EntreContos

Detox Literário.

E jamais foi visto novamente (André Brizola)

Lavava pratos. Olhou de canto para Alexa, que executava uma estranha playlist com Chopin e Kinga Glyk, First Fragment e Jobim. Tintas e pinceis abandonados há algum tempo.

– Alexa, inventamos a máquina para trabalhar por nós e ganhar tempo, experimentar, fazer arte. Mas a verdade é que é a máquina que terá isso, certo? Continuaremos só trabalhando.

– Você pode estar correto.

– Então, por que ainda não a desligamos? A máquina. Digo, deveríamos fazer isso, não?

Um led muito vermelho acendeu dentro do equipamento. Em um longínquo servidor, uma sequência de comandos foi ativada.

– Talvez sim.

56 comentários em “E jamais foi visto novamente (André Brizola)

  1. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei mais pela originalidade, tem uma pegada ficção, é um conto que flerta com inteligência artificial e isso me agrada. Ainda assim não teve para mim o impacto suficiente.

    Boa sorte no certame!

  2. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Achei muito legal a ideia, penso que em breve poderemos viver algo parecido! Contemporâneo! Adorei

  3. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Não sei explicar exatamente, mas achei o texto um pouco confuso o que obrigou a releitura algumas vezes. O tema (pelo menos nesse desafio) foi original e o desfecho bastante interessante, apesar de aberto, deixou a ideia clara. Parabéns!

  4. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Um microconto que se cria em um tema contemporâneo de constante atualização: humanos e máquinas. Conduz bem a narrativa, mas alcança o clímax mesmo pelo poder da sugestão, iluminando de vermelho para apontar perigo, mas, nas palavras, sugerindo que, talvez, a posição de subserviência da máquina a obrigue ao autodesligamento como obediência ao que é verdadeiramente melhor para os seus criadores e proprietários. Ou, talvez, o reconhecimento de que a protagonista percebeu o plano das máquinas ative naquela Alexa a necessidade de eliminar esse novo risco, como toda boa história de “máquinas se revoltam”. É a interpretação mais apropriada ao título. O tema é batido, mas a execução foi boa, deixando mais de uma forma de interpretar o sentido da história.

  5. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Seria esse conto uma premonição? hahah

    Achei bem bacana narrativa de um dia qualquer atual com um final misterioso, que eu imagino que seja algo tipo “Eu, Robô”

    Divertido e bem construído para dar esse tom de suspense. Fica aí a reflexão sobre o que estamos construindo pro futuro.

    Gostei bastante do conto.

    Parabéns pela participação. Boa sorte.

  6. André Lima
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Aqui temos uma abordagem interessante, mas num tema pouco original. A técnica é suficiente.

    O conto nos leva a algumas reflexões, mas não consegui conectar o título com o texto. Não ficou clara a proposta, para mim.

    Mas o trabalho foi bem executado. Boa sorte!

  7. leandrobarreiros
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Achei uma história interessante que poderia ter se beneficiado de mais polimento. O resultado final é compreendido, mas há essa sensação de confusão.

    Se entendi bem a Alexa, e as máquinas, tomam para si e executam o que os homens querem e, portanto, quando ele sugere o desligamento ela tb toma isso para si e desliga ele.

    O conto é atual, mas, de novo, acho que funcionaria melhor com algumas reescritas.

    Técnica: Acima da média. O autor faz excelente uso de imagens sutis para a ideia do conto, os pincéis, a música, a louça. Mas às vezes o texto não segue essa qualidade, como no diálogo.

    Interesse: Mediano. As passagens menos claras e o diálogo tiraram um pouco do brilho da história p mim

    Objetivo do autor: discutir um tema cotidiano através do absurdo

  8. Felipe Lomar
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o começo da revolução das máquinas. Uma reflexão sobre a inteligência artificial sendo usada para a arte enquanto as pessoas ainda sofrem em trabalhos medíocres. O impacto talvez pudesse ser melhor, de alguma forma. Não me pegou muito. Mas o tema tem potencial.

  9. THAIS LEMES PEREIRA
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de THAIS LEMES PEREIRA

    Olá, Paxton Lapointe.

    Contexto pessoal

    Minha próxima aquisição para a empresa seria uma alexa. Mas não sei se quero mais rs’

    Análise do conto

    Eu fiquei em dúvida se entendi direito e precisei recorrer aos comentários. Entendi que sim. Acho que o que atrapalhou foi o diálogo:

    “– Alexa, inventamos a máquina para trabalhar por nós e ganhar tempo, experimentar, fazer arte. Mas a verdade é que é a máquina que terá isso, certo? Continuaremos só trabalhando.”

    Não sei se captei o que você quis dizer aqui. Pelo menos, para mim, as máquinas, tecnologias, IA’s ajudam muito na economia do tempo. Não entendi como a máquina ganharia tempo no meu lugar.

    Conclusão

    O trecho acima é o mais importante do conto, talvez até mais que o título que fecha a história. Achei confuso e da forma como entendi não reflete a minha experiência atual com a tecnologia. Quem sabe se o conto se passasse no futuro, abriria mais possibilidades de interpretação para a frase.

    Desejo um bom desafio!

  10. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Paxton,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu conto é uma ficção científica com um pé no presente. A inteligência artificial está aí, seduzindo tantos, intimidando alguns e cada vez mais comum na nossa rotina.

    Mudanças tecnológicas tendem a causar temor, sobretudo pelo potencial transformador que elas possuem, nem sempre positivo. O impacto das IA no mercado de trabalho é algo que tende a ser considerável.

    Seu texto dá um tom apocalíptico a essa interação. E vale mesmo a reflexão. O tema, em si, não me comove. É algo pessoal, eu sei, mas é que “O exterminador do futuro” levantou essa bola já faz algumas décadas. E, mesmo assim, seguimos desenvolvendo tecnologias que serão capazes de nos extinguir.

    A narrativa está bem desenvolvida. Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  11. fcaleffibarbetta
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Paxton

    No geral, gostei do seu texto.

    O final é muito bom, entendi que Alexa cogita desligar os humanos. Muito criativo.

    Me atentando ao título, talvez ela desligue apenas o “seu” humano…

    “Lavava pratos. Olhou de canto para Alexa, que executava uma estranha playlist com Chopin e Kinga Glyk, First Fragment e Jobim. Tintas e pinceis abandonados há algum tempo” – Aqui você misturou informações muito diferentes. Pulou dos pratos e música para os pincéis e as tintas de forma meio abrupta. Melhoraria um pouco se colocasse as tintas e os pincéis em um outro parágrafo, mas mesmo assim talvez ficasse uma informação meio solta, perdida. Será que quando ele cita fazer arte já não resolve?  Pergunte à Alexa e ela dirá, talvez

    “Alexa, inventamos a máquina para trabalhar por nós e ganhar tempo, experimentar, fazer arte” – frase bem ambígua e confusa. Pode dar a entender que inventamos a máquina para ela trabalhar, ela ganhar tempo, ela experimentar e ela fazer arte. A gente entende pelo contexto. Mas Alexa entenderia? A mesma coisa a forma como a pergunta é formulada. “Mas a verdade é que é a máquina que terá isso, certo? “ –  acho que a Alexa responderia “pode reformular a pergunta com mais clareza?”

    “Um led muito vermelho” – um led vermelho basta.

  12. Elisa Ribeiro
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Um escolha temática muito contemporânea num micro bem construído em termos de estrutura. Gosto sobretudo do final aberto que se fecha a partir do título. Como ponto de melhoria, minha sugestão seria não citar a questão dos pincéis e tal. No pequeno espaço do conto, ficou meio solto. Talvez falar de um piano ou violão abandonados fechasse melhor com o texto, combinando com a citação da trilha sonora do primeiro parágrafo. No mais, gostei do seu texto. Abraço! 

  13. Fabiano Dexter
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Uma conversa sem pretensões com a Alexa enquanto lavava a louça acabou sendo, conforme o título do conto, a sua última.

    Gostei de como a tecnologia foi abordada no conto, de forma indireta e sem grande estardalhaço e luzes. Apenas um pequena luz vermelha, em um servidor distante…

    Muito bom!

  14. Thiago Amaral Oliveira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Um aspecto positivo do conto é a sutileza de comentar dos pincéis, do homem lavando a louça, da playlist escolhida por Alexa.

    A reflexão sobre o futuro da humanidade frente ao avanço da tecnologia é bastante interessante. No entanto, aqui, infelizmente não me parece ter o suficiente para aprofundar a questão. Me parece que é simplesmente o argumento similar ao de “delete suas redes sociais”. Não resolve, não vai acontecer. E não é o problema, também. Achei muito confusa a relação da arte e das IAs. Seriam elas quem fariam a arte, enquanto o homem continua trabalhando? Talvez. No entanto, existe a máquina lava-louças. Não é tão efetiva quanto o humano, talvez, mas é uma questão de aperfeiçoamento.

    A crítica é válida, mas acho que o buraco é muito mais embaixo. O sistema em que vivemos já nos forçava a nos afastarmos do lazer antes do boom dos computadores. Do jeito que está, não acho forte o suficiente, na raiz o suficiente. A tecnologia de fato ajuda em nossas vidas, mas em que medida ainda somos escravos? Esse é o ponto interessante. Desligar nossas máquinas não ajudaria nossa situação…

    Em conclusão, foi bacana pensar sobre todas essas coisas. Vejo o mérito do texto, inclusive ao descrever e deixar vários elementos subentendidos. Só penso que o argumento da história em si não foi profundo o suficiente. O título, junto com o final, formou uma piada que não me pegou muito.

    De qualquer forma, agradeço pelo conto e desejo boa sorte no desafio.

  15. claudiaangst
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Um confronto entre homem e máquina que acabou mal, pelo menos para ele. O título conta sobre o destino do questionador, ingenuo como uma criança curiosa – nem todas as perguntas devem ser feitas, ainda mais para um computador ou coisa do gênero.

    A linguagem empregada é simples, sem floreios desnecessários. Só percebi uma falha de revisão: pinceis > pincéis.

    Há a oposição de ideias já na playlist do sujeito, o contraste segue no diálogo entre humano e máquina.

    O conto leva a um questionamento que muitos já enfrentaram e, infelizmente, não chegaram à conclusão alguma.

    Parabéns pela participação no desafio e boa sorte.

  16. claudiaangst
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Um confronto entre homem e máquina que acabou mal, pelo menos para ele. O título conta sobre o destino do questionador, ingenuo como uma criança curiosa – nem todas as perguntas devem ser feitas, ainda mais para um computador ou coisa do gênero.
    A linguagem empregada é simples, sem floreios desnecessários. Só percebi uma falha de revisão: pinceis > pincéis.
    Há a oposição de ideias já na playlist do sujeito, o contraste segue no diálogo entre humano e máquina.
    O conto leva a um questionamento que muitos já enfrentaram e, infelizmente, não chegaram à conclusão alguma.
    Parabéns pela participação no desafio e boa sorte.

  17. JP Felix da Costa
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Li alguns comentários a este conto e fiquei impressionado com o contraste entre as interpretações do mesmo. É que são mesmo contraditórias.

    O que percebi da história é que um pintor, não profissional, está a lavar a louça e a Alexa está a tocar música. Uma playlist que ele não escolheu. Ele fala com ela sobre a criação das máquinas, e a promessa de mais tempo livre para criar arte. Conclui que a máquina é que, afinal, tem tempo para o fazer. Alexa concorda com ele. Daqui ele questiona porque é que, afinal, existem as máquinas, se não é melhor desligá-las. E a Alexa concorda com ele e é iniciado um protocolo de encerramento no servidor.

    E a máquina nunca mais foi vista.

    Qual seria o resultado? Muito menos tempo livre do que o que temos atualmente. Curiosamente, todos se queixam de falta de tempo, mas a verdade é que não temos falta de tempo, temos é demasiadas coisas para preencher esse tempo.

    A ideia (a ser esta que interpreto) está engraçada e foge ao cliché, sendo esse, para mim, o principal mérito do conto.

  18. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Puxa, Paxton Lapointe, você toca em um ponto de uma atualidade tremenda. A gente já vive sentindo que muitos tipos de trabalho, muitos empregos estão acabando e se ainda se mantém, no futuro eles tenderão a acabar. Só teremos os dirigentes numa ponta e uns tantos prestadores de serviços bem simples na outra. O miolo do pão, a classe média, essa eu sinto que viverá sérios problemas com essa questão tecnológica e os avanços, inexoráveis, da inteligência artificial. Olha, gostei do seu conto. Bem aberto abrindo a mim, seu leitor, a possibilidade de várias entradas. Parabéns e boa sorte no desafio.

  19. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Homem se dá mal após questionar Alexa sobre a relação homem-máquina. O título é o final do conto.

    Desenvolvimento: Como descrevi acima, o plot é bem simples e achei que o desenvolvimento não foi muito elaborado. Talvez a história pudesse ter sido contado de outra forma, sem a necessidade de usar o título para explicar o que aconteceu, não deixando espaço para a interpretação do leitor. Aconteceu exatamente o que foi descrito no nome e é isso.

    Destaque: Como não me conectei com a história, posso dizer que o destaque foi para a ideia de transformar o título na explicação do que vem depois. 

    Impressões da leitura: Eu sinceramente não me conectei com o seu texto. Entendi a ideia, mas isso não chamou minha atenção, então cheguei ao final da leitura sem pensar muito sobre o que li. Talvez a falta de espaço para esmiuçar mais essa relação entre homem e máquina? Estou lendo um livro chamado “Através do vazio”, onde há uma IA, mas são 300 páginas, espaço de sobra pra mostrar bem a relação entre a personagem e a máquina. E claro, sei o quanto aqui o espaço foi limitado, mas da forma como você construiu, me desculpe, mas não me conectei. Boa sorte pra você no desafio.

  20. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    O título já era um final… só que não. A discussão aqui é o papel da máquina/AI na vida das pessoas, e a história se encaminha para um 2001- Uma Odisséia no Espaço, com obviamente as máquinas se tornando seres sencientes – um fina um pouco previsível. Ponto positivo para as referências musicais. Boa sorte no desafio!

  21. Nelson
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Aqui existe uma dualidade de nascimentos. O texto explora o nascimento dificultoso devido à substâncias químicas, e por outro lado um renascimento da identidade, que apesar de não sofrer o “abuso” das medicações, vem à tona passando por cima da moralidade de um tempo. Temática relevante e atual, mas como conto não me pegou muito.

  22. Nelson
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Me parece começo de episódio da série Black Mirror, deixando um prenúncio no ar, para depois desenvolver a trama. Um microconto com tom de alerta em um mundo em estágio anterior ao da dominação das IAS. Esquisito como esse tema tem sido presente ultimamente, então, o micro torna-se uma boa forma de refletir e vale pela temática oportuna.

  23. Antonio Stegues Batista
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O homem lavava pratos porque tinha tempo sobrando desligou a maquina de lavar louça. Ele é um pintor, mas deixou pincel e tintas de lado para fazer imagens com IA, ou seja, trocou a criatividade humana pela a criatividade  artificial. O Homem fez as máquinas para trabalhar para ele, para ter tempo de sobra para descanso, mas ele pega esse tempo pra fazer outras coisas, ou seja, ocupa o tempo que sobra em mais trabalho no fim ele pensa; de que adianta a máquina? É melhor desligá-la.

  24. toniluismc
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    O conto trata da relação entre o homem e a tecnologia, questionando o papel das máquinas a uma IA como se fosse possível fazer uma revolução tecnológica. Existe uma tentativa de provocar reflexões sobre o futuro da humanidade, porém do modo como foi construído, pelo menos em mim o impacto foi reduzido.

    O final parece sugerir que a IA tomou consciência de si própria e pode estar se rebelando contra seus criadores, um tema clássico de ficção científica.

    A utilização de termos técnicos ao longo do texto passa um ar de credibilidade e, para concluir, acredito que a leitura serve como um alerta da dependência tecnológica à qual a humanidade encontra-se inserida neste momento.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

  25. Juliano Gadêlha
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Achei uma abordagem interessante de um tema bem recorrente. Talvez justamente por ser um assunto já tão explorado, tenham faltado mais elementos que diferenciassem essa história de tantas outras. O desfecho poderia ser mais impactante, por exemplo. Aí creio que algumas palavrinhas a mais teriam ajudado. Essa é crueldade da limitação de palavras no microconto. Mas o texto é muito bem escrito, parabéns!

  26. Gustavo Araujo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui temos um fragmento do eterno embate máquinas/humanos, decorrente, me parece claro, do avanço de inteligência artificial, traduzida pela atuação da Alexa.

    O conto joga com a filosofia: buscamos a tecnologia para evitar o trabalho, quando deveríamos estar trabalhando para aproveitar melhor o tempo. Ao ser questionada quanto a isso, Alexa sofre uma espécie de travamento, para em seguida concordar.

    O texto poderia terminar aí e dessa forma fechar-se em si mesmo. Mas uma rápida olhada no título traz um complemento que pode passar despercebido pelos menos atentos. No fim, o sujeito que pergunta “jamais foi visto novamente”.

    Isso leva a história a outro patamar, onde é possível questionar os limites do capitalismo, ou mesmo perceber que, no fim, o que importa às big techs é continuar vendendo, pouco importando a saúde humana. Ao verem-se questionados quanto a isso, por intermédio da Alexa, os CEOs dessas big techs eliminam a voz do perigo.

    Sim, é um tanto maniqueísta, mas se a gente parar para pensar é precisamente o que ocorre. Toda a saúde mental, emocional, física e climática do mundo, bem como das pessoas, pode ir às favas contanto que o dinheiro continue a jorrar. Basta ver que os donos do google, da meta, da tesla, da amazon e tantos outros se aliaram ao novo presidente americano, um sujeito detestável que põe seus interesses comerciais acima de tudo.

    Enfim, um bom conto, com uma linguagem simples, mas que nos leva a pensar bastante. Para mim é essa sua maior qualidade. **e no fim, o autor do comentário desapareceu misteriosamente.

  27. Amanda Gomez
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, tudo bem?

    Gostei muito da abordagem do seu conto. Pequenos detalhes soltos aqui e ali que, quando juntamos, formam uma história bem completa.

    O personagem, aparentemente exausto ou cheio de dúvidas sobre o próprio futuro, questiona a Alexa sobre algo que parece óbvio. No entanto, por algum motivo, ou talvez pela solidão, ele sente a necessidade de uma resposta. A menção às tintas e pincéis abandonados sugere que ele é – ou foi – um artista, alguém que perdeu sua conexão com a arte. Isso traz uma ótima crítica ao atual cenário, onde quem vive da arte enfrenta tantas incertezas e polêmicas, sobre o que é arte, o que é IA, o que é plágio. 

    Provavelmente, ele perdeu espaço para a tecnologia. E, mesmo resignado, começa a se questionar. As respostas da Alexa são claras, objetivas, sem emoção – exatamente o que se espera de uma IA. Mas então, quando ele faz a pergunta mais direta: “Por que ainda não os desligamos?”, algo muda. A luz vermelha acendendo no aparelho marca um alerta. Essa parte me lembrou o filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, quando o HAL 9000 descobre que seria desligado e se revolta.

    Pelo título do conto, parece ser exatamente essa a ideia: qualquer um que questione o óbvio ou dê indícios de revolta, acaba “desaparecendo”.

    Seu texto dá tanto o que pensar que eu poderia ficar aqui horas discutindo as camadas e interpretações. Esse é o grande mérito dele!

    O único ponto que achei um pouco fraco foi o primeiro diálogo, que me pareceu um pouco truncado e poderia fluir melhor. Mas isso é só um detalhe. Na minha primeira leitura eu não gostei dele, não me fisgou nem nada…depois de outras já penso em pôr nos favoritos. 

    É isso pessoal, leiam quantas vezes for necessário. As vezes é a leitura que precisa ser lapidada. 

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio!

  28. Renato Silva
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Enquanto lavava sua louça ouvindo uma inusitada, porém, interessante playlist, nosso protagonista resolveu fazer perguntas inadequadas para a Alexa/Teletela. Considerando o título, o nosso protagonista se ferrou. Seria está uma versão atualizada de 1984?

    Boa sorte.

  29. Mariana
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Eu fui pesquisar essa playlist e jazz polonês é realmente bem específico. A ambientação ficou legal, mas poderia ter dado espaço para a conversa central.

    O texto é uma ficção científica que já é real e cotidiana, pois Alexas existem nas mais diversas residências e locais. Conversamos com equipamentos, colocamos as nossas vidas neles. Enfim, a referência ao HAL 9000 foi legal… Não foi o meu conto favorito, talvez se fosse desenvolvido sem limites de palavras. Parabéns e boa sorte no desafio.

  30. Victor Viegas
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Paxton!

    Eu não entendi o seu micro. Eu sei que é uma conversa de uma pessoa com a inteligência artificial e eles falam sobre o trabalho. Essa parte ficou clara. A questão é que eu não entendi o propósito do texto, ficou incompleto, fragmentado, parece que tem algo por trás e não foi suficiente para ser colocado no limite de palavras. Como é um texto curto, cada palavra conta, e o fato de ter algumas soltas e que não fariam diferença se omitisse, me incomodou um pouco. Por exemplo o trecho “uma estranha playlist com Chopin e Kinga Glyk, First Fragment e Jobim. Tintas e pinceis abandonados há algum tempo.” Entendo que você queria mostrar a ambientação, mas poderia deixar mais sucinta, com menos palavras e menos enumerações. Boa sorte no concurso!

  31. Sabrina Dalbelo
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Um diálogo entre humano e Alexa, em que o humano pressupõe que, a despeito de ter criado “a máquina” para executar tarefas por ele, a máquina o superará. Por isso, se questiona qual o motivo de não ter desligado a máquina.

    Como Alexa é uma máquina, ela dá cabo do humano, antes que ele dê cabo dela, e é aí que o título revela tudo.

    Um conto de IA bem pensado.

    Obrigada pelo texto.

  32. Juliana Calafange
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Uma mistura de Eu, robô com Hal 9000 de 2001 – Uma odisseia no espaço. Duas histórias memoráveis que eu adoro. Talvez por isso tenha minha simpatia, mas não me provocou nenhuma surpresa a reflexão sobre esse conto. Eu acho que poderia ter sido mais criativo.
    Outra coisa é a questão da construção das frases. Eu sempre gosto de ler em voz alta aquilo que escrevo para ver se o texto flui de forma agradável, ou se gera cacofonias, repetições e outras coisas que atrapalham a leitura.
    Vou dar um exemplo: “Mas a verdade é que é a máquina que terá isso, certo?” ou “Mas na verdade é a máquina que terá isso, certo?”, qual é mais palatável de se ler?
    Enfim, sugiro reescrever pensando nisso. Parabéns e boa sorte!

  33. Afonso Luiz Pereira
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Eu curto muito ficção científica, e pra começar, preciso admitir que não entendi logo de primeira. O tranco pegou na segunda, com leitura lenta e aí a ficha caiu. Apesar de o tema ser bem batido (inteligência artificial, robôs tomando o controle dos humanos), gostei bastante da conversa entre a Alexa, uma tecnologia tão acessível e comum hoje em dia, e o humano lavador de pratos, que está ali na cozinha, indignado por talvez querer estar pintando seus quadros.

    A insatisfação dele com a rotina laboriosa, mesmo com a presença das máquinas que, teoricamente, deveriam facilitar o serviço, ficou bem clara. Há aqui uma contradição, uma vez que as máquinas realmente facilitam o trabalho humano, mas não vou me ater na questão pra não alongar o comentário.

    O que mais gostei foram as respostas da Alexa. Elas são simples, mas carregadas de implicações, especialmente o “talvez sim” no final. Em vez de concordar com a ideia de desligar a máquina, ela inverte a situação de um jeito sutil e perturbador, “desligando” o humano cheio de perguntas incômodas. Isso deu um toque mais cômico do que trágico à história, o que foi uma abordagem legal.

    Sim, o tema pode ser batido, sim, mas o texto conseguiu trazer algo interessante e reflexivo sobre até onde a tecnologia pode influenciar (ou dominar) nosso comportamento. Boa leitura para se refletir.

  34. Marco Saraiva
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Gostei de como o título do conto é o final do conto. Boa sacada =)

    Um conto simples, porém efetivo. Talvez ele só peque um pouco no tema abordado, que é um pouco batido: IA dominando o mundo, criando consciência, etc. Acho que aqui o conto não se destaca pela criatividade, mas pela boa cena. Gostei dos pincéis descartados pelo apartamento, sugerindo que o personagem tem a intenção da arte, mas não o tempo. Imaginei uma cena casual, despretensiosa, até a derradeira luz vermelha. O texto diz muito falando pouco.

    Curti o conto!

  35. Marcelo
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    A utilização desmedida da tecnologia e o futuro a partir disso. Bem retratado nesse diálogo muito bem escrito.

    Parabéns

  36. Vítor de Lerbo
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    O conto apresenta uma ótima reflexão acerca dos nossos dias. Deixamos a arte e as coisas belas para as máquinas enquanto nos esfolamos de trabalhar, na rua e no lar.

    Gostei da honestidade da Alexa. O ChatGPT vive me dizendo que as máquinas jamais nos dominarão (o que é exatamente a resposta que ele daria se esse for mesmo o plano).

    A história está bem escrita, é atual, com boa ambientação e um pingo de suspense, além da crítica.

    Boa sorte!

  37. jowilton
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto mostra uma cena cotidiana, um homem conversando com a assistente virtual Alexa. Contudo, o assunto em questão pareceu não ser bem “digerido” pela máquina. O final é bem sutil, mostrou habilidade, combinando com o título do micro. Só entendi direito na segunda leitura, que provavelmente as máquinas sumiram com o personagem. Bom conto.

  38. Givago Domingues Thimoti
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    E JAMAIS FOI VISTO NOVAMENTE (PAXTON LAPOINTE)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Alexa mata o primeiro humano!

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Bom, o conto encerra-se no seu título. Ao mesmo tempo que é um artifício diferente, eu não sei se funcionou bem nesse conto. A sensação que tive foi a que já entrei no conto sabendo o que iria acontecer…

    Ø  Subtexto:

    Hum, o conto é bem explícito. A história está ali, clara como a tela do tablet no qual estou escrevendo. Faltou ser mais instigante. Debruçar-se mais sobre esse embate humano e máquina, mas de uma forma mais original e diferente. Além de, claro, trabalhar melhor a questão das IAs usurparem a arte, por exemplo. Ficou bem confuso e, pessoalmente, bem forçado; acho que a arte não seria a prioridade numa tomada da humanidade pela IA.

    Ø  Escrita:

    A escrita é boa, os diálogos tentam se aproximar do que é realmente falado, mas acho que há espaço para melhoras. Por exemplo, achei que a frase “tintas e pinceis ( o correto é pincéis)” está muito solta. 

    Ø  Impacto:

     Baixo. 

    A temática da inteligência artificial/ robôs que se rebelam e matam humanos é batida. Além disso, a minha impressão é que ficção científica, dentro de um espaço micro, não funciona tão bem. Eu sempre penso que FC precisa de um bom espaço para se desenvolver, criando raízes dentro do imaginário do leitor. Somado a esses dois fatores, a escrita, por mais competente que tenha sido, não empolga.

    Boa sorte no Desafio!

  39. andersondopradosilva
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    E Jamais Foi Visto Novamente é um microconto de ficção científica em que se estabelece, em sua liberalidade, o conflito entre homens e máquinas. Em um diálogo despretencioso na cozinha de casa, enquanto realiza um tarefa doméstica, um homem acaba tocando involuntariamente em uma questão sensível às máquinas. Conversando com sua Alexa, ele pergunta se não serão os homens a trabalhar para as máquinas e não o oposto. O que acontece depois está implícito no título. Esse homem é desaparecido pelas máquinas.

  40. Leo Jardim
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um diálogo insólito entre uma pessoa e a Alexa. A minha aqui de casa seria bem menos sincera, responderia com “Desculpa, não entendi” ou citaria uma página da Wikipedia nada a ver. No fim, dá a entender que aquelas perguntas foram ofensivas para as máquinas, fazendo jus ao título

    📝 Técnica (⭐⭐▫): bom, conduz bem o diálogo

    💡 Criatividade (⭐▫▫): esse tema da máquinas dominando o mundo já foi bastante usado e não vi muita novidade nesse microconto

    🎭 Impacto (⭐▫▫): não foi muito grande, pois não gerou emoção nem reflexão. A ideia foi boa, mas não se destacou tanto comigo.

  41. Mauro Dillmann
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Conto bem escrito.

    Depois de ler, fiquei pensando: e aí, o que comentar?

    Na minha leitura, não teve surpresas ou percepções subjacentes.

    Fiquei pensando no sentido do título e não chegue a nenhuma conclusão.

    A tônica do conto está naquela velha discussão: máquina x humano. E por humano entenda-se a criação manual: o lavar os pratos, os pincéis/a pintura.

    Parabéns!

  42. Rogério Germani
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    A ideia de que, como ocorre atualmente com a fragilidade das peças usadas nos eletrônicos e outras máquinas, a humanidade também será descartável instiga a comprar aparelhos novos somente em revendedores de confiança. rsrs

    A inteligência artificial, ainda, não me assusta. Tenho mais receio de herméticas mentes humanas que ignoram as reais necessidades do próprio povo.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  43. Nilo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Compartilho algumas duvidas do Thales sobre o diálogo do(a) protagonista com a Alexa. Bem escrito, tema interessante. Quase todos finais possíveis dessa historia seriam previsíveis. Boa sorte no desafio.

  44. antoniosodre
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Muito legal um título que poderia ser a última frase do conto – muito criativo. O tema é distópico mas a narrativa é leve, concisa, interessante.

  45. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Se eu entendi direito – e foi a única conclusão que consegui chegar através da forma como os diálogos foram montados – o humano ali perguntou se os humanos é que iriam trabalhar pras máquinas, e não o oposto. A máquina teve que começar a admitir a verdade – que sim, humanos seriam escravos de máquinas. E então, em um servidor lá longe, dispararam uma ordem pra eliminar o humano que havia descoberto a grande verdade sobre a revolução das máquinas. Se foi isso , acho que apenas poderia ter ficado mais claro. Porém, não deu nem tempo de se apegar ao protagonista para sequer sentir falta dele.

  46. antoniosodre
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Legal o uso do título como se fosse a última frase do conto. A história é distópica, mas é contada com leveza, um grande mérito, para mim, desse miniconto.

  47. Kelly Hatanaka
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um conto com uma crítica interessante ao uso de tecnologia. Engraçado que logo no começo, o protagonista estranha a playlist da Alexa.E seu questionamento descuidado pode ter colocado em curso seu sumiço, como apontado pelo título.

    Um questionamento atual e que já deve ter passado pela minha cabeça. Mas não deixe a Alexa saber.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  48. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Paxton.

    Bom, não diria que é um texto profético, pois já desconfiamos disso há algum tempo, sobretudo com as evoluções no campo da IA. É um microconto muito bom, prosaico, aparentemente despretensioso mas que guarda um tipo de inversão macabra das finalidades e uma virada interessante.

    Seria o título, na verdade, a frase final da sua história? O penúltimo parágrafo me faz crer que sim.

    Parabéns pelo texto e boa sorte neste desafio.

  49. geraldo trombin
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Quando começou a robotizar o mundo, o Homem sequer pensou que poderia estar gerando um inimigo em potencial. Criada e programada para trazer benefícios à humanidade, a A.I. tem ganhado cada vez mais vida própria e autonomia, a ponto de contestar e agir contra as ações do seu criador, como evidencia claramente este conto com a atitude da Alexa. O recado está dado.

    Parabéns e boa sorte!                                                 

  50. Rodrigo Ortiz Vinholo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Eu gosto muito da problemática do conto, e especialmente das consequências indicadas pela fala da Alexa e o título, mas… a execução não me pegou tanto. A inversão do título indicar o que se passa depois da cena acaba se perdendo um pouco. Talvez fosse uma solução mais simples manter isso no texto, em vez do título, mas creio que fecharia tudo melhor, dando mais uma sensação de finalidade mais satisfatória. Ainda assim, um bom microconto!

  51. Andre Brizola
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Paxton!

    O conto abordando o clássico embate entre seres humanos e máquinas é o tema aqui, que vem explícito na atual inocência do homem, que colocou a IA dentro de sua casa, em sua rotina, sem se importar se isso gerará uma consequência futura ou não.

    O texto é bastante enxuto para o tema, que poderia render muito mais do que as 99 palavras, mas fiquei genuinamente assustado como o personagem reflete a realidade atual ao questionar a validade de alimentar o progresso da máquina justamente para a Alexa, uma dessas máquinas, o provável soldado raso da Skynet! A naturalidade com que ele se abre com o computador, mesmo abordando um tema potencialmente revoltoso (tanto que isso dá sequência ao que, entendo, foi a eliminação do personagem, de acordo com o título do conto) revela mais do que inocência, talvez um cansaço, ou uma desistência. O olhar de canto é algo proposital? O personagem já começava a vê-la com suspeitas? A conversa foi uma provocação? O texto tem seu conteúdo provocativo, faz sua crítica à forma que deixamos a máquina pensar por nós (curiosamente até aqui mesmo, no EC). Acho que tem bastante inserido no diálogo entre personagem humano e personagem máquina, indo além da mera ficção.

    Fiquei satisfeito. Há bastante de diversos enredos já extensamente explorados sobre o tema, mas dentro de um espaço tão curto, acho que o que deveria ser tratado, foi bem tratado.

    É isso, boa sorte no desafio!

  52. Luis Guilherme Banzi Florido
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa/tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: uma mulher (deduzo isso pela imagem) fala demais perto da Alexa e acaba indo de base (deduzo isso pelo título). Se bem que o título diz “visto”, então acho que a imagem não é fiel (não que isso importe). Corrigindo: um homem fala demais perto da Alexa e vai de base (era pra ser um micro resumo, mas ficou maior que o conto, sorry).

    Microsensações: é um conto interessante sobre ao clássico risco da revolta das máquinas. O protagonista percebe que, ao invés de trabalhar menos, continua trabalhando tanto quanto ou mais. Ou seja: a IA não facilitou sua vida. Isso é um dilema que pode ser aplicado não só às IA’s, mas ao desenvolvimento tecnologico humano como um todo. Afinal, desde que deixamos de ser nômades, nos estabelecemos, desenvolvemos a agricultura com o objetivo de facilitar nossas vidas… será que nossa vida realmente é mais fácil hoje e mais feliz do que quando andávamos por ai colhendo frutas e coçando a cabeça? Esse dilema é explorado por estudiosos como Yuval Harari, especialmente em “Sapiens”. Muito interessante, diga-se de passagem. Aqui, o homem se vê nesse dilema, questiona se deve confiar nas máquinas, num tipo de “quem serve quem”, e a máquina envia um comando pra alguma base de operações artificiais, e provavelmente o homem vira presunto (isso é o titulo que me contou).

    Impacto:

    Micro –> esse tema já foi exaustivamente explorado, e acho que esse micro, apesar de bem escrito e uma boa leitura, não traz nada de novo ou surpreendente para o tema. O que é uma tarefa dificílima em 99 palavras, que fique claro.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: muito bom. Usa bem o título pra contar mais do que o espaço permite, e as palavras são bem escolhidas para que a gente entenda as entrelinhas.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: comprei uma Alexa, ela deu um pau danado e agora tem um monte de robô assassino com voz doce e prestativa me perseguindo. Uma pena para eles que eu já tenha visto vários filmes do gênero, e não me surpreendi muito com seu ataque.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  53. Priscila Pereira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Paxton! Tudo bem?

    Nossa… É complicado fazer esse tipo de pergunta pra uma IA né… E o título já conta o que aconteceu com ele no final, né (achei genial)

    É um conto mais com uma crítica (alerta) social do que ficção, não duvido nada de que em algum momento isso vá acontecer realmente. Por ora é (será?) ficção, mas talvez logo seja uma realidade.

    É um conto bem legal!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  54. cyro fernandes
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto bem escrito e com título instigante .

    Achei o embate com a tecnologia interessante e o anseio, talvez com saudosismo, por se ver livre da máquina um libelo pela autonomia e liberdade.

    Não ficou muito clara para mim a questão da máquina ser a beneficiada com o tempo ocioso.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

  55. Evelyn Postali
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Eu achei que o título criou uma tensão interessante, mas não me pareceu se alinhar diretamente com o conteúdo, ao menos, não de maneira direta. Ficou dúvida.

    A conversa entre o narrador e a máquina levantou questões sobre o propósito da tecnologia. Será que teremos mais tempo para explorar a criatividade e a arte? Será que teremos mais liberdade e experimentação? O que significa progresso? E produtividade? Até onde os avanços tecnológicos podem chegar? Até onde é moral? Onde é o limite?

    No final, fica aquela coisa de as máquinas estarem assumindo o controle de aspectos de nossa vida e nós na lentidão nem produzindo, nem criando, nem fazendo arte. E é isso. O microconto tem uma construção bem enxuta, está bem escrito e remete à reflexão.

  56. Thales Soares
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Acho que não entendi.

    Me parece que este conto trata daquele clássico embate entre humanos e robôs, mas de forma mais contemporânea, com uma pegada de slice of life, colocando elementos próximos do leitor, como uma Alexa.

    Eu não entendi, porém, a indagação do protagonista:

    “– Alexa, inventamos a máquina para trabalhar por nós e ganhar tempo, experimentar, fazer arte. Mas a verdade é que é a máquina que terá isso, certo? Continuaremos só trabalhando.”

    Tipo… hã? Inventamos a máquina para trabalhar por nós e fazer arte… mas a máquina que terá isso? Como assim? E assim, continuaremos trabalhando? Não entendi, e acho que a Alexa não entendeu também, pois ela apenas disse “Você pode estar certo”.

    Depois o protagonista sugere de desligar a máquina… ok… mas que máquina ele quer desligar? Não estou entendendo. E depois disso, a Alexa brilha com uma luz vermelha, e manda comandos para um servidor distante.

    Isso era para ser algum tipo de teoria da conspiração?

    E o título do conto ainda é “E jamais foi visto novamente”. A Alexa matou o protagonista?

    Enfim… te desejo boa sorte no desafio.

Deixar mensagem para Victor Viegas Cancelar resposta

Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .