EntreContos

Detox Literário.

A Velha Privada (Regina Ruth Caires)

Percebia que a paciência do meu pai havia atingido o limiar da descompostura. Havia mais de um mês, desde que outubro começara, as queixas diárias da minha mãe soavam como ladainha matinal, resmungada.

O calor impiedoso provocava um rebuliço nas colônias de insetos, um corre-corre de criaturas peçonhentas por todos os cantos. E o queixume da mãe resultava das malditas baratas que teimavam em correr pelas tábuas da velha privada.

Em casa, como em todas as casas de sítio, a privada ficava afastada. A nossa ficava na baixada, perto do chiqueiro, quase recostada nas lascas de madeira que cercavam o mangueirão. Área de pouco mais de metro quadrado, rústica, paredes de tábuas, cobertura de telhas de coxa esverdeadas pelo limo de tantos anos, cuidadosamente assentadas sobre o madeiramento trançado. O piso era de grossas vigotas, perfeitamente justapostas e com um buraco no centro. A porta que abria para fora, feita de tábuas, tinha um pedaço de corrente usada como fecho. Bastava usar o prego de dentro ou o de fora, e a porta estaria fechada. Enfim, uma estrutura segura, firme, testada pela fúria de muitos vendavais, porém extremamente tosca.

Todas as manhãs, depois de cuidar do café e de lavar a roupa, minha mãe fazia o mesmo caminho. Munida de um balde com água, vassoura e uma vasilha com cinzas retiradas do coletor do fogão de lenha, seguia rumo à velha privada. Esfregava fortemente o piso com as cinzas e um pouco de água, e depois o enxaguava meticulosamente. Era um cuidado diário.

Bastava o sol começar a arder para que as baratas começassem a frenética dança. Eram muitas baratas. Minha mãe jurava que elas ficavam pelas paredes internas do fosso, e grudadas nas vigotas, pelo lado de dentro. Meu pai insistia em jogar creolina pelos cantos. Além de deixar um cheiro fortíssimo, que deixava os olhos lacrimejantes, de nada mais adiantava. E o pior é que nem deixar a porta aberta para suavizar o cheiro do desinfetante podia! A porta era mantida constantemente fechada para que as galinhas e os pintinhos não caíssem pelo buraco.

Naquela tarde, cumpridas todas as tarefas, com os porcos tratados, os carneiros já estavam apartados no curral, terminada a labuta do sarilho para encher as tinas de água que serviriam para lavar as roupas na manhã seguinte, meu pai resolveu travar uma luta, que inocentemente julgava ser definitiva, com as baratas.

Eu observei meu pai desde que ele acordara naquele dia. Estava extremamente irritado, e ficou ainda pior com o resmungo matutino da mãe. No almoço falou muito pouco. Acho que matutou o plano o dia todo. E, naquele final de tarde, percebendo que ele estava com cara de poucos amigos, fiquei sentada no degrau da escada, na saída do alpendre da cozinha. Eu só o olhava de longe…

Foi até o paiol, pegou uma espiga de milho e voltou debulhando os grãos, o que alvoroçou as galinhas que já se encaminhavam para os pés de laranja, em busca do poleiro para o descanso da noite.  Com o sabugo em mãos, virou a palhada toda para cima, como se fosse uma tocha. Colocou-o junto à porta da privada. Passou por mim na escada, foi até a despensa e trouxe duas lamparinas. Na volta, ordenou que eu não saísse dali. Acenei afirmativamente com a cabeça, e obedientemente não arredei pé do lugar. Continuei ali, só observando.

Meu pai abriu a porta da privada, retirou os pavios das lamparinas e despejou todo o querosene no buraco. Saiu, recolocou os pavios e depositou as lamparinas vazias na calçada, bem perto da escada onde eu estava sentada. Voltou à porta da privada, pegou o sabugo com a palhada espetada, retirou a binga do bolso da calça e ateou fogo nas palhas secas. Quando a chama ardeu, atirou rapidamente o sabugo, em chamas, no buraco e virou-se para correr em minha direção.

Nem precisou correr…

Foi um estouro tão estarrecedor que meu pai foi arremessado, de bruços, para debaixo da laranjeira. As galinhas que ali estavam saíram num só desatino, de asas abertas, cacarejando como nunca. Os porcos dispararam numa correria pelo mangueirão, os carneiros corriam em círculos pela área do curral, berrando como doidos. Os cachorros e gatos só apareceram tempo depois. Escafederam-se.

Tudo voou pelos ares. As telhas, o madeiramento, as tábuas que formavam as paredes e a porta, tudo foi parar no mangueirão. As fortes vigotas, que tinham as pontas laterais fixadas na terra, foram arrancadas e duas delas foram parar dentro do enorme buraco que ficou exposto. Uma temeridade!

Eu nem conseguia me mover, só os meus olhos mexiam. Minha mãe veio gritando de dentro de casa, e com as mãos na cabeça perguntava sem parar o que tinha acontecido. Não demorou nada e a parentada estava toda no terreiro. Tios e primos, que também moravam no entorno do terreirão, acorreram. Os últimos que chegaram foram os meus avós. Andavam devagar, mas chegaram abalados, com os olhos assustados. Minha avó segurava a ponta do avental toda torcida, e tinha a fisionomia preocupada.

Meu pai continuava lá. Debaixo do pé de laranja, sentado, com as pernas esticadas, todo sujo de terra. No rosto só se viam os olhos. Olhava tudo sem entender o que havia acontecido. Estava zonzo, confuso, assustado. Começou a passar as mãos pela cabeça, nos cabelos suados, cheios de terra. O chapéu voou longe. Pensei em buscá-lo. Melhor, não…

No terreiro virou uma falação danada. Minha avó foi a primeira a ficar preocupada com o meu pai, prostrado, e falava sem parar: “mi hijo, mi hijo, mi hijo...”.

Passado o susto, entendendo o que havia acontecido, e conhecendo o temperamento um pouco raivoso do meu pai, todos, silenciosamente, foram deixando o terreiro e seguindo para as suas casas. O acontecido ali poderia ter sido trágico, mas não deixava de ser visivelmente engraçado. E quem ousava rir ali, na frente do meu pai?! Deboche ali, nem pensar! Certamente riram muito no caminho de volta, mas baixinho. Não eram doidos!

Meu pai se levantou, bateu as mãos pelo corpo para retirar um pouco da terra. Foi à cata do chapéu e, desiludido, olhou pra mim. Estava desolado, evitava encarar a minha mãe que, com as mãos na cintura, balançava negativamente a cabeça.

Aproximou-se da área da privada. Uma destruição total. Não ficou pau sobre pau. E ao redor do buraco, além de toda a imundície espirrada pela explosão, o chão estava forrado de baratas chamuscadas. Dezenas e dezenas delas com as patinhas voltadas para cima.

Meu pai sorriu. Sorriso maroto! Virou-se com o peito estufado, como se tivesse saído vitorioso da batalha. Não importava ter destruído tudo, não importava o trabalho que teria para erguer uma nova privada, não importava o olhar de reprovação da minha mãe. A satisfação de saber que todas aquelas criaturas peçonhentas, razão de tanta lamúria e de tanto aborrecimento, todas, sem exceção, sucumbiram.

Na manhã seguinte, e durante algum tempo, a fila foi formada na porta da privada da minha avó.

E a mãe não perdoou. Outra ladainha matinal teve início…

94 comentários em “A Velha Privada (Regina Ruth Caires)

  1. Viviane Foresti
    13 de julho de 2018

    Acabei de escrever uma pequena história familiar sobre a tal “casinha” e procurando fotos achei teu conto. Gostei muito. Sou apenas uma leitora, sem críticas.

  2. angst447
    4 de setembro de 2017

    Finalmente li o seu conto! Tanto se falou dele e não me arrependi de apreciar a narrativa. Muito bem escrito, o seu texto apresenta descrições detalhes que não pesam nem arrastam o ritmo da leitura. E os personagens são ótimos.
    Pena que você ficou de fora da disputa.Pena mesmo.
    Parabéns!

    • Regina
      5 de setembro de 2017

      Obrigada, muito obrigada! Fui afoita, mas não tem problema, participarei do próximo. Abraços… ❤

  3. Regina
    2 de setembro de 2017

    Bia, obrigada pela leitura, pelo comentário e pelas notas! É uma história real, procurei relatar da maneira mais fiel. Fui a menina “observadora”. Meu pai foi o “incendiário”! Coitado… Que susto! Eu tinha 5 anos de idade, hoje tenho 64. Obrigada pelas palavras! Abraços… ❤

  4. Renata Rothstein
    1 de setembro de 2017

    Olá, Lilica!
    Tudo bem?
    Que tragicômico, hein? Rsrs Privada velha, no quintal…a famosa casinha, só que infestada de baratas e uma mãe reclamando, um pai candidato a terrorista explodindo tudo, e a nova odisséia, agora na casa da avó rsrsrs
    Gostei muito do seu conto, é original, bem escrito, a leitura flui.
    Nota 8,5

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Renata! Obrigada por ter lido. É a narrativa de um fato real, demorei muito para entender o motivo exato da explosão (gases). Abraços…

  5. Wender Lemes
    1 de setembro de 2017

    Olá! Primeiramente, obrigado por investir seu tempo nessa empreitada que compartilhamos. Para organizar melhor, dividirei minha avaliação entre aspectos técnicos (ortografia, organização, estética), aspectos subjetivos (criatividade, apelo emocional) e minha compreensão geral sobre o conto.

    ****

    Aspectos técnicos: escrita impecável, ao meu ver. Estende-se o elogio da ortografia à organização textual. O suspense que parte do silêncio do pai acompanha o conto, criando uma tensão – que, inclusive, estranha-se na comédia.

    Aspectos subjetivos: curioso como conseguiu extrair tanto conteúdo de algo tão trivial quanto uma fossa. A perspectiva da “criança” transparece o afeto e o temor pelo pai – sentimento que chega a nos contagiar também. Tanto o ambiente de simplicidade rural, quanto a visão respeitosa sobre a família lembram uma realidade de algumas décadas atrás, o que é muito bonito – como se as várias facetas do conto se complementassem.

    Compreensão geral: provavelmente, o conto não está entre as melhores comédias do desafio, se levarmos a definição a ferro e fogo. Por outro lado, está indiscutivelmente entre as melhores narrativas do desafio – mais breve e mais denso do que muitos.

    Parabéns e boa sorte.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Wender, obrigada pela leitura e pelas palavras! Narrei uma cena real, vivi isso. Que bom que tenha gostado! Abraços…

  6. Thiago de Melo
    1 de setembro de 2017

    Amiga Lilica,

    Achei a sua história interessante. Ela me lembrou muito da minha infância. Eu sei exatamente como é essa situação que vc descreveu na sua história. Achei, contudo, que o seu texto não transmitiu tanto o lado cômico da sua história. Não sei exatamente porque, mas não ficou tão engraçado. Talvez, e nem talvez mesmo pq não sou nenhum expert, a escolha das palavras possa fazer a mesma história ser um pouco mais engraçada. Acho que a comédia vem um pouco do inusitado, é a sua história segue uma narrativa comum, bastante descritiva e fluindo bem, mas a falta de um ou outro sobressalto e elementos inesperados faz o texto perder o potencial cômico que ele tem. Bem, pelo menos essa é a minha opinião. Abraço.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Thiago, obrigada pela leitura e pelas palavras! É verdade, quando enviei o texto, nem imaginava que a comédia tem uma estrutura diferente. Achei que “comédia” fosse um texto com algo engraçado, apenas isso. A narrativa é real, vivi a cena. Abraços…

  7. Marco Aurélio Saraiva
    1 de setembro de 2017

    Legal! A sua escrita agrada bastante, e a leitura flui sem interrupções. Foi um conto divertido de ler, como se alguém estivesse me contando a história à beira de uma fogueira; sem pressa.

    Seus personagens são bem definidos. A narradora é mais um avatar do próprio leitor, ali apenas como observador. O pai e a mãe, porém, são excelentes personagens.

    Quanto à trama, achei um tanto simples, e sem muita comédia. O tom da narrativa é descontraído, sim, mas a comédia é algo mais superficial aqui, diferente de muitos outros contos no desafio que são puramente sátiras de alguma coisa. O que quero dizer é que foi uma escolha válida: seu conto está de acordo com o tema do desafio, apenas não se dedica completamente à comédia.

    Você fechou bem o conto: há um clímax e uma conclusão. Contos fechadinhos sempre me agradam =)

    Abraço!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Marco Aurélio! Obrigada por ter lido! Abraços…

  8. Priscila Pereira
    1 de setembro de 2017

    Olá Regina, gostei bastante do seu conto, uma pena mesmo ele ter sido desclassificado. Muitíssimo bem escrito e estruturado, gostoso de ler, muito visual e com personagens bem desenvolvidos e fortes. Um excelente conto!! Parabéns!!!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Priscila! Obrigada por ter lido, obrigada pelas palavras! Abraços…

  9. Gustavokeno (@Gustavinyl)
    31 de agosto de 2017

    Sapeca,

    gostei do seu conto. A escrita é bem descritiva, mas não cansa. Pelo contrário: ela nos prende com muita competência do início ao fim.

    Agora, o enredo não me arrebatou. Infelizmente. Não que ele possua falhas, em absoluto. É que diante dos outros trabalhos, o brilho dele não se sobressai.

    De todo modo, parabéns.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Gustavo! Narrei uma situação real, foi muito “chocante”, na época. Hoje, sempre que tenho esta lembrança, caio na risada. Obrigada pela leitura! Abraços…

  10. iolandinhapinheiro
    29 de agosto de 2017

    Muito legal o seu conto, garota. Sua história ficou super visual e com uma narrativa com detalhes e sem afobação. Uma pena você ter saído do certame antes do fim, mas já estamos esperando a sua presença no próximo desafio. Abraços.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Eita, obrigada! Estarei no próximo! Obrigada pela leitura, obrigada pelas palavras! Abraços…

  11. Rubem Cabral
    28 de agosto de 2017

    Olá, Lilica.

    É um bom texto, com jeito de que foi escrito por alguém que conheceu local semelhante, inclusive pelo uso do vocabulário muito rico e distinto.

    Os personagens foram bem desenvolvidos dentro dos limites impostos pelo desafio. A qualidade da escrita está muito boa: não notei erros que pudesse apontar.

    De início achei meio estranho tamanha explosão por causa do querosene de duas lamparinas, mas depois pensei no metano formado, que de alguma forma poderia ter formado bolsões sob a terra. De qq forma, se fosse esse o caso, seria perigoso fumar ou causar faíscas ao usar a tal privada.

    Quanto à comédia, a capacidade do texto de fazer rir, penso que foi uma comédia bem discreta.

    Abraços e boa sorte no desafio.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Rubem! Vivi a cena, eu tinha uns 5 anos… Também não entendi, na época, a razão de uma explosão tão desproporcional. Lá no sítio, todos os homens fumavam cigarro de palha e, agora, aqui pensando, acho que nunca vi algum entrar fumando na privada. A combustão dos gases deve ter havido por causa das labaredas das palhas de milho, né? Não sei, mas foi um susto danado! Abraços e obrigada pela leitura…

  12. Vitor De Lerbo
    28 de agosto de 2017

    Até o finalzinho do conto, esse era o texto de comédia mais triste que li, até agora, no desafio; tudo destruído, pai humilhado, família debochando. Claro, isso também é cômico, mas pela entonação do texto, tive mais dó do homem do que achei graça.

    Mas o final fecha muito bem o conto e conversa com o resto do trabalho, trazendo o riso.

    Boa sorte!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura, Vitor! Na época, confesso que não ri, meu pai era bravo! Agora, sempre que me lembro, gargalho! kkkkkkkkkk

  13. Amanda Gomez
    26 de agosto de 2017

    Oi, Lilica!

    Bom, o conto tem um humor sutil, está bem escrito e tem fluidez necessária para não deixar o leitor cansado. Particularmente não é do meu gosto, não me fez rir, mas foi Ok.

    A história está bem centrada, gosto de histórias simples e cotidiana, esta acredito que remete a um tempo passado. Me trouxe algumas lembranças de infância também, já vi privadas desse tipo antes, embora nunca tenha tido coragem de usar, são horríveis, muito melhor o mato haha. ‘-‘ enfim, fico aliviada que o conto não tenha sido fisiológico, como outros com a mesma temática, alguns de muito mau gosto, não é seu caso, o conto é bom, e pelo visto agradou a quem avaliou. Isso é o que importa,né mesmo?

    Boa sorte no desafio.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Amanda! Obrigada pela leitura e pelas palavras! Abraços…

  14. Juliana Calafange
    26 de agosto de 2017

    É muito difícil fazer rir. Ainda mais escrevendo. Eu mesma me considero uma ótima contadora de piadas, mas me peguei na maior saia justa ao tentar escrever um conto de comédia para este desafio. É a diferença entre a oralidade e a escrita. Além disso, o humor é uma coisa muito relativa, diferente pra cada um. O que me faz rir, pode não ter a menor graça para outra pessoa. Assim, eu procurei avaliar os contos levando em consideração, não necessariamente o que me fez rir, e sim alguns aspectos básicos do texto de comédia: o conto apresenta situações e/ou personagens engraçadas? A premissa da história é engraçada? Na linguagem e/ou no estilo predomina a comicidade? Espero não ofender ninguém com nenhum comentário, lembrando que a proposta do EC é sempre a de construir, trocar, experimentar, errar e acertar! Então, lá vai:
    Muito bom seu conto, Lilica! O personagem do pai é ótimo, me lembrou várias figuras, inclusive meu avô. A situação é muito engraçada, vc descreveu muito bem a cena da “hecatombe” da privada, dei risada aqui. E ri mais ainda quando vc menciona o sorriso “maroto” do pai ao constatar q as baratas tinham morrido. Minha única observação é que no 5º parágrafo vc usa 3 vezes o verbo deixar, e isso incomoda um pouco. No mais, é só graça, parabéns!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Juliana! Adorei o seu comentário! Obrigada pela leitura e, você tem razão, sou muito repetitiva… Abraços…

  15. Rsollberg
    26 de agosto de 2017

    haha

    Fala Lilica

    Então, aqui estamos diante de um conto em que o causo é engraçado por si, mas o estilo do autor não contribui nem para dar dramaticidade ao enredo, tampouco comicidade. O texto é muito direto, descritivo, quase didático em alguns momentos. Falta uma analogia pais mordaz, uma observação mais afiada ou até mesmo uma frase de efeito mais construída.
    É um texto corretinho, sem muitas virtudes ou vicios. Ou seja, na média.

    De qualquer modo, espero que outros tenham percepção diversa.
    Abraços

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      É, foi uma acontecimento “cocô”, mas foi impactante! Eu tinha 5 anos (mais ou menos), não ri no momento, fiquei apavorada e, além de tudo, meu pai era “brabinho”! Hoje, gargalho!!!!!!!!!!!!!!! Abraços…

  16. Paula Giannini
    25 de agosto de 2017

    Olá, Lilica,

    Tudo bem?

    Você criou uma situação simples e cotidiana. Uma narrativa crível e que me levou a acreditar que se tratasse de uma memória real do autor, devido à riqueza de detalhes e descrições de imagens e sensações.

    É interessante notar que sua criação já parte da premissa do cômico. A situação em si já é digna de graça, restando ao autor o desenrolar da história, apresentando a trama propriamente dita, sem a necessidade de lançar mão de outros subterfúgios para a criação da comédia em si.

    Se por um lado a situação é simples, por outro, a narrativa do escritor é claramente elaborada. O leitor sente nojo na descrição das baratas, tem empatia com o pai, criando seu plano mirabolante, bem como com a mãe, obrigada a limpar o local e depois, vendo-se privada até mesmo de (desculpe o trocadilho) sua privada.

    O ponto alto, para mim, é a narrativa através dos olhos da criança da família que, em sua inocência, é participativa da ação, mesmo sem com isso mostrar-se inserida dentro da história propriamente dita. Ele acompanha a ação como observadora, conduzindo a história e opinando, de certa forma, ao apresentar sua versão do que se passou, ainda que não participe da trama ativamente.

    Tremi aqui com a visão das baratas carbonizadas. Odeio baratas. Eca.

    Parabéns por seu trabalho.

    Boa sorte no desafio.

    Beijos
    Paula Giannini

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Paula, que comentário perfeito! Obrigada pela leitura, obrigada pelas palavras! Tentei narrar uma situação vivida por mim, lá pelos meus 5 anos… Abraços…

      • Paula Giannini
        2 de setembro de 2017

        Oi Regina, parece que muitos.por aqui foram nessa linha. Eu inclusive. Parabéns pelo trabalho. Beijosss

  17. Evandro Furtado
    25 de agosto de 2017

    Olá, caro(a) autor(a)

    Vou tentar explicar como será meu método de avaliação para esse desafio. Dos dez pontos, eu confiro 2,5 para três categorias: elementos de gênero, conteúdo e forma. No primeiro, eu considero o gênero literário adotado e como você se apropriou de elementos inerentes e alheios a ele, de forma a compor seu texto. O conteúdo se refere ao cerne do conto, o que você trabalha nele, qual é o tema trabalhado. Na forma eu avalio conceitos linguísticos e estéticos. Em cada categoria, você começa com 2 pontos e vai ganhando ou perdendo a partir da leitura. Assim, são seis pontos com os quais você começa, e, a não ser que seu texto tenha problemas que considero que possam prejudicar o resultado, vai ficar com eles até o final. É claro que, uma das categorias pode se destacar positivamente de tal forma que ela pode “roubar” pontos de outras e aumentar sua nota final. Como eu sou bonzinho, o reverso não acontece. Mas, você me pergunta: não tá faltando 2,5 pontos aí? Sim. E esses dois eu atribuo para aquele “feeling” final, a forma como eu vejo o texto ao fim da leitura. Nos comentários, eu apontarei apenas problemas e virtudes, assim, se não comentar alguma categoria, significa que ela ficou naquela média dos dois pontos, ok?

    O vocabulário invejável adorna uma trama extremamente bem construída que, por sua vez, é permeada por um humor de muito bom gosto. A imagem do sujeito, sentado sob a bananeira, o rosto queimado pela explosão é a maior expressão disso. Ela é praticamente cinematográfica. Quase um excerto de Keaton transposto para a literatura. Um humor slapstick construído por meio das palavras. Tal brilhantia merece um belíssimo OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOUTSTANDING!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Eita! Obrigada, Evandro! Obrigada por ter lido, obrigada pelas palavras, obrigada pelo incentivo, obrigada por tudo! Pense numa velhinha feliz, agora, multiplique por 1000! É assim que estou depois de ler o seu comentário! Obrigada! Abraços…

  18. Anderson Henrique
    25 de agosto de 2017

    Gostei do conto. Redondinho, boa cadência, divertido. Um conto circular. Uma pena ter sido desclassificado, pois era um bom concorrente. Fiz questão de vir aqui ler e dizer que gostei. Vamos pro próximo? Abs.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, menino Anderson! Obrigada pela leitura, pelas palavras! Vamos pro próximo!!! Abraços…

  19. Fabio Baptista
    25 de agosto de 2017

    SOBRE O SISTEMA DE COMENTÁRIO: copiei descaradamente o amigo Brian Lancaster, adicionando mais um animal ao zoológico: GIRAFA!

    *******************
    *** (G)RAÇA
    *******************
    É um texto leve, com ar gostoso de crônica, mas não necessariamente engraçado.

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    *** (I)NTERESSE
    *******************
    Prendeu minha atenção o tempo todo, por mérito da qualidade de escrita e pela história, ao mesmo tempo simples e intrigante.

    *******************
    *** (R)OTEIRO
    *******************
    Uma linha reta, narrando a (no final descobrimos que nem tão mal sucedida assim) aventura do pai que quer dar fim às baratas e à ladainha da mulher.
    Não há muitas reviravoltas, além da explosão, mas cumpre bem o papel de criar um vínculo com o leitor.

    *******************
    *** (A)MBIENTAÇÃO
    *******************
    Muito boa. O clima de fazenda fica no ar o tempo todo e a descrição do cheiro de creolina me fez lembrar o quintal da minha vó, que ela insistia em lavar usando esse bendito produto.

    Já os personagens, não foram muito bem desenvolvidos. Apenas são faladas características deles, mas não chegamos a comprová-las durante o texto.

    *******************
    *** (F)ORMA
    *******************
    O primeiro parágrafo me incomodou um pouco, mas logo percebi que era questão de estilo. Felizmente, consegui me adaptar rápido e aproveitar esse texto muito bem escrito.

    – Bastava o sol começar a arder para que as baratas começassem
    >>> evitaria essa repetição começar / começassem

    *******************
    *** (A)DEQUAÇÃO
    *******************
    Gostei do texto, mas não senti tanto a presença do elemento comédia aqui.

    NOTA: 7,5

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelas palavras! É, a creolina é outra lembrança que tenho da infância, “bendito” cheiro! Abraços…

  20. Lucas Maziero
    22 de agosto de 2017

    Quem não tomaria uma medida assim drástica para acabar com baratas e outros insetos que tais? Lá se foi a velha privada, mas lá também se foi o problema. Até achei que ia voar material excrementício para tudo quanto é lado, mas não, o desastre não chegou a tanto.

    Opinião geral: Até que gostei.

    Gramática: Está bem escrito, mas acho que pecou um pouco no uso dos artigos definidos. Afora isso, sem erros percebidos.

    Narrativa: O estilo é suave, seguiu um bom ritmo, nenhuma passagem que atravancasse a leitura.

    Criatividade: Mais ou menos; a ideia não é brilhante, mas foi bem desenvolvida.

    Comédia: Tem um traço humorístico, porém considero que, dado o tema, poderia ter “abusado” mais do humor, ter usado uma linguagem mais engraçada em vez de se manter no comum.

    Parabéns!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Lucas, pela leitura e pelas palavras! Narrei uma passagem de minha infância. Lucas, fomos vizinhos de sítio de uma família Maziero. Nasci em Auriflama, região de São José do Rio Preto, de Araçatuba, no Estado de São Paulo. Será que a família é de sua árvore genealógica?! Abraços…

  21. Ana Maria Monteiro
    22 de agosto de 2017

    Olá colega de escritas. O meu comentário será breve e sucinto. Se após o término do desafio, pretender que entre em detalhes, fico à disposição. Os meus critérios, além do facto de você ter participado (que valorizo com pontuação igual para todos) basear-se-ão nos seguintes aspetos: Escrita, ortografia e revisão; Enredo e criatividade; Adequação ao tema e, por fim e porque sou humana, o quanto gostei enquanto leitora. Parabéns e boa sorte no desafio.

    Então vamos lá: Uma história engraçada com o seu lado de comédia. Está bem escrita e sem nada a pontar ao nível de revisão. Enquanto conto, cumpre todos os requisitos: está centrada numa questão, tem princípio, meio e fim, é coerente, desenvolve-se harmoniosamente. Quanto a mim, é bastante descritivo e sério, o que acaba por dar pouco espaço à comédia em si mesma, acabando esta pouco explorada.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pelas palavras! Confesso a você que não sabia que comédia possui estrutura própria.Quando li o regulamento entendi que se tratava de um desafio de textos “engraçados”. Não sabia que era um grupo antigo, que era uma página só de desafios. Li o regulamento e enviei o texto. Adiante, vamos adiante… Abraços…

  22. Fernando.
    21 de agosto de 2017

    Olá, Lilica Sapeca, meu Deus, para exterminar as baratas se derruba a velha privada!? É assim a vida nos sítios e fazendas. Sua história me remeteu a umas privadas assim da infância. Fez-me bem. Sim, ficou engraçado o pai todo sujo de terra, o chapéu longe, as tábuas caídas no chiqueiro dos porcos. Ficou mais legal ainda a sua descrição da privada. O piso, as tábuas, a porta, a corrente, o prego… Um conto que gostei de ler, me provocou risos, ou seja, cumpriu com a sua missão. Grande abraço.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Fernando! Obrigada pela leitura e pelas palavras! Abraços…

  23. Catarina Cunha
    20 de agosto de 2017

    Um conto escatológico soft. De fácil leitura e com trama simples, mas envolvente. A descrição do ambiente detalhada, embora romântica, tira um pouco da graça.

    Auge: “E ao redor do buraco, além de toda a imundície espirrada pela explosão, o chão estava forrado de baratas chamuscadas. Dezenas e dezenas delas com as patinhas voltadas para cima.” – Não interessa os efeitos colaterais, vale aqui a vitória absoluta.

    Sugestão:

    Usar diálogos diretos para fortalecer o embate entre os personagens do pai e da mãe, até chegar ao clímax. Afinal foi o que gerou a decisão de detonar a privada.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Catarina, obrigada pela leitura! Você vê que coisa! Narrei um fato que presenciei! Lá pelos meus 5 anos de idade, segurei o riso, pelo susto e porque meu pai era “brabinho”, mas hoje, sempre que penso nisso, gargalho!!!!!!!!!!!! Abraços…

  24. Catarina Cunha
    20 de agosto de 2017

    Ué? Cadê meu comentário que estava aqui, Chefe? Será que não postei?

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      kkkkkkkkkkkk

  25. Catarina Cunha
    20 de agosto de 2017

    Nota 9.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Notaça!!!!!!!!!!! Notona!!!!!!! Notaço!!!!!!!!!!!!!!! Obrigada!

  26. Roselaine Hahn
    19 de agosto de 2017

    Lilica, que conto cocô! Rsrsrs. Buenas, está bem escrito, sem dúvidas. A questão da comédia inerente na avaliação, a meu ver, ficou um tanto em segundo plano. Vc foi muito esmerado na descrição da patente ou privada, do comportamento do pai, da mãe, e acho que faltou o fator surpresa para dar a graça pretendida. De qualquer forma está bem escrito, li numa sentada (não na privada), só acho que careceu de um pouco de distorção, a inserção do absurdo, uma barata falante, sei lá. Mas faz parte né, uns riem, outros choram. Abçs e sorte no desafio.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      É, foi uma acontecimento “cocô”, mas foi impactante! Eu tinha 5 anos (mais ou menos), não ri no momento, fiquei apavorada e, além de tudo, meu pai era “brabinho”! Hoje, gargalho!!!!!!!!!!!!!!! Abraços…

      • Roselaine Hahn
        3 de setembro de 2017

        Oi Regina, atente-se ao Rsrsrsr depois de “que conto cocô”, pois esse comentário é uma analogia ao que vem da privada, no bom sentido, tanto que disse que ele “está bem escrito, sem dúvidas”. Acho importante esclarecer, para não haver entendimentos de que o comentário referia-se a sua escrita, de forma alguma. Abçs.

  27. Pedro Luna
    17 de agosto de 2017

    Achei bom. Sinceramente, ri demais com a atitude ingênua e imbecil do pai. A casinha explodindo e o coitado voando. kk. Muito boa essa cena.

    Acho que o conto cumpriu com rigor o propósito. É divertido, leve, simples, e a ambientação ficou muita boa, também. Lembrei de imediato de um sítio que minha família tinha no sertão, que parecia com o descrito. Os familiares dos caseiros também moravam próximos.

    O único ponto fraco é que existe um pequeno excesso em alguns parágrafos. Por exemplo, após a explosão, o cenário pós bomba podia ter sido descrito de forma mais sucinta. Perceba como foram gastos linhas e linhas explicando o que o pai via, como ele estava, o que a mãe sentiu, como as coisas ficaram. Em um conto leve como esses, os trechos finais poderiam sofrer alguns cortes para deixar tudo mais dinâmico e ágil. Minha opinião.

    Gostei do conto.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Pedro, obrigada pela leitura e pelo comentário! Narrei um fato que vivenciei, foi muito assustador para os meus 5 anos… Hoje, morro de rir!” Ah! Pedro era o nome do meu pai!!!!!!!!!!!! ❤

  28. Alex Alexandre da Rosa
    17 de agosto de 2017

    Olá autor(a)
    Uma história aparentemente “sem graça”, mas conseguiu deixar interessante. gostosa de ler. Parabéns

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura! Pelo comentário, deve ter sido muito empolgante… Abraços…

  29. Catarina
    17 de agosto de 2017

    Um conto escatológico soft. De fácil leitura e com trama simples, mas envolvente. A descrição do ambiente detalhada, embora romântica, tira um pouco da graça.

    Auge: “E ao redor do buraco, além de toda a imundície espirrada pela explosão, o chão estava forrado de baratas chamuscadas. Dezenas e dezenas delas com as patinhas voltadas para cima.” – Não interessa os efeitos colaterais, vale aqui a vitória absoluta.

    Sugestão:

    Usar diálogos diretos para fortalecer o embate entre os personagens do pai e da mãe, até chegar ao clímax. Afinal foi o que gerou a decisão de detonar a privada.

  30. Davenir Viganon
    16 de agosto de 2017

    Achei teu conto simpático, levemente comico. As descrições ficaram demoradas e tiraram a agilidade do texto que a comédia pede. A falta de diálogos deixa as coisas menos engraçadas e a coisa toda dependeu de uma situação só. Um bom texto, não mais que isso.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelo comentário! Abraços…

  31. Luis Guilherme
    16 de agosto de 2017

    Boa noiteee.. Td bao por ai?

    Gostei! Um conto divertido e leve, bem escrito, com uma pegada agradavel de humor, nada forçado.

    O conto retrata uma situaçao cotidiana, utilizando-se do ridiculo natural das situaçoes da vida.

    A forma como eh conduzido valoriza, pois eh fluente e simples. Acaba cativando.

    Nao notei grandes erros de gramática, e tem uma boa estrutura. O enredo tambem eh bom.

    Enfim, bem divertido e agradavel, me cativou. Parabéns e boa sorte!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelo comentário! Abraços….

  32. Wilson Barros Júnior
    15 de agosto de 2017

    “o limiar da descompostura” é uma boa expressão para revelar certos sentimentos recalcados. A comédia aqui é um estouro de animais, berrando como doidos, o que não deixa de ter seu humor. Essa cena ficou muito bem descrita e passou realmente a imagem do que aconteceu. A famosa “comédia de explosão”, como o lobo do papa-léguas e outros desenhos animados. Inclusive parece ter realmente acontecido na infância da autora, devido à profusão de detalhes muito realistas, de difícil invenção. A criatividade aqui foi grande. Fazer humor com a explosão de uma privada não é fácil. A mãe, no fim, ainda achou pouco. Moral: não adianta tentar agradar as mulheres, nem mesmo explodindo o banheiro. Assim, mais um para a coleção dos “politicamente incorretos”, como já disseram de quase todos… Mas ficou um conto realmente original e bem escrito, parabéns.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Wilson, você matou a charada! Narrei um fato. Eu tinha mais ou menos 5 anos, não ri no momento. Posso dizer que não ri por causa do susto e também porque meu pai era um espanhol “brabinho”. Hoje, morro de rir só de lembrar … Obrigada pela leitura!

  33. Cilas Medi
    15 de agosto de 2017

    Olá Lilica,
    Mesmo na escatologia, gostei do conto. Bem formatado, alegre, um jeito certo de descrever sem exagerar no que se considera uma fórmula correta para a gargalhada. Nesse conto permaneceu o inusitado e o final correto. Uma boa comédia.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada, Cilas! Obrigada pela leitura, pelo comentário e pela gentileza! Abraços…

  34. Antonio Stegues Batista
    15 de agosto de 2017

    Se a minha privada explodisse, eu não acharia nada engraçado. Os personagens acharam, não sei porque, faltou falar da bosta espalhada por todos os lados, aí sim, eu iria rir da cara do pai. O texto esta bem escrito, muito bom, mesmo, mas a comédia foi fraca, deveria ter tido situações engraçadas desde o princípio, pois assim, foi muito texto e pouco riso..

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura! Eu falaria de bosta espalhada por todos os lados se a bosta fosse importante na história, pode ter certeza! Narrei, aqui, uma cena vivida por mim, lá pelos meus 5 anos de idade… Antônio, na minha modesta escrita, quase sempre reminiscências, tento passar uma visão mais delicada de tudo, foi assim que vi e assim que carrego na lembrança. Se a bosta tivesse sido importante, neste caso, ela teria sido explorada. Não foi… Abraços…

  35. Pedro Paulo
    15 de agosto de 2017

    O que o conto narra é a empreitada do pai da protagonista em se livrar das baratas da privada. A primeira parte contém uma breve descrição que ajuda a entender o conflito que move a trama e, pouco depois, as coisas começam a realmente acontecer quando o pai dela se arruma para lidar diretamente com os bichinhos indesejados. O resultado disso é que, escrito da forma que é, observamos atentamente o pai da menina preparar seu ataque final, esperando para entender o que vai ser o que acontecer. Com o resultado catastrófico, as baratas morrem e outro problema é gerado, o que é engraçado levando em conta a postura triunfante do homem com o seu feito. O conto se encerra com a mesma irritação recomeçando, num fim bem-humorado para a história. No entanto, quanto ao humor, este só vem chegar no final, com a explosão da privada, sendo mais situacional do que realmente o centro do conto. Portanto, embora seja bem escrito, não atinge a proposta de ser engraçado.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Pedro, obrigada pela leitura e pelo comentário! Narrei um fato vivenciado por mim, nos meus 5 anos de idade. Ah! O nome do meu era Pedro!!! ❤ Abraços…

  36. Brian Oliveira Lancaster
    14 de agosto de 2017

    JACU (Jeito, Adequação, Carisma, Unidade)
    J: Esse é bem engraçado por pegar muito da vida cotidiana de fazenda. Meus avós também eram dessa época e revivi cada detalhe que eles contavam. Exceto, é claro, a parte das baratas. – 9,0
    A: Aqui, o engraçado mesmo são as situações inusitadas e o desfecho irônico. Mas é suficiente para ser um bom texto de comédia, ao meu ver. Divertido mesmo é a reação das outras pessoas ao redor. – 9,0
    C: O pai, a mãe e o filho (o narrador) falam pouco, mas seus trejeitos cativam. Uma história simples, mas conquista justamente por isso. – 8,5
    U: A escrita flui bem. Uma ou outra coisinha escapou à revisão, mas nada que atrapalhe o bom andamento do contexto. Lembrou-me vagamente do antigo filme “O Jovem Eistein”, que tem uma cena parecida (só que nesse, ele descobre o átomo da cerveja e o barraco explode). – 8,5
    [8,7]

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelo comentário! Obrigada pelas ótimas notas! Abraços…

  37. Elisa Ribeiro
    13 de agosto de 2017

    Olá Autor,

    Um conto com sabor de causo interiorano, do tipo que meu pai e meus tios costumam contar.

    O enredo é bem simples, a imagem – uma boa escolha – ajudou a entender o cenário, principalmente para quem nunca viu “uma casinha” de roça.

    Acho que você poderia ter aproveitado melhor algumas situações de humor, como as lamúrias da mãe, que poderiam ter aparecido no texto como falas, ou fazer graça com a situação de usar a “casinha” com as baratas subindo pelas pernas.

    A história está bem narrada, mas o narrador um pouco frio, que se restringe a contar a história, perdeu a oportunidade de cativar o leitor.

    Em geral, o texto está bem revisado.

    Parabéns pelo trabalho.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pelo comentário e pela leitura! Narrei um fato vivenciado por mim, isso já faz muuuuuuuuuuito tempo! Abraços…

  38. Jorge Santos
    13 de agosto de 2017

    Conto bem contado, com bom ritmo e linguagem. A comédia está bem patente, mas tem gosto a deja vu.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      É, Jorge, você o conhecia lá do grupo do Joaquim. Não sabia que havia uma estrutura para comédia, li o regulamento, entendi ser necessário apresentar um texto “engraçado” (comédia), e que não tivesse sido publicado. Não conhecia o grupo, não sabia que era um grupo antigo, que era um grupo de desafios constantes. Fiquei muito aflita quando a Ana escreveu, perdi o sossego porque estava atrapalhando um colega, e me identifiquei antes de ouvir o mediador. Vamos adiante, sempre adiante… Abraços…

  39. Fheluany Nogueira
    9 de agosto de 2017

    Acho que gosto do humor negro em fusão com a comédia de situação, porque um marido cansado de ouvir queixas da mulher, acabar por explodir a sua latrina, provocou umas boas gargalhadas.

    Pontos para o conto que extraiu humor de problemas do dia a dia e soube usar muito bem as palavras. Um dos favoritos até agora.

    Parabéns pela participação. Abraços.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelo comentário gentil! É o relato de uma situação que vivenciei nos meus 5 anos de idade. Na época, foi um susto, hoje, morro de rir! Obrigada! Abraços….

  40. werneck2017
    9 de agosto de 2017

    Olá, Lilica!
    um texto adorável, que fala de gente simples, de vida simples e problemas nem tão simples assim. Afinal, baratas podem infernizar qualquer um em qualquer lugar. Muito pior em se tratando de um banheiro!
    O enredo cativa com as peripécias e agruras do pai do protagonista, que tudo vê. Só não vê a mãe parar com a ladainha lamuriosa. Torcemos e nos envolvemos logo no início. Quanto à criatividade, eu me diverti muito.
    Quanto aos erros gramaticais, eu acho que uma revisão poderia resolver alguns períodos com algumas palavras em excesso.
    Quanto à adequação ao gênero, achei que todos os elementos da comédia foram utilizados e o desfecho bem resolvido ao final.
    Adorei.
    Minha nota é 9,8.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada!!!!!!!!!!!!!!!!!! Obrigada pela leitura, pelo comentário e pela nota! Meu Deus, fiquei muito contente! É o relato de uma situação que vivenciei, eu tinha 5 anos de idade. Na época, foi um baita susto, mas hoje, é só para gargalhar! Obrigada! Abraços…

  41. Eduardo Selga
    9 de agosto de 2017

    Fiquei imaginando, divertidamente, o carreirão das galinhas “[…]num só desatino, de asas abertas, cacarejando como nunca” e os porcos e carneiros desesperados numa situação tão singular.

    Uma das ferramentas mais eficazes na produção de cenas de humor é justamente o inusitado, na medida em que o leitor, diante de semelhante situação, do inesperado, se desarma, e o riso funciona como um pedido de tempo para ele consiga rearmar-se, e confissão de que foi vencido pela surpresa.

    E há um detalhe importante: a narrativa gira em torno do “quartinho”, toca em elementos poucos cheirosos e em baratas, mas não é escatologia nem apelação gratuita, como li nalguns outros contos do desafio. Isso porque não são fezes ou os insetos os protagonistas, e sim a falta de cálculo do personagem, que ignorou a produção de gases da latrina, o que ensejou a explosão.

    A posição que as personagens femininas ocupam na narrativa é de relevo, mas não de protagonismo. A mãe e a narradora têm comportamentos que demonstram, relativamente ao personagem masculino, certa superioridade intelectual, ainda que pelo silêncio. A mãe, por exemplo, diante da situação, “[…]balançava negativamente a cabeça”, como quem perguntasse “que idiotice esse sujeito fez?”; a narradora-personagem narra boa parte dos fatos a partir de um ponto fixo, sentada conforme exigira o pai. Dali ela fica “só observando”.

    O posicionamento de ambas se filia à quebra de expectativa. Não na narrativa em si, mas se considerarmos as representações do feminino e do masculino na literatura. Elas surpreendem porque as mulheres não são comumente mostradas com a aura de superioridade. Ao contrário, embora a situação esteja se modificando. Assim, a atitude delas diante da parvoíce do sujeito, não deixa de quebrar uma expectativa, e contribui para o efeito humorístico.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Olá! Gosto muito de ler comentários que mostram reflexão. Obrigada por ter lido o meu texto. Eduardo, cresci nesse meio, tentei narrar uma situação real, eu presenciei o fato. Recebi um comentário que sugeria explorar mais a “bosta” (com perdão pela crueza). A graça do meu conto, que posso não ter conseguido transmitir, não tinha nada com o danado do “produto”. Nem pensei nisso, nem no dia, nem quando escrevi. A cena foi tão assustadora, tão chocante que não ri. É certo que não ri por causa do susto, mas também não teria coragem de rir diante do meu pai, ele era um espanhol “brabinho”! Hoje, sempre que penso nisso, gargalho…Seria cômico se não fosse trágico! kkkkkkkk
      Obrigada pelo carinho da análise, pelas boas palavras, por ter lido. Abraços…

  42. Ricardo Gnecco Falco
    7 de agosto de 2017

    Olá autor(a)! Tudo bem?
    Estou aqui agora, logo após ter me deleitado com a leitura de sua obra, exercendo a função não mais de leitor, mas sim de julgador de seu texto. Por isso, para ser justo com você (e com os/as demais), darei notas para todos os trabalhos com base nos MESMOS quesitos, que estão listados abaixo. Desejo-lhe boa sorte do Desafio e lhe agradeço pela oportunidade de conhecer sua criação! Um forte abraço,
    Paz e Bem! 🙂

    —–

    1) Está BEM ESCRITO? (0/3) –> 3

    Trabalho muito bem escrito. Não percebi nenhum entrave que atrapalhasse a leitura. Enredo bem desenvolvido, com começo, meio e fim seguindo como o fluxo pacato da vida na roça. Parabéns!

    2) A história é CRIATIVA? (0/3) –> 0,5

    Não o foi, para mim. Um enredo que, embora bem desenvolvido, sem pressa e sem surpresas, tangenciou quase o campo da Crônica, pois tudo não passou de um relato; muito bem escrito, porém sem muito recheio.

    3) O humor é INTELIGENTE? (0/3) –> 1

    O (pouco) do humor encontrado aqui deve-se apenas pelo fato em si narrado. Uma explosão de uma privada que, por fim, acaba resolvendo o problema inicial com a criação de outro(s). Vai levar um pontinho só por não ter se desviado para o escatológico, como outros textos deste mesmo grupo.

    4) Eu dei RISADA? (0/1) –> 0

    Não. Mas a história/fato narrado é engraçado. E, como está bem escrito, o texto permitiu até mesmo que eu visualizasse as feições do patriarca daquela casa e de sua senhora.

    ——-
    4,5
    ——-
    OBS: Se as notas por mim expressas aqui somarem um valor DIFERENTE (para mais ou para menos) da que será, ao final de todas as leituras, postada no respectivo campo de avaliação geral do site (onde estarão listados todos os contos concorrentes deste grupo e suas respectivas notas finais, e que terão valor oficial), o fato se deverá, provavelmente, por eu ter mexido na nota previamente colocada aqui na avaliação inicial, com base na amplitude de conhecimento obtida após término de todas as leituras, podendo portanto ocorrer uma mudança de paradigma em meu padrão avaliativo inicial.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Ricardo, obrigada pela leitura e pelo comentário! Quanto à nota, não fui aprovada no vestibular… Realmente é o relato de uma cena vivenciada por mim. Faz muuuuito tempo, eu tinha apenas 5 anos de idade… Obrigada! Abraços…

  43. Olisomar Pires
    6 de agosto de 2017

    Fantástico conto. A luta de um homem contra as baratas da privada.

    Muito bem escrito. Despretensioso. Singelo, o que combinou bem com o ambiente criado. Engraçado como os personagens são táteis.

    Parabéns ao autor.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Olisomar, obrigada! Obrigada pela leitura, pelo comentário gentil! Talvez os personagens sejam táteis pelo excesso de descrição. Sou assim, derramada. É o relato de uma cena que vivenciei nos meus 5 anos de idade. Faz muuuuuuuuuuito tempo! Obrigada! Abraços… ❤

  44. António Correia
    6 de agosto de 2017

    Não sei se atinge o objectivo proposto, todavia tem ritmo e é de leitura agradável.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Obrigada pela leitura e pelo comentário tão sucinto e tão forte. Abraços…

  45. Givago Domingues Thimoti
    6 de agosto de 2017

    Adequação ao tema proposto: Bem adequado
    Criatividade: Média. Acho que se o texto fosse contado numa linguagem mais regional, o resultado final seria melhor.
    Emoção: Arrancou um sorrisinho de canto de boca. A imagem do pai no dia seguinte à explosão do banheiro não saí da mente.
    Enredo: Muito bem desenvolvido. O tal do conto “causo”. A única coisa que senti falta foi o que citei acima… Uma linguagem regional teria aumentado minha nota.
    Gramática: Não notei nenhum erro.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Givago, obrigada! Obrigada pela leitura e pelo comentário tão delicado! Relatei uma cena vivenciada por mim, isso faz muuuuuuuuito tempo! Eu tinha apenas 5 anos de idade. Ah! O seu nome trouxe a lembrança do filme da minha mocidade, Dr Jivago, com o Tema de Lara! Putz! Belas lembranças… Abraços… ❤

  46. Gustavo Araujo
    6 de agosto de 2017

    Gostei muito do conto. Não só por estar muito bem escrito, fluido e gramaticalmente perfeito, mas porque parece verdadeiro. Minha aposta é que a autora nos presenteou com um capítulo de suas memórias de infância, algo real, autêntico mesmo. A situação em si, embora não seja daquelas que provoquem o riso escrachado, inesperado e memorável, não deixa de ser divertida. Dá para imaginar o pai, chamuscado, satisfeito com o sucesso de sua empreitada baraticida, apesar do susto. E isso, narrado pelos olhos de uma criança, não deixa de ser um grande atrativo. Enfim, não me fez rir à beça, mas me deixou com um sorriso no rosto, daqueles que só aparecem quando lembramos ou nos identificamos com algo real, que vem da alma. Parabéns!

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Eita! Que belo comentário, Gustavo! É isso mesmo, o relato é verdadeiro. Na época, não ri. Hoje, nem posso pensar na cena, GARGALHO!!!!!!!!!!!!!!!! kkkkk
      Obrigada por tudo, você é um grande cara! Abraços…

  47. Bruna Francielle
    5 de agosto de 2017

    Tema: realmente, não sei no que esse conto poderia se encaixar, algo meio fúnebre talvez, pois não conseguiu se adequar ao tema comédia, ao meu ver.

    Pontos fortes: uma das histórias mais estranhas que já li. Realmente o autor foi criativo no conto, mas não conseguiu fazer com que eu risse nem mesmo visse o conto como comédia, pois mesmo uns não fazendo rirem, tem alguma coisa na qual se firmar como uma comédia, mas esse conto aqui não tem.

    Pontos fracos:Talvez a cena do banheiro explodindo pudesse ter ficado engraçada se escrita de alguma outra forma, com um tom mais atrapalhado e ridículo. Penso que faltou emoção nesse conto. Nenhum dos personagens era cativante, e todos pareciam muito sérios o tempo inteiro. Muito sem emoção pra ser comédia. Me deixou até um pouco apática lendo, coisa que uma comédia não deveria poder fazer. Faltou um tempero, uma personalidade.

    • Regina
      2 de setembro de 2017

      Credo! Não agradei! Bruna, pior de tudo é que nem imaginação foi, apenas relatei um acontecimento. Isso aconteceu quando eu tinha 5 anos de idade, hoje tenho 64 . Na época, por causa do susto, não ri. Não poderia rir de maneira alguma, meu pai era um espanhol “brabinho”, mas hoje, sempre que penso na cena, GARGALHO! Obrigada pela leitura! Abraços…

  48. Bia Machado
    5 de agosto de 2017

    Desenvolvimento da narrativa – 2,5/3

    A narrativa se desenvolveu bem, gostosa de ler e prendeu a atenção. Descontei um pouco por causa do final, achei que poderia ter feito algo mais à altura da narrativa do restante do conto, porque no final perdeu um pouquinho da leveza da graça.

    Personagens – 2,5/3

    Muito bacana. Essa família foi bem pensada. Pude ver o jeito de cada um, mas algumas personagens podiam ter sido mais exploradas.

    Gosto – 1/1

    Gostei, estava precisando de algo com humor despretensioso.

    Adequação ao tema – 1/1

    Sim, está adequado.

    Revisão – 1/1

    Não vi nada que achei que estivesse inadequado. Se há algum erro, foi imperceptível. 😉

    Participação – 1/1

    Aviso quanto às notas dadas aqui em cada item: até a postagem da minha avaliação de todos os contos os valores podem ser mudados. Ao final, comparo um conto a outro lido para ver se é preciso aumentar ou diminuir um pouco a nota, se dois contos merecem mesmo a mesma nota ou não.

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Informação

Publicado às 5 de agosto de 2017 por em Comédia - Grupo 1, Comédia Finalistas e marcado .