O infinito não tem sentido. Talvez seja por isso que nunca gostei de relógios. Voltar sempre ao mesmo ponto, andar em círculos, traçar sempre o mesmo caminho, me causa arrepios. O tempo ofende meu estado de espírito. Seria melhor se nós não fôssemos seus escravos.
Quando criança, o tic-tac do relógio da sala não me deixava dormir. O irritante barulho do despertador entrava por meus ouvidos roubando-me os sonhos, trocando-os por uma ininterrupta dor de cabeça. Eu tinha pesadelos. Aqueles ponteiros giravam insaciáveis e o tempo passava. Sofria com a morte esperada, com as perdas adiantadas e com o som do tic-tac.
Não aguentando mais aquele tormento, meus olhos já estavam fundos de desespero, por não conseguir me entregar ao sono. Assim que criei a personalidade necessária para o ato, fiz uma viagem noturna. Com o primeiro objeto de decoração encontrado, percorri toda casa, quebrando, gritando e desfazendo-me de todos os relógios que desejavam meu mal. Minha loucura.
– Seu filho tem cronomentrofobia – disse o psicólogo à minha mãe.
“Ótimo, temos um retardado!”
Minha mãe precisou esconder todos os relógios de casa. Evitava casa de amigos e passei a ter aulas particulares. Fazia terapia semanalmente e meu medo só aumentava. Ilda, minha mãe, me via como um bastardo. Um ser desnecessário na terra.
Tic-tac.
– Mãe, de onde vem esse barulho?
Tic-tac.
– Mãe, por favor, faz parar!
Tic-tac.
– Manhê! POR FAVOR!
Ela sempre dizia a mesma coisa: não há barulho algum!
Então eu cresci.
Morei sozinho desde a maior idade. Não suportava mais o olhar sofrido de Ilda para cima de mim. Fazia três anos que não ia visitá-la. Espalhar relógios por todos os cômodos da casa foi sua forma de mostrar, sem palavras, que eu era uma pessoa indesejada. Não sofri com nada disso, quem sabe, pelos dois fiéis anos de terapia.
Não sou mais tão isolado, mas evito sair de casa. Até o dia que Laura bateu na minha porta.
− Estou procurando o Rafael. – Minha primeira reação foi olhar em seus pulsos. – Não se preocupe. Não trago comigo nenhum relógio.
Sua voz era tão mansa e minha atração tão intensa, que nem me dei conta do mistério que ela acabara de me oferecer: como ela sabia? Simplesmente, não me interessou. Aprofundei meus apensamentos em seus olhos castanhos, seus cachos, seus lábios. Seus sentimentos. Tão intensos que não se continham dentro do peito e passavam dela para mim, aumentando nossa pulsação.
− Quer entrar? – perguntei sem me lembrar do compromisso marcado.
− Vou direto ao assunto, não tenho muito tempo. – Ela tinha os olhos aflitos e eu os ouvidos atentos. – Quero ajudá-lo a superar sua fobia.
− Como você sabe sobre isso? – relembrei o início da conversa. Imaginei que ela poderia ser alguma amiga da minha mãe, mas a diferença de idade fez com que apagasse essa cogitação. Imaginei se minha mãe, uma senhora, ainda estaria viva. Afinal, o tempo passa, mesmo que eu não perceba. – Aliás, qual seu interesse nisso?
− Logo você entenderá. Confie em mim! – ela disse, olhando nos meus olhos, enquanto afagava meu rosto com as duas mãos.
Senti o calor de seus dedos percorrendo meu corpo, como se a energia presente nela, me atingisse. Derretendo, como se fosse moldado, por seus dedos, seus lábios. Era estranho, um tanto quanto insano, mas algo ali me indicava que eu poderia confiar a ela, meus futuros filhos. Será que eles viriam? Será que alguém em sã consciência aceitaria minha loucura? Fechei os olhos e me deixei levar… era cedo de mais para obter respostas.
Tic-Tac. O tempo corria, corrompia, voltava.
Cheiro de hospital. Acordei em cima de uma cama suja, com lençóis amarelados, em um quarto com pouca luz. Meu corpo fervia. Eu suava. O que havia acontecido? Cadê a moça dos olhos bonitos? Tentei, sem vontade, levantar-me da cama. O quarto estava vazio, mas eu podia ouvir barulho atrás da porta. Sapatos de borracha, conversas e um fino choro. Quando abri a porta, saí em um corredor de hospital. Utilizei o choro como indicação por onde seguir, pois nenhum dos rostos me era conhecido.
As pessoas pareciam não se importar com a minha presença. Eu andava cabisbaixo, com medo, e cada vez mais depressa, incessante. Evitava olhar braços e paredes. Tampei os ouvidos, mas, ainda assim, escutava o choro miúdo. Como se me chamasse, oferecendo abrigo ou pedindo socorro. Corri.
De frente para porta indicada como a da maternidade, o choro cessou. Só poderia ter vindo de lá, tenho certeza! Espiei pela janela e um nascimento havia acabado de acontecer. Nada demais, até ver meu pai, carregando uma criança em seu colo. A princípio, imaginei que poderia ter se separado da minha mãe, até me dar conta de que meu pai já tinha idade avançada. Esse não. Era jovial e estava feliz, como não via em anos. Entregando à mulher seu filho, observei uma lágrima escorrendo em sua face, cristalina. Senti meu coração palpitando, no ritmo de um relógio: tic-tac. Novamente, sai correndo, assim que, de vislumbre, reconheci a mulher.
Entrando na primeira sala que encontrei, estava dentro do depósito do hospital. Sem pensar nas consequências do ato, peguei algumas roupas jogadas em um cesto, provavelmente sujas. Nem ao menos consegui decifrar se eram de um funcionário ou paciente. Voltei até a maternidade.
Não havia mais movimento na sala. Minha mãe, cansada, estava dormindo. Procurei alguma janela, para tentar descobrir se seria noite ou dia, mas todas as cortinas estavam fechadas. Segui as placas que levavam da maternidade ao berçário e encontrei o lugar vazio de médicos e enfermeiras. Destino? Nunca saberei dizer.
Senti uma sensação estranha, quando meus olhos repousaram em uma das crianças ali presentes. Era como um espelho me rejuvenescesse. Parei e apenas observei, sem medo de ser encontrado. Imaginei a face serena daquela criança sendo desfigurada e transformando-se no que sou agora. Escondendo-se das consultas com psicólogo, sofrendo a rejeição dos pais, isolando-se das pessoas e recebendo um pedido de separação da esposa, única pessoa que havia lhe aceitado. Se tivesse escolha, será que ela optaria pela vida?
Peguei a criança no colo e procurei a saída do hospital. Sentia medo que alguém me visse, mas ao mesmo tempo, havia a segurança de que tudo daria certo. Meu corpo voltou a queimar. Quando já estava do lado de fora, recebi o choque do ar gélido de inverno, mas eu suava!
Andei apressadamente, sem olhar para as pessoas, a calçada esburacada ou para os dois lados ao atravessar a rua. Esbarrei em uma senhora, sem pedir desculpas. Forçando a mente para lembrar o caminho da ponte, na cidade onde nasci. Sim, eu precisava fazer aquilo.
Quando, enfim, atravessei o parque da cidade, estava cansado, queimando, suando. Que diabo havia acontecido comigo? A criança calma, apesar do barulho, logo deveria acordar. Assim que parei, olhei para baixo, imaginado o quanto a água estaria fria e incisiva. Depois para carros, ao meu lado, em movimento, sem perceberem o que estava ocorrendo. Olhei o céu, sem estrelas.
Sentei na beirada da ponte, fria, e gostaria de ter dito algumas palavras. Tudo soaria vago e desnecessário. As lágrimas que escorriam pelo meu rosto, não eram por mim, mas pelo novo Rafael que nasceu. Talvez ele tivesse esperanças, mas eu nunca saberia. Assim que ouvi um homem de branco gritar para que alguém tirasse a criança do meu colo, eu voei.
Todos nós desejamos voar como pássaros um dia. No meio do voo, me arrependi por não ter tido a vontade de ser um peixe, mas era tarde demais: apenas um coração parou de bater naquela noite.
CLÍNICA DE TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO SANTA TERESA
Após o velório, Laura foi até a clínica onde o marido estava internado, para buscar seus pertences. As lágrimas ainda escorriam. Depois de ter conhecido Ilda, Laura tinha certeza que poderia ajudar Rafael, na sua condição de médica. Só não contava com duas coisas: uma paixão e a incapacidade de mantê-la.
− No meio da noite, não conseguimos mais conter a febre – dizia o médico. – Logo começaram os delírios, mas não duraram muito.
− Eu só quero… – respirou fundo, antes de continuar. – Só quero buscar as coisas do meu marido e ir embora.
– Venha comigo, por gentileza!
Laura sentou-se na cama onde Rafael viveu os últimos dias. A atitude precipitada que Ilda e ela haviam tomado, só demonstrava o quanto ambas desejavam uma vida normal.
Ela recolheu do quarto todas as coisas que lhe pertenciam e olhou pela janela. Bem ao longe, avistou a torre da igreja matriz. Forçando um pouco mais a visão, enxergou seu belo relógio, girando, incansavelmente, e uma última gota de lágrima correu por seu rosto, até cair no vidro e escorrer, limpando a poeira ali presente.
Pra não estender demais: o conto começa bem, mas tem alguns problemas. Isso se melhora com o (nem é trocadilho) tempo. Continue escrevendo. 😉
Valeu Davide!
De fato, considerando-se o primeiro ato, o conto tinha tudo para destronar meu atual primeiro colocado e se encastelar no topo absoluto do meu gosto literário. Econômico, eficiente, perturbador. Nunca vi um personagem delinear-se a si mesmo (leia-se à fobia que o designa) com tanto dessa elegância que parece prestes a descambar em desespero, visto que vive em um mundo irremediavelmente apinhado da coisa que mais teme. Há uma resignação magistral na maneira com que ele se apresenta ao leitor. A frase “Espalhar relógios por todos os cômodos da casa foi sua forma de mostrar, sem palavras, que eu era uma pessoa indesejada.”, o olhar instintivo para os pulsos da visita, foram coisas que me deixaram boquiaberto, aqui.
No entanto, a partir da cena do hospital, a originalidade e o caráter perturbador se perdem um pouco, pela concessão a algo que soa como um revival de outras tramas. Não existe um aproveitamento orgânico daquilo que nomeia o conto, e que distingue o personagem do resto da humanidade. Você PRECISA reescrever esse texto, sem a preocupação de inserir uma viagem no tempo.
Só pelo princípio, talvez valha um lugar entre os meus escolhidos. Como “Uma nem tanto revolucionária máquina do tempo” valeu, pelo final.
Ou, no mínimo, uma menção honrosa. =)
Obrigada pelo comentário Felipe! Vou rescrever esse conto sim, com um pouco mais de calma. Ainda não acredito que descobriu que era o meu! (rs’)
Excelente conto. Premissa muito interessante, narrativa atraente que flui naturalmente. Um dos meus preferidos. Gosto de contos psicológicos como esse. Parabéns!
Muito obrigada, Alexandre!
A premissa é ótima, mas acaba sendo um pouco deixada de lado no meio do caminho. Acho que dava para desenvolver melhor a história, até porque o conto não ficou muito longo, tinha espaço para dar uma esticada. A trama acabou não ficando muito bem amarrada, a meu ver. Mas é promissora, investiria nela se fosse você.
Juliano, obrigada pelo comentário e irei investir nela sim, pode ter certeza!
Esta é uma história que poderia ter sido muito mais aproveitada. Explorar mais a cronometrofobia do cara seria legal demais. Esse conto simplesmente PEDE para ser reescrito.
Quando for revisar este conto, leia as observações de Friedrich Nietzsche sobre o mito do Eterno Retorno em “Além do Bem e do Mal” (ou “Para Além de Bem e Mal”, na tradução pt-PT). Pode parecer chato, mas ele é um cara muito provocador e original, que poderá lhe dar muitas ideias para melhorar o conto.
José Geraldo, lerei, pode ter certeza disso! Não leio Friedrich Nietzsche desde a oitava série, quando declamei “Ode à Alegria” para minha escola e fiquei completamente curiosa sobre “Além do Bem e do Mal”, após ler seu comentário. Obrigada pela dica e comentário!
O conto começou bem bacana, mas se perdeu no desenvolvimento da história. Está bem escrito, primor, mas carece de alguma mudança ali no meio, sei lá, só não me agradou, mas também não significa que não possa agradar outros.
Muito obrigada pelo comentário Fernando!
Tanta coisa pra fazer com cronometro-fobia que o autor(a) decidiu por abandonar o mote após o inicio do conto. PQ? PQ?
Sérgio, não sei (rs’) quem sabe um dia eu consiga voltar no tempo e descobrir… rsrs’
Vejo nesse conto uma excelente representação de personagem angustiado e confuso na sua relação com o “tempo”. Esse tipo de desenvolvimento psicológico é muito interessante, especialmente em histórias que tratam de viagem no tempo, sejam essas imaginadas ou reais.
As interrogações que persistem ao final da leitura não agradam a todo mundo, mas particularmente gosto muito desse tipo de história, em especial quando se gera uma discussão posterior entre os leitores, tentando “desvendar o que aconteceu”.
Não sei se estou errado, mas o personagem inclusive chega a confundir a mulher com a mãe? Ou tratar-se-ia de um verdadeiro paradoxo temporal?
No mais, eis um ótimo conto. Parabéns!
Andrey, antes de enviar, dois amigos leram esse conto e tiveram a mesma impressão que você quanto a confusão. Não foi a intenção e não me incomodo com ela. Mas quando rescrever, tentarei deixar claro que não é isso. Obrigada pelo comentário.
O infinito não tem sentido. Só por esta frase, me deixei levar até o fim da narrativa e não me arrependo. Também sofro dessa péssima influência do tempo em nossas vidas e me identifiquei com o personagem, por assim dizer. Bom conto, muito bem conduzido pelo autor.
Toninho Lima, obrigada! O infinito não faz sentido para mim, essa frase é muito pessoal. Obrigada pelo comentário!
Ideia boa, e o conto começa bem, mas, do meio para o fim, se perde… Algumas estruturas, por contraditórias à caracterização da personagem, não convencem (por exemplo: ‘Afinal, o tempo passa, mesmo que eu não perceba.’ – pois se a angústia da personagem é, justamente, a percepção exagerada da passagem do tempo!). A narração em primeira pessoa é elegante, mas algumas estruturas frasais soam como gafes (exemplo: ‘Não suportava mais o olhar sofrido de Ilda para cima de mim’). Os pormenores entre o despertar no suposto hospital e o ‘voo’ tornou a narrativa mecânica, plana… E, ao final, o corte para narração em terceira pessoa prejudica a continuidade do conto. Enfim, um texto do qual esperava mais, inclusive revisão da digitação – a coisa mais simples no processo da escrita (‘cronomentrofobia’ e ‘apensamentos’); mas que leria novamente, com as correções devidas.
Gina, obrigada pelo comentário. Como disse para o Rubem, ficou mais coisa no pensamento do que no papel. Quando cresce, Rafael evita relógios, o que faz com que ele saiba que o tempo está passando, claro, mas não tenha uma noção de horas.
Realmente, algumas coisas passaram na minha revisão como você apontou. Foi uma falha pois me acostumei com o texto, após lê-lo algumas vezes.
A cronomentrofobia é um dos males da nossa civilização. Estamos todos expostos à ela, mesmo quando os relógios já não fazem tic-tac. Como provado pelo autor, leva à morte. Uma bela alegoria.
Muito obrigada, Ricardo Gondim!
Sobre a história… Antes de mais nada, devo dizer que, até o momento, esse conto tem o melhor parágrafo inicial, e ainda os melhores cinco parágrafos iniciais. Realmente, fantástica a forma como é delineada a perturbação do personagem, sem soar repetitiva, e sim num crescendo. Infelizmente, senti que a força do início se perdeu depois que o rapaz cresceu. A história seguiu um caminho atrapalhado e, do lirismo disfarçado inicial, atingiu um resultado razoável, com situações pouco explicáveis (como ele viajou no tempo e se destruiu? por que razão ele achou mais fácil se matar do que se manter um ermitão contra o tempo?).
Sobre a técnica… Como dito antes, o texto está bem escrito, ortografia limpinha. Narração em primeira pessoa muito bem montada. O uso do tic-tac não me soou repetitivo, e acabou caindo muito bem até nas associações feitas (como a comparação com a batida do coração que, de tum-tum, virou tic-tac).
Sobre o título… Simples mas direto.
Elton, obrigada pelo comentário! Fiquei muito feliz com ele e com o fato de ter gostado dos parágrafos iniciais. Então, não sou muito fã de fantasia, então quando aparecem temas do tipo, procuro levar tudo para o lado mais real. Nesse caso, a viagem não passou de um delírio que Rafael teve enquanto estava internado.
Gostei muito da sua comparação do tic-tac com as batidas de coração, não havia pensado nisso.
Se eu entendi bem, foi um delírio certo? Uma boa saída, mas você poderia ter explicado melhor… Ainda assim, eu gostei da leitura. Foi fácil de seguir e é possível se relacionar ao protagonista de algum modo. Afinal, quem não tem problemas?
Sim, Bellatriz. Foi apenas um delírio, mas na correria não consegui deixar isso bem claro, como muitos disseram. Obrigada pelo comentário!
O conto segue uma linha previsível a partir de uma ideia interessante. Também sempre achei o tic tac do despertador irritante, atrapalhando meu sono. Apreciei a leitura.
Claudia Roberta, eu também não gosto (rs’), mas não chega a ser uma cronomentrofobia. Obrigada!
Como disse o Gustavo a premissa é muito interessante. Também como disseram outros fiquei meio perdido do meio para o final.
Obrigada pelo comentário Frank!
Um conto que começa com uma ideia bacana, essa do medo de relógios. As descrições dos ponteiros, das horas, locais da casa, tudo isso criava um clima interessante pelo qual o conto poderia fluir com viagens no tempo. Porém, a partir do momento em que o personagem é inserido em outros locais, como o hospital, o texto parece perder substância e se achata. Eu, pelo menos, perdi o interesse. Um tema abordado que gostei foi a dúvida do protagonista, ao se ver pequeno, se gostaria mesmo de continuar vivo.
Obrigada pelo comentário Rodrigues. Fico feliz que tenha melhorado nas descrições, era uma das coisas que eu procurava aperfeiçoamento e procurarei constantemente. Rescreverei esse conto, levando em consideração tudo que me disseram.
Gostei da ideia, mas também achei confuso a partir do momento que o Rafael vai para o hospital. O final insinua talvez apenas loucura, um surto, que o bebê fosse outro bebê qq, que o louco matou. Isso foi interessante (como história), mas não entendi a lógica de matar o bebê para curar a fobia…
Rubem, como disse nos outros comentários, confesso que corri com esse conto para que desse tempo de participar, então ficou aquela sensação de “ficou mais coisa no pensamento do que no papel ”
mas vamos lá:
A parte do hospital nada mais foi que um delírio enquanto Rafael estava internado na clínica. O bebê era ele mesmo, mas apenas em uma alucinação.
Obrigada pelo comentário!
Gostei da ideia e da narração. No entanto, mais ou menos a meio, a estrutura do conto torna-se confusa. Procurar desenvolver mais essa parte melhoria em muito a história.
Muitas pessoas disseram isso Inês e levarei em consideração quando for reescrevê-lo. Obrigada pelo comentário!
Achei o mote bom, mas pecou na sequência dos fatos. meio confuso.
Gilnei, tomarei cuidado da próxima vez! Obrigada!
Para mim, a melhor premissa até agora. Quando comecei a ler, me identifiquei no mesmo instante – sempre odiei o tique-taque dos relógios e de fato queria quebrá-los todos. O desenvolvimento também está de acordo, mas creio que faltou um elemento surpresa. O conto segue uma linha previsível, ainda que bem escrito. Falta um sobressalto, alguma coisa que tire o leitor da zona de conforto.
Também não gosto, Gustavo! Vou reescrever esse conto com mais cuidado, levando em consideração todos os comentários. As duas semanas de outubro foram corridas por conta do lançamento do meu livro e acabei tento que correr com ele para dar tempo de participar. Obrigada pelo comentário!
Até o meio fui conduzido de bom grado, a partir daí comecei a ficar incomodado com algumas situações. Não há como negar que o autor(a) tem uma boa narrativa e a premissa é maravilhosa.
Mas terminei a história com a sensação de que faltou algo.
Obrigada, pelo comentário Marcelo! Cuidarei desse conto com mais zelo, pode ter certeza!
Sim… Gostei bastante da leitura. A ideia é muito interessante, o tom da narração te prende e a história vai fluindo de forma fácil e gostosa. O desfecho, que muitos colegas disseram não ter gostado, eu já achei bem interessante. Para mim, foi inesperado (sem spoilers… rs!) e preciso.
Contudo, talvez com um pouco mais de zelo (leia-se tempo) o autor conseguisse um resultado ainda melhor do que o apresentado. No entanto, o único incômodo sofrido por mim nesta gostosa leitura foi um descuidado “Senti uma sensação estranha”, frase que confesso bateu com força contra toda uma narrativa muito bem estruturada. Mas, também, ninguém vai pular de uma ponte por causa disto, não é mesmo? 😉
Parabéns pela obra!
Pularei! (rs’)
Obrigada pela dica e comentário.
Obrigada, Ricardo. Fico feliz em perceber que minha narração melhorou, foi uma das minhas críticas no conto do desafio passado “Coleção de um Coveiro”. Realmente o tempo foi meu inimigo nesse conto
Pula não, Thata…! 😉
Por ter uma fobia estranha, elas me atraem muito, mas nunca consegui conhecer muito bem a cronometrofobia. Concordo que é uma história que poderia ser melhor desenvolvida. Gostei muito da narração.
Oi Thais, vem sempre por aqui? 😉
Rs! 🙂
Não gostei muito da história. Mas concordo que tem cheiro de material que pode ser desenvolvido…talvez assim ficando mais atraente e gostoso de ler. Essa fobia existe mesmo? Legal.
Pedro, essa fobia existe sim. Insano, né? (rs’) Odeio fobias! Obrigada pelo comentário!
Gostei da história, mas achei algumas partes um pouco confusas, como se causadas pela afobação que a Selma comentou. Mas o material é bom para ser desenvolvido, tem espaço aí pra mais coisa, como um pouco mais de sentimento na caracterização das personagens, suas falas, não que não esteja bom, mas pode ser ainda melhor, visto o potencial que transparece… E o mote é muito interessante!
Selma e Bia, posso responder os comentários de vocês da mesma forma. Sim, fui apressada com esse conto, confesso! Sei que não é desculpa, mas a entrega dos contos era na semana do lançamento do meu livro. Então, dei uma corridinha com ele. Poderia ter cuidado com mais carinho. E isso irá acontecer, com certeza! Obrigada pelos comentários!
Ah, isso é justificável! Eu também apressei o meu, pois depois precisei começar a trabalhar com algumas coisas da Editora, então… A vida é isso! 😉
a ideia em si é interessante, mas poderia estar melhor colocada; parece que o autor fica afobado para seguir com a historia, que poderia ter crescido mais.