EntreContos

Detox Literário.

O Desejo de uma Criança (Rodrigo Arcádia)

cowboym

Foi num dia de muito sol, na poeira levantada, que ele chegou.

Fazendo barulho, assustando o cachorro e as galinhas no terreno, trazendo o vento que chiava, melancolicamente. Certamente, não achei boa à chegada sem aviso. Ainda tentando despertar de um sonho ruim, calcei meus sapatos e com preguiça, desfolhei o abrir da minha janela.

Que terrível, a luz da manhã atingiu meus olhos de caramelo, mas lá estava, o visitante, que despertou o interesse do pessoal, um vaqueiro sem boiada, um cavaleiro solitário.

Com dificuldade, caminhei preguiçosamente, de longe, avistei um bonito cavalo branco, de que jamais avistei por ali, por sujeito nenhum, que montasse. E olha que, a montaria, era das boas. Que garanhão bonito, lindeza de se admirar, que até os pelos reluziam aos raios do sol.

Meu avô, com seu jeitão de ser, cuspindo no chão, estava pertinho do visitante. “Se achegue, sem medo.” minha mãe, lá da porta, encostou-se no batente, e ficou espiando quietinha, com o pano de secar à louça lavada. Aproximei-me, ficando do lado de vovô, tentando olhar para o homem na minha frente, tão alto, de botas em couro, a calça bem conservada e o colete amarronzado. Era muito alto olhá-lo, doía o pescoço, também, eu era pequeno, aí não havia como olhar, sem estar dolorido, mas, com o tempo, fui acostumando. Ah, cavaleiro de braços fortes, pra segurar boi e cavalo na rédea, pra agarrar moça bonita no laço e um lindo chapéu, do jeitinho dele, nenhum vaqueiro usou, era muito bonito, abas enormes e bem cuidado, tão cuidado, que o rosto se escondia na sombra do chapéu, e o que aparecia, era a boca e os dentes brancos que iluminavam o sorriso dele. “Obrigado, pela hospedagem, meu velho.” Disse ao meu avô, que cuspia na terra, mania que não largava nunca.

Com a conversa entre eles, descobri que se conheciam há muito tempo, quando meu avô, ainda saia por aí, a defender índios, um modo de agradecer a ajuda que deram pra ele. Pelo que sei, o vovô, quase perdeu a vida no deserto do oeste, caído no meio do nada, maltratado pelo sol impiedoso, foi resgatado e curado pelas mãos dos peles vermelhas, e desde esse dia, prometeu protegê-los. Agora, não carregava à vitalidade de outrora, mas nunca deixou de contribuir com sua ajuda.

O moço e o vovô, falavam de um confronto vindo do oeste selvagem, de homem branco, querendo usurpar terra indígena. Notícias nem todas favoráveis, para ambos os lados. Meu avô não tinha condições de sair galopando pra entrar em guerra e mamãe, nem o permitiria, e acho, que ele não seria maluco de desobedecer. Por isso, tinha o visitante, e em seu cinto, de fivela de bronze, nos coldres, duas pistolas, o cinto, enfeitado com centenas de balas que o rodeavam, bonito de se elogiar, postura de herói do oeste.
“Aceito, um pouco de café, velho amigo.” Disse ele, para o vovô, que o convidou pra entrar. O cachorro, latia alegre, nos acompanhando, numa certa distância do quintal. Minha mãe, ajeitou-se, ficando numa melhor postura pra receber o visitante. Compreendi, no olhar dela, que as feições mudaram, estava mais contente de ver o moço, e o conhecia. Sim, o conhecia, não havia como não notar, a maneira, a voz suspirada em pronunciar o nome e o cumprimentá-lo: “William.” Que voz doce e suave, espantei-me, surpreso, examinando-a. Ora, não é só porque, sou menino, que não possuo, uma maneira de compreender, as reações de uma pessoa. O vovô, quando se entristece, passa a fumar o dia inteiro. Cusparadas, são uma atrás da outra, por esses detalhes, adquiri, uma notável habilidade. “Como vai, Olivia?” Com a abertura do sorriso dela, ele descobriu que estava bem, e minha mãe, disfarçou, pra não demonstrar que havia intimidade, entre os dois. “Traga uma caneca cheia, de um bom café quente, para o nosso visitante, filha.”

E mamãe foi pegar o bule, encher a caneca e entregar na mão do cavaleiro solitário. Ele agradeceu, mostrando os dentes brancos, iluminados. “Sente-se, tu é bem-vindo.” Disse vovô, cuspindo e puxando a cadeira para o moço, se acomodar. E fiquei observando, tentando desvendar o mistério, que desenhavam entre eles, se o conheciam, porque nunca o vi, nesses últimos anos, de minha meninice? Por onde esteve no velho oeste esquecido, em qual boiada, comandou, que demorasse para guiá-los, quem realmente era, o vaqueiro?

Meu pai saiu a guiar boiada pelo mundo. Mas, nem sei, se verdadeiramente, tenho um pai. É que mamãe e vovô, não dizem nada dele. Se entro no assunto, mudam de conversa ou desconversam, saindo de fininho ou arrumando uma desculpa de outra conversa. Às vezes, me magoo, queria ter um pai juntinho de mim. Tenho acreditado, de que ele seja, um herói cavaleiro, um pistoleiro excelente, montado num lindo corcel, de criar inveja inimiga, e que esteja nesse mundão, defendendo gente do bem, contra as maldades existentes por aí. É por essa razão, que não encontrou tempo de me conhecer. “Para de bestagens, menino. Não há coisa pior do homem, levar a vida, num sonho perdido.” Era o que minha mãe falava, eu me calava, pra não ficar brava e ralhar comigo. Desejava saber quem seria o meu pai…

No outro dia, bem de manhãzinha, o cavaleiro partiu, lançando rastro de poeira no seu cavalo branco. Não pude deixar de reparar nos olhares entre mamãe e ele, mas fiquei calado, bem comportadinho. Fiquei o dia inteiro com o cachorro, a brincar de comandar bois, búfalos e cavalos, e que o cão, fiel parceiro, ajudava-me no serviço com os animais. Não há maravilha do que sentir a sensação, dentro de nós, de ser um reconhecido, vaqueiro.

 

Um tempo depois, aproximadamente, duas semanas, o pessoal não havia levantado, mesmo que o galo estivesse anunciado o seu bonito canto, e que à noite, pincelava no céu, ninguém se levantou. O cachorro latia e latia, um latido nervoso, um pouquinho desesperado. Vinha de frente à porta, em seguida, no meio do terreno, e escutamos um relincho, que parecia ser de animal. Mamãe se levantou, meio ligeira, eu fiquei sentado, na beirada da cama, esfregando os olhos, quando escutei o grito dela, após ter destrancado a porta. “Pai, vem logo, rápido!” Cheguei primeiro que vovô, que veio um tantinho depois de mim. E em cima do cavalo branco, caído no lombo dele e desmaiado, o cavaleiro. Estava ferido no ombro direito, pois uma mancha de sangue, se destacava no tecido da roupa. O trouxemos para dentro e o colocamos na cama. Minha mãe, estava mais agitada e preocupada, meu avô, demonstrava tranquilidade, cuspindo poucas vezes, se estivesse nervoso, as cusparadas seriam constantes. Encontrava-me um pouco preocupado, até em choque, por encontrar um homem ferido.

Mamãe retirou o colete e a camisa do moço, que horror, uma ferida feia à bala, que se encontrava alojada no ombro. Ficamos sem saber o que fazer, como retirar aquilo que ficou alojado? Se não retirasse, as reações dificultariam ainda mais. Vovô lembrou de um velho amigo curandeiro, que curava qualquer coisa, qualquer ferida que fosse, seus dons medicinais, eram milagrosos. E mamãe pediu, como uma súplica, que o vovô corresse, e salvasse a vida do cavaleiro ferido, e ela faria o máximo para diminuir o sofrimento do conhecido. Eu observava, calado, vendo, o tanto de cuidado e sem querer, entendi e me alegrei e entristeci, vinha de dentro, uma sensação ou emoção, sem definição.

Meu avô chegou com seu amigo, no começo da noite, a disputa das terras entre os indígenas e os homens brancos, não estava fácil para ninguém e soubemos, que o disparo no ombro, veio de lá, da guerra, que pintava há dias de confronto.

Ele voltou do desmaio, reclamando de dor. Minha mãe pediu que ficasse calmo, estava em segurança, e encontrava um pouco febril, um pano molhado, quase quente, foi posto na testa, pra diminuir a temperatura da febre. Nunca acreditei em panos na testa, não existia valor de milagre ou cura, valia para aliviar ainda mais a tranquilidade, nada mais que isso.

O amigo do meu avô, chamava-se, Trovão Que Arrebata. Tinha um ar silencioso na alma, respondia com palavras curtas, dizia coisas breves, sem efeitos, acho que não gostava de enfeitar as frases, era bem direto com elas. Carregava uma bolsa feita de couro de animal, pareceu ser de cobra, toda enfeitada, e dela, retirou o que necessitava. Tivemos que ficar do lado de fora, e mamãe agitada de nervosa.

Isso demorou minutos e quando Trovão Que Arrebata, abriu a porta… “Ele adormeceu. Mas está a salvo.” Abriu a palma da mão e nela, destacada, vimos à bala retirada. “Adeus, amigo. Se precisar, não se recuse a chamar.” Partiu, sem deixar sinais ou vestígios.

Passados os dias, o conhecido do vovô e da mamãe, se recuperou, agradeceu pela ajuda e a hospitalidade que recebeu. Disse que no meio da batalha, foi alvejado, mas não reconheceu quem disparou. Foi embora novamente, trocas de olhares com mamãe, despedida, de um grande aperto de mãos, com meu avô e pra mim, um sorriso e um adeus sem palavras. Voltaria, pra trazer notícias do confronto.

Ah, o cavaleiro ou vaqueiro, não era nenhum, nem outro, saia por aí, disparado e veloz em teu cavalo, no terrível oeste, como mensageiro. Ora, vivia indo e voltando, nas perigosas bandas, a levar e trazer mensagens e correspondências, inclusive, o andamento da disputa, que vem ocorrendo nesses meses. Não sei se fiquei contente em saber e nem que desapontasse, queria que minha mãe contasse quem verdadeiramente, ele deveria ser para mim. “Ele é o meu pai, não é?” Olhei na expressão assustada dela ao escutar a pergunta. “Onde raios, você tirou, uma bobagem tão grande, menino?” “Só queria que dissesse, se ele é o meu pai ou não.” Ela acachou-se e olhando dentro dos meus olhos de caramelo, disse: “Teu pai, está numa grande comitiva a guiar boiada. E a viagem, é distante e sem volta. Talvez… infinitamente…” nesse dia, dormi triste e chorando, em descobrir, que nessa vida, não conhecerei meu desejo que tanto sonhei…

 
Um mês depois, o mensageiro retornou, trazendo notícias dos acontecimentos da batalha. Tinha sido noventa e cinco dias contados, desde que a guerra, se deu início e tantas mortes, sujando a terra do oeste selvagem. A previsão de que em breve encerraria, era impensável e infelizmente, muitos perderiam suas vidas lutando.

O mensageiro, veio nos dar um aviso, não demonstrava uma cara boa e mamãe desenhou uma preocupação. Vovô, cuspindo, olhava para o amigo, querendo descobrir o que estava acontecendo. Foi que o vaqueiro ou mensageiro, avisou que em poucos dias, não tardaria da guerra chegar em nosso território, que saíssemos o mais depressa possível, que desviasse da linha do confronto. “No tempo de dois dias, chegarão por aqui.”

E corremos para pegarmos tudo que precisávamos, vovô optou por irmos na direção do norte, pois lá, conhecia uns parentes que não os via há muitos anos. E foi assim que aconteceu, até voltarmos, quando as coisas estivessem, tranquilas.

E colocamos tudo na carroça, além dos animais, o cachorro, duas galinhas e o galo. O cavalo velho, ficara aos cuidados do mensageiro, que o levaria num lugar seguro e ele ainda prometeu nos avisar do que estava ocorrendo e que quando terminasse, nos chamaria de volta.

Na hora da despedida, um abraço apertado em meu avô, de mim, um até em breve, pra minha mãe, que não disfarçava a emoção, abraço caloroso, de muita energia, lágrimas saíram dos olhos verdes dela, gostava dele, talvez um amor maior que muita coisa. Então, cuspindo, vovô mexeu nas rédeas e a carroça andou. O mensageiro ficou pra trás, e dei um adeus com a mão e ele respondeu, nos observando embora.

No caminho, vovô contou de onde o conheceu. Era filho de um homem que meu avô salvou, quase da morte. Esse homem, também ajudava os índios e havia sido emboscado para morrer. E se vovô não o encontrasse a tempos, ele não resistiria. Mas tudo correu bem, foi resgatado e curado e tornou-se um grande amigo e que também o filho dele, teria uma enorme amizade com meus parentes. E que há tempos, ou alguns anos que não aparecia. De contato, apenas de pequenas correspondências de curtas palavras, sem descrever preocupações, para evitar qualquer mal-estar. Sempre reparava em cartas indo e voltando, da satisfação dos dois ao recebê-las, das conversas em cochichos, mas nunca, imaginaria, que seriam do amigo mensageiro. Desejava saber, o motivo de permanecer extensamente, longe da minha família.

Um ano se passou e estávamos de volta na nossa terrinha. Da guerra, entre os indígenas e os homens brancos, a vitória, veio do lado dos peles vermelhas. Infelizmente a quantidades de mortos de ambos os lados, não foram poucas. Ainda hoje, os parentes velam pelos seus entes queridos…

E que alegria de minha mãe e de meu avô! Como prometido, ele voltou. O cavaleiro, mensageiro e o vaqueiro. Também fiquei contente, vendo-o bem, uma pontinha de saudade cresceu em mim. Não sei, mas ele poderia se incluir na família há muito tempo, bastaria aceitar.

Depois, de abraços, risadas e choros de felicidades entre eles, pois fiquei num canto observando, apesar de gostar dele, não havia intimidade ou contato entre nós, acho que ele não queria se aproximar, ou tinha um receio de que eu, percebesse algum sinal, e assim, me evitava.

Ele se aproximou até onde eu estava, abriu seu sorriso e me convidou para um passeio. “Como é, aceita ou não?” E pela minha surpresa, retirou o seu chapéu e…

Colocou-me no seu lindo cavalo branco e começamos o passeio. “Se cuidem.” Disse mamãe e íamos devagar, talvez pra mim acostumar e bem afastado de casa, virei e o encarei, examinando suas feições, cabelos, olhos, boca e sorri emocionalmente. “Que significa esse sorriso?” Perguntou, com uma postura de cavaleiro herói, não como um mensageiro ou vaqueiro, mas como um herói, defensor do destemido oeste. “Você é o meu pai, não é?” Não tinha como não esquecer e lembrar do sorriso, um sorriso perfeitamente confiante pincelado do rosto. “A comitiva não se encerrou, menino…”

E com um puxão na rédea do cavalo e um assobio, o garanhão saiu a galopar velozmente, deixando que o frescor do vento, nos abençoasse.

E numa manhã, de sol a nos vigiar, desaparecemos a cavalgar, no horizonte sem fim.

30 comentários em “O Desejo de uma Criança (Rodrigo Arcádia)

  1. rsollberg
    19 de maio de 2014
    Avatar de rsollberg

    Li em voz alta e percebi, em razão das virgulas, um ritmo diferente, não sei ao certo se era isso o que o autor pretendia. (roteiro para radio?) Fiquei parecendo o Gil Gomes, kkkkk.
    Não tenho muito a acrescentar. Acho que faltou alguma coisa.
    De qualquer modo, parabéns e boa sorte no desafio!

  2. vitorts
    18 de maio de 2014
    Avatar de vitorts

    Não tem como eu comentar sem ser repetitivo. Como os colegas comentaram, a questão das vírgulas é um baita de um problema. Com uma revisão, o conto melhorará demais!

    Boa sorte no desafio.

  3. Bia Machado
    17 de maio de 2014
    Avatar de Bia Machado

    Foi uma avalanche de vírgulas sobre mim, rsss… O texto me pareceu interessante, até, mas carece de muita revisão e, além disso, não consegui comprar a ideia de que foi narrado por uma criança…

  4. Rodrigo Arcadia
    14 de maio de 2014
    Avatar de Rodrigo Arcadia

    Apesar dos erros, e não ter emoção nenhuma nos personagens, acho que a narração feita pelo menino ajudou a não possuir o clima que a historia necessitava. Contudo, o conto é bem simpático.

    Abraço!

  5. Swylmar Ferreira
    11 de maio de 2014
    Avatar de Desconhecido

    Confesso que o excesso de vírgulas me atrapalhou. C conto tem uma boa apresentação e um climax legal, mas a meu ver, a conclusão correspondeu.
    Boa sorte!

  6. Marcellus
    11 de maio de 2014
    Avatar de Desconhecido

    A ideia do texto é muito boa, mas a execução deixa a desejar.
    O excesso de vírgulas, as crases mal colocadas, alguns erros de concordância… tudo isso cansa o leitor. Mas o material é bom, com uma boa revisão pode se tornar um excelente conto.
    Boa sorte e bom trabalho!

  7. Brian Oliveira Lancaster
    7 de maio de 2014
    Avatar de Victor O. de Faria

    Seu texto tem um jeito parecido com crônicas. Diferente de alguns comentários, o narrador intimista (visão da criança) foi um ponto muito positivo que me chamou a atenção e me fez ler até o fim.

  8. rubemcabral
    7 de maio de 2014
    Avatar de rubemcabral

    Difícil de evoluir a leitura em função da pontuação. Achei a história simpática, no entanto.

  9. Davi Mayer
    6 de maio de 2014
    Avatar de Davi Mayer

    As virgulas cansaram a leitura. Tentei ignora-las mas não consegui, por isso parei já no segundo ato.

    Dá uma boa estudada no uso das virgulas, ajeitando isso já dá para ter uma noção melhor de texto.

  10. Leandro B.
    5 de maio de 2014
    Avatar de leandrobarreiros

    Acabei utilizando a mesma técnica que a Thata. Depois de alguns (poucos)parágrafos parei de respeitar as vírgulas.

    Sobre a história em si, parece muito parada. Talvez isso ocorra pela escolha do personagem que seria o narrador. Existem coisas interessantes acontecendo no conto, como o massacre que o vaqueiro/mensageiro traz notícias, mas tudo o que sabemos é como o garoto cria expectativas sobre o estranho ser seu pai.

    Falta um pouco de tensão na história. Acho que depois das vírgulas, esse seria um ponto essencial a ser repensado. Da maneira como está, não consegui me importar muito com o protagonista.

  11. Felipe Moreira
    2 de maio de 2014
    Avatar de Felipe Moreira

    As cuspidelas e as vírgulas foram as protagonistas do conto. De todo modo, enxergo um autor talentoso, ainda bruto é verdade. A carga literária que ele apresenta em primeira pessoa demonstra uma noção do que é contar uma história. E nesse caso é uma boa história, redonda, planejada.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  12. Weslley Reis
    28 de abril de 2014
    Avatar de Weslley Reis

    Um texto com potencial, mas que peca em alguns aspectos. Não tenho muito a acrescentar ao que foi dito. Mas ressalto: há potencial.

  13. Thata Pereira
    28 de abril de 2014
    Avatar de Thata Pereira

    As vírgulas tiraram minha atenção, comecei ler sem respeitá-las. Até que gostei da história, mas levando em consideração que ela precisa ser melhor trabalhada. Não só na sua estrutura, mas no que o(a) autor(a) realmente gostaria de transmitir. O conto segue tranquilo (até mesmo na parte que o cavaleiro aparece ferido) sem nenhum sobressalto, o que não me incomoda. Mas fiquei um pouco perdida no final da história. Acho que em algum momento perdi uma informação importante. Uma escrita para ser lapidada. Para isso, continue escrevendo.

    Boa Sorte!!

  14. Vívian Ferreira
    28 de abril de 2014
    Avatar de Vívian Ferreira

    O conto precisa de revisão como já foi dito pelos colegas. Acredito que falta também um clímax, algo que desperte mais emoção e a vontade de continuar lendo-o até o fim. E como alguém mencionou nos comentários, este espaço é valioso para aperfeiçoarmos a nossa escrita e sentirmos como é recebida pelos leitores. Boa sorte!

  15. Tom Lima
    26 de abril de 2014
    Avatar de Tom Lima

    As criticas técnicas já foram feitas.

    O que posso acrescentar é que o texto não me convenceu de estar sendo narrado por uma criança, nem mesmo as memórias dos tempos de criança de um adulto.

    Continue escrevendo que fica bom.

  16. Thiago Tenório Albuquerque
    26 de abril de 2014
    Avatar de Thiago Tenório Albuquerque

    Acho que tudo o que me incomodou no texto já foi observado pelos demais comentaristas e não vou me alongar fazendo mais um enfadonho discurso analítico.
    Ainda há muito a ser trabalhado até que seu trabalho alcance uma melhor qualidade, mas não esmoreça.
    Parabéns por sua iniciativa de publicar o texto e apesar de particularmente encarar certos comentários como demasiadamente desrespeitosos, mesmo arrogantes, digo que os leve em conta.
    Boa sorte no desafio.

  17. Ricardo Gondim
    25 de abril de 2014
    Avatar de Ricardo Gondim

    A despeito de qualquer juízo de valor, a precariedade da técnica é evidente. Se foi deliberado, não funcionou ou se justificou. Muito respeitosamente eu diria ao autor(a) que esta é a razão suficiente para participar do Entrecontos. Análises fundamentadas como a do Eduardo Selga, por exemplo, têm um valor enorme. Pessoalmente, participo do Entrecontos para aprender. Um abraço.

  18. Thales Soares
    25 de abril de 2014
    Avatar de Thales Soares

    Foi o conto mais fraco que li até o momento. O ritmo está muito travado, cansa demais ler com toda essa infinidade de vírgulas jogadas em locais aleatórios nas frases. A história é meio parada, nada de emocionante acontece, não detectei nenhum clímax. Os personagens estão desprovidos de vida, você deve se esforçar mais para dar personalidade a eles.

    De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  19. Eduardo Selga
    24 de abril de 2014
    Avatar de Eduardo Selga

    Definitivamente, não está bom, e muito disso se dá pelas razões relativas à gramática, já apontadas aqui, principalmente quanto à vírgula. Está claro que o(a) autor(a) desconhece o seu correto uso.

    Um dos motivos pelos quais se deve usar a vírgula (quando necessária) é por causa do ritmo textual. Esse conto, desconsiderando o irritante estrago que a multiplicação de vírgulas causou, mostra que quem o escreveu tem um bom ritmo frasal, mas liquidou o texto aplicando o sinal de pontuação como quem oferece milho aos pombos em praça pública.

    Não bastasse, falta o adequado conhecimento das funções sintáticas que as palavras exercem. Não se pode aplicar determinada classe de palavras em todas as posições da frase, senão pode ficar caótico. Pode-se até suprimir, às vezes, um verbo aqui, uma preposição ali, desde que fique subentendida. Mas usar as palavras fora de posição é dar uma de Super-Homem, que veste a cueca por cima da calça. Veja:

    a) “Não há coisa pior do homem” (Do?)
    b) “Não há maravilha do que sentir a sensação” (Maravilha do que?)

    O conto é desnecessariamente longo. Quem o escreveu me parece preocupado demais com o tamanho, como se isso determinasse a estória. É o contrário: a estória determina o tamanho. Experimente beijar longamente a boca de quem você não goste -é desconfortável; por outro lado, dê um selinho naquela pessoa por quem você morre de amores -é muito pouco, a sensação de sede continua.

    Quando o(a) autor(a) optou por construir personagens sem nenhuma característica especial (a mãe e o menino, por exemplo) o resultado, se não foi brilhante, também não comprometeu. eles têm alguma vida psicológica e emocional. No entanto, ao arquitetar o avô, não seguiu o mesmo modelo, e o resultado não foi bom: ele ficou automatizado com sua mania de cuspir, pois ele tem pouca vida interior. Até poderia haver, sim, algum sestro, alguma mania, dentro dele nascesse alguma roseira, como acontece com o menino.

  20. diogobernadelli
    24 de abril de 2014
    Avatar de diogobernadelli

    O uso exagerado das vírgulas parece quase deliberado. Isso faz do conto um carro com açúcar no tanque de gasolina, que tenta rodar corretamente mesmo em meio a um acesso de engasgos. “‘Aceito, um pouco de café, velho amigo.’ Disse ele, para o vovô, que o convidou pra entrar. O cachorro, latia alegre, nos acompanhando, numa certa distância do quintal. Minha mãe, ajeitou-se (…).” Na realidade, custo a acreditar que os demais erros cíclicos não são de fato deliberados. Digo isso, porque o avô-que-não-para-de-cuspir é a personificação simbólica dessa decisão.

  21. Claudia Roberta Angst
    24 de abril de 2014
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Entre uma cusparada e outra do vovô, achei a leitura agradável. As crases e vírgulas mal empregadas incomodaram um pouco, mas nada que uma boa revisão não resolva. O que me doeu, doeu mesmo foi ler: “(…) íamos devagar, talvez pra MIM acostumar (…)” Faz isso com a titia, não. 😦
    Dá para sentir que o autor ou autora gosta de escrever e está em pleno desenvolvimento. Gostei do tom poético de fundo e o clima inocente da narrativa. Boa sorte!

  22. Anorkinda Neide
    24 de abril de 2014
    Avatar de Anorkinda Neide

    Gostei!
    Uma história inocente devido a visão da criança… E com os mistérios dos adultos que não se revelam (que nos frustram, mas se revelarão, talvez qd a criança cresça e possa descobrir tudo.. hehehe)

    Boa sorte ae!

  23. Jefferson Lemos
    23 de abril de 2014
    Avatar de Jefferson Lemos

    A história não me agradou muito, e muito disso é devido ao cansaço que tive lendo, pois a quantidade de vírgulas é demais. Atrapalhou muito a leitura, me fazendo perder o interesse.

    No começo da narrativa, achei que fosse uma menina, e depois disso a narrativa feminina continuou martelando. Li como se fosse narrado por um homossexual, pois a forma de narrar me pareceu muito feminina. Não sei explicar como isso acontece, mas nesse texto aconteceu.

    De qualquer forma, continue escrevendo. Espero que outros possam gostar.
    Parabéns e boa sorte!

  24. Fabio Baptista
    23 de abril de 2014
    Avatar de Fabio Baptista

    Um conto com desenvolvimento mais cadenciado, sem pressa de contar a história.
    Me lembrou o ritmo (só o ritmo, não a história) de “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”, que, por incrível que pareça, combina bastante com western.

    Funcionou até certa parte, mas alguns deslizes começaram a se destacar, prejudicando e tirando o brilho da narrativa.

    Existem muitas crases utilizadas em situações aparentemente (não sou professor de português, pode ser que o errado aqui seja eu!) equivocadas:

    – boa à chegada
    – secar à louça
    – carregava à vitalidade de outrora
    – vimos à bala retirada

    Mas, o que mais me incomodou foi o uso excessivo de vírgulas. Elas simplesmente travaram a leitura em MUITOS momentos em que não eram necessárias. Exemplos:
    – E olha que, a montaria, era das boas
    – O cachorro, latia alegre, nos acompanhando, numa certa distância do quintal
    – puxando a cadeira para o moço, se acomodar
    – até voltarmos, quando as coisas estivessem, tranquilas

    E deixaram frases muito confusas em outras oportunidades:
    – Cusparadas, são uma atrás da outra, por esses detalhes, adquiri, uma notável habilidade

    Coisas que me soaram estranhas:
    – mudam de conversa ou desconversam (e tem um outro “conversa” logo a seguir)
    – não o encontrasse a tempos
    – talvez pra mim acostumar e bem afastado de casa
    – sorri emocionalmente
    – dormi triste e chorando, em descobrir, que nessa vida, não conhecerei meu desejo (variação no tempo da narrativa)

    O final é (muito) previsível, mas bonito e relativamente bem executado.

    Acredito que acertando a questão das vírgulas e diminuindo um pouco a quantidade de cusparadas que o avô desfere durante o texto, teremos um bom conto.

    Infelizmente essa versão ficou apenas razoável.

    Abraço!

  25. Clair Glaucia castilhos
    23 de abril de 2014
    Avatar de Clair Glaucia castilhos

    Nota se a inesperencia quando uma frase nas chama mais atenção do que o desenrolar da narrativa (pano de secar louça lavada ) .e como escreveu Gustavo
    Araújo sobre o final !esse ficou devendo .

  26. Pétrya Bischoff
    23 de abril de 2014
    Avatar de Pétrya Bischoff

    A narrativa foi construída para ser de um menino, meio simples. Até aí, ok; no entanto, há a tentativa de escrita mais rebuscada em vários momentos, o que não caiu bem por dois motivos: o fato já sabido de o narrador ser um guri; e a (por minha parte perceptível) inexperiência do autor com esse tipo de escrita. Também me incomodaram as vírgulas em exceeeeeeesso. Veja bem, também tenho um grande problema com vírgulas, mas me vigio e podo quanto à isso. Elas me fizeram travar durante toda a leitura, tornando-se maçante, acrescido de uma estória pouco atraente. Penso que vale o exercício e que devas seguir aprimorando tua escrita. Boa sorte 😉

  27. Sérgio Ferrari
    23 de abril de 2014
    Avatar de Sérgio Ferrari

    Desejo de uma Criança (versão editada e trovada e não autorizada)

    na poeira levantada

    as galinhas no terreno

    trazendo o vento que chiava

    os meus olhos de caramelo,

    lá estava

    um vaqueiro sem boiada, um cavaleiro solitário.

    Meu avô, com seu jeitão de ser

    de botas em couro

    colete amarronzado.

    Era muito alto olhá-lo,

    galopando pra entrar em mamãe

    bonito de se elogiar, postura de herói

    Mãe ajeitou-se, pra receber o visitante

    foi pegar o bule do cavaleiro solitário.

    tu é bem-vindo.” Disse vovô,

    cuspindo para o moço, se acomodar.

    Para de bestagens, menino.

    Latia. Um latido nervoso, um pouquinho desesperado

    Mamãe retirou o colete

    Feia à bala

    molhado, quase quente (QUASE QUENTE hahahaha)

    Valia para aliviar ainda mais a tranquilidade

    Trovão Que Arrebata

    Coisas breves, bem de leve.

    Trovão Que Arrebata

    O cavaleiro ou vaqueiro, não era nenhum

    Dentro dos meus olhos de caramelo,

    A guiar boiada

    Oeste selvagem

    Vovô, cuspindo.

    Não se encerrou, menino

    com um puxão na rédea

    O frescor a cavalgar

    No horizonte sem fim

    ***

    Hahaha sério, acho que o JG que mandou esse conto, só pode ser uma trollagem 😉

    • Sérgio Ferrari
      23 de abril de 2014
      Avatar de Sérgio Ferrari

      Agora falando sério. Sabe, sua história tem começo meio e fim, mas é muito precária na construção de frases, muitos erros de vírgulas, vc adora, ama crasear e usa uns adjetivos de forma estranha. E o enredo é ok, mas sem surpresa alguma. Uma coisa legal é vc reforçar o estudo no português, comprar livros e estudar mesmo. E quem sabe buscar uma oficina literária pra incrementar. Vc deve estar nos primeiros passos e se quer se divertir escrevendo, passe pelo caminho das pedras e vai poder ver todo potencial traduzido no conto. Mandar algo deste tipo pra cá, sei lá….parece q vc tem preguiça de revisar, reler ou dó de editar…ou sei lá…é maluco (a) rs…mas enfim… Volta pro básico do estudo que com certeza vai melhorar. Sem ressentimentos, ok? Abrç

      • Sérgio Ferrari
        23 de abril de 2014
        Avatar de Sérgio Ferrari

        QUASE QUENTE é muito bom hahahahahaha

  28. mariasantino1
    23 de abril de 2014
    Avatar de mariasantino1

    O avô cospe muito hein? Rsrsr

    O conto é bem leve, cheio de lacunas no ar (isso não é crítica) e com um final relativamente alegre.

    Senti falta de alguns pontos de exclamação e percebi algumas redundâncias no decorrer da narrativa. Observe: “Sentimento que sentia”, “curandeiro que curava”…

    Fora esse pequeno detalhe, lhe desejo sorte no desafio. Abraço.

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Publicado às 23 de abril de 2014 por em Faroeste e marcado .