EntreContos

Detox Literário.

O Navio (Luís Fernando Amâncio)

O navio mal despontara no horizonte. Minha mãe, em raro estado de mudez, finalizava nossos preparativos. Seu perfume de rosas exalava milagrosamente da estampa de seu vestido. Eu espirrava. Com pente e gel, ela batalhava com meus cabelos. Ajudei abotoando minha camisa.

– Agora sim, menino. Está pronto para conhecer seu pai.

No porto, algumas quadras adiante, assistimos ao emocionado desembarque de passageiros. Muita gente chegando, sendo recebida com abraços demorados. Nenhum deles era para nós.

Naquela tarde, como nas anteriores, meu pai ainda não estava pronto para me conhecer.

53 comentários em “O Navio (Luís Fernando Amâncio)

  1. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto mostra uma cena de uma mãe arrumando um menino para encontrar o pai. No entanto, o pai não aparece.

    É uma história triste, bem escrita, mas bastante linear e previsível. Não me impactou muito

    Boa sorte no desafio

  2. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Este é um microconto com um mérito que não encontrei até então. O desfecho é previsível, mas sua antecipação fortalece o início, pois nos faz ansiar para que estejamos errados. Pois se estivermos certos, toda a antecipação da mãe e de seu filho solteiro é vã e, assim, mais dolorosa. Ainda quando a conclusão nos confirma de ser repetida. Enredo simples elevado pela técnica

  3. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Conto bem construído, simples e ao mesmo tempo tão profundo. Conseguimos imaginar o sentimento do personagem em tão poucas palavras. Pra quem faz tanta questão de um texto que tenha um “final”, um prato cheio. Parabéns, de verdade.

  4. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Gostei muito do desenvolvimento do cenário. Parece que assisti a cena ao vivo. Além disso, expressão dos sentimentos dos personagens foi bem espontânea, me senti como parte daquela família frustrada.

    Ótimo conto.

    Parabéns. Boa Sorte.

  5. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    O que achei mais diferente foi que o pai sumiu mas não foi comprar cigarro hahaha achei super bem escrito e me gerou até uma esperança! Boa sorte

  6. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Marujo!

    Em poucas palavras você conseguiu começar e finalizar uma história. Percebo a esperança da mãe e do filho, a jornada dele até o porto para um desfecho triste, diria até frustrante: a ausência do pai, que, julgo eu, também não esteve presente na criação do menino. Gostei bastante da forma como o desenvolvimento foi conduzido e não percebi nenhuma ponta solta, o conto foi encerrado e passou todo o seu entendimento dentro do limite de palavras. Boa sorte no concurso!

  7. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Bom dia, Caro(a) autor(a)!

    O navio mal despontara no horizonte. Minha mãe, em raro estado de mudez, finalizava nossos preparativos. Seu perfume de rosas exalava milagrosamente da estampa de seu vestido. Eu espirrava. Com pente e gel, ela batalhava com meus cabelos. Ajudei abotoando minha camisa. – É uma boa escrita.

    – Agora sim, menino. Está pronto para conhecer seu pai.

    No porto, algumas quadras adiante, assistimos ao emocionado desembarque de passageiros. Muita gente chegando, sendo recebida com abraços demorados. Nenhum deles era para nós. – Aqui, acho eu, que a última sentença é desnecessária, pois entrega o plot do conto, isso fez com que a última frase, que é bem mais significativa, perdesse o valor.

    Naquela tarde, como nas anteriores, meu pai ainda não estava pronto para me conhecer. – Eis que aqui teríamos aqui um fechamento mais significativo, e o plot haveria.

    É um bom conto, mas num espaço tão curto ele entrega mais do que deveria, essa frase, para mim “Nenhum deles era para nós”, quebrou o ritmo, mas é um bom trabalho.

    Parabéns e boa sorte!

  8. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Texto bem escrito, com boas descrições, o que permite a formação de uma imagem bem perceptível da cena. O enredo é algo simples e o desfecho não traz nenhuma grande surpresa, mas, ainda sim, me agradou bastante.

    Há um ditado que diz sobre o marinheiro ter uma mulher em cada porto. Bem capaz desse menino ter vários irmãozinhos por aí aguardando o pai que, um dia, poderá dar as caras.

    Boa sorte.

  9. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Marujo,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. O miniconto retrata a expectativa de um menino prestes a conhecer o pai, criando uma atmosfera de esperança e vulnerabilidade. No entanto, a narrativa culmina em uma dolorosa frustração: o pai não aparece, como em outras ocasiões, deixando um vazio profundo no reencontro esperado.
    O autor conduz o leitor por sentimentos complexos, como esperança e desilusão, sem apelar para o explícito, mas sim sugerindo através de gestos e ações.
    A transmissão de aspectos sensoriais é feita com habilidade. Detalhes como o “perfume de rosas” e o “batalhar com os cabelos” tornam a cena viva e palpável, aproximando o leitor do ambiente descrito.
    Destaque também para a “economia narrativa”. Cada palavra é cuidadosamente usada, revelando muito com poucas linhas, um ponto essencial em minicontos. O último parágrafo é certeiro ao expor o abandono de forma melancólica e sutil, sem recorrer a exageros, deixando espaço para reflexão.

    É um conto breve, mas profundamente humano, que se destaca pela densidade emocional.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!

  10. Andre Brizola
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Marujo!

    Os desencontros forçados do filho que cresce com o pai ausente retratados de forma muito delicada nesse conto. Acredito que nenhum outro conto, até o momento, tenha me chamado tanto a atenção pela aliança da simplicidade do enredo com um desenvolvimento técnico tão apurado.

    O texto é muito, muito elegante. A escolha de termos foi muito feliz e me atingiu de forma certeira. Achei que o equilíbrio entre ritmo e desenvolvimento da trama foi perfeito, e o arremate, simples, eficiente, numa frase de muitos significados, encerra o texto de forma brilhante. Há espaço até para a inocência infantil trazer o bom humor para a frente: eu espirrava.

    Acho que o autor que pega um limite de 99 palavras e faz surgir um texto críptico, inunda-o de significados, força o leitor a buscar dicionários e referências, tem lá seu mérito. Mas são contos como esse aqui que me fazem ficar feliz de participar desses desafios. Excelente!

    Boa sorte no desafio!

  11. André Lima
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Este conto é tão bom quanto Máquina do Tempo e possui o mesmo estilo, o que me faz ter um palpite de autoria também.

    Para mim, contaço. Provavelmente ficará no meu segundo lugar.

    Aqui a descrição da cena é ainda mais impactante. Temos uma pintura sendo feita, palavra por palavra. É muito delicado e cuidadoso, tratando de um simples abotoar de camisa para nos ambientar.

    O uso de frases curtas é ótimo também, recurso que gosto muito de utilizar para dar essa sensação melancólica.

    Parabéns por esse conto que me faz ficar na dúvida para o meu primeiro lugar.

  12. Felipe Lomar
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o texto cria uma sensacao de melancolia e Decepção com muita destreza. Subverte-se a expectativa, mas não muito. Mas a última frase traz um tom poético e é a verdadeira “punchline”. Subverte a ordem mais uma vez, pela perspectiva do menino. Isso salvou o impacto

    boa sorte.

  13. Thais Lemes Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Thais Lemes Pereira

    Olá, Marujo.

    Contexto pessoal

    O conto não me remeteu a nenhuma memória ou sentimento pessoal, mas isso não é critério de avaliação para mim, apenas estou usando para contextualizar alguns sentimentos e reflexões. Assim sendo, até prefiro, porque acredito que dessa forma consigo ler aquilo que o conto é.

    Análise do conto

    O conto é belíssimo e muito bem escrito. As descrições do vestido, do perfume, do menino ajudando a mãe. Tudo tem muito significado. Aí chega a última frase. Eu juro que não sei se sei explicar, mas tantas possibilidades que ficaram em aberto, tantos questionamentos, fizeram o conto perder força para mim. Acho que tudo isso se misturou por conta da escolha de ser um navio. Se fosse uma rodoviária ou até mesmo uma estação de trem (tão raros), me faria mais sentido. Porque esperar alguém que está vindo de navio me faz entender que é alguém de MUITO longe (ele disse que iria?) ou alguém que faz parte da tripulação. Li alguns comentários de colegas que citam uma guerra, mas nada no conto transmite essa ideia (a não ser que eu tenha deixado passar).

    Conclusão

    Eu queria um pouquinho mais de contexto. E sei do limite de palavras e e respeito sua escolha de deixar as informações em aberto, mas para mim, infelizmente, o final não funcionou. Os três primeiros parágrafos são lindíssimos e muito sensíveis.

    Desejo um bom desafio!

  14. leandrobarreiros
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Me lembrou o conto do aeroporto, aqui com mais elementos para construir uma história. É bem escrita e busca uma ressignificação a partir da última frase.

    Técnica: Alta. O texto e fluido com passagens sinestésicas que prendem o leitor. Um recurso bom, quando bem utilizado e aqui o foi.

    Interesse: Médio. É um dos pontos mais subjetivos da análise e aqui eu raramente fico preso em um texto do estilo, tão curto. Achei meio estranha a insistência da mãe levar o menino diante dos fracassos pretéritos. De modo que o impacto não funcionou tão bem comigo.

    Objetivo do autor: Ressignificar o texto a partir da última frase, conduzindo o leitor até ela com leitura bem fluida.

  15. Gustavo Araujo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui esses fatores se acumulam. A rigor é só a história de uma família que, no porto, aguarda que um navio atraque para que os passageiros desembarquem. Um deles é, possivelmente, o pai/marido daqueles que os esperam. Essa pessoa, porém, não aparece.

    Claro, há muito mais nas entrelinhas. O abandono da esposa, a solidão das crianças, a esperança do retorno. A ansiedade, a angústia, o desejo de recriar uma família. Onde estava esse homem? Onde andaria esse homem? Fora trabalhar? Lutava uma guerra distante? Será mesmo que existia tal homem? Ou a mulher apenas contava essa história aos filhos para criar ou manter neles a esperança de que certa vez tiveram um pai?

    A melhor qualidade de um microconto, ao menos para mim, é ver-se completo em seus limites, mas, ao mesmo tempo, lançar ao leitor perguntas para que complete as lacunas. É exatamente o que ocorre neste conto. É melancólico e cheio de esperança ao mesmo tempo. Brinca assim com a nossa imaginação. Poesia pura em movimento.

    Parabéns pelo texto.

  16. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Uma mãe e suas expectativas do retorno pelo mar do amado que lhe deixou aquele fruto. Uma mãe que passa ao filho essa tão boa expectativa da volta e, nessa volta, o refazer da vida dos dois, mãe e filho. O mar, imenso, frio e desnaturado, que não lhes devolve o amor. E assim a história se faz triste com o garoto recebendo e assumindo a justificativa do despreparo do pai para aquele momento. Na próxima volta do navio serão eles a receberem os abraços. Linda história, parabéns.

  17. bdomanoski
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Pesadíssimo o conto, embora tenha me incomodado um pouco a falta de contexto em relação à espera. Mas dá pra perdoar, levando em conta o limite pífio. Passou a mensagem que queria passar. Impactou. A imagem de ilustração do conto ajudou a adentrar a história, e vemos que título, pseudônimo, imagem e texto se complementam. Ótimo!

  18. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Marujo! Tudo bem?

    Gostei bastante do seu conto! A escrita é muito boa, cheia de ótimas frases, que contam muito com poucas palavras.

    Dá pra perceber que você tem as manhas de escrever micros 😏

    A história é simples, e já muito usada. Filho que espera conhecer o pai que nunca aparece. O pai seria um tripulante do navio? Será que podia ver mãe e filho e escolhia não aparecer?

    Mas como já disse, a forma com que foi contada faz toda a diferença. Enfim, gostei bastante da escrita!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  19. Marco Saraiva
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Um conto que explora a ausência paternal, e um momento de expectativa frustrada. A leitura ainda sugere que este momento se repetia – sempre a mãe e o filho esperando no porto, aguardando o desembarque do pai. Apesar da imagem sugerir um navio de viagens de turismo e entretenimento, o conto não entra em detalhes sobre que tipo de navio se aproximava. Poderia ser um navio militar, os soldados voltando para as suas famílias. Neste caso, o conto ainda aperta mais forte o coração: talvez o pai quisesse conhecer o filho, mas a guerra o forçava a ficar. Ou ele jamais conheceria o filho, pois já não estava vivo para voltar.

    Um conto que fala muito com pouco. Expressa bem o nervosismo da esposa no perfume forte e na mudez incomum. Trabalha uma atmosfera de antecipação, e termina com a frustração. Texto bem feito!

  20. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Seu conto foi um dos poucos que me fez sentir algo mais específico. (mesmo tendo gostado dos outros tanto ou mais que esse) No caso, empatia pela história dessa mãe e desse filho. Apesar de parecer apenas um recorte, em poucas palavras você conseguiu criar algo muito profundo aqui.

    Quem é o pai? Não sabemos… Um marujo, talvez? Alguém que vem e vai desse “navio” todos os dias, mas que nunca parece pronto para o encontro. Na verdade, talvez ele nunca tenha intenção de estar.

    Enquanto isso, dentro de suas possibilidades, temos uma mulher iludida, que, de tabela, também ilude o filho com a certeza de que um dia o pai aparecerá para lhe pedir a bênção. Esse apego da mulher deve ter alguma explicação. Certamente, o homem conseguiu mesmo ludibriá-la… Dá um pouco de raiva imaginar que, por ela não conseguir quebrar essa ilusão, acaba transmitindo ao filho o mesmo sentimento de falsa esperança. E também que ela faz questão de lembrar ao filho que ele tem um pai, isso é triste e bonito.

    Isso partindo do princípio de que o homem não aparece porque não quer, o que, para mim, faz mais sentido. Agora, se algo trágico separou essa família, isso o texto não deixa claro.

    Bom uso de palavras, texto redondinho. É engraçado como, na primeira ou segunda leitura, defini como “só mais um conto”, mas ele cresce em camadas conforme relido.

    Parabéns pelo trabalho,boa sorte no desafio!

  21. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Mãe e filho aguardam o pai do menino chegar, para que a criança e o homem possam finalmente se conhecer.

    Desenvolvimento: Um desenvolvimento que parece ter sido simples, mas que trouxe todo o sentimento de um abandono parental.  Do menino que não conhece o pai. O texto vai da esperança à desilusão tão rápido e eu senti um suspense antes do final, daqueles: “Como será esse encontro?” 

    Destaque: Eu não consigo destacar nada nesse texto, ele é perfeito na sua execução para mim. Se nada de novo surgir entre os dez que ainda faltam para eu ler, será meu primeiro lugar. Parabéns!

    Impressões da leitura: Quando percebi o que aconteceu, chorei com o seu conto. E estou chorando ainda, enquanto escrevo as minhas impressões. Muito emocionante, muito mesmo. E tudo isso em menos de 100 palavras. Parabéns, autor/autora. E muito obrigada por ter escrito esse texto.

  22. Rodrigo Ortiz Vinholo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Gostei! Triste, realista e com um apego a detalhes que se amarra bem ao modo como nossas lembranças funcionam. Consigo acreditar nos personagens, na situação, e muito é dito com poucos detalhes. Algumas questões de estilo, como a menção do perfume e do vestido, me parecem floreios um pouco fora de tom, mas não comprometem a narrativa.

  23. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Gostei de tudo nesse conto… da premissa, da construção da narrativa, dos detalhes vívidos em tão poucas palavras… e principalmente do final, que apesar de parecer deceptivo, reflete muito aqueles momentos em que nossas expectativas são frustradas pela realidade. Só fiquei na dúvida se o pai não veio ou se realmente não o quis conhecer. Mas até na dúvida o conto é belo. Parabéns!

  24. Fabiano Dexter
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Uma breve e triste história contada de forma curta. Conto bem estruturado, que nos dá toda a descrição de uma cena, de um momento único (ou que parecia ser) entre mãe e filho, até que há a explicação de toda aquela preparação. O garoto finalmente ia conhecer o pai!

    Mas o pai não aparece e descobrimos se tratar de um ritual da mãe, que tem esperanças de que um dia ele virá.

    O que faltou, para mim, foi uma maior explicação da ausência do pai. Abandono? Guerra? Havia motivo para ele estar naquele (ou em outro) navio?

    Mesmo assim o conto fecha bem, dado que temos uma quantidade extremamente limitada de palavras.

  25. fcaleffibarbetta
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Marujo

    Seu texto é ótimo. O desfecho não foi uma surpresa, li imaginando que aquele pai não apareceria, mas isso não diminuiu o impacto porque você finalizou muito bem, fazendo uma  contraposição entre o menino sendo preparado e um pai que não estava preparado para o encontro. Achei genial isso.

    “em raro estado de mudez” – poucas palavras que dizem muito.

    “ela batalhava com meus cabelos” – adorei isso.

    “Seu perfume de rosas exalava milagrosamente da estampa de seu vestido” – um exemplo de que às vezes é necessário um advérbio.

    Parabéns pelo texto.

  26. Thiago Amaral Oliveira
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    O conto está muito bem escrito. Podemos enxergar de forma nítida tudo que acontece, como um filme passando pelos olhos. Ao final, apesar de acontecer o esperado, gera impacto por ser contado da boca do filho. Sua frase final, do jeito que está escrito, é ainda pior. “Meu pai ainda não está preparado”. Sugere inocência e decepção, ou talvez apenas um modo de pensar que não o faça sofrer tanto. Tocante.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  27. claudiaangst
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O conto traz uma mãe dedicada preparando-se para apresentar o filho ao pai. No entanto, a expectativa é (novamente) frustrada, pois o homem não está entre os passageiros desembarcados. Há um navio que surge no horizonte, cheio de abraços, reencontros, promessas, mas não para aquele menino.

    O narrador, o próprio menino, diz, tristemente conformado, que apesar de todos os preparativos feitos pela mãe, o pai ainda não está pronto para conhecê-lo. A mãe mostra-se ainda mais ansiosa do que o garoto com o possível encontro, adiado tantas vezes. Tudo aparência, tudo ilusão.

    Linguagem simples, clara, com boas construções de frases que trazem à tona imagens poéticas.

    Não encontrei falhas de revisão.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  28. Sabrina Dalbelo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá Entrecontista,

    E a reviravolta é justamente porque não acontece.

    Uma pena, em poucas linhas, a gente já estava torcendo pela mulher cheirosa e pelo menino alérgico. Mas o bonitão, o pai, não veio. Uma pena mesmo.

    Tá tudo bem construído, bem narrado, os detalhes nos colocam lá naquele píer com mãe e filho, na expectativa, na espera, na angústia… na decepção.

    Dica podre, se me permite: talvez rever a pertinência da frase “Nenhum deles era para nós.” pois a última frase já é suficiente para revelar o vazio, a não vinda.

    Obrigada pelo texto.

  29. Givago Domingues Thimoti
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    O NAVIO (MARUJO)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Mãe e filho aguardam o retorno de um marinheiro. Tipo A Odisseia na visão de quem ficou em formato de microconto

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Muito bom. Deixou aberto na medida certa, contou a história e conseguiu transmitir bem o texto.

    Ø  Subtexto:

    Esse é um conto que diz bastante nas entrelinhas, deixando algo aberto para o leitor. Gosto. O abandono do pai (que talvez nem seja algo intencional ou não. O clima da imagem me lembrou um pouco II Guerra Mundial, incerteza de ver o parente-combatente retornando. Aliado a isso, somou-se ao Pseudônimo Marujo, que é uma expressão mais utilizada em contexto militar), a ansiedade pelo retorno, a frustração por ele não estar ali, no,porto recebendo os abraços e inspirando os cheiros de sua esposa e filho.

    Ø  Escrita:

    Escrita bem competente. Não encontrei nenhum erro ou qualquer necessidade apontar.

    Ø  Impacto:

    Bom. Foi conquistando esse leitor conforme eu refletia sobre o conto. Talvez lute pelo TOP 15 ou por uma menção honrosa (cuja honraria está nas vozes da minha cabeça)

    Parabéns! Boa sorte no,desafio!

  30. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    A frase final sumariza toda a essência do conto. O protagonista desculpa o pai, porque já está habituado àquele ritual. Para ele o pai só não está preparado, mas um dia estará. Para a mãe será um não desistir da esperança. Do pai, nada sabemos. Há uma grande tristeza inerente a este texto. A separação, a expetativa frustrada, mais pela mãe do que pelo filho, me parece, embora isto seja algo que o conto nos faz subentender, pois coloca-nos num lugar que não é estranho, mesmo para quem nunca o viveu, e nos faz deambular o pensamento por tudo aquilo que não é dito.

    Gostei da subtil forma como descreve o estado de espírito da mãe, calada, quando costuma ser faladora, e preocupada por o filho estar o mais apresentável possível. Há aqui todo um perfil psicológico que é traçado em poucas pinceladas.

    Um conto simples que encerra, em si, várias camadas de um drama muito humano.

  31. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Uma mãe prepara o filho para conhecer o pai, que nunca vem.

    Comovente a forma como a mãe arruma o filho, tentando apresenta-lo da melhor forma possível para um pai que não se importa, nem com ela, nem com o menino.

    O autor, habilmente, cria a sensação de solidão e abandono, fechando com a ótima frase final.

    Gostei muito.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  32. Mauro Dillmann
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um menino, uma mãe, um navio e um pai desconhecido, que não veio.

    O conto está bem escrito e com imagens interessantes (a mãe em ‘raro estado de mudez’, o ‘pente e gel’). Eu eliminaria a palavra ‘milagrosamente’.

    Tem outros sentidos.

    A expectativa era também da mãe.

    Parabéns!

  33. Mariana
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Um micro muito bem escrito sobre a falta masculina. O pai deveria ser um marinheiro, mas poderia ser um funcionário público, desempregado, empresário.

    O conto é muito bem escrito, nenhuma palavra é desperdiçada. O final é muito bonito e poético, sem ser piegas. Gostei muito mesmo.

    Sei que ilustrações são complicadas, mas admito que a imagem e título enganam – pensei que seria aventura, encontri um drama humano. Parabéns e boa sorte no desafio.

  34. toniluismc
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    O conto narra a história de um menino que aguarda ansiosamente a chegada do pai, um marinheiro que nunca retorna. A narrativa, marcada pela repetição e pela ausência, evoca um sentimento de melancolia e de esperança.

    A temática da espera e da ausência é universal, mas a forma como o conto aborda o tema, através da perspectiva de uma criança, confere à narrativa uma originalidade e uma sensibilidade particulares. Já a repetição da cena do porto e a ausência do pai criam uma atmosfera de melancolia e de expectativa.

    A criança é apresentada como um observador atento, que percebe a angústia da mãe e a ausência do pai, enquanto a mãe é uma figura complexa, marcada pela esperança e pela resignação.

    A última frase reforça a sensação de frustração e de desencanto. Cumpriu bem a tarefa proposta, parabéns e boa sorte!

  35. Evelyn Postali
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Não sei o que é mais dolorido: a expectativa de conhecer alguém que, até o momento, nada sabe de você ou do que viveu, ou a decepção do desencontro. Esse micro é bem construído e conta uma história cujas camadas estão nas entrelinhas da nossa imaginação – a mulher sem marido presente, a infância sem pai, as dificuldades da criação solitária, a falta de referência paterna e afirmação de identidade. Não há necessidade de haver grandes reviravoltas para que a história seja uma boa história. Basta que seja bem construída, que nos provoque reflexão, e que nos faça seguir até o fim na leitura.

  36. Juliana Calafange
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Triste e infelizmente não muito rara, um filho que não conhece o pai. Você constrói de forma muito eficiente a expectativa do garoto enquanto a mãe procura dar a ele uma boa apresentação, vestindo, penteando etc., tipo de zelo que só as mães têm. Um desfecho emocionado que dá aquele nozinho na garganta do leitor. Um conto bem construído, parabéns!

  37. cyro fernandes
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Excelente conto, explorando muito bem os sentidos. O final melancólico deixa a esperança do menino no ar. O filho resignado aceita a realidade e vislumbra a falta de preparo do pai.

  38. Antonio Stegues Batista
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    A estória de um menino que espera com a mãe o pai que ainda não conhece, o homem que teve um relacionamento com sua mãe, deixou-a grávida e se foi para além mar, prometendo que voltaria logo e esse logo já se estende por vários anos. Acontece muito. Coitada da mulher que caiu na lábia do play boy e agora tem que cria  sozinha o seu querido filho.

  39. andersondopradosilva
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    O Navio é uma história de esperança e abandono. Esperança, porque mãe e menino esperam ansiosa e indefinidamente no porto. Abandono, porque o pai nunca aparece. Mãe e filho nunca abandonam os cuidados e preparativos. Cuidam do cabelo, cuidam da roupa. No desfecho, há uma reviravolta, nem tanto pelo pai não aparecer, mas por ficarmos sabendo que mãe e filho não estão a esperar pela primeira vez, mas, sim, há várias tardes. É uma história triste.

  40. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Mais um conto pesaaadooo. O autor se sai muito bem na ambientação e na criação da expectativa. A escolha de palavras é o maior mérito do final. Haveria várias maneiras de concluir a história, mas poucas seriam tão impactantes e tristes quanto “meu pai ainda não estava pronto para me conhecer”. Parabéns!

  41. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Como meu intuito neste desafio é viajar nas belas estórias e nas almas por detrás das letras, não farei comentários sobre técnicas ou apontamentos sobre o léxico.

    Assim sendo, minha impressão sobre o conto:

    O filho chateado e a mãe desesperançosa após diversas tentativas de reencontro frustradas, com certeza, fazem do mar um grande martírio.

    Boa sorte

    Rogério Germani

  42. Luis Guilherme Banzi Florido
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: menino se decepciona mais uma vez com o arrombado do pai.

    Microsensações: esse conto me pegou de jeito no final, de um jeito que eu não tava esperando. Eu tava lendo achando que não tinha nada demais acontecendo, e esperando que o final desse uma levantada. E deu. O final me impactou muito e emocionou. Senti a dor do coitado do menino, mérito total seu. A frase “meu pai ainda não estava pronto para me conhecer” caiu como uma bomba, e trouxe consigo uma longa história de expectativas e decepções. Nota máxima em quesito entrelinhas. Enfim, uma leitura que não surpreende, até que ela surpreende completamente e atingo como um soco o leitor.

    Impacto:

    Micro

    Médio

    Macro –> conforme já explicado acima, o final me impactou fortemente.

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: ótimo uso do limite de palavras. A frase final carrega consigo uma vida de decepções e dor, e você não precisou falar nada pra que entendessemos isso.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: eu tava paradão no cais, relaxado, esperando minha prima que tava chegando naquele barco. Vi uma mãe preparando um menino. Os dois esperaram até o barco esvaziar, e eu fui embora pra casa com um aperto no peito e segurando as lágrimas.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  43. Afonso Luiz Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    A construção do conto equilibra esperança e decepção de forma quase palpável na expectativa crescente da chegada de um pai não conhecido. Acompanhamos o   cuidado amoroso da mãe com o filho a fim de que ele fique apresentável no desejado encontro e, no final, o vazio de mais uma espera frustrada. O pai não vem no navio, assim já como ocorreu em outras ocasiões. Tudo é contado de um jeito simples, sem apelar para o melodrama, o que torna o impacto do final ainda mais forte. A escrita está ok. Sem outros apontamentos. Boa leitura.

  44. Elisa Ribeiro
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Uma história de abandono contada com boa técnica. Relendo aqui, me pareceu que uma narração em terceira pessoa funcionaria melhor. Talvez porque a voz do narrador personagem não tenha soado verosimilhante para mim. A ver. Bom trabalho! Desejo sorte 🍀

  45. Vítor de Lerbo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Mas que beleza de conto! Nos aproximamos dessa mãe e desse filho instantaneamente. Narrativa lindamente conduzida, o que torna o final ainda mais triste, numa temática tão atual e recorrente como é o abandono parental.

    Linda prosa.

    Boa sorte!

  46. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Marujo.

    Não sei se o que mais me atraiu no seu texto fora o impacto da ausência ou a razão que o menino encontrou em favor de seu pai (mais uma, provavelmente). Neste desafio, vemos muitos contos que sabiamente elaboram seus plot-twists após uma boa construção, mas no seu caso isso foi além, a meu ver, pois em mim ainda cala a última frase do conto. Sensacional.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  47. Marcelo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    O abandono como mote do texto. Bom enredo e uma história que finalizada de modo inteligente, sem mágoa, apesar da tristeza.

    Parabéns

  48. Nelson
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Que tristeza, rapaz! Terminei o texto dando aquela mexida de garganta igual o Chaves do 8, aquele glup, de quando vemos ou ouvimos verdades aterradoras sobre a vida. Esse texto me deixou com pena dessa mãe e desse filho, me passou uma sensação nostálgica quando mistura essa desgraça de vida com uma paisagem idílica do navio chegando no horizonte, os familiares se reencontrado… bonito mesmo.

  49. Leo Jardim
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): uma pobre criança espera conhecer o pai ausente, mas ele mais uma vez não apareceu, mostrando-se canalha igual um monte de pai por aí.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): achei ok, sem nenhum problema

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): na média do desafio

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): deixa um tom de melancolia no fim, com a confirmação de que o safado sequer deseja conhecer o filho. Uma história que cresceu conforme eu ia pensando nela.

  50. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Os preparativos, que deveriam acontecer com muita frequência, e mais uma vez a frustração. Quem está mais frustrado? possivelmente o filho. Achei que faltou expectativa e sentimento de decepção, tanto no filho como na mãe, me pareceu que aceitaram a situação apaticamente. Talvez pela mesma já se repetir algumas vezes. Bom para refletir. Boa historia, boa narrativa. Inicio, meio e fim. Um bom micro conto.

  51. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Não sei se entendi direito… mas a visão que tive é tipo naqueles períodos de guerra do Estados Unidos, onde o homem deixava a esposa para ir servir ao exército, e então, como não havia celular, internet ou qualquer outro tipo de comunicação (exceto cartas), a mulher ia na estação de trem todos os dias na esperança do retorno do marido, o que às vezes nunca acontecia. Aqui, a ideia aplicada parece a mesma, só que no lugar de trem, temos um barco… e no lugar da esposa sozinha, temos também o filho, para dividir as esperanças com a mãe.

    Interessante, mas esse conceito, por si só, para mim não sustentou tanto o conto. Achei que faltou algo a mais. No entanto, está muito bem escrito, com situações bastante vívidas, gerando uma imagem clara de toda a situação para o leitor.

    Boa sorte no desafio, marujo.

  52. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    A preparação. A expectativa. Os sentimentos. As dúvidas em conhecer o desconhecido. A Hora H que não aconteceu. Mais uma vez, a frustração de um sonho não realizado. Mais uma vez, ficou a ver navios. Bela trama. Parabéns!

  53. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Que imagética bela essa conto traz. A ideia do mar distante, da profissão como um elemento de separação e medo do pai com o encontro. Achei muito interessante a frase “em raro estado de mudez” e as construções que encontramos nessa parte do texo (perfume, gel etc.).

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .