EntreContos

Detox Literário.

[EM] Foi Panc (Marcia Dias)

     O jardim da casa azul  foi construído por uma mulher que dependia de tarja preta para dormir e muita cafeína para acordar. Uma vez, ela recebeu uma muda de suculenta dentro de um copo descartável de cafezinho – foi uma lembrancinha de um aniversário obrigatório. Sem saber por quê, a mulher fincou aquele projeto de planta num vaso, sem esperanças de novidades em sua vida, mas para a sua surpresa, a bichinha vingou. Não demorou muito para a mulher levar para casa uma outra planta, meio roxa, meio verde, meio vinho, com desenhos hipnóticos nas folhas. Depois disso, quase num piscar de olhos nasceram o Jardim da Casa Azul e uma nova mulher, a mulher do jardim. 

     Acostumada a acordar e viver sua vida de planta como qualquer outra, a Planta Fantasma (Graptopetalum Paraguayense) era muito tímida, sensível, simples e reclusa. Gostava muito de ficar em casa e cuidar dos filhos e das atividades domésticas. Garantir a fotossíntese estritamente necessária era o suficiente para uma vida plena, assim pensava a plantinha de estatura baixa, que chegou ao jardim no tal copo descartável de cafezinho. A verdinha desenvolveu a grande habilidade de equilibrar suas folhas robustas, pesadas e esbranquiçadas, em formato de flor, sobre seus 15 cm de altura de caule fino, o que às vezes lhe era um problema.

    – Bom dia, Dona Fantasma! O que a senhora vai levar hoje? Temos umas folhas secas que acabaram de chegar. É a última moda. Vão ficar lindas na terra da senhora!

     – Ah obrigada, Orelha de Mickey (Cacto Opuntia Microdasys), mas hoje eu preciso de um palito de churrasco bem resistente. As minhas folhas estão cada vez mais pesadas e minha coluna está muito dolorida.

     – Eu tenho esses palitos aqui, bem robustos e práticos de usar. A senhora amarra o seu caule nele e em uma semana a senhora vai ficar boazinha e com a coluna bem ereta.

     – Obrigada, Orelha de Mickey, tenha um bom dia!

     – Bom dia, querida!

     Tão diferente da Planta Fantasma quanto possível era a vistosa Coléu (Coleus Scutellarioide), a tal planta meio roxa, meio verde, meio vinho, com folhas hipnóticas, a segunda a chegar no jardim. Planta alta, sensual, despachada, sociável, perene, muito experiente, sua família veio do sudeste asiático. Todos a ouviam com muito respeito, afinal não era comum naquele jardim uma planta “pau para toda obra”. Ela se adaptava muito bem na sombra ou sol pleno. E por incrível que pareça, era a melhor amiga da baixinha e tímida Planta Fantasma – uma verdadeira aula de pluralidade para o mundo humano que olha desconfiado o vizinho, se o camarada tiver uma pele mais esverdeada que a dele.

     As duas se divertiam muito quando eram adolescentes e aprontavam nas aulas chatas de inglês da professora Samamba (Nephrolepis Exaltata, vulgo Samambaia-americana). Uma vez foram suspensas da escola quando trocaram o adubo de húmus de minhoca da metida da roseira por um composto de farinha de osso. As gatas da mulher do jardim enlouqueceram com o novo cheiro da terra da moça e cavucaram todo o seu vaso, deixando a roseira nuazinha na frente de todos!

     A vida no Jardim do Terraço era harmônica. Era uma terra de invejar até a república de Platão! Tratamentos diferenciados para os diferentes, esse era o lema, ou seja, não havia uma receita de bolo para lidar com os viventes verdes e vermelhos ou amarelos e marrons, de baixa ou alta estatura. Decerto era às vezes difícil saber como agir em meio a tanta diversidade, mas cada uma se mostrava pronta ao diálogo à sua maneira. Um dia, a bela e frágil Planta Fantasma teve que falar grosso com a vaidosa e exuberante Hibisco, que insistia que a amiga estava muito pálida, que precisava ir ao hospital. Havia um pó fosco e intenso que deixava a suculenta quase transparente. Demorou para a bronzeada hibisco entender que era a natureza da amiga ser tão translúcida. Afinal, seu nome não era Planta Fantasma por acaso.

     Outra vez foi a confusão gerada por um mal entendido, que quase acabou em delegacia. Coléu estava tomando banho e se assustou com o avanço das trepadeiras das plantas jiboias que avançavam no seu banheiro. Só depois de tomar umas bofetadas, as enxeridas puderam explicar que a natureza delas era explorar o espaço, o ambiente, o vaso não era o limite para esses jovens.

     – Calma aí, Coléu! A gente só tava dando um rolé por aí. Não precisa ficar brava. Não era a nossa intenção invadir sua privacidade… mas por que você não fechou a porta? – Um deles falou com malícia.

     Nessa terra justa, os problemas eram resolvidos por meio da boa e velha conversa. Todos tinham vozes e todos se importavam uns com os outros. Mas as coisas foram mudando aos poucos, sem que se percebesse, no início.

     Tudo começou com a chegada do Beldroegão (Talinum Paniculatum). A mulher do jardim ficou em êxtase com ele. Ganhou de um amigo a mudinha de sua primeira PANC (planta alimentícia não convencional). Um bebê lindo e inofensivo, mas que em pouco tempo mostrou a que veio: queria crescer e dominar o mundo! Ninguém desconfiou que aquelas mudas graciosas que começavam a se infiltrar nos vasos do Jardim da Casa Azul fossem tão longe. Transformaram-se em verdadeiros soldados e se multiplicavam em todo o território, ocupando todo e qualquer espaço livre e até mesmo os já habitados. A primeira a reclamar na prefeitura foi a Mãe-de-milhares (Kalanchoe laetivirens):

     – Saí de casa para trabalhar e quando voltei meus filhos haviam sido expulsos da própria casa por esses terríveis invasores! Vocês precisam fazer alguma coisa antes que seja tarde demais!

     Não existe o bom e o mau no mundo das plantas. É parecido com o que acontece com os seres humanos. Beldroegão não tinha más intenções por querer, assim diziam seus defensores.

     – Ele só quer um espaço para criar a sua família! Atirem a primeira pedra quem não quer o mesmo! – Argumentou a Orelha de Michey.

     – Sua espinhenta, você diz isso porque você se alastra igual a ele. Espeta quem atravessa o seu caminho e vai ganhando território. Sua nazista, você quer povoar o mundo só com a sua espécie! – A samambaia atirou uma pedra no cactus, que perdeu um braço com o golpe.

     – E você? Pensa que eu não sei que você chegou de mansinho junto com os dinossauros e está aqui até hoje? O que você esconde, Professora Samamba? Qual o segredo de atravessar as Eras? Boa coisa não deve ser!

      Uma balbúrdia geral naquele jardim do amor! Ninguém imaginaria que uns se voltariam contra os outros.

     – Plantas, acalmem-se! – Planta Fantasma berrou e todos se calaram. Nunca a tinham ouvido falar tão alto. – Vamos manter o foco da discussão. Estamos falando aqui de uma planta invasora que se espalha com muita facilidade. Beldroegão não entende como vivemos aqui. Ele não compreende a biodiversidade porque ele apenas enxerga um horizonte de beldroegas. Ele vai unir todas as suas forças e exércitos para garantir a maior extensão de terras possíveis para os seus. Uma vez a mulher do jardim me disse que tem muita gente assim, que só pensa em sua “bolha”. Senhor Prefeito, viemos aqui para reivindicar que as autoridades tomem alguma providência.

     A caminho de casa, após a promessa do prefeito de que ele cuidaria de tudo (as autoridades são iguais em todos os reinos!), Planta Fantasma se deu conta de que não vira a amiga Coléu na prefeitura. Logo ela, que não perdia nenhuma aglomeração, independentemente do motivo, e se não houvesse um motivo, ela gostava mais ainda. Resolveu ir a sua casa. Entrou sem bater, como de costume e encontrou a amiga desmaiada num canto. Tocou em sua terra e ela estava completamente seca. Achou muito estranho porque a mulher do jardim nunca se esqueceu de molhar uma planta sequer. Era muito dedicada e cuidadosa. A pequena foi às ruas pedir ajuda e ficou horrorizada com a situação da cidade.

     Os invasores praticamente tomaram todos os vasos. Como uma titã, a mulher do jardim arrancava milhares de mudas de beldroegão e os comia vorazmente, ainda vivos! A suculentinha percebeu que as outras plantas também estavam muito secas, assim como a Coléu. A frenética mulher lutava tanto contra a tal PANC que acabou se esquecendo de dar água para as plantas. Por dias. Todavia, como a Fantasminha tinha um reservatório de água, próprio da sua constituição, não sentiu o impacto da seca.

      A terra que um dia foi harmônica e bela virou o inferno de Dante. Era o começo do fim do mundo. Os beldroegões se alimentavam da comida das outras plantas, moravam em suas casas, bebiam suas águas. As plantas ficaram fracas e suscetíveis a ataques de pragas. Plantas corriam para lá e para cá, rezavam, se mudavam, saqueavam, assaltavam, todas desesperadas. E para piorar, as plantas interpretaram o definhamento da Coléu como a morte inevitável para todos. Se a guerreira Coléu, vitoriosa de tantas situações difíceis ao longo da vida, não resistisse, ninguém mais sobreviveria no mundo. O pânico se instalou naquele lugar. Ninguém queria morrer antes de completar o seu ciclo. “O sertão virou mar”, diria Antônio Conselheiro, se visse o que aconteceu no Jardim da Casa Azul: cactos se afogando de tanto que reservaram água para lidar com a seca; plantas jiboias secando dentro de vasos cheios de água, por se recusarem a beber o líquido porque acreditavam estar envenenado; trepadeiras rastejando no ar, roseiras se despetalando e entregando suas vidas, como kamikaze, para as unhas afiadas dos gatos que frequentavam o jardim.

     A situação foi ficando grave e insustentável com a tomada territorial dos beldroegões. As autoridades foram acionadas e criaram a CECJCA – Comissão de Emergência de Contenção no Jardim da Casa Azul. Houve toque de recolher nesse dia. Barreiras e barricadas de pedras foram montadas em todo o jardim para que os beldroegões não fincassem raízes. A Planta Fantasma conseguiu passar pelos obstáculos nas ruas e voltou à casa de Coléu. A amiga, que um dia foi uma diva da beleza e força, permanecia murcha e caída no vaso. Com todas as forças de que dispunha a baixinha apoiou a companheira em seu próprio corpo para mantê-la em pé, perdendo assim quase todas as sua folhas, com o peso da melhor amiga.  

     No dia seguinte, a mulher do jardim estremeceu de tristeza quando viu sua amada Coléu moribunda de um lado, e do outro, a Planta Fantasma quase sem folhas. Um sentimento de frustração a invadiu. Como pôde deixar aquilo acontecer? Por que se deixou seduzir pela farta beldroegão com aquelas microflores rosas, que apareciam à tarde para inebriar a sua visão e não perceber o real plano de domínio desta PANC ardilosa e gostosa? Olhou em volta e notou que todo o seu universo verde estava doente. Não poderia ficar ali parada assistindo a tudo sem poder fazer nada. Era a única que poderia salvar suas meninas, que àquela altura estavam infestadas por cochonilhas e pulgões. Quando as plantas passam fome e sede, as pragas fazem a festa. E quando a infestação de pragas é grande, somente armas poderosas podem enfrentá-las. Precisava combater aquelas sanguessugas. Levantou a cabeça, suspirou e pegou a bolsa:

     – Já sei! Vou ao shopping comprar um Dimmy Pronto com Gatilho 500ml. Vou comprar logo dois!

     Tudo estava tão caótico! O poderoso inseticida que a mulher do terraço comprou no mercado não adiantou. Ela pirou também. Não sabia mais o que fazer. Deu água demais, deu água de menos, matou várias plantas de tanto alimentá-las, de tanto privá-las de alimento. A mísera mulher viu seu lindo jardim se transformar quase em um cemitério vegetal. Mais que isso. Ela morria também. Tudo estava conectado, ela, as plantas, a vida e a morte. Parecia o fim.

     A humana lembrou-se de tudo. De quando o seu sonho de jardim começou. Foi durante a pandemia. Todos os dias ela tirava alguns minutos de sua jornada de trabalho em home office, para ficar mais perto de seu mundo verde. Eram pausas mais que bem-vindas, eram necessárias! A mulher passou a entender melhor suas amigas vegetais e vice-versa. Uma verdadeira relação de amizade nasceu naquele espaço.

     – Ei, cuidado aí! Eu sou um cacto! Não dá para ver não? Não gosto dessa água toda! Quer me matar, sua louca? – Reclamava a Orelha de Mickey, dando espetadas doloridas na mulher. Depois de ficar com as duas mãos cheias de espinho, a mulher aprendeu a lidar com os seus queridos cactos. Assim como aprendeu a lidar também com a Samambaia, que fazia a pirraça de sujar todo o jardim com folhas secas.

     – Mulher do céu! Eu gosto de muiiiiiita água! Como é que você acha que eu dou conta de ficar toda linda com o meu look black power? – Resmungava a Samambaia, que morria de vergonha de ficar com o cabelo mirrado, quando a mulher só a banhava uma vez por semana. A mulher do jardim também se lembrou que foi assim, no meio do universo das plantas, que ela se esqueceu de tomar seus medicamentos uma vez, depois duas, e nunca mais precisou deles.

     Naquela hora, a pior dor da infeliz mulher foi ver a Coléu e a Planta Fantasma cobertas de pragas num canto, gravemente doentes. Com um pano umedecido com óleo de neem a mulher tirava a nuvem de cochonilhas que asfixiavam aqueles serzinhos que tanto significaram para ela. Contou-lhes do dia em que elas chegaram ao jardim pela primeira vez, ainda em berçários. Contou sobre a vida de cada uma. Detalhe por detalhe. Contou como elas foram crescendo juntas. Contou como a mulher foi aprendendo sobre elas, com elas. Aprendeu a ter paciência, a esperar o ciclo, a esperar o tempo natural das coisas. Contou que sabia do que cada uma gostava e não gostava. Coléu era menina espaçosa, risonha, não tinha quem não se encantasse com suas cores vibrantes e chocantes! Já a Planta Fantasma era tão meiga, pequerrucha, delicada, pálida que só! E tímida também! A mulher olhou em volta e viu sua biodiversidade assassinada. Foi água demais? Amor de menos? Falta de diálogo? Queria saber por quê. Queria saber se dependia dela ou se estava além de sua compreensão. E foi assim que assistiu ao último suspiro da Planta Fantasma que a olhava com toda doçura.

     Com uma tesoura de jardinagem profissional, podou a Coléu até ficar um cotoquinho. Confiou que ela se recuperaria e voltaria a ficar linda e exuberante como sempre foi. Retirou a Planta Fantasma do vaso, já morta. Não percebeu que deixou cair na terra a sua última folha viva. E para a alegria de todos, ela cria raiz mesmo paradinha, ainda que o mundo não mereça.

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32 comentários em “[EM] Foi Panc (Marcia Dias)

  1. Paulo Luís Ferreira
    2 de julho de 2021

    Um conto singelo, com a qualidade de um enredo que foge ao lugar-comum das ficções ditas científicas e dos contos de terror. Com uma narrativa fluída e perfeitamente adequada ao enredo proposto. No mais, não me surpreende, pois, que, bem já conheço a qualidade do trabalho dessa escritora que se diz uma principiante, mas eu tenho cá minhas dúvidas. Mas se assim for, que assim seja! Belíssimo trabalho, Márcia. Parabéns!

  2. Pingback: Resultado EntreMundos – Desafio “Fim do Mundo” | EntreContos

  3. Bruno Raposa
    11 de junho de 2021

    Ambientação: Ótima. É uma ambientação simples – um jardim, basicamente -, mas que se torna rica pelas descrições minuciosas das plantas, com direito a nome científico e tudo (fui no Google pra ver a “cara” de cada uma, rs). O jeitão de fábula confere uma atmosfera particular ao conto, a ausência de explicações aqui joga a favor e há muitas simbologias e interpretações possíveis. É fácil imergir na história. E o conhecimento – ou pesquisa – do autor sobre o universo botânico impressiona. É uma ambientação cativante.

    Enredo: Muito bom. Interessante e divertido de acompanhar. O final trágico acaba amenizado pelo tom fabulesco, mas isso não é um defeito. A trama é um tanto linear, sem grandes surpresas, mas casa com o estilo da narração. Cada plantinha tem sua personalidade bem delineada. É possível montar várias alegorias com a tragédia que acontece no jardim. No fim, há também uma brecha para imaginarmos que foi tudo loucura da dona do jardim, quando recebemos a informação de que ela “parou com os remédios” após começar a cultivar suas plantas. Sob qualquer perspectiva que se olhe, é possível tirar coisas boas. E a ideia do fim do mundo ser o fim do jardim é realmente inventiva. Não é um enredo mirabolante, repleto de reviravoltas; aposta no simples e o faz com muita competência.

    Escrita: Também muito boa. Limpa, não notei erros de revisão. E o estilo da narração casa perfeitamente com a proposta do conto. É uma escrita agradável, fluida, muito segura. Mais um ponto forte.

    Considerações gerais: Um conto criativo, diferente, que se destaca no desafio. Não tem grandes pretensões, mas cumpre muito bem o que se propõe. Gosto do tom de fábula, da inventividade. Foi uma leitura prazerosa. Fico curioso para ver mais trabalhos do autor. Certamente estará entre meus favoritos no certame.

    Desejo sorte no desafio.

    Abraço.

  4. Fabio D'Oliveira
    11 de junho de 2021

    Bem PANC, hein.

    AMBIENTAÇÃO

    Razoável.

    Sendo sincero, não consegui criar uma imagem bem definida do jardim, sendo que o foco narrativo ficou em cima das plantas, suas personagens e situações antes e depois do vilão aparecer na vizinhança.

    Com isso, durante a leitura, acabei dando mais atenção para os acontecimentos e simplesmente ignorei o ambiente, mesmo achando a ideia duma vila vegetal bem atraente. Acho natural que isso aconteça.

    ENREDO

    Muito bom.

    Gostei da maioria dos acontecimentos: da apresentação das plantas, das situações, da chegada do vilão, etc. Apesar disso, acredito que o conto perde uma força muito grande quando você apresenta a dona do jardim logo de cara e revela tudo antes mesmo de mostrar as plantas e suas rotinas. Acredito que um conto começando com a rotina da Fantasma, apenas mencionando o Grande Gigante que sempre faz chover e alimenta elas, teria um impacto maior no leitor do que o tom usado. ]

    Mas isso é apenas uma visão. A decisão é sua, como sempre, e foi bem executada. Eu li com certo interesse, mas sem muita paixão.

    ESCRITA

    Excelente.

    Não encontrei nenhuma falha, a narrativa é natural e bem desenvolvida, a leitura correu tranquilamente. Gosto disso. Uma escrita madura. Não tenho muito o que adicionar sobre ela, hahaha, só elogiar.

    CONSIDERAÇÕES GERAIS

    É um conto excelente, apesar da leitura morna. Queria ter tido uma experiência mais visual, porém, faz parte.

    Parabéns!

  5. Ana Carolina Machado
    11 de junho de 2021

    Oiiii. Abaixo falarei um pouco mais dos seguintes elementos:
    Ambientação: A ambientação é muito boa. Foi incrível como a sociedade das plantas foi sendo construída e como era a convivência entre elas. O autor mostrou o jardim como um mundo vivo e dinâmico. Também foi interessante como foi sendo construído os momentos que levaram ao fim desse mundo.
    Enredo: O enredo segue o começo e o fim do jardim. Ele começa com a primeira planta chegando, depois fala das outras e no fim mostra que o jardim praticamente morreu, mas mesmo com essa aparência de fim de mundo ainda existe chance dele voltar a existir, pois a folha da plantinha que caiu no solo gerou uma nova muda. Achei interessante ter colocado os nomes científicos das plantas.
    Escrita: A escrita é muito boa e a narrativa é bem construída.
    Considerações gerais: Achei um conto muito bom e criativo. A ambientação é muito boa e faz com que o leitor se sinta dentro do jardim. O enredo também é muito bem construído como falei acima. Foi um dos meus textos favoritos.

  6. Victor O. de Faria
    10 de junho de 2021

    Ambientação: Coincidência ou mistérios do universo, tem um texto bem parecido ao lado do seu. Me pegou de surpresa duas autoras terem a mesma ideia. Aqui está um pouco mais fácil de compreender, embora a troca de pontos de vista precise de uma melhorada. Bem, o conto se passa inteiramente dentro de uma estufa, ou jardim de flores, pelo que entendi. A mulher que cuida também está doente, pelo que os parágrafos finais nos mostram. E encontra na terapia floral uma boa saída para acalmar sua ansiedade (quem nunca?). Tem uma minissérie em anime, chamada Memories (Katsuhiro Otomo) em que o 1º episódio, “Magnetic Rose”, trata de um assunto parecido: dentro de uma estação espacial morta, lotada de memórias, encontra-se a última rosa enclausurada, que parece ter um dom especial de criar ilusões, só que puxado para o terror.

    Enredo: É um texto bastante leve e “psicológico”, com climão de conto infantil. Tem uma leve temática adulta por trás, nas entrelinhas. Como seu texto vizinho, agrada pela construção de sensações.

    Escrita: Não sei se faria falta o nome científico das plantas entre parênteses. Confesso que pulei vários. Ajuda quem gosta e cultiva as espécies mencionadas, mas para o leitor mais comum, não faz diferença. No restante, flui muito bem. Não precisou de muitos floreios, embora sentisse falta de melhor localização (onde fica esse jardim? A mulher está sozinha?).

    Considerações gerais: Achei que o texto traria uma pegada mais escrachada, devido ao título e a planta fictícia. Na verdade, as consequências de seu plantio até soaram como um filme de terror para as outras flores. Como disse no outro texto, o tema também passa raspando, mais pela “loucura” da mulher em si, mesmo sem sabermos o que aconteceu “lá fora”.

    (Obs. essencial: não leio os outros comentários antes de comentar).

  7. Natália Koren
    9 de junho de 2021

    – Ambientação: Comecei achando que seria um conto bem corriqueiro, nos situando no mundinho da dona do jardim e no seu micro universo. Mas eu não imaginei o quão micro iria ficar, e a construção desse cenário fantástico, a pequena vizinhança do jardim, com suas plantas trabalhadora e mães de família foi maravilhosa. A passagem gradual entre a realidade da mulher e o mundo de fantasia das plantas foi sutil e gostosa de ler.
    – Enredo: Uma história criativa e bem conduzida, fiquei empolgada e me peguei sorrindo quando entendi para onde os acontecimentos estavam levando. O enredo de “invasão e dominação” não é novo, mas achei sensacional como foi traduzido aqui.
    – Escrita: Leve, fácil, gostosa de ler. Sem erros e bem desenvolvida.
    – Considerações Gerais: Achei um conto incrível. Simples e criativo. Traz o fim do mundo de modo inesperado e por isso achei que se destacou muito, um dos melhores que li. Adora quando somos levado para longe do óbvio e do comum, quando o autor não tem medo de experimentar… No início imaginei que estava lendo algo metafórico e figurativo, e estava tentando compreender o significado oculto em cada coisinha, mas logo percebi que isso não importava, aquele era um mundo de plantas e pronto. Aí só me deixei levar e amei a experiência! Parabéns!

  8. Marcia Dias
    7 de junho de 2021

    AMBIENTAÇÃO: O fim de mundo depende muito. De qual mundo? O conto traz o ponto de vista de um jardim, que pode ser estendido a qualquer espécie, inclusive a nossa.

    ENREDO: “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”, Caibalion. O conto segue por aí. Um jardim mal cuidado sucumbe às pragas que desequilibram o universo das plantas. Conosco é a mesma coisa.

    ESCRITA: boa, pegando carona nos comentários, rs.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conto com uma pegada mais metafórica e reflexiva (com simplicidade). Vi alguns nessa linha nesse desafio e gostei bastante.

  9. Nelson Freiria
    7 de junho de 2021

    Ambientação: há um fim do mundo aqui, mas ele está bem afastado da maioria dos demais contos do desafio. A ambientação, portanto, é feita dentro desse universo fechado do jardim da casa azul e, se deixarmos de lado o fim do mundo em escala global, é uma ambientação bem desenvolvida, criando seu próprio universo de plantas.

    Enredo: eu comecei pensando se tratar de uma louca que simulava falar pelas plantas, colocar personalidade nelas, mas acho que ficaria incoerente sua decisão tardia de agir contra os beldroegao sabendo do problema… ou não né, vai ver era isso mesmo.

    Escrita: aparentemente um(a) autor(a) experiente. Pouquíssimo erros de digitação, escrita ágil, sem informações desnecessárias e capaz de criar o ambiente, desenvolver personagens e escolher palavras mto bem! Fiquei pensando se era realmente necessário colocar os nomes científicos em tudo… talvez sim, talvez não, acho que eu nao sentiria mta falta se não estivessem aí.

    Considerações gerais: é um bom conto, mas essa aura que ele tem de “mundinho cor-de-rosa” o deixa com um ar de ingenuidade enquanto o desafio pareceu exigir mto mais de outros autores que foram por outra linha de fim do mundo. Há um conhecimento sobre jardinagem aí que eu gostaria de ter.

  10. jeff A Silva
    6 de junho de 2021

    Ambientação: É uma construção boa, mas se soa muito longe do tema proposto aqui.

    Enredo: A base da história é criativa, dado todo o experimentalismo empregado com planta como personagens. Porém logo no primeiro parágrafo achei que seria um drama mais denso ou um terror sinistro (fato que prejudicou um tanto o início de minha experiência) mesmo assim dou o braço a torcer pelo nível de criatividade do autor ou autora.

    Escrita: É fina e boa de se ler, sem erros ou tropeços.

    Considerações gerais: Mesmo que não seja uma história para mim (com certeza não é) não posso deixar de admirar o texto. Tendo a criatividade como ponto alto e uma escrita ágil e desembaraçada é um bom conto para o concurso.

    Parabéns pelo trabalho e sorte nesse desafio.

  11. Dayanne de Lima Pinheiro
    23 de maio de 2021

    AMBIENTAÇÃO: achei genial a perspectiva de apocalipse vegetal. Em nossa suprema arrogância humana, pensamos automaticamente num fim do mundo para nós humanos, você foi além: imaginou o que seria o fim do mundo para outros seres. Lembrei-me daquela série de documentários sobre os insetos, evidenciando que uma simples chuva para nós humanos é um cataclisma para as formigas.

    ENREDO: tem boa estrutura, fluidez e ritmo, tem boa introdução e desfecho, sem se delongar desnecessariamente em nenhum trecho.

    ESCRITA: não notei nenhum erro, considerei uma escrita muito bem conduzida em todos os aspectos.

    CONSIDERAÇÕES GERAIS: Foi corajosa a escolha de citar nomes científicos e outros detalhes que só quem entende de jardinagem pegaria, como o Dimmy e o Óleo de Neem. Fantástico! O texto mais criativo do certame, certamente um dos meus favoritos! Parabéns!

  12. Fheluany Nogueira
    19 de maio de 2021

    AMBIENTAÇÃO –
    Uma busca incessante de lirismo, cores e as formas transmitindo emoções e estados de alma através de um jardim, as dúvidas e os cuidados necessários para o florescimento. Muito interessante a personificação das plantas.

    ENREDO –
    Uma alegoria, que retrata o lado positivo e/ou negativo das ações humanas sobre o meio ambiente e dos seus efeitos, engendrados no relacionamento de um jardim e uma protagonista que ganhou outra vida graças ao trabalho nele.

    São muitas camadas, tanta fluidez apesar da simplicidade do que é dito. Tudo é sentido, uma sinestesia, absolutamente verossímil.

    ESCRITA –

    Texto poético, subjetivo e que traz abstrações incríveis; é profundo, exigindo tempo e atenção na leitura, e ainda assim, é impossível pescar cada metáfora ali imiscuída. As construções frasais são belas e criativas. É bem didático e prende o admirador da jardinagem. No geral, um canteiro bem preparado, com perfume leve e suave.

    CONSIDERAÇÕES GERAIS
    Uma trama inteligente e segura que se aproxima de uma fábula, com personagens inanimados que agem como seres humanos, e que ilustram um preceito moral.

    Quando li “Casa Azul” (escritório executivo e residência oficial do chefe do governo sul-coreano), lembrei dos emocionantes doramas coreanos de fantasia.

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio! Abraço.

  13. ANDERSON APARECIDA DA CONCEIÇÃO ROBERTO
    17 de maio de 2021

    Ambientação: bem bolado e bem escrito, sai da mesmice de fim do mundo dos seres convencionais e entra no mundo das plantas, que é pouco explorado.

    Enredo: sempre gostei da veracidade com que os outros seres vivos podem e sentem as mudanças que acontecem em nosso planeta.

    Escrita: muito bem escrito, frases curtas e inteligentes, os diálogos é que poderiam ser mais adultos.

    Considerações gerais: acertou em cheio escrever sobre um tema que a maioria nem lembra que existe.

  14. Jorge Santos
    16 de maio de 2021

    Ambientação:

    Este foi um dos melhores contos que li neste desafio. Com criatividade trata de um tema sério que é o impacto do homem sobre o meio ambiente, e dos seus efeitos projectados num pequeno jardim.

    Enredo:

    Embora pudesse ser melhorado para diminuir a confusão em algumas passagens do texto, satisfaz o leitor pela excentricidade.

    Escrita:

    Pareceu-me correcta e fluída.

    Considerações gerais:

    Um conto criativo, que não se deixa levar pelos lugares-comuns do tema. Normalmente, este tipo de textos costuma ter uma carga pedagógica muito grande. Este texto concentra-se na demonstração dos efeitos. No final, fica uma folha, uma réstea de esperança. Gostei.

  15. Alessandra Cotting Baracho
    15 de maio de 2021

    Ambientação: Um jardim mágico e alegórico, onde a flora exerce o papel primcipal. Gostei bastante. Me remeteu aos encantadores contos de fadas.

    Enredo: Bem construído. Uma falsa tranquilidade vivenciada pelas plantas/ personagens até que surge a Planc, agente do caos ( conflito bem inserido na narrativa)

    Escrita: Muito boa. Além de correta, possui um estilo cativante.

    Considerações finais:: No geral, o texto tem qualidades. Não diria se tratar de um super xô tô, mas foi gostoso de ler.

  16. davenirviganon
    14 de maio de 2021

    [EM] Foi Panc (Panc)
    Ambientação=Mundo antropomorfico de plantas em um jardim. Fofo e dentro do desafio.
    Enredo=Acompanhamos pelas folhas de uma planta Fantasma, o caos tomando conta do jardim/mundo. Uma alegoria obvia a nossa sociedade mas também muito bem tramada.
    Escrita=Valorizada pelo tratamento dado ao enredo. Tem várias tiradinhas, o tempo todo ao longo do texto. É um texto notadamente feito com atenção e carinho em cada linha. Ficou muito leve de ler.
    Considerações gerais= Esse tipo de sátira, meio fabula, não me atrai mas as associações foram bem feitas e é um texto leve. Saldo positivo para o conto.

  17. Luis Fernando Amancio
    13 de maio de 2021

    AMBIENTAÇÃO
    Um jardim antropomorfizado, com plantas interagindo entre si e a dona do jardim como personagem secundária. Construção bem feita e cativante.
    ENREDO
    As plantas do Jardim da Casa Azul viviam em harmonia até a chegada de uma PANC. A nova planta e seu ritmo de crescimento coloca o jardim em risco. Sua expansão e a falta de habilidade da dona da casa em lidar com a nova dinâmica causam a morte da maioria das plantas. Enredo simples e muito bem construído. Me peguei, em uma janela secundária do navegador, consultando imagens das plantas e projetando um jardim com elas.
    ESCRITA
    Muito boa. Algumas poucas construções frasais me incomodaram, mas talvez seja mais rabugentice da minha parte. É uma escrita consciente e habilidosa, de um autor que sabe contar histórias.
    CONSIDERAÇÕES FINAIS
    Confesso que tive resistência com a história, a princípio. Não é o primeiro conto com plantas antropomorfizadas que encontro ultimamente. Mas a história é cativante – mérito do autor, já que o enredo, em si, não possui nada tão original. É um belo respiro nesse desafio, no qual encontramos muitas ideias pretensiosas que se gastam em execuções erráticas. Às vezes, o básico bem feito causa um impacto muito maior no leitor. Sua apropriação do tema do desafio, levando o fim do mundo para um jardim, foi bem precisa. O tema permitia isso, e o impulso geral foi disparar cometas em direção à Terra.

  18. Kelly Hatanaka
    11 de maio de 2021

    Ambientação:
    Gostei muito do ar de conto de fadas do seu texto. O mundo das plantas é descrito com muita competência e graça. É fácil de entrar na história.

    Enredo:
    O fim do mundo das plantas ocorre com a chegada de um predador, que, por sua vez, é o único personagem a não ter voz. Gostei deste recurso porque suas motivações aparecem pela voz das outras plantas e podem estar incompreendidas ou equivocadas.
    O final, doce e esperançoso, acentuou o ar de fantasia.

    Escrita:
    Excelente, muito envolvente e correta, os diálogos são perfeitos.

    Considerações gerais:
    Uma leitura muito agradável, um conto diferente, leve e bem escrito. Parabéns!

  19. opedropaulo
    5 de maio de 2021

    AMBIENTAÇÃO: Bastante criativo! O jardim é antropomorfizado, lembrando a organização de nossa sociedade, mas com detalhes que nunca deixam esquecer que a “cidade” é na verdade um jardim. Outro aspecto que reitera esse perfeito equilíbrio é como em diversas ocasiões a própria natureza dessas espécies é reafirmada de modo a consolidar suas personalidades e a maneira como as plantas se relacionam. Tenho mais de vinte contos pela frente e ficarei feliz se encontrar abordagens surpreendentes como essa.

    ENREDO: Neste conto, a ambientação, muito bem estabelecida, é importantíssima para perceber também a história, pois é justamente ao perceber a escala do que seria o mundo para essas plantas que conseguimos sentir quando ele começa a acabar. Em paralelo, há uma personagem humana que é mais tangente à narrativa, mas que é imprescindível ao enredo, dado que é a sua manutenção do jardim o que mantém o mundo dessas plantas. Os motivos por detrás dos cuidados da mulher são apresentados logo no primeiro parágrafo e são retomados depois, enfatizando a importância que aquele jardim tem para sua cuidadora e os motivos. Há um trecho bem significativo para representar essa relação:
    “Tudo estava conectado, ela, as plantas, a vida e a morte. Parecia o fim.”
    As plantas tinham devolvido a ela esperança, então paralelo ao fim do mundo que entra no convívio das verdes, algo também se acaba para a personagem, o que aumenta a gravidade e escala desse evento. As próprias personagens botânicas cativam, mas a jardineira, ainda que pouco presente, não deixa de nos envolver, talvez pela sua situação solitária e medicada na rotina pandêmica. Que possamos sentir pelas plantas e por essa personagem cuja presença direta se resume à menor parte do texto é demonstrativo de como a autoria soube balancear o texto.

    ESCRITA: Equilíbrio continua sendo a palavra-chave. Faço eco ao que os colegas destacaram quanto aos diálogos juvenis, mas enquanto uns não pareceram necessariamente felizes com essa opção, para mim casou com o tom do texto, que segue leve pela maior parte, tomando um aspecto mais dramático quando da invasão do beldroegão. Essa mudança de tom também parece ter sido calculada, pois o apego que criamos pelas plantas acaba aumentando o choque com o massacre que se dá em seguida, ao mesmo tempo em que ver o mundo delas acabar e depois descobrir sua importância para a cuidadora nos fazem compadecer por ela. Mesmo aí, preserva-se um tom suave, que não se permite acessar a crueza da chacina que está acontecendo, antes preservando um tom esperançoso. Por isso me pareceu adequado que tenham comparado a uma fábula ou ao infanto-juvenil, pois de fato lembra a estrutura de uma história em que se subtende uma mensagem.

    CONSIDERAÇÕES GERAIS: Acho que o único ponto que não toquei é o gênero, debate que dividiu os comentários. Tematicamente, acredito que podemos todos concordar que atende plenamente ao proposto pelo certame, mas em matéria de gênero realmente suscita uma discussão mais profunda. De certo modo, a história poderia sim ser sobre uma invasão alienígena à uma vila isolada, inocente e governada por uma benfeitora, essa ameaça estrangeira se sobrepondo a comunhão e organização da cidadezinha. Esta não é a história, mas possui o mesmo molde, exceto que é justamente a ambientação escolhida aqui que faz o conto brilhar com originalidade, enquanto a opção pelo verniz de ficção científica que dei no meu exemplo faria dessa mais uma história como as outras. Dito isso, posso perguntar: seria fantasia, então? Plantas não falam ou convivem como humanas, o que ocorre aqui, mas, como foi falado acima, essa antropomorfização das plantas é típico de fábulas. Seria “A Longa Jornada” uma história fantástica?

    Enfim, sorte que eu não estou dando nota, mas, se estivesse, garanto que teria uma das mais altas. Parabéns e boa sorte.

  20. Danilo Heitor
    4 de maio de 2021

    Ambientação: excelente, perfeita para o que o conto se pretende!

    Enredo: gostei muito, mesmo. A ideia de um fim de mundo de outros seres vivos é muito boa. Minha única questão é a de se o conto seria ficção científica, me parece mais fantasia, mas o Bruno já indicou ali em cima que não tem problema pra isso.

    Escrita: quase impecável, frases muito bem construídas pouquíssimos erros. Minha única questão é com os nomes científicos: o correto é o primeiro nome começar com maiúscula e o segundo com minúscula: Nephrolepis exaltata, por exemplo.
    Quanto ao estilo, eu gosto, e acho muito legal que um conto com esse clima tão divertido esteja em um concurso de fim de mundo. O fato de parecer para o público infantil, como alguém citou acima, não me parece um demérito, pelo contrário.

    Considerações finais: melhor conto que li até agora (foram 7) hehe.

  21. antoniosbatista
    4 de maio de 2021

    Ambientação= Como uma pintura de kandiski.

    Enredo= Plantas, como seres viventes interagem no mundo biológico. Tomam conta do jardim e estão a ponto de acabar com ele(mundo), quando um ser humano intervém.

    Escrita= escrita de alguém que sabe escrever muito bem. Excelentes frases.

    Considerações Gerais: O argumento é bom, mas acho que é uma história para público infantil. A mim não impressionou. Até me aborreceu quando as plantas discutem numa linguagem bem infantil.

  22. PANC
    3 de maio de 2021

    Quanto à adequação do meu conto ao gênero aqui proposto, realmente fiquei na dúvida, mas pensei que pudesse se enquadrar em Fantasia ou subgênero afim. Se eu tivesse lido no regulamento o tema mais estrito “fim do Planeta Terra”, acho que não me inscreveria, rs. Embora as plantas também vivam sob o mesmo planeta que o nosso, sei que não se espera que elas sejam protagonistas de histórias catastróficas, a menos que sejam, por exemplo, plantas transmutadas. Hum, Homoplânctum talvez?! Hahaha gostei…

    Mas olha, eu li e reli o regulamento para ter certeza de que o texto poderia ser abrangente também. E não vi nada que impedisse. Se o conto não estiver enquadrado na proposta do desafio, podem retirar, sem problemas, e sem ressentimentos, rs. Confesso que às vezes tenho problemas de adequação mesmo! Em situações muito tensas e dramáticas, tenho ataques de riso e choro em filmes infantis. Sou péssimx para classificação de gênero. Me desculpem.

    Obrigadx Ana Lúcia, pelo apontamento dos diálogos. Vou trabalhar mais nisso!

    Obrigadx Lucas Julião, pelos comentários. Não sei a zona limite entre a crônica e o conto, muitas vezes. Pelo visto, você sabe. Obrigadx por compartilhar seu conhecimento. Lamento que o meu tom dramático de fim do mundo seja fofinho e divertidinho (registre-se: eu adorei os seus adjetivos!) e, por isso, não o agradou suficientemente. Mas está tudo bem, quem é que agrada a todos, não é mesmo?! Só uma fraude, rs.

    😉

    • Bruno Raposa
      3 de maio de 2021

      Olá, Panc.

      Sobre a adequação ao tema, seu conto se encaixa sim. O regulamento deixa claro que a abordagem é livre. Não é preciso tratar do fim do planeta Terra, como você bem colocou. Visões diferentes, criativas e subversivas são sempre bem-vindas. 🙂

      Agora, quanto ao encaixe na literatura de fantasia, aí é bem mais subjetivo. Não é um conto de alta fantasia, mas nem só de alta fantasia vive a fantasia. Tem uma certa cara de fábula, mas fábulas também não deixam de ser fantasias. Difícil isso. Já falei fantasia cinco vezes e não cheguei a conclusão alguma, rs.

      Então vai ficar a cargo de cada leitor julgar a aderência ao gênero, se foi forte ou fraca. Mas definitivamente não é caso de eliminação. Não seria nem se fugisse completamente, pra falar a verdade. Sempre deixamos para que os leitores julguem na hora da avaliação.

      De qualquer forma, seu conto é uma ótima adição ao desafio. Pode ficar tranquila em relação a isso. 🙂

      Abraço!

      • Alessandra Cotting Baracho
        13 de maio de 2021

        Ambientação: Um jardim quase fantástico. A descrição tem beleza e precisão.

        Enredo: O fim do.kindo contado de maneira mais pontual e direcionado. É cíclico, o final pelo comeco.

        Escrita: Gostei do texto. É bem didatico e te prende enquanto admirador da natureza, mas deixa a desejar no carácter ficcional.

  23. Tolbert Dzowo
    3 de maio de 2021

    Ambientação : Bem descrita o jardim, ou melhor o mundo das plantas, foi como me senti, tendo uma aula de Biologia, só que divertida.
    Erendo : No princípio achei que você tivesse falhado o tema, mas depois foi tudo se encaixando, foi uma belíssima aula, com certeza somos muitos que não entendemos de plantas, desde que seja bonita a gente vai e planta de uma certa forma acabei aprendendo que não é só chegar e plantar ou por água, cada planta necessita do seu espaço, ou cada planta tem seu limite de água.
    Escrita : perceptível e suave.
    Considerações gerais : Como eu já dizia foi uma aula de Biologia para mim, bem divertida, vendo o caos que acontecia entre as plantas a inclusão dos beldroegões, acabou se tornado o factor decisivo para o tema proposto, foi bem trabalhado gostei.

  24. thiagocastrosouza
    3 de maio de 2021

    Ambientação: Bacana demais a ideia do texto se passar em um jardim. Sou um ignorante completo quando o assunto é plantas, então, para mim, seu texto foi uma pequena aula de botânica. Claro que tudo soa meio estranho, incialmente, com plantas indo à rua e frequentando a prefeitura, o que se esclarece.

    Enredo: Bem construído, seguro, o fim do mundo é sempre o fim do mundo de alguém, independente se é um mundo humano, marciano ou botânico, que é o caso do seu texto. A relação das plantas e a senhora elaborando sua solidão/loucura através da jardinagem também está bem amarrada na trama.

    Escrita: Certeira, achei. Não detectei problemas de revisão, coisa que costuma passar despercebida quando o enredo é bom. Há um clima meio carola nos diálogos, estilo novela das seis, que deixou tudo bastante meigo e terrível quando as coisas começaram a piorar.

    Considerações finais: Bom conto, fora do esperado no desafio e bastante divertido.

    Boa sorte!

  25. Anderson Prado
    3 de maio de 2021

    Ambientação: A ambientação no jardim está ótima, mas a adequação à literatura de gênero é duvidosa.

    Enredo: O enredo é divertido.

    Escrita: A escrita é primorosa.

    Considerações gerais: Fim do planeta Terra é uma coisa; já fim do mundo pode ser compreendido como coisa diferente. Mundo é um conceito relativo. O mundo de um pode não ser o mundo de outro. O fim do mundo das minhocas é a cavucada que dou na terra pouco antes de espetar o corpo mole e gelatinoso na ponta do anzol. Neste conto, observamos o fim do mundo das plantas do jardim da casa azul. Como disse, a adequação à literatura de gênero é duvidosa, mas, como não sou fã da literatura de gênero, vou ignorar certos imbróglios e dar ao conto o 10 que ele merece. O texto está bem escrito e revisado. Seu autor tem bom domínio do penacho. O enredo se aproxima da literatura infanto-juvenil. É bonito e delicado. Saber que o jardim nasceu durante a pandemia de Covid-19 dá ao conto um significado especial (com isso, há toda uma subtrama na história da mulher do jardim e as dificuldades que enfrenta durante seu solitário isolamento social – o conto possui não ditos inalcançáveis aos brutos).

  26. Ana Caroline de Arimathea
    2 de maio de 2021

    Ambientação: Perfeita, me senti uma das plantas

    Enredo: Muito bom, a ideia de um mundo de plantas me pareceu genial

    Escrita: Excelente, uma delicia de ler

    Considerações gerais: Alguém que olha pras plantas e vê um mundo inteiro, uma possibilidade de história e fantasia para ser criada mostra não só uma criatividade incrível como também uma sensibilidade para com o mundo. Você tem um olhar encantador e escreveu uma história linda

  27. Ana Lúcia
    2 de maio de 2021

    Ambientação: gostei dessa ideia de um fim do mundo mas não o nosso mundo humano e sim um mundo de plantas.
    Enredo: criativo e bem diferente do usual.
    Escrita: não vi erros, porém acho que os diálogos estavam um pouco estranhos em alguns momentos.
    Considerações gerais: um conto bonitinho e gostoso de ler.

  28. Lucas Julião
    1 de maio de 2021

    Ambientação: Fofinha, bom para acabar os contos por hoje
    Enredo: Divertidinho
    escrita: Não vi muitos erros, é uma ótima crônica.
    considerações gerais: Olha, é um bom texto. É legal, é divertido, é bonito e bem melhor do que a maioria do que li até agora… Mas não acho que tem o tom dramático do fim do mundo.

    • Elder
      3 de maio de 2021

      Cara, você é muito arrogante. Em todo o certame não teve um conto que você não fizesse pouco caso. Você fala como se fosse um best seller, mas tá aí amargando anonimato como todo mundo.

      Já li todos os textos e vi seus comentários. Tem erros nos contos dos colegas, mas você é debochado, arrogante. Você não entende figura de linguagem, lê catando errinhos nos colegas. Todo mundo já percebeu que você tá catando, fabricando errinhos nos colegas e falando bem apenas do teu conto. Te manca, irmão. Tá patético.

      • Lucas Julião
        3 de maio de 2021

        Se tivesse lido veria que dei nota acima de 7,0 pra pelo menos 3 contos. Então boa sorte em descobrir qual o meu, chefe! Desculpa, mas eu sou realista. Arrogância faz parte

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Publicado às 1 de maio de 2021 por em EntreMundos - Fim do Mundo e marcado .
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