“Moça ou cara: o seu objetivo é não morrer, é deixar sua marca neste mundo. Este deve ser o seu norte. A sua obra é seu ticket para a mortalidade.” – Rubem Cabral, sobre a (in)utilidade das dicas sobre a escrita.
Por Rubem Cabral
Tanta repetição! Que falta de respeito com a pontuação! Como se escreve assim, com tanta vírgula, sem quebrar parágrafos? Que interessante!
Não. Não abuse de frases curtas. Não escreva – de forma alguma, jamais, fuja como o diabo da cruz – sentenças muito longas. Não repita palavras e mais palavras muito próximas, mas escreva de forma “natural”, pô. Escreva simples: use vocábulos comuns, que o leitor médio não precise de dicionário, mas construa metáforas ricas e inéditas, que colem à memória como visgo de jaca em pé de passarinho. Nada de estrangeirismos! Keep it simple, cabrón! Ora, óbvio que textos curtos são o ideal para a geração Twitter, que lê no iPad ou no smartphone. Escreva uma trilogia de fantasia medieval: é o que vende que nem pão quente. Nada de neologismos! Deslembre-os! Ficção-científica é um tiro de laser no pé. Autoajuda dá dinheiro. Ambiente a história…
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