EntreContos

Detox Literário.

Um Segundo Destino (Marcellus Pereira)

Era como mirar no espelho. Sentia o suor frio e fino escorrer pela testa, pelas costas, umedecendo a mão direita com que segurava a pistola. Contra todos os seus anos de treinamento no Exército Imperial, tremia e tinha a respiração ofegante.

Os olhos arregalados de terror encaravam o homem que poderia se passar por seu irmão gêmeo. Podia reconhecer nele o mesmo sentimento de terror e pânico, mas por motivos diferentes: confusão, dúvida, insegurança. Incredulidade.

_ Eu sei que é difícil. É estranho. Mas eu vou te matar. Não tem outro jeito.

O outro alternava o olhar entre a ponta da pistola e o rosto que também lhe era familiar.  O corte de cabelo era ligeiramente diferente, algumas cicatrizes no rosto… mas o nariz, a ponta do queixo e até uma pinta do lado esquerdo do pescoço: tudo mais era idêntico!

_ Vamos conversar… o que está acontecendo? _ o outro perguntou.

_ Não vim aqui conversar. Sinto muito.

Aumentou a pressão no gatilho. O outro, sem reação, exigiu uma explicação. Breve que fosse, mas não poderia morrer sem saber o motivo. Não poderia deixá-la sozinha nesse mundo sem uma boa causa. Olhou de soslaio para o porta-retratos sobre a mesa.

“Eu faria o mesmo”, pensou. “Claro que faria”.

_ Tem razão. Você merece saber. Eu mereço.

O outro estava amarrado a uma cadeira de madeira maciça, não conseguiria se livrar. “Sempre quis uma cadeira assim”, pensou alto.

Baixou a arma e o coração diminuiu um pouco o ritmo. Puxou outra cadeira e sentou-se de frente para o outro.

_ Foi há alguns dias. Dois ou três, acho. É difícil saber, as coisas são um pouco diferentes aqui. Confusas.

“Eu sirvo no 1o. Batalhão de Infantaria de Selva, na base de Ouro Preto do Oeste, fronteira da Área de Permanência Humana Proibida da Floresta Amazônica. Não tenho essa vida mansa que você tem, servindo aqui no Rio…”.

Tinha inveja dele, percebia agora. Ciúmes. Por que sua vida tinha sido mais difícil? Por que ele tinha tudo e ele nada? Merecia morrer, claro que merecia.

_ Fui chamado às pressas para acompanhar três pessoas da Expedição Rondon até a nascente do Rio Padauari. Houve uma mudança de última hora, não nos informaram o motivo da correria. Mas cumprimos nosso dever e ficamos de prontidão.

“Levamos um professor e dois garotos. Aliás, um garoto e uma garota… uma índia. Uma índia, dá para acreditar? Mesmo há cinco anos no Inferno Verde eu nunca havia visto um índio. Eles nos ensinam no Primário que foram todos dizimados na Guerra do Desbravamento, não? Não… acho que você não sabe.

Bom, nós os levamos. A área ainda não havia sido mapeada, parece que era a tarefa deles. E nós só íamos garantir a segurança. Mas nossa aeronave foi atacada depois de algumas horas de voo. O garoto foi corajoso… não sei como conseguiu sobreviver.

O quadcóptero nos deixou na margem e voltou para a base, para reparos. O Cabo nos liderou até uma clareira onde… você não vai acreditar nisso. Eu mesmo não acredito. Nós encontramos duas pirâmides! Pirâmides no meio da Amazônia!

Tentamos seguir o treinamento e garantir a segurança do perímetro… mas dava para ver no rosto de todo mundo a admiração. O Barcelos se ajoelhou para rezar, como se houvesse alguma força demoníaca naquelas construções…”.

Soltou uma risada forçada. “Talvez houvesse”, pensou.

_ Encontramos um cadáver pendurado numa árvore, na borda da clareira… fomos atacados por índios… mas isso não foi o mais esquisito. Para isso tínhamos o treinamento. Sabíamos o que fazer. Eu sabia o que fazer. Mas o que veio depois…

“O Cabo ordenou que descêssemos até o interior de uma das pirâmides. Encontramos uma porta que dava para o centro da construção e lá no meio, um buraco. Era muito escuro e nossos sinalizadores e lanternas não conseguiam iluminar tudo. A coisa era gigantesca! A pirâmide parecia apenas a ponta de uma enorme máquina… eu não sei explicar.

Descemos por uns trinta, talvez trinta e cinco metros. Era um salão circular, com um tudo metálico central que subia até o topo da pirâmide. Não havia mais nada e o chão era liso, como se fosse feito de plástico.

Estávamos investigando aquilo quando aconteceu: começou com um barulho baixo e grave. Como uma caixa de som ligada no máximo. Foi aumentando e de repente a escuridão deu lugar a uma luz brilhante, muito mais brilhante que o Sol lá fora. Eu tive que cobrir meus olhos, mas mesmo assim ela me incomodava. E o vento! Não tenho ideia de onde vinha aquilo, mas parecia a pior tempestade que eu já havia visto.

O que aconteceu depois é meio vago. Não me lembro bem. Ouvi batidas na porta. Estava num quarto… um quarto de hotel. Fiquei desorientado… ainda estou, para falar a verdade.

Outro soldado gritou do lado de fora, perguntando se eu estava bem. Me chamou pelo nome. Me conhecia.

Consegui responder que estava tudo bem, já iria me levantar. O relógio na parede marcava sete e quinze. Na escrivaninha, um livreto, escrito ‘Hotel de Trânsito CML, Forte de Copacabana’. Eu estava no Rio de Janeiro? Mas como?”

Sentia a garganta seca. A cabeça doía. Tinha sido assim desde… desde que “chegara”. Levantou-se e foi em direção à cozinha. No caminho, parou em frente ao porta-retratos. Na foto, ele e uma mulher. Morena, cabelos cacheados até o ombro. Os olhos estreitos e escuros, alegres e vivazes.

_ Ela é linda, não é?

O outro se agitou na cadeira, tentando levantar-se num impulso. Gritou. Esbravejou. Mas estava bem amarrado, ele sabia. Não oferecia perigo.

_ Se eu a tivesse, também lutaria por ela.

A dor de cabeça piorara. Buscou um copo d’água e voltou a sentar-se de frente para o outro. Os olhos dele agora transmitiam raiva. Ódio.

_ Você é um louco! Um louco!

Amordaçou o outro com uma fita adesiva grossa. Não podia deixar que fizesse um escândalo ou seu plano iria por água abaixo. Os vizinhos não podiam ouvi-lo.

_ Pensei isso também, quando… bem… quando cheguei ao Forte. Pedi uma consulta médica de emergência, mas estava tudo bem comigo. Um pouco mais magro que no último registro, mas nada de anormal. Havia uma máquina sobre a mesa do médico… parecida com uma máquina de escrever futurística. Ela mostrava minha foto! Era uma coisa espetacular. Achei que fosse alguma nova tecnologia secreta e preferi não perguntar.

“Vaguei pelo Forte por algum tempo. O médico me conferiu uma dispensa para o dia.

Eu tinha estado no Rio algumas vezes, conhecia as redondezas. Foi aqui que ela… foi aqui que tudo aconteceu. Fui dar um passeio, caminhar na praia… espairecer.

Aqui, as meninas usam biquinis… menores. Bem menores.Não que eu esteja reclamando… e todo mundo tem esses aparelhinhos… esses mostradores minúsculos que também são  transcomunicadores… e os automóveis! Quantos! E são tão… diferentes!

Sentei perto de uma barraquinha e enquanto tomava uma água de coco… ela passou por mim. Ela passou por mim! Meu Deus, eu não pude acreditar! Ela estava aqui! Ela estava viva!

Eu não sabia o que fazer… ela não tinha me visto então fui para  o outro lado da barraca. Queria tocá-la… beijá-la… mas… o arrependimento… a culpa… não sabia o que estava acontecendo e não queria estragar tudo. De novo, não.

Ela se sentou sobre uma toalha de praia. Estava tão linda quanto naquele dia… quando… quando eu a flagrei com outro. Mas com tudo o  que estava acontecendo, talvez… talvez eu estivesse tendo outra chance. Talvez tudo fosse diferente aqui.

Com esse pensamento, tomei coragem e fui falar com ela. Nossa, como eu estava com saudades! Como eu queria pedir seu perdão! Mas no meio do caminho, ele chegou… ele de novo. De novo! Tudo estava acontecendo de novo, do mesmo jeito!

Esticou uma toalha ao lado dela e trocaram um beijo. Um beijo! Foi na bochecha mas eu vi que ele queria mais. Eu vi que ele a elogiava… Levei a mão à cintura, mas tinha deixado a arma no Forte. Ainda bem, ou ia matá-los mais uma vez…

Fiquei olhando os dois de longe. A conversa ao pé do ouvido… ele acariciando seus cabelos…”

O outro tentava falar… gritar… mas só conseguia emitir ruídos abafados. A fita o machucava, podia perceber.

_ Ah… você não sabia, não é? Eu também não sabia… não sabia há dois anos, quando tiramos férias e ela encontrou esse “velho amigo” na praia. Não houve uma noite desde então em que eu não tenha me arrependido de descarregar a arma nos dois. Bom… nela. Ele mereceu, afinal de contas.

“Voltando ao assunto, fiquei observando por mais algumas horas, até que se despediram. Devem ter combinado algo para mais tarde. Eu a segui até aqui, até sua casa. E foi então que te vi. Que me vi. Foi então que entendi tudo: aquela máquina… aquela pirâmide… aquilo era minha segunda chance. Eu não havia voltado apenas no tempo… eu estava em outro tempo. Um tempo onde tudo poderia ser diferente… eu poderia… ser um marido melhor… consertar os erros que nos afastaram… ela poderia me amar de novo!

Mas havia um problema. Sempre há um problema! Você entende, não é? Você… você tinha que sumir. Não seria difícil… nós somos praticamente a mesma pessoa, nem o médico do Forte soube a diferença. Eu só precisava… eu só preciso…”.

O outro tentou gritar e se debater, mas sem sucesso.

_ Sinto muito, mas é a minha chance. Minha única chance. Ela ainda não… nós ainda temos uma chance aqui. Ela vai esquecer aquele “amigo” idiota e seremos felizes de novo! Sinto muito.

Apontou a arma para o outro. Aquilo já estava demorando demais e ainda precisaria desaparecer com o corpo, limpar a casa… pelo que havia visto nos últimos dias, ela ainda demoraria algumas horas para voltar, mas era bom não abusar da sorte.

Mirou no peito do outro. Não era preciso se despedir. Já havia conversado demais com o espelho e não gostava do que estava vendo.

_ Mauro! O que é isso?

O grito o assustou. Levantou a pistola, num gesto involuntário, mas sem apertar o gatilho. Ela havia voltado antes, inferno! Por que ela sempre tinha uma surpresa?

Ela o encarava, movendo o olhar dele para o outro, sem entender o que acontecia.

_ Calma, eu posso explicar…

_ Explicar o quê? Você está doido? Solta o Mauro agora!

Correu em direção ao outro, tentando livrá-lo da fita adesiva. Apesar do nervosismo, ela tentava não machucá-lo. Seus gestos tinham um carinho que… que deveriam ser seus, não dele. Não dele!

_ Eu sou o Mauro! EU! Não percebe?

Sem parar de puxar a fita adesiva, ela gritou num tom desesperado:

_ Olha, eu não sei quem é você… não sei o que está fazendo aqui, nem o que quer conosco… mas se for atirar no meu marido, vai ter que atirar em nós dois.

_ Cris… olha pra mim. Pra mim! Eu sou o Mauro, não percebe?

Ela olhou de relance, preocupada demais com o outro.

_ Você parece com o Mauro. Mas não é o meu marido, seu louco!

Então era isso. Ela já o traia há tempo que nem o reconhecia mais. Era uma perdida… uma vadia! Que idiota ele tinha sido! Pensar que poderia amá-la de novo… que poderiam ser felizes de novo… que tudo poderia ser diferente! Ela preferia o outro… os outros! Aquele impostor ali. Aquele “amigo” lá.

_ Vadia…

Apontou a arma para ela, com uma expressão de nojo. Ela merecia. Ela merecia de novo!

_ Não! Você não entende! _ o outro. Ela havia conseguido tirar a mordaça. _ Escuta… escuta! Ele é gay! GAY! O amigo dela… esse que você falou… eles são amigos desde a escola… pelo menos, aqui… neste aqui. Ele é gay… sempre foi!

_ Não… não! Você quer se livrar dessa… você quer livrá-la dessa! Mas ela é uma vadia, eu sei!

_ Não, não! Pare para pensar! Se você é… se você sou eu… pare para pensar! Ela me ama! Sempre amou. Como a sua Cris sempre te amou! Foi tudo um mal entendido! Você a viu tendo uma conversa inocente e achou que era algo mais… pensa! Pensa Mauro!

O suor descia abundante pelas costas, agora. O outro não podia estar falando a sério… ele havia visto… ela havia… ela havia o quê? Dado um beijo na bochecha do amigo? Não era assim que ela cumprimentava a todos? Ele havia acariciado seus cabelos… elogiando o novo penteado? A nova pintura?

A verdade o acertou forte. Era ele. Ele era o culpado de tudo. Viu o que queria ver e ela havia morrido por sua culpa. Unicamente por sua culpa.

Encarou os dois, a poucos passos de distância. Ela o abraçava, ainda segurando a fita adesiva, chorando. Ele, de mal jeito na cadeira, tentando se libertar. E ele quase a matara. De novo.

Olhou o cano da pistola. Reparou nas raias, sentiu seu peso. “Uma ótima arma”, pensou.

E apertou o gatilho.

25 comentários em “Um Segundo Destino (Marcellus Pereira)

  1. Marcellus
    30 de outubro de 2013
    Avatar de Marcellus

    Pessoal, vou sintetizar tudo num único comentário para simplificar.

    Primeiramente, muito obrigado a todos vocês, por lerem, comentarem, criticarem e por aí vai. “Segundamente”, mil perdões pelos erros. Escrevi o conto em uma tarde e, no afã de enviar, acabei por fazer uma revisão superficial. Isso, claro, se refletiu em algumas partes do texto.

    Este conto traz (poucos) “spoilers” de uma obra maior: “Viagem a Pindorama” e por isso as explicações da viagem no tempo são tão poucas. Acho que revelei até mais do que devia… mas não podia deixar passar a oportunidade de explorar o que poderia ter acontecido às outras personagens menores do livro.

    Mais uma vez, muito obrigado e até a próxima!

  2. José Geraldo Gouvêa
    29 de outubro de 2013
    Avatar de José Geraldo Gouvêa

    O conto realmente é bom, mas eu não consegui encaixá-lo tão bem quanto os outros em que vou votar. Claro, eu não teria vergonha de perder para este conto, apenas já tenho contos demais para gostar e não sobrou espaço para este.

    A ideia das pirâmides amazônicas foi genial, mas achei um defeito: o tempo indefinido. O conto não parece se passar no futuro, mas em uma espécie de ucronia. Só isso que não me agradou de fato. De resto, saiu de minha lista porque não conseguiu me impactar tanto quanto outros.

  3. Felipe Holloway
    29 de outubro de 2013
    Avatar de Felipe Holloway

    Taí, curti. É uma trama que convence. A imagem da pirâmide na floresta ressoa na mente. E o ciúme como turvador dos sentidos é um tema que sempre rende, nas mãos de um autor talentoso.

    Gostei mesmo. Exceto do título, que, como já disseram, ficou meio simples demais.

  4. Bia Machado
    29 de outubro de 2013
    Avatar de Amana

    Hum, embora um pouco confuso em algumas partes (ou sou eu que a essa hora já não estou mais pensando direito? =P), gostei do resultado geral, bem tenso, o autor soube dosar bem essa tensão. Inclusive, gostei do final.

  5. Marco Nazar
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Marco Nazar

    Adorei o início tenso, o meio um pouco mais suave e quando veio o fim, tudo estava mais tenso ainda. A ideia da pirâmide na floresta amazônica como uma máquina do tempo também me agradou. Parabéns pelo conto.

  6. Juliano Gadêlha
    27 de outubro de 2013
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Muito bom, uma viagem não só no tempo, mas para outra dimensão. Estava faltando isso aqui no desafio. Legal também o encontro do cara com ele mesmo. O autor descreve muito bem as situações. Tudo bem escrito, uma trama envolvente e uma leitura agradável. Parabéns!

  7. Régis Messaco.
    27 de outubro de 2013
    Avatar de Régis Messaco.

    Muito bom este conto. Muito bom mesmo. Me levou como se fosse um tapete voador, sem sacolejos, do início ao fim. Adorei. Abraços.

  8. Andrey Coutinho
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Daryen

    Massa! Era esse tipo de história que eu esperava ver por aqui quando anunciaram o tema do desafio. A situação do “duplo” não é inovadora, mas também não é recorrente ao ponto do esgotamento, e foi muito bem desenvolvida nesse caso. Muito bom!

  9. Sérgio Ferrari
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Sérgio Ferrari

    Adorei. Parabéns. (pense melhor nos titulos, este é muito simplório)

    • Sérgio Ferrari
      25 de outubro de 2013
      Avatar de Sérgio Ferrari

      Olha… por ter curtido eu poderia ter falado mais, mas não precisa. Tá tudo redondo.

  10. bellatrizfernandes
    25 de outubro de 2013
    Avatar de isabellafernandes

    A história está ótima! Começo, meio e fim, como deve ser! Acho que as únicas coisinha que eu mudaria foi na descrição do interior da pirâmide que eu não me achei muito bem e melhorar a eloquência (não sei bem se é essa a palavra que eu estou procurando mais enfim). A história é contada de uma forma oral, então tudo bem vícios de linguagem e é bom evitar formas formais demais. Afinal, ninguém fala totalmente certo, 100 por cento do tempo, né?. Mas adorei o conceito e a forma como foi escrita (os comentários, principalmente).

  11. Thata Pereira
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Thata Pereira

    Fiquei um pouco perdida no começo, mas depois a leitura fluiu e consegui entender a história. Gostei do “afoitamento” do personagem, vejo muitas pessoas assim nos dias de hoje – vez ou outra sou uma delas.

    Também gostei do fato dele ter encontrado a si próprio e descobrido o erro que cometeu. O fato de ter admirado a arma e usado para se matar… (rs) Gostei muito!!

  12. Frank
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Frank

    Gostei do aproveitamento da ideia de pirâmides no Amazonas e da construção da trama. O texto também está muito bem escrito e o desfecho ficou bem ao meu gosto…rs…trágico!

  13. Marcelo Porto
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Marcelo Porto

    Mais um grande conto. Uma trama muito bem bolada e com uma excelente narrativa.

    A história tem um excelente ritmo. Sei que alguns aqui não gostam, mas acho termo “vadia” muito politicamente correto e o clima pedia algo mais cruento, não sei se um soldado carioca utilizaria esse termo. Essas “pasteurizações” que permeiam os diálogos é a minha única ressalva em relação ao texto.

    Muito bom!

  14. Gina Eugênia Girão
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Gina Eugênia Girão

    Gostei do enredo – é o tipo do texto que a gente lê de novo. Contraditoriamente o texto se torna meio confuso a partir das ‘explicações’, talvez pela presença inicial de personagem onisciente que se percebe surpreso, ao final. Personagem onisciente ‘pede’ conto em primeira pessoa, acho…

  15. fernandoabreude88
    25 de outubro de 2013
    Avatar de fernandoabreude88

    Li esse há alguns dias e ficou na cabeça de uma maneira positiva. A escrita está boa, flui de forma interessante, mas gostaria apenas de uma caracterização mais marcante para os personagens. O final me agradou bastante e o título está impecável.

  16. rubemcabral
    21 de outubro de 2013
    Avatar de rubemcabral

    Gostei da trama, embora tenha achado o “Mauro Mau” ciumento e afoito demais. Achei a escrita simples, porém eficiente.

  17. Elton Menezes
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Elton Menezes

    Sobre a história… Noto que a autoflagelação caiu forte nos contos. Aqui, temos um narrador em terceira pessoa, mas que soa tão autêntico que até parece ser feito em primeira pessoa. Conta uma história que mistura culpa e sofrimento, um personagem que busca tanto a autopiedade, que é capaz até de se matar para chegar lá. Bom trabalho de perspectiva, com um desfecho que coloca nele não apenas a culpa sobre a infelicidade da mulher como a dele mesmo.
    Sobre a técnica… O texto está bem escrito. Apresenta alguns pequenos detalhes de construção que poderiam ser melhorados. Por exemplo, já que estamos lidando com dois protagonistas idênticos, por que não colocar entre eles alguma diferença? Se o eu-algoz sofria de um crime de amor, por que não ter rugas ou olheiras, a mais que o eu-vítima? Isso ajudaria a diferenciar a imagem para o leitor, e a se colocar no lugar de cada um, mesmo sendo o mesmo.
    Sobre o título… Não é incrível, mas não é ruim. Apenas cumpre seu papel.

  18. Gustavo Araujo
    19 de outubro de 2013
    Avatar de Gustavo Araujo

    O Rubem fez um comentário em um dos outros contos deste Desafio que se encaixa bem aqui. É muito bacana perceber que o autor pesquisou, estudou, enfim, que realmente se dedicou na hora de escrever. Este conto não é fácil de digerir – as mudanças de foco podem atrapalhar quem se distrai fácil – mas ao leitor atento a história soará fantástica no melhor sentido da expressão. Bacana mesmo. Inclusive as alusões aos jargões militares, também perfeitas. Parabéns.

  19. Ricardo
    18 de outubro de 2013
    Avatar de Ricardo

    Rui e Vani encheram a cara de saquê e invadiram a máquina de teletransporte do filme A Mosca, só que com o Holloway lá dentro, escondido e lendo um exemplar de Sabrina, comprado instantes antes numa banca de jornal da Prado Júnior, em Copacabana. O resultado disso materializa-se neste conto…
    😛

  20. TONINHO LIMA
    17 de outubro de 2013
    Avatar de TONINHO LIMA

    Gostei bastante. Fiquei entre curioso e arrebatado pela trama…

  21. Claudia Roberta Angst (C.R.Angst)
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Claudia Roberta Angst (C.R.Angst)

    Gostei do clima de tensão criado na narrativa. Li aos pulos.

  22. Pedro Luna
    17 de outubro de 2013
    Avatar de Pedro Luna

    Não gostei muito da forma como o texto foi conduzido. Acho que ficou um pouco confuso. De resto, a história é simples, mas bem bacana. Prbs.

  23. fcoglaucobastos
    17 de outubro de 2013
    Avatar de fcoglaucobastos

    Gostei muito do conto. Imprevisível e envolvente. Acho apenas que a constante mudança de foco narrativo prejudicou um pouco a dinâmica do texto. Essa é uma opinião minha que não desmerece o valor do conto. Parabéns!

  24. selma
    17 de outubro de 2013
    Avatar de selma

    gostei muito! consegui ler e ver ao mesmo tempo, envolvida pela historia. as imagens que o autor consegue criar são muito fortes. a historia é muito boa! parabens!

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Publicado às 17 de outubro de 2013 por em Viagem no Tempo e marcado .