EntreContos

Detox Literário.

Enquadro (Guilherme Paes)

Tarde da noite, os amigos skatistas se econtraram por acaso. A coincidência fortuita pedia uma celebração e, apesar da hora, principiaram suas manobras malabarísticas na fachada de um banco. Quando a polícia chegou, puseram em prática a já velha rotina: largaram skates, levaram as mãos à cabeça. Mas surpresa!

Não sacaram as armas, mas dispararam um polido“boa-noite”. Depois:

– Vocês curtem hardcore?

De dentro da viatura tirou um CD.

– A primeira banda de “Sexcore” do mundo – vaticinou

Na capa, a foto de seu corpanzil seminu, trajando apenas uma sunga de couro, rosto encoberto por capuz preto.

81 comentários em “Enquadro (Guilherme Paes)

  1. Lohan Lage
    27 de janeiro de 2017

    Curti, hein! O nonsense super bem empregado, a situação final soou meio almodovariana… parabéns!

  2. Thayná Afonso
    27 de janeiro de 2017

    Gostei dessa reviravolta no final, foi impossível não rir. Inusitado e bem escrito, adorei. Parabéns!

  3. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Conto interessante, fugiu do padrão, um conto diferente… ficou bom até. Boa sorte.

  4. Sra Datti
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Zau
    Não sei bem o que dizer.
    Quanto à forma, pouca coisa: um “n” faltando em encontraram, no primeiro parágrafo, a falta de um ponto final no último, nada demais. Mas quanto ao conteúdo, me desgarrei por completo, me desculpe. Seja por falta de conhecimento acerca de alguns elementos, seja por falta de empatia pelo tema (ou os dois). O que entendi foi a “quebra” do fluxo de uma situação que talvez pudesse pender até para uma tragédia, mas que se revelou um pouco cômica. No mais, senti-me um pouco sem habilidade para mergulhar a fundo.
    Boa sorte!

  5. Simoni Dário
    27 de janeiro de 2017

    Divertido do tipo comédia pastelão. Não entendi algumas coisas então vou me abster de comentar. Boa narrativa com uma surpresa bem humorada ao final.
    Bom desafio!

  6. Leandro B.
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Zau.

    Acho que há imagens interessantes e de certo modo “clássicas” na narrativa. O policial, o skatista fazendo manobra diante de um banco, a eminência do conflito.

    Claro, o conto não quer seguir um caminho previsível, mas admito que a guinada ao final me deixou meio perdido. Não entendi a brincadeira, possivelmente referente a algum movimento cultural que desconheço.

  7. Pedro Luna
    27 de janeiro de 2017

    HUAHUAHAU. Considerei nonsense e por isso gostei. Bizarríssima a cena do policial perguntando se os caras curtem hardcore e então fazendo merchan da sua banda. Inusitado.

  8. Victória
    27 de janeiro de 2017

    Pois então…É um texto bem escrito, criativo e com um final inusitado. Tão inusitado quanto aleatório? É o tipo de final que muitos vão gostar por ser surpreendente, mas que, para meu gosto, é muito fora do contexto. Boa sorte

  9. rsollberg
    26 de janeiro de 2017

    Cara, fiquei meio perdido, sem saber como reagir diante deste conto. Sendo assim, creio que o autor conseguiu exatamente o que pretendia, quebrar o padrão e diluir qualquer expectativa.
    A desconstrução do estereotipo do policial de uma forma tão peculiar, deu um bom tom de estranheza para a história
    Uma participação rara e muito bem vinda.
    Curti
    Parabéns

  10. Lídia
    25 de janeiro de 2017

    Adorei a quebra de expectativa. No contexto em que estamos, com inúmeros casos de abuso policial, é bom ter uma história destoante…
    Achei o micro muito bem elaborado, e me fez querer ouvir o cd! kkkkk adoro hardcore!
    Boa sorte!

  11. Fil Felix
    25 de janeiro de 2017

    Um conto bem escrito que consegue nos fazer entrar na história, com boas descrições. Os garotos de skate e já prevendo o que os policiais vão fazer ficou bem realista, mas não me envolvi tanto no final. A sacada era do policial de sunga? Um ironia? Não sei se gostei tanto dessa virada, se a intenção for algo mais pro nonsense e absurdo, poderia ter ousado um pouco mais e feito o final mais chocante.

  12. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    25 de janeiro de 2017

    Oi, Zau,

    Não sei se fui a única por aqui a me pegar no detalhe da roupinha na arte da capa do CD. Os policiais “enquadraram” os garotos, é isso? Será que sou uma pervertida?

    Um conto com um belo toque de humor e fora do lugar comum. O texto também é bem construído.

    Parabéns por seu trabalho e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  13. Andreza Araujo
    25 de janeiro de 2017

    hahaha caramba que texto louco. Certamente foi bem criativo e inusitado, talvez o conto com melhor plot twist que li neste desafio. O conto conseguiu me arrancar um sorriso, embora eu não tenha entendido a real intenção dos policiais (apenas ouvir música ou tinha algo mais também?). Muito bacana!

  14. vitormcleite
    25 de janeiro de 2017

    conto bem escrito mas que perde toda a sua força pela trama que apresenta, que não me agarrou a atenção. Em originalidade terás muita pontuação mas a leitura deste texto devia ser acompanhada com o som indicado no texto.

  15. Jowilton Amaral da Costa
    25 de janeiro de 2017

    kkkkkkkkkkkk, que doideira foi essa. Cara, bem surreal este seu micro conto. deve ter tido alguma coisa aí que eu não captei. Uma ironia, uma sacada. Enfim, não gostei o suficiente. Não percebi o porque do policial mostrar um CD de uma banda dele, ainda mais só de sunga e com um capuz na cabeça. Policial bem estranho, conto bem estranho. Boa sorte.

  16. Gustavo Aquino Dos Reis
    25 de janeiro de 2017

    Zau,

    até a parte do enquadro estava tudo bem feitinho.

    Porém, depois, a coisa descamba. Faltou algo aqui – alguma liga que ajudasse a conferir mais verossimilhança à aquela abordagem policial. Não sei.
    Veja, a obra não é ruim. Ela está apenas rudimentar em sua apresentação.

    Parabéns.

  17. Srgio Ferrari
    25 de janeiro de 2017

    Non sequitur, mas…

  18. Tiago Menezes
    25 de janeiro de 2017

    O conto foi bem escrito, mas parece que tudo aconteceu “por acaso”. Isso não me pareceu muito real no fim das contas. Mas a história é divertida.

  19. Renato Silva
    25 de janeiro de 2017

    Se for o que estou pensando, era melhor levar “enquadro” dos policiais. Por que o policial desta vez foi simpático e chamou os rapaz para “curtir” um som? E essa coisa se “sexcore”, foto de cuecão de couro e capuz na cabeça, parece coisa do universo gay. Acho que entendi bem a desse policial…

    Algo que ficou confuso é se o policial estava só ou com um parceiro. O padrão é a polícia sempre andar em dupla, mas se tratando desse tipo pervertido aí, não posso aplicar a mesma regra a ele.

    Boa sorte.

  20. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Uma narrativa anedótica, ainda que localizada nos tempos atuais. Tem mais característica de crônica, o que não é demérito, mas me pareceu mais um causo do que realmente um conto, com alguma coisa a mais. A técnica do autor é bastante segura, e faz uso de jogos de palavras sem exageros, como “dispararam um polido ‘boa noite’”. De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  21. Douglas Moreira Costa
    24 de janeiro de 2017

    Eu fiquei meio confuso ao ler seu conto, mas acredito que a ideia central tenha sido aquela quebra de expectativas e aquela cena cômica do policial. Acho que funcionaria melhor se fosse com pessoas mais propícias a tomarem duras da polícia, como pessoas da periferia. Teria ficado mais clara a ideia central do texto, acredito. Acho que foi por isso que não pude apreciar muito, não tenho muita certeza se entendi kkkkkk.

  22. Lee Rodrigues
    24 de janeiro de 2017

    Oie, Zau!

    A sucessão dos acontecimentos não me envolveu, a linguagem é clara, mas a trama, skatistas que se encontram por acaso e por acaso conhecem um policial que curte hardcore não funcionou comigo.

  23. Tom Lima
    24 de janeiro de 2017

    Que ideia boa, mas senti falta de um fechamento, uma consequência do que foi apresentado. É bem leve a escreta, e tem um ritmo bom, mas algumas palavras estão sobrando, como o ” Mas surpresa!”, desnecessário, já que a frase seguinte já surpreende a expectativas deles de uma revista dura e certa truculência. A dura e a truculência pode ter ficado pra depois, ao som de sexcore… foi a impressão que tive. Se consentido ou não ficaria para o autor decidir e escrever, fiquei imaginando que foi consentido e divertido, uma suruba na viatura, ao som de sexcore…

    Está legal, mas essa falta me incomodou quando li.

    Parabéns e boa sorte.

    Abraços.

  24. angst447
    24 de janeiro de 2017

    Fiquei com uma impressão de ter lido um roteiro de um curta metragem, um roteiro do cotidiano urbano. O final surpreende um pouco, embora pudesse ser ainda mais conciso,assim causaria maior impacto.
    O texto revela um ritmo rápido, ágil como um skatista, mas poderia ser ainda melhor trabalhado. O caminho é esse aí mesmo, só tomar cuidado com os desvios desnecessários.
    O sujeito na capa do CD, vestido apenas de sunga e capuz, é o policial? O capuz seria para camuflar sua identidade,já que sua profissão não permite a exposição. Por outro lado, o capuz me fez pensar em um algoz, o carrasco, o torturador. Os dois lados de um mesmo policial. Gostei dessa simbologia. Há outra ainda – vestiu a carapuça?
    Bom, é isso. Boa sorte!

  25. catarinacunha2015
    24 de janeiro de 2017

    MERGULHOU sem pudores na “vibe” do humor urbano. Tem o frescor e a falta de revisão da juventude. Talento raro para identificar o IMPACTO do grotesco no cotidiano. No mais é só ler e praticar sempre.

  26. Felipe Teodoro
    23 de janeiro de 2017

    Acredito que as intenções dos policias após mostrar o Cd, podem ir de encontro com o material das letras da banda, não? Se for isso, o conto é apenas o início do enquadro, já que não sabemos o que acontece depois. Achei a escrita razoável, a ambientação diferente e o desfecho bem inusitado. Ainda assim, me parece que faltou algo para dar uma unidade ao micro conto. Acredito que sua ideia não soa tão completa no texto, quando deve estar em sua mente. Rs
    Sorte!

  27. Wender Lemes
    23 de janeiro de 2017

    Olá! Das leituras que fiz até aqui, notei micros sustentados por reviravoltas inesperadas e micros que deixaram as resoluções para o leitor. Esse conto, com seus policiais nada convencionais, consegue fazer as duas coisas a cada linha, por incrível que pareça. Muito criativo, merece destaque por fugir ao comum dessa forma.
    Parabéns e boa sorte.

  28. Miquéias Dell'Orti
    23 de janeiro de 2017

    Oi,

    A história tem um clima ótimo e.. bem.. eu sou fanzasso de skate e hardcore, então foi uma surpresa boa encontrar umas referências legais por aqui.
    Infelizmente, tecnicamente achei que faltou um pouco mais de trabalho do autor em lapidar o texto e deixá-lo 100%. Encontrei erros gramaticais e de pontuação que fizeram o texto perder força para mim.

  29. Mariana
    23 de janeiro de 2017

    Os contos têm me trazido muitas referências. Esse me lembrou demais Harmony Korine, o que é ótimo.

  30. Cilas Medi
    23 de janeiro de 2017

    Interessante, sem nenhuma surpresa de um encontro diferente e surreal.

  31. Estela Menezes
    22 de janeiro de 2017

    “Estranho, curioso e verossímil ao mesmo tempo”, como alguém aqui já disse. Intrigante, em momento algum você consegue antecipar no que vai dar… A inversão no papel dos personagens é que faz a história acontecer, embora o final nos deixe ainda esperando alguma coisa mais… A confusão entre plural e singular causa uma certa confusão à primeira vista. Bem construído, mas fica parecendo um bom quadro ao qual faltou uma última pincelada…

  32. Givago Domingues Thimoti
    20 de janeiro de 2017

    Uma virada surpreendente no final de um microconto meio engraçado. Muito bom! KKKKKK
    Boa sorte

  33. mariasantino1
    20 de janeiro de 2017

    Então, Zau, não captei qual que foi a desse conto. Procurei até aqui na net umas capas de cds pra ver se clareava as coisas, mas não.
    Ao que me parece a alusão à sunga e capuz preto não estão aí a toa e me pareceu ser coisa de deep web, porém eu não sei explicar. Outra probabilidade é de o pau comer só musicalmente , e nesse sentido eu me pergunto porque não escolheste um heavy metal como PANTERA (VULGAR DISPLAY POWER) ou um Black metal como Canibal Corpse ou Napalm Death.
    Bem, fiquei no meio termo aqui e por esse motivo não me foi possível curtir de fato o seu texto.

    Boa sorte no desafio.

  34. Vitor De Lerbo
    20 de janeiro de 2017

    Texto simples, rápido e fechado. Passa a mensagem e tira um sorriso.
    Boa sorte!

  35. Juliano Gadêlha
    20 de janeiro de 2017

    Que conto estranho… Bem original também. Fico pensando como a pessoa consegue bolar uma dessas hehe
    Em alguns momentos acho que faltou deixar claro quem exatamente estava falando ou fazendo tal coisa. Isso tornou o texto um pouco (mais) confuso. Se entendi bem, o policial faz parte da tal banda de sexcore, certo? E ele estaria na capa do CD, apenas de sunguinha e capuz? Então, tudo pode acontecer nesse final…

    Parabéns!

  36. Bia Machado
    20 de janeiro de 2017

    É, valeu pelo inusitado. Skatistas, policiais com banda sexcore (fiquei imaginando o que uma banda desse tipo toca, hehehe…), a surpresa no final diferente de muito conto que está participando do desafio. O que acontece depois, só na imaginação do leitor, mesmo. Achei bom, mas nada que desperte em mim justamente essa curiosidade para pensar no que vem depois.

  37. waldo gomes
    19 de janeiro de 2017

    Conto ” bizarro light”: baculejo esquisito.

    Bem humorado com pegada non sense.

    Bem escrito e tranquilo, narrativa sem grandes pretensões, o que é ótimo.

    Detesto intelectuais.

  38. Marco Aurélio Saraiva
    19 de janeiro de 2017

    Ah, gostei. Uma ideia original e interessante no meio de uma sequência de contos de suicídio e tristeza, rs rs rs.

    A história é fechadinha, apesar de não ter grande impacto: a galera se encontra e, como sempre, é abordada por policiais que geralmente acharão que são apenas vagabundos. Mas, neste caso, o policial só quer mostrar para eles o seu mais novo álbum.

    O conto ganha pontos pelo fator inesperado e pela originalidade. É leve e tem até um certo teor cômico.

    Parabéns!

  39. Anderson Henrique
    19 de janeiro de 2017

    Posso estar enganado, mas “coincidência fortuita” me pareceu um tanto redundante, assim como “manobras malabarísticas”. Ainda assim, gostei pra caramba do texto. É muito inusitado e o final foi surpreendente. Achei estranho, curioso e verossímil ao mesmo tempo. Tá dentro.

  40. Fheluany Nogueira
    19 de janeiro de 2017

    Skatistas, policiais, hardcore (nome atribuído a uma variação extrema de algo, literalmente, miolo, centro), música, sexo, “enquadro”, Liebman (jurista italiano, um dos maiores defensores da teoria eclética do direito de ação). Não consegui amarrar nada. Os policiais estariam com más intenções? Está me parecendo que o autor do texto é um advogado. Interessante. Parabéns pelas ideias diferenciadas. Abraços.

  41. Leo Jardim
    19 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐▫▫): bastante simples. O policial gostava de hardcore e gravou um CD, é isso. Não entendi muito bem a proposta.

    📝 Técnica (⭐▫▫): achei a leitura travada, devido uns problemas de pontuação e organização narrativa.

    💡 Criatividade (⭐⭐): é, ao menos, inusitado.

    ✂ Concisão (⭐▫): algumas informações sobraram (como a primeira cena dos skatistas) e faturou espaço para desenvolver melhor o policial, que parecia mais importante para a trama.

    🎭 Impacto (⭐▫▫): se o objetivo era ser cômico, não chegou a funcionar comigo, talvez pela forma como a informação final foi passada.

  42. Laís Helena Serra Ramalho
    19 de janeiro de 2017

    A ideia é boa, e o conto é até bem narrado.

    Existe um problema no seu texto, porém: “Mas surpresa!” Por antecipar que haveria uma surpresa, ela acabou perdendo totalmente o impacto. Colocar o “boa-noite” como discurso indireto também não ajudou muito.

    Mas o restante teria funcionado muito bem se não fosse esse problema que eu citei.

  43. Fabio Baptista
    19 de janeiro de 2017

    A escrita é boa, a situação descrita é criativa (talvez até demais) e a ambientação foge do lugar comum aqui do desafio.

    Mas, pra ser sincero, acho que já estou velho e ranzinza demais para embarcar em algumas viagens, então não consegui apreciar muito bem essa reviravolta no final.

    Abraço!

  44. Gustavo Castro Araujo
    18 de janeiro de 2017

    Bacana o conto, fugindo dos clichês do gênero. O inusitado assume o enredo no momento em que se pergunta sobre o hardcore. Ao que parece, tudo acabará bem, dentro desse espírito, com policiais e skatistas trocando informações sobre gostos musicais. Ou não, como diria Caetano, com o som hardcore comendo solto enquanto a polícia trabalha em meio ao que normalmente se vê em narrativas com forte viés político. Pessoalmente, prefiro a primeira opção, pois clichês já os temos em demasia por aqui. Seria bacana ver algo diferente – nem tão diferente assim. Em suma, um bom conto. Parabéns.

  45. Iolandinha Pinheiro
    18 de janeiro de 2017

    Na falta de assunto a gente dá risada. Cuma? Os caras estão de boas nos skates, e chega a polícia e ao invés da usual abordagem truculenta, os policiais querem compartilhar gostos musicais duvidosos com os garotos? Não fosse o comportamento insólito dos policiais, seria uma cena urbana comum e irrelevante. Mas, todavia, contudo, eu ri. Falou.

  46. Thiago de Melo
    18 de janeiro de 2017

    Olá, Autor(a),

    Gostei do seu texto. É fluido e a cena vai se desenrolando fácil de acompanhar. O “boa noite” foi mesmo inesperado e tudo o que se seguiu a ele me deixou de olhos arregalados. Achei que o conto deixa um final aberto a interpretações das mais variadas, o que é ótimo em termos de literatura, mas me deixa triste pelo possível destino dos esqueitistas.

    Ótimo texto, parabéns!

  47. Davenir Viganon
    18 de janeiro de 2017

    Um enquadro que os os esqueitistas não vão mais esquecer… não sei se é um “slice of life” ou um “non-sense”, mesmo. Se for, me resta contemplar o absurdo, mas se tem algum significado mais profundo, este me escapou.

  48. Eduardo Selga
    18 de janeiro de 2017

    Funciona assim: existe a banda autorizada do discurso social, cuja formação ideal é homem-adulto-branco-rico-heterossexual-machista; do outro lado do ringue, a banda desautorizada (mulher-criança e adolescente-negra-pobre-homossexual-feminista); no meio, hibridismos em que um dos dois lados se sobressai.

    Pois bem. A posição em que se está no tecido social costuma determinar comportamentos-padrão, quando vistos a olho nu. Assim sendo, do policial, que é uma força-tarefa a serviço do primeiro grupo, ninguém espera “boas noites” (sem hífen, porque usado como interjeição) ao abordar um cidadão situado na outra ponta, nem que demonstre claramente a esse cidadão sua preferência sexual pouco ortodoxa (o primeiro grupo adora uma ortodoxia).

    Então, o conto é inverossímil? Sim e não. Sim, pelos motivos expostos acima; não, porque esse comportamento padronizado vale muito enquanto há visibilidade social, enquanto os olhos da sociedade estão acordados. Fora disso, todos os gatos são pardos para o seu predador, e o sujeito que traz em si vontades não autorizadas tem a chance de manifestar-se.

    Além disso, nesse conto, mais importante que a verossimilhança externa, é a denúncia por ele feita da nossa santificada hipocrisia social.

    Falando nisso, os skatistas se comportam como quem não espera a hipocrisia. Eles, pertencentes ao campo discursiva e politicamente dominado, conhecem a prática dos que pertencem ao primeiro time, por isso fazem a parte que lhes cabe no teatro a céu aberto que é a nossa sociedade: “quando a polícia chegou, puseram em prática a já velha rotina: largaram skates, levaram as mãos à cabeça”.

    Apesar da qualidade aqui exposta, há um pecado formal. O protagonista é um policial, mas a abordagem é feita por mais de um (“não sacaram as armas, mas dispararam um polido ‘boa-noite'”). Entretanto, o que é feito do outro, ou dos outros? Não se sabe.

  49. Evandro Furtado
    18 de janeiro de 2017

    Acho que a construção do texto se suporta em uma referência que eu não peguei. No geral, não é algo que destoe, que se diferencia.

    Resultado – Average

  50. Glória W. de Oliveira Souza
    18 de janeiro de 2017

    Uma abordagem policial na noite em que um policial – demonstrando certa inclinação para a homossexualidade – surpreendem os amigos ‘esqueitistas’. O texto principia indicando que haveria dramaticidade, mas, pelo contrário, fecha a narrativa de forma nada conflituosa. Senti falta de continuidade.

  51. Amanda Gomez
    18 de janeiro de 2017

    Risos…

    Que estranho… Não sei muito o que comentar não é nada do que se imagina esperar. Nem os skatistas , nem os policiais e muito menos “sexcore” é uma capa de CD com um homem de cueca de couro.
    O que será que o autor estava pensando? Aposto que divertiur-se escrevendo, e isso é o que importa.

    O texto não trás nada de reflexão ou essas questão que creio eu, a maioria dos contos aqui possuem. Mas é diferente. Não necessariamente um diferente bom.

    Boa sorte no desafio.

  52. Bruna Francielle
    18 de janeiro de 2017

    Um pouco non sense.. bastante inesperado.
    Acho que o autor(a) realmente foi bem criativo, história altamente incomum
    Mas ao fim, fiquei com uma cara de tacho, confesso..
    Não ri, nem ‘chorei’.. simplesmente fiquei sem enteder !
    Acho que minha reação foi igual a dos staktistas com a cena !
    De qqr forma, parabéns pela inovação !

  53. Thata Pereira
    18 de janeiro de 2017

    Engraçado, acho que nunca li um texto que falasse de skatistas e essa surpresa foi muito grata. Assim como nunca li contos que abordassem batidas policiais e achei muito interessante. Confesso que o “boa noite” me convenceu e, mais uma vez, depositei minha fé na humanidade. Se rolou mesmo algo macabro ou não, não dá para saber. Mas o conto surpreende bastante pelo cenário inesperado.

    Boa sorte!

  54. Matheus Pacheco
    17 de janeiro de 2017

    Então os skatistas foram estuprados, foram participar de um bacanal com os policias ou foram impostos a uma pior tortura, ouvir rosque rardicore?
    Achei muito engraçado, um abração e um ótimo ponto.

  55. Luis Guilherme
    17 de janeiro de 2017

    Antes fosse uma simples geral, neh.. hahaha

    Seu conto eh bem original, eh leve, divertido e inusitado.

    Eh meio q um slice of life, nenhum acontecimento significativo.

    Enfim, gostei. Parabens e boa sorte

  56. Tatiane Mara
    17 de janeiro de 2017

    Olá…

    texto fala de uma batida policial meio sem noção e imaginária.

    Narrativa tranquila, texto cômico sem grandes aspirações.

    Boa sorte

  57. Priscila Pereira
    17 de janeiro de 2017

    Oi Zau, seu conto foi inusitado. Não sei o que pensar dele… você tem uma imaginação e tanto… está bem escrito e a ideia é original. Boa sorte aí!!

  58. Rubem Cabral
    17 de janeiro de 2017

    Olá, Zau.

    Eu, se fosse algum dos skatistas, botava sebo nas canelas, rsrs. A coisa parace que vai terminar em alguma masmorra S&M cheia de correntes e chicotes.

    O conto ficou divertido, a qualidade da escrita foi boa, com boa revisão também. O enredo, contudo, apenas trouxe alguma surpresa.

    Nota: 7.5

  59. Victor F. Miranda
    17 de janeiro de 2017

    Hahahahaha olha, achei engraçado, mas só. Boa sorte!

  60. Vanessa Oliveira
    16 de janeiro de 2017

    QUe surpresa! Ao invés de levar batida, vão levar um cd com um policial semi-nu na capa, hahaha. Que irônico, não? Imagino o que aconteceria caso os skatistas abordassem os policiais e tentassem vender esse tipo musical. Provavelmente iriam embora em um camburão. Interessante o conto, consegui imaginar bem o cenário e o dsconforto dos skatistas quando o policial mostrou o cd – antes fosse a arma, né?. Boa sorte!

  61. Luiz Eduardo
    16 de janeiro de 2017

    Achei realmente confuso a princípio, mas depois li novamente. É engraçado, inusitado, mas precisaria rever alguns pequenos detalhes para não perder a coerência. Boa sorte e parabéns pela criatividade.

  62. juliana calafange da costa ribeiro
    16 de janeiro de 2017

    legal a história! nos tempos atuais, todo mundo tem que fazer “um extra”, né? inusitado um policial fazendo propaganda do seu produto “artístico”. Só pecou pela falta de revisão.

  63. Antonio Stegues Batista
    16 de janeiro de 2017

    A gente começa a ler e espera uma surpresa. E ela vem no final de um texto direto e claro. Não que seja algo fenomenal. O que será que aconteceu depois? Será que as intenções do policial eram sinceras?

  64. Brian Oliveira Lancaster
    16 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Intrigante. Então o policial aprendeu os garotos para uma “experiência pessoal”? É isso? Começa bem despretensioso e fica bizarro, quase cômico, de repente. – 8,5
    O: Original, com certeza. Apesar de abuso de autoridade acontecer em qualquer lugar. Talvez o que soe deslocado aqui é justamente a parte final, que mais pareceu uma piada pronta. A construção estava levando à algo mais sombrio e se tornou “outra coisa”, mas com tom irônico. – 8,0
    D: A parte final destoa, infelizmente. Mas a tensão inicial e todo o cenário convencem. – 8,0
    Fator “Oh my”: inusitado, sem sombra de dúvida. Mas preferia um final mais sério, ou com algo inesperado. Bem, teve algo inesperado, mas dentro da proposta inicial.

  65. Ceres Marcon
    15 de janeiro de 2017

    Um bom texto. Uma boa linguagem, também.
    Surpreende pela inusitada atitude dos policiais.
    Parabéns.

  66. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    15 de janeiro de 2017

    Não entendi bem. Os skatistas levaram as mãos às cabeças mas, surpresa!, não sacaram as armas. Se eles já estavam com as mãos na cabeça, certamente não haviam sacado as armas, mas pela sequência do relato, os policiais também não teriam sacado. Como se explica o termo surpresa reforçado? Gostei da história, que poderia ser ainda melhor sem estes embaraços. Mas sempre pode haver alguma explicação, pois quando escrevemos um conto, romance ou poesia, muitas vezes deixamos algo embutido, nas entrelinhas. Se for este o caso, aceite minhas cordiais desculpas.

  67. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    15 de janeiro de 2017

    Final inusitado onde um dos policiais se apresenta na capa de um CD prevendo um sucesso futuro. Aborda o público interessado em hardcore para vender seu peixe… Também fiquei em dúvida quanto ao singular e plural citado pelo Edson Carvalho…

  68. Tiago Volpato
    15 de janeiro de 2017

    O artista tem que saber encontrar seu público.
    Gostei do texto. Um bom contraste entre os ‘da lei’ e os ‘fora’. Lembrou um fato real de um grupo de garotos que jogavam basquete, fazendo barulho, e chegou um policial e começou a jogar com eles.
    Ri da capa do CD. Imaginei um policial, viciado em donuts, nele.

  69. elicio santos
    14 de janeiro de 2017

    “Não sacaram as armas, mas dispararam um polido“boa-noite”.” Quem? A polícia ou os skatistas? Ambíguo. Policiais exibindo cd “Sexcore” durante uma abordagem policial? Isso é um microconto porno gay? Nada plausível.

  70. José Leonardo
    14 de janeiro de 2017

    Olá, Zau Liebman.

    Embora se compreenda o intuito do micro conto, a sacada proposta aqui, achei a parte dialogal meio confusa. Vejamos: é um grupo de skatistas abordado por um grupo de policiais, mas percebe-se claramente que apenas um ouve (skatista) e outro escuta (policial), como se não fossem vários indivíduos, mas apenas dois. Creio que faltou ser mais específico nessa parte.

    No mais, foi até surpreendente a reação do(s) policial(is).

    Boa sorte neste desafio.

  71. Edson Carvalho dos Santos Filho
    14 de janeiro de 2017

    Faltou um zelo aos detalhes. No segundo parágrafo “Não sacaram as armas…” dá pra entender que foram os policiais que não sacaram. Mas, como o texto vinha falando dos esqueitistas, dá uma confusão que parece mesmo falta de cuidado. No último parágrafo, “a foto de seu corpanzil seminu”. Seu quem? Até o momento, todos os personagens foram apresentados no plural. Ficou vago, entende? E não dá pra entender o que acontece, se eles vão torturar os esqueitistas ou se já torturaram, ou se é um policial vendendo seu CD de “sexcore”.

  72. Fernando Cyrino
    14 de janeiro de 2017

    Uma narrativa interessante, criativa, mas que carece de maior cuidado. Fiquei com a impressão de que falta alguma frase essencial no meio do conto ligando o início ao final da história. Senti falta dessa cola. Um exemplo dessa pseudo frase que geraria maior sentido, falo da minha estranheza com a frase “De dentro da viatura tirou um CD. Senti que não liga com a frase anterior que está na terceira pessoa do plural. É isto. Muito sucesso Abraços.

  73. andré souto
    14 de janeiro de 2017

    Um início promissor,mas o texto ficou sem um desfecho coerente com o início,a meu ver.Boa sorte.

  74. Olisomar Pires
    14 de janeiro de 2017

    Bem escrito, com fluidez e tranquilidade. O non sense dá o tom e embora pareça ser engraçado a princípio, no fundo é aterrorizador.

    Bom conto.

  75. Zé Ronaldo
    14 de janeiro de 2017

    Isso é microconto. O texto é aberto. A uma primeira leitura, fica-se pensando que está incompleto, só que não. Está tudo lá no texto, porém, o leitor tem que usar de seu conhecimento de mundo. Muito bacana a sacada do opressor ser essa figura “frágil”, o que não signifique que não continuará oprimindo.

  76. Sabrina Dalbelo
    13 de janeiro de 2017

    Hummmmm…sei lá. Parece que faltou alguma coisa.
    Tá mais pra uma foto do que para um texto. Acho que é a estrutura.

  77. Guilherme de Oliveira Paes
    13 de janeiro de 2017

    Gostei do tema e da característica surpreendente.

  78. Virgílio Gabriel
    13 de janeiro de 2017

    Caramba, o policial é adepto de cinquenta tons de cinza. Olha, eu acho que esses skatistas prefeririam ser abordados com pancadas… rsrs. Engraçado e diferente o conto. Parabéns.

  79. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    Eu gostei do texto. Ele é dinâmico. A leitura é corrida, não trava. Se entendi bem os policiais ao invés de sacaram as armas disseram boa noite e perguntaram se os skatistas curtiam hardcore. É isso?
    Tá ok para mim. Mesmo não entendendo o propósito. Acho que me perdi um pouco. Não por querer. Acho que eu esperava o tradicional e o diferente me derrubou. Gostei.

  80. Keynes Aynaud
    13 de janeiro de 2017

    É, como foi dito, uma leitura rápida, mas eu não entendi muito bem a história… Boa sorte com o desafio.

  81. Anorkinda Neide
    13 de janeiro de 2017

    oi? vai rolar uma suruba? hahua
    eu acho, minha mente anda poluída, sao os tempos modernos
    e tb nao entendo nada de hardcore
    o texto é rapido e eficiente. bom!
    abração

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .