EntreContos

Detox Literário.

A Última Vanera (Eduardo Matias)

A_cabana_da_Baba_Yaga

Os dois garotos voltavam da escola por uma arborizada rua de Jaguará do Sul, Santa Catarina. Meia dúzia de crianças brincava nas calçadas, senhoras fofocavam despreocupadamente em frente as suas casas e o velho dono da mercearia lançava água fria em dois cães que ousaram expressar publicamente o seu amor. O frescor da tarde coroava a cena e nenhum pensamento mórbido poderia passar pela cabeça dos meninos. A tenebrosa aula de folclore que tiveram a pouco era relembrada com um tom jocoso.

─ Babá gaga? Quem ia inventar uma bruxa chamada babá gaga? ─ Disse Terinho fazendo uma ligeira careta.

─ Baba Yaga, guri! Já te disse mil vezes! ─ Respondeu Capão batendo a mão na testa em desaprovação.

─ Não importa. ─ Disse Terinho. ─ Que raio, já não basta aprender do Saci, do negrinho do pastoreio e do Zé-Onça? Pra que aprender coisa do estrangeiro?

Capão revirou os olhos, como fazia ao ter de lidar com a teimosia de Terinho: ─ A professora falou que esse povo do estrangeiro veio morar aqui antigamente e suas histórias vieram também. Agora elas fazem da nossa cultura, seu paspalho.

─ Tanto faz, acho bobeira aprender folclore. Onde já se viu uma bruxa velha, que sai andando em um pilão por ai, pegar crianças no mato? ─ Indagou Terinho virando a esquina.

Terinho, ou Antero Barra Brito, era um garoto baixo, magricela e pálido. De olhos e cabelos negros, de nove anos e rosto sardento. A razão de seu apelido é bem óbvia. Capão era um pouco mais alto, comparado a Terinho e não a seu peso, pois parecia um leitão engordado para festa de santo, o que justificava seu apelido, dado por um tio de Bagé. Era loiro e de olhos bem azuis, um pouco impaciente, mas simpático ao seu modo. Na etiqueta de sua casaca de lã havia um nome: Jorge Apfelmann Coutinho, que curiosamente era o seu a cerca de onze anos.

Estavam quase em suas casas. Teriam seguido por mais duas quadras após a área verde logo à frente se não fosse por um pequeno infortúnio. Um dos cães afugentados pelo dono da mercearia passara por cima de um andarilho que dormia embaixo de uma lixeira, o deixando furioso. O velho maltrapilho não pensou duas vezes antes de atacar os meninos, culpando-os por ser incomodado de seu sono. Terinho entendeu que não havia tempo para uma conversa amigável entre eles, o cachorro, o velho e o cacete de nogueira que ele tinha em umas das mãos, então correu para a mata, sendo seguido por um ofegante Capão e um velho doido.

Capão caiu estirado numa clareira após, exatos trinta minutos de corrida ininterrupta. A essa altura, era uma enorme e suada bola vermelha. Terinho também estava cansado e apreciou a parada. Não havia nem sinal de mendigo e nem de trilha. Não fazia a menor ideia de onde estavam.

Eles se olharam em desespero. Estava frio e escurecendo e provavelmente havia uma surra preparada em casa, se chegassem em casa. Terinho estava a ponto de desabar em choro quando de trás de uma árvore grossa apareceu um peão montado em um pingo vermelho. De onde ele surgiu é um mistério, nenhum cavalo andaria tão silenciosamente no meio das folhagens secas do mato.

Sua camisa era vermelha, como a calça, as botas o lenço e o chapéu de aba larga. Trazia um poncho vermelho sobre o corpo e uma cuia de mate na mão. “mate podia ser vermelho?” pensou Terinho ao reparar dentro da cuia.

─ Tarde, fiadasputa! Que fazes aqui gurizada? ─ Disse o homem num sotaque estranho.

─ Estamos perdidos, senhor. ─ Respondeu Capão. ─ O senhor sabe como se sai desse mato?

─ Segue lá pro norte. ─ Disse o peão levantando um dedo sujo. ─ Meus irmãos explicam melhor.

─ Tá bom, obrigado, ─ Disse Terinho ─ mas o senhor não disse como se chama.

─ Tarde, já disse!

Os meninos se entreolharam e depois olharam pro peão, mas ele já não estava mais lá.

Eles então caminharam pra onde o peão tinha mandado. Depois de duas horas, bem de noite e pela manhã eles encontraram os tais irmãos do homem estranho. Um se vestia todo de negro e montava um tordilho da mesma cor. Dizia se chamar Noite e mandou seguirem o norte.

No raiar do dia, quando não aguentavam andar mais, encontraram o outro irmão. Montando um cavalo branco e todo de branco como um coroinha, mandou irem pelo mesmo caminho, após se apresentar como Dia.

Por algumas vezes ouviam um som estranho que parecia uma rabeca aos ouvidos de Capão cujos tios tinham uma banda de fandango. Sempre que seguiam o som sentiam o que parecia ser golpes de vassoura nas costas e uma maléfica voz que gritava: norte, norte.

Quando o sol estava alto e os mosquitos já os devoravam vivos eles avistaram um pavoroso casebre de madeira, meio escondido detrás de uma baixada. As árvores eram muito juntas naquele local e reinava uma escuridão terrível.

Enquanto se aproximavam da baixada puderam ter uma visão mais clara do casebre. As paredes eram cobertas de pequenos galhos brancos e tortos e se erguia em quatro troncos rajados que pareciam ser de coqueiro. Pendurado em todos os cantos havia sacolas sujas com alguma coisa dentro, cabaças, cocos, talvez uma… Não! Sim, era.

─ Cabeças! ─ Gritou Terinho quando chegou ao topo da ladeira, a menos de cinco metros da casa. Eram cabeças humanas, secas e enegrecidas, penduradas nas paredes feitas, não de galhos, mas de ossos. Grandes fêmures, quadris, mãos, costelas, perfeitamente trançados por algum artesão macabro e com muito tempo livre.

Uma rampa precária dava acesso à varanda, que se distanciava pelo menos um metro da beirada da ribanceira. Sustentada por quatro enormes pernas de galinha.

Capão travou e empalideceu. Terinho virou-se para correr puxando o amigo. O que teria feito se não fosse à velha magra de dois metros de altura, com uma mão de pilão e uma vassoura velha nas mãos, parada na sua frente.

─ Ababá, Ababá, Ababá! ─ Gritou Capão desesperado.

─ Você é mais encarquilhada do que eu imaginei. ─ Disse Terinho. Sempre ficava ousado quando estava terrivelmente nervoso.

─ Argh! Cale-se menino, o que querem aqui no meu rancho? ─ Perguntou a velha com um sussurro sofrido.

─ Estamos perdidos. ─ Respondeu Terinho. ─ Ele sabia que precisava enrolar.  Se conseguissem correr para a cabana e derrubar a rampinha podiam se salvar. Talvez até houvesse um telefone lá dentro. Não tinha.

Capão não parava de repetir “Ababá, Ababá, Ababá”, com as duas mãos tapando os olhos.

─ Perdidos? ─ Disse a velha. ─ É certo que estão, mas talvez eu possa dar um jeitinho nisso, ha, ha, ha… Poderiam fazer um favor para a vovó?

─ Bem no meio desta floresta tem um espírito meio atrevido que me dá nos nervos… Ela não terminou a frase. Terinho lançou sua mochila na cara da bruxa e correu para a cabana puxando Capão pelo cachecol.

As coisas deram errado. A rampa não aguentou o peso e se partiu, lançando dois garotos para a morte. Uma precoce e bem estranha morte. A vida inteira de Terinho passou diante de seus olhos, o que não foi muita coisa. Seus olhos se abriram em meio à névoa.  Se estava morto aquilo não era o céu. No céu não havia bruxas carcomidas te encarando enraivecidas. No céu não penduravam as pessoas de cabeça para baixo por enormes pés de galinha.

As pernas da casa os soltaram. Terinho estava tonto e Capão jazia caído ao seu lado. Seus olhos azuis vidrados. Ele não estava morto, o mexer incessante de sua barriga de bola o denunciava. Ele só estava completamente apavorado.

─ Tentaram escapar, suas pestinhas! ─ Bradou a bruxa. ─ Não vão conseguir. Poderia matá-los, dariam um caldo maravilhoso. Principalmente o gordinho, poderia tirar pelo menos dois baldes de banha e tanto toucinho! Mas não. Tenho um trabalhinho para vocês.

─ Se fizerem tudo direito, podem ir pra casa, eu mostro o caminho, mas se falharem eu farei tortinhas de vocês. Ha, ha, ha… A bruxa velha desapareceu. Um dos pés da casa apontava para uma parte menos escura da floresta, mas coberta por uma densa névoa.

“Tragam-me aquela rabeca miserável, não aquento mais tanto barulho” resoou a cortante e seca voz da bruxa “e nem pensem eu fugir, meus bolinhos de chuva”.

─ O que vamos fazer? ─ Perguntou Capão. ─ Aparentemente, ele já havia se recuperado.

─ O que ela mandou, índio velho! ─ Respondeu Terinho. ─ Quer virar banha?

E eles foram.

Não andaram muito e já ouviram a rabeca. Era uma música grave e bem sofrida, parecia alguma coisa que a avó de Terinho cantava para ele sentada na cadeira de balanço na área do rancho, com o mate no colo.

Capão ouvia algo estridente e rápido, que lembrava os solos de gaita que seu pai fazia na banda dos tios. Uma vanera? Espíritos da mata gostam de vanera?

Os dois meninos foram arrastados pela música, estavam extasiados. Só pararam quando um grito pavoroso os assustou: ─ Cuidado! ─ Era a voz da bruxa para variar. Porém veio a tempo, eles estavam parados na beira de um abismo. Uma figura sombria pairava sobre eles. Uma moça pálida, vestida de fumaça com uma rabeca nas mãos.

─ O que querem? ─ Perguntou ela. Sua voz era doce e forte como o som de um arroio correndo por entre as pedras.

─ Precisamos da rabeca, ─ Disse Terinho rapidamente. ─ uma bruxa doida a quer, e se não a entregarmos ela vai nos transformar em tortas.

─ Que pena. ─ Respondeu a moça. ─ Vocês não seriam boas tortas, mas não pensem que vou entregar minha rabeca, a bruxa quer destruir.

Terinho tentava formular um plano. Talvez pudesse saltar sobre ela… Capão estava hipnotizado pela moça, sem perceber deu um passo em direção ao abismo. Terinho tentou segurá-lo, mas foi junto. Os dois meninos caíram na névoa.

Capão segurava a mão do amigo e na outra mão a rabeca. O mundo apagou. Provavelmente morreria logo e morreu.

Quando acordou na manhã do dia seguinte estava em sua cama com uma mãe preocupada sentada ao lado. Na cabeceira, um prato de sopa e uma vara de marmelo recém-cortada.

─ Menino! ─ Gritou dona Neuza Apfelmann. ─ Me mata de susto! Já falei pra vir direto pra casa e você me apronta essa? Deixa seu pai chegar do mato.

─ O que aconteceu? Cadê o Terinho? ─ Resmungou o pobre Capão.

─ Terinho acordou faz dias, tá na escola. O médico disse que você bateu a cabeça e desmaiou. Eu disse pra você não fica subindo em árvore, mas você me escuta guri? Acharam você o Terinho ontem a noite na ribanceira, caíram duma árvore. Eu falei pra não subir em árvore…

Quando Terinho saiu da escola ele passou na casa da comadre Neuza para ver o amigo. Capão já estava bem, mas um pouco desanimado. Havia tido uma conversa em família. Ele, a mãe e a vara de marmelo. O que não foi uma boa experiência.

─ Você lembra o que aconteceu ontem? ─ Perguntou Terinho.

─ Não, mas minha mãe disse que a gente caiu de uma árvore alta.

─ Deve ser. Tenho que ir. Minha mãe está uma onça. Amanhã eu venho aqui pra gente brincar, se você estiver melhor.

Capão voltou a dormir. Ainda não se lembrava de nada, mas às vezes sonhava que caia de um abismo enevoado com Terinho e uma rabeca nas mãos. Uma velha horrível os pegava e os levava para uma cabana assombrada, empurrando-lhes uma sopa amarga goela abaixo. Depois ela largava os dois embaixo de uma grande árvore. “Achou que eu não honraria o trato?” Dizia a voz maligna em seus sonhos.

Enquanto Terinho voltava para casa pensou ter visto, de relance, um rancheiro trajado de vermelho lhe acenando na beira da estrada. ─ Tarde! ─ Disse ele. E se foi nas sombras.

34 comentários em “A Última Vanera (Eduardo Matias)

  1. Fil Felix
    21 de agosto de 2014
    Avatar de Fil Felix

    Apesar de bem escrito, tem momentos que faltam vírgulas e a quantidade excessiva de descrição atrasam um pouco a leitura. Adoro a Baba Yaga, gostei das referências e do tom de fabula, mas tem vários elementos batidos (como acordar no final).

  2. Pedro Luna
    21 de agosto de 2014
    Avatar de Pedro Luna

    Um João e Maria alucinado, com direito a bruxa, a um peão maluco, sonhos, e outras coisas. Gostei. Só achei um pouco forçado a cena da perseguição que os levou ao meio do nada…

  3. Carmem Soares
    20 de agosto de 2014
    Avatar de Carmem Soares

    O texto começou gostoso, com personalidade mas durou pouco.

    Não consegui ver relação entre os personagens da floresta, ficou tudo meio vazio. Quem eram os cavaleiros? Porque os orientaram a ir em direção à bruxa? O único objetivo da bruxa era acabar com o barulho? Quem era a D. da rabeca?

    Não consegui fazer nenhuma conexão. Sinto muito!

  4. Weslley Reis
    15 de agosto de 2014
    Avatar de Weslley Reis

    Um conto ingênuo, ao meu ver. Os diálogos não me convenceram e a trama foi bem superficial. Boa sorte!

  5. rsollberg
    13 de agosto de 2014
    Avatar de rsollberg

    Muito boa a atmosfera criada, essa espécie de adaptação do folclore caiu bem. Penso que aqui, o limite de palavras não ajudou muito a estória. Acho que ficou um pouquinho corrido. Porém, o texto é muito bem escrito e tem bastante originalidade.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  6. Edivana
    11 de agosto de 2014
    Avatar de Edivana

    Então, a história tem alguns pontos bons, outros que não me agradaram, mas penso que mais por uma questão de gosto pessoal que qualquer problema com o/a autor/a. Achei a fantasia um pouco inconsistente, também a forma de capturar a rabeca esquisita. A bruxa, bem, pela casa dela eu esperava mais maldades. Em todo caso, parabéns pela história.

  7. Martha Angelo
    10 de agosto de 2014
    Avatar de Martha Angelo

    Muito encantadora esta versão da Baba Yaga! Um dos meus preferidos até agora!

  8. Juliano Gadêlha
    9 de agosto de 2014
    Avatar de Juliano Gadêlha

    História bacana, com um espírito um pouco Goonies. Tem uns erros de pontuação, mas no geral bem escrito. Os elementos regionalistas também ajudam a enriquecer o enredo. Parabéns ao autor.

  9. Willians Marc
    5 de agosto de 2014
    Avatar de Willians Marc

    Achei a narrativa do conto um pouco clichê e os estereótipos de bruxa e dos meninos levados estão bem definidos demais. Não conseguiu me conquistar apesar de ter poucos erros gramaticais e ter algumas frases interessantes como por exemplo: “…o velho dono da mercearia lançava água fria em dois cães que ousaram expressar publicamente o seu amor”.

    Abraço e boa sorte no desafio.

  10. Walter Lopes
    4 de agosto de 2014
    Avatar de Walter Lopes

    Gostei da mistura de mitos no conto.

  11. fernandoabreude88
    4 de agosto de 2014
    Avatar de fernandoabreude88

    Que história legal! Os dois personagens principais me ganharam de começo, desde a descrição da bruxa. Aliás, o que gostei aqui foi bem isso, não tem muita frescura, o elemento fantástico é citado e logo aparece na história, sem afetação. A descrição do cenário foi bem feita e esse cavaleiro que aparece e desaparece como um guardião entre os dois mundos (se é que são dois mundos) é o melhor de tudo. Parabéns.

  12. Rodrigues
    3 de agosto de 2014
    Avatar de Rodrigues

    Conto muito bom. Gostei dos personagens, da aventura e da escolha da bruxa. O tom mais descontraído ajudou no envolvimento com a leitura e há descrições muito interessantes. A ambientação não parece forçada e a relação entre a realidade e a fantasia é o ponto alto do texto. Final bacana.

  13. Marcellus
    3 de agosto de 2014
    Avatar de Marcellus

    Muita história para um espaço tão reduzido. Mas é um ótimo material, merece ser melhor trabalhado.

    Só uma dúvida: como Terinho poderia reparar dentro da cuia, se ela estava na mão do peão montado no cavalo?

    Boa sorte!

  14. Lucas Almeida Dos Santos
    3 de agosto de 2014
    Avatar de Lucas Almeida Dos Santos

    Legal o conto, conheci uma personagem da qual nunca falar antes.
    Parabéns.

  15. Gustavo Araujo
    2 de agosto de 2014
    Avatar de Gustavo Araujo

    O conto soa agradável, com um quê de terror juvenil. Gostei da caracterização da bruxa, dos personagens da floresta, e da maneira como o autor descreveu a relação entre os dois meninos. Só não gostei tanto do motivo, da explicação pela qual os meninos foram parar na floresta, mas isso é algo menor.

    No geral, um bom conto. Parabéns!

  16. Marquidones Filho
    2 de agosto de 2014
    Avatar de Marquidones Filho

    Muito bom, bem rico!

  17. Wender Lemes
    1 de agosto de 2014
    Avatar de Wender Lemes

    Bem criativa a maneira como trabalhou a mistura de lendas, assim como as alusões às fases do dia pelos cavaleiros. Parabéns e bom sorte.

  18. Thata Pereira
    1 de agosto de 2014
    Avatar de Thata Pereira

    Depois de tantas bruxas assustadoras, pensei que não encontraria nenhum conto infantil. Gostei dessa mistura com o folclore e, no final das contas, a bruxa era boazinha, bom para quebrar o clima dos contos que temos lido por aqui. apenas não gostei da mistura entre a narração e o diálogo.

    Boa sorte!!

  19. mariasantino1
    1 de agosto de 2014
    Avatar de mariasantino1

    Um conto com um ares de causo!
    .
    Adorei a ideia, mas acho que é uma trama grande que merece mais espaço, mas descrições dos personagens, mais aflição. Os meninos adentram na aventura rápido demais e saem dela da mesma forma. A bruxa, os três peões, o espírito com a rabeca…Todos esses elementos merecem mais espaço (sob meu ponto de vista, claro). Gostei bastante da ambientação brasileira.
    .
    Percebi o uso do ‘a’ ao invés de ‘há’ (A tenebrosa aula de folclore que tiveram a pouco).
    .
    Parabéns pelo conto. Adoraria ler algo menos corrido com esse material. Boa sorte no desafio.
    .
    Obs.: Vai lá, mais um tiro aqui (no alvo ou na água). Acho que o conto é do mesmo autor do SACI no desafio passado. Marcelo Porto.
    Abraço 😀

  20. JC Lemos
    31 de julho de 2014
    Avatar de JC Lemos

    Um conto bem original,mas não me encantou.
    Não me agradou os diálogos e alguns pontos no decorrer do texto que, ao meu ver, soaram estranhos.

    A ação acontece rápido demais, sem tempo para assimilar e sem muitos detalhes. Acho que uma história menor se encaixaria melhor no desafio.

    Enfim, essa é apenas minha opinião, espero que os outros possam apreciar mais do que eu.

    De qualquer forma, parabéns e boa sorte!

  21. Pétrya Bischoff
    31 de julho de 2014
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Aaaah, que conto fofo! Citaste a minha Bagé!
    Gostei da estória, apesar de não conhecer sobre essa bruxa – se é que existe esse folclore.
    Foi tudo muito bueno, bem gaudério. Teve vanera, guri, pingo, tordilho negro, cuia, mate, poncho, vara de marmelo (haha’, já apanhei com essa), índio velho! E tantas outras gauchices, hahaa’ Gostei tanto por essas e me senti honrada (mesmo que não tenha havido intenção 😛 ) Nooooo entaaaanto, no início cita-se Santa Catarina e que eu saiba todas as descrições remetem o Rio Grande do Sul, tchê! Não sei se há tanto nosso na cultura deles ou o autor só se equivocou um pouco, mas gostei mesmo assim.
    Parabéns e boa sorte!

  22. David.Mayer
    31 de julho de 2014
    Avatar de David.Mayer

    O que gostei / não gostei:
    A história não me agradou muito. Tiveram alguns erros gramaticais que me chamaram a atenção.

  23. Eduardo Selga
    30 de julho de 2014
    Avatar de Eduardo Selga

    Este é o décimo segundo conto que analiso no presente desafio.

    O conto se baseia na estratégia básica da literatura juvenil, a peripécia envolvendo protagonistas jovens. Além disso, introduz personagens que lembram os padrões da lenda, ao serem ambientados numa floresta, haver um cavalo misteriosamente silencioso, a música misteriosa, um indivíduo todo de branco e outro todo de preto, o casebre no meio da mata e, claro, a bruxa.

    Esse modelo, embora seja agradável de ler para os que sobrevalorizam a ação, apresenta pouco espaço ao trato literário, pois há uma percepção -em parte válida- de que o público jovem prefere o aspecto denotativo ao conotativo. E, em minha opinião, um conto precisa antes de mais nada ter literariedade, não uma grande quantidade de leitores. Se puder unir os dois, ótimo. Mas de um modo geral o grande público quer mesmo é entretenimento, não literatura.

    Não estou a dizer que a literatura infantojuvenil seja, necessariamente, ruim. Quem leu “Bisa Bia, Bisa Bel”, de Ana Maria Machado, sabe que não. É preciso, sim, ir além do simples contar prosaico, como em literatura destinada a qualquer outro público.

    Em 30/07/2014

  24. Ricardo Gnecco Falco
    30 de julho de 2014
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Gostei do trabalho! E a ilustração ficou muito boa, também! Bom início, com um bom primeiro parágrafo, que vai atraindo o leitor, mesmo com um errinho (verbo haver) na última frase do mesmo.
    Faltou uma palavra, creio eu, na frase “Agora elas fazem (parte?) da nossa cultura, seu paspalho.”, no quinto parágrafo. Já no sétimo, temos a repetição do erro do primeiro: “que curiosamente era o seu a cerca de onze anos.” O que denota uma falha do autor na compreensão das regras do verbo haver, no passado, quando no sentido de existir/fazer. Nada que uma rápida estudada no assunto não resolva.
    No oitavo parágrafo: “o cacete de nogueira que ele tinha em umaS das mãos” (correto: uma das mãos).
    A cena ligando os cães “se amando” (rs!) no começo da história com a perseguição dos meninos pelo mendigo furioso ficou bem legal e ágil; muito bem descrita e revelando a “veia” inspirada do autor, que me parece ser alguém mais jovem, porém muito talentoso na escrita.
    O tom irônico do narrador também traz o leitor para mais perto da história, funcionando como outra boa pegada do autor na condução narrativa da trama. Exemplos: “Eles se olharam em desespero. Estava frio e escurecendo e provavelmente havia uma surra preparada em casa, se chegassem em casa.” e “Havia tido uma conversa em família. Ele, a mãe e a vara de marmelo. O que não foi uma boa experiência.” — Boas construções; gostei!
    O parágrafo 18 precisa de revisão também; está faltando alguma coisa. Mais abaixo, uma das falas da bruxa ficou dividida em dois parágrafos subsequentes, iniciados por travessão (é só juntar os parágrafos que começam com “- Perdidos?” e “- Bem no meio da floresta…”).
    Enfim, gostei da história e da leitura. Parabéns pelo bom trabalho e boa sorte no Desafio! 🙂 .
    Paz e Bem!

  25. rubemcabral
    30 de julho de 2014
    Avatar de rubemcabral

    Gostei do texto: misturando costumes do sul e folclore europeu, muito embora tenha achado que a escrita tenha comprometido um tanto: pontuação, “a” x “há”, crases, etc.

  26. Anorkinda Neide
    30 de julho de 2014
    Avatar de Anorkinda Neide

    Muito legal!
    Parabens! Bem encaixado em tudo o que um conto precisa para enterter e encantar.
    Abração

  27. Claudia Roberta Angst
    30 de julho de 2014
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    “A tenebrosa aula de folclore que tiveram a pouco (…)” Seria HÁ pouco. O que já passou virou História.(costumo associar o H ao passado).
    “Agora elas fazem da nossa cultura, seu paspalho.” Faltou PARTE depois do verbo.
    Ainda bem que ainda existem bruxas ruins, mas honestas, como neste conto. Trato feito, trato cumprido. Gostei mais do começo e do fim. O desenvolvimento não prendeu minha atenção.
    Os personagens são simpáticos, uma dupla de aventureiros mirins. A linguagem adequada.
    Apreciei a ideia dos personagens terem nomes como Tarde, Noite.
    Não sei porque, mas o conto me lembrou a história de João e Maria, principalmente, a velha bruxa.
    Boa sorte.

  28. Fabio Baptista
    30 de julho de 2014
    Avatar de Fabio Baptista

    ======= ANÁLISE TÉCNICA

    A escrita é bastante limpa e flui muito bem, pena que alguns erros bobos acabaram tirando um pouco o brilho:

    – “em frente as suas casas” / “se não fosse à velha magra”
    >>> crase (falta e excesso)

    – “dois cães que ousaram expressar publicamente o seu amor”
    >>> Boa! kkkkk

    – tiveram a pouco / seu a cerca de onze anos
    >>> “há” (passado)

    Terinho e Capão… putz, tudo bem que foi explicado e tal, mas esses apelidos poderiam ser melhores!

    – Agora elas fazem da nossa cultura
    >>> fazem “parte”?

    – Tarde, fiadasputa!
    >>> kkkkkkkkkkk

    – “e nem pensem eu fugir”
    >>> “em”

    – “Eu disse pra você não fica subindo”
    >>> “ficar”

    – “você me escuta guri”
    >>> você me escuta, guri

    ======= ANÁLISE DA TRAMA

    Gostei bastante. A que mais gostei até o momento. Só não vai ganhar nota máxima porque, segundo o critério que adotei, o 5 estrelas só vai para algo que me arranque um “putz, que história genial!!!” (como, por exemplo, “Spoiler” no desafio viagem no tempo ou Hezhysuiahsdk… aquela dos duendes, no fim do mundo).

    Essa história não é genial (na minha opinião), mas é excelente.

    Gostei muito do humor (ri em vários trechos além do que destaquei), das coisas insólitas e personagens inusitados que vão aparecendo e te fazendo querer saber mais.

    Me lembrou bastante de “Macunaíma”.

    ======= SUGESTÕES

    Revisar, revisar… e depois revisar de novo!

    ======= AVALIAÇÃO

    Técnica: ***
    Trama: ****
    Impacto: ****

  29. José Geraldo Gouvêa
    29 de julho de 2014
    Avatar de José Geraldo Gouvêa

    Gostei da utilização da Baba Yaga, só achei um desperdício fazerem com ela uma história juvenil. Na Rússia ela metia (mete?) medo até em gente grande. Os prisioneiros dos gulags não fugiam porque os guardas faziam circular entre eles boatos de que Baba Yaga fora vista nos bosques próximos. Para você ter uma ideia.

    Mesmo assim a historia ficou muito interessante, principalmente pelos elementos que eu não conheço: os três cavaleiros e a moça da rabeca. Principalmente esta, que me pareceu uma personagem muito interessante, com potencial para outras historias, talvez até melhores do que esta. Quem é a misteriosa moça da rabeca? Onde vive? De que se alimenta? Sexta, no Globo Repórter…

    Este conto conquistou um cantinho no meu coraxaum… e terá um de meus votos, só não sei qual.

Deixar mensagem para Eduardo Selga Cancelar resposta

Informação

Publicado às 29 de julho de 2014 por em Bruxas e marcado .