição europeia. Parece-me que um mérito da construção narrativa que deve ser ressaltado é o fato de o texto iniciar-se obedecendo protocolos realistas e, paulatinamente, caminhar fugindo dessa trilha, até chegar à cena da lua.
Os contos mais antigos e os que advém da tradição oral possuíam e possuem uma característica: a lição de moral.Este texto apresenta algo que pode ser equiparado a isso: a vingança pessoal causando a morte de inocentes e até do mundo inteiro. Está bem estetizada, mas ainda é uma lição de moral.
Gostei muito da narrativa, do ritmo, do emprego das palavras certas e até da ambientação alemã. Fui conferir se ainda tinha a colônia 4711. Só me falta o chocolate suíço para entrar no clima da mocinha-vilã.
O diálogo com o leitor é bastante instigante e faz com que se identifique logo com a história. Imaginei que os pequenos seres trariam o caos à trama, mas esperava um final diferente. Das Ende não me fisgou porque minha expectativa ficou muito exigente devido ao maravilhoso começo e desenvolvimento do conto.
Enfim, sem tarô, prevejo que alcançará um dos primeiros lugares. Boa sorte. Não, deixa a sorte para os outros. Vamos precisar..rs.
Essa mocinha vilã me lembra muito uma Bridget Jones dark side, rs.
Adorei o conto! A narrativa rápida, o estilo e a criatividade do autor em tratar o tema, o colocam entre os melhores que li até agora. Parabéns pelo ótimo texto!
Lembrei dessa lenda, das minhas aulas de alemão, legal. Adorei a adaptação, ficou tétrica. O início ficou um tiquinho longo, mas tão bem escrito que foi fácil seguir em frente e se deliciar. Parabéns para o autor pela provável vitória!
Olha não sei o que comentar. O texto é bárbaro, fantástico. De não muito legal apenas o uso de nomes alemães que sinceramente são complicados para ler. Fora isso está sensacional. Parabéns.
Achei bacana o conto. De cara lembrei dos Gremlins, pelo fato de bichinhos aparentemente inofensivos fugirem ao controle de uma mente ensandecida.
Em linhas gerais, a mim pareceu que o autor aproveitou uma dessas lendas folclóricas, adaptando-a para o tema do desafio. Não que tire o mérito da escrita. Ao contrário, o texto é gramaticalmente impecável e a adaptação a que me refiro, se é que realmente existe, ficou muito boa.
Gostei da maneira irônica empregada pelo narrador no decorrer da história e também do estilo machadiano de conversar com o leitor.
O único senão é que achei o final um tanto abrupto. De certa forma eu já esperava que os leprechauns saíssem de controle – assim, ou o mundo acabaria, ou Regina encontraria um meio de enganá-los. Levá-los à lua e fazer com que tudo terminasse com uma chuva de meteoros, assim, de repente, ficou um pouco aquém do resto do texto.
De todo modo, o resultado é positivo. Acima da média, diria. Parabéns ao autor.
Eu gostei muito. Sério. Um conto muito bacana. Esse lance dos duendezinhos daria um conto de terror bonzão também, com muito gore. A escrita é excelente e a história ficou boa. No mais; pancadaria. Parabéns para o autor. 😉
Que conto, cara!
Confesso que no começo, fiquei um pouco cansado com todos aqueles termos e a narração minuciosa. Mas me permiti continuar, e não me arrependi!
O autor soube nos conduzir por cada linha, sem perder a qualidade durante o trajeto. Escrita primorosa, a personagem bem odiável, e os “leprechauns” bem simpáticos (ou não). haha
Enfim, um baita conto, muito bem escrito, e não é de se esperar menos desse autor.
Digo isso, porque creio saber quem é o autor.. hahaha
Parabéns pelo ótimo texto e boa sorte!
SENSACIONAL. Esse escritor acaba de destruir as possibilidades de outro conto alcançar o primeiro lugar. Digo isso por que, além de nos presentear com uma narração rápida, com estilo primoroso, ideia mais do que criativa, cenário e personagens praticamente esculpidos na nossa cara, ainda tripudiou com classe absoluta por cima das outras histórias que já li aqui, muito bom. Hahahahaha. Não tenho mais o que dizer, só parabenizar o autor pela pérola e me recuperar para uma nova leitura. Perfeito.