EntreContos

Detox Literário.

Θ∫ ηU’μΣℝ0∫ (Rubem Cabral)

Os numeros

 

Quatro é verde e cheira muito bem; um misto de lavanda e grama recém-cortada, com um toque de eucalipto, que queima as narinas. É orvalho às cinco da manhã, ainda dependurado nos pelinhos das folhas. Tem certo doce-azedo de frutas do bosque que faz a língua salivar, e também soa macio e harmônico. Curiosamente, os múltiplos de quatro geram imagens ainda mais intensas, onde eu consigo perceber cada número isolado, todos eles empilhados e estendendo gavinhas, abraçando uns aos outros feito videiras. Se me sinto triste, basta imaginar um campo tremulando de trevos de exatas quatro folhas simétricas, e eu deitando num leito macio e frio, acarinhada por mil vilosidades, por algum amante carinhoso e competente. Pergunte-me por alguma potência impossível de responder sem calculadora e eu já sei a resposta. Quatro elevado a quatro elevado a quatro elevado a quatro… A resposta é táctil e me diz seu nome com um sussurro. Eu já a conheço antes de pensar, pois já a senti e a enxerguei em sua totalidade, pois já somos velhas amigas.

Números pares são arredondados e lisos, não espetam a mente feito os ímpares, sempre cheios de farpas. Às vezes é difícil lidar com os os ímpares, e em especial com os primos. Primos são sempre amarelos e amargos e gelatinosos, cheiram a cerume e me embrulham o estômago. São coisinhas tristes, solitárias para sempre, sem divisores, infinitamente egoístas. Às vezes, como num exercício ao avesso dos meus gostos, imagino a coisa mais terrível, mais dissonante e repugnante, e enxergo então um número primo gigantesco.

יהוה

— Rosa! Tá sonhando acordada, menina? Vamos, quais são os resultados da equação trigonométrica número sete? – a professora me perguntou, impaciente, poucos dias antes de sair em licença-maternidade.

— Eu outra vez, fessora? – reclamei.

Gosto das curvas – parábolas – quando elas cruzam o eixo X feito sorrisos, as senóides são trilhos duma montanha russa, mas as retas paralelas que nunca se encontram me davam dor de cabeça e angústia, coitadinhas. Dizem que se encontram no infinito, mas talvez não… Já tinha as respostas sopradas em cores e notas musicais e quando estava por responder pensei que o π sempre me apavorou, por sua infinitude. Bobagem! π com meras quarenta casas decimais tinha precisão suficiente para um círculo do tamanho do universo… Quem precisa de infinitos?

Então, um homem já adulto, porém jovem, entre 25 a 30 anos, bateu à porta da sala de aula e a entreabriu. Ele tinha a pele de quem fora amigo do sol e cabelos que sempre foram íntimos do vento, pois traduziam seus torvelinhos invisíveis em espirais Mandelbrot de tons castanhos.

— Bom dia! Professora Mara? A senhora me dá licença? Desculpa interromper…

Havia sal em sua voz, e espuma e maresia… Uma rispidez gentil, de barba por fazer. Medi-o com os olhos e observei que ele talvez tivesse proporções áureas como o homem vitruviano. Ou eu estava fazendo concessões, aproximações convenientes?

— Não tem problema. Pode entrar – ela respondeu.

— Prazer – ele apertou a mão da professora. — Meu nome é Luca Martins. Fui contratado para substituí-la a partir da semana que vem. Soube na secretaria que a senhora estaria aqui e vim dizer um “alô” – e ele entreabriu os lábios e exibiu uma fileira de pérolas perfeitas.

— Ah, que simpático! Muito obrigado! – A professora sorria, corada, mais que o devido para a futura mamãe de gêmeos. — Meninas e meninos: eis o novo professor de matemática. Sejam legais com ele ou ele me contará tudo quando eu estiver de volta! E aí, ó! – Ela fez o gesto de um puxão de orelhas.

Toda a turma gargalhou em coro. Luca era todo sorrisos, cada um mais luminoso que o outro. Naquela tarde fucei os livros do meu irmão que cursava engenharia e aprendi como resolver equações paramétricas, apenas para desenhar cardióides e borboletas.

“Luca”: quatro letras, no alfabeto L=11, U=20, C=3, A=1, a soma dá 35, 3+5 = 8, 8 = 4 + 4. Era múltiplo do meu número favorito…

יהוה

— Rosa, se você ficar olhando pro professor sem piscar assim, vai acabar tendo um descolamento de retina! Quer um colírio? Ou o Luca é colírio suficiente?

— Ah, Beto! – Cochichei. — Até parece que você não deu umas “secadas” também.

 — A senhora é ve-ne-no-sa! – ele brincou, quase miando em falsete. — É muito velho pra mim, bitch! Tá louca? Tenho só dezesseis, em nome de Cazuza, Renato Russo e Kid Vinil… – ele se benzeu e beijou os dedos.

Beto dizia que não era gay, que apenas inventara uma personagem – Betty Bloopers – e brincava comigo o tempo todo. Era o aluno mais alto da turma e bolsista e medalhista carioca de judô, então ninguém se metia com ele.

Naquele dia o professor havia começado a falar de derivadas, depois de rever se lembrávamos bem de limites.

 — Rosa, você poderia demonstrar usando limites o porquê da divisão por zero resultar em infinito?

Levantei e escrevi as frações 10/5, 10/2, 10/0,5 no quadro. Expliquei:

— Os resultados são 2, 5 e 20, ok? Se eu dividir 10 por 0,005, digamos, dará 2000. Se chamarmos o denominador de “n”, podemos dizer que quanto mais este se aproxima do zero, vejamos, 5 x 10-100, os quocientes vão ficando cada vez maiores, gigantescos. Como o número de frações menores que um, mas maiores que zero, é virtualmente infinito, podemos dizer que quando “n” tende a zero, o resultado tende a infinito.

Luca assoviou: — Minha nossa! Pensei que você traria alguma coisa formal, do livro de vocês. Mas essa explicação, tão simples e natural, é tão mais… matematicamente bela. Galera, uma salva de palmas pra Rosa!

Shantay, you stay! – Beto falou baixinho e me beliscou o braço, conforme eu me sentava.

Eu corei, se eu tivesse uma concha, me “ostraria” naquele instante. Tentei passar o resto da aula sem chamar muita atenção.

יהוה

Duas semanas depois, ainda que eu houvesse evitado, tornei-me a favorita do professor. Aquela derivada que ele sabia que ninguém resolveria, ele me “presenteava” e elogiava com admiração sincera a minha solução. Às vezes ficava alguns minutos após as aulas e me trazia livros muito avançados. Ensinou-me cálculo integral, embora não fosse matéria do secundário, como calcular volumes de curvas que giravam e formavam sólidos no espaço ℝ3.

Certo dia, ao sair da aula, vi uns papéis rabiscados. Um esboço de trabalho teórico. Curiosa, perguntei: — O que é isso, professor?

Ele desconversou de início, mas explicou-me: — Há uns problemas na matemática que parecem não ter solução. Um deles, a Conjectura de Poincaré, contudo, foi finalmente resolvido por um russo em 2003. Então, dos sete problemas originais e famosos, ditos insolúveis, restaram agora seis. Eu tive uma ideia pra provar um deles, a Conjectura de Goldbach, mas acabei por não chegar a lugar algum depois de meses de exploração teórica e galões de café. Foi muita pretensão minha, de qualquer forma…

— E o que é essa tal…?

— Christian Goldbach afirmou em 1742 que “todo número inteiro par e maior que 2 pode ser representado pela soma de dois números primos”. 10 é 7 + 3 ou 5 + 5, por exemplo. 12 é 5 + 7, etc. Parece bobo, mas como se provar que a propriedade é válida em todos os casos? Não basta criar um programa de computador, digamos, e confirmar que funciona até 10 sextilhões. É preciso provar que funcionaria sempre, entendeu?

— Entendi. Parece complicado.

Repentinamente, sem pensar melhor, perguntei: — O senhor poderia me emprestar suas anotações? Só por curiosidade? O senhor sabe que sou sinestésica com números, né?

— A professora Mara comentou… É um talento incrível!

— Então? Por favorzinho?

Ele hesitou, porém depois deu de ombros: — Olha, é só um beco sem saída e você não vai entender a maior parte… Eu posso emprestar; tenho cópias, naturalmente, mas me devolva inteiro, ok? Eu gosto de reler meu original quando estou sem sono… E você não pode compartilhar com ninguém!

יהוה

Voltei à casa segurando a pasta como se esta contivesse o Santo Graal. Como ele havia comentado, existiam muitas notações e símbolos estranhos que eu não compreendi, mas depois de algumas pesquisas, comecei a entender o processo de raciocínio que Luca havia utilizado. Genial! Havia toda uma nova extensão à Combinatória! Depois de algumas horas, sem perceber onde aquilo iria desembocar, comecei a visualizar o processo somente dando voltas em si mesmo, e os números resolveram então conversar comigo.

“É preciso não ter medo”, sussurraram. “Encare o infinito, pois ele não está além; está em tudo ao redor!”.

Sim, mesmo entre dois modestos algarismos nos espreitava o infinito. O maior número de todos, o menor número de todos, o π em sua totalidade, as dízimas em precisão absoluta… Doía tentar enxergá-lo, perceber o que ele cantava, tentar tocá-lo, prová-lo. Mesmo sobre os ombros do maior número que eu pudesse imaginar, eu não estaria mais próxima dele do que estaria ao partir do zero. Era preciso resumi-lo, feito o tetragrama hebraico, ou a curva leminiscata, aquele oito deitado, começando e terminando em si mesma. Conceber uma forma de lidar com o inconcebível era a chave.

Imaginei o Nada, o não-espaço, um ℝ0. Não o vácuo do universo, mas o que estaria além de suas bordas, o que não espera porque não está dentro do tempo, o que ainda não existe e que o universo reclama para si enquanto se expande e vem então parir mais de si mesmo. Ali, piscando debilmente conforme eu me aproximava oriunda de lugar algum, estava ele, minha representação do todo, e ele brilhava como uma esmeralda e soava como um velho sino de bronze. E aninhada então em suas curvas, observando toda sua estrutura subjacente, todos os primos farpados e amarelos espiralando em sua direção, eu compreendi o padrão.

Dormi por dezoito horas seguidas. Acordei sacudida por minha mãe e, ainda com um prato de cereal em mãos, comecei a escrever, e só parei depois de sessenta páginas cheias de anotações e símbolos esotéricos.

יהוה

Na terça-feira devolvi o material do Luca e entreguei minhas anotações. Passei uma hora depois da aula explicando o que eu havia criado. De incrédulo, ele passou a muito emocionado! Deu-me um beijo na bochecha e um abraço trêmulo e se despediu, com um sorriso bobo no rosto.

Na sexta, uma senhora de cabelos afro se apresentou à turma. Ela comentou brevemente que o professor Luca havia se demitido e que o substituiria até o final do semestre. No mês seguinte, um jornal publicou sobre a possível solução da Conjectura de Goldbach realizada por um jovem professor brasileiro.

Chorei no ombro do Beto depois das aulas, enquanto contava o ocorrido.

— Se eu esbarrar com esse filho da puta por aí, Rosinha – ele bufou, com os olhos faiscando. — Eu garanto que quebro todos os ossos dele em números primos! Mas vou te dizer uma coisa: que burrice a tua, de confiar assim!

— Como assim?

— Ele agora ficou famoso, às suas custas, ô lesada! Quer uma ferradura de ouro?

— Mas eu tô triste é por causa da traição, Beto! Digamos que, hã, retirei – sem querer, claro – quatro páginas essenciais ao que eu escrevi. Ele não deu falta provavelmente, mas a coisa toda não fará sentido algum sem elas. Ia entregar depois, se ele partilhasse os créditos comigo.

— Mas, mas…  – e Beto abriu um sorriso do tamanho do seu torso.

— “Luca” resulta múltiplo de quatro no alfabeto usado no português, mas a conta dá 37 no alfabeto internacional, com K, W e Y.

— Ai, pelo amor de Cher! E daí?

— 37 é número primo, ora! É horrível! Não confio neles!

Beto gargalhou e me abraçou. Comentou depois que estava saindo com a Carlinha, uma menina do 3° ano.

Mulherrrrrr?! – Provoquei.

— Digamos que é minha experiência lésbica, monstra! Preciso de algo pra contar pros meus netos antes de virar glitter.

Rimos e saímos de mãos dadas pelo pátio, enquanto eu secretamente refletia sobre explorar as soluções de todos os demais problemas ditos insolúveis. Não perderia horas a descobrir equações que desenhassem lágrimas ou corações partidos.

93 comentários em “Θ∫ ηU’μΣℝ0∫ (Rubem Cabral)

  1. Ana Carolina Machado
    27 de abril de 2018

    Oiii. Eu gostei muito do conto e ele conseguiu algo mágico me fez ver a matemática de uma forma diferente, sempre tive dificuldades em conseguir visualizar as formulas e expressões matemáticas na prática e a forma como a matemática é apresentada no conto me deu até vontade de dá uma nova chance para a matemática. Por causa da relação meio hostil com a matemática escolhi/faço um curso que quase não tem matemática. A Rosa fez uma jogada genial no fim quando não entregou todas as folhas para o professor que queria pegar a ideia dela e acho até que esse conto daria para ter uma continuação ou poderia ser usado para incentivar as pessoas a gostarem de matemática. Parabéns. Abraços.

  2. Sabrina Dalbelo
    27 de abril de 2018

    Oh! Oh!!!!

    Uma salva de palmas em números inteiros, pares, rosados, afetuosos e inteligentes!
    Parabéns!
    O teu texto é mágico e tem tudo o que precisa.
    Tem uma jovem gênia da matemática arrasando na esperteza. As figuras de linguagem usadas foram ótimas: metáforas, personificações. Bravo!
    A matemática é linda.
    E me admiro de ver alguém que domina a escrita e tanto conhecimento de matemática, juntos! Isso é possível, sim!
    O amigo quase-gliter deu um charme, inserindo um personagem secundário engraçado, para quebrar o gelo das exatas.
    Parabéns!

  3. Cirineu Pereira
    26 de abril de 2018

    Hum… apesar da protagonista e demais personagens muito bem caracterizados, apesar do bom ritmo da narrativa e de outras virtudes menos evidentes, quer me parecer que a matemática é aqui um tema secundário, mas não efetivamente experimental e isso prejudica bastante minha avaliação para os propósitos do concurso.

  4. Daniel Reis
    26 de abril de 2018

    um texto em que a gematria assume as rédeas e as cores numéricas. Um talento especial da protagonista, um auxiliar interessante, um portal… hmm, seu texto tem várias características de uma história paradigmática. Por isso, acho que o experimentalismo ficou numericamente prejudicado. Mas foi uma leitura bem instrutiva e interessante! Sucesso!

  5. Amanda Dumani
    26 de abril de 2018

    Excelente conto. A temática da matemática esta sempre presente mas não domina totalmente o texto. O conto é bastante fluido e os personagens bem construídos. O leitor sendo íntimo ou não dos termos metemáticos utilizados consegue acompanhar e ter empatia com a personagem principal perfeitamente. A explicação do desfecho é boa apesar de um pouco irreal que a falta daquelas 4 páginas tenham passado por despercebido. A qualidade final do conto como um todo me faz importar muito pouco com isso. Não tenho muito a acrescentar a não ser uma curiosidade pessoal de ver como você teria abordado o 2, que é par e primo.

  6. Mariana
    24 de abril de 2018

    Sou de humanas e confesso que deixei o texto para o final, números me assustam. Ledo engano, que texto gostoso de ler. Juvenil, mas intenso e bonito. Além do mais, faz pensar – lembrei de quantas mulheres não levaram o devido crédito ao longo da história. Sei que o número de palavras foi limitado, mas desenvolva mais a narrativa quando puder, autor e dê atenção ao amigo de Rosa, o ponto menos forte da trama. Parabéns e boa sorte no desafio.

  7. M. A. Thompson
    23 de abril de 2018

    Olá autor(a).

    Também sou matemático e seu texto me interessou bastante. Posso dizer até que o usaria em sala de aula se fosse professor de alguma turma que estivesse estudando Cálculo e limites.

    Resumo: uma aluna aficionada pelos números resolve um importante problema da Matemática e quem leva o crédito é o professor.

    O que não gostei: de ela ter dito que sem as quatro páginas o negócio não daria certo, pois isso contradiz a notícia que a solução foi encontrada pelo professor.

    Boa sorte no desafio.

  8. Amanda Gomez
    22 de abril de 2018

    Olá,

    Gostei bastante do seu texto, a escrita muito descritiva e poética deixou a leitura muito prazerosa, carregada de significados. Um texto matemático, você conseguiu transformar em poesia, ritmo, cores.

    Algumas coisas ficaram confusas, claro, não sou boa em matemática ainda mais sendo avançada, mesmo assim, graças ao respaldo das palavras os números e fórmulas são sim compreensíveis para um leigo, não em sua totalidade, claro.

    A personagem me cativou, a paixão dela pelos números e em como eles influenciam em sua vida foi algo muito interessante de acompanhar, tanto que acabou o texto e eu queria mais. A sacada dela não ter confiado nele pela somatória dos números primos foi ótima, já estava chateada por achar que ela foi tapeada.

    Gostaria que você estendesse essa história, ela tem um bom potencial.

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio!

  9. Andre Brizola
    21 de abril de 2018

    Salve, Delta 4!

    Meu medo num desafio experimental é que os enredos fossem ficar em segundo plano, e que a forma sobressairia. Esse é o terceiro conto que estou lendo, mas fico muito feliz de vez que a estética utilizada é apenas complemento, e não sua característica principal. Desta forma, tenho que dizer que gostei bastante.
    Embora simples, o conto traz um enredo ágil, com personagens muito bem criados em pouquíssimo texto. Palpáveis, eu diria, de tão realísticos. E tudo embalado em uma prosa requintada, com uma estética bonita, cuidadosa e perfeita. Como a matemática.
    Você conseguiu fazer a sinestesia funcionar de forma adulta num conto que poderia se encaixar aí numa faixa mais infanto-juvenil. E isso, pra mim, é outro ponto positivo.
    Fiquei muito satisfeito com seu conto!

    É isso! Boa sorte no desafio!

  10. Rose Hahn
    21 de abril de 2018

    Caro Autor, alinhada com a proposta do desafio, estou “experimentando” uma forma diferente de tecer os comentários: concisa, objetiva, sem firulas, e seguindo os aspectos de avaliação de acordo com a técnica literária do “joelhaço” desenvolvida pelo meu conterrâneo, o Analista de Bagé:

    . Escrita: Magnânima. Aplausos.
    . Enredo: Letras e números. Amo.;
    . Adequação ao tema: Arrancou-me sorrisos emocionados. Enfim, o texto que eu procurava encontrar no desafio. Perfeito!;
    . Emoção: A relação do quatro com a natureza. O número quatro, ou o quadrado na geometria sagrada, simboliza a nossa conexão com a terra, a nossa casa. O autor fez essa relação de forma poética. A soma de Luca, na numerologia pitagórica, dá 1, e o personagem foi um típico 1. O 1 é audaz, ambicioso, vai atrás dos seus desejos, doa a quem doer.
    . Criatividade: O texto que eu gostaria de ter apresentado no desafio.

    . Nota: TOP10. Não perderá pontos por conta da minha inveja.

  11. Jorge Santos
    21 de abril de 2018

    Misturar matemática com dramas amorosos de adolescência não é fácil, mas o autor conseguiu um texto de agradável leitura. A adequação ao tema provém da linguagem matemática usada. O conto tem ritmo e sua estrutura é a tradicional. Talvez seja este tradicionalismo em excesso que impede que estejamos perante um texto excepcional. É da minha opinião que o autor deveria ter ousado mais.

  12. Gustavo Aquino Dos Reis
    20 de abril de 2018

    Conto muito bem escrito. Uau! Com ótimas construções e ritmo.

    A maneira como a matemática foi posta não me causou um afastamento, pelo contrário. Criou um elo comigo, mesmo eu não gostando da matéria.
    Louvo o autor(a) por isso.

    Agora, quanto a trama, bem, é um tema batidinho que brilhou com a roupagem que lhe foi conferida.

  13. Bianca Machado
    18 de abril de 2018

    Olá, autor/autora. Não me sinto em condições de fazer comentários muito técnicos dessa vez. Então tentei passar as minhas impressões de leitura, da forma como senti assim que a terminei. Desde já, parabenizo por ter participado!

    Então, vamos ao que interessa!
    ————————————————
    .

    Amei esse texto! Uma parte dele é poesia e matemática misturados, ficou lindo! Amo matemática. Mas odeio funções, derivadas, essa parte não me desce. E sempre achei a mesma coisa dos números primos, rsss… A outra parte, onde as personagens atuam, gostei bastante também, achei escrito em uma linguagem bem tranquila e adequada, mas a questão da descoberta dela achei meio que rápida demais, ou pode ter sido impressão minha, além disso a questão de ter aparecido a notícia sobre o professor que tinha conseguir enfim a solução da Conjectura, mas, se ela tinha tirado as páginas, como o jornal publicaria isso? Fake News? Bem, geralmente é marcada uma banca, digamos, para que o cientista possa provar que realmente conseguiu resolver… Mas nada que tire o brilho da história, a mim me agradou bastante. Parabéns!

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, βιαNca.

      Obrigado pela leitura e impressões.

      O jornal publicou sobre a “possível” descoberta da solução (“No mês seguinte, um jornal publicou sobre a possível solução…”), coisa da imprensa sensacionalista, tipo quando anunciam a cura do câncer. Não era uma revista especializada ou algo assim. Quando a coisa fosse analisada a fundo logo ficaria claro, pela incompetência do professor ao tentar explicar, que faltava algo ali. A solução da Rosa veio rápida por ela ter alcançado o infinito e poder observar o comportamento de todos os primos que irradiavam abaixo, ao reconhecer o padrão.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  14. José Américo de Moura
    16 de abril de 2018

    Um matemático que também escreve contos românticos. Achei legal, sendo eu um matemático frustado saber que a soma de 2 números primos vai dar sempre um número inteiro par maior que 2. Ebrain meu colega de faculdade trocava qualquer prazer com a mulher dele em troca de provar uma fórmula matemática. Igualzinho ao nosso professor que perdeu a chance de um grande amor para fugir com um problema resolvido por ela. A matemática não combina com o amor.

    Parabéns e sorte pra você, na matemática e no amor.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, Josξ.

      Obrigado pela leitura e pelas impressões.

      Abraços matemáticos.

  15. Renata Afonso
    14 de abril de 2018

    Oi, Delta 4!
    Vamos lá, já avisando que talvez eu seja a pior pessoa do mundo para a Matemática, embora tenha capacidade de abstração, o q acabou me salvando muitas vezes, nas provas….
    Seu texto é poético e envolvente, tem um encantamento que torna fácil e fluida uma leitura que poderia se tornar (pelo menos pra mim), um tanto cansativa.
    A história toda, o espertinho do professor sendo passado pra trás pela aluna, a figura do amigo que era sem nunca ter sido, tudo muito cativante, bem escrito, inteligentíssimo!
    A única coisa que senti falta, e provavelmente por ignorância minha, é do experimentalismo.
    Adorei muito seu conto, parabéns e boa sorte!

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, Rξnαtα.

      Obrigado pela leitura e impressões. Quis experimentar no texto com duas coisas distintas: sinestesia (a mistura de sentidos que a Rosa experimenta e é parcialmente compartilhada com o leitor com o uso de cores) e matemática, que não costuma aparecer em textos de ficção.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  16. Pedro Paulo
    10 de abril de 2018

    Olá, Delta 4.

    Muitos dos comentaristas fizeram referência à temática que move o texto, explicitando a sua própria relação com a disciplina. Por que eu faria diferente? Matemática só chegou a ser do meu gosto nos poucos momentos em que eu a entendi. De todo modo, apesar dos termos, dos símbolos e mesmo das explicações com as quais não sou familiar, o conto nos traz uma ressignificação da matemática como parte da perspectiva da protagonista, nos traduzindo a sua visão de mundo e dando um caráter distinto à narrativa.

    A trama em si não é novidade, tratando-se de um romance não correspondido com o cenário sendo a escola. Nesse sentido, eu percebi uma artificialidade, com o professor e o amigo constituindo personagens estereotipados que servem para preencher lacunas no texto. Ao mesmo tempo, o texto fala mais alto pela sua qualidade, demonstrando um amplo domínio sobre a escrita e entregando uma leitura fluida e poética

    Quanto ao experimentalismo, repetirei o que já escrevi em outra avaliação. Concebo que o experimento é do autor, dentro da sua própria proposta, cabendo a mim identifica-la e compará-la à execução. Aqui, entendo que você quis se utilizar da matemática como motora da trama, imbuída na própria personalidade da personagem, como uma filosofia de vida. O resultado é muito bom, dando uma personagem cativante. Outro ponto interessante é o uso das cores, que só percebi serem importantes no verde e no amarelo, a primeira referente ao número quatro, associada à vida (simplificando), e a outra se referindo aos números primos, sinal de podridão (simplificando). Este conto se aproveita de um enredo “ordinário” para demonstrar uma boa manipulação de significados.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ϷΣdR0.

      Obrigado pela leitura e impressões. Tentei usar a sinestesia da personagem, que é parcialmente compartilhada com o leitor, como a parte experimental.

      Obrigado e abraços matemáticos.

  17. rsollberg
    9 de abril de 2018

    Salve, Delta!

    Antes de tudo preciso confessar que passei grande parte da minha vida odiando a matemática. Contudo, de uns dez anos pra cá creio que alcancei uma maturidade maior e abandonei certos preconceitos, mudando assim minha perspectiva. Hoje considero a matéria como uma grande amiga. Ainda em regime de confissão, me vejo obrigado a revelar que adoro números ímpares, especialmente os primos. Justamente em razão de sua singularidade. Fora o 7 da Cabala, o 13 do Zagalo e o 9 do meu aniversário.

    Bem, dito isso, gostaria de parabenizar o autor pela habilidade com que conseguiu criar essa sinestesia entre os sentidos e os números. Creio que reside ai o grande mérito do trabalho, Não lembro-me de ter lido algo semelhante, embora a protagonista me traga clara lembrança de alguns personagens, a protagonista do Tópicos Especiais em Fisica das Calamidades, Marisha Pessl, da Pola Oloixarac em Teorias Selvagens e um pouquinho de Lisbeth Salander da Trilogia Millenium do saudoso Stieg Larsson. Essa última também tem uma ligação com a matemático e, se não me engano, também consegue resolver os desafios “impossiveis”.

    Ademais, embora o assunto tenha suas idiossincrasias, a escrita é ágil e acessível. Seu ritmo é ótimo, a meu ver perfeito inclusive para um público infanto juvenil, vez que as reflexões não são tão intensas e profundas.
    A trama em si é bem simples, combina com a proposta do texto, ou seja, não cria antipatia, especialmente ao leitor que já não vê com bons olhos a “matemática” e ainda teria que lidar com um enredo complexo.

    Meu único “porém” – ou dica, se é que posso fazer isso – é no que diz respeito aos diálogos. Penso que faltou agilidade, ficaram um pouco novelescos, especialmente na hora da apresentação do novo professor. Ficaram explicativos, mas não deram “voz” ao personagem, alguma característica para ajudar a construir sua personalidade, exceto que ele era um cara educado.
    De todo modo, um ótumo conto. Seguro e muito competente.
    Parabéns

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, Rαfa∑∟.

      Obrigado pela leitura e impressões. Tentarei rever os diálogos para deixá-los mais naturais. Vou pesquisar as personagens citadas, pois eu não as conheço ainda.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos!

  18. iolandinhapinheiro
    9 de abril de 2018

    Olá, Delta 4!

    Emocionante a sua estreita relação com algo tão apaixonante com é a Matemática. Gosto muito e se não tivesse descambado para as Humanas teria estudado engenharia e agora entenderia perfeitamente o desenrolar deste seu conto de amores e as expressões usadas tão liricamente ainda que trate de algo tão implacável como são os números.

    Seu conto me agradou sobremaneira. Ainda que não seja perfeito (há muito a se enxugar) foi uma experiência prazerosa, especialmente quando a relação da moça com a matemática fica realçada. Fez meus olhos brilharem.

    Como sugestão eu tiraria toda a parte da professora, que no fim das contas só existe para sair de cena e dar lugar ao professor novo. Também achei um pouco bobo o começo do conto. Desnecessário e só serviu para dar uma quebra na fluidez do texto.

    Parabéns pelo seu lindo texto, vai ficar nos meus pensamentos por muito tempo. Abraços.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ιΘ∟αή∆ιNhα.

      Obrigado pela leitura e impressões. Eu quis a cena da professora que sairia de licença para justificar o “crush” da Rosa pelo novo professor. Digo, se o Luca já fosse o professor há algum tempo já não teria o “verniz” de novidade, mas posso tentar rever o trecho, de qq forma.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos!

  19. Luís Amorim
    7 de abril de 2018

    Costuma-se dizer que o número perfeito é o 7. Mas aqui temos o quatro como força do enredo onde parece que os números até falam na estória, onde números primos vão surgindo com cores, cheiros, símbolos hebraicos. Poder-se-ia escrever o enredo com outro número? Certamente que sim, bastando uma criatividade alinhada com essa numeração. Mas o conto, não tão experimental quanto isso, tem força e poesia em si, quanto a mim, sobretudo na parte inicial. Tem um desfecho surpreendente, o que também valoriza.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ∟Ui∫.

      Obrigado pela leitura e impressões. Penso que eu poderia ter usado qq número, mesmo o sete, usei o quatro pq uma questão de TOC, hehe.

      De novo, obrigado, e abraços matemáticos.

  20. Catarina Cunha
    7 de abril de 2018

    Frase destaque: “Gosto das curvas – parábolas – quando elas cruzam o eixo X feito sorrisos, as senóides são trilhos duma montanha russa, mas as retas paralelas que nunca se encontram me davam dor de cabeça e angústia, coitadinhas.”

    Este é um conto potencialmente difícil de entender devidas minhas limitações matemáticas. Mas com algumas pesquisas básicas consegui pegar o fluxo neural da personagem. Os pensamentos matemáticos são muito envolventes, o que me ajudou a quebrar o paradigma da chatice desta matéria. A história é extremamente simples, mas para o público infanto-juvenil é perfeita.

    Os primeiros parágrafos estão ótimos, depois esfria um pouco perdendo a pegada experimental. Mas nada que prejudique.

    Parabéns por poetizar algo tão inviável.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, CαTαRϊNα.

      Obrigado pela leitura e impressões. Fico feliz de ter conseguido extrair poesia de um tema considerado árido.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos!

  21. werneck2017
    5 de abril de 2018

    Olá,

    Um bom conto que sugere uma afinidade do autor com a matemática, tema em questão na primeira parte do conto, com analogias interessantes e bem construídas. Nas partes seguintes, a narrativa parece retratar um universo mais juvenil, em tema e linguagem, estabelecendo um desnível ou, ao menos, um certo desequilíbrio. No mais, um bom conto e o experimentalismo se ateve às relações sinestésico-matemáticas. Boa sorte no desafio.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ωΣRNΣCK.

      Obrigado pela leitura e impressões. Tentei ao misturar drama juvenil com matemática obter algo diferente, feito água e óleo num texto só.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  22. Anderson Henrique
    4 de abril de 2018

    Os dois primeiros parágrafo são um deleite. O texto, como um todo, é bastante lírico, bom em cadência e melodia. Não gosto tanto de algumas muletas de texto como “Então, um homem já adulto, por”. Esse “Então” pode ser removido sem qualquer prejuízo ao texto. É um detalhe bobo, muito pequeno, mas em um texto tão bom, detalhes saltam aos olhos por destoarem do restante. Gosto muito de algumas expressões como “Havia sal em sua voz”. No trecho “Ele tinha a pele de quem fora amigo do sol e cabelos que sempre foram íntimos do vento, pois traduziam seus torvelinhos invisíveis em espirais Mandelbrot de tons castanhos”, a parte após o “pois” tem uma explicação desncessária. Eu cortaria logo depós de “íntimos do vento”. O texto é muito bom e entendo que a parte experimental esteja na questão sinestésica e matemática. Todos os aspectos do conto me pareceram muito bem planejados e cálculados, com diretio a camadas e surpresas escondidas. Parabéns.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, AήλΣR∫θN.

      Obrigado pela leitura e impressões. Como usei narrador-personagem, o “então” foi usado como espécie de recurso de discurso oral, mas poderia ser retirado sem prejuízo, certamente. Quando completei a descrição do cabelo cacheado do professor, quis falar de fractais e há um link na palavra Mandelbrot tbm.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

      • Anderson Henrique
        19 de abril de 2018

        Hum… entendi. Eu não tinha visto o link, pois li pelo celular. Além disso, as cores são uma complicação pra mim. Fui lá rever e agora faz todo sentido. Tá perdoado. Hehehe. Ótimo texto, meu amigo.

  23. S Ferrari
    2 de abril de 2018

    A sinestesia merece mesmo um espaço adequado na literatura em língua portuguesa. Meu conselho é que deve continuar a experimentar com ela. Inaugure uma série de contos a respeito. Imaginei no papel com até mesmo a presença do braile. Parabéns pela anomalia sensorial.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ∫ΣRGiθ.

      Obrigado pela leitura e impressões. Sim, penso que o tema da sinestesia é bem raro, seja em livros, seja em outras mídias.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  24. Rodrigo
    31 de março de 2018

    Delta 4, Apenas tenho a dizer que não é um conto para qualquer leitor, e não faz parte do meu leque de gostos, apenas comento porque tenho de comentar, caso contrário, não diria nada por respeito a si. Consigo ver o esforço, por isso, continue!

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, Rθdrigθ.

      Obrigado pela leitura. Não sei bem o que comentar sobre suas impressões, não percebi exatamente que partes do conto o desagradaram.

      Abraços matemáticos.

  25. Luis Guilherme Banzi Florido
    31 de março de 2018

    Bom diaa, Delta 4, td bem?

    Otimo conto! Gostei bastante! Amo matematica, e quando vi seu conto fiquei na exlectativa: sera q ia adorar, por ser um tema q me agrada particularmente, ou ficaria decepcionado por ter sido mal explorado? Sem falar que um conto sobre numeros corre o serio risco de ficar enfadonho, mesmo pros amantes da matematica, neh?

    Mas nao foi nada disso. Voce encontrou a combinaçao ideal entre matematica, poesia e amor adolescente. Muito bem!

    Preciso dizer que temos um genio aqui! Essa menina de 16 anos resolveu um dos enigmas que nenhum matematico moderno conseguiu decifrar! Ela podia mesmo aparecer no desafio de superpoderes, com um dom desses! Rsrs

    Devo dizer, porem, que nao gostei do personagem do amigo dela, que achei meio forçado e fora de contexto na historia, e nao gostei de o desfecho ter ele como peça chave, sei la. Mas isso é opiniao pessoal.

    Mas é isso ai, jamais confie no professor de matematica bonitao! Kkkkkk

    Muito bom trabalho, parabens e boa sorte!

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ∟Ui∫.

      Obrigado pela leitura e impressões. A ideia do personagem falso gay veio de um colega de trabalho que era hétero e vivia imitando gays esteriotipados para fazer graça, mas o Beto do conto é apenas um bom amigo da Rosa.

      Havia (ou há) um asperger sinestésico na Inglaterra que tem poderes parecidos: ele é uma espécie de calculadora humana por enxegar números como formas que se encaixam.

      Sim, sim, não confie no(a)s bonitões/bonitonas.

      Abraços matemáticos.

  26. angst447
    29 de março de 2018

    Apesar de não simpatizar muito com o número 4, eu gostei bastante do conto. Quatro são os lados do quadrado, quatro são as letras de AMOR. E a sua narrativa é assim: mistura a lógica dos cálculos matemática com poesia.
    Sempre associei a música, a contagem dos compassos com a matemática. Ritmo é algo calculado e ao mesmo tempo deve fluir com naturalidade, envolver como poesia.
    A parte das explicações mais nerds não me agradaram tanto, mas sei que são necessárias. Enfim, eu gostei deste experimento não muito ousado, mas delicioso de se ler. Boa sorte.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, αNg∫T447.

      Obrigado pela leitura e impressões. Quatro é um número bacana, sempre o associei ao mês de abril, um mês interessante por ser de transição, etc.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  27. Paula Giannini
    25 de março de 2018

    Olá autor(a),

    Tudo bem?

    Há anos assisti no Teatro Guaíra, em Curitiba, um espetáculo que falava de amor e matemática. Na peça, da qual não me recordo o nome, uma equação não resolvida permeava uma história de amor. Anos mais tarde, no Teatro Cultura (que na época eu administrava), assisti “Complexiótica Hermética Nível 1”, explicando o próprio amor com uma fórmula calculável. Bem, sou um zero à esquerda com os números. Isso, porém, não me impede de modo algum de apreciar seu belo trabalho. Temas não.devem, necessariamente, ser dominados pelos leitores. Se.assim fosse, seria impossível a leitura da maioria das FC, você não acha? 😜

    Confesso que sempre senti uma pontinha de inveja de sinestésicos. Algo que considero um dom, questão que o(a) autor(a) trouxe ao desafio com muita propriedade e até beleza estética. As cores, a imagem e a organização do texto ajudaram muito, aponto, porém, como ponto alto, as descrições sensoriais do que cada número evoca na protagonista.

    A trama simples, em contraponto à suposta complexidade das equações, também nos mostra uma escolha muito interessante.

    Parabéns por seu trabalho.

    Desejo sorte no desafio.

    Beijos
    Paula Giannini

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, Pαulα^3.

      Obrigado pela leitura e impressões. Fico feliz que o texto foi bem compreensível, mesmo você afirmando que não é uma moça dos números. 🙂

      Eu também tenho inveja de sinestésicos, embora em alguns casos extremos deva ser desagradável ou até perigoso.

      Obrigado outra vez. Abraços matemáticos.

      • Paula Giannini
        19 de abril de 2018

        Gostei, não. Adorei!

  28. Priscila Pereira
    24 de março de 2018

    Olá Delta 4,

    Desculpe perguntar, mas o título é Os números? Ficou bem legal!!

    Eu amei o seu texto!! A primeira parte é incrível! Eu gostaria muito de ter esse dom… Deve ter sido bem gostoso de escrever…

    A estória é bem juvenil e gostosa de ler, a parte matemática ficou bem interessante e deu um toque de inovação… Imagino que você tenha uma afinidade bem grande com a matemática, seria impossível, pra mim por exemplo, escrever um texto desse tipo…kkk

    Gostei de tudo! Principalmente da esperteza da Rosinha!!

    Parabéns e boa sorte!!

    • Delta 4
      3 de abril de 2018

      Olá, Priscila.

      Obrigado pela leitura e impressões. Sim, o título é “Os números”.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  29. Ricardo Gnecco Falco
    23 de março de 2018

    PONTOS POSITIVOS = A poesia presente onde, geralmente, enxergamos “apenas” números.

    PONTOS NEGATIVOS = A falta de um experimentalismo mais explícito na obra.

    IMPRESÕES PESSOAIS = Eu gostei das personagens que, mesmo com tão pouco destaque (o/a Luca, amigo/a da protagonista; a professora que se licencia, e até mesmo a substituta do professor substituto, que só aparece de passagem na obra), ficaram bem fixadas em minha mente. Engraçado que, mesmo com “mais tempo no palco”, o professor usurpador de ideias alheias não me marcou tanto quanto as demais personagens. Isso denota que a/o autor/a sabe como transferir os sentimentos de seu alter ego (seria a protagonista?) para os leitores. Parabéns!

    SUGESTÕES PERTINENTES = Ousar mais no quesito “experimentalismo”, aproveitando a oportunidade que este Desafio oferece para o(s) autor(es) sair(em) da caixinha… Ficaram legais os símbolos e as cores e tal… Mas, no fundo, no fundo… O trabalho soou “quadrado”, e não estou falando em símbolos matemáticos. A beleza da história reside na poesia da mesma, e no dom do/a autor/a em conseguir com maestria transmitir os sentimentos das personagens; mas isso não significa que o trabalho tenha conseguido atender (em minha análise, é claro) ao proposto por este Desafio Temático. Gostei da história (muito bonita, sensível e gostosa de se ler), mas não a considerei “experimental”.

    Boa sorte no Desafio!

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ℝicardo.

      Obrigado pela leitura e impressões. O experimentalismo está mais na sinestesia da personagem que é parcialmente compartilhada com o leitor.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  30. Fil Felix
    20 de março de 2018

    Apesar de toda a parte técnica e teórica, é um conto bastante simpático e infanto-juvenil. A forma como utiliza da matemática, numerologia e afins é ótima, principalmente o uso do quatro, que começa e termina assim. Algumas partes foram extremamente poéticas e adorei, como as descrições do professor. Em outros momentos, como a explicação dela na lousa, só foi uma passada de olhos (por não entender, mesmo). Mas no geral, eu como leitor super comprei a ideia e mergulhei nesse universo. O amigo dela me incomodou um pouco pela questão estereotipada, com todas as gírias gays aí no meio, de RuPaul à décadas atrás (e olha que é raro os jovens conhecer Cher, Cazuza e afins). Fora isso, um ótimo conto, utilizando dessa experimentação com os números.

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ΦiL.

      Obrigado pela leitura e impressões. Criei o personagem Beto inspirado num ex-colega de trabalho que era hétero e brincava assim. O Estereótipo foi proposital: quem imita geralmente não imita muito bem.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  31. Fernando Cyrino.
    20 de março de 2018

    Olá, Delta 4, estou eu aqui às voltas com seu conto matemático. Que bacana isto que li e reli. Tenho um grande amigo matemático que é considerado, soube por outras pessoas dos bons, o Paul Schwetzer, agora professor emérito da Puc Rio. Vou mandar o link do seu conto para ele. Mas não é nada disto que quero lhe falar, muito menos que tirei segunda época em matemática no ginásio (sou do tempo do ginásio) e fiquei impedido de ir pra praia. Seu conto ficou muito bacana, bem poético. Gostei do experimentalismo com os números e da história acontecendo, bem moderninha, eis que se tratam de adolescentes debaixo da saia dos números. Parabéns e grande abraço,

    • Delta 4
      19 de abril de 2018

      Olá, ΦΣℝnαnδo.

      Obrigado pela leitura e impressões. Que bom que vc gostou. Espero que seu amigo professor não encontre muitos erros. Tenho formação na área de exatas, mas já faz um bom tempo que não brinco com equações e afins.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  32. Thata Pereira
    19 de março de 2018

    Adorei o conto todo, mas confesso que a primeira parte me abraçou de uma forma muito significativa. É toda poética e apesar de todo o conto ser, essa é bem mais. e um primeiro momento, não encontrei nada que se enquadrasse no tema experimental, além das cores, mas refletindo, essa junção do poético da sua escrita com a matemática me soa bem experimental. Também não é um conto para qualquer leitor e o que estou gostando nesse desafio é exatamente isso.

    Confesso que li as explicações matemáticas com o passar dos olhos (você, autor, entende de matemática ou pesquisou? Porque senhor amado, eu acho que não conseguiria escrever algo do tipo sem entender). Mas não pulei nada, li tudo rs

    Final fantástico, o conto é todo lindo, parabéns.

    PS: fui pesquisar o significado de יהוה e achei uma tradução no hebraico que não condiz com o conto. Também não consegui compreender o título :/

    Boa sorte!!

    • Delta 4
      20 de março de 2018

      Olá, Thata.

      Obrigado pela leitura e impressões. Que bom que você gostou! 😉
      O título deve ser lido pela semelhança de cada caracter a uma letra do alfabeto comum. O theta maiúsculo do início assemelha-se a um “O”, o símbolo de integral assemelha-se a um “S” inclinado, etc. São símbolos e letras gregas muito usados em matemática e física.

      Quanto à parte em hebraico, são os quatro caracteres do nome de Deus, o tal tetragrama do qual a Rosa comenta enquanto faz sua viagem ao infinito.

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Tetragrama_YHVH

      Abraços matemáticos!

  33. Jefferson Lemos
    17 de março de 2018

    Olá!

    O texto tem uma qualidade narrativa elevada, que se apresenta logo nas primeiras linhas. Gostei da poesia por trás das palavras e da forma doce e melódica com que percorri a primeira parte do conto, pois mesmo não estando familiarizado com a matemática, me senti extremamente confortável lendo esse trecho (na verdade, lendo o conto de uma maneira geral).

    Aqui, apesar do início e da genialidade da menina, não vi artifícios tão expositivos da tentativa experimental. Não que o texto não tenha apresentado, mas apresentou de maneira sutil, optando por uma narrativa mais linear e comum. Acredito que seja muito difícil encontrar essas peculiaridades tão marcantes de um texto experimental em todos os contos, então por menor que seja, já considero experimental.

    Gostei da forma como você construiu as personagens (talvez não tanto do falar do Beto, por questões de o personagem, involuntária ou voluntariamente, cair num certo tipo de “esteriótipo”) e de como trabalhou a matemática envolvendo-a em questões importantes para o desenvolvimento da trama. É um história curta, mas que trabalha certos aspectos de maneira bem agradável. Um conto que li e não percebi quando tinha terminado.

    Parabéns e boa sorte!

    • Delta 4
      19 de março de 2018

      Olá, J€ff€ℝs0N.

      Obrigado pela leitura e impressões. O esteriótipo do personagem Beto foi intencional: ele finge ser gay e usa o que ele conhece de programas de tevê e etc.

      Abraços matemáticos!

  34. Evelyn Postali
    14 de março de 2018

    Adorável! Eu me senti à vontade lendo esse texto. Ele flui! Ele encanta! É leve e direto. Tem uma reviravolta no final e ao chegarmos lá nos entristecemos. Depois, outra reviravolta e vibramos. Gostei demais da introdução. Amei a maneira como você introduziu a personagem e o conto de forma geral. Não percebi erros de escrita. Começo meio e fim delicados. Prendem o leitor.

    • Delta 4
      19 de março de 2018

      Olá, €velYN.

      Obrigado pela leitura e impressões. Muito feliz que você tenha gostado.

      Reparou que foram 4 personagens com 4 letras nos nomes? (Rosa, Luca, Mara, Beto)?

      Abraços matemáticos.

      • Evelyn Postali
        19 de março de 2018

        4 é o primeiro número não-primo.

  35. Jowilton Amaral da Costa
    13 de março de 2018

    Achei um bom conto. Muito bem escrito. A introdução é viajante. O conto como um todo é bom, tem uma trama simples de teor adolescente, mas acabei perdendo o foco em algumas passagens de explicações matemáticas. Boa criatividade e ótima técnica. Boa sorte no desafio.

    • Delta 4
      19 de março de 2018

      Olá, Joωilt0N.

      Obrigado pela leitura e por suas impressões.

      Abraços matemáticos,

  36. Rubem Cabral
    12 de março de 2018

    Olá, Delta 4.

    Gostei da poesia do texto, da sinestesia e da matemática, é claro. Alguns parágrafos tiveram construções muito sensoriais, e mesmo o uso discreto da cor ficou bacana por parecer compartilhar a sinestesia da Rosa com quem lê (exerguei o experimentalismo mais nessa parte do que ao mesclar matemática ao texto).

    A trama por trás da “pirotecnia” foi simples: menina genial e sinestésica tem um “crush” pelo professor bonitão e tem sua confiança traída. Contudo, a forma de contar, de construir as personagens, em especial a narradora, ficou realmente muito boa.

    Abraços e boa sorte no desafio!

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, ℝubem.

      Obrigado pela leitura e impressões. Sim, tentei usar da sinestesia mais que da matemática ao tentar explorar o “experimental”.

      Abraços matemáticos!

  37. Regina Ruth Rincon Caires
    11 de março de 2018

    Conto bem escrito, descrições perfeitas, texto muito interessante. Se não compreendi a linguagem matemática, as suas operações, não interessa. O conto me prendeu pela maneira suave como foi escrito. Tem uma construção perfeita, linguagem aprimorada, gíria utilizada dentro do contexto, sem que haja exagero do autor. Sabemos que o linguajar é exatamente assim. Há uma leveza acentuada no início do texto, comparações que nos tocam pelo “macio” da narrativa. A descrição sinestésica usada para os números pares, ímpares e primos carrega o encanto da poesia, o delicado, pura emoção estética. Não sei explicar a razão, mas a concepção abstrata destes números descrita pelo autor, combinam com alguma definição adormecida em meus pensamentos. Quando li, eu disse: é isso mesmo! Até a tabuada dos números pares são mais redondas! Podemos perceber que o escritor, mesmo apaixonado por matemática, matéria que exige raciocínio lógico e que não permite devaneios, tem enorme capacidade de construir um texto “exato” com tão belas construções frasais:

    “Números pares são arredondados e lisos, não espetam a mente feito os ímpares, sempre cheios de farpas. Às vezes é difícil lidar com os ímpares, e em especial com os primos…”

    “(números) Primos são sempre amarelos e amargos e gelatinosos, cheiram a cerume e me embrulham o estômago. São coisinhas tristes, solitárias para sempre, sem divisores, infinitamente egoístas.”

    “Gosto das curvas – parábolas – quando elas cruzam o eixo X feito sorrisos, as senóides são trilhos duma montanha russa, mas as retas paralelas que nunca se encontram me davam dor de cabeça e angústia, coitadinhas. Dizem que se encontram no infinito, mas talvez não…”

    “Bobagem! π com meras quarenta casas decimais tinha precisão suficiente para um círculo do tamanho do universo… Quem precisa de infinitos?”

    Bem, aí aparece um afeto, o encontro de dois entusiastas, a batalha numa ajuda mútua. Mútua?! E vem a decepção, a sensação de ser traída. E isso, no final, funciona como uma mola propulsora para um futuro que pode ser brilhante. Bora “explorar as soluções de todos os demais problemas ditos insolúveis”.
    No trecho abaixo, referindo-se a um resultado que procurava atingir no desenrolar do cálculo, é possível observar a conteúdo poético que acompanha o autor:
    “Ali, piscando debilmente conforme eu me aproximava oriunda de lugar algum, estava ele, minha representação do todo, e ele brilhava como uma esmeralda e soava como um velho sino de bronze. E aninhada então em suas curvas, observando toda sua estrutura subjacente, todos os primos farpados e amarelos espiralando em sua direção, eu compreendi o padrão.”

    E termina a narrativa com outra frase elevada, poética: “Não perderia horas a descobrir equações que desenhassem lágrimas ou corações partidos.”

    Delta 4, não entendo bulhufas de matemática, mas gostei do seu texto pra caramba!
    Parabéns!
    Abraços…

    Falo sempre: autor, mas acho que é autora….

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, ℝegina.

      Obrigadx pela leitura e por suas impressões. Muito feliz que você tenha gostado das construções frasais e do passeio abstrato da Rosa pelo universo dos números.

      Eu compartilho um pouco de sinestesia com a personagem. Sempre “senti” os números pares como redondos ou lisos também.

      A inspiração do conto veio da imagem que o ilustra: equações cuja representação gráfica são o coração (são as cardióides que a Rosa comenta em certa altura do texto). Matemática pode ser muito bonita, feito pode ser observado neste vídeo-> https://www.youtube.com/watch?v=Ujvy-DEA-UM

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  38. Ana Maria Monteiro
    11 de março de 2018

    Regresso para acrescentar que coloquei o título no tradutor do Google e ele disse que o idioma é “Haúça” e traduziu para “Este é o caso”. Está correto?

    • Evelyn Postali
      11 de março de 2018

      O título é: Os números. ᕮ᙭ᓿᔛᖶᕧᙜ ᘜᕨᖆᕬᖱᓋᖆᕧᔚ ᖱᕨ ᓦᕢᖆᗋᘹᖶᕨᖆᕩᔛ ᘻᘢᓰᖶᓌ ᕩᔙᖶᖆᗋᘗᗁᓍᔙ ᕨ ᕦᘙᘜᖆᕬᘹᕢᖱᓌᔙ Alguns geradores de caracteres fazem as letras muito estranhas. კჯႨჷქჰლ ჵჰჩႶბტჩჰჷ ბჰ ႺႬჩႬჂქჰჩჰჷ ღႮႨქჲ ჰჷქჩႶიႹჲჷ ჰ ჰიჵჩႬჂႬძႩჷ Tipo isso. É estranho, mas encantador.

  39. Ana Maria Monteiro
    11 de março de 2018

    Olá, Delta 4. Gostei imenso do seu conto onde tudo faz sentido como que num universo paralelo, ou antes, ubíquo. Os meus conhecimentos de matemática são básicos, sou do tempo em que só dávamos aritmética, e os meus caminhos rumaram a letras. Mas tenho paixão por essas conexões todas, em todo o lado, por vezes quase palpáveis. E tanto a experimentalidade do conto quanto o seu encanto derivam daí, já que a história é quase banal. Mas isto de “vestir” uma história simples de forma a torná-la mágica é uma arte que poucos dominam – na escrita como na vida. Os meus parabéns, acho que se saiu muito bem no desafio, além de me ter feito viajar no universo dos números (embora, confesso, gosto muito mais dos ímpares, acho-os mais elegantes, mais fora da caixa e os primos são os meus favoritos, têm um encanto próprio e único, como as pessoas). Mais uma vez parabéns. Desejo-lhe a melhor sorte no desafio.

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, Anα.

      Obrigado pela leitura e por suas impressões. Sim, também acho que a história por trás da história é bem simples; só dei umas voltinhas e enfeitei o bolo antes de servir. Fiquei feliz que embora você diga que não conheça muito de matemática, não tenha dificuldades de perceber a trama.

      Assim como a Rosa, gosto mais dos pares e não gosto dos primos também. Acho que tenho certo “TOC” por organização, e números comportados e redondos me passam a sensação de ordem.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

      P.S.: Respondendo sua pergunta: o título do conto é “Os números”. Eu substitui cada caracter por um símbolo usado em matemática que tivesse semelhança na aparência com a letra substituída. Então, usei letras gregas (theta, nu, sigma, mu) e outros símbolos matemáticos, feito o símbolo de integral, que parece um “S” inclinado, o “U” que representa a união de conjuntos, etc.

  40. Fheluany Nogueira
    10 de março de 2018

    Lembrei de “O Homem que Calculava”, Malba Tahan, que narra as aventuras e proezas matemáticas de um calculista persa. Ele resolve e explica, de modo extraordinário, diversos problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui, ainda, lendas e histórias pitorescas, como a lenda da origem do jogo de xadrez e a história da filosófica da matemática. Quanto ao texto aqui, achei a primeira parte mais interessante, parecia-me um fluxo de consciência através de termos matemáticos e sensações. As partes seguintes apresentam uma narração bem estruturada e coesa, que apenas inova ao trabalhar com os símbolos da Matemática. No conjunto, considero um bom e divertido texto, que, ao final, ficou amarradinho. A garota acabou por ser mais esperta que o professor bonitão. Parabéns pela criatividade. Abraço.

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, FhΣluany.

      Obrigado pela leitura e impressões. Fiquei mais que feliz com a lembrança do “Homem que Calculava”, um dos meus livros preferidos quando eu era pequeno. Até hoje lembro do problema da herança dos camelos e dos três irmãos!

      Abraços matemáticos!

  41. Paulo Luís Ferreira
    10 de março de 2018

    Entendeu alguma coisa? Eu também não. É, realmente, eu não tenho vocação para a matemática! Já não tinha nas simples matérias escolares de outrora, após este conto verborrágico, (para mim no caso) então me desiludi por completo. Não entendi nada. Embora, acredito eu que a autora seja “expert” no assunto. Portanto este é o tipo do trabalho que o experimental ultrapassou a minha vã filosofia sobre o tema literário dito como experimental. Mas para quem entende do riscado, (e os matemáticos de plantão, claro!), provavelmente este conto deve ter suas qualidades. Parabéns pelo imbróglio em que me meteu

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, Paul0.

      Obrigado pela leitura e impressões. Uma pena você não ter compreendido. Eu bem que tentei não exagerar no uso de termos matemáticos…

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  42. Antonio Stegues Batista
    10 de março de 2018

    O conto tem um enredo e uma história abordando a matemática. O que se salienta é os termos , sinais gráficos pertencente à matemática, o que demonstra que o autor tem bom conhecimento. Acho que não tem muita coisa de experimental, apenas técnica, porém, considero que o tema está nas ideias e é válido. Boa sorte D4.

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, Antonio.

      Obrigado pela leitura e impressões. Além da mistura de matemática ao texto, outro experimento foi o uso da cor para refletir em parte (ao leitor) as impressões da Rosa, que é sinestésica.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos.

  43. Matheus Pacheco
    10 de março de 2018

    Eu, como o mestre da matemática que sou, por sempre ter tirada 10 em todas as provas existentes desde o principio da humanidade, digo e afirmo, o texto trata de uma linguagem que eu não compreendo muito bem, a linguagem matemática (kkkkk), mas os termos técnicos se encaixaram muito bem no estilo do texto.
    Um abração…

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, MathΣus.

      Obrigado pela leitura e impressões. Que bom que você tenha gostado mesmo sem ter compreendido tudo.

      Abraços matemáticos!

  44. Fabio Baptista
    10 de março de 2018

    “Saindo com Carlinha? Beto néra gay??? Beto néra gay???” Hahahhaa

    Eu gostei do conto, bem escrito a ponto de me lembrar Nabokov (leitura mais recente, ainda impregnada na minha cabeça) em alguns trechos. Essa pegada de misturar com matemática provavelmente o enquadra como experimental e vou considerar assim. Em alguns pontos as “fórmulas” pesaram um pouco e a leitura foi mais arrastada, mas no geral fluiu bem.

    Não curti muito as falas do Beto, soaram muito estereotipadas. Não sou fluente nas gírias dos gays, mas achei bem exagerado, sobretudo quando citou Cazuza e Renato.

    A complexidade é bacana em certos momentos, onde a pegada lembra bastante o filme PI de Darren Aronofsky, mas no final ela desaba numa solução inevitavelmente simples… retirar (4) páginas da solução matemática me pareceu uma armafilha simplória demais para o professor cair.

    Mas gostei!

    Abraço.

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, Fαβi0!

      Obrigado pela leitura e por suas impressões!

      O Beto era um destes garotos que gosta de fazer graça, mas não era gay não.
      A gíria usada pelo Beto foi tirada da fala de um conhecido real, que é gay. Havia outra personalidade no lugar do Kid Vinil na expressão que brincava com Pai, Filho e Espírito Santo, mas Cazuza e Renato Russo eram citados sim.

      Penso que as páginas faltantes foram bem planejadas, para não aparentarem faltantes, já que Rosa tinha alguma desconfiança sobre o professor, visto ele ser “primo” qdo o alfabeto com KWY era utilizado… Certamente apenas sacar 4 páginas aleatórias seria algo notado.

      Obrigado outra vez e abraços matemáticos!

  45. Evandro Furtado
    10 de março de 2018

    O conto se apropria da Matemática de uma forma muito interessante. Também brinca com a sinestesia e flerta com a numerologia. E isso tudo casa muito bem. Eu, particularmente, não aprecio tanto a área e, em alguns momentos, me senti perdido com certas especificidades. A trama, no entanto, amarradinha, serviu para preencher essas lacunas e dar coerência ao texto. A escrita também é invejável, com descrições precisas e uma narração consistente.

    • Delta 4
      13 de março de 2018

      Olá, Σvandro.

      Obrigado pela leitura e por suas impressões. Feliz por você ter notado a sinestesia e (até) a numerologia! Imagino que a forma de pensar de quem é sinestésico feito a Rosa leva em conta aspectos estéticos feito cores e outras sensações.

      Abraços matemáticos!

  46. Higor Benízio
    9 de março de 2018

    Não vi nada de experimental aí, nada mesmo, nem estruturalmente e nem o enredo. Parece um texto escrito por um calouro de física (conheço bem eles) que mal fez equações, acha que Carl Saga é físico, e já está querendo respostas sobre o universo. Os termos matemáticos aqui são pura vaidade e não acrescentam nada. A narrativa também não traz grandes deleites, muito menos o enredo. Peço que o autor(a) não me leve a mal, pior seria se eu mentisse. Recomendo o livro “Como vejo o mundo” de Albert Einstein, e “Cartas a um jovem cientista” do Marcelo Gleiser.

    • Delta 4
      11 de março de 2018

      Olá, Higor.

      Agradeço a leitura. Em verdade, talvez a sinestesia da narradora, compartilhada com o leitor através do artifício do uso de cores em certas palavras do conto, tenha-lhe passado despercebida.

      A matemática descrita no conto foi razoavelmente simples, pois havia intenção de não tornar o texto difícil demais (o que acabou acontecendo com alguns leitores).

      Então, há coisas do Fundamental (frações, equações de 2° grau), e outras do Secundário (equações trigonométricas, limites e derivadas). Do curso superior apenas são citados Cálculo Integral e Geometria Analítica (que alguns colégios avançados ensinam mesmo no Secundário).

      Penso, contudo, que os termos matemáticos foram apresentados de forma lúdica (sorrisos=parábolas, senóides=montanha russa, retas paralelas=solidão, etc.) e são parte integrante da trama.

      Abraços matemáticos.

      • Higor Benízio
        11 de março de 2018

        Uma pena o autor dar uma reposta infantil com esta. Não questionei a dificuldade dos termos ou da matemática, questionei a razão deles. Concordo que podem até ser parte integrante da narrativa, mas não da trama. Se retirar toda a matemática(no sentido de termos e convenções), o enredo de modo geral continua aí e perfeitamente compreensível. Outro ponto, são as palavras pintadas. Se “despintá-las”, digamos assim, o texto não perde nada. Então, como um mero capricho, que não intervem em nada na essência da obra, pode torná-la experimental (visto que este é o tema do desafio)? Fiquei meio triste quando disse: “” A matemática descrita no conto foi razoavelmente simples, pois havia intenção de não tornar o texto difícil demais (o que acabou acontecendo com alguns leitores).””. Este trecho da sua resposta prova que o autor inventa um perfil para o seu leitor, admitindo, de modo geral e sem respaldo na realidade, uma ignorância matemática e pior, ainda faz questão de menosprezá-lo dizendo que poderia fazer pior… Uma pena, deveria respeitar mais as pessoas que dedicaram tempo ao seu trabalho. Por fim, o autor nem comentou as recomendações que fiz! Lembre-se, damos ao outro aquilo que vimos de melhor para nós mesmos! Não o contrário.

    • Regina Ruth Rincon Caires
      11 de março de 2018

      Higor, olhe, acho que você não conhece uma pessoa que seja mais ignorante em matemática do que eu. Vou explicar: no meu tempo de primário estudava-se Aritmética. No ginasial, bem no final, meio da década de 1960, por aí, apareceu a Matemática Moderna (conjunto, “tali” coisas). Nunca consegui assimilar nada de nada, foi uma luta conseguir as notas rasantes para ser aprovada. Depois, fiz curso NORMAL, matemática primária, depois fiz Direito. Resumindo: sei somar, subtrair, multiplicar e dividir. Nunca estudei Química e Física. Consegue avaliar?! O autor não cria o perfil do leitor, leitor ignorante em certas disciplinas existem. E mais, não me sinto menosprezada, de maneira alguma. Pertenço à minoria(?) de pouco conhecimento de Exatas. Fique tranquilo, não me senti ofendida. A realidade precisa ser aceita. Abraços…

      • Regina Ruth Rincon Caires
        11 de março de 2018

        Ah! Também fiz LETRAS!!!! kkkkkkkkkkkkk

      • Higor Benízio
        11 de março de 2018

        Oi Ruth, não podemos transformar exceção em regra, e vice-versa. Tudo bem que não se sentiu ofendida, mas isso não muda o fato do autor inventar perfis. Muito menos admitir que certo perfil é maioria (o que é pior, visto que publicou o conto mesmo assim e ainda disse que poderia ter feito pior). Eu, por exemplo, mesmo com formação matemática não gostei do conto. A realidade que precisa ser aceita é que qualquer um pode estar lendo o seu conto, e pode gostar ou não, e pode acrescentar ou não, seja quem quer que seja.

  47. Angelo Rodrigues
    9 de março de 2018

    Cara Delta 4,

    Gostei do seu conto, particularmente da parte inicial.
    Imaginei que o conto continuasse com a experiência delirante das relações numéricas, das táteis associações entre números e cores, cheiros, essas coisas. Acho isso bacana, até porque essa é a minha formação acadêmica.
    Quando garoto ficava imaginando resolver problemas sérios de matemática, essas coisas… bem, desastres, mas isso não importa.

    Quando você falou dos sete grandes problemas da matemática lembrei-me do livro “O Último Teorema de Fermat”, de Simon Singh, e sua luta para resolver um dos sete grandes (e conseguiu). Recomendável a leitura.
    A lembrança das espirais de Mandelbrot são boas. Belíssimos fractais, viagens.
    Pelo que lembro, Christian Goldbach escreveu bastante sobre as relações entre os primos (Teoria dos Números, particularmente sua Conjectura).

    Acho que fica clara a inflexão entre a primeira parte e as seguintes. De uma história bastante experimental, você “deriva” em direção a uma história de habilidades, boas e ruins.
    Boa, também, a história que vem após o primeiro segmento, mas ficou assim… parou porquê? Fiquei imaginando que um texto, ainda que curto, mas que explorasse mais profundamente o primeiro segmento, aquele torna tátil, olfativa… a matemática, teria um impacto mais profundo no tema, ou pelo menos em mim.

    Um ótimo texto. Parabéns.
    Já ia esquecendo. Os primos, além de terem dois divisores, têm parentes íntimos na mais alta criptografia. Embora não se misturem com os demais, são íntimos entre si.

    Boa sorte no desafio.

    • Delta 4
      11 de março de 2018

      Olá, Angelo.

      Feliz com sua leitura atenta e igualmente contente que você tenha apreciado a leitura. Gostei de suas sugestões de leitura!

      Não quis esticar a narração sinestésica, pois a sinestesia foi apenas um dos temas que desejei abordar, daí a historinha sobre Rosa e o professor.

      Inicialmente, minha ideia seria sobre números primos e criptografia, mas pensei em simplificar e citar a Conjectura de Goldbach.

      Abraços matemáticos!

  48. André Lima
    9 de março de 2018

    Acrescentando sobre os personagens (Eu realmente tenho que perder a mania de escrever e sair enviando, haha):

    Eu nem preciso comentar sobre a personagem principal. O universo é dela, é muito bem construída.

    Luca foi de uma precisão cirúrgica. Eu pude visualizá-lo muito bem, mesmo com os poucos caracteres destinados a descrevê-lo, a explorá-lo. Sua imagem ficou bem gravada com muito pouco esforço, o que é um trabalho e tanto.

    Sobre Beto, é o personagem que menos gostei. Entendo sua função como desafogo cômico, mas não me convenceu. Não é o estilo de humor que gosto. Mas é bem feito. Certamente convencerá a quem se identifica com esse tipo de humor.

  49. André Lima
    9 de março de 2018

    Um texto que tem seu brilhantismo. O começo é avassalador para mim. Trata-se de uma grande homenagem à matemática! E eu adoro a matemática porque ela se repete, sempre.

    Os primeiros parágrafos logo nos alertam que trata-se de uma OBSESSÃO da personagem-autora, e me deleitei com as repetições. Eu adoro repetições, mesmo! E nada mais experimental que mergulhar nas emoções da personagem… Estava tudo perfeito quando eu conseguia sentir a obsessão através da compulsão. Depois o texto se desviou desse estilo (O que fez perder um pouco da força), acredito que o autor não gostaria de se prender àquela maneira de narrar para poder desenrolar bem a história.

    E a história foi bem desenrolada. Vejo toda a estrutura de uma boa narrativa bem delimitada. O final é excelente.

    Como ponto negativo, digo que achei extremamente desnecessário dividir o texto dessa maneira, com letras em hebraico. Me soou forçado, como se o autor tivesse medo de não adequarem o texto como experimental (Daí esse título que também não me tocou). Ora, o texto seria TOTALMENTE experimental sem esses caprichos. A força dele está no tema, no conteúdo, na forma que é narrado (Independente da estrutura).

    É um excelente conto, bem construído e com um enredo bem razoável.

    Parabéns, boa sorte na competição!

    Viva a matemática!

    • Delta 4
      9 de março de 2018

      Olá, André.

      Obrigado pela leitura! Os caracteres em hebraico são os 4 caracteres do tetragrama, o nome de Deus: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tetragrama_YHVH

      Usei apenas como um separador de blocos, pq contém 4 letras e é uma possível representação do infinito.

      Ah, não deixe de clicar no Mandelbrot. 😉

      Abraços matemáticos!

      • Delta 4
        9 de março de 2018

        Ah, e o título usa símbolos matemáticos: theta, integral, nu, união, mu, sigma, conjunto real, zero e integral.

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Informação

Publicado às 9 de março de 2018 por em Experimental e marcado .