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Detox Literário.

O apocalipse deveria ter sido ontem (Sabrina Nunes)

É o dia do apocalipse.

A terra treme, o céu nubla, as pessoas correm.

Ninguém entende bem a catástrofe que se aproxima, mas todos estão convencidos de que é o último dia de suas vidas.

No meio da rua, estático, um homem chora copiosamente, de braços abertos.

Pessoas correm indistintamente e ele permanece imóvel.

O vento frio do tufão que se aproxima vai lhe roubando as lágrimas e esfriando suas extremidades.

Ele continua de braços abertos, mas não há quem abraçar.

Morrerá lamentando profundamente que hoje é o dia em que seus filhos ficam com a sua ex-mulher.

109 comentários em “O apocalipse deveria ter sido ontem (Sabrina Nunes)

  1. Lídia
    27 de janeiro de 2017

    Achei super original, sério! Você começou falando de um tema que foi abordado por outros aqui no concurso, mas deu um enfoque totalmente diferente.
    Gostei muito!
    Boa Sorte!

  2. Lohan Lage
    27 de janeiro de 2017

    Um conto razoável, que não me “pegou”. A motivação do personagem diante da iminência da catástrofe foi incoerente, a meu ver.

  3. Andre Luiz
    27 de janeiro de 2017

    -Originalidade(10,0): Um texto diferente, que desperta em mim uma coisa gostosa ao ler. Eu gostei do tom apocalíptico, e principalmente do plot twist ao final.

    -Construção(9,5): Posso ter me incomodado um pouco com o tempo verbal, mas é questão de costume mesmo. Achei um texto muito interessante, que constrói no leitor uma imagem e depois a derruba com maestria.

    -Apego(10,0): Coitado do homem ahhaha

    Parabéns!

  4. Andreza Araujo
    27 de janeiro de 2017

    Conforme lia, pensava que o homem era apenas alguém que havia entendido que o mundo estava acabando, aceitando a morte certa. As pessoas têm diferentes reações e em casos extremos não é diferente. Entendi que aquele era o modo dele de ver a situação. Entretanto, o final mostra-se mais profundo. Não era apenas um homem encarando o fim do mundo, era um homem solitário, que estava dando adeus ao mundo sem os filhos dele. Não vi ironia, vi tristeza. Ótimo conto!

    • Samantha Stephens
      27 de janeiro de 2017

      Puxa, Andreza, obrigada pelo comentário.
      A essência do conto é exatamente essa. Tu foi fundo, foi além.
      Te agradeço pela leitura detida.
      Fiquei super feliz com teu comentário!
      Bjs

  5. Felipe Alves
    27 de janeiro de 2017

    A cena é muito boa de se imaginar. Não gostei da forma que a última frase foi construída, mas isso é algo mais pessoal asiuhdaius. Ótimo texto. Boa sorte!|

  6. Jowilton Amaral da Costa
    27 de janeiro de 2017

    Pô, que azar. Bicho, fiquei entre o emotivo e o galhofeiro. Achei triste a cena, mas, me veio meio que um sorriso também, tipo “kkkkkkk, que hora para o mundo acabar!”. Sei que é estranho. Achei um bom conto.

  7. andressa
    27 de janeiro de 2017

    Essa eminência do fim sensibiliza a gente né. Também acho, mas é uma certeza que ele ( o fim) se aproxima, então vamos viver o meio pois o princípio também já passou. Boa sorte

  8. Sidney Muniz
    27 de janeiro de 2017

    O lha, eu sinceramente (ente) não gostei do texto. Atente (ente) para a quantidade de entes que seu conto possui. É um microconto e eu quase que fiquei doente (ente), espero que na próxima não se ausente (ente) para que eu continue contente (ente). Se é que me entende, foi só uma maneira descontraída de dizer que não me cativou dessa vez. Parabéns ainda assim!

    • Samantha Stephens
      27 de janeiro de 2017

      há três advérbios de modo terminados em “ente”. nada demais, acho eu.
      tranquilo se não gostou. acontece!

  9. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha,

    Tudo bem?

    A ideia é muito boa. Tudo acontece no dia em que os filhos ficam com a ex. O final surpreende e ganha o leitor de uma só vez.

    Quem é pai e mãe, com certeza sentiu uma dorzinha ao ler seu trabalho.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  10. Gustavo Henrique
    26 de janeiro de 2017

    Até que gostei, muito azar dele não estar com os filhos e ter que morrer sozinho : /

  11. Douglas Moreira Costa
    26 de janeiro de 2017

    Não sei se deveria soar irônico mas eu captei algo do tipo kkkkk. Quanto à transmissão de emoção, de um sentimento de tristeza pelo homem: não houve nenhum. Não consegui criar qualquer laço com o personagem, criei mais com a cena do mundo se desmanchando à sua volta enquanto ele estava la, tal qual adorno, pregado ao chão. Mas de resto o conto não convence, não transmite nada.

  12. Tiago Menezes
    26 de janeiro de 2017

    Um ótimo conto. Bem escrito e fechadinho. A tristeza dele ao saber que o mundo se acabará e ele não verá mais seus filhos fica palpável. Muito bom, parabéns.

  13. Renato Silva
    26 de janeiro de 2017

    Reparei o quanto usamos a palavra “apocalipse” de modo equivocado. “Apocalipse”, na verdade, é o livro que contém as revelações sobre o futuro da Humanidade e o possível fim do mundo, que ocorrerá após a última batalha, o Armagedon. Mas apocalipse se popularizou como o próprio fim do mundo.

    Seu uso não está errado, visto a grande aceitação do termo e o quanto ele é difundido. agora se fala muito no tal “apocalipse zumbi” e a molecada modinha, achando legal viver num mundo destruído onde não tem nem água para tomar banho, imagine internet e smartphones…

    Gostei da narrativa; simples e bem fluída. Sobre o enredo: é muita tragédia para uma pessoa só. Num dia perde os filhos para a ex-mulher e noutro é engolido por um tufão. Confesso que achei a cena aqui na minha cabeça um tanto tragicômica. Não consigo sentir empatia por homens fracos e só um homem fraco não luta por seus filhos. Foi tarde.

    Boa sorte.

    • Samantha Stephens
      26 de janeiro de 2017

      Renato, entendo tua interpretação.
      Sei que, nela, eu não tenho o direito de me intrometer, mas vou defender meu personagem, pois eu não o construí fraco.
      Vou apenas deixar registrado que ele tinha, digamos, “guarda compartilhada” dos filhos com a ex-mulher. Por isso o título.

      Grande abraço! Agradeço tua sinceridade.

  14. Pedro Luna
    25 de janeiro de 2017

    Achei interessante essa questão levantada, do cidadão que vai morrer e lamenta que aqueles que ama não vão estar ali com ele. Por outro lado, também fica o pensamento: ele não deveria achar bom os filhos estarem a salvo? Mas aí vc lembra que é o apocalipse, apesar de o conto não deixar claro como as pessoas sabem disso – seguindo a lógica, ninguém, em lugar nenhum, estaria a salvo, portanto é fácil compreender a vontade de partir junto de quem se ama.

    O modo frio de escrita no início do conto me lembrou Muarakami. Não gostei muito, mas vi a qualidade. Abraços.

  15. Poly
    25 de janeiro de 2017

    Li a descição do apocalipse ciente de que chegavam as ultimas linhas, e ansiosa para descobrir o que me esperava. E o último parágrafo me pegou de surpresa, pois me pegou desprevenida. Então sorri.
    Muito bem amarrado com o título, com o texto, e um toquezinho de ironia incrível. 😉

  16. vitormcleite
    25 de janeiro de 2017

    um dramalhão que acabou por me fazer rir, o final apesar de surpreendente não me convenceu e acabei por ler mais vezes para tentar sentir o homem de braços abertos, mas não consegui deixar de sorrir nessas várias leituras

  17. Wender Lemes
    25 de janeiro de 2017

    Olá! Há uma contradição estranha nos sentimentos do protagonista. O apocalipse deveria ter sido ontem para que pudesse morrer ao lado dos filhos, mas morrer com os filhos e vislumbrar o sofrimento deles seria tão melhor que morrer sem eles? No final das contas, não faria tanta diferença dali a alguns minutos, mas é uma contradição que sustenta o sentimento do protagonista, assim como o conto. Devo mudar minha frase então: há uma contradição puramente humana nos sentimentos do protagonista, e é ela que torna o conto tão bom.
    Parabéns e boa sorte.

  18. Marco Aurélio Saraiva
    25 de janeiro de 2017

    Bem criativo. A imagem aqui conjurada é muito forte, apesar de estar entre palavras um tanto secas e diretas. Deu para sentir a dor do homem enquanto chorava com a certeza do seu fim sem poder abraçar os seus filhos uma última vez.

    O tema do fim do mundo sempre é interessante para mim. Gosto de pensar que o mundo já acabou bilhões de vezes: afinal, sempre que alguém morre o mundo acabou para aquela pessoa. Sendo assim, o conto poderia muito bem não estar retratando do Armagedom bíblico: poderia ser um acidente de carro ou uma bala perdida. O que importa aqui é a agonia do homem em saber que morrerá sem rever, por uma última vez, o que mais lhe importa na vida.

    Bem forte. Gostei da originalidade. Parabéns!

  19. Evandro Furtado
    25 de janeiro de 2017

    Tem um humor negro bastante particular aí, que se levado em consideração profundamente, torna a trama ainda mais aterradora. Interessante ter amarrado bem o enredo ao título.

    Resultado – Average

  20. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Toda a construção está ali: o fim do mundo, o desespero, a inutilidade da vida. E a reviravolta, a razão da raiva, não é mais pelo mundo, mas por si mesmo. Talvez por arrependimento, ou só por raiva, não dá para saber. Por isso, como você uso 98 palavras, eu acrescentaria ao final- é claro, no meu final: – Maldita! Na parte técnica, me senti confuso às vezes com as escolhas dos tempos verbais (presente para a narrativa, futuro para o “morrerá”, o “deveria ter sido” do título). Mas, no cômputo geral, um conto muito bom. Parabéns!

  21. rsollberg
    24 de janeiro de 2017

    O grande mérito deste texto é atmosfera apocalíptica criada em tão curto espaço.
    Nesse sentido, a ambientação cumpriu bem seu papel.
    Gostei da perspectiva escolhida pelo autor, mostrando o universo se encolhendo. A catástrofe em grande escala diminuindo até alcançar o protagonista, afinal, cada um temos o nosso próprio mundo e nosso universo particular.

    Por fim, o que torna o desfecho bastante competente é o fato dele parecer absolutamente crível, um pai lamentando não estar com seus filhos em seus últimos suspiros. Nesse diapasão, senti algo parecido quando a época vi o “melancolia”, que acompanha esse movimento “fora para dentro”

    Parabéns!

  22. catarinacunha2015
    24 de janeiro de 2017

    MERGULHO apocalíptico sem maiores efeitos. Ficou uma poeira no ar. Gostei do IMPACTO do último pensamento de um pai. Tocante a premissa, a realização nem tanto.

  23. Fabio Baptista
    24 de janeiro de 2017

    Foi uma abordagem interessante do fim do mundo, gostei das imagens criadas. Porém, mesmo conseguindo me colocar exatamente na pele do protagonista (todo dias em que não estou com meu filho pra mim é um pequeno Apocalipse), não consegui desenvolver muita empatia.

    Estou rabugento nesse desafio, me desculpe. Provavelmente se tivesse lido isoladamente, em outra oportunidade, teria gostado mais.

    Abraço!

  24. Mariana
    23 de janeiro de 2017

    Um dos melhores microcontos, está já na minha lista. Gostaria de ler mais sobre esse pai…

    • Samantha Stephens
      23 de janeiro de 2017

      Mariana, obrigada!
      Depois do desafio te conto tudo sobre ele!

  25. Fheluany Nogueira
    23 de janeiro de 2017

    Do geral para o particular, do fim do mundo para o fim dele, a dor da separação. Narrativa muito instigante, bem amarrada ao título e até ao pseudônimo, nome da personagem da antiga série “Casei com uma Feiticeira” que conseguia organizar toda a vida com uma torcidinha de nariz. Acho que era esta solução que o homem do conto esperava. Frases curtas, diversos parágrafos, um texto com formato e ideias diferenciados. Bom trabalho. Abraços.

    • Samantha Stephens
      23 de janeiro de 2017

      Oi Fleluany,
      Tu foste a primeira pessoa que observou o pseudônimo!
      Muito legal!!!!
      Obrigada pelo comentário.

  26. Victória Cardoso
    23 de janeiro de 2017

    Genial! Seria ontem o dia que ele ficaria com os filhos? Se fosse uma pessoa sozinha sem ter quem abraçar o conto já seria interessante, mas o fato de saber que ele tinha uma família, mas não podia estar junto dos filhos em um momento que, imagino eu, seja tão importante (afinal, é o último momento!)…Muito bom. Parabéns!

  27. juliana calafange da costa ribeiro
    22 de janeiro de 2017

    Uau, q conto bacana! Muito criativo, achei incrível a cena que vc criou. O final é o mais inesperado, e mesmo assim se encaixa totalmente com a história. Muito bonito seu trabalho, parabéns!

  28. Bia Machado
    21 de janeiro de 2017

    Desculpe, mas eu ri no último parágrafo. Que sujeitinho, hein? Terminei o conto pensando: “Vai, toma, quem mandou?” Gostei da surpresa no final, sim, foi contra o que parecia ser apenas “mais do mesmo” e aí o título se justifica totalmente no egoísmo da personagem. Muito bem pensado. Parabéns!

  29. Thayná Afonso
    21 de janeiro de 2017

    Pesado. Muito bem escrito e causa empatia pelo personagem. No fim das contas fez até com que eu me perguntasse o que faria se soubesse que era o ultimo dia da minha vida. E pior, de todos os outros também. Não dá pra morrer sem decepções, sempre haverá algo que deixamos para depois ou que está fora do nosso alcance. Parabéns pelo trabalho!

  30. chrisdatti
    21 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha
    Lembrou-me da cena daquele filme 2012, quando o hindu, amigo do protagonista para de correr com a família, abraçam-se e aguardam a onda gigante levarem suas vidas. Como já assisti a um milhão de filmes de catástrofe, esta história não se revelou em novidades; contudo está bem escrito e, ao final, o narrador dá uma “quebradinha” no rumo para inserir um bocadim de ironia.
    Redondinho, mas sem novidades.
    Boa sorte! 🙂

  31. Sandra A. Datti
    21 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha
    Lembrou-me da cena daquele filme 2012, quando o hindu, amigo do protagonista para de correr com a família, abraçam-se e aguardam a onda gigante levarem suas vidas. Como já assisti a um milhão de filmes de catástrofe, esta história não se revelou em novidades; contudo está bem escrito e, ao final, o narrador dá uma “quebradinha” no rumo para inserir um bocadim de ironia.
    Redondinho, mas sem novidades.
    Boa sorte! 🙂

  32. Amanda Gomez
    21 de janeiro de 2017

    Olá,

    Achei interessante, já pensei em coisas parecidas como ” se o mundo acabar agora, eu não vou estar perto da minha família, será que dá pra chegar a tempo?” são coisas que divagam na mente das pessoas.

    Acho que o caminho até a conclusão estendeu-se demais, não dando tempo pra sentir o personagem e suas dores. Ficou tudo muito artificial, não causou o impacto desejado.

    Pode ser por causa do limite, mas acredito que foi o enfoque narrativo, acho que em primeira pessoa daria mais certo, ou não.

    Boa sorte no desafio.

  33. Estela Menezes
    20 de janeiro de 2017

    Samantha, mais do que qualquer outro comentário que eu possa fazer, eu queria compartilhar com você uma dúvida: se o homem queria que o apocalipse tivesse ocorrido na véspera, para que os filhos estivessem com ele, e considerando que normalmente os filhos ficam sempre com a mãe, talvez você devesse ter dito: “Morrerá lamentando profundamente que hoje seja um dia em que os filhos estão com a ex-mulher” …
    Não?

    • Samantha Stephens
      20 de janeiro de 2017

      É um modo de escrever também, mas que não muda nada, a meu ver, o sentido.
      Obrigada pela sugestão!
      Essa frase, por ser a mais importante do texto, entendo que chame atenção e acabe sendo o foco da leitura.
      Enfim, espero que tenha gostado.

      Um abraço!

  34. Priscila Pereira
    20 de janeiro de 2017

    Oi Samantha, uma análise diferente sobre a sensação de perda de um divórcio e a dificuldade de dividir os filhos… Estar sozinho no dia em que sabe que vai morrer deve ser horrível. Ficou bom. Parabéns e boa sorte!

  35. Cilas Medi
    19 de janeiro de 2017

    Uma mensagem poderosa feita de uma maneira surreal. Gostei do modo com que a mesquinharia de estar presente, contra a ex-mulher, que lhe arrebatou o direito da presença com os filhos no apocalipse. Parabéns.

  36. Srgio Ferrari
    19 de janeiro de 2017

    O “mundo” acaba localmente por conta de um furacão e o apocalipse é mais uma força da impressão de quem está diante da situação? Bom, o cara é um paspalho, pq a realidade é uma só: CORRER e CORRER.

    Parece uma boa sacada a frase final? Só parece. Sacada mesmo seria vc dizer que o cara estático de braços abertos alí era ninguém menos que Jesus Cristo. hahauhuahekahohlaihfrakughaqgtfa

    • Samantha Stephens
      19 de janeiro de 2017

      ã?

    • Gustavo Aquino Dos Reis
      19 de janeiro de 2017

      ã?

    • Brian Oliveira Lancaster
      20 de janeiro de 2017

      ã?

    • catarinacunha2015
      24 de janeiro de 2017

      ã?

    • Pedro Luna
      25 de janeiro de 2017

      HUAHUAHUAHA

    • Srgio Ferrari
      28 de janeiro de 2017

      Pus em dúvida a eficácia do final, que deve ter parecido satisfatório, mas não foi suficiente.

      E vou reformular a frase pra maior clareza:

      Uma boa colocação final seria revelar que o sujeito de braços abertos no vento frio do tufão era ninguém menos que Jesus Cristo!

      E de começo foi uma pergunta honesta, achei que tinha sido claro. Anyway, é isto.

      • Sabrina Dalbelo
        28 de janeiro de 2017

        Achei mais engraçado do que claro.
        O final que tu sugere não tem absoluta correlação com a ideia original, mas entendo a sugestão.
        Obrigada por ter voltado e esclarecido.

  37. Simoni Dário
    19 de janeiro de 2017

    As reflexões e solidão do personagem foram bem demonstrados. Nada mais importa no momento do fim do mundo a não ser a acolhida de quem se ama. O conto deu uma boa mistura e a frase do final encerra bem o enredo. Gostei.
    Bom desasfio!

  38. Felipe Teodoro
    19 de janeiro de 2017

    Oi, Samantha!

    Micro muito bem escrito, no início a gente não sabe o que esperar e quando você fala do homem, achei que o conto poderia pender para um lado mais espiritual ou religioso. Fiquei bem surpreendido com o rumo final da história, meus parabéns. Demais essa saída do macro (o apocalipse) para o micro (o sentimento de um homem). Gostei muito.

    Sorte no desafio.

  39. Leo Jardim
    19 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): o fim do mundo e o homem queria ter seus filhos ao seu lado. Achei interessante a proposta. Acho que, no momento da morte, lembrarei dos meus.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, não vi problemas, apesar de textos no presente sempre me incomodarem.

    💡 Criatividade (⭐⭐): tem sua dose de criatividade ao unir elementos comuns (fim de mundo e crianças) num único texto curto.

    ✂ Concisão (⭐▫): acho que estendeu demais a parte que narra o fim do mundo e deu pouco espaço ao homem. Talvez ficasse melhor se focasse a narrativa nele.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): o texto faz pensar, mas o impacto não foi maior pois vemos o personagem muito à distância. Queria ter visto mais seu desespero e sentir sua dor.

  40. Iolandinha Pinheiro
    19 de janeiro de 2017

    Muito azar. O mundo se acabando mesmo no dia em que ele não estava com os filhos. Então o coitado abre os braços e chora porque não há ninguém para abraçar.Vai morrer sozinho. Interessante. O título do conto ajuda na compreensão do texto, embora dê para entender sem ele. Entendo bem a situação de ter que dividir filho, porque sou divorciada. Gostei do seu conto. Abs.

  41. Tom Lima
    19 de janeiro de 2017

    Gostei bastante. A última frase faz voltar ao título e dá coerência a tudo.
    Uma história que faz o fim de tudo parecer pequeno perto de uma ausência. Senti o vazio que a personagem sente.

    Parabéns!

    Abraços.

  42. mariasantino1
    18 de janeiro de 2017

    Morrerá lamentando profundamente que hoje é o dia em que seus filhos ficam com a sua ex-mulher — Ou seja, se fosse em outro dia poderiam estar com ele. Achei bacana esse pensamento e diferente fazer do fim do mundo algo anêmico, digo, algo que fique em segundo plano, porque o que importa é que o dito cujo vai morrer sem estar com aqueles que ama.
    É pausado e tem um ritmo bom, mas talvez a escolha de palavras tenha deixado com ar de mistura de termos coloquiais com rebuscados (ou menos usuais).

    Boa sorte no desafio.

  43. Brian Oliveira Lancaster
    18 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Um texto bem despretensioso, de suspense, mas que cativa pelo resultado final. O autor apostou na atmosfera de desespero de um fim indefinido (explosão atômica? intervenção divina? catástrofe?), narrado de um ponto de vista “superior”, que se torna mais intimista próximo ao fim. Tem certa inconstância, mas o final quase cômico compensa. – 8,5
    O: É bem simples até, pois pega apenas o evento em si. Se não fosse pela conclusão, teríamos um meio e um fim, sem um início propriamente dito. Apresenta uma curiosa narração no presente, ao estilo relato, dando a sugestão de que duas entidades estão conversando e uma delas apontando os acontecimentos. – 8,0
    D: O contexto mais próximo, na conclusão, dá um ótimo tom ao enredo. Mas a introdução nos deixa distante demais dos acontecimentos. No entanto, no geral, flui muito bem. Tem uma camada de ironia e sarcasmo escondida. – 8,5
    Fator “Oh my”: não me chamou a atenção de primeira, mas numa segunda leitura, as nuances que permeiam todo o encerramento cativaram.

  44. Gustavo Aquino Dos Reis
    17 de janeiro de 2017

    É um excelente trabalho. E o título contribui muito para contextualizar tudo.
    Eu gostei, mas achei um pouquinho, só um pouquinho, piegas.

    Porém, querida Samantha, humilde opinião não deixa de abrilhantar a tua obra.

    Parabéns.

  45. Fil Felix
    17 de janeiro de 2017

    O último parágrafo realmente fecha o conto muito bem. O que poderia ser uma narrativa de fim de mundo e ponto, de abraçar a morte; dá uma reviravolta. O que é muito interessante, porque presságios que o mundo vai acabar temos uns 3 por ano e nada acontece. O que faríamos se realmente uma catástrofe nos pegasse de surpresa? Sabendo que a morte é inevitável, é hora de se entregar ou não? Esses pontos que o conto consegue levantar são ótimos e ainda fecha com outra: e se não acabar?

  46. Luis Guilherme
    16 de janeiro de 2017

    Boa noite!

    Infelizmente não me ganhou muito.

    Achei um pouco bobo demais. Gosto de humor irônico, mas achei que o drama e o humor não casaram bem.

    De qualquer forma, boa sorte e parabéns!

  47. Victor F. Miranda
    16 de janeiro de 2017

    Oi, Samantha. Eu gostei do título complementar com relevância o conto, mas acho que teria gostado mais se o texto todo estivesse com um tom cômico hahaha. Me pareceu que você misturou uma carga dramática com certa ironia cômica (ou trágica). De qualquer forma, não achei ruim. Boa sorte.

  48. waldo gomes
    16 de janeiro de 2017

    O mundo acabando e o rapaz feito um tonto lamentando não estar com os filhos.

    O texto não apresenta grandes construções frasais, é simples e direto.

    A última linha dá o tom de reviravolta.

    Comigo não volteou.

  49. Thata Pereira
    16 de janeiro de 2017

    O conto começa bem simples e tem um final arrebatador. Confesso que a leitura muito clara no começo fez a última frase ficar confusa para mim, quando li pela primeira vez. Só na segunda leitura que meu queixo caiu e pensei “poxa :/ , entendi”.

    Lindo!
    ps: algo que gostei também foi que o título oferece informações que não caberiam no conto por causa do limite de palavras. Achei isso certeiro.

    Boa sorte!!

  50. ROSELAINE HAHN
    16 de janeiro de 2017

    Comecei lendo o texto de sobrancelhas arqueadas, em respeito ao dia do apocalipse e terminei-o com um sorriso jocoso nos lábios. A ironia da última frase é desconcertante, a separação pra pais e filhos causa isso mesmo, um apocalipse, a família, partida ao meio, sucumbiu. Parabéns Samantha, go Ahead!

  51. Givago Domingues Thimoti
    16 de janeiro de 2017

    Um conto muito bom. Ao contrário de alguns pontos de vistas, não achei a situação forçada. Cada um com a sua impressão, claro.
    Samantha, você escreveu muito bem!
    Parabéns!

  52. Lee Rodrigues
    16 de janeiro de 2017

    O texto parecia findar na mesmice, até a feliz quebrada do final. Uma tragédia dentro da outra, onde não se sabe se o desespero era de uma pai acometido pelo pavor, ou se de um ex-marido pensando que até no fim do mundo a mulher sai na vantagem.

  53. Samantha Stephens
    16 de janeiro de 2017

    Obrigada a todos. Estou muito satisfeitas com as críticas, muito construtivas.

  54. Miquéias Dell'Orti
    16 de janeiro de 2017

    Olá,

    Adorei a relação do título com a história, tudo faz um sentido gigantesco quando a gente termina de ler e não tem como não concluir: “é, pensando no coitado, poderia ter sido ontem, mesmo”.
    Gostei mais porque não há nenhuma moral ou grandioso significado para o fato do mundo estar acabando a não ser a enorme gama de sentimentos de um indivíduo diante exclusivamente da sua vida e das suas experiencias. Algo que pode parecer egoísta (e talvez seja mesmo), mas que reflete bem a forma como as pessoas pensam.
    Parabéns.

  55. Anderson Goes
    16 de janeiro de 2017

    Um final singelo para algo que a principio parecia grandiosamente apocalíptico rsrsrsrs… Uma surpresa no final: começou grandioso e terminou intimista!
    Parabéns pela ideia e pela criatividade… Boa sorte!

  56. Anderson Henrique
    16 de janeiro de 2017

    O texto tá redondinho. Nenhum problema de pontuação ou ruído durante minha leitura (talvez eu não goste apenas de “esfriando suas extremidades”). A trama tá bacana também. Tiraria apenas o “profundamente” da última frase, coisa de opinião mesmo. É microconto, vamos enxugar (dá pra sentir esse lamento). O final é claro, mas deixa espaço para o leitor enxertar sua própria perspectiva. E esse título, heim? Parabéns.

  57. Juliano Gadêlha
    16 de janeiro de 2017

    Forte. Um exemplo de microconto bem realizado. Além de estruturar bem a narrativa, utiliza muito bem o título, ao qual o leitor recorre após a leitura para arrematar a ideia do texto. Bem escrito. Parabéns!

  58. Eduardo Selga
    16 de janeiro de 2017

    O fato de o eixo textual não se localizar no insólito (com qualquer denominação que ele assuma) faz com que ele se situe na lógica realística, em que o texto tenta aproximar-se do que é ou seria factível. Precisa haver, portanto, verossimilhança externa (similaridade com o real).

    Ocorre que se o dia do apocalipse coincide com o dia em que os filhos do protagonista ficam sob cuidados da mãe, significa que ele vê os filhos regularmente, caso contrário não haveria motivo para a “escala” estabelecida em situações de separação conjugal. Se é assim, o choro copioso, desesperado, me parece um exagero inverossímil, principalmente na posição dramática do personagem (braços abertos).

    Além disso, é uma questão de instinto de sobrevivência: numa situação extrema, em que a vida está em risco, o que as pessoas fazem é tentar se proteger a si e aos seus, se estes estiverem próximos. Caso contrário, salve-se quem puder e, uma vez salva, a pessoa pode pensar no destino que a família teve. Por isso, a posição estática do protagonista me parece muito inverossímil.

  59. Tatiane Mara
    15 de janeiro de 2017

    Olá …

    Homem à espera do fim do mundo fica ressentido por não ter a guarda dos filhos.

    O texto é simples e passa bem a mensagem que propôs, infelizmente, não é cativante, para mim não houve química;

    Boa sorte.

  60. Nina Novaes
    15 de janeiro de 2017

    Ótimo conto.

    E no fim, o que levamos da vida são as relações.

    Eu, enquanto mãe, sentiria a mesma dor por não poder estar entre os meus caso esse fosse o meu ultimo momento.

    Um ótimo conto e o final dá esse tom depressivo de perda irreparável.

    Parabéns. 🙂

  61. Anorkinda Neide
    15 de janeiro de 2017

    Olá!
    Ao mesmo tempo em que é boa a última frase, ela tira a tensão que vinha tomando o leitor, pela empatia pelo protagonista q chorava copiosamente, e pode nos afastar dele. Mas isto numa leitura rápida, se a gente vê mesmo a calamidade da situação posta, faz muito sentido ele pensar, poxa, se fosse ontem eu morreria abraçado a meus filhos.
    Eu sempre penso q numa situação destas eu quero estar com meus filhos, nao importa a idade q eles tenham na ocasiao.. hehe
    Foi muito inteligente e fizeste um texto forte. parabens

  62. Thiago de Melo
    15 de janeiro de 2017

    Amiga Samantha,

    Que maravilha de texto!

    Que tufão de emoções:

    primeiro achei que era simples fanatismo de fim do mundo o cara de braços abertos pro tufão;

    depois achei que nem era o fim do mundo de verdade, que era só o cara perdendo a guarda dos filhos (fim do mundo só pra ele);

    depois pensei que o cara fosse uma má-pessoa e soubesse que estiva indo para o inferno, enquanto a mulher e os filhos iriam para o céu e ele nunca mais os veria (clichê do ex-marido endemonizado);

    depois, relendo o título, senti que, na verdade, por um problema de calendário, justo naquele dia, o mundo estava acabando e ele estava sozinho.

    Que coisa triste, que texto lindo. Parabéns!

  63. angst447
    15 de janeiro de 2017

    Acredito que na hora H, ao se deparar com o Apocalipse, cada pessoa reagiria de uma forma. O pai em questão sente a falta dos filhos, que talvez sejam a razão da sua existência. Sim, isso existe. Talvez, não seja o mais comum, mas existe sim essa forte ligação paterna.
    E o que fazer? Correr para onde? Ele de braços abertos se entrega ao Universo, ou ao fim dele. Braços abertos simbolizam que o homem está entregue à vontade de um ser superior e também pronto para receber (mentalmente, que seja) o abraço daqueles que ama.
    A repetição de QUE me incomodou um pouco, e achei tudo muito explicadinho. No geral, o conto me agradou.
    Boa sorte!

  64. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    15 de janeiro de 2017

    Que os deuses permitam que este homem veja seus filhos pela última vez… os filhos e a ex-mulher, claro. Ou quem sabe ele até mesmo sobreviva a esta catástrofe anunciada. Desejo sorte ao autor (a)

  65. Zé Ronaldo
    15 de janeiro de 2017

    Que perfeição de microconto! Final super aberto, embora possa parecer que não. Mas tente imaginar o turbilhão que se passa na cabeça desse homem vivenciando nessa situação e morrendo sozinho? Principalmente sem os filhos que são as coisas mais preciosas para um pai? Caramba! Maravilha de texto, final insuspeito título maravilhosamente orquestrado juntamente com o resto. É, fia, bem-vinda ao vintão!

  66. Laís Helena Serra Ramalho
    15 de janeiro de 2017

    Gostei da quebra de expectativa gerada ao final do conto. O título, que já é instigante, ganhou um novo significado, o que rendeu mais pontos.

    Só achei estranho você dizer que ninguém entendia muito bem qual é a catástrofe, para depois revelar que é um tufão. Quer dizer: as pessoas não perceberiam logo que era um tufão?

    Quanto à narrativa, achei que poderia ser um pouco mais implícita, mais imersiva. Como por exemplo nessa parte: “Ninguém entende bem a catástrofe que se aproxima, mas todos estão convencidos de que é o último dia de suas vidas.” Será que a correria e os gritos já não é suficiente para mostrar ao leitor esse sentimento de morte iminente? Mas, salvo esse detalhe, está bem escrito.

  67. Gustavo Castro Araujo
    14 de janeiro de 2017

    De início fiquei com a sensação de que o conto resvalava para a piada fácil – o mundo acabando e o cara só pensa que, com ele morrendo, os filhos ficarão com a ex-esposa. É, não teve graça. Mas, reparando no título, tive outra impressão – de que se o apocalipse tivesse ocorrido no dia anterior, as crianças estariam com ele, morreriam com ele e não com a ex-mulher. Na hora H, pois, ele queria os rebentos consigo. Pensando dessa forma, o conto chega a agradar, pois trata de relações interpessoais, o que sempre me atrai, eis que foca no aspecto psicológico de cada um. Nesse sentido, percebe-se um conto cheio de lacunas a preencher, algo imprescindível num microconto. Enfim, um bom trabalho. Parabéns ao autor.

  68. Glória W. de Oliveira Souza
    14 de janeiro de 2017

    O tema aborda efeitos de separação de casais no qual os filhos ficam ora com o pai, ora com a mãe. E a disputa e o puxa-lá e o puxa-cá gera tormentos emocionais. O texto é correto. Inicia indicando um caminho – grande tormenta da natureza – mas desaba numa tormenta familiar. Sinal dos tempos.

  69. Edson Carvalho dos Santos Filho
    14 de janeiro de 2017

    Muito bom! O final surpreendeu, mostrando o quão importante é aproveitarmos cada comento com as pessoas que amamos. Parabéns!

  70. Evelyn Postali
    14 de janeiro de 2017

    Eu me identifiquei com os desejos do homem no dia do apocalipse – de estar abraçado a seus filhos – que estão com a ex-mulher naquele momento. Esses laços que se tornam raízes em nós e que dificilmente quem não os tem consegue sentir. Foi um conto que teve um final fora do comum e totalmente aceitável. A linguagem é boa e o tema também.

  71. Fernando Cyrino
    14 de janeiro de 2017

    Puxa, ficou bacana. Você construiu uma situação paradoxal que funcionou muito bem. O título a auxiliar tremendamente na história. O final quebrando todas as minas expectativas. Parabéns pelo conto tão interessante. Sucesso.

  72. Antonio Stegues Batista
    14 de janeiro de 2017

    Achei engraçado o homem se preocupar que os filhos ficariam sob a guarda da ex-mulher, enquanto o mundo acaba.É um conto para fazer rir, pelo menos fugiu do comum. Muito bem escrito, começo meio e fim. Uma boa ideia mostrar o homem se preocupando com um problema particular diante da destruição do mundo. É o que acontece na realidade, nos preocupamos com problemas pequenos quando ha outros maiores que fingimos não ver.

  73. Davenir Viganon
    14 de janeiro de 2017

    A situação foi construída frase a frase de forma envolvente e o final foi arrebatador. Do cenário de catástrofe, fechando a lupa, até aquele indivíduo torturado com a ausência dos filhos e a perspectiva de não vê-los nunca mais. A construção de frase dessa parte foi feliz.
    Enfim, se pareceu absurda a preocupação do pai, ou a situação como um todo, digo que isso é que deu graça ao conto. Gostei bastante.

  74. Leandro B.
    14 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha.

    Achei o desfecho do conto bastante original, uma visão pouco vista do apocalipse. Quando algo assim ocorre, o mais comum é vermos o protagonista tentando alcançar seus filhos. Aqui, por algum motivo, ele se lamenta. Talvez saiba que não terá tempo de alcançá-los. Talvez eles estivessem no caminho da destruição antes dele (provavelmente o mais lógico). É nesse sentido que o título também fica interessante, uma vez que deixa claro que o homem abriria mão de alguns dias de vida para estar com os filhos no fim.

    Discordo de alguns comentários dos colegas que estranharam uma preocupação egoísta (e é, afinal, alguns dias antes seria a mãe que não estaria com os filhos) frente a uma catástrofe mundial. Acho que este deveria ser o cenário mais comum.

    Enfim, bom conto. Parabens.

  75. Olisomar Pires
    13 de janeiro de 2017

    Uma infelicidade pessoal na visão do personagem é pior que a destruição de tudo e todos: Se esse não é o sujeito mais egoísta do universo, tá muito perto, não me admira os filhos estarem com a ex-mulher.

    Brincadeiras à parte, a construção em em pequenos parágrafos ficou interessante.

    Infelizmente, a idéia do conto é, nas palavras de outro comentarista, rasa.

    Não me causou empatia ou sentimento. Lamento.

  76. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    13 de janeiro de 2017

    Um texto ativo com final inusitado Soa quase como uma crônica. Interessante!

  77. Vitor De Lerbo
    13 de janeiro de 2017

    Esse conto já começa bem pelo título, que chama a atenção.
    A narrativa é bem construída e o clímax é arrebatador. Construindo a história na minha cabeça, ao longo do texto, pensei que a esposa do homem tivesse morrido no dia anterior. Ou seja, fui surpreendido.
    Em poucas palavras, conseguimos imaginar o caos do momento e a dor do homem.
    Parabéns e boa sorte!

  78. Luiz Eduardo
    13 de janeiro de 2017

    Parabéns. Não sou muito fã de histórias de apocalipse e coisas do tipo, mas vc conseguiu prender a atenção com uma pegada psicológica tmb. Boa sorte

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      E foi a única coisa apocalíptica que escrevi na vida… justamente porque ele é o de menos… hahahaha

  79. Ceres Marcon
    13 de janeiro de 2017

    Samantha!
    Muito bom! Eu achei que ele fosse fazer algo surpreendente, porém a preocupação dele foi muito além da morte. O fim foi a perda dos filhos para a mulher.
    Gostei muito.
    Parabéns!

  80. Guilherme de Oliveira Paes
    13 de janeiro de 2017

    O final me agradou especialmente, na verdade mais até do que a própria construção da história que leva a ele. Ótima conclusão.

  81. Matheus Pacheco
    13 de janeiro de 2017

    Genial pela reviravolta do final, até a linha final do texto eu estava realmente esperando o céu se abrir, as estrelas caírem a terra rachar. Mas depois eu vi pode ser algo muito pior.
    Um grande abraço para o escritor.

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      Opaaa, recebido… obrigada.

  82. Tiago Volpato
    13 de janeiro de 2017

    Bacana o texto. Catástrofe pessoal X catástrofe global foi muito bem trabalhada. Mesmo em poucas palavras conseguimos nos importar pelo personagem e sentir sua dor. Parabéns.

  83. Vanessa Oliveira
    13 de janeiro de 2017

    Não gosto do apocalipse, mas é algo pessoal. Acho que é um tema batido, muito usado. No entanto, gostei como terminou, saindo do clichê de todos morrerem em uma catástrofe, e mostrando o arrependimento de uma pessoa em particular. Acho que toda vez que alguém explora o fim das coisas, é interessante trazer uma visão pessoal. Fiquei com pena dele.
    Boa sorte!

  84. José Leonardo
    13 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha Stephens.

    “O mundo pode acabar, contanto que eu beba meu chá.”

    Foi o que filtrei de seu texto. A lástima pessoal se sobrepondo à mundial. No entanto, se pensarmos que o mundo acaba “para cada pessoa” (quando morremos, ou seja, sem necessitar de um Apocalipse), a saber, para cada ser senciente e consciente disso, o que li aqui não está muito distante da realidade.

    Além disso, o fato de não poder dar o último abraço nos filhos e ter desejado que o mundo morresse como peru de Natal: na véspera. Muito interessante.

    Boa sorte neste desafio.

  85. elicio santos
    13 de janeiro de 2017

    Achei meio forçada a ideia de alguém se preocupar com questões pessoais num momento catastrófico, mas o final surpreendeu. Bom texto.

  86. Sabrina Dalbelo
    13 de janeiro de 2017

    Gostei. O conto narra um momento de desespero (geral)… mas o real foco de desespero (particular) só é revelado no final, que é a falta de alguém para aquele homem abraçar, no último dia da vida.
    E aí combina com o título, pois o homem preferiria que o próprio apocalipse tivesse ocorrido um dia antes, tudo para estar, no seu momento final, com quem ele ama.

  87. Rubem Cabral
    13 de janeiro de 2017

    Olá, Samantha.

    Um bom texto. A segunda frase, afirmando que todos estavam convencidos do fim, soou-me um pouco forçada. A ironia do fim, no entanto, fechou o conto muito bem.

    Está bem escrito, e a linguagem usada foi simples e clara.

    Nota: 7.5

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      Obrigada pelo comentário.
      Difícil não ser muito objetivo em um conto curto, mas é isso aí!

  88. andré souto
    13 de janeiro de 2017

    O apocalipse particular é o que interessa.A tragédia particular é sempre mais densa.Parabéns.

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      Exatamente essa era a ideia. Obrigada!

  89. Bruna Francielle
    13 de janeiro de 2017

    Ah, confesso que tive que reler a frase final pra entender. Ele divide a guarda dos filhos com a mulher, e ficou sem poder se despedir deles !
    Achei bem interessante a cena toda, sim. Ele parado, o detalhe do esfriamento o tufão
    A única coisa que achei um pouco ”forçada” foi o ‘apocalipse’ em si..” A terra treme, o céu nubla”, ora, terremotos e céus nublados são comuns
    Não acho que por ocorrer essas coisas, iriam logo achar que é um apocalipse.
    Acho que poderia ter criado algum outro motivo para saberem que é um apocalispe

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      Oi Bruna!
      Obrigada pelo comentário.
      Difícil não ser muito objetivo em um conto curto, mas é isso aí!

  90. Virgílio Gabriel
    13 de janeiro de 2017

    Olha, não vou julgar o personagem, pois toda generalidade é burra, mas como advogado, são bem raros os pais que se preocupam tanto assim, ainda mais no fim do mundo! Mas vamos supor que esse seja um pai muito amoroso. Por que ao invés de ficar parado, não tenta ligar para os filhos (ou ex-mulher)? Ou até mesmo, ir até eles, afinal, apesar do mundo está acabando, ninguém sabe ao certo quanto tempo restará. Não sei, achei meio rasa a ideia.

    • Samantha Stephens
      13 de janeiro de 2017

      Oi Virgílio,
      Interessante a tua visão sobre o amor paternal.
      Que tu possa se defrontar com mais exemplos de pais amorosos, na tua profissão ou fora dela.

      Um outro desfecho, em que o homem tentasse contatar os filhos também é uma possibilidade, sem dúvidas… obrigada.

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Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .