EntreContos

Detox Literário.

Destinatário: Eu ou Meus Descendentes (Leandro Vargas)

Eu tinha 18 anos, havia acabado de romper com minha primeira namorada de ‘verdade’ (anteriormente eu só havia tido relações rápidas e sem compromisso ) e estava sentado em minha cama me sentindo um idiota.

Tristeza e frustração. Isso pode fazer a gente cometer uma série de atitudes estranhas.

A minha atitude no entanto foi bem…bizarra.

Decidi escrever em um pedaço de papel um bilhete para mim mesmo e para meus futuros descendentes .

Eu estava incomodado por ser um babaca que não tinha grandes habilidades em nenhuma área da vida. Tudo que eu sabia fazer era ler quadrinhos e assistir filmes. Que otário.

Lembro as palavras exatas do meu bilhete:

-Para mim mesmo e meus descendentes: Esta é uma missão importante. Á partir de agora guardarei em um diário todas as informações da minha vida, assim como as mudanças importantes que o mundo passará , tanto na área social quanto na econômica. Essas informações devem ser sempre coletadas e guardadas até o dia em que for possível viajar no tempo. Quando essa viagem for possível, eu (ou meu descendente) deve pegar todas essas informações e entrega-las no seguinte endereço (escrevi o endereço da casa onde morava), no dia 24/05/2013 (era o dia em que eu escrevia o bilhete), exatamente ás 22h:00 (faltava uns 10 min. Para ás 22h).

Esse bilhete deve ser guardado pra sempre!

Terminei de escrever o bilhete, guardei na minha carteira e olhei as horas. Faltavam8 minutos para as 22h.

Eu não me senti mais idiota por aquilo, afinal haviam tantos motivos a mais para eu me considerar como tal.

Eram 22h:00.

Nada aconteceu.

Resolvi sair para comprar um lanche no trailer na esquina de minha casa.

Geralmente quando estou deprimido não tenho fome, mas eu queria mesmo era um motivo para sair e respirar.

Na porta da rua dou de cara com uma garota!

Ela estava prestes a tocar a campainha e se assustou quando abri a porta repentinamente.

-Oi –Disse ela meio sem jeito – Eu poderia falar com o Fernando?

-Sou eu –respondi automaticamente. Os olhos dela brilharam. Mais rápido do que eu pude ver ela já estava me abraçando.

-Eu não acredito! Nossa isso é tão legal! Tão legal!

-Desculpa, mas eu te conheço?- Longe de mim não gostar de uma garota bonita me abraçando do nada, mas eu deveria saber do que se tratava, no mínimo. Eu acho.

Ela abriu ainda mais aquele sorriso e puxou algo do bolso de sua calça.

-Olha aqui ! –Ela me apresentou uma espécie de cartão plastificado. Peguei para ver melhor e era exatamente o bilhete que eu acabava de escrever em meu quarto.

-Eu sou a Bel, tenho 17 anos e sou sua neta!

Ela não parava de sorrir. Eu só queria não desmaiar.

Mas desmaiei.

Quando acordei eu estava deitado em minha cama. Minha cabeça doía um pouco.

-Oi vô! Desculpa não ter te segurado a tempo! Quando vi o senhor já estava despencando.

Dei um pulo na cama e vi a minha…’neta’ com um olhar preocupado, sentada em uma cadeira ao meu lado.

-Isso é real? Não é um sonho? Uma brincadeira?- Perguntei

-Claro que não vô! O senhor viu o bilhete né. Ah e olha aqui!!

Ela ergueu a bainha da calça e me mostrou sua canela esquerda.

-Viu, eu também tenho uma mancha de nascimento muito parecida com a que o senhor tem na canela!

Realmente, a mancha na canela dela era muito similar a minha.

-E não é tudo!-Ela falou enquanto tirava algo de sua mochila.

-Toma aqui ! Ela me deu uma espécie de par de óculos esquisito, onde pude ver acoplado um pequeno fone de ouvido e um microfone.

-É só o senhor colocar e falar uma data á partir do dia de hoje. Vai experimenta.

Eu não me preocupei mais com a logica (ou ilógica ) da situação, apenas…fui na onda.

-Ok, dia 24/01/2015 ! No mesmo instante que pronunciei a data comecei a ver imagens aparentemente relacionadas com o dia que falei ,assim como comecei escutar uma narração: Dia 25/01/2015, nada muito especial, porém seria interessante você não dirigir pela avenida principal hoje, o transito está um caos. Droga!

Tirei os óculos eufórico.

-Nossa!!! Um diário virtual?

-É mais ou menos isso! –Disse Bel- Quando tiver tempo pergunte ao ‘diário virtual’ sobre as loterias!! Tenho certeza que o senhor vai adorar! –Ela sorriu mais uma vez e se levantou da cadeira.

-Bom, eu tenho que ir. Fique com o PD-Eyes (aparentemente esse era o nome dos óculos que ela me deu), aqui o manual de instrução e boa sorte vô !

-Espera aí! Você já vai? Eu tenho tanta coisa pra perguntar e…

-É que meu tempo aqui esta acabando. Sabe, essa coisa de viajar no tempo é mais cara que o serviço de internet aqui na sua época. Só pude conseguir alguns minutos. Mas não se preocupe, tudo vai dar certo.

Ela acenou para mim e simplesmente desmaterializou-se na minha frente.

Loucura?

Eu finalmente havia surtado?

Não importava.

Eu devorei o manual de instruções e usei o PD-Eyes.

O resto é história.

Eu sabia o resultado de todas as loterias dos próximos 20, 30 anos.

Sabia resultado de jogos, quem seria eleito, onde ocorreriam as maiores catástrofes , onde não estar e onde estar para ter uma vida de sucesso.

Eu conquistei tudo.

Hoje eu sou uma das pessoas mais ricas e influentes do mundo.

Casei com uma super modelo, tenho três filhos e minha filha mais velha esta esperando um bebê. Uma garotinha.

Eu construí meu caminho, meu futuro.

Eu não preciso de mais nada nessa vida.

E estou completamente infeliz.

Saber o futuro não me ajudou a ser melhor, apenas a ter mais coisas.

Essas coisas que obtive, não obtive com esforço nem com grande desejo. Apenas foi fácil obtê-las.

A mulher com que me casei realmente não me ama, mas ama o que posso comprar para ela e o que meu nome agora significa no mundo.

Durante o tempo em que estive de posse do PD-Eyes experimentei a sensação do poder e fiz coisas que atualmente não me orgulho e que não me deixam dormir.

Enganei pessoas, tomei o que não me pertencia, destruí algumas vidas.

Não me tornei um herói como aqueles a quem eu admirava nas histórias em quadrinhos que eu tanto lia. Me tornei um vilão.

Não quero mais ser um vilão.

Porém acredito que a única maneira de eu ter alguma redenção, é ser o vilão uma última vez.

Hoje farei minha última viagem no tempo.

Graças aos conhecimentos que obtive com o PD-Eyes atualmente eu sou o dono da empresa que comercializa as viagens no espaço tempo. Ninguém viaja no tempo sem o suporto da minha empresa.

Minha missão: Voltar no ano em que nasceu o homem que desenvolveu toda a tecnologia para viajar no tempo e leva-lo comigo até o ano em que eu escrevi o bilhete para mim mesmo.

Quando reunir o cientista e minha versão jovem…irei matar a ambos!

De uma vez acabarei com os estragos que causei em minha vida e atrasarei por mais longos anos a viagem no tempo.

Existem coisas nessa vida que não nos dizem respeito.

Não precisamos estar sempre no controle de tudo .

A vida não tem que ser perfeita, ela simplesmente tem que ser vivida, a cada dia, como se fosse o último.

Com todas as suas surpresas.

38 comentários em “Destinatário: Eu ou Meus Descendentes (Leandro Vargas)

  1. fcoglaucobastos
    29 de outubro de 2013
    Avatar de fcoglaucobastos

    O texto de início envolve, mas o final é mais uma explicação do que um desfecho. O autor pode transformá-lo num excelente conto com algumas modificações.

  2. charlesdias
    29 de outubro de 2013
    Avatar de Charles Dias

    Apesar do final pouco convincente, gostei muito do conto. Divertido, sem firulas, muito criativo. Gostei mesmo.

  3. patriciario
    27 de outubro de 2013
    Avatar de patriciario

    Ouw, super interessante!!!!
    Vou ser sincera, o conto me ganho no primeiro parágrafo e foi muito bem até a neta do Fernando ir embora. Depois perdeu todo o brilho e senti que faltava algo mais imediato, mas ainda assim é muito bom e daria algo muito maior.
    Parabéns

  4. fernandoabreude88
    24 de outubro de 2013
    Avatar de fernandoabreude88

    Esse conto é uma semente para algo maior, daria uma grande história, um romance, até. Não sei se foi afobamento do autor, ou coisa que valha, mas falta um maior desenvolvimento. No entanto, há elementos bacanas no texto.

    • L.
      30 de outubro de 2013
      Avatar de L.

      A minha idéia era terminar rapidinho pra enviar. Se não eu dormia. kkkk Valeu o comentário amigo! Abraçao

  5. Juliano Gadêlha
    22 de outubro de 2013
    Avatar de Juliano Gadêlha

    A premissa é boa, por mais que não seja nova. O início do texto é promissor, mas peca na execução. No final, por exemplo, eu preferiria ver o plano do personagem ser executado do que apenas saber o que ele planejava fazer. Creio que teria um efeito melhor na história. No mais, procure revisar bem o texto, aprimorar a pontuação e a acentuação. Abraço!

  6. Andrey Coutinho
    21 de outubro de 2013
    Avatar de Andrey Coutinho

    A ideia é interessante e abre um bom leque de possibilidades. Não se importe muito com os comentários de que “já foi feito antes” e “não é original”… Cada autor tem uma experiência de vida e leitura diferente. Com isso, vem a possibilidade de desenvolver as histórias de maneira singular, por mais familiares que sejam… Só você é capaz de contar sua história do jeito que você imagina.

    Ao invés de tratar esses escritos como mero conto, se você realmente gostar dessa história, seria uma boa transformá-lo em uma narrativa mais longa, como um romance, por exemplo. É uma história muito comprida para contar em apenas um conto, principalmente a partir do momento em que o personagem consegue os óculos. Utilize o que você escreveu como um esboço e desenvolva as cenas. Como foi a primeira vez que ele se aproveitou do PD-Eyes? O que ele sentiu ao fazer aquilo? Onde ele estava? Quem estava com ele? Qual foi a reação das pessoas? Se você for explorando e desenvolvendo essas cenas, pode transformar esse conto numa história longa e intrigante.

    Abraços e continue o bom trabalho!

  7. José Geraldo Gouvêa
    20 de outubro de 2013
    Avatar de José Geraldo Gouvêa

    Esqueci de mencionar que o autor não pode alegar “falta de espaço”, pois o texto usa bem menos da metade da quantidade de palavras que poderia usar.

  8. José Geraldo Gouvêa
    20 de outubro de 2013
    Avatar de José Geraldo Gouvêa

    Este texto se divide em duas partes. A primeira, bastante boa, vai até o momento em que o narrador se apossa do Google Glass, digo, do “PD-Eyes”. Serve como boa introdução para o conto. A segunda parte, onde realmente deveria haver algo acontecendo, é apenas um relato burocrático que pula rapidamente para o fim do texto. Mas de fato não existe conflito nesse texto. ele acaba sem que surja algo que realmente desafie o narrador.

  9. Elton Menezes
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Elton Menezes

    Sobre a história… Bem interessante a idéia de colocar um narrador personagem em conflito pessoal. Antes um conflito psicológico, e ao final um conflito de culpa. A evolução do personagem é bem legal. Por outro lado, o tema foi tratado de duas formas. Primeiro, existe a viagem temporal relativa, por meio das lembranças dos óculos. Depois, existe a viagem absoluta, com a neta e a máquina ao final. Acho que a história teria mais força se a neta não existisse, e a viagem temporal fosse simplesmente por meio do óculos. Daria força ao texto e evitaria o clichê da viagem absoluta.
    Sobre a técnica… O conto está bem escrito, mas merece muita revisão para ficar mais enxuto. Além disso, existem alguns cacoetes que valem ser mudados. Por exemplo, colocar narração entre parêntese explicativa no meio de um diálogo é muito sofrível. Colocar vários parágrafos feitos de períodos isolados também não fica legal, a menos que seja algo muito intencional – o que não foi.
    Sobre o título… Razoável. Não entrega muito, mas também não tem nada de tão incrível, metafórico ou surpreendente.

  10. Sérgio Ferrari
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Sérgio Ferrari

    Caramba, o autor de desmerece mesmo rsrs.
    Na boa, melhor seria começar o conto aqui e apagar tudo o antes:

    “Decidi escrever em um pedaço de papel um bilhete para mim mesmo e para meus futuros descendentes .

    Eu estava incomodado por ser um babaca.”

    E ai, durante a leitura eu torci pra menina que ele encontra “sacar do bolso” uma faca e enfiar no narrador. Fim. Ai estaria de bom tamanho! 😉

    • L.
      30 de outubro de 2013
      Avatar de L.

      Sorry Sergio, ainda estou vivo! rsrsrsr

      Tive a idéia e escrevi o texto em menos de 10 minutos, por isso a afobação ^^

      E pq a correria? Pq eu quis 🙂 rsrs

      Valeu seu comentario amigo. Abraçao

  11. Claudia Roberta Angst (C.R.Angst)
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Claudia Roberta Angst (C.R.Angst)

    Começou muito bem, mas acabou tropeçando no ritmo acelerado. Foi difícil focar a leitura, não consegui me envolver muito. Seria aconselhável mais paciência para desenrolar a narrativa.

  12. Isabella Beatriz Fernandes Rocha
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Isabella Beatriz Fernandes Rocha

    Adorei o começo!
    Super intrigante e tudo o mais. Uma dica – se é que me permite – Acho que era bacana você explicar menos o que está acontecendo e deixar rolar (Como quando a neta diz que ele pode ficar com os óculos. Não precisa explicar que os PD-Eyes são os óculos).
    Concordo com os outros, o fim ficou apressado. Achei bastante trágico porque, afinal, esse cara tinha que ser MUITO azarado para isso acontecer.
    Acho que teria sido legal se você tivesse concentrado tudo o que ele aprendeu em um parágrafo e deixado no ar o que ele ia fazer.
    Mas parabéns, muito massa a sua ideia! Acho que vou fazer isso!

  13. Marcellus
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Marcellus

    A premissa é muito boa, o início do conto é empolgante. Mas a pressa destruiu o enredo. Isso talvez tenha acontecido pelo próprio mecanismo do “desafio”: escrever num curto período de tempo, o que foi levado ao extremo pelo autor.

    Se melhor trabalhado, pode gerar uma ótima história!

  14. dibenedetto
    15 de outubro de 2013
    Avatar de dibenedetto

    Concordo com alguns comentários: começou até bem, mas da metade pro final acelerou e faltou mais ~capricho~ com a narração. 1a pessoa é capcioso mesmo, e difícil de usar, na minha opinião, porque fica muito mais tentador a gente simplesmente contar o que acontece, ao invés de mostrar para o leitor através do que é descrito no texto. (O famoso “show don’t tell”)

    Sei que é difícil mostrar uma ideia complexa de maneira sucinta (o narrador ter virado um escroto ao longo da vida, por exemplo), mas contar dessa maneira não tem muito impacto.

    Mais calma na hora de planejar (e de revisar) o texto é uma boa dica, sim.

  15. Bianca
    14 de outubro de 2013
    Avatar de Bianca

    Gostei da ideia, e principalmente do final ‘tenho tudo, mas não sou feliz’. Entendo o quanto é difícil condensar uma ideia grande em um conto, e por isso concordo que faltou uma polidinha, e que tem muito potencial em se transformar numa história maior!
    Parabens!

  16. Jefferson Lemos
    11 de outubro de 2013
    Avatar de Jefferson Lemos

    O conto poderia ter sido muito melhor, e tinha muito conteúdo para isso, porém o autor acabou acelerando demais os fatos e ficou muito corrido. Não teve a emoção da conquista de tudo que ele conseguiu, o momento em que aquilo começo a “destruir” a sua vida, e o momento em que ele se arrependeu do que tinha feito. Ficou tudo resumido e acabou não passando emoção alguma durante a leitura. Não que esteja ruim, mas aconselho você a continuar com a história. Pegue-a e tente dividir mais as partes, assim você vai conseguir passar a mensagem de uma forma clara e transmitir a emoção de ler o texto.

  17. Rodrigues Araujo
    11 de outubro de 2013
    Avatar de Rodrigues Araujo

    Conto muito breve e acelerado. O escritor apresenta uma infinidade de elementos que, melhor desenvolvidos, resultariam em uma trama futurista incrível do tipo “De volta para o…”. Gostei do nome dos óculos, da neta, mas não gostei do final, quando o cara se arrepende de usar as viagens no tempo para seu benefício.

  18. Arnold Arg
    9 de outubro de 2013
    Avatar de Arnold Arg

    Pontos positivos: Com as ideias apresentadas pode se criar um texto inacreditável de bom.
    Negativos: Faltou mais emoção e frases que mexessem mais com a imaginação e que por sua vez daria mais emoção ao espectador.

  19. Gilnei
    8 de outubro de 2013
    Avatar de Gilnei

    A ideia inicial me deixou à espera de uma sequência de fatos que não aconteceu. Tudo ia mito bem até aparecer a garota com o “aparelho”. Na realidade o bilhete perdeu o sentido no tempo e no espaço.

  20. Frank
    8 de outubro de 2013
    Avatar de Frank

    Gostei muito da ideia, mas também confesso o desenvolvimento deixou a desejar. Também fiquei com a sensação de estar revendo De volta para o futuro. Acho que valeria à pena explorar a ideia de novas formas! Abc.

  21. Gustavo Araujo
    8 de outubro de 2013
    Avatar de Gustavo Araujo

    Um conto que tinha tudo para ser excelente. O início é promissor: o cara escreve uma carta para si mesmo (ou seus parentes). Confesso que fui fisgado na mesma hora, criando uma expectativa bastante positivo pelo que se seguira. Porém, a partir do momento em que a menina chega, o enredo entorna e cai num clichê de doer. Loteria? Riqueza? Ficou muito “De Volta para O Futuro 2” – fraco igual, inverossímil (mesmo dentro da lógica de viagem tempo), decepcionante. Já que a ciência de voltar no tempo passou a ser corrente no futuro, por que só alguém da família dele teve acesso aos resultados das loterias e voltou para contar? Enfim, a maior qualidade do conto é também a responsável pela sensação de desconforto ao final. Espera-se tanto depois das primeiras linhas que simplesmente dá vontade de desligar tudo quando se percebe o rumo que a história tomou. Fruto, talvez, de uma vontade irrefreável do autor em dar vazão a uma ideia evidentemente boa. Se tivesse mais paciência talvez conseguisse pensar em algo mais interessante.

  22. Inês Montenegro
    5 de outubro de 2013
    Avatar de Inês Montenegro

    A ideia não é original e a prossecução é pobre. Há um abuso do tell, pouco show, pressa em apresentar o enredo, as personagens não se encontram desenvolvidas, falhas na pontuação e os twists e questões interessantes a serem abordados não são explorados.

  23. Thata Pereira
    5 de outubro de 2013
    Avatar de Thata Pereira

    Uma história bonita, com um efeito bonito no final, mas que precisa ser cuidada com mais carinho. Precisamos conhecer melhor os personagens: com seus sentimentos, entendendo onde vivem, por suas falas e expressões, para nos sentir envolvidos. Boa Sorte!!

  24. Ricardo
    5 de outubro de 2013
    Avatar de Ricardo

    Olha… Este conto ganhou minha simpatia já nas primeiras linhas. E a mesma foi crescendo no decorrer da leitura. Ideia bem criativa e praticamente nos faz um convite a viajar. Aliás, este conto é exatamente isso: um convite! Convida-nos para uma festa maravilhosa; regada, cheia de gente interessante, papo-cabeça, alto nível!
    E, no final, ficamos exatamente com aquele desejo inquietante de que chegue logo este tão esperado dia!
    Querido autor, agradeço o convite! E não vejo a hora dessa festa começar! E, talvez, esta seja exatamente a grande surpresa da história!
    🙂

  25. Sandra
    4 de outubro de 2013
    Avatar de Sandra

    Você apresentou uma semente boa… Revolveu com um bocadim de filosofia ao final; mas se esqueceu a semente praticamente do lado de fora da terra. Parece que teve pressa de contar a história: ficamos sem a descrição de uma ambiente – pequeno que fosse -, um narrador frio, e todas as coisas se passando aos olhos como se estivéssemos na janela de um trem (acabei de fazer isso no desafio de setembro :p )…
    Bote a semente dentro da terra e tenha paciência de fazê-la crescer.
    Boa sorte!

  26. Pedro Luna
    4 de outubro de 2013
    Avatar de Pedro Luna

    ”Eu estava incomodado por ser um babaca que não tinha grandes habilidades em nenhuma área da vida. Tudo que eu sabia fazer era ler quadrinhos e assistir filmes. Que otário.”
    HAHAHAHA..:)

    Pô..achei o começo bonzão, mas tá na cara que terminou rápido demais. Uma espécie de lição de moral que não combinou nem um pouco com o resto do texto.

  27. L.
    3 de outubro de 2013
    Avatar de L.

    Curti muito os comentarios e as críticas pessoal. De coração, muito obrigado 🙂

    Eu nunca havia escrito nada relacionado ao tema e nem enviado para leitura.

    Li´sobre o desafio , pensei na idéia e escrevi tudo em menos de 10 minutos.

    Foi literalmente correndo rsrs.

    Fico feliz em saber que posso fazer algo que realmente interesse ao público se eu me dedicar com tempo e vontade 🙂

  28. Diogo Bernadelli
    2 de outubro de 2013
    Avatar de Diogo Bernadelli

    Cara… tinha tanta coisa próspera aí dentro do seu balaio: mas do jeito que você as trouxe, terminaram por se transformar em confete.

    • Elton Menezes
      20 de outubro de 2013
      Avatar de Elton Menezes

      hahhahahah saudades de diogo!

  29. rubemcabral
    2 de outubro de 2013
    Avatar de rubemcabral

    Boa ideia para um conto com ramificações temporais e paradoxos interessantes, mas a execução deixou a desejar; seja pela revisão necessária, seja pela narração sem cor. Tente numa próxima vez organizar mais suas ideias, revisar o texto com carinho, ler em voz alta, pedir que alguém leia e critique sem medo. Escrever às vezes se resume em reescrever muitas vezes.

  30. Martha Angelo
    2 de outubro de 2013
    Avatar de Martha Angelo

    Pois é, amigo escritor/a, acho que foste um pouco afobado mesmo, porque o texto apresenta muitas possibilidades interessantes, muitos conflitos que poderiam ser melhor explorados, mas da forma como está, ficou muito superficial e generalista. É um material com um bom potencial, só precisa ser melhor desenvolvido.

  31. mportonet
    2 de outubro de 2013
    Avatar de mportonet

    Achei o inicio promissor e terminei de ler com o mesmo sentimento. Concordo com a Bia Machado, você poderia ter esperado um pouco mais.

    A transformação do protagonista daria um conto memorável (breaking bad?), a exploração do paradoxo contido na narrativa tem conflito de sobra, imagine o sentimento dele em saber que pode acabar com a existência dos filhos, principalmente o da neta, caso execute a sua missão.

    Muitos conflitos bacanas para desenvolver. Pena que você correu demais.

    Vale se debruçar novamente e desenvolver melhor a história. Assunto é que não falta.

  32. selma
    2 de outubro de 2013
    Avatar de selma

    a ideia em si é boa, mas o texto não envolve. acho que existe grande potencial para ser desenvolvido.

  33. Bia Machado
    2 de outubro de 2013
    Avatar de Bia Machado

    Pôxa, acho que você poderia ter esperado um pouquinho e feito uma boa de uma revisão no conto, antes de postar. Além disso, achei o enredo um tanto sem graça, você contou a história de uma forma que não me envolveu, e aquela parte final, que eu nem sei dizer onde começa, tão corrida, com aquelas ideias que pareciam que você estava falando consigo mesmo, arquitetando as coisas e sem pensar em quem iria ler o que estava ali, o narrador não me criou nem um pouco de empatia… Espero que tenha ânimo necessário para elaborar o texto com mais paciência, assim da forma como está parece que você escreveu de qualquer jeito… Tente ter mais calma e organizar melhor seu texto! 😉

    • L.
      30 de outubro de 2013
      Avatar de L.

      Oi Bia, obrigado pelo seu comentário 🙂

      Escrevi o texto correndo pois do contrário eu perderia o interesse e acabaria não escrevendo nada. Mas foi uma experiencia bacana, eu nunca havia escrito nada do tipo.

      Abraçao

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Publicado às 2 de outubro de 2013 por em Viagem no Tempo e marcado .