EntreContos

Detox Literário.

Leão Enjaulado (Marco Piscies)

I

Era o tipo de outono que fazia Nova Iorque respirar mais devagar – luz dourada vazando entre as cortinas, o pulso distante do tráfego soando sob o silêncio do consultório da doutora Megan Wright. O couro da cadeira estalou quando ela se mexeu.

Adiante, Joseph Vitale era um amálgama de músculos e tensão. Tinha uma beleza que a incomodava, o tipo de beleza construída pela violência, pelo rasgar e cicatrizar da pele.

“Então você o matou”, falou Megan. Não era uma pergunta.

A tensão pairava entre eles como fumaça de cigarro.

“Sim.”

Ao longo dos anos, Megan tinha cultivado a sua reputação na base da discrição. Era a psicanalista dos monstros de Nova Iorque, os homens que andavam pelas sombras, que carregavam o odor metálico de sangue sob o disfarce de perfumes caros. Ela nunca pediu que falassem mais do que queriam, nunca bisbilhotava além do que era oferecido. E ela nunca, jamais, falava com o FBI, mesmo quando batiam à porta.

Mas Joseph era diferente. Era o herdeiro do império Vitale, o garoto de ouro dos clubes de luta ilegais. Nesses círculos, os seus punhos pareciam ter nome próprio. Foi o seu pai quem ordenou que fosse até ela após o incidente – porque matar o seu oponente nunca era bom para os negócios.

“Fale mais sobre a luta.”

Ele não respondeu de imediato. Seu olhar demorou meio segundo a mais na curva do seu pescoço, na forma como a sua blusa delineava os seus seios e sugeria um pouco de pele no decote discreto. Megan sentiu os pelos eriçarem.

“Ele veio preparado, e eu não estava acertando nada. Ele era bom. Mas eu consegui acertar um cruzado no queixo, ele caiu duro. Sabe, os braços duros como se já estivesse morto. Eu continuei socando.” Ele fez os gestos inconscientemente, os socos que desciam mais como marteladas. Megan engoliu seco.

O ar-condicionado ronronava, preenchendo o silêncio. Joseph tamborilou os dedos, uma, duas vezes – então parou. O silêncio era um elástico esticado entre eles até o limite. Megan aguardou. Naquele momento, ela precisava ser um espelho. A luz dourada do entardecer destacava a cicatriz que Joseph carregava sobre um dos supercílios. Ele tocou, distraído, os calos óbvios que cobriam os seus punhos, mas manteve a mudez.

“Qual era o nome dele?”

“Dele?”

“Do lutador que você matou.”

Os punhos ficaram brancos com a pressão.

“Eu não sei.”

“Você não sabe o nome dele?”

“O que importa o nome dele?”

“Você sabe se ele tinha uma família?”

“De que importa…”

“Sabe se ele…”

“DE QUE IMPORTA!”

Ele se ergueu, um gigante. Megan encolheu-se contra a poltrona.

“O QUE IMPORTA O HOMEM QUE MORREU, MERDA?”, e segurou os braços da poltrona da psicanalista, aproximando o rosto enraivecido, tão perto que ela sentiu o calor da sua pele. “Você vai me consertar ou não?”, ele falou entre dentes, trêmulo. Ela afundou a cabeça no forro da poltrona, tentando em vão afastar-se daqueles olhos. Joseph levantou a mão e Megan previu o pior, mas tudo o que ele fez foi estapear o seu caderno, lançando-o contra a parede, o lápis tilintando no assoalho. “Pára de conversa e me receita logo um remédio!”

“Eu não sou uma psiquiatra para te medicamentar.”

“Então me dá uma merda de uma técnica para me acalmar, qualquer coisa!”

Ele se apoiou contra a janela e distraiu-se com o que via lá fora. Arfava em um esforço consciente para se acalmar.

“Joseph. Sente-se aqui”. Ele a ignorou. “Dar a você uma técnica para se acalmar é como tentar curar um osso quebrado com aspirina. Eu não estou aqui para te ‘consertar’. Eu estou aqui para te ajudar a entender a si mesmo, para você mesmo se consertar.”

“Isso é uma perda de tempo.”

Ele marchou para fora sem olhar para trás.

Megan finalmente permitiu-se respirar. As mãos tremiam. Foi até o banheiro lançar água sobre o rosto. Quando fechou os olhos, viu novamente o rosto furioso a poucos centímetros do seu, a mão erguida. Aqueles olhos azuis dilapidados.

Não era raiva, pensou. Era um tipo de luto. Joseph se punia por sentir qualquer coisa que não fosse vergonha do que tinha feito, e substituía qualquer emoção por ódio.

Qual é o seu problema, Megan?, pensou, sentindo que teria que trocar a calcinha, que estava encharcada.

II

Suzanne quase cuspiu a cerveja.

“Ele fez o QUÊ?”

“Não foi nada demais”, disse Megan. “Ele só jogou o meu caderno pra longe.”

O pub de sempre fervilhava ao redor das duas amigas, o cheiro de cerveja barata e nicotina era pungente.

“Você falou que parecia que ele ia te bater, Meg!”

“Sim, mas foi só a minha impressão. Não acho que ele bateria em mim. Ele está direcionando os sentimentos dele nas direções erradas.”

“Deus me livre! Ainda bem que você se livrou dessa. Você é maluca de aceitar essas coisas da máfia.”

“Não é como se eu tivesse uma escolha, né, amiga. Eles só apareceram no meu consultório um dia. Uma mulher, daquelas elegantes, com dois brutamontes atrás dela, e não parecia que ela ia aceitar um ‘não’ como resposta.”

Suzanne lia a expressão da amiga do outro lado da mesa como um livro aberto.

“Você não parece muito feliz dele ter ido embora.”

“Eu só não gosto de ter perdido ele. Acho que poderia ter me esforçado mais para ajudá-lo.”

“Ele era gostoso?”

Megan corou.

“O que?!”

“Ele era gostoso, não era? Você queria levar aquele tapa, não queria?”

“SUZANNE!”

“Desde quando você não transa, hein? Desde Matthew? Isso faz o que, um ano? Amiga, já te falei que o seu problema é pica…”

Suzanne riu quando teve de desviar do saleiro que voou em sua direção.

III

A campainha soou. Na câmera externa, Joseph a aguardava. Eram o dia e a hora corretos, exatamente uma semana após aquela primeira conversa desastrosa. Megan mordiscou o lábio. Abriu a porta da frente.

“Você voltou.”

Foi o início de dois meses de uma lenta fuga de tudo o que considerava sagrado na sua profissão. Com todos os outros pacientes, Megan era o espelho que deveria ser, a terapeuta contida, a ouvinte atenciosa. Para Joseph, porém, vestia-se de forma provocante. Sentava-se mais próxima. O gigante parecia uma criança diante dela, desviava o olhar quando ela projetava o decote, suava frio quando ela cruzava as pernas.

Deveria ser outro dia de consulta normal. Ela havia escolhido uma saia longa rodada para aquela tarde, com um corte que exibia quase a totalidade da coxa quando cruzava as pernas. Joseph marchou para dentro do consultório, impaciente.

“Não está funcionando, Meg.”

“O que?”

“Esse tratamento, essa merda toda não está funcionando!”

“O que aconteceu?”

“O que aconteceu é que NÃO ESTÁ ADIANTANDO DE NADA!”

Ele invadiu o seu espaço, forçando-a a se dobrar para olhá-lo nos olhos.

“Nós já conversamos sobre isso. O que você está sentindo?”

“O que você acha que estou sentindo?”

“Não é raiva…”

“O QUE É, ENTÃO?”

“Eu não sei, você que vai ter que me dizer.”

O lutador andava de um lado para o outro, mãos sobre a cabeça como se tentasse mantê-la sobre o pescoço.

“Ele está no hospital…”

“Quem?”

“Meu adversário de ontem. Os médicos falaram que ele pode morrer.”

Ele bufava, os músculos rijos queriam rasgar a camisa social. Megan adiantou-se um passo.

“E o que você está sentindo?”

Ele parecia incrédulo com a pergunta. Ela se aproximou um pouco mais.

“O que você está sentindo?”

E quando ele fez que levantaria a voz novamente, ela segurou o seu rosto com ambas as mãos.

“O que você está sentindo?”

O lutador se desfez em soluços, as lágrimas descendo rápido pelo rosto. Ajoelhou-se diante dela, e Megan acompanhou-o até o chão, ainda com as mãos em seu rosto.

“Medo.”

Ela anuiu.

“Por que não me diz logo que sou um fracasso?”

“Por que eu diria isso?”

“Megan… não precisa mentir.”

“Não estou mentindo.”

“Você não acha que sou um caso perdido?”

“Não.”

Silêncio. Os olhos de Joseph se estreitaram em rebeldia.

“Prove.”

E ela provou, da única maneira que os seus instintos a permitiram: beijou os seus lábios, sentiu o sal das suas lágrimas. Moveu-se sozinha, enquanto ele apenas recebia o seu toque, uma, duas vezes, até finalmente tocá-la de volta. Logo as duas línguas se encontravam, e as mãos exploravam os contornos um do outro. O ritmo escalou rápido, ele passou a beijar o seu pescoço, as curvas dos seus seios. Ela tirou a sua camisa e ele ergueu a sua saia, quase destruiu os botões da sua blusa.

Não precisavam de palavras. Ela se entregou por completo, sabendo que ele queria controle. Joseph a deitou sobre o sofá e arrancou o seu sutiã com destreza exemplar. As mãos de Megan exploraram o tórax perfeitamente emoldurado, então desceram até achar o seu cinto. A boca do lutador explorou os seus seios, sugou os mamilos. Seus beijos desceram e desceram, mas ela o puxou de volta para cima.

“Eu quero você inteiro, dentro de mim, agora.”

Ela nunca havia se sentido tão inteiramente preenchida por um homem na vida. Quando ele a penetrou, os olhos reviraram. Era o renunciar de todas as inibições, o abandono de todos os limites. Um elástico solto após semanas de tensão constante.

Ele a manipulou com violência. Seus dedos possessivos deixavam marcas onde a segurava. Ela devolveu mordidas e arranhões. De alguma forma, Joseph encontrou espaço nos seus movimentos desesperados para descer até o lugar onde seus corpos se encontravam e massageá-la com os dedos. Os movimentos circulares foram o suficiente para empurrá-la precipício abaixo. O gozo veio tão forte que o grito entalou na garganta. Estimulado pela visão, ele mesmo chegou ao limite, mas quando fez que se afastaria, ela o prendeu com as pernas.

“Goza pra mim.”

Ele se desfez dentro dela, o corpo pesado cobrindo-a como um cobertor, o rosto escondido em seu pescoço. Ela acariciou o seu cabelo, os corações batendo em uníssono.

Ficaram sobre o sofá, banhados pela luz de uma tarde minguante.

“Eu não posso ser mais a sua terapeuta.”

As simples palavras trouxeram Joseph de volta ao seu estado de alerta.

“Não quero outra terapeuta. Eu quero você.”

“Joseph, não podemos continuar depois disso.”

“Você sabe que eu queria isso há um tempo. E você queria também, senão já teria me parado. Mas você continuou as sessões como se não houvesse nada de errado. Por que parar agora?”

Ela suspirou. Não estava em posição de discipliná-lo, não quando ainda estava com os seios de fora, e enquanto ainda sentia os tremores do orgasmo recente.

“Olha. Eu vou falar com o conselho, e a gente pode…”

“Conselho?”

“Sim. Eu tenho que levar isso para eles.”

“Por que uma merda de um conselho tem que saber sobre nós?”

“É o certo a se fazer.”

Ele se ergueu, mais imponente agora que o tórax exibia uma forma mais parecida com um guerreiro do que com um homem quebrado.

“Eu não quero afetar a sua carreira, Meg.”

“Joseph, olha, vai dar tudo certo…”

“Não. Já destruí coisas demais.” Ele vestiu o paletó e pegou a camisa nas mãos. Olhou-a uma última vez. “Não me deixa destruir isso também.”

Marchou para fora sem que ela pudesse respondê-lo. Megan notou os olhos marejarem, mas sentiu que aquilo era mais um ponto e vírgula do que um ponto final. Joseph agia de forma instintiva, e não sabia controlar as emoções.

Por isso, para a sua surpresa, não chorou.

IV

Megan brincava com o copo de uísque. O pub reverberava com música alta, mas o mundo parecia distante.

“Mas que situação, hein, amiga”, falou Suzanne.

“É.”

Megan bebericou o destilado e torceu o rosto com a intensidade. Precisava de algo forte naquela noite.

“Você vai falar com o conselho, então?”

“Eu não sei.”

Não conseguia sequer erguer o rosto para olhar Suzanne nos olhos. Seu reflexo no líquido acobreado era uma versão distorcida de si mesma.

“Pelo menos valeu a pena?”

“Como assim?”

“Não me vem de desentendida. Foi bom? Tipo… ele transa bem?”

“Suzanne, eu juro por deus, se você continuar me perguntando essas merdas…”

“Ah, porra, você não me fala se ele é gostoso, não me fala como ele é pelado, ao menos me diz se ele transa bem!”

Megan bebericou mais um pouco do uísque. Fechou os olhos, sentindo a queimação subir pelas narinas. Abriu um sorriso que beirava a imoralidade.

“Eu gozei tão forte que foi daqueles que não consegui nem falar nada por um tempo. Sabe, quando a garganta fecha?”

“Puta que pariu.”

Suzanne bebeu do próprio uísque como se brindasse o momento.

“Você acha que ele volta?”

“Do jeito que ele é, vai voltar sim, e de alguma forma dramática.”

Ela não sabia o quanto estava certa.

V

Dois dias.

Dois dias desde que Joseph saíra do seu escritório, abandonando-a ofegante e sozinha sobre o sofá.

Megan estava sentada na mesa do consultório, muito depois de o último paciente ter ido embora. A caneca de chá que segurava deixara de fumegar há algum tempo. Seu corpo ainda reverberava com a memória do seu toque, os lábios ainda carregavam um pouco do sabor da sua pele.

Que homem que se preze te come e depois te ignora por dois dias? Pensou.

Mesmo que ele achasse que estava tirando dela a sua carreira. Mesmo que ela há muito fugisse do seu papel de psicanalista.

Então alguém abriu a porta. Seu coração saltitou, mas quem surgiu não foi Joseph. Uma mulher. A mesma mulher que havia iniciado tudo aquilo, assessorada pelos mesmos dois brutamontes.

“Venha comigo”, ela disse, e se virou, refazendo os seus passos. Os homens permaneceram como estavam, esperando que Megan os seguisse. Ela não se moveu.

“Por quê?”

Um dos capangas deu um passo adiante e o coração da doutora quase parou. A mulher ergueu a mão e o bruto obedeceu, retornando à pose inicial.

“Joseph precisa de você.”

“Oi?”

“Ele está tendo um ataque neste momento. Conseguimos chegar lá em dez minutos se você vier agora.” O celular da mulher vibrou, e ela pareceu não gostar do que viu na tela.

“Ele está tendo um episódio agora?”

“Sim. Você vem ou não? Sinceramente, só viemos aqui porque achamos que você possa ter algum efeito nele, como teve nos últimos meses. É um tiro no escuro.”

Megan sentiu o peito revirar um horrível sentimento de culpa. Ela não sabe.

“O que eu faço não funciona com crises. Eu não sou a pessoa certa para atender alguém em crise.”

A mulher bufou. Estalou os dedos e os homens a seguiram pela porta da frente, descartando a existência de Megan tão fácil quanto descartaria a embalagem de um produto usado. Atendeu uma ligação no telefone.

“Sim, prepare os calmantes.”

A imagem de Joseph sendo abatido por sedativos como um animal selvagem fez com que Megan corresse porta afora.

“Eu vou tentar, eu posso ajudar.”

A mulher segurou a porta aberta do carro.

“Entre.”

O clube de luta ficava no submundo de Nova Iorque, em algum lugar em East Harlem que ela nunca havia pisado antes. Portas de aço, luzes piscantes, o cheiro de suor e gelo-seco impregnavam o concreto. O ar vibrava com os rugidos da multidão.

Então, viu Joseph dentro da jaula, e o seu coração gelou. Sua visão afunilou-se na direção do homem que aprendeu a amar em tão pouco tempo.

Estava agachado como um animal encurralado. Vestia apenas o calção azul, o corpo perfeitamente emoldurado, tomado por suor e respingos de sangue. Um corte no supercílio fazia descer um rio escarlate pela têmpora. Bufava. Os olhos injetados escaneavam as pessoas. A plateia gritava e assoviava e ria, mas ninguém ousava se aproximar da jaula. No chão, as manchas de sangue recente contavam a história do que havia acontecido.

“Ele está assim faz quarenta minutos”, disse a mulher.

Megan não conseguia desviar os olhos de Joseph.

“Abre a jaula.”

“Você perdeu a cabeça?”

“Você não quer que eu fale com ele?”

“Sim, mas você pode fazer isso de uma distância segura.”

“Abre a jaula.”

A mulher bufou. Estalou a língua, puxou-a pelo braço até a entrada da jaula, deu a ordem e um homem abriu uma comporta tão curta que ela teve que se agachar para entrar. A turba interrompeu a maior parte da gritaria, apesar de a música continuar tão alta quanto antes. O som da porta de ferro se fechando atrás dela quase a fez saltar de susto.

Joseph, adiante, esgueirou-se até o centro da arena. Os olhos a assassinavam. Megan ergueu as mãos abertas em sinal de paz.

“Joseph, sou eu. Eu estou aqui agora, está tudo bem.”

Ele grunhiu. Não parecia reconhecê-la. Sentindo o cheiro de sangue no ar, a turba retomou os urros.

Joseph saltou adiante e se ergueu, assegurando a dominância física. Megan recuou até sentir a jaula às costas e quando ele estava tão próximo que podia sentir o odor do seu suor, ela tocou o seu rosto com as mãos.

“Não é raiva o que você está sentindo, não é”, suas mãos tremiam. Ele urrou. “Joseph, não é raiva…”

Mas ele a lançou ao chão. Megan caiu de costas e perdeu o ar dos pulmões. A turba renovou as provocações. Joseph jogou-se sobre ela como quem brinca com a presa. Trincava os dentes. Lambia os lábios.

Megan trouxe o seu rosto até ela e o beijou. Como antes, ele resistiu. Os lábios não se moviam. Mas, dois segundos depois, ele a beijava de volta. Trocavam saliva, tocavam as línguas. A multidão renovou o silêncio. Quando separaram os lábios, Joseph a olhava com olhos de gente.

“O que eu estou sentindo?”, ele falou, arfando, ainda sobre ela, o suor gotejando sobre o seu vestido.

“É você quem dá o nome.”

“Luto”.

Ela anuiu, as mãos o acariciando.

“E o que mais?”

“Sufocamento. Servidão.”

Ela sorriu.

E trocaram novos beijos. O mundo inteiro já não existia, apenas eles dois, e um futuro incerto pela frente.

Sobre Fabio Baptista

Avatar de Desconhecido

20 comentários em “Leão Enjaulado (Marco Piscies)

  1. Priscila Pereira
    18 de setembro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Oi, Marco! Não li seu conto inteiro… como não era dos meus 0obrigatórios, quando chegou na frase “goza pra mim”, me recusei a continuar lendo… uma coisa interessante é que descobri que o conto era seu pelo seu story, quando disse que era um desafio de alta literatura e erótico… bem, sabrinesco não é erótico, é uma história de amor, mais fofa, com sedução e levemente picante, aí o único conto que era realmente erótico (estilo que acho horrível e não leio) só podia ser seu! Desculpe por não terminar de ler!

  2. Mauro Dillmann
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um conto Sabrina bem sexual, entre Joseph e Meg/Megan (‘americanos’).

    Creio que tenha sido escrito por um homem e jovem.

    Algumas imagens criadas no texto me soam estranhas, como se fosse para preencher caracteres, dar voltas, elementos desnecessários na narrativa. Exemplo: “O ar-condicionado ronronava”. Ou uso de metáforas que também não acrescentam em nada: “O silêncio era um elástico esticado entre eles até o limite”. Ou comparações singelas, mesmo que propositais: “como tentar curar um osso quebrado com aspirina”.

    Aqui faltou acentuar: “O que?!”. Aqui também: “O que?”

    Um conto prolixo, diálogos curtos, por vezes superficiais e excessivamente impressionistas.

    Desculpa, mas não me prendeu.

    Parabéns!

  3. leandrobarreiros
    12 de setembro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Gostei do conto. É uma espécie de “A Bela e a Fera” contemporânea, ou pelo menos brinca com aquela ideia arquétipa da mulher domando um homem bestial. Quando bem feita, esse tipo de história é cativante por algum motivo difícil de explicar e, aqui, foi o caso. 

    Não criei nenhum grande vínculo com os personagens, as cenas não me impactaram grandemente e o desfecho narrativo pode ser visto de longe… mas ainda assim a história me empurrou para a frente e gostei da leitura, o que é um dos  melhores elogios que eu posso fazer. 

    Histórias que são boas de ler, na minha opinião, estão entre os melhores tipos de literatura, independente do gênero. 

    As passadas eróticas foram interessantes. Ao mesmo tempo em que parece que vão descambar em um exagero meio tosco, elas simplesmente se controlam. Não são excessivas. 

    A única coisa que acho que poderia ter sido um pouco melhor trabalhado foi o frenesi final. Vimos que o camarada se deixa levar pelas emoções, mas agir como um animal bestial é um pouco além disso. Acho que é algo fácil de corrigir, talvez com uma menção no primeiro relato sobre como ele, às vezes, deixa de enxergar as coisas, e só age e, por isso, acabou matando o sujeito. 

    Enfim, uma boa história para o tema do desafio.

    A princípio, acho que arranca de mim um 8.2

  4. Rodrigo Ortiz Vinholo
    11 de setembro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Um conto tecnicamente competente, com um bom andamento e bons diálogos, mas sinto que poderia ter explorado melhor muito do que ficou em entrelinhas. Tanto do lado da psicóloga quanto do lutador, muito parece existir na superfície, com motivações e históricos que ficaram implícitos demais a ponto de, por vezes, parecerem injustificados. Não é ruim, mas não funcionou tão bem para mim.

  5. claudiaangst
    10 de setembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    Temos aqui um conto sabrinesco? A esta altura do desafio não tenho mais certeza de nada relacionado aos temas propostos. Perdoe-me se ignorei qualquer intenção de se fazer alta literatura aqui.

    O conto está bem escrito, elaborado com a fusão de todos os clichês possíveis e imagináveis de um romance apimentado beirando o erótico, mais para revistinhas proibidas do que para os livrinhos Sabrina, Julia, etc. No entanto, é fato que o(a) autor(a) sabe muito bem o que está fazendo e se diverte com isso.

    Apesar de todo o exagero, a narrativa prende a atenção, pois mescla várias narrativas que já fazem parte do incosciente coletivo. Captei até a aura de A Bela e a Fera.

    Parabéns pela participação e boa sorte na classificação do seu conto.

  6. Thaís Henriques
    10 de setembro de 2025
    Avatar de Thaís Henriques

    Achei interessante o apelo “A Bela e a Fera”, mas não me prendeu.

  7. Fabiano Dexter
    8 de setembro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História

    Terapeuta que atende membros da Máfia recebe um paciente que havia matado uma pessoa em um ringue, durante uma luta ilegal. O histórico dele é passado de forma rápida, já que tem menos importância na história que seus atributos físicos e postura frente à terapeuta.

     Ela começa a tratá-lo e acaba querendo algo mais, assim como ele. Temos aqui uma quebra grande na história, onde estaria a sedução e partimos direto para o rala e rola. Em seguida ele a abandona com medo de prejudicá-la e no fim ela o encontra sem controle em uma jaula onde lutava, e o acalma com os beijos.

    Dramático, exagerado e previsível. Ou seja, um perfeito sabrinesco.

    Tema

    Sabrinesco, ainda que mais focado no tesão do que na sedução.

    Construção

    Conto bem escrito, focando nos detalhes que importam e avançam a história.

    A quebra entre o que acontece no consultório e no bar, na conversa, dá um tom interessante para a história, narrada em terceira pessoa, mas sem um narrador onipresente. Ele narra apenas o que está acontecendo e as conversas no bar ajudam a dar um maior entendimento ao que a protagonista está pensando.

    Quebra na história onde a sedução estaria atrapalha um pouco o conto, mas entendo que se deve também à limitação de palavras.

    Impacto

    O final foi previsível e dramático demais para o meu gosto pessoal, mas dentro do que era esperado para um conto do tema e em linha com o restante do conto, ou seja, mesmo não sendo do meu agrado está perfeito.

  8. Gustavo Araujo
    5 de setembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Eu estava tentando antecipar o fim dessa história desde o primeiro parágrafo haha Claro, já no início dá para perceber, até por conta da imagem que ilustra o conto, que Joseph e Megan vão acabar se pegando e tals, mas não dava para imaginar como isso iria terminar e é isso – o final – que salva o enredo.

    De modo geral, a história está muito bem montada, com foco intencional no gênero sabrinesco. A ambientação é ótima: o consultório, os gestos, principalmente os diálogos entre Megan e a amiga Suzanne. As cenas de sedução e sexo também foram construídas com competência, gerando a tensão necessária já na antecipação. Sim, porque normalmente o leitor, ao antever o que vai acontecer nem sempre recebe aquilo que imagina, mas aqui não houve nenhum tipo de decepção.

    Agora, quando eu digo que o fim é o que salva o conto é porque a história, apesar de bem montada, bem escrita, etc, é um grande clichê do gênero – o que parece ter sido intencional, como disse. Aliás, se não me falha a memória aqui mesmo no desafio há outro conto sobre uma terapeuta que vai às vias de fato com seu paciente. Mas aqui neste conto, você, caro(a) autor(a), consegue ir um pouco além, colocando o Joseph, o leão, literalmente numa jaula. Confesso que não esperava por isso e foi, então, que consegui sorrir. Caralho, pensei, agora sim. E ficou bacana o desenlace, com Megan entrando no espaço da fera para acalmá-lo. Era, no fim das contas, uma história de amor e não sexo pelo sexo. Você é um(a) romântico(a).

    O que fica para mim, depois de tudo, é a sensação de ter lido um daqueles livros que figuram nos mais vendidos da Amazon, só que melhorado, justamente por causa da cena final. Ousadia pura. Para ir para o dez só faltou a Megan e o Joseph transarem na frente do público mesmo, na jaula, mas aí já seria demais haha. Bom trabalho, boa sorte no desafio.

  9. Jorge Santos
    4 de setembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá. Estou a notar uma estranha predominância de boxeurs e de terapeutas neste desafio. No caso do seu conto, a mistura está bem feita, dando um dos melhores “sabrinescos” que li até agora. O contraste entre a força bruta e a elegância é a ideia chave do conto. O eterno cliché dos opostos que se atraem, ou talvez seja a verdade mais antiga da humanidade. Em termos de narrativa, estamos perante algo fluído, com diálogos impactantes. Prefiro um texto impactante ao texto que se perde em longas descrições que em nada abonam o arco da narrativa. Talvez seja a minha paixão pelo cinema a vir ao de cima.

  10. toniluismc
    4 de setembro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Olá, Julia!

    Seguem as minhas super anotações sobre o seu conto:

    A escrita é segura e cinematográfica: ambientação eficaz (outono em Nova Iorque, luz, ruídos), boa cadência frasal, cenas montadas com clareza de câmera. O foco interno em Megan é consistente e produz tensão erótica/psicológica que move a leitura. Diálogos, em geral, funcionam e revelam caráter; há momentos de exposição direta (“eu não sou psiquiatra… o conselho…”) que soam explicativos. A cena do consultório que desliza para o sexo é bem coreografada, embora eticamente problemática (o texto sabe disso, mas quase não trabalha as consequências).

    Pontos formais:

    Verossimilhança: a entrada de Megan sozinha na jaula e “domar” Joseph com beijo funciona como licença melodramática; se a proposta é realista, falta ancoragem (procedimentos de segurança, equipe clínica, risco legal). Se é estilização “noir”, está coerente, mas convém sinalizar melhor esse registro.

    Ritmo: alterna bem silêncio e descarga; a cena do pub com Suzanne escorrega para o alívio cômico caricatural; dá para enxugar sem perder função.

    O par “analista x lutador/máfia” não é novo, mas o texto encontra um ângulo eficaz: desloca a cura para o corpo (toque, gozo, nomeação de afetos) e arma o clímax como ritual público de reconhecimento (“não é raiva… — Luto”). A estrutura em blocos (I–V) e o motivo do elástico tensionado dão unidade. Ainda assim, há tropos previsíveis (amiga despachada, herdeiro violento, sexo como prova/“Prove.”) e o texto contorna — mais do que enfrenta — o dilema ético (conselho, denúncia, consequências).

    Sugestões de ganho criativo:

    Amarrar “luto/servidão” a um passado concreto (nome do oponente, família, história do pai/treinador). Hoje é mais conceito que ferida.

    Complexificar Suzanne (menos punchline, mais contraponto ético).

    Dar custo real à transgressão de Megan (processo, suspensão, perda/ganho), elevando o tema para além do hot estilizado.

    A abertura segura, o estouro de raiva no consultório e o clímax na jaula sustentam tensão e desejo; a cena sexual é quente sem descambar para vulgaridade, mantendo o conflito de poder. O desfecho na arena, com a nomeação do afeto e o silêncio da multidão, entrega um fecho emocional eficaz — embora sem epílogo de consequências, o que reduz reverberação após o choque.

    O texto prende e deixa imagens fortes; poderia marcar mais se assumisse um dos dois caminhos:

    1. melodrama estilizado, abraçando o exagero e a alegoria; ou
    2. realismo ético, encarando repercussões e ambivalências.

    De todo modo, é um bom texto, parabéns!

  11. sarah
    31 de agosto de 2025
    Avatar de sarah

    Olá! Já gostei desse trecho no início: “Uma beleza que incomodava Megan”. Dá pra entender a questão, “uma beleza forjada pela violência”. Quando a Megan pergunta o nome do lutador que ele matou, eu pensei que ele ia dizer que era uma lutadora! Uma mulher e não um cara. risos. Sei lá porque pensei isso.

    Fiquei com medo também quando ele vai pra cima da Megan, achei que ela ia levar um socão, tadinhaaaa.

    Quando a Megan vai jogar uma água no rosto e pensa no que o Joseff estava sentindo bem, e ela cita a excitação que ficou por causa do cara, bem, eu não estava esperando por isso! kkkk. Eita e agora ela tá provocando de propósito?

    Rapaz, isso vai dar ruim, ou vai dar bom. kkkkk. Terminei o conto agora, muito diferente essa história, mostrando um amor que nasceu do caos completo, da confusão, da dor. O final foi bem apreensivo pra mim, pensei que a Megan não ia conseguir trazer ele de volta. E me faz pensar em como é complexo o ser humano e ainda mais esse mundo de lutadores e tal. Acho que seu conto teve o sexo mais explícito que já vi nos contos até agora. Uma ótima história e gostei também de ser ambientado em Nova York, acho que também é o primeiro que vi se passando nos Estados Unidos.

    Muito bom conto, amei a amiga da Megan fazendo tantas perguntas, risos.

    Acho que é legal um conto como o seu pra mostrar que o amor não é só flores, sorrisos e coisas bonitas. Mostrou um sentimento que nasce em horas, digamos, inadequadas? Enfim, gostei bastante.

  12. Mariana
    30 de agosto de 2025
    Avatar de Mariana

    História: Bom, é Sabrinesco né… Até o pseudônimo Super Julia, lembra aqueles romances de banca de revista. Uma psicóloga de ética bem flexível passa a atender um brutamontes das lutas ilegais de Nova Iorque. Os dois se envolvem em um momento bem descritivo e, depois, ela o ajuda em uma cena que Freud encontra A Bela e a Fera. É o tipo de história que vende e vende bem. Mas não faz a minha praia. 1/2

    Escrita: Dentro da proposta, você escreveu muito bem. Estas histórias servem para caber qualquer um que queira se projetar dentro delas. Os personagens precisam ser abertos e o final deve ser feliz. Como eu disse, só não faz a minha praia. 1,25/2

    Impacto: Me tirou umas risadas constrangidas, mas eu não lembro o nome dos personagens. 0,5/1

  13. Pedro Paulo
    26 de agosto de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Cheguei, então, a este famoso texto, um hot que parece captar muitos traços do gênero: na gringa; ricaço gostoso e violento; mulher carente e sem graça; uma união improvável. Esse misto de romance, perigo e tesão dissimulam uma tensão que aqui é sentida, mas não acho que conceba um clímax (literário) em nenhum dos dois sentidos: não no emocional porque nenhum dos personagens parece mais do que um esboço; e nem no sexual, dado que as ações e reações também são narradas apenas na superfície. Para esse segundo aspecto se pode argumentar que assim seria um sabrinesco. Sim. Mas também seria tantas outras coisas que esse conto não é. É, sim, um hot. Como alguém que viu as discussões no grupo e apreendeu do esforço coletivo de separar erótico de romântico sensual um sinônimo mal colocado.

  14. Kelly Hatanaka
    19 de agosto de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Eu não avalio esta série, então, me permito avaliar como leitora, de forma mais livre e bem pelo meu gosto pessoal. Desculpe alguma coisa.

    Tema

    Romance sabrinesco, da coleção “Momentos íntimos”. É hot? Sim. Mas há romance e o romance não é um elemento secundário.

    Considerações

    Muito bom. É um clichezão romântico e é preciso coragem para abraçar um clichê assim. Gostei da audácia e da história.

    Joseph Vitale é o protótipo de bad boy atormentado. Megan é uma mulher independente, profissional respeitada. Ele tem um elemento selvagem, perigoso. Ela compreende esse elemento. Há uma atração irresistível entre eles. Ela se afasta. Ele precisa dela. Ela volta para ele.

    Tudo funciona nessa história. Há elemento hot, do qual eu, particularmente, gosto se for bem dosado. Aqui, no caso, o romance se sobrepõe e não perde o protagonismo para cenas mais eróticas. O que importa é o relacionamento do casal, o que cada um representa para o outro e como é a dinâmica entre eles.

  15. Anderson Prado
    18 de agosto de 2025
    Avatar de Anderson Prado

    Olá, autor.

    Autor, não se chateie, mas não consegui gostar do seu conto. Julguei o enredo fútil. Comentei em outro texto:

    “Considerei tomar todos os textos sabrinescos como fúteis, mas concluí que não somos donas de casa ou trabalhadoras cansadas indo à banca comprar um romance sabrinesco. Somos um grupo de escritores inteligentes e criativos nos desafiando mutuamente.

    Inteligência e criatividade é o que encontrei em Nossos Sapatos Não Combinam. Ali, há paixão e tesão pelo CEO, ao estilo do pior sabrinesco da Amazon. Mas há também drama conjugal na forma de um símbolo, uma metáfora inteligente e criativa, algo pequeno de que se denota um drama profundo, um drama que culmina, inclusive, na atração pelo CEO. Então, ali, o tesão não é gratuito, ao contrário, é intencional e simbólico. Depois de Nossos Sapatos Não Combinam, passei a esperar um pouco mais dos sabrinescos.

    Inteligência e criatividade também é o que encontrei em O Conde Que Me Amava. Ali, o autor conseguiu a façanha de conciliar os temas alta literatura e sabrinesco.

    Então, autor, achei que o seu sabrinesco entregou pouco.”

    Para além disso, julguei que você empregou muitos lugares comuns literários (construções e expressões que, em razão de sua excessiva repetição nos meios literários, acabam por revelar falta de criatividade): “odor metálico”, “engoliu seco”, “preenchendo o silêncio”, “falou entre dentes”, “como um livro aberto”, “coração saltitou”, “tiro no escuro”, “corresse porta afora”, “visão afunilou”, “estalou a língua” etc.

    Nota 2.

    • marco.saraiva
      16 de setembro de 2025
      Avatar de marco.saraiva

      Fazia tempos que eu não via um comentário tão desprezível e proponente como seu, Anderson. É uma pena que você abuse da boa vontade e pacifismo de grupos ecléticos como Entre Contos para usar o espaço como veículo para estas suas narrativas egocêntricas.

      Como você parece não ter o tino para a leitura, aqui vai uma dica: o mundo vai um pouco além do seu umbigo. Não é por que o estilo de um autor não te agrada que o autor é inferior. Ao invés de olhar para todos os autores que não escrevem da forma que você quer como inferiores, faria bem – para a sua alma, especialmente, mas também para o Entre Contos em geral – que você tentasse sair deste seu palanque onde você se encontra de pé, sozinho e arrogante, e olhe os outros escritores do grupo como iguais.

      Tirando isso, acho um tanto arrogante também o fato de você descaradamente declarar que considera todos os sabrinescos fúteis, efetivamente falando que vai tratar de forma diferente metade dos contos do desafio. Isso é obviamente uma afronta a ideia do EC, onde exploramos novos temas, novos desafios e estilos. Sempre de mente aberta.

      Da próxima vez mantenha o seu comentário reciclado para você. Se você acha o seu tempo mais importante do o meu e não se dá ao trabalho de tecer algum comentário decente ao meu conto, prefiro o silêncio.

  16. cyro eduardo fernandes
    13 de agosto de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto de boa técnica, com personagens bem construídos. Lembra um roteiro de pornochanchada, com orçamento maior.

  17. Luis Guilherme Banzi Florido
    11 de agosto de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia! Tudo bem? Tô lendo os contos na ordem de postagem do site, sem ter conferido quais são minhas leituras obrigatórias. Bom, vamos lá pro seu conto.

    Esse conto me surpreendeu bastante, positivamente! Até certo ponto da leitura, me parecia algo um pouco apelativo e gratuito, no estilo “o chefe do morro cadeirante e a fisioterapeuta”, onde teriamos uma mulher se sentindo seduzida por um cara perigoso, potencialmente perigoso pra ele, mas que ela se apaixonaria e viveria um amor proibido. Quero dizer, é isso que acontece, na verdade huahuahuahu. Mas, o que me surpreendeu não é o conteudo, e sim a forma como foi entregue. As entrelinhas, os meandros da historia, que dão profundidade e valorizam o enredo que, de outro modo, poderia ser clichê.

    Sem falar que voce escreve bem pra caramba, escreve de uma forma tão fluida, com personagens criveis e dialogos naturais, que a leitura flui que é uma beleza. A cena de sexo é carnal e intensa, e muito bem feita. A relação entre eles é bem construida. A sensação que ficou é que voce escreveu 6 mil palavras em 3, impressionante.

    Enfim, um conto que eu esperava que fosse cliche, apelativo e sem graça, mas que se mostrou profundo e muito imersivo. Parabens!

  18. Antonio Stegues Batista
    10 de agosto de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Um conto bem escrito mostrando o trabalho de uma terapeuta curando os traumas de um pugilista com sexo. Parece que esse é o único remédio para acalmar o leão enjaulado. A escrita é simples, sem elaborações de frases, mas posso incluir non tema Alta Literatura Simples. A trama não é complexa e o erotismo dá evidência ao tema Sabrinesco, embora alguns colegas afirmam que é preciso ter romantismo na história, ou seja, construir a relação dos dois personagens num cotidiano de amor e afeto. No conto há apenas atração física e um sexo casual. Há algumas palavras clichês que a autora poderia ter usado sinônimo pouco usual. Então, o erotismo vai sendo construído no conto desde o início. É interessante o contraste da beleza delicada e a beleza do rude, selvagem. A abordagem da psicanálise no conto foi sutil, quase inexistente quando a terapeuta conversa com seu paciente. Acho que poderia ter sido mais aprofundado tecnicamente para dar um valor maior à trama.

  19. Léo Augusto Tarilonte Júnior
    9 de agosto de 2025
    Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

    Tema sabrinesCO.Enquadrei seu conto nessa categoria porque ele fala sobre a sedução que A terapeuta exerce sobre seu paciente. Um problema que me incomodou na sua narrativa, foi a apresentação das cenas do bar. Elas estão colocadas de forma muito abrupta ao longo do texto. Faltaram conexões com as partes anteriores da história. Parecem cortes e tomadas como as que acontecem no cinema e cenas jogadas assim sem muita conexão me incomoda um pouco. Outro problema foi a inadequação de regência em alguns verbos, você utilizou pronomes oblíquos de forma equivocada. Vou postar abaixo os trechos em que percebi este problema indicando os pronomes que considera adequados para a futura revisão caso você queira. “Eu não sou uma psiquiatra para te medicamentar.”Embora este trecho não tem relação com o que eu disse acima aproveito para dizer que não existe o verbo medicamentar o correto seria medicar.A campainha soou. Na câmera externa, Joseph a aguardava. Eram o dia e a hora corretos, exatamente uma semana após aquela primeira conversa desastrosa. Megan mordiscou o lábio. Abriu a porta da frente.Neste trecho como é que ele aguarda na câmera, poderia ser ela viu pela câmera que ele aguardava do lado de fora. E ela provou, da única maneira que os seus instintos a permitiram: beijou os seus lábios, sentiu o sal das suas lágrimas. Moveu-se sozinha, enquanto ele apenas recebia o seu toque, uma, duas vezes, até finalmente tocá-la de volta. Logo as duas línguas se encontravam, e as mãos exploravam os contornos um do outro. O ritmo escalou rápido, ele passou a beijar o seu pescoço, as curvas dos seus seios. Ela tirou a sua camisa e ele ergueu a sua saia, quase destruiu os botões da sua blusa.Neste trecho deveria ser do único jeito que lhe permitiram, não a permitiram.Ela nunca havia se sentido tão inteiramente preenchida por um homem na vida. Quando ele a penetrou, os olhos reviraram. Era o renunciar de todas as inibições, o abandono de todos os limites. Um elástico solto após semanas de tensão constante.Nesse trecho deveria ser: seus olhos se reviraram ou reviraram-se, porque revirar sem ser reflexivo, quem revira revira alguma coisa e os olhos não reviraram nada. Marchou para fora sem que ela pudesse respondê-lo. Megan notou os olhos marejarem, mas sentiu que aquilo era mais um ponto e vírgula do que um ponto final. Joseph agia de forma instintiva, e não sabia controlar as emoções.Nesse trecho deveria ser responder-lhe não respondê-lo.

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Publicado às 2 de agosto de 2025 por em Liga 2025 - 3A, Liga 2025 - Rodada 3 e marcado .