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Detox Literário.

Cumpleaños (Maurem Kayna)

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Provérbios 20:22 “Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará.”

Lurdes entrou no ônibus mastigando chicletes de canela para mascarar o amargo e a secura da boca. Sentada no corredor, longe do movimento das fachadas gastas se sucedendo no vidro da janela, ouviu as desconfianças da mulher ruiva com os atrasos do marido e os planos do rapaz de voz rouca para comprar uma motocicleta.

Ao desembarcar, concentrou-se em evitar que o sapato se sujasse nos restos de chuva acumulados nas falhas do calçamento.

Acordara antes do despertador soar, quando, no final do corredor, sua mãe ainda dormia sem sobressaltos, a cachorra acomodada na poltrona do canto e a vela para Santa Rita persistindo numa chama desmaiada. Lurdes não esperava felicitações. Dona Olga preferia não mencionar a madrugada de trinta e quatro anos atrás quando a casa, agitada com os preparativos para o parto, fora invadida pelos homens fardados que levaram Oswaldo.

A falta de festas de aniversário não foi o pior para ela, que preferia os quebra-cabeças às cantigas de roda. O desafio maior nem eram as roupas para cuidar, as contas para organizar, mas fazer a mãe se ocupar com algo além de resmungos contra os militares – sempre sem sucesso.

Ao entrar no escritório, sentiu-se com sorte: era a primeira a chegar, não seria necessário fingir bom dia cordial nem enfrentar a indiferença dos colegas com a data.

Entre um relatório e outro, enviou a mensagem para Manuel. A insônia havia temperado suas resoluções – hoje o apresentaria à mãe.

Foi um pouco por acaso que se deparou com o capitão no site de relacionamentos – buscava apenas um passatempo – mas, ao ter certeza de quem era, investiu na conquista.

Márcia, sua melhor amiga, aceitara excluir da série de reportagens que desvendou o paradeiro de alguns responsáveis pelo desaparecimento de professores universitários, como o pai de Lurdes, o trecho sobre Olga. Teria causado impacto a história da mãe que mal havia tomado fôlego após o esforço do parto e segurava a menina ainda suja quando o tal Tenente Soares decidiu não levar também a recém nascida e sua mãe – “levamos só o comuna, ele vai dar o serviço porque sabe que podemos voltar!”

Manuel parou junto ao meio-fio, espichando-se para abrir a porta do carona. As buzinas impediram que se cumprimentassem direito, Lurdes entrou apressada e um pouco sem jeito; o sedã rodava lento e o assunto não fluía como nas conversas virtuais. Ele havia preparado o discurso para pedir a mão da moça, talvez depois do jantar, quando tivesse esgotado as falas ensaiadas para conquistar a viúva. Lurdes pretendia apresentar Manuel sem mencionar o sobrenome ou a profissão – como o reconhecimento não era garantido, se fosse preciso completaria as informações depois, mas sem denunciar que sabia de quem se tratava.

Se Lurdes tivesse desconfiado que Dona Olga havia reunido as vizinhas para preparar a surpresa – um bolo com recheio de pêssegos e cobertura de chantili caseiro que Lurdes adorava quando criança, talvez tivesse desistido.

Durante a madrugada, no corredor do hospital, depois de ter tentado cuspir a ira tantas vezes dissimulada, anotou em sua agenda – quase diário: “Reconheci hoje a felicidade pelo barulho que fez ao partir, exatamente como me contou Jacques Prévert”.

91 comentários em “Cumpleaños (Maurem Kayna)

  1. Maurem Kayna (@mauremk)
    24 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    Rubem, mil palavras não foi suficiente pra mim, mas concordo contigo que seria possível. O lance é deixar o texto descançar um tempo e depois voltar a trabalhar. Obrigada pela leitura! Abraço!

  2. Pedro Luna
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Luna

    Acho que a ideia do conto não se adequou ao limite de palavras. Lembrei de um caso recente que o marido de uma amiga se matou no dia do aniversário dela. O texto está bem escrito, mas não me empolgou.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Pode ser Pedro. Aliás, foi um processo cirúrgico mesmo… o texto tinha mais de 3 mil palavras. Não consegui passar a essência que era, na verdade, uma vingança de Lurdes com a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciara durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende. De qualquer modo, o que mais vale para mim nesses desafios (é recém o segundo que participo) são os retornos dos leitores, como material para retrabalhar o texto em disputa e também outros. Faz pensar… Gracias!

  3. Thata Pereira
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thata Pereira

    Gente, boiei. Autor(a), por gentileza, me esclareça rsrs’

    Enfim, boa sorte!!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Acho que muitos boiram… subtexto em excesso ou simplesmente falta de habilidade. Quanto ao esclarecimento, está no comentário ao Pedro, acima. 😉

  4. Andre Luiz
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, cara Luiza Lobo!
    Seu conto é bom em um clima que, pelo que entendi, é nos entremeios de uma ditadura. Até aí, ok, mas achei a trama um pouco confusa, com descrições que poderiam ser melhor elaboradas, mais limpas um pouco, e um pouco mais da brutalidade da ditadura estampada na face da sociedade ao redor da protagonista. Algo que, para mim, faltou. Desculpas…

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Nunca é o leitor quem deve se desculpar, Andre. 😉 O foco não era mesmo a ditadura em si, m as o enredo (ao menos o que estava em minha cabeça) está na resposta ao comentário do Pedro Luna. Gracias pelo tempo da leitura. 🙂

  5. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de wilson barros

    Um bom conto, bastante conciso, e creio que se fosse mais contido, seria melhor. Por exemplo, sem as vizinhas e sem bolo, e talvez sem outras cenas, ficando só a trama principal dos que perderam entes na ditadura, e seus eternos receios, o que já é muito envolvente. De qualquer forma, o conto ficou bastante denso. Achei seu estilo leve e conciso, muito parecido com o de uma autora brasileira contemporânea, muito premiada, a Lúcia Bettencourt. Experimente ler alguns de seus contos.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Obrigada, Wilson. Concordo que mais concisão é sempre melhor, mas não encontrei outra solução para aguçar a culpa de Lurdes a não ser fazer sua mãe ter um comportamento que se pretendia redentor no dia de seu aniversário… Vou procurar algo da Lúcia. Valeu a dica! 😀

  6. Swylmar Ferreira
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Texto interessante.
    O uso de linguagem dúbia pelo autor(a) dificultou o entendimento do conto. O texto é bem escrito, mas as partes onde divaga deixaram o conto surreal.
    Parabéns

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Falta de precisão é mesmo algo terrível, mas onde exatamente você considerou a linguagem dúbia!? Não é um questionamento, apenas para me localizar na análise para futuras revisões. Abraço!

  7. Gustavo de Andrade
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    Cara, curti muito o modo como você desenvolveu as informações e interações pelo texto. Tudo pareceu natural e honesto, finalmente. As pessoas pareceram reais, e pôde-se esquecer estar lendo um conto, uma narrativa, e se perder brevemente pela história.
    Achei bem legal a compreensão dos limites narrativos relativos à extensão, algo que percebi excepcionalmente ter tido a atenção devida neste conto.
    Mas, meu, embora a narrativa tenha sido bem amarrada até o final, cá chegamos. Ela matou ele? A intenção é realmente ficar no ar? Achei que a trama foi muito bem elaborada e desenvolvida, mas esse final ficou vago POR DEMAIS, trazendo muita insegurança à leitura. Muita.
    Boa escrita! 😀

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      A intenção era deixar aberto sim, mas mais pela provável morte da mãe de Lurdes ao dar de cara com o sujeito que havia capturado seu marido anos atrás… Só que exagerei na falta de clareza. risos. Valeu o tempo da leitura, Gustavo. Abraço!

  8. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Tava tão bem, aí parece que faltou um pedaço e foi direto para o último parágrafo. Se não foi isso que aconteceu, não entendi nada do conto. Também não me deu vontade de pesquisar esse Jacques Prévert. Precisava de mais… sempre precisamos de mais quando se trata de pecados!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Essa tua sensação pode ser, em parte, porque o conto era bem maior que isso. Os cortes não devem ter sido os mais apropriados. Quando ao enredo, expliquei na resposta ao Pedro Luna. A citação de Jacques Prevért (poeta francês) era para marcar a sensação de culpa de Lurdes por ter levado Manoel para chocar a mãe, e ela faz isso justo no dia em que ela lhe preparou uma surpresa pelo aniversário.

  9. Lucas Almeida
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Não vi erros ortográficos ou algo do tipo em seu texto, mas a história não me prendeu. Faltou emoção, mais pecado, algo para chocar, querer mais ao fim da leitura. Boa sorte.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Lucas, creio que essa incapacidade de despertar emoções seja algo recorrente nos meus textos. Penso bastante sobre isso e mesmo com essa incapacidade, sigo insistindo… risos Deliberadamente não pretendia chocar ou pesar em pecados que chamassem a atenção porque a tonalidade era para ser mais sutil… uma vingança perversa, cozinhada no ressentimento pela falta de atenção que a mãe dedicava à Lurdes, mas isso não é mesmo tema que tenha grande apelo, reconheço. De todo modo, agradeço o empenho em ler. 🙂

  10. Pétrya Bischoff
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Um texto esteticamente bonito, escrita encantadora e narrativa convincente. Achei a estória bem interessante, permeada de ressentimento, amargura e, é claro, raiva. Um conto muito bem construído mas que não me passou sentimentos… Ainda assim, um bom texto. Parabéns e boa sorte.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Obrigada, Pétrya… a questão do sentimento, acho que é o que comentei com o Lucas, acima… não mesmo muito boa nisso. Gracias pela leitura. 🙂

  11. Leandro B.
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Oi, Luiza.
    Devo admitir que estou confuso.

    Parecerei um idiota no comentário, mas vamos lá.
    Entendo que Lurdes descobriu Manuel por acaso no site de relacionamentos.

    Quando você coloca “ter certeza de quem era” tenho a impressão muito forte de que ele esteve envolvido no desaparecimento de seu pai há… 34 anos atrás. Considerando que ele tivesse 18 anos na época, ele teria agora 52… um pouco velho para Lurdes.

    Essa perspectiva é reforçada pelo “sem denunciar que sabia de quem se tratava”.

    Ou ele era só um militar e ela temia que a mãe o associasse ao sequestro do pai?

    Eu imaginei que a coisa ia seguir uma história de vingança e, no final, não sei se era isso ou não, talvez por não saber o que Jacques Prévert contou à Lurdes. Sim, eu dei uma googleada, mas ainda assim continuo no escuro.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Nem tão no escuro, Leandro. Era uma vingança sim, mas não do militar (que era justamente o mesmo que sequestrara o pai de Lurdes) e sim da mãe, que a negligenciou por causa da obsessão com a perda do marido. Lurdes queria machucar a mãe apresentando o militar como seu namorado, mas… aí vem o final aberto… minha imaginação pensou na mãe tendo um treco… e em Lurdes sentindo culpa… mas também pode ser que a mãe, ao reconhecer o fdp, o esfaqueasse… Muito obrigada pela leitura atenta! De verdade. Abraço!

      • Leandro B.
        24 de fevereiro de 2015
        Avatar de leandrobarreiros

        Me sinto um idiota rs

        Agora tudo faz sentido. Muito obrigado pelos esclarecimentos.

        abraços

  12. rsollberg
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Uma história de vingança, a ira encapsulada.
    O autor foi muito bem na ambientação da estória e no enredo.
    O titulo e a foto apresentaram com competência a proposta.

    O estilo lacônico me agradou. Enquanto leitor gosto bastante de ser desafiado.
    Penso também que é uma história que pede um pouco mais de espaço, acho que 1000 palavras não foram suficientes. Não houve tempo para criar qualquer relação com as personagens.

    A frase que fecha o conto funcionou, uma bela escolha.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Você fisgou bem! Mas o limite de palavras eu realmente não consegui cumprir sem pecar em elementos importantes para o texto. Como comentei antes com alguém, as versões anteriores tinham mais de 3 mil palavras. Gracias pela leitura ! 🙂

  13. williansmarc
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 6
    Ortografia/Revisão: 10
    Técnica: 6
    Impacto: 6
    Inovação: 6

    Minha opinião: Não consegui entender corretamente esse conto, não vi pecados aqui e a trama pareceu-me um pouco confusa. Espero que os demais comentários sejam mais uteis do que o meu…

    Boa sorte no desafio.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Willian, gosto dos critérios que utiliza. Bem, não foste o único para quem a história não se delineuou claramente, então, obviamente, a falha está do lado de cá. Se tiver interesse, detalhei o enredo na resposta ao comentário do Pedro Luna. Obrigada pela leitura!

  14. Edivana
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Edivana

    Bom, nada como uma surpresa dessas! Gostei da ditadura ser o pano de fundo da história. Uma fase negra da nossa política, e conhecimento. Como nem tudo que se planeja dá certo, o final não podeira ser diferente. Abraços.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Verdade, Edivana… existe o acaso e bem pouco na vida sai como esperamos… inclusive meu conto.. risos. Valeu pela leitura! Abraço!

  15. Bia Machado
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Não me despertou interesse durante a leitura, e acredito que o tema do desafio ficou meio apagado, se entendi direito. Achei a narrativa muito linear, sem grandes acontecimentos. Boa sorte.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Entendo, Bia. Realmente o conto não tem grandes fatos, apenas intenções sugeridas e a tônica era para ser mais a psicológica, já que pecado etá atrelado à sensação de culpa. Obrigada por ler!

  16. Tiago Volpato
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Achei que faltou um pouco de conexão entre um paragrafo e outro, pra mim pareceu que eles foram jogados aí a toa. E tirando o paragráfo final, não consegui pegar o pecado no texto.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Tiago, esse é o risco de tentar fazer “plástica”em um texto maior para enquadrar no limite de palavras. Como o cerne da trama é uma vingança, associei isso ao pecado da ira, mas não parece ter funcionado. De qualquer modo, para mim valeu o exercício e muitos comentários serão bom material para retrabalhar o texto. 🙂

  17. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (1/5) não entendi o final. Estava levando o namorado militar para conhecer a mãe, que preparou uma festa surpresa e… não peguei o final. O último parágrafo não fez nenhum sentido pra mim 😦

    ✍ Técnica: (3/5) é boa, texto bem escrito e sem erros aparentes.

    ➵ Tema: (1/2) não peguei, exceto pela ira do último parágrafo, que eu não entendi.

    ☀ Criatividade: (1/3) difícil avaliar, se não compreendi.

    ☯ Emoção/Impacto: (1/5) tive um impacto negativo, brochante por não entender o final. Ou sou burro ou o autor escondeu coisa demais.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Bingo.. acho que escondi / cortei coisa demais. A sinopse sem rodeios deixei na resposta ao comentário do Pedro Luna, mas o caso é que o tal militar era o fdp responsável pelo sumiço do pai da moça. Mas a vingança da moça não era contra ele e sim contra a mãe, que justo naquele dia tentava se redimir de tanta negligência preparando uma festinha surpresa… Hora dessas eu acerto na mão e o conto fica pronto. 😉 Gracias pela leitura!

  18. Gustavo Aquino dos Reis
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Aquino dos Reis

    Caminhando e cantando e seguindo a canção… Os anos de chumbo da Ditadura foram, sutilmente, delineados aqui.

    O final, arrematado por um Jacques Prévert, ficou sensacional.

    Porém, o plot, e isso talvez tenha se dado por conta da minha leitura, ficou confuso. Lerei novamente.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Gustavo, como não foste o único a achar confuso, além de falta de habilidade minha, creio que o limite de 1000 palavras foi um obstáculo que não consegui superar. Buenas, se tiver curiosidade de maior clareza, minha resposta ao comentário do Pedro Luna dá uma sinopse sem rodeios 😉 Abraços!

  19. Rodrigo Sena Magalhaes
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Sena Magalhaes

    Eco na primeira linha… quebra a leitura.
    Juro que não entendi. Quarta-feira de cinzas, depois de cinco dias de carnaval, não era o conto que eu esperava. Sinto muito.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Sem problemas Rodrigo. Não é mesmo um conto popular, mas se quiser me ajudar especificando melhor esse eco, que não localizei, eu te agradeço! Abraço!

  20. Jowilton Amaral da Costa
    17 de fevereiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Bem, vamos lá. Tive que ler duas vezes para poder captar o sentido do conto e perceber o pecado, que foi a Ira em forma de vingança. O namorado de Lurdes, o Manuel, foi o militar que sumiu com o pai dela e ela a matou, estou certo? A retirada da história da mãe de Lurdes da reportagem foi uma boa sacada para o plano de vingança. Foi tudo de caso pensado, interessante. Não percebi qualquer erro gramatical, inclusive achei bem escrito, mas, a morte do militar ficou muito subentendida para o meu gosto, certamente pelo limite das palavras. Penso que se os dois primeiros parágrafos fossem modificados com elementos que adiantassem a trama para o clímax você conseguiria elucidar melhor a morte do namorado de Lurdes. Caso seu objetivo tenha sido mesmo fazer com que o leitor ficasse na dúvida desconsidere meu comentário. Boa sorte.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Jowilton, só posso te agradecer muito pela generosidade de ler mais de uma vez. É quase isso, a morte, poderia não ser do militar, mas da mãe… porque a raiva acumulada de Lurdes era mais dela que da ditadura que levou seu pai… Mas acho que fui tão lacônica que não consegui mesmo produzir o efeito desejado. Baita abraço!

  21. Ricardo Gnecco Falco
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Um texto ideológico e vingativo. Quase sádico. Bem escrito, porém sovina em seu desenvolvimento.
    Boa sorte,
    Paz e Bem!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Oi Ricardo, vingativo quase sádico acho que sim, ideológico eu não encontrei onde. E sim… muita coisa ficou mesmo sem o satisfatório desenvolvimento. Gracias pela leitura ;o)

  22. alexandre cthulhu
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de alexandre cthulhu

    Tive de ler o texto 2 vezes pois confesso que não captei bem a mensagem do conto. Talvez por que a descrição das personagens é curta e narrativa ocorre num espaço de tempo não muito explicito.
    Contudo gostei do texto, e da sua alusão aos governos fascistas que perseguiam os opositores ao regime. Creio que poderia ter aprofundado mais a questão “historica”

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Obrigada, Alexandre! Aprofundei pouco mesmo a questão histórica um pouco porque o cerne da história era o sentimento de rancor de Lurdes, que a levou a planejar a vingança. Talvez numa versão maior eu consiga solucionar melhor a questão. Gracias!

  23. Gustavo Araujo
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Araujo

    Ok, vamos tentar entender. Lurdes conseguiu contato com o militar que, trinta anos antes, levara seu pai de casa. E agora irá apresentá-lo à mãe como namorado, certo? Só que Lurdes não sabe que a velhinha preparou uma recepção surpresa para tanto.

    Bom, se for isso mesmo, o que dá para deduzir é que Lurdes tem raiva da mãe. Porém, não consegui entender de onde vem esse sentimento. Talvez uma descrição mais clara e abrangente da relação de ambas ajudasse o leitor a percebê-lo.

    De todo modo, um conto bem escrito, com muitas informações nas entrelinhas e que instiga o leitor a prosseguir. E, o que é mais importante, sem recorrer a maniqueísmos ao tratar desse tipo de assunto.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      E exatamente isso, Gustavo! E concordo que faltou explicitar melhor a origem dos ressentimentos de Lurdes com a mãe… o caso é que tentei aproveitar um conto que era maior… e os cortes para enquadrar no limite de palavras… bem… não fui feliz. risos. Mas, obrigadão pela leitura atenta!

  24. Maurem Kayna (@mauremk)
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    Há muitas coisas apenas sugeridas no texto, que não ficam claras em uma leitura distraída.A forma como se fala da mãe de Lurdes (Olga?) gera certa confusão para o leitor. Nos vai e vem no tempo, faltou alguma indicação que facilitasse o entendimento da não linearidade da narrativa. O final é abrupto e muito dúbio.

  25. Pedro Coelho
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Coelho

    Senti muita desorganização de ideias tornando-se um texto extremamente confuso. Começa de forma estranha e acaba de forma mais estranha ainda. Não gostei da tentativa de inovação do autor. Não prende a atenção do leitor.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Certo, Pedro. Por isso agradeço ainda mais a resistência de teres chegado até o final. 😉 Abraço!

  26. Virginia Ossovski
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Virginia Ossovski

    Um bom conto, o autor sabia bem o que estava fazendo e demonstrou domínio da técnica. O final ficou meio que no ar, não tenho certeza se entendi. Gostei da forma como a ditadura foi introduzida, sem exagero, apenas marcando presença. Sucesso no desafio !

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Obrigada, Virginia! A ideia era mesmo de um final aberto, mas creio ter exagerado na mão. risos. Abraço!

  27. Anorkinda Neide
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Achei muito bacana o final aberto, acredito que entendi o ocorrido…hehehee gostei disso.
    Um conto bem conduzido, com uma ideia original aqui.
    Parabens!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Valeu, Anorkinda. Obrigada pela leitura generosa. Mas creio ter conseguido esse efeito com bem poucos leitores… 😉 abraço!

  28. Sonia Rodrigues
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Bom português.
    Confuso. Afinal, o que aconteceu?
    Ela levou o noivo para casa, a mãe tinha feito o bolo, e daí? O conto sai da festa e vai para o hospital e o leitor que imagine o que quiser?
    Não entendi, sinto muito.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Sonia, o que aconteceu pode ficar por conta da criatividade do leitor, mas a ideia a era, na verdade, uma vingança de Lurdes com a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciara durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende. De qualquer modo, nesse espaço de mil palavras eu realmente não consegui tornar isso claro para a maioria dos leitores, então, bora sentar e retrabalhar o texto por um bom tempo ainda! 😀 Valeu a leitura!

  29. Eduardo Selga
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Eduardo Selga

    O encadeamento das ações, do modo como foi elaborado, pode gerar a sensação, nem sempre verdadeira, de que o texto é construído a partir de fragmentos que entre si não se interligam do modo óbvio quanto à relação de causa e consequência. Esses “estilhaços” seriam: o ônibus, o dia de trabalho, a ditadura militar afetando a mãe o nascimento da personagem, a decisão de apresentar o militar à mãe (o mesmo responsável pelo trauma), esse mesmo pretendente dando carona à protagonista após descer do coletivo, e o estranho final.

    Estranho porque, se a vinculação entre os fatos citados é perceptível, embora numa primeira leitura talvez não a todos os leitores, o final me parece flutuar. A menção a Jacques Prévert, escritor francês de caráter surrealista e pouco simpático ao “status quo”, bem como uma citação intertextual de sua autoria, soaram-me gratuitos, ou seja, sem função na trama. Talvez pelo fato de o poeta francês ter sido um militante à esquerda do espectro político, e pelo fato de o pai da personagem ter sido levado pelos militares sob acusação de ser comunista, haja uma ligação. Porém, é muito tênue, chegando ao ponto de prejudicar o entendimento.

    A mesma tenuidade encontramos em “Durante a madrugada, no corredor do hospital, depois de ter tentado cuspir a ira tantas vezes dissimulada, anotou em sua agenda – quase diário […]”, porque não está claro o motivo da ira, se esse sentimento é mesmo da protagonista ou da mãe, que tem fortes motivos para tal, em função do passado. Também não está nítida a razão do hospital. A personagem foi internada, efeito desse sentimento tão “pesado”? Era o seu local de trabalho, para onde se dirigiu após a festa de aniversário? Bom, nesse último caso, se for mesmo a intenção, num dos trechos do conto anteriores ao final em que ela diz que chegou ao “escritório”, teria sido preciso esclarecer que esse escritório seria no hospital.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Selga, teus comentários foram providenciais para que eu siga trabalhando nesse texto até obter o efeito desejado. A presença de Lurdes no hospital era para sugerir a morte da mãe (mas também deixa em aberto a possibilidade da mãe – Olga – ter matado o militar). E a citação a Prevert era para marcar uma certa culpa que a assalta pela vingança arquitetada contra a mãe. Obrigada mesmo!!!

  30. Rodrigues
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigues

    Apesar de meio intrincada, achei a história interessante e acho que os dois primeiros parágrafos poderiam ser limados em função do enredo, essas descrições estão desnecessárias. O conto causa uma certa tensão, deixa o leitor apreensivo sobre o que vai acontecer ao final e os personagens, apesar de caricatos, foram bem utilizados na narrativa. Só não consegui captar o sentido do final, o escritor francês… Por isso não gostei.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      É Rodrigues, acho que para conseguir o efeito desejado as mil palavras não me bastaram mesmo. risos. O final é aberto, e sei que isso realmente não agrada a todos os leitores. Mas vou aproveitar os comentários do desafio para seguir trabalhando nele. Abraço!

  31. mariasantino1
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Oi! Esse conto é um tiro só.

    E por mais eu tenha gostado bastante. Ficou muito com ar de prólogo.
    Gostei bastante da frase “Reconheço a felicidade pelo barulho que ela faz ao partir”. Entendi que quem disse a frase final foi a Olga e a ira dela é justificada e faz sentido o que foi apresentado, mas, eu quis muito mais. Está muito pequeno e a narrativa frouxa, mas se sente sim que há mais para ser oferecido. Quem sabe reescrever com mais detalhes, mais caracteres.
    Boa sorte no desafio.

    Abraço!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Legal que gostou Maria Santino, mas a frase, no final, não foi de Olga… realmente a a narrativa não conseguiu atingir o efeito que eu esperava… mas depois de um descanso na gaveta do HD eu voltarei a trabalhar nele, quem sabe uma hora role… 😉 Abraço!

  32. Sidney Muniz
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei do conto!

    É leve, bem escrito. o tema está aí, mas sinceramente achei-o meio morno… Não é frio, mas também não é nada quente.

    O texto é curto e bom, mas os personagens também não tem uma estrutura forte, na minha opinião, o que não me fez criar amarras com nenhum deles.

    Não tenho observações quanto a gramática, pois não vi nada de gritante.

    Trama: (1-10)=7
    Técnica (1-10)=8
    Personagens (1-10)=7
    Narrativa (1-10) = 9
    inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=4
    Título (1-5)= 5 Interessante, me fez pesquisar a tradução (o resultado foi satisfatório)

    parabéns e boa sorte!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Muito obrigada, Sidney! Acho que não fui certeira em fisgar o leitor pelas emoções mesmo, mas curti participar do desafio e poder sentir a reação de vários leitores com vivências diferentes. 🙂

  33. Brian Oliveira Lancaster
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Meu sistema: EGUA.
    Essência: sou sincero em dizer que não entendi muito bem a proposta do texto. Nota 6,00.
    Gosto: a história tem um potencial enorme, mas a quebra repentina de eventos me deixou confuso. O autor(a) escreve bem, e notei que também busca um estilo próprio, basta apenas treinar as construções gramaticais. A melancolia foi bem acentuada, mas não encontrei muita coisa que relacionasse ao tema. Nota 6,00.
    Unidade: não vi erros ortográficos. Só o que mencionei acima me incomodou. Nota 9,00.
    Adequação: o problema pode estar comigo, mas a sucessão de ideias e fatos me fez perder o fio da meada. Nota 6,00.
    Média: 6,80.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Acho que o problema não está com você não, Brian! Seja pelo limite de palavras ou porque exagerei na “abertura” do final. Mas obrigadão pela leitura! Abraço!

  34. Mariana Gomes
    12 de fevereiro de 2015
    Avatar de Mariana G

    O começo foi bom, mas o desenrolar deixou a desejar. O fim acabou muito abrupto também, mas a escrita é boa, você tem talento😊. Boa sorte!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      É, foi abrupto mesmo. Acho que vou precisar de bem mais de mil palavras. Obrigada pelas palavras generosas, Mariana. Abraço!

  35. Fabio Baptista
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Então… a escrita é muito boa. Tão boa que acabei lendo esse conto fora da ordem de postagem (sempre passo o olho no primeiro parágrafo dos contos que aparecem… e depois de ler o primeiro desse, não consegui parar). Porém ao terminar a leitura, fiquei com aquela sensação ruim de não ter entendido nada.

    Creditei isso ao sono e fiquei de ler novamente.

    Pois acabei de ler de novo e infelizmente continuei sem entender muita coisa.

    Veredito: Boa escrita, mas com uma complexidade além da minha capacidade intelectual.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Não se deprecie, Fabio. Bem poucos leitores fisgaram minha intenção e isso é, obviamente falha da narrativa. Bom a história é uma vingança de Lurdes com a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciara durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende.
      Curti participar do desafio. É bom demais ver a recepção dos textos da gente, mesmo quando eles não funcionam… Valeu pela leitura. 🙂

  36. Claudia Roberta Angst
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Oi??? vou ler de novo para tentar entender. Oi??? Li de novo e o final ainda não ficou claro para mim. Por que Lurdes estava no hospital? Tentou matar o noivo capitão? Tentou suicídio? O bolo estava envenenado? A frase final, da agenda/diário tem um certo impacto, mas não esclareceu muito. Talvez seja melhor assim. Só queria entender quem precisou de cuidados médicos.
    A narrativa ficou um pouco embotada por causa do excesso de descrições detalhadas. Bom, José de Alencar me veio à cabeça.
    Boa sorte!

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Oi Claudia, buenas… para alguns a lembrança de José de Alencar pode ser ofensa, eu já me dou por feliz 😉 Eu tava dizendo que o resumo da história estava na resposta ao Pedro, mas já tem muito comentário, então… se a curiosidade persiste aqui vai: a essência da história era, na verdade, uma vingança de Lurdes com a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciara durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende.
      Valeu pela leitura. Abraço!

  37. Thales Soares
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thales Soares

    Não gostei.

    Não entendi direito a proposta do autor(a). Nem sequer fui capaz de captar o pecado capital ao qual se faz menção aqui. Seria ira, só porque ela aparece de forma tardia na última linha da história?

    O conto está bem escrito, mas não senti prazer ao ler. Talvez, o que mais tenha me deixado contente foi o fato dele ser curto. Acho que daria pra aproveitar o espaço não utilizado e colocar mais alicerces a esta obra. Reconheço que o autor é habilidoso com as palavras. Mas a mim não conquistou.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Contra fatos não há argumentos Thales. Justamente por tu não teres gostado, tenho de agradecer em dobro o tempo dedicado à leitura.

  38. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Forte

    Apesar de não encontrar nada que pudesse falar do texto em relação ao uso da língua / escrita, a história não me prendeu por um instante. Inclusive, fiquei boiando um pouco no final, com uma sensação de que faltou algo.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      E deve ter faltado mesmo, Rodrigo. Mas os comentários de todos os leitores serão valiosas ferramentas para trabalhar numa versão um pouco mais longa. 😉 gracias!

  39. JC Lemos
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Bom, fugindo do jeito de comentar, vou ir direto ao assunto. Não sei se entendi muito bem o conto. Talvez eu deva ler de novo e tentar mudar minha impressão. Ou talvez ele seja confuso. De qualquer forma, lerei depois com mais calma.

    Enfim, parabéns pela conto e boa sorte!

  40. Cácia Leal
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    Não entendi o objetivo do conto. Não compreendi o final. Não fez qualquer sentido para mim. O que houve? Por que ela foi parar no hospital? Está muito confuso. E o que ocorreu com os planos de Lurdes e de Miguel?

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Vamos lá… trata-se de uma vingança de Lurdes contra a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciou durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça (Manoel) da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende. Mas o final deixa em aberto se foi mesmo Olga que morreu ou se ela é que resolveu se vingar e matar Manoel.
      Precisarei revisar bastante até conseguir deixar essas intenções muito claras. Obrigada pela leitura. 🙂

  41. Luan do Nascimento Corrêa
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luan do Nascimento Corrêa

    Embora tenha captado tudo o que foi narrado, não pude compreender a totalidade do que há por trás da história, acredito que ficou excessivamente implícito. O conto foi bem escrito, encontrei apenas algumas vírgulas ausentes e trechos que não estão muito claros.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      É Luan, acabei chegando à mesma conclusão que você, honestamente. Mas acredito que ainda vou conseguir desenvolver o suficiente esse conto. 🙂

  42. Luis F. T.
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luis F. T.

    Conto muito bem redigido, mas confesso que não entendi a história em uma primeira leitura. E uma segunda. E uma terceira. Ficou tudo muito implícito ou eu que sou lesado ou ambos. 😦

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      risos. Não, não és lesado Luis. Caso tenha ficado curioso, aqui vai o que era minha intenção: história da vingança de Lurdes contra a mãe que, obcecada com a perda do marido, a negligenciara durante toda a vida. Lurdes acaba se envolvendo com o militar responsável pela desgraça da mãe e resolve apresentar o namorado justamente no dia de seu aniversário. Só que esse era o primeiro aniversário que a mãe tentava superar o trauma, preparando uma festa surpresa para a filha. O encontro chocante resulta em um “piripaque” na mãe de Lurdes, que, ao final… um pouco tarde, se arrepende.

      Muitos dos comentários feitos vão me ajudar a retrabalhar a história até torná-la clara na medida certa. Ao menos eu espero… Abraço!

  43. Gilson Raimundo
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gilson Raimundo

    Tudo dá a entender que será um desastre este encontro, que o namorado era talvez filho do milico que levou o pai dela, mas gostaria muito de ter visto isso no fim…..

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Gilson, na verdade o milico era o próprio… e, sim… foi um desastre que acabou levando a mãe de Lurdes pro hospital… Mas claro que não consegui ainda alcançar o efeito pretendido. Valeu a leitura. Abraço!

  44. Alan Machado de Almeida
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    Gostei da descrição da destruição da personalidade de uma mulher por causa de um evento traumático. Só fiquei frustrado porque eu esperava que Lurdes iria reencontrar os sequestradores do seu marido.

    • Maurem Kayna (@mauremk)
      24 de fevereiro de 2015
      Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

      Alan, Lurdes era a filha… e o que ficou excessivamente implícito no texto foi justamente que Olga encontrou o sequestrador do marido… apresentado pela própria filha como namorado… e aí deu merda… em dois sentidos… na história, e na minha falta de habilidade para contá-la. risos
      Valeu a leitura. Abraço!

  45. Alexandre Leite
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alexandre Leite

    Interessante o conto, bem escrito, bem estruturado. Senti falta de um pouco mais de clímax. Bom texto.

  46. rubemcabral
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Achei o conto truncado, cheio de lacunas que talvez tenham que ser preenchidas pelo leitor. O limite de palavras é curto, mas seria suficiente para desenvolver melhor esta história passada nos Anos de Chumbo. Do jeito que foi apresentada, achei apenas “bom”.

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Publicado às 10 de fevereiro de 2015 por em Pecados e marcado .