Tirou do bolso uma caixinha de veludo, pondo-a delicadamente sobre a mesa, procurando o melhor arranjo possível. Tentava concentrar-se na televisão, que exibia novamente o caso do incêndio num shopping ali perto, mas não conseguia se prender. Tudo aquilo parecia muito alheio a ele, à felicidade que experimentava naquele momento.
Pensou em ligar para ela quando viu que já começava a ficar sozinho no restaurante, porém sabia que ela havia ido comprar-lhe um presente, e não queria estragar a surpresa. Pegou outra vez a caixinha, que posicionou no centro da mesa, entre duas velas que já ameaçavam se apagar.
Conto muito interessante, o retrato da tristeza é bem legal, parabéns!
Pera, ele tava esperando para pedir ela em casamento, ela vai no shopping (que pegou fogo) e ele não quer pensar que isso tá relacionado com a demora dela.
Mano que que é isso.
Parabéns pra quem fez esse conto. Pra pensar em algo do tipo.
Que tristeza esse conto, o homem ia pedir a namorada em casamento mas não percebeu que ela poderia ter sido morta no incêndio do shopping…
Espero que ela tenha saído de lá com só algumas queimaduras leves.
Um ótimo conto que mexe com a atenção do leitor.
Um abraço.
Lembrei do caso da Boate Kiss, será que foi uma referência do autor ou da autora? Eu sei que a gente nunca espera que isso aconteça com a gente, mas ele sabia que ele iria comprar um presente para ele. A falta de desespero ao ver a notícia ou de sentimento de esperança claro, uma vez que fica explícito que ele espera que ela chegue, me incomodou um pouco. Talvez porque na primeira notícia eu já teria, com certeza, passado o mão no telefone e falado com a pessoa rs’
Boa sorte!!
Apesar de bastante previsível o desencontro, a história é honestamente contada, e as imagens evocadas sugerem bem a passagem do tempo da espera interminável. Simpático, seu conto, apesar de triste. Parabéns!
Boa tarde! Um conto sobre espera, ansiedade e expectativa. Ficou legal usar talvez o pedido de casamento pra tratar desses assuntos, ficando no ar e pro leitor imaginar o final dessa história. A mulher finalmente chegou? Ou ele levantou e foi embora? Um conto que usa bem a ambiguidade.
Eita. Paulada esse.
Tudo funcionando bem. A alienação dele frente a expectativa, a informação ali, tão perto, mas sem tocar, sem ligar os pontos. O leitor liga os pontos, mas o personagem não, e então ele espera.
Uma leitura muito intensa, onde as escolhas na narrativa funcionam muito bem pra mim. Parabéns.
Abraços.
Olá, Joe.
O conto insinua que a futura noiva do rapaz morreu no incêndio, não? Ao menos foi o que entendi.
Boa a construção da cena e as decrições: o resultado foi acima da média.
Boa sorte no desafio!
Olá, Joe. Pois, nunca saberemos se a moça morreu no incêndio ou não, não é? Penso que a sua história é essa: um encontro, provavelmente comemorando um aniversário de namoro ou no próprio dia dos namorados e enquanto o rapaz espera, absorto na sua felicidade, não associa o incêndio no shopping à demora da namorada, ficando ali por tempo indeterminado. Outras interpretações são possíveis e creio que foi sua intenção que surgissem. Surgirão, certamente. Esta história que interpretei está muito bem escrita e contada. Gostei. Parabéns e boa sorte no desafio.
Tem que avisar ao sujeito que a mulher morro no incêndio. Parte para outra. kkkkk Parabéns, adorei.
Nossa…! Forte. Pesado. Gostei muito dos silêncios nas suas frases; das coisas não ditas que gritam para o leitor. Senti pena dele, senti tristeza. Você nao precisou narrar o que vem depois: já dá para saber.
Conto muito bem escrito e muito bem elaborado!
Escrita: Muito boa
Conto: Excelente
Olá!
A relação da vela que se apaga, o incêndio, o fim da vida e do amor.
Bom texto.
Parabéns.
Parabéns pelo micro. A narrativa não diz nada do que está além do ambiente do namorada que espera com o jantar, mas entrega muito mais que isso. O tragédia ignorada por ele é o motivo da espera. Boa sorte
Escrita suave e enredo marcante! Narrativa muito interessante e alcançou a devida profundidade para emocionar.
Olá, um excelente microconto! Da pra sentira ansiedade dele ao não conseguir se concentrar na notícia na televisão, ou quando ele rearruma a caixinha na mesa.
Seu título ficou bem adequado também.
Perguntinha: a namorada dele estava no tal shopping?
Fiquei tão aflita quando percebi isso. Você deixou um suspense, mas ao mesmo tempo sabemos o que deve ter acontecido. Isso que dá mais aflição, pois o pobre rapaz ainda está esperando por ela.
Muito emocionante, parabéns.
Olá,
Um microconto excelente, muito bem escrito, que coloca o suspense, a dúvida, nas entrelinhas, no que foi dito, mas não explicitado.
Bem escrito, suave, ainda que super trágico.
Será que sua amada morreu no incêndio do shopping? Receio que sim, mas o(a) autor(a) me deu o direito de pensar que não.
Parabéns!
Um abraço,
Homem espera em vão a amada para lhe pedir em casamento.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — ótima. Pelo menos a metade dos concorrentes aqui deveriam estudar este conto. Talvez conseguissem entender que a força do microconto está nas entrelinhas.
Impacto — ótimo. Agradeço profundamente ter respeitado minha inteligência conclusiva.
Trama — ótima. O suspense da tragédia se mantém terrivelmente presente.
Objetividade — ótima. As palavras foram lapidadas com primor, sem afetação. Parabéns!
Gente, que lindo!! de tão triste!! afff
novamente não li comentários. quero ficar aqui saboreando esta tristeza.. me identifiquei muito.. encontrando desculpas e motivos para não aceitar a desilusão amorosa.
Que angustiante a espera, que por si só é horrivel, mas narrada aqui com esta tintas tão delicadas e ao mesmo tempo tão crueis em mostrar ao leitor de forma tão bonita que ela é em vão…
Lindo demais..
Parabens!
eu nao tinha feito o link com o incendio!! bah!! arrepiante!! 🙂
Conto trágico sobre presentes que nunca vão ser entregues, a pista não estava tão sutil mas foi bem colocada. boa escrita. bom conto.
Parabéns pelo conto, a forma como as informações foram inseridas sem entregar de bandeja para o leitor, mostrou muita criatividade e cuidado na hora de escrever o texto.
Boa sorte, abraço.
É um microconto sobre desatenção, em que conseguimos tanto apreender a expectativa da personagem como absorver o contexto e as possibilidades envolvidas nele. Vemos tanto o personagem como aquilo que ele não vê… e que talvez precisasse, o que dramatiza a leitura.
Eu precisei ler o conto duas vezes para entender o sentido, mas, uma vez feito isso, foi um verdadeiro baque. E essa reviravolta foi, sem dúvida, muito bem construída. Gostei também de como o fogo aparece em múltiplas formas no conto e com múltiplos significados.
Bom conto. Acho que deu ruim! Só não sei se foi porque ela deu o bolo ou era uma possîvel vîtima do incêndio no shopping, já que ela foi comprar um presente para ele. O micro-conto cumpre bem o papel de nos deixar está dúvida. Está bem escrito. Boa sorte no desafio.
Olá, Joe!
Gostei da forma como você inseriu informações importantes no texto de forma quase imperceptível. Quando você fala sobre o incêndio, é possível emendar este fato com o atraso da namorada ter ido comprar um presente, provavelmente no mesmo shopping. Agora, não deixa claro se ela morreu ou não, deixando isso aberto para a interpretações do leitor. Gostei disso, também.
Juntando isso, com a narrativa leve e bem conduzida, conseguiu entregar um bom microconto.
Parabéns! E boa sorte no desafio!
Oi, Joe K.! A narrativa é bastante fluida, e a pista colocada sobre a razão da longa espera foi colocada delicadamente, tal qual a caixinha de veludo, no desenvolvimento do texto. Um conto que revela uma fatalidade, tudo de uma maneira sugestiva. Parabéns e boa sorte!
Oiiii. Um microconto que fala sobre um encontro em que a moça aparentemente se atrasa gerando uma longa espera. Pelo que entendi fica subentendido que ela talvez tenha morrido no incêndio no shopping e a espera por ela dure para sempre, as velas se apagando no final podem representar o sopro de vida da moça que se foi como a delicada chama de uma vela que o vento apaga. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Uma longa espera, um namorado esperando a namorada, notícias de incêndio em shopping, ele evitando inteirar-se da tragédia, que abalaria sua felicidade….e o final, que pode ser, ou não, o que pensamos: teria a namorada estado no shopping incendiado, ou noutro local, e isso pode remeter ao fato de que tudo é tão incerto e fugaz….Gostei muito
Abraços
Casal combina se encontrar num restaurante ele vai dar uma presente para ela, creio que é um anel de noivado. Ele não sabe, mas ela morreu no incêndio no shopping. Foi o que eu deduzi e se for assim, é uma história bem dramática. Não é original, pois existem outras histórias parecidas, mas é um bom conto.
Olá, Joe. O enredo é bem marcante. Não diz, mas deixa as pistas necessárias para que o leitor complete o raciocínio e a tristeza que só o personagem ainda não sentiu. Acho que você deixou faltar um “tcham” na forma, na técnica da escrita. Algumas partes ficaram muito explicativas, detalhadas demais, como se estivéssemos lendo uma matéria de jornal. Mas o conto é ótimo. Parabéns.
O conto descreve com tanta beleza e leveza algo tão trágico! Só a personagem que não sabe que seu mundo está para ruir (ou já ruiu e ele nem se deu conta!). As vicissitudes da vida estão muito bem descritas aqui. Parabéns!
Bom, se a ideia for o que eu entendi do texto, achei muito triste… Você diz que ela foi comprar um presente e você nos diz antes sobre o incendio no shopping, o que nos dá a entender que foi nesse shopping que ela foi comprar o tal presente… Só de imaginar o desespero do rapaz ao perceber o que aconteceu (se foi isso mesmo), eu fico extremamente triste por ele… Mas eu prefiro torcer e acreditar que ela não é mais uma vítima e sim que ocorreu um contratempo, mesmo ela estando lá… Não gosto de imaginar a ideia de amores correspondidos destruídos assim por fatalidades! Parabéns pelo conto, muito bem escrito e romântico… amei!
a ideia é boa, a execução nem tanto – infelizmente criticar é mais fácil que apresentar uma alternativa – fico devendo. Mas a sensação é de que as notas estavam colocadas fora do tom. que essa crítica não invalide o que vc escreveu, gostei muito, só faltou maior sintonia. Boa sorte
Gostei do microconto. Gostei da história . Ela pode ter faltado ao encontro, ela poderia estar no incêndio. A vela queimando leva a pensar também nas duas possibilidades. Indica a passagem do tempo e traz o fogo para perto dele. Bem escrito. Gostei.
Olá,
Achei o texto bem real… no estilo de que coisas alheias a nossa felicidade acabam desfocando, uma tragédia na tv é só mais uma tragédia, mal sabe ele que se tornará a sua.
Gostei da construção do texto, vai criando-se aos poucos uma expectativa. Final aberto, ao mesmo tempo quem bem claro. Uma tragédia, não haverá pedido de casamento nem final feliz.
Parabéns pelo trabalho. Boa sorte!
Tudo no conto aponta para uma tragédia, mas o autor optou por deixar o final em aberto. Assim como o personagem que prefere não ligar para a namorada evitando descobrir que ela talvez tivesse sido vítima do incêndio, o narrador também não revela o desfecho trágico.Essa escolha narrativa, esse paralelo entre narrador e personagem, combinou com a atmosfera embaçada sugerida pelas velas da imagem e do cenário criando um efeito bem interessante. Gostei do resultado. Parabéns e boa sorte. Um abraço.
Muito bom o conto. Acho que o desfecho ficou um pouco vago (apesar de suspeitar do que tenha se passado). Talvez pudesse ser um pouco mais direto, mas de resto, parabéns!
A forma que você escolheu pra contar a história me agradou, apesar da narrativa em si dar uma impressão de que há espaço para melhorias.
Será que a ficha dele não caiu? Um conto triste. Enredo subtendido, que é o ponto forte do conto. Mas a moça pode ter sobrevivido também, apenas tido queimaduras ou ido pro hospital. Porém entendo, o conto dá a entender sua morte.
Se liberto do formato de microconto com limite de palavras, poderia render um conto legal e com mais informações e expansão do efeito “emoção”.
Olá, Joe! É um conto triste. Bem arranjado e bem escrito. Uma tragédia que inicialmente é a de terceiros, mas que aos poucos vai se tornando própria do personagem. Imagino que você tenha concebido o final com as velas indicando o tempo passado esperando, o que é bem interessante. Mas eu o teria feito significando o casal, com uma vela acesa, e a outra apagada abruptamente, por uma rajada de vento, ou algo assim. Não é meu conto, claro, mas acho que teria dado um final mais impactante. É isso! Boa sorte no desafio!
Muito interessante a concepção: alguém assiste a uma tragédia alheia, noticiada, sem saber que aquela é também sua tragédia pessoal. Por outro lado, apesar da sugestão, a narrativa tem um final aberto, nada é confirmado, o personagem não suspeita de nada. De toda forma, acho que esse conto funcionaria melhor numa duração mais longa, em que o leitor fosse gradualmente se dando conta da dupla face da tragédia (ou só o descobrisse depois de uma razoável convivência com o personagem e seu estado de ânimo feliz, ou se o próprio personagem tomasse consciência do que realmente ocorreu).
Olá, Joe, seu microconto é bonito e triste. Tem uma narrativa completa, com começo, meio e fim, bem desencolvidos. Parabéns. Não sei se a sua intenção era a de nos deixar em dúvida a respeito do que realmente aconteceu, mas achei bastante claro e previsível. Impossível não ligarmos a acompanhante que não aparece ao acidente no shopping. Sei que seria bem complicado em um microconto, mas se tivesse incluido esta informação de maneira mais sutil teria ficdo mais interessante. Parabéns pelo texto. Abraço.
Olá, Joe! Um pedido de noivado ou casamento? Seu micro flua entre a esperança e a decepção, ser aceito ou rejeitado. O leitor não tem resposta, o texto se encerra e fica a questão, deu tudo certo ou não? Narrativa bem escrita. Parabéns, muito bom!
Desejo boa sorta no desafio. Abraços.
Seria um pedido de casamento? Mas será que o seu par estava no shopping que incendiava? Seria uma dualidade entre a razão e o sentimento? Fiquei curiosa em saber o desfecho!
Um texto que expõe a solidão. Não me parece opcional, mas, o personagem se compadece dela. Não sei se por vontade propria, por medo, por indecisão. Me chama a atenção a forma como ele espera que algo de bom lhe aconteça. Boa sorte no desafio.
É um conto que apela para a sensibilidade do autor, deixando um clima de velório com o final em aberto. Creio que, de certa forma, dependeu bastante desse fator. Particularmente, nao acho prudente depender tão somente desse ponto. A sensação que ficou é que podia ter algo a mais.
Um conto trágico mas ainda assim muito belo. A metáfora da vela parece simples, mas é incrível, carregada de significados. É a chama da vida de alguém que se apagou, e também remete à ideia de cemitério, de escuridão. Percebi qual seria o desfecho logo no início, talvez a palavra “incêndio” pudesse ser realocada no parágrafo seguinte, para que tal pista nos fosse entregue depois, a fim de encerrar a história com mais impacto. Cito isto apenas como sugestão. O microconto diz muito com tão pouco, achei incrível
A caixinha seria das alianças para concretizar o noivado frustrado pela fatalidade do incêndio? Que longa e triste espera que jamais irá se realizar. Trágico e doído enredo, mas é isso o que faz a arte, aflorar e dilacerar emoções. Parabéns pelo trabalho.
Obrigado por respeitar a inteligência do leitor, Joe K!
Os signos como a caixa, as velas e o presente, aliados à notícia da TV, nos dão todas as pistas necessárias para que liguemos os pontos. É a velha história de dar ao público 2 + 2 ao invés de 4.
Boa sorte!
Olá, Joe, que espera mais triste essa do nosso herói no restaurante! Gostei do seu conto, mas senti que um restaurante com velas nas mesas, sugerindo sofisticação, não orna de maneira nenhuma com a televisão a passar notícias de incêndios. Também fiquei intrigado com o fato do nosso herói não ter ligado o lé com o cré. O fato da noiva possivelmente estar lhe comprando um presente com o incêndio do shopping nas vizinhanças. Com isto, amigo, quero lhe dizer que mesmo com o enredo tendo ficado legal, há bom espaço para que pudesse trabalhar a narrativa, tornando-a bastante melhor ainda. Meu abraço.
A mulher esperada morreu no incêndio do shopping, onde estava para comprar um presente para o noivo? Trágico. O impacto final ficou diluído entre as velas; muito românticas e sugestivas, mas não trouxeram surpresa pois todas as dicas foram antecipadas.
Leitura agradável, fluida, ágil, bem ritmada. Parabéns pelo trabalho. Sorte e abraço!
Show de bola. Outro miniconto bem escrito, e de verdade. Será que ela foi morta no incêndio? Será que simplesmente o rejeitou? Ou só está atrasada? É essa brutal imprevisibilidade da vida que foi bem explorada pelo autor, dando ao leitor a chance de escolha e, assim, se distrair ao pensar nas possibilidades. Parabéns. Está entre um dos melhores.
Olá, Joe!
Nossa, que triste, trágico, profundo!!
O cara espera a namorada no restaurante para pedi-la em casamento(?), ou comemorar um aniversário de casamento… e mal sabe que a notícia que ele vê na tv e acha que está tão longe dele, acaba de selar seu destino… bem, foi isso que eu entendi..
Muito bom! Dá margem para alguma interpretação, mas todo o alicerce está aí.
Parabéns e boa sorte!
Conto que conta a história do cara que espera a sua noiva cadáver.
Um shopping que lambe em chamas, e lá está a noiva que nunca chegará ao encontro com o rapaz que a ama.
A estruturação fica por conta da vagueza, do não contado, o que está perfeito.
Se me permite, diria que alguém que pretende pedir uma garota em noivado ou casamento, não deve escolher um restaurante que tenha uma televisão mostrando incêndios, crimes ou tiroteios. Não é bom para os negócios, nem para o romantismo.
Nesse caso, talvez o restaurante devesse ser substituído pela casa do cidadão, onde poderia haver realmente algum romantismo; e mais.
Ficou bem a ideia de a caixinha ser posta entre duas velas, quase como se ali, sobre a mesa do tal restaurante que exige incêndios, ele velasse a sua morta de forma premonitória; assim como as velas, “que já ameaçavam se apagar”, tentando passar uma ideia de temporalidade, a sua longa espera.
Boa sorte.
ele velasse a sua morta de forma premonitória;
!!
wow!!
amei essa imagem q vc trouxe.. este microconto está me arrepiando de tristeza.. rsrs
Gostei pelo tom de tragédia anunciada, mas me colocando no lugar do protagonista, talvez pela minha ansiedade voraz, rsrs, já ligaria os pontos entre atraso, compra de presente e shopping pegando fogo. Muito bem escrito, parabéns e boa sorte.
Nossa! Eu interpretei que a pessoa esperada foi surpreendida pelo incêndio 😢
Muito triste! Ao mesmo tempo é tão necessário falar desse comportamento: a indiferença pela dor alheia. Quantas vezes olhamos as tragédias com indiferença, como se fosse impossível acontecer conosco ou com quem amamos!? Parabéns e boa sorte!
Olá!
O final é aberto mas com uma seta gigante indicando o final da história. Ok! Mas ainda assim parece que faltou um algo a mais pra história ganhar força.
Parabéns pelo texto.
gostei da forma com que o conto foi escrito, sugestões veladas, e um final consistente embora não escancarado. parabéns . ótimo conto.
Texto muito bom. Bem escrito, de muita sutileza. A narrativa segue um caminhar lento, cheio de significados. A descrição, no desfecho, ficou fantástica. A caixinha colocada entre as velas que se consumiam traz uma cena figurada. Todo o texto foi construído sem que o personagem soubesse da morte da amada. O atraso dela era justificado de todas as maneiras, até mesmo quando percebeu que estava ficando sozinho no bar. Nem telefonou para ela. Em nenhum momento pressentiu a morte. E foi uma espera eterna… “Felomenal”!
Parabéns, Joe K.!
Boa sorte no certame!
Abraços…
Nunca se sabe quando a morte vai chegar, ainda bem, mas imaginar a possibilidade de uma perda doí, principalmente se o casal está preste a trocar presentes numa data especial. É triste, mas vou imaginar que ela saiu de lá com vida. Belo conto. Boa sorte.
A morte sempre a espreita para desagradar e entristecer um momento que poderia ser de uma extrema felicidade.
Os dias não são passíveis de projetá-los à nossa querencia.
A vela vai se apagar, definitivamente, para depois ele prestar atenção na televisão.
Não houve impacto, já que foi informando todos os detalhes esperados do final.
Parabéns!
Sorte!
Muito bom a maneira que encerra o micro conto. Ele vai ficar lá esperando um tempão. A narrativa é bastante fluida e o segredo está na entrelinhas.
O moço aguarda ansiosamente a namorada em um restaurante. Tem um presente para ela, talvez um anel de noivado ou uma joia para comemorar o aniversário de namoro ou mesmo de casamento? Enquanto espera, não presta atenção à notícia de um incêndio em um shopping. Mal sabe ele que a namorada não virá porque estava comprando o seu presente quando aconteceu o incêndio. Triste, mas a história está toda lá. Conciso, e bastante claro para mim. Boa sorte!
Um texto que abre para várias interpretações: ela morreu no incêndio? Era um encontro para troca de presentes no dia dos namorados e ela não foi? Ela morreu no incêndio? Porque ele estava feliz. Em psicanálise existe um conceito chamado SOBREDETERMINAÇÃO, que fala basicamente que um determinado fenômeno psíquico pode ter uma multiplicidade causas por trás. O texto parece seguir o caminho de várias leituras.
Nossa, que texto. Quando a gente pensa que vai enveredar por um caminho óbvio, é justamente quando nos deixa com o real na mão. Diria que se trata de um texto psicanalítico. Tal qual quando saímos boquiabertos de uma sessão. Diante do nada, o silêncio. Congratulações.
Um texto simples, mas que nos obriga a mais de uma leitura. Foi bom!
Em regra, todo micro conto deve deixar lacunas para o leitor preencher. Quer dizer, deve haver uma estrutura-base, sobre a qual a pessoa que lê ergue sua própria interpretação, criando sua própria história. Notei essa tentativa aqui, mas creio que essa estrutura, esse esqueleto, ficou demasiado frágil, impedindo a concepção de uma narrativa fiel à proposta inicial. Temos o sujeito no restaurante, alguém que acaba de provocar um incêndio ali, enqunto que, no tal shopping, outro incêndio ocorre, talvez provocado por sua amada. Um casal de incendiários? Seria isso? Esse é o problema, não dá para ter um mínimo de segurança nessa interpretação… Não sei, acho que faltou alguma coisa para amarrar melhor essas pontas. Espero que outros leitores possam entender a história melhor do que eu. De todo modo, boa sorte no desafio.
O enredo fluiu, e o tema é tão comum que fica difícil dar um tratamento original a não ser que você quebre as regras. A aclimatação ficou aconchegante, fui apresentado aos personagens, mas quando eu estava já experimentando a tensão antes do “punch”, flopei! rsrs
A sugestão (foreshadowing) de que a moça foi no shopping que estava pegando fogo não foi suficiente.
Olá, tudo bem? Pra mim o final ficou muito aberto. Em minha interpretação ela nunca vai chegar, pois você destacou o incêndio no shopping e depois insinuou que ela foi comprar o presente dele, quero crer que essas partes não estão ali de graça, não é? Acho que faltou surpreender o leitor. Obrigada pela atenção!
O eterno tema das artes: o amor…………a rejeição………do amor………a narrativa busca uma profundidade do sentimento, e até do personagem………..a imagem que minha mente criou remete à Belle Époque……….um homem de chapéu fedora e terno velhos, num restaurante central decadente…………..em seu enésimo encontro com a solidão………..
Espera e indecisão corroem o coração e a mente e deixa o indivíduo lento e sem ação.
Boa sorte!