1.
Tudo mudou no dia que o pai disse: “Meu filho, se quiser ser alguém nessa vida, leia muito! ”.
Inácio estava então com nove anos de idade. Nove anos! Fez as contas e descobriu que havia perdido dois anos de leitura. Se tivesse seguido aquele conselho logo que aprendeu a ler, quem sabe já seria alguém.
A infância adquiriu outro significado. Ler era só o que importava. Não havia tempo a perder. Com tantos livros e textos, por que alguém deveria se ocupar com qualquer coisa que não fosse a leitura?
Não queria brincar com outras crianças. Esportes coletivos o deixavam preocupado. Se uma partida de vôlei ou de futebol durasse trinta minutos, quantas páginas poderiam ser lidas nesse mesmo intervalo de tempo?
Matemática não tinha nada de atrativo. Nada! Um monte de figuras que mudavam de forma conforme o sinal que se colocava entre elas. E até a ordem das figuras era importante de acordo com o sinal usado, porque o resultado mudava. Ler números não era legal.
Um dia, o professor de Artes pediu que fizessem um desenho. O tema era “O que me inspira”. Inácio demorou exatos três minutos para desenhar uma moldura nas bordas da folha de sulfite. No interior da moldura, escreveu um longo texto, cheio de inspiração. Ficou revoltado ao saber que seu desenho fora classificado como “simplório”.
A festa de aniversário daquele ano teve um bolo em formato de livro. E a todos os convidados Inácio pediu um livro de presente, no que foi prontamente atendido. Só a sua tia Olga trouxe uma fantasia estúpida de super-herói. Inácio nem experimentou.
2.
Quando os primeiros sinais da adolescência surgiram, Inácio buscou nos livros a explicação para cada um deles. Mudança na voz, espinhas, barba, cada novidade foi investigada e seus mistérios foram revelados.
Os livros o ensinaram a melhor forma de cortar a barba, de modo a evitar que os pelos ficassem encravados e a pele ficasse irritada ao final do processo. Também aprendeu por que sua voz estava mudando tanto. O efeito dos hormônios no corpo (tanto masculino quanto feminino) foram cuidadosamente estudados. E Inácio aproveitou para aprender algumas técnicas de sedução, que nunca foram colocadas em prática.
O pai deu um alerta que estavam gastando muito com livros, na tentativa de diminuir a ânsia do rapaz pela leitura e despertar interesse por outros assuntos. Inácio passou a pegar livros emprestados nas bibliotecas públicas e da escola. A mãe quis proibir a leitura durante as refeições, mas percebeu que Inácio comia correndo para poder retornar logo para suas páginas. Uma pilha de brinquedos diversos juntava poeira no canto da casa: patinete, jogos de tabuleiro, videogame, kits de desenho e pintura, uma guitarra novinha em folha.
Não havia maneira de diminuir a atração que Inácio sentia pelos livros. Eles o ajudavam a enxergar o mundo. Para Inácio, sua jornada em busca do conhecimento era tão grandiosa quanto o capitão Ahab caçando Moby Dick, ou Frodo levando o anel para ser destruído, ou a vingança de Edmond Dantès contra seus algozes.
3.
Com o passar do tempo, uma coleção de gostos e hábitos peculiares tornou Inácio uma espécie de “amizade excêntrica”. Seus amigos aprenderam a conviver com suas esquisitices e até gostavam delas.
Nas festas, era comum ver Inácio sentado num canto do sofá com um livro à mão. Cinema, só se o filme fosse legendado. Nas viagens o único interesse de Inácio se concentrava nos sebos e livrarias do caminho.
Foi na festa de dezenove anos que Inácio viu Babel pela primeira vez. Amiga de um conhecido, a moça apareceu na festa naquele estilo bem brasileiro que dispensa o convite formal. E logo chamou a atenção que um rapaz daquela idade estivesse fazendo uma festa à fantasia com tema literário.
Babel reconheceu na festa os três mosqueteiros, Alice e o gato risonho, um tal de Aureliano Buendía (que mais parecia uma pessoa sem fantasia, não fosse o cartaz pendurado com a identificação), um homem que era metade barata, metade gente, um grupo de bichos comandados por um porco, que parecia ser o chefe. Babel reparou que Inácio estava fantasiado de moinho, e quando perguntou a razão daquela fantasia, Inácio respondeu que estava esperando Dom Quixote, que ainda não tinha chegado.
Além da fantasia, Inácio segurava um livro nas mãos, Manual de Manutenção de Moinhos de Vento. “É para o caso de eu passar mal no meio da festa”, justificou.
E foi assim que Babel se descobriu apaixonada por aquele ser esquisito.
4.
A rotina de Inácio continuava a mesma. Já a de Babel havia mudado bastante desde a festa. Ela precisava descobrir um meio de encontrar aquele garoto novamente. Por meio de seu amigo, descobriu onde ele morava, onde trabalhava, os lugares que costumava frequentar. Montado o cerco de vigilância, não demorou para cruzar com Inácio.
Oi. Oi. Lembra de mim? Pra falar a verdade, não. Fui na sua festa. Foi? Fui! Você tava fantasiada de quê? De nada, fui normal. Ah, lembrei. Lembrou? Lembrei, achei que você estava fantasiada de Hermione, mas depois percebi que você não tinha varinha. Ah, legal. Deve ter sido o cabelo ruivo. Pode ser.
A conversa não durou mais que cinco minutos. Se despediram prometendo “se encontrar por aí”. Babel saiu nas nuvens, e com uma missão urgente: descobrir quem era Hermione.
Dois dias depois, Babel aguardava na vitrine quando viu Inácio chegando. Correu pegar um livro na prateleira mais próxima assim que Inácio entrou na livraria. Dessa vez, ele a reconheceu.
– Babel?
– Oiiii. Desculpe, é Ítalo, certo?
– Inácio!
– Isso, Inácio. Desculpe. – Inácio Albuquerque Nunes. Sabia nome e sobrenome dele. Ela se sentiu uma garota de 13 anos.
– Dando uma olhada nos livros? O que você está lendo?
– Ah, nada de mais. Peguei esse aqui para passar o tempo…
– “Cozinhando com Aristóteles”?
– É…então…
Inácio olhou para o teto e colocou as mãos nos bolsos. Ela arriscou:
– Você não pode me indicar alguma coisa para ler?
– Hum…tá bom.
Passaram as próximas duas horas e meia na livraria.
5.
Babel estava nas nuvens. Deitada em sua cama, ela só pensava no seu próximo encontro com Inácio. Mas aquele lance de livros era terrível. Os autores mais famosos e os livros clássicos, tudo bem, ela conhecia, mas passou disso e ela se enrolava toda com nomes e títulos.
A tarde na livraria foi um misto de encantamento e show de horrores. Babel conseguiu cometer mais gafes naquele dia do que em toda sua vida. Cada comentário era sucedido de um silêncio constrangedor que durava uns cinco segundos, seguido de um sorriso conciliador de Inácio.
Quando Inácio mencionou que já estava cansado de Agatha Christie, Babel sugeriu que ele ouvisse o novo hit de Ariana Grande. Depois ela viu um livro de Raymond Chandler e perguntou se ele gostava de assistir “Friends”. E quando ele pegou um livro escrito “Capote” na lombada, ela comentou “Você lê sobre tudo mesmo, hein? Até livros sobre roupas”.
Para cada comentário infeliz, Inácio dava risada e balançava a cabeça. Só quando chegou em casa e foi relembrando cada momento Babel resolveu pesquisar sobre os nomes vistos nos livros. Quem sabe eles seriam uma versão moderna de “Eduardo e Mônica”, e poderiam se dar bem mesmo com suas diferenças.
6.
Já havia passado dois meses desde a festa à fantasia. Desde então, Babel havia encontrado Inácio seis vezes, todas de forma “acidental” em livrarias ou bibliotecas.
Em nenhum momento ele demonstrou qualquer sinal de interesse por ela. Sempre a tratou bem, mas estava claro que ele só enxergava ali uma amizade. Babel começou a pensar nos meios para contornar essa situação.
Ela vinha tentando conhecer um pouco mais sobre literatura. Estava aprendendo uma porção de coisas novas, mas era difícil guardar tantos nomes e personagens e enredos, ainda mais sem ter lido os livros que ela ouvia falar.
Naquela manhã, Babel não havia saído de casa com planos de encontrar Inácio. Estava andando pelo centro quando, ao passar por uma das cafeterias que mais gostava, reconheceu o amigo lá dentro. Ao avistá-la, ele veio até ela e perguntou:
– Tá sabendo da festa de sábado?
– Sim. Você vai?
– Vou.
– Quer ir comigo?
Babel arregalou os olhos. Sem saber o que responder, falou a primeira frase que veio à mente.
– Tipo um casal? Tipo Capitu e Bentinho?
Inácio fez uma expressão de dúvida e depois caiu na risada. Ela tentou corrigir, mesmo que ainda não tivesse entendido o ato falho.
– Eu quis dizer…tipo Romeu e Julieta?
– Meu Deus, ou você me trai ou eu morro. E você morre junto! Melhor, não.
– Ai, desculpa…eu quero ir com você, isso que eu quis dizer.
– Tá bom. Me passa o endereço.
7.
Inácio e Babel ainda se encontraram algumas vezes antes do início do namoro. Por mais inesperado que pareça, a iniciativa partiu de Inácio. Depois da festa, Babel já estava perdendo as esperanças, e foi então que ele passou a se interessar. Ele conta que aquela foi a primeira festa que ele não sentiu falta de ficar sentado no sofá lendo seu livro.
A coisa começou a ficar séria depois que ela sugeriu guardar os livros dele em saquinhos plásticos. E ela ouviu o primeiro “eu te amo” depois de dar uma poltrona de leitura para ele.
Babel aprendeu a apreciar alguns tipos de leituras e já se sente relativamente confortável numa livraria, mesmo que Inácio não esteja no seu campo de visão. Inácio já foi a três festas sem levar nenhum livro. E já cogita não chamar seu primogênito de Shakespeare.
Resumo: rapaz que é leitor contumaz é resgatado para o mundo real por uma garota, por quem se apaixona.
Impressões: Trata-se de uma fábula, de escrita simples mas eficiente. O autor revela, nas entrelinhas, ser bom conhecedor de literatura, ao construir uma história de amor “improvável-mas-nem-tanto” entre um nerd devorador de livros e uma garota que por ele se sente atraída. No início fiquei um tanto desconfortável por conta do ar de parábola conferido ao texto, mas depois que Babel aparece a trama ganha cores, criando-se de fato uma narrativa — como consta do texto, um “Eduardo e Mônica” literário. Percebo, entretanto, que o autor poderia nos oferecer muito mais do que essa história simpática porém facilmente esquecível. A maneira como escreve revela alguém que possui um arsenal muito mais amplo do que reflete esta singela história de amor. Espero vê-lo outra vez por aqui, ousando mais, sem medo de descer às profundezas.
meu caro, Bonsai Pinus, ou seria minha cara? Bem, fato é que gostei muito da sua história. Cá com os meus botões estou a pensar que os nossos amigos escritores do desafio não apreciam serem gozados em uma história de alguém que é fissurado em livros. Uma história criativa, muito bem escrita. Você tem intimidade com as palavras, sabe lidar bem com elas. O enredo é simples e linear. Um cara apaixonado, seguindo o mandato familiar, pelas leituras conhece uma moça, que não entende de literatura e que se apaixona por ele. Mas reitero, senhor, ou senhora Bonsai, que você tem talento e que será muito legal vê-lo/vê-la no desafio que está vindo. Meu abraço de parabéns pela sua história, me lamentando aqui que ela não passou para a fase seguinte.
O personagem envolve Inácio, um jovem solitario,tido como “diferente” e com forte inclinacao aos livros, até a chegada de uma jovem que mudou sua vida.
Conto envolvente com leitura e personagens marcantes.
Leitor Inácio
Resumo
A vida de um leitor viciado em literatura e desatualizado em relação aos relacionamentos interpessoal é transformada pela chegada de uma mulher de comportamento oposto.
Comentário
O legal desse conto é o contraponto de nomes, que por certo não foi proposital, ou foi, sei lá.
Tendo Inácio um dos significados de duplo alcance, Ardente, o título se reescreveria como Leitor Ardente,o que define muito bem a personalidade desse jovem em constante busca do conhecimento. Já Babel, vai direto no que de fato ela gera no personagem título: Confusão. E como a Confusão das línguas no episódio bíblico, gera a princípio o desenlace e depois gera novidade, cria o contraponto e o equilíbrio entre o ardente leitor e a realidade. Gosto disso. Assim como gosto do Conto em geral. Há uma quebra de sequência deliciosa, justamente quando eles se encontram fora do ambiente dele, o que dá uma nova forma para o andamento do Conto e da relação.
É óbvio que eles vão ficar juntos desde que ela decide que serão o novo Eduardo e Mônica, isso é mais que intertextualidade, é dica de direcionamento clara, mas, não tira a beleza do texto, embora quebre o suspense.
RESUMO:
O texto traz a história de Inácio, um leitor, que recebeu cedo o incentivo do pai para se dedicar à leitura. Mostra também sua insatisfação com outras atividades que não tinha ligação com os livros e ainda algumas inquietudes suas como aversão aos números, outras situações na escola e até em seus aniversários.
Inácio é meio louco por livros e leitura e aparentemente envolto neste seu universo; crente de que qualquer mistério possa ser desvendado através dos livros.
Seu mundo sofre uma transformação ou bagunça, ainda que pequena, a partir da chegada de Babel (o nome talvez tenha sido escolhido por esta razão).
E surge um romance que tem seu desfecho num final (até onde se sabe)
feliz.
CONSIDERAÇÕES:
Texto bem desenvolvido, apenas com uns pontos confusos. Dificultando entender quem é quem em alguns dos diálogos.
A trama é bacana, em alguns momentos você pode visualizar a cena que o autor descreve. (Gosto disso)
Resumo: Jovem que não se interessa por nada a não ser pela leitura.
Aprendeu desde cedo o valor de um bom livro.
Trocou experiências pelo prazer de ler.
Conheceu uma pessoa por quem no final se interessou.
A garota mantinha os mesmos desejos por livros. Entretanto raramente acertava um titulo ou o personagem de uma obra conhecida.
Considerações: Me identifiquei com inúmeras partes deste conto. De modo geral ele faz uma certa alusão com a minha realidade. Mudaria a versão da garota de aluada (imagem que me passou) para alguém mais perspicaz.
Resumo
Inácio é obcecado por livros desde criança, quando o pai lhe disse que a leitura seria imprescindível caso ele quisesse ser alguém na vida. Não obstante sua obsessão por livros, Inácio é querido e consegue desenvolver uma vida social sadia. Um dia, uma moça comum interessa-se por Inácio e usa seu interesse por livros para aproximar-se dele. Depois de algumas gafes literárias, Babel consegue finalmente ser notada por Inácio, que a pede em namoro.
1. Aplicação do idioma
Bom uso do idioma, porém sem destaques de estilo, vocabulário ou figuras de linguagem.
2. Técnica
A narrativa, apesar de linear, é fluída, politicamente correta, sem adjetivos em excesso, com descrições bem funcionais e com o mérito de não se fazer enfadonha em nenhum momento.
3. Título
Adequado, porém pouco incitante.
4. Introdução
Pouco original, ainda que eficaz.
5. Enredo
Um enredo interessante, apesar da trama pobre.
6. Conflito
O conflito aparentemente limita-se à vida amorosa do protagonista, no entanto pertence antes a sua pretendente, o que talvez empobreça o conto.
7. Ritmo
O desenvolvimento do enredo é demasiado linear, apesar da narrativa fluída, isto somado à superficialidade do conflito prejudica o ritmo da história. Ou seja, a narrativa não desperta ansiedade no leitor, apesar da leitura agradável.
8. Clímax
A pobreza, quase ausência, do conflito prejudica o clímax e, ainda que o autor pudesse optar por alguma surpresa no arremate, não o faz.
9. Personagens
Os personagens são bem delineados e, principalmente o protagonista é bastante carismático.
10. Tempo O autor demora-se em fatos menores da infância e adolescência do protagonista de forma a quase enfastiar o leitor, fosse a trama mais rica e também a história poderia ser mais dinâmica.
11. Espaço
As descrições estéticas limitam-se ao extremamente necessário, poderiam ser mais ricas, o que auxiliaria o leitor a reportar-se para os cenários dos eventos.
12. Valor agregado
Aparentemente no há crítica implícita, apesar de peculiar, Inácio é sociável e politicamente correto.
13. Adequação ao Tema
Supostamente, um conto de comédia, ainda que ineficaz, tanto que chega-se a questionar se o leitor não interpretou literalmente o tem “fantasia” e as justificou com as indumentárias das festas temáticas promovidas pelo protagonista
Inácio vive de leitura e até a convivência com Babel – namorada? – fica meio difícil. Ele lê desde criança – nove anos – e com isso encontra peripécias na família e na convivência social.
O texto é tudo menos um conto porque perpassa um longo período da vida de Inácio. É uma bela crônica sobre o bem – e o mal também, em certos aspectos, de um leitor inveterado.
A história de um leitor inveterado. Bastante bom. De comédia não é, penso eu. Portanto só pode ser de fantasia.
Adequação ao tema: O que se adequa ao tema de fantasia é, principalmente, aquela festa de fantasia.
Aplicação ao idioma: Bom.
Técnica: Tem boa técnica para escrever, consegue despertar o interesse do leitor quando este pensa que se vai aborrecer com o tema.
Trama: Achei todas as partes interessantes. Gostei, principalmente, da parte em que lhe pedem para fazer um desenho que lhe inspire, na aula de artes. Tendo eu também sido uma péssima aluna de artes, compreendo o seu desagrado em relação à nota, depois de ter feito o seu melhor trabalho… de português…
Impacto: Muito bom.
Nota de um a cinco? 3.
Resumo:
Leitor Inácio. Bonsai Pinus.
Lamenta o tempo sem ler. Lia, interpretava, não queria saber de brincadeiras ou esportes.
Desenha moldura em minutinhos, em aula de artes, faz texto grande. O livro ensinava tudo que precisava. Em aniversário presenteia livro.Tema de festa e Bolo formato de livro. Lia até na hora das refeições.
Encontro com namorada, viagens, selos e livraria e os filmes legendados.
O nome de seu primogênito, será Shakespeare.
Considerações.
Soube descrever bem o perfil de um leitor assíduo.
O conto narra a história de Inácio, um rapaz que desde os 8 anos de idade passou a ler de forma obcecada. Em uma festa conhece Babel, que se apaixona de imediato pelo rapaz. Aos poucos ela se aproxima de Inácio através de seu amor pela leitura, até que ficam juntos. Inácio diminui levemente sua ânsia por leitura, chegando a ir em festas com babel sem a presença dos livros.
Conto bonitinho, bem amarrado e criativo. Porém que fique bem claro, totalmente fora do tema. O tema era fantasia, no sentido de: cavaleiros, dragões, etc.. e não da vestimenta “fantasia”. Mas ainda assim, mesmo fugindo do tema, é o melhor que li até agora. Parabéns.
Sinopse: Inácio é um garoto excêntrico que adquiriu o hábito de leitura na infância, se tornando uma obsessão na vida adulta. Ao longo do conto ele conhece uma pessoa que vai mudar sua vida.
Considerações: o conto é mais um romance juvenil do que um humor. O mais engraçado é o autor abordar a fantasia nerd da garota perfeita: uma mulher que vai curtir os mesmos gostos que você e aguentar todas as suas esquisitices. O esforço de Babel é incomum para qualquer mulher, por mais bem disposta que ela seja para ter uma atitude em relacionamento. Uma versão idealizada de uma fantasia nerd.
Nota: 3