EntreContos

Detox Literário.

Royal Straight Flush (Weslley Reis)

“ A insanidade é relativa, quem é que estabelece a regra.”

– Bukowski

Eu e Hal éramos completamente diferentes. Água e óleo. Cão e Gato. Sabe? Não tínhamos nada a ver um com o outro. Ainda assim, vivíamos juntos desde que me entendo por gente. Sou de poucos amigos, talvez um só. Talvez só o Hal.

A loucura toda começou quando, caminhando pelo centro da cidade, uma cigana – dessas que nos abordam quase a força – nos parou na rua. Tentei me desvencilhar do aperto no pulso característico dessas “videntes”, enquanto de rabo de olho vi Hal olhando para além da mulher.

– Ô moça, aquelas merdas ali são pra ler o futuro? – esse era Hal, ele tinha a boca bem suja.

– As cartas de Tarô? – ela respondeu com um brilho escondido nos olhos, podia nota-lo enquanto me observava – São sim, meu rapaz. Quer ler sua sorte?

– Vidência? Isso não…

– Claro! Essa porra deve ser melhor que pôquer! – Hal me interrompeu.

– Então vamos até a minha mesa, rapaz.

Mal terminara a frase e a mulher já me arrastava em direção ao caixote montado na calçada. Hal adorava me meter nesse tipo de coisa, não tinha um pingo de juízo na cabeça.

– Vou dispor as cartas sobre a mesa – disse a cigana após embaralha-las – e você tira a primeira e a terceira, e eu a segunda.

Assenti com a cabeça. Hal mantinha um sorriso no rosto, empolgado, enquanto observava.

Puxei a primeira e virei. Era O Mago, segundo a mulher. Ela puxou a segunda, A Roda da Fortuna, e antes que eu pudesse puxar a terceira, Hal se adiantou e virou-a, O Louco.

A cigana teve uma reação estranha, parecia confusa.

– O que foi? A macumba não deu certo? – e caiu no riso. Hal não respeitava ninguém.

Chutei-lhe a canela e permaneci em silêncio. Estava curioso.

– Isso é estranho – sussurrou a cigana, quase para si mesma – Costumo usar a técnica das Três Cartas. É prática, simples. Passado, Presente e Futuro, de forma ampla, sem maiores complexidades.

– E o que tem de errado? – Perguntei.

– Nunca vi essa combinação antes. Não faz sentido. Vamos jogar de novo.

Não questionei. Fizemos de novo, mas agora Hal puxou a primeira carta, ela a segunda e eu a terceira. O Louco, A Roda da Fortuna e O Mago, as mesmas cartas em ordem inversa.

Um leve assombro correu-lhe a face e a mulher olhou para o meu lado esquerdo, onde Hal estava. O olhar permaneceu lá durante um tempo, como se procurasse algo e depois se voltou a mim. Confuso e curioso.

– O que foi? O que tá acontecendo? – Estava receoso, mas Hal só ria.

– Nada. É melhor você ir.

– Eu quero saber – e atirei uma nota de cinquenta sobre o caixote.

A cigana me olhou sem recolher o dinheiro e começou:

– O Mago é o aprendiz, o que busca a iluminação, o começo da jornada. A Roda da Fortuna é o destino, a mudança, a transformação. E O Louco…

– O Louco… ?

– Ele é o despreocupado, o inconsequente, o que não sabe o que fazer, só faz. Vê? Não faz sentido.

– E quanto à segunda leitura? – retruquei após alguns segundos refletindo.

– Passado, Presente, Futuro. Lembra? Louco e Mago no Passado, Mago e Louco no Futuro.

– Não faz sentido.

– Eu sei. Fica com seu dinheiro, vai precisar.

Antes que eu pudesse retomar a conversa, Hal saiu me puxando pelo braço caçoando: “Cadê o universitário cético agora? Hein?”, e ria alto. Fingi não ouvir e resolvi dar um trago no meu cantil de vodca que sempre levava no bolso do casaco. Depois, comecei a fazer truques com a minha moeda da sorte, dada pelo meu avô quando eu era garoto.

– Hoje à noite tem pôquer, você sabe, né?

Ele sempre me cobrava que o acompanhasse, dizia que dava sorte.

– Ainda mais com aquela roda da FORTUNA – fez questão de soletrar a última palavra – hoje é o nosso dia, Aleph!

Eu sempre concordava, era impossível dizer não a ele.

Voltamos ao apartamento que dividimos. Só havia uma cama, Hal sempre dormia no sofá. Dizia: “Cama é um troço supérfluo.”. Fazia o mesmo com as roupas, insistia para que comprássemos sempre juntos, pois tínhamos o mesmo tamanho e gastaríamos menos dividindo. Nunca insisti no contrário. Era impossível dizer não a ele.

Assim que chegamos, ele se atirou na sua cama/sofá e começou a tocar sua gaita, como sempre. No começo aquilo me irritava, mas acabou por se tornar trilha sonora dos livros que eu sempre tinha a mão.

Resolvi interrompe-lo, porque não conseguia me concentrar na leitura.

– Hal, o que você achou da cigana?

– Como assim, o que eu achei?

– Das cartas, do resultado. Você entendeu.

– Ah… Aquela merda é balela, você sabe.

Fiquei em silêncio, organizando as ideias.

– Mas supondo que fosse real. O meu passado é mago e louco, e mesmo com os ciclos da vida, o futuro também é.

– Sim. Mas fui eu quem tirou o louco, nas duas vezes.

– E eu o mago.

– E… ? O que isso muda? A única mágica que vejo você fazer é esse truque cretino com a porra da moeda velha do seu avô.

– Já você, não há melhor definição que O Louco – retruquei com sarcasmo.

– Pois é. Eu vivo. Não fico enfiado na faculdade querendo “ser alguém na vida” – Impôs um tom irônico na expressão, alterando a voz para algo formal.

– Vai pro inferno, Hal.

– Já fui. Voltei quando sai da faculdade e fui ganhar a vida no pôquer.

Larguei-o na sala e me fechei no quarto. Decidi dormir um pouco. Enquanto colocava o livro, o cantil de vodca, o meu canivete suíço e a moeda do meu avô sobre a mesa, ouvia Hal tocando sua gaita na sala. Aquilo me enlouqueceu e fiquei alguns minutos observando os objetos enquanto pensava se iria ou não xinga-lo. Desisti. Era impossível dizer não a ele.

Por volta de nove da noite Hal me acordou. O sono melhorou meu humor, por isso levantei sem reclamar. Durante o meu banho, ele continuava a tocar a gaita. A melodia era eufórica, estava certo que seria um grande dia. Não sei se pela roda da fortuna, ou pela sua imensa autoconfiança e falta de preocupação com tudo. Mas era bom vê-lo feliz. Eu não ligava pro jogo, ia por ele. A sua vontade era quase a minha vontade.

Chegando à porta do cassino clandestino, tateei os bolsos em busca dos meus pertencentes. Canivete, moeda, livro e cantil. Estava tudo certo.

– Cara, você tem TOC. Sabe? Transtorno Obsessivo Compulsivo. É um filho da puta dum doente. – Hal me disse. Não era a primeira vez.

Depois foi até uma porta de madeira velha e deu um toque. Esperou exatos três segundos e deu outros dois. Um rosto surgiu numa portinha até então invisível.

– Quem é? Disse quem quer que fosse.

– Joker – era o nome de Hal no jogo.

Houve um barulho de portão correndo e a porta se abriu. Hal sorriu. Ao entrar via-se strippers seminuas para todos os lados rodeando mesas de seis cadeiras cada. Toda visão embaçada por conta da fumaça de cigarros e charutos consumidos aos montes por ali.

Hal foi até a única mesa com apenas cinco cadeiras ocupadas. Quando nos aproximamos, um velho senhor com chapéu de cowboy, terno, uma barriga saliente e um imenso bigode disse a ele:

– Está atrasado, garoto – sua voz era grave e severa.

– Deixa disso, Carlos. – abriu os braços e suspirou – Finalmente em casa. Alguém tem um cigarro?

Um cara de óculos escuros alcançou um a ele, enquanto Hal virava a cadeira com as costas para a mesa e apoiava os braços sobre o encosto. Uma garota com os seios de fora se aproximou e acendeu o cigarro dele.

– Obrigado, meu amor. – respondeu ele, piscando um dos olhos. A garota respondeu com um sorriso – Nos vemos mais tarde, princesa.

O velho do bigode interrompeu a paquera.

– Você sabe as regras. Aposta mínima de vinte. Entendeu? Vinte. Vamos começar logo.

Ele apenas assentiu.

O jogo começou e Hal me mostrou que estava certo, era a noite dele, estava com tudo. Sabia a hora de ficar e a hora de sair de cada partida. Só apostava nas cartas certas e até trocou umas fichas por cigarros com o cara de óculos escuro. Eu apenas observava, não entendia muito bem o pôquer.

Logo o rapaz de óculos escuros saiu falido. Quis permanecer ao redor da mesa, mas não permitiram. Eu e as garotas éramos os únicos que podiam. Hal era bom de lábia.

Um a um os jogadores iam deixando o jogo, até restar apenas Hal e Carlos. Enquanto meu amigo sorria, o velho cowboy suava caminhando a passos largos em direção a falência. Restavam-lhe apenas duzentos reais em fichas.

– All-in – disse o velho, o que significava que ia apostar tudo o que tinha.

Hal sorriu e pude ver por sobre seus ombros que ele possuía um straight flush. Não sabia ao certo como reconheci a combinação, mas de repente parecíamos íntimos, eu e o pôquer, e logo lembrei que era a segunda maior sequência do jogo.

– Ora, Carlos. Pela nossa longa amizade de mesa, terei honra aqui – e empurrou todas as fichas para o centro do jogo, sorrindo – All-in.

Ele virou as cartas e esticou os braços para recolher todas as fichas.

– Acalme-se, meu jovem.

Um frio me percorreu a espinha enquanto observava o velho virar as cartas, uma a uma, e exibir um Royal Straight Flush. Ainda sem saber como, reconheci a única sequência capaz de vencer a que Hal tinha em mãos.

Vi meu amigo empalidecer, enquanto os dentes do velho faziam seus lábios se alargarem surgindo sob seu imenso bigode. Depois disso, tudo foram flashes.

Hal, num movimento rápido, arrancou o chapéu do velho cowboy e atirou todas as fichas dentro dele. Só o ouvi dizer: “Corre!”. Embrenhei-me em meio às mesas e strippers sem saber muito bem para onde corria, apenas seguindo o rastro dele, até conseguir vislumbrar a porta de saída. A cinco metros da porta vi o segurança/porteiro abri-la para um novo jogador recém-chegado e apertei o passo me equiparando a Hal. Passamos trombando por eles e ouvi algumas fichas caindo no chão sem me importar.

Saímos no beco que dava entrada ao cassino e viramos a direita sem olhar para trás. Hal sorria. Sem um pingo de juízo na cabeça, como sempre.

– Estamos ricos, Aleph. Estamos… – as palavras morreram na sua garganta.

No final da travessa, cerca de vinte homens nos aguardavam chefiados pelo velho cowboy. Hal parou tão rápido que seus pés deslizaram no piso áspero. Mais moedas caíram do chapéu, mas a essa altura, realmente não importava. Quando víramos em direção ao cassino novamente, este também estava tomado de homens do Carlos.

Hal sorriu.

– Meus caros amigos, nada como uma boa brincadeira para acabar a noite com bom humor, não é verdade? – podia ver o canto da sua boca tremendo, estava tenso.

Eu não me movia. Não sabia lidar com conflitos, isso era coisa dele. A mim restava estudar e trabalhar, almejar um bom futuro e assistir suas loucuras. Mas agora eu estava no meio delas, e não tinha para onde fugir.

Carlos apontou em nossa direção e um cara baixo e esguio correu até Hal e retirou o chapéu das suas mãos. O velho gargalhou.

– Esse é o problema de vocês, jovens. Nunca sabem a hora de parar. Nunca medem consequências. E acham que tudo sempre tem jeito – sacou um revólver do coldre que levava preso ao cinto. Era cromado e brilhava sob o luar -. Uma boa surra, ou uma morte rápido, Hal?

Ele não respondeu.

– Uma boa surra, não é? Qual é a graça de vencer o jogo sem uma boa aposta? – a gargalhada dele me invadia os ouvidos e doía como murros na boca do estomago.

Três capangas vieram em nossa direção e Hal tomou a frente. Desviou do primeiro golpeando-o com o cotovelo na nuca. O soco do segundo aparou com o braço e retrucou com uma joelhada na boca do estomago. O terceiro hesitou.

– Você não acha que essa é a minha primeira briga de bar, não é Carlos? – e sorriu, balançando a cabeça confiante enquanto olhava pra mim.

– Vamos ver o quanto você aguenta. Quero todos em cima dele, AGORA!

Todos os homens de ambos os lados vieram em nossa direção e pude ouvir Hal murmurando: “Fodeu”.

Quando estavam a menos de três metros de nós, Hal gritou:

– Esperem! – curiosamente, todos pararam.

Hal retirou o meu cantil do terno dele e tomou um gole. Conferi o meu e estava no bolso. Mas aquele ERA o meu, eu tinha certeza. Em seguida tirou o meu livro do bolso traseiro e começou a declamar um poema de Bukowski, um verso em específico.

– A insanidade é relativa, quem é que estabelece a regra?

Os homens voltaram a avançar e passaram direto por mim, sem me notar. Em poucos segundos cobriram Hal e eu sequer conseguia vê-lo. Tentei correr até lá, fazer algo que os impedisse de mata-lo. Quando dei o primeiro passo, cai de joelhos e senti algo escorrendo da minha sobrancelha. Pingou no chão e eu notei. Sangue.

Tentei levantar e me curvei de novo, com as mãos em volta da barriga. Tossi e cuspi uma bola de sangue. Não entendia nada. E antes que pudesse entender, ouvi Carlos gritando:

– CHEGA! Já é o suficiente.

Os homens abriram um círculo ao redor de Hal e o velho caminhou até ele. Estava irreconhecível. Totalmente desfigurado e ensanguentado. As roupas eram farrapos e o nariz parecia quebrado. Carlos o olhou de cima, analisando-o com um ar de vitória.

– E agora garoto? De quem é a vitória? – e outra vez aquela gargalhada maldita. Podia ver sua enorme barriga subindo e descendo a cada resfolegar.

Hal começou a rastejar e se levantar. Carlos ergueu a sobrancelha, impressionado.

– O jogo… – parou para cuspir uma bola de sangue – não acabou, meu caro cowboy.

Enfiou a mão no bolso e retirou minha moeda, a que eu ganhei do meu avô.

– Cara ou coroa, Carlos? – Sorriu. Um sorriso vermelho, de dentes moles.

– O que?

– Cara ou coroa? Para acabarmos com isso. Anda!

– Cara… – o velho hesitou. Foi perceptível.

Hal jogou a moeda. Carlos a acompanhou com os olhos. Quando tornou a olhar para baixo, seu queixo foi de encontro ao meu canivete suíço, na mãos de Hal. Seus olhos estagnaram e ele tombou.

– A vitória é minha – e cuspiu mais sangue na cara do velho -, filho da puta!

Durante os segundos seguinte onde em que os homens hesitaram, a polícia cercou o local. Todos dispersaram menos eu e Hal. Ele porque mal conseguia se mover e eu porque não iria abandona-lo.

Fomos detidos. Acusados de assassinato. Novamente fui ignorado, não assinei nada. Já Hal passou por toda a burocracia e foi atirado numa cela, a qual, eu também fui. Ofereceram uma ligação a ele, a mim não. Não consegui ver pra quem ele ligou, mas voltou com um semblante derrotado.

Duas horas se passaram e o policial chegou no corredor e gritou:

– Aleph! Seu pai está aqui.

Levantei. Mas Hal já estava passando pelo portão antes de mim. Não entendi. Fui logo atrás. Chegando na sala, já ouvi meu pai gritando.

– Aleph, seu FILHO DA PUTA! Já não basta largar a faculdade e se meter no meio de marginais, agora é a porra de um assassino também? Você só me dá dor de cabeça.

– Mas pai, eu não larguei a faculdade – respondi. Mas ele me ignorou.

– Você vai pagar a fiança? – Perguntou Hal.

– É só isso que você quer saber, da porra da fiança, não é? Você é um MERDA.

Ambos me ignoravam e eu não entendia porque meu pai estava falando com Hal e não comigo.

– Vai pagar ou não vai, caralho? Se não for, vai embora daqui! – respondeu Hal.

– HALEP! Quem é você pra falar com meu pai desse jeito? – novamente fui ignorado.

– Eu já paguei.

Ambos se calaram. Hal foi retirar seus pertences. Uma gaita, um canivete, um livro, uma moeda e o cantil. Os últimos quatro deveriam ser meus. Se virou para o delegado e foi assinar os papéis de libertação. Vi ele preenchendo o campo do nome com “Aleph”.

– O que você tá fazendo, Hal? – ele só me sorriu.

– Vamos Aleph, chega desse inferno – disse meu pai.

– Já te falei que o meu nome é Hal.

– Não, seu nome é ALEPH. Desde que saiu da faculdade inventou essa merda de Hal. Quando ser homem e assumir seus atos?

Hal silenciou. Fiquei congelado aonde estava. Nada daquilo fazia sentido. Olhei pro lado e vi um espelho. Estava desfigurado, com os dentes vermelhos de sangue e o nariz aparentemente quebrado. Hal se virou e sorriu. O Mago e O Louco. O Louco e o Mago.

27 comentários em “Royal Straight Flush (Weslley Reis)

  1. Vitor De Toledo Stuani
    26 de fevereiro de 2014

    Vou contra a maré e digo que esta, até agora, foi uma das leituras mais bacanas desse mês. Achei Hal um puta dum personagem, em especial pela falta de freios no vocabulário. É óbvia a comparação com Clube da Luta, mas isso é algo bom.

    Interessante também como contextualizou os objetos da carta do Mago para algo mais cotidiano.

    Parabéns pelo texto.

  2. Pedro Luna
    26 de fevereiro de 2014

    Eu já havia lido esse conto, e achei que já havia comentado. Enfim, não curti o final porque achei a revelação interessante, mas não da forma como foi apresentada. Achei muito simplório e esquisita a situação com o pai. Mas o resto do conto é bem bacana.

  3. Rodrigues
    25 de fevereiro de 2014

    O conto é bem escrito e a narrativa flui de forma espetacular até a hora da briga, parte em que me senti meio confuso. A texto emula a literatura do Bukowski, mas achei desnecessária a segunda inserção da frase do velho safado. O final também não me agradou, preferia que terminasse de forma mais simples seguindo o contexto do conto, essa coisa da dupla personalidade alucinatória não me pegou. Bom conto.

  4. Thata Pereira
    24 de fevereiro de 2014

    Eu gostei do conto e gostei da aparição da cigana mesmo que não representando as que vemos por aí… apesar de alguns serem bem incomodas a “figura” dos ciganos é algo que me chama muito a atenção. Gosto desde criança.

    Também não saquei logo de cara o lance da esquizofrenia. Mas gostei muito do conto. É claro que encontrei alguns errinhos de revisão, mas gostei muito da história. Já que os dois são o oposto um do outro, ficaria feliz com uma melhor definição das personalidades.

    Boa Sorte!

  5. Leonardo Stockler
    24 de fevereiro de 2014

    Tenho pouco para acrescentar. A narrativa está mesmo um tanto ingênua. A história é fantástica e impossível, mas não é isso o que a torna inverossímil. Por exemplo a personagem da cigana (que já é por si só um clichê) não entender as cartas e assumir isso para os seus clientes; o personagem dar uma nota de 50 reais pra ela; o “ceticismo” pseudo-superado; o comportamento dos personagens é muito pouco convincente; a atmosfera totalmente americana num cenário que se passa no Brasil (só fui saber que era no Brasil por causa da moeda utilizada); o cowboy aparecendo com 20 homens; até mesmo a prisão dos personagens e a maneira com que os eventos vão se desdobrando…

    Talvez o fato de você ter escrito tudo isso muito às pressas justifique os deslizes. Abraços.

  6. Bia Machado
    23 de fevereiro de 2014

    Gostei muito do conto, mas a narrativa precisa de ajustes. Principalmente no que se refere a: não entregar tão fácil a esquizofrenia (o que acontece a partir da epígrafe, principalmente), detalhar um pouco mais as duas personalidades e talvez pensar um pouco mais nessa questão da cigana. Ela não se caracteriza como o que vemos na realidade, aqui onde moro vira e mexe dou de cara com uma e elas abordam as pessoas de forma bem diferente… Caberia uma pesquisa, então, pra ver se isso procede, ou modificar a forma de introduzir as figuras de tarô.

    • Nick Belane
      25 de fevereiro de 2014

      Obrigado pela leitura, Bia.

      Reconheço os pontos fracos do texto citados por você. A pressa não me permitiu obter o resultado que gostaria, tanto em demonstrar quem era a outra personalidade, quanto porquê quis revelar a patologia tão cedo. Sim, foi intencional.

      Quanto a cigana, o exemplo usado foi das que encontrei no Centro de São Paulo e as diversas vezes que me abordaram desse modo. Não foi minha intenção criar um estigma grosseiro sobre essa cultura

  7. Pedro Viana
    23 de fevereiro de 2014

    Não vou dizer que descobri desde o início o grande segredo do conto, mas os primeiros parágrafos me fizeram suspeitar de que havia alguma coisa errada. O conto se desenvolveu bem, não nego, mas achei que o final não ficou claro – não pela esquizofrenia em si, mas sim pela relação da mesma com o Tarô. Enfim, é um bom trabalho. Parabéns.

  8. Felipe França
    23 de fevereiro de 2014

    O conto está muito bem escrito, contudo não me empoguei. A trama consegue fluir com certa consistência, mas creio que flui de forma superficial. Em algumas partes achei que o diálogo e as ações ficaram meio que “forçadas”. Bem… é isto. Parabéns. Ao infinito… e além.

  9. Gustavo Araujo
    22 de fevereiro de 2014

    Achei bacana a história, embora tenha percebido lá no comecinho que os dois eram o mesmo. Como disse o Rubem, lembra por isso “O Clube da Luta”, ainda que num contexto diferente. De todo modo curti a narrativa ágil e rápida, traduzida numa leitura bastante fluida. Como pontos a melhorar indico uma revisão mais apurada e, quem sabe, um melhor aprofundamento na psiquê dos personagens. Bom conto.

  10. Alan Machado de Almeida
    18 de fevereiro de 2014

    Desculpe, li os comentários antes de ver o conto logo tive a surpresa estragada. Mas o conto foi bom.

  11. Paula Melo
    17 de fevereiro de 2014

    Adorei o conto,muito bem escrito a ideia foi bem elaborada.

    Parabéns e Boa Sorte!

  12. Tom Lima
    16 de fevereiro de 2014

    Eu não gosto da ideia da cigana, acho ela óbvia demais quando o assunto é tarot.

    A frase do velho Buk foi o que entregou pra mim a esquizofrenia do personagem principal, isso acabou atrapalhando toda a leitura.

    Keep writing.

  13. Rodrigo Arcadia
    15 de fevereiro de 2014

    Nao é culpa tua, mas eh minha culpa por nao gostar textos com acontecimentos e situações rápidas sem nenhum suspense e elaboração. apesar que a maioria gosta da agilidade e isso se comprova no conto, por isso digo que a culpa é minha por nao me interessar muito.
    Bom, é isso.

    Abraço!

  14. Claudia Roberta Angst
    15 de fevereiro de 2014

    Gostei do jogo com as letras do nome ALEPH que produziu a personalidade de HALEP. Não percebi o lance da esquizofrenia logo de início, o que foi ótimo porque gostei de ser surpreendida pelo final.
    Alguns detalhes a serem acertados em uma próxima revisão.
    Parabéns e boa sorte!

  15. Blanche
    14 de fevereiro de 2014

    A cena forçada no cassino, a falta de acentuação e outros errinhos bobos me incomodaram um cadinho, mas o conto em si me prendeu e achei o finalzinho bem interessante. Parabéns!

  16. Anorkinda Neide
    14 de fevereiro de 2014

    Muito bom!!!
    Adorei este louco.. adoro loucos 🙂
    Não percebi de antemão o que aconteceria, senão na hora da briga.
    valeu demais, curti e fiquei amarrada como a um filme. parabens!

  17. Eduardo Selga
    14 de fevereiro de 2014

    O texto precisa de uma boa polida para eliminar não somente erros de acentuação, mas também a presença de pleonasmos desnecessários – “(…) não tinha um pingo de JUÍZO NA CABEÇA.” -, palavras usadas equivocadamente como em “Uma boa surra, ou uma morte RÁPIDO, Hal?” (o certo seria RÁPIDA), o uso inadequado do pronome em “Vi ELE preenchendo o campo do nome com ‘Aleph.'” (VI-O preenchendo…).

    Apesar desses deslizes, que apenas o exercício continuado da escrita e da reescrita eliminam, a ideia do conto é muito interessante e me pareceu relativamente bem executada, sobretudo porque não me parece que o aspecto esquizofrênico do personagem (ou o seu duplo) tenha sido revelado imediatamente, segundo minha interpretação. Ocorreu num crescendo, culminando no final em que ficou evidente o duplo. No início do texto, por exemplo, a sensação foi a de que eram dois personagens diante da cigana, não um e o seu duplo. Aos poucos, contudo, a realidade se mostra. Muito bom. Inclusive, ao saber do que se trata, fica uma boa dúvida no leitor: qual dos dois é “concreto”. Há pontos em que parece ser um, mas no final é outro.

    É pena que o(a) autor(a) tenha usado algumas imagens típicas da narrativa norte-americana: a briga no bar parece a mesma dos westerns; o cowboy; o jogo de pôquer; o nome “Hal” tem uma dicção inglesa. Não é xenofobia, e sim um protesto por ser muito clichê.

    • Weslley Reis
      14 de fevereiro de 2014

      Obrigado pela leitura Eduardo.

      Primeiro, não quis americanizar o texto. Na realidade usei Hal, por ser Halep um anagrama de Aleph, que segundo minhas pesquisas é o nome da letra existente na carta do mago.

      Quanto a cena do cassino, realmente não consegui trazer pra realidade nacional.

      Quanto a revisão, como já disse, me confundi com os prazos e achei que ontem era o último dia. Comecei e terminei ontem é acabei não tendo tempo de revisar.

    • Nick Belane
      15 de fevereiro de 2014

      Obrigado pela leitura Eduardo.

      Primeiro, não quis americanizar o texto. Na realidade usei Hal, por ser Halep um anagrama de Aleph, que segundo minhas pesquisas é o nome da letra existente na carta do mago.

      Quanto a cena do cassino, realmente não consegui trazer pra realidade nacional.

      Quanto a revisão, como já disse, me confundi com os prazos e achei que ontem era o último dia. Comecei e terminei ontem é acabei não tendo tempo de revisar.

  18. Pétrya Bischoff
    14 de fevereiro de 2014

    Ah!, um conto legal… sei lá. Infelizmente nas primeiras linhas percebi que ambos eram um, mas me senti atraída por Hal, como deveria. Um “cafajeste” -detesto essa palavra-. Não achei a estória forte, mas divertida e, Hal me encantou, então acho que gostei. Boa sorte 😉

  19. Frank
    14 de fevereiro de 2014

    Muito bacana o conto e apesar das dicas que anteciparam o desfecho, gostei bastante da personalidade “dos dois” e do dinamismo do conto. Uma ótima e divertida leitura! Parabéns!

  20. rubemcabral
    14 de fevereiro de 2014

    Gostei da história, lembrou-me um tanto “Clube da Luta”. No entanto, não apreciei muito a narração e notei que o texto precisa de alguma revisão: acentos, palavras “comidas”, etc.

    Achei que as figuras do tarô ficaram bem encaixadas à trama.

  21. Ricardo Gnecco Falco
    14 de fevereiro de 2014

    Um conto legal e gostoso de ler, embora um pouco “ingênuo”. Vale como exercício criativo e como treino para criação de personagens. A escrita é boa (só cuidado com as benditas das crases!) e só notei uns dois ou três errinhos que uma revisão mais apurada facilmente eliminará.
    Por ter gostado da escrita, vou apontar agora os pontos negativos, ok? Antes, porém, deixo os meus parabéns ao autor e a certeza de que o mesmo tem tudo para se tornar um ótimo escritor (se já não o for). 😉
    Atenção… (Thata, principalmente!):

    xxxxxxxx —– Contém Spoilers !!! —– xxxxxxxxx

    Dica 1: Não deixe transparecer já de cara a esquizofrenia do protagonista (a menos que, ao final, exista alguma surpresa inesperada).
    Dica 2: Utilize as chamadas “pistas falsas”, para desviar a atenção do leitor da surpresa final que, como o próprio nome diz, tem que causar surpresa.
    Dica 3: Os instrumentos utilizados para ferir ou matar alguém, quando apreendidos pela polícia, não são devolvidos ao agressor/assassino quando o mesmo sai da cadeia ao pagar a fiança (e a fiança só cabe em alguns casos).
    Dica 4: Continue escrevendo sempre! 😀

    Abraços e boa sorte!

    Paz e Bem!

    • Nick Belane.
      14 de fevereiro de 2014

      Primeiramente, obrigado pela leitura. Concordo com a sua opinião em muitos pontos e em outros talvez eu não consegui transmitir a ideia que queria. Nesse segundo ponto vou aguardar outras leituras pra ter certeza.

      Quanto ao desenvolvimento dos personagens, revisão e ausência de algumas crases, deve-se ao fato de ter COMEÇADO a escrever o texto no ULTIMO DIA do desafio. Acabei me perdendo quanto aos prazos e a falta de tempo me fez produzir o bruto, sem escupi-lo devidamente.

      Ainda assim, resolvi participar do Desafio justamente como exercício em escrever sobre algo que eu desconheço completamente.

      Mais uma vez obrigado, Ricardo. E escreveremos, todos, sempre.

  22. Jefferson Lemos
    14 de fevereiro de 2014

    Putz, que conto bom!
    A única coisa que posso dizer é meus parabéns e boa sorte! 😀

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Publicado às 13 de fevereiro de 2014 por em Tarô e marcado .