EntreContos

Detox Literário.

O Quadro Vazio (Thais Pereira)

Thata

 

O banquete havia sido posto na extensa mesa do salão principal, mas o Imperador não tinha fome. Todos os dias, a maior parte daquela comida tinha o mesmo destino: virava lavagem para os porcos. Já que não poderia diminuir sua imagem, descartando o banquete que lhe era preparado e todos os dias, a solução era aumentar a família. Limpou a boca suja pelo pouco que comeu e percorreu o salão, de um lado para o outro, inquieto. Qualquer mulher aceitaria ser esposa de um Imperador, mas qualquer uma não satisfaria. Ele desejava Aquela mulher.

Cansou de caminhar e parou diante de um dos quadros de Bailarinas que decoravam o grande salão. Cada um com uma donzela diferente, executando seus passos de dança. Vestidas de branco, como doces virgens descalças, equilibradas com perfeição na ponta dos pés. Era ela que ele queria. A quinta paisagem no quadro. A donzela de cabelos loiros cacheados, presos com volume em um rabo de cavalo por uma tira de seda. Quando tocava a pintura, era quase como se pudesse sentir a maciez de sua pele branca e ao fechar os olhos, pegava-se imaginando qual seria a sensação de tê-la nos braços. Os olhos dela também estavam fechados, envolvidos pelo momento, pelo movimento parado do retrato, o que só aumentava sua excitação: qual seria sua cor?

O Imperador, inquieto, abraçou a coluna onde o quadro estava disposto, como se abraçasse o corpo da mulher cobiçada. Permitindo-se sentir sensações nunca vividas com qualquer outra. Seus olhos encheram-se de lágrimas, pois a parede era fria, assim como seu desespero.

− Guarda, − referiu-se a um dos homens que vigiavam a entrada do salão, que tudo observavam, mas que fingiam que nada viam. – Traga-me uma crida. Estarei esperando no meu aposento.

Quando ela chegou, com suas roupas sujas do trabalho, o Imperador prendeu-a entre a parede e seu corpo, puxando seus cabelos no alto da cabeça, como na pintura e sentiu seu cheiro amargo, de quem não possuía descanso. O toque na pele era áspero e seus atos em nada lembram a inocência presa naquele retrato. Ao deitar sobre o peito do Imperador, a criada foi retirada do aposento aos empurrões, pois sua missão era satisfazê-lo e não criar vínculo. Missão essa, que ela não cumpriu.

Enraivecido, o Imperador pediu que lhe preparassem uma carruagem e alguém bem disposto para levá-lo ao seu destino. Antes de entrar, fez com que o guarda destinado a servi-lo naquele momento jurasse lealdade e nada comentasse sobre a viagem. Sua pena seria a morte, se descumprisse o pedido de seu superior.

A viagem durou dois dias e uma noite e aconteceu por debaixo dos panos. Com todas suas responsabilidades, ausentar-se estaria fora de cogitação, ainda mais para o lugar que iria.

Com o fim da estrada, o guarda informou ao Imperador que não havia como continuarem e ele desceu da carruagem, tendo a certeza de que estava no local exato. Muitas árvores cresceram em volta da estrada, protegendo o que elas escondiam, mas aquele era o lugar. Ele tinha certeza.

− Daqui, sigo sozinho. – ele disse, observando uma leve fumaça alcançar o céu, entre as árvores. – Fique de guarda, esperando meu retorno.

Assim fez o guarda, perdendo o Imperador de vista entre as árvores da mata fechada. A subida era arriscada, mas valeria todo o sacrifício. O Imperador caminhou minutos que pareciam horas, mas encontrar a gruta revigorou suas forças, sentindo-se até mais jovem. Entrou sem anunciar sua chegada.

− Estava esperando sua visita.

A voz arranhou seus ouvidos, escondida nas sombras. Não enxergava o rosto da pessoa por detrás delas, mas aquela voz era inesquecível.

− Vim cobrar meu favor – gritou o Imperador, recordando o dia que conheceu o Velho Mago.

Seu pai ainda era vivo e decretou que qualquer pessoa que praticasse magia, de qualquer espécie, seria condenada à morte. O atual Imperador, jovem, acompanhou condenação e morte de muitas pessoas. O que parecia o último Mago do império conseguiu fugir, um dia antes de ser enforcado.

− O que deseja? – perguntou o homem entrando em seu campo de visão e fazendo uma referência comediante.

Muitos dentes faltavam em sua boca e as unhas cresciam, quebrando-se sozinhas. Andava com dificuldades, apoiado em um cajado e os longos cabelos e barba indicavam o tempo que viveu longe da civilização. Sua aparência nada lembrava o Mago que outrora lhe pediu ajuda e o Imperador chegou a duvidar que ainda pudesse fazer algum tipo de magia, recebendo o olhar torto do Mago, como se lesse seus pensamentos.

− Vim buscá-lo sobre minha proteção – afirmou o Imperador, tentando expor um ar de superioridade. – Quero dar vida a uma pintura…

− De uma jovem Bailarina… – ele completou a frase, deixando o Imperador confuso. – Eu não teria lhe pedido ajuda em troca de um favor futuro, se já não conhecesse seu desejo. É claro que ambicioso como és, aceitaria desobedecer ao próprio pai em troca de um feitiço.

− Isso quer dizer que você pode executá-lo?

− Foi difícil encontrar a solução para seu problema ao longo dos anos – contava o Mago, caminhando com dificuldades. – Mas devo lhe informar que minha magia traz consequências.

− Eu aceito.

Assim os dias passaram tortuosos. A promessa não havia sido cumprida. Todos os dias o Imperador acordava na esperança de ver sua donzela saltar sorridente do quadro e ir ao seu encontro. Na ponta dos pés, era sua vontade.

Quando menos esperou, acordou de uma noite sem descanso. Muitos pesadelos haviam atormentado seu sono e dia pós dia sua fé em encontrar uma mulher digna de ser chamada de Imperatriz se despedia. Chorava pelos cantos seu abandono e entregava-se à tristeza. Até o dia que seu choro misturou-se a um choro macio.

O quadro estava vazio, preto como o céu noturno, sem lua, nem estrelas. E no canto da parede, uma menina se contorcia sentada, como se desejasse entrar na construção. Chorando a canção mais bonita que o Imperador já ouviu. Ele segurou suas duas mãos e pediu que se levantasse.

− Não tenha medo, − ele pedia. – Estou aqui para te proteger, menina.

Os dois dançaram uma valsa sem música pelo salão. Então a menina, que antes chorava, passou a sorrir, pois fazia o que mais gostava: dançar. Já o Imperador, desatento aos detalhes, apenas sentia a satisfação de receber o toque de suas mãos e observar seus acalorados olhos castanhos.

− Dance para mim – ele pediu, deixando-a sozinha no salão e sentando-se na escada que levava até seu trono, pois as pernas tremiam de tal forma, que ele não conseguiria subi-las.

Era esplêndida a maneira como ela conseguia deslizar pelo salão com perfeição. Mesmo sem música, aqueles olhos fechados entregavam-se a uma canção imaginária e voltavam para si todos os olhares. Do Imperador e dos guardas, que disfarçavam.

Novamente de pé, o Imperador se pôs a dançar. Aquele era o momento mais feliz de sua vida. Encantador, até os dois se encontrarem em um abraço. Sem se importar com a presença dos guardas, nem com a menina que acabava de conhecer o mundo, o Imperador jogou-a no chão, repousando sobre ela seu corpo. Sentindo-se estimulado pelo seu grito abafado e por seu coração que batia com precisão.

Todos os dias a cena se repetia. A Bailarina dançava e ele aplaudia. Ela sorria e depois se entristecida.

Com o passar do tempo foi ficando fraca, pois as comidas preparadas eram muito temperadas e enjoavam (foi assim que lhe ensinaram). Pouco falava, pois muitas vezes se esquecia que podia. Afinal, no quadro, ela era apenas um retrato, sem vida. Percebeu que banho tirava o brilho natural de sua pele e que a aparência de porcelana, não mais existia. Assim, evitava tomá-los.

Uma grande festa foi planejada em comemoração ao casamento. Todos queriam conhecer a bela Bailarina, tão elogiada pelo Imperador, enquanto ele sentia-se o mais sortudo dos homens. Alguns dias antes da cerimônia, a futura Imperatriz aparentou uma indisposição. Sentia-se amuada, mas não deu a devida importância, já que ainda não conhecia bem as sensações estranhas da vida. O Imperador com medo que fosse algo contagioso, afastou-se da bailaria com má vontade, deixando apenas que as criadas cuidassem dela.

E no grande dia, o Imperador mandou chamá-la, imaginando como todos ficariam anestesiados ao vê-la dançar. Um círculo foi formado e todos estavam afoitos, esperando para conhecê-la.

A Bailarina, toda de branco, ocupou o espaço central do círculo e olhou para a multidão ali presente. Não reconheceu nenhum daqueles rostos. Sentiu medo e vergonha, imaginando que o Imperador faria com ela o mesmo que fez, naquela manhã que despertou do quadro, após dançar.

− Dance para mim – ele pediu, como naquele dia.

Com o pé completamente apoiado sobre o chão, sua expressão serena mudou, dando pequenos passos para trás. Todos imaginaram que aquilo fazia parte da apresentação a aclamaram, com palmas, até que um longo grito foi ouvido.

O barulho vindo daquela multidão irritou-lhe os ouvidos e ela, sem saber o que fazia, abria espaço, até os quadros na parede. Atormentada, fincou as unhas em cada tela, arrancando de lá todas as Bailarinas, como se quisesse libertá-las. O povo ali presente nada fazia, assim como o Imperador, não tinha nenhuma reação. Era o preço a ser pago por ter dado vida a quem não pertencia. E o desconhecido, chamou a loucura.

Quando ela destruiria o próprio quadro, o Imperador fez um sinal para que os guardas tomassem as devidas providências e retirassem a pequena menina do salão. Todos ficaram anestesiados, como era o desejo do Imperador e saíram aos poucos, sem esperar seu pronunciamento.

Envergonhado, onde estava ele ficou, até que anoitecesse e a Bailarina pegasse no sono. Seu quadro, salvo, ainda estava intacto e ele desejou nunca tê-la arrancado de lá.

Aguardou alguns dias imaginando que a jovem se acostumaria com a vida, mas tudo que a pobre fazia irritava seu senhor. Assustava-se facilmente com as pessoas e vagava pelos corredores como uma assombração. Mesmo sem comer engordou alguns quilos, perdendo o contorno fino do corpo. Abaixo dos olhos, grandes círculos negros brotaram, pois a menina tinha medo de dormir. Não tinha mais disposição para dançar e quando era obrigada, não causava o efeito de antigamente.

O Imperador se via insatisfeito com a situação. Não queria uma mulher qualquer ao seu lado, mas tê-la nos braços não compensava as despesas que ela causava, quebrando objetos e quadros nos seus surtos, tentando inutilmente entrar nas paredes.

Dirigiu-se um dia até seus aposentos, pensando que ela já estaria entregue ao sono, mas permanecia acordada sobre a cama, em posição fetal. Completamente despida e com as roupas rasgadas, jogadas no chão. Ao longe, via-se que dias atrás era uma moça muito bela.

Deitou-a em seu colo, tentando entender as coisas que ela dizia. Apenas palavras sem sentindo e sem importância para o que aconteceria. Deslizou então sua mão por detrás do pescoço dela, como se acariciasse e com a outra tampou sua boca e o nariz. De olhos abertos ele acompanhou seu corpo debatendo-se, clamando por piedade. A vida não demorou a partir, assim como a outra que ela carregava no ventre.

O Imperador dirigiu-se ao salão com pressa e ficou diante do quadro vazio, esperando que ela novamente aparecesse, para que voltasse a encantá-lo. Mas nada aconteceu. A moldura ainda continuou no salão pendurada, vazia, e por longos anos o Imperador se perguntou qual seria o preço a ser pago: a loucura da Bailarina ou a sua própria.

22 comentários em “O Quadro Vazio (Thais Pereira)

  1. Felipe Rodriguez
    26 de fevereiro de 2014

    Eu gostei muito da história, enquanto lia, já passando da metade, me vieram muitas ideias a respeito do que poderia acontecer. Mas minha expectativa não se concretizou, as ações desencadearam-se sem grandes surpresas (fiquei imaginando ela dançando no casamento enquanto tudo pegava fogo, ou ela virando mais uma criada dele ao final, hehe). Apesar disso, o conto é bom e permeado por uma sensibilidade bacana. Parabéns ao autor.

  2. Lucas Guimarães
    25 de fevereiro de 2014

    Olá, Lilá! Gostei bastante do conto, você se adequou perfeitamente à formula de um fábula, belíssimo trabalho! Somente tenho a resmungar o fato de o conto apenas tangenciar o tema do concurso, mas não ser englobado por ele como era de se esperar, faltou mais links com o Tarô propriamente dito. Enfim, ótimo conto! Parabéns!

  3. Pedro Luna
    25 de fevereiro de 2014

    A história é muito boa. Não gostei do final do conto, pois ele não teve o impacto que queria dar com a morte da bailarina. Mas como foi criativo..ganhou pontos comigo

  4. Frank
    25 de fevereiro de 2014

    Achei o texto bem criativo e a leitura gostosa. Parabéns!

  5. Pedro Viana
    20 de fevereiro de 2014

    O enredo dessa história é bem interessante, admito, mas quanto ao conto como um todo e sua narrativa, infelizmente não gostei. Entendo que é voltada mais para o estilo de fábulas (e, nesse caso, o(a) autor(a) está de parabéns pois soube fazer o dever de casa), mas eu não me senti conectado a história, não me emocionei com a morte da Bailarina e fiquei indiferente ao personagem principal. De qualquer modo, parabéns e boa sorte no desafio.

  6. Tom Lima
    19 de fevereiro de 2014

    A ideia é até interessante, mas acho que o autor usou a simplicidade em excesso.

    Como fábula é muito bom, mas como conto fica devendo em profundidade e literalidade.

    Enfim, não me agradou mas mostra algumas qualidades da autora.

    Continue escrevendo.

  7. Gustavo Araujo
    19 de fevereiro de 2014

    Achei a ideia sensacional. Essa coisa do quadro ganhando vida para saciar o ideal de amor do imperador ficou muito bem descrita. Li com grande prazer, lembrando das fábulas e dos contos de fada da infância. O desenvolvimento também está bacana, ainda que eu tenha sentido falta de diálogos. Mas, o resultado é positivo, especialmente por causa do final, que dá um banho de água fria naqueles que esperavam algo do tipo “e viveram felizes para sempre.” Parabéns.

  8. Blanche
    19 de fevereiro de 2014

    A narrativa não faz rodeios e vai direto ao ponto, mas o conto cumpre o seu papel como fábula. Amei a história e tudo fluiu com maestria: li o conto rapidamente e fiquei com gostinho de quero mais. O Imperador alterna momentos de transtorno e afabilidade, mas isso se torna coerente dentro do contexto e da solidão na qual o mesmo se encontra inserido.

    Gostei. Não é uma obra estupenda, maravilhosa, surpreendente… Mas me prendeu. Parabéns. 😉

    • Blanche
      19 de fevereiro de 2014

      Correção: alterna entre*

  9. Bia Machado
    18 de fevereiro de 2014

    Gostei, embora não seja o tipo de texto que me atrai. Só acho até que foi um tanto rápido e, por gosto pessoal, gostaria que houvesse diálogos, um aprofundamento maior na construção das personagens. Mas é gosto pessoal mesmo. E acho que o tema “tarô” ficou meio eclipsado aí, sei que tem o Imperador, Mago, mas… e a simbologia?

  10. Anorkinda Neide
    13 de fevereiro de 2014

    Olá! Gostei do conto e dos personagens… achei muito brusco o assassinato da bailarina.. faltou emoção ali e desejei q isso nao tivesse acontecido…hehehe
    mas era o caminho natural daquela vida artificial, entao acho q faltou desenvolver ali a decisao do imperador de lhe tirar a falsa vida.

    tb acho que deveria ter o processo do Mago em dar vida à moça do quadro, ou, para não precisar deste evento, se o texto fosse narrado na primeira pessoa, pelo imperador, entao, ele nao saberia mesmo como foi feita a magica e ela nao precisaria aparecer, mas sendo um narrador universal, ficou faltando sim, o momento do milagre 🙂

    mas apesar de gostar da ideia toda, nao encontrei o tema TAROT, mesmo q tenhamos o imperador e o mago, eles estao num conto de fadas e nao encontrei ligação com as cartas do tarot…

    um abraço!

  11. Leonardo Stockler
    10 de fevereiro de 2014

    A história é boa mesmo, mas não consigo me satisfazer com esse formato de lenda, meio folclórico. É bem difícil contar uma história desse jeito – eu sempre acabo sentindo falta dos diálogos. Nesses casos é bom carregar o conto com certas surpresas, pontos de clímax. Vi que você fez isso. E a ideia do conto é boa mesmo, mas a narrativa está um tanto seca, apressada. Deixe respirar, coloque mais cores, viaje mais. Imagine só que a história que você tem aí é das mais fantásticas, oníricas – é fundamental induzir certas sensações no leitor que se deparar com isso, mas sabemos de antemão que o Imperador já vai estar condenado, que a coisa não vai dar certo… Eu queria tanto saber como era a voz da bailarina, como ela falava, como ela pensava… Mas do jeito que você colocou, não dá pra a gente ver nada disso.

  12. Paula Melo
    8 de fevereiro de 2014

    Achei legal o conto mas não me cativou,e apenas uma questão de gosto. Em alguns momentos achei um pouco corrido. Mas a ideia foi bem legal.

    Boa Sorte!!

  13. Thata Pereira
    8 de fevereiro de 2014

    Concordo com o Rubem, essa antecipação da final dramático poderia ser evitada, mas tudo bem, eu amo Spoiler! rsrs’

    Já ao contrário do Edson eu adoro essa quebra do encanto dos Contos Fadas, já até escrevi muitos contos assim, um deles para o desafio noir. A única diferença é que costumo me basear em contos que já existem (como Cinderela e Bela Adormecida) e nunca procurei criar uma outra história. Gostei da ousadia e do conto.

    Boa Sorte!

  14. Edson Marcos Nazário
    7 de fevereiro de 2014

    Gostei muito da idéia, da história, mas não muito da narrativa. Não sei o que foi, talvez tenha faltado um “encanto” nas palavras.
    O texto tem ares de conto de fadas e acredito que se você retirasse as partes “quentes” como quando ele usa a criada, e também adotasse uma narrativa mais romântica, ficaria bem legal. Mas isso é minha opinião; outros que preferem uma temática mais adulta podem não gostar.
    No primeiro parágrafo, deixe apenas a primeira, a penúltima e última frase; arranque aquele miolo dali e invente outro.
    Achei contraditório o fato de termos um imperador sensível o bastante para apaixonar-se pela pintura de uma bailarina e chorar abraçado a um pilar, e num outro momento, o mesmo romântico aproveitar-se sexualmente de uma criada e dispensá-la dos lençóis reais aos empurrões.
    Também acho que ficaria legal a descrição do ritual usado pelo mago pra trazer a bailarina à vida. Fiquei esperando por isto.
    Enfim, gostei bastante da história, da magia que a permeia, e por isso, acho que você deve investir nela, cortar palavras e revisar.
    Parabéns pela criatividade. Nota-se aí um autor(a) com um bom potencial para textos de fantasia.
    Um abraço e boa sorte.

  15. rubemcabral
    7 de fevereiro de 2014

    Achei um conto de fadas interessante. Vi poucos erros a acertar. Como boa parte dos contos de fadas, este encerra um tipo de lição, daí o final dramático ser antecipado desde o encontro com o mago (o que é ruim, em parte, por não surpreender as expectativas).

  16. Eduardo Selga
    7 de fevereiro de 2014

    É o típico conto que se ocupa mais da efabulação, esquecendo-se do instrumento que se usa para narrar: a linguagem e seus recursos. Vazio desses recursos, um conto assim pode ser muito bom de se ouvir (como os contos de fadas), mas não de se ler, pois falta literariedade.

  17. Rodrigo Arcadia
    7 de fevereiro de 2014

    Narrativa boa, sem nada mirabolante, simples e pronto.
    E coitado do imperador ter que se desfazer do seu precioso tesouro.

  18. Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
    6 de fevereiro de 2014

    Uma mistura de conto de fadas – o imperador em busca da sua amada, a delicada e misteriosa bailarina/imperatriz. A amada não é real, é a idealização contida em uma pintura. Quando pinçada do seu universo perfeito, torna-se humana e causa frustração ao seu redor. Narrativa interessante. Boa sorte.

  19. Ricardo Gnecco Falco
    6 de fevereiro de 2014

    Gostei do sobrenome! 😉

  20. Pétrya Bischoff
    6 de fevereiro de 2014

    Gostei de sua narrativa e adorei o final. Achei linda a cena em que ele a mata e seu propósito principalmente.
    Me trouxe uma nostalgia pq quando eu era pequena, minha mãe tinha um quadro em que havia uma linda balarina sobre um fundo negro…
    Parabéns e boa sorte.

  21. Jefferson Lemos
    6 de fevereiro de 2014

    Achei mediano, foi legal mas não impactante. A história foi boa, porém corrida. Acho que mais longa, ela seria muito melhor.
    Enfim, parabéns pelo trabalho e boa sorte!

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Publicado às 6 de fevereiro de 2014 por em Tarô e marcado .