EntreContos

Detox Literário.

Bela Viola (Gilson Raimundo)

Na grande cidade, surgia mais uma linda manhã de sol. O dia parecia perfeito quando ela pagou o ticket do estacionamento dirigindo-se para a ala mais próxima da porta do saguão, a caminhada estranhamente lhe trazia stress, não era seu estilo empreender tanto esforço. Depois de algumas voltas em ritmo lento, encostou sua Mercedes prateada sob a proteção da sombra de um frondoso cipreste do charmoso Garden Hill Shopping. Dali, em cima do seu salto quinze ascendeu sua cigarrilha francesa, seguindo até o pórtico da suntuosa edificação, uma verdadeira Meca do consumo, onde rios de dinheiro eram desperdiçados com futilidades que para uns seriam desnecessárias e para outros, itens básicos de sobrevivência.

Agora, despida de sua blindagem caminhava rumo ao coração da galeria. Seu corpo assemelhava-se a obra de um escultor meticuloso, uma Galatéia fitness elaborada na ponta de um preciso bisturi, mas enganam-se, pois ali apenas a natureza havia laborado, com a ajuda de uns cremes e loções, nada que comprometesse a originalidade.

Enfim, seu perfeito estilo Barbie encantava como se estivesse embebida numa espécie de feromônio poderoso. Seus penetrantes olhos verdes, sua pele rósea e o belo nariz fino formavam a perfeição facial emoldurada pelos maravilhosos cabelos dourados. Seu corpo sex, de busto nem tão grande nem pequeno, perfeitos como pêras argentinas, suas pernas caprichosamente torneadas se movimentavam num rebolado cadenciado, hipnotizando marmanjos de toda laia que vorazmente abandonavam seus afazeres apenas para comtemplar tamanha perfeição. E ela seguia dando pinta de indiferente, mas ao desfilar cruzando o saguão sentia-se desnuda de seu modelito vermelho especialmente talhado por um conceituado estilista de Milão. Seus sentimentos eram um misto de asco e glamour, queria ser desejada, mas não por tão vil plateia, estava ela muito acima daqueles olhares.

Vencendo a pequena distância da aromatizada praça de alimentação, já na escada rolante, pois não poderia usar o espaço confinado do elevador panorâmico de forma exclusiva e tão pouco desejava respirar o ar contaminado por outros pulmões, aconteceu o que tanto temia. Uma cria parruda de uma mulher perigosamente repleta de sacolas, tocou em seu corpo, seus dedinhos como roliças salsichas estavam melecados de chocolate vindo a macular a doce cútis de seu braço. Enojada usou as costas da mão extremamente delicada para afugentar os germes deixados pelo pirralho. Teve tempo ainda, para com o olhar despejar todo seu desprezo por tais criaturinhas, em sua mente abominava a simples ideia da reprodução de seres tão inferiores que como ratos infestavam todos os ambientes, nenhum lugar do planeta estava a salvo daquela raça, o bicho pobre era resistente ao extermínio, por mais que houvessem tentativas de levar a cabo tal tarefa, ela sempre falhava, como as cabeças de uma hidra, quando uma era decepada duas tomavam seu lugar. Esses animais já deveriam nascer mortos, privando o mundo de sua imundice.

Quase no terceiro piso contemplou de longe um afrodescendente espreitando a vitrine da Cyril Muller Joias. Certamente teria comparsas, deveria se apresar, esse tipo de gente, como chacais, sempre anda em bandos alertas a uma boa oportunidade de ataque e hoje por questões particulares estava sem seu staff, azar o dela que desde sempre dispunha de dois ou mais brutamontes bem trajados com a única função manter distante qualquer tipo de contágio.

Não estava atrasada, contudo desejava chegar logo na loja para checar se a encomenda do visom exclusivo estava a contento, temia permanecer muito tempo entre o populacho. Quanto mais rápido melhor. Antes, ali era com certeza muito bem frequentado, os clientes eram mais seletos, agora parecia ter ocorrido uma revolução campesina onde os desqualificados acabaram expropriando aqueles agraciados com dadivas divinas.

Bem próximo da Maison Le Four enjoou-se um pouco. Começava a sentir calor. Devia encontrar rapidamente um lavabo, gostas de um fino suor insinuavam-se por sua face angelical.

Ali, somente banheiros públicos, bem higienizados aliás. Porém em sua mente estavam corrompidos por todo tipo de sordidez humana que às vezes lia nos contos fantasiosos da internet, tristemente não tinha como evitar o confronto. Não podia esperar.  Sentia seu corpo tenso, apresou-se. Diferente de momentos mais tranquilos, não teve tempo de usar seu lencinho umedecido com aromas florais. Girou a maçaneta quase se atirando no interior daquele covil nauseabundo.

Um pouco ofegante, postou-se diante do grande espelho, olhou direto nos olhos do seu próprio reflexo. Estava um pouco tonta e com leve náuseas. Bolinhas de suor brilhavam em sua fronte. Levou sua mão esquerda um pouco tremula aos cabelos. Ela sabia o que viria a seguir.

Fartas mechas douradas soltaram-se ante seu toque. Uma tosse rouca e profunda escapou de seu peito. Na pia, uma nojenta escarrada de sangue escoou pelo ralo. Na sua nécessaire a prescrição de mais sessões de quimioterapia.

Como diria o velho matuto:

“Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.”

45 comentários em “Bela Viola (Gilson Raimundo)

  1. Pedro Luna
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Luna

    Não gostei da citação no final. Sei lá, deu um tom de lição de moral meio desnecessário. Também achei o conto muito descritivo. Em poucas palavras, isso cansa um pouco. Mas a personagem é odiosa e o autor teve mérito nisso.

  2. wilson barros
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de wilson barros

    Bom desenvolvimento, descrições impressionantes e diálogos bem conduzidos em um português impecável. A ação tornou-se bastante densa devido ao cuidado que você tem com os detalhes.O personagem sem dúvida é bem elaborado. Notei que seu estilo é meio “beat”, Kerouac/Ginsberg. A única ressalva é que o tema pode não agradar a todos. Primeiro porque parece definir a doença, que não escolhe parceiro, como uma antítese ao orgulho, quase como um castigo. E depois por causa do apelido final, meio cruel, lançado na “Bela Viola”, e, por conseguinte, em outros acometidos. Resumindo, apreciei muito sua técnica, mas deixo essa reflexão sobre a temática escolhida.

  3. Thata Pereira
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thata Pereira

    Nossa, que triste. Achei bastante forte a utilização do ditado, apesar da personalidade da personagem central. O “pão bolorento” pode ser essa personalidade, mas também pode ser confundido com a doença e, nesse último caso, não achei a colocação feliz. Gostei muito da maneira como tudo foi muito bem descrito.

    Boa sorte!!

  4. Lucas Almeida
    23 de fevereiro de 2015
    Avatar de Lucas Almeida

    Se tivesse terminado de outra maneira que não esta eu não aprovaria seu texto, pois fiquei o tempo todo tentando entender a relação do titulo com a trama. Também, pela forma que foi escrito, muitas virgulas – não que elas estivessem no lugar errado -, mas acho que dava para organizar melhor as ideias em alguns momentos. Mas você usou bem o tema, e isso é muito positivo. Boa sorte 🙂

  5. Leandro B.
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de leandrobarreiros

    Oi, Narciso.

    Achei o conto bem escrito, embora tenha escapado alguns erros na revisão, especialmente com alguns “s”. O que eu não gostei muito foi das últimas palavras no final, e esse é um conto que depende muito do final.

    Acredito que talvez ficasse melhor parando na quimioterapia. A mastigada do ditado me pareceu meio deslocada.

    Boa sorte!

  6. Bia Machado
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Bia Machado

    Gostei em partes. A leitura de boa parte do conto foi bem maçante, não me envolveu. Mas gostei dos últimos parágrafos, embora as duas últimas frases eu ache desnecessárias. Uma narrativa triste.

  7. Swylmar Ferreira
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Belo conto Narciso.
    Apresenta boa estrutura, boa objetividade, mostrando o personagem principal de modo ímpar. Este enredo também mostra início, meio e fim, inclusive um final inesperado. Linguagem bem estruturada e fácil de ler, merecendo breve revisão.
    O autor mostra no conto uma realidade que poucos gostam de encarar: a mortalidade.
    Parabéns.

  8. Andre Luiz
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, caro Narciso!

    Seu conto brinca com preconceitos e estereótipos de tal forma que nos imerge no mundo real como se fosse uma fantasia. Barbie, não por coincidência, é a garota escultural, mas problemática, egoísta e mesquinha, como seria provavelmente a boneca se viesse à vida. A crítica social está feita! Sugiro apenas revisar para apagar de vez alguns errinhos que apareceram ao longo do texto. Parabéns!

  9. Edivana
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Edivana

    Bom isso. Muito legal, a arrogância deixa suas máculas, mesmo naqueles que não tem nada de melhor (e quem tem?). A vaidade, o preconceito e tudo mais. Confesso que achei que ela estava com uma soberba e humana dor de barriga no final. Abraços.

  10. Gustavo de Andrade
    22 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    “O dia parecia perfeito quando ela pagou o ticket do estacionamento dirigindo-se para a ala mais próxima da porta do saguão, a caminhada estranhamente lhe trazia stress, não era seu estilo empreender tanto esforço.” — muitas frases, muitas vírgulas. Talvez: “O dia parecia perfeito enquanto ela pagava o ticket de estacionamento, dirigindo-se para a ala mais próxima. A caminhada, estranhamente, não lhe estressava, mesmo não sendo do seu estilo empreender tanto esforço”.
    “ascendeu sua cigarrilha” — na verdade, nesse sentido é “acendeu”, sem o “s”. “Ascender” é relativo a subida, escalada, ascensão. Já “acender”, à ativação da luz, ignição do fogo.
    Acho muito esquisita a insistência em usar palavras rebuscadas e cometer erros como “ascender”. Cê não tem a obrigação de escrever tudo certinho, muito pelo contrário: se escrevesse errado mas sem a prepotência de “embelezar” o texto com certas palavras como “frondosa” e “apenas a natureza havia laborado” teria-se uma narrativa muito mais honesta e proveitosa.
    Temos, no segundo parágrafo, também um excesso de frases sem uma pontuação muito maneira. Tente ler em voz alta suas frases para ver se estão legais, se você consegue falá-las exatamente do jeito como estão escritas/pontuadas, e veja se construiu-se uma frase natural.
    Esse “Enfim,” não faz muito sentido. Estamos lendo um texto, não ouvindo ninguém nos falar. Se assim fosse, talvez fossem necessários mais elementos de interação entre quem narra e quem lê, como algumas sacadas metalinguísticas, comentários explícitos etc.
    A descrição da beleza da mulher tá muito contada e pouco mostrada. Não faz diferença nenhuma à narrativa nem à construção mental da personagem. (Nota: é “corpo sexy”, e não “corpo sex”.)
    Temo insistir: véi, cê não precisa colocar coisas bonitinhas no seu texto. Não agrega nenhum valor se você simplesmente distribui palavras e frases que acha requintadas sem desenvolver uma narrativa coesa e instigante. Sério, se importe com as FRASES e os PARÁGRAFOS antes de se importar com as palavras. Esse é o pior problema deste conto.
    O “aliás.” traz o mesmo problema do “enfim”, portanto não serei redundante além de apontá-lo.

  11. Carlos Henrique Fernandes Gomes
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de Carlos Henrique Fernandes Gomes

    Seu conto me pareceu uma acusação, julgamento e execução da sentença! Não fosse isso, seria um pecado perfeito! Se foi proposital, não me atingiu. Não é isso que precisamos julgar; se o conto atingiu ou não este leitor, mas a técnica. Então vamos lá: é bem ambientado, bem conduzido, nada a mudar nisso, a construção da personagem tem credibilidade com os exageros necessários, o preconceito sentido e descrito está de acordo com o que seria a linguagem da personagem. Só o ditado popular no final não caiu bem; ele me parece diluído no texto.

  12. rsollberg
    21 de fevereiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Olha, infelizmente não gostei.

    O texto é muito descritivo e caricato.
    Algumas frases são intermináveis, tudo muito adjetivado. Não vi trama, nem uma narrativa que substituísse de forma satisfatória a “falta” de estória. Parece que tudo foi criado para justificar a frase final.

    Fiquei meio confuso quando vi um “afrodescendente” ali no meio… Sim, pois o texto carrega em alguns estereótipos, mas nessa hora ele amansa pro politicamente correto. Na minha opinião, ou tudo, ou nada. Quer fazer um texto com estereótipos? Blz! Mas caia de cabeça. Acho que não dá pra assumir dois discursos. Não me parece que houve confusão entre autor e personagem. Até pq tem o lance do câncer, que é pesado… A meu ver até uma interpretação equivocada do ditado empregado.
    Pode até ser viagem minha, mas…

    Espero que os outros leitores tenham uma interpretação diversa.
    De qualquer modo, boa sorte no desafio.

  13. Pétrya Bischoff
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Que viagem, diante de tanta maldade que a mulher expelia, pensei que seu interior podre seria esse, crueldade. No entanto, ela estava realmente debilitada. A narrativa não me agradou tanto, exaltou a mulher de uma maneira que não gosto, muito caricata, e a escrita está bem clara. De qualquer maneira, acabou me surpreendendo. Boa sorte.

  14. Leonardo Jardim
    20 de fevereiro de 2015
    Avatar de Leo Jardim

    Prezado autor, optei por dividir minha avaliação nos seguintes critérios:

    ≋ Trama: (2/5) não houve uma trama de fato, apenas uma descrição de uma passagem, uma cena na vida da mulher.

    ✍ Técnica: (2/5) achei mediana, com frases muito grandes. Muitas das vezes que o autor optou pela vírgula, poderia muito bem ter usado ponto e escrito frases mais coesas. Muitas ideias dentro e uma mesma frase faz com que nos percamos.

    ➵ Tema: (2/2) vaidade (✓).

    ☀ Criatividade: (1/3) não teve muita. Nesse desafio, ficou muito semelhante ao conto Esculturas.

    ☯ Emoção/Impacto: (2/5) acho que a ação caiu no final, prejudicando muito a conclusão.

    Problemas encontrados:
    ● Uma cria parruda de uma mulher perigosamente repleta de sacolas, tocou em seu corpo (sem vírgula)
    ● Teve tempo ainda, para com o olhar (sem vírgula)

  15. Rodrigo Sena Magalhaes
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Sena Magalhaes

    Estou sendo repetitivo, mas escrever é muito além de boas ideias. É preciso saber escrevê-las. É preciso ler. Com a popularidade da internet, muitos querem se tornar escritores da noite para o dia, como um viral. Não é bem assim. A internet pode até fazer escritores do dia para a noite, mas o tempo se encarrega deles. Esse texto está repleto de erros. Cara, se vai escrever para outros, faça uma revisão, aquela do revisor de textos mesmo. Se não tem certeza da grafia escrever, troque por sinônimo, consulte o Volp da ABL, mas não escreva errado! E outra coisa que não gosto mesmo: estrangeirismo. Mas isso é gosto pessoal.

  16. Willians Marc
    19 de fevereiro de 2015
    Avatar de Willians Marc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 6
    Ortografia/Revisão: 9
    Técnica: 6
    Impacto: 6
    Inovação: 6

    Minha opinião: Achei o texto em questão mediano. Foi uma boa ideia confrontar o narcisismo da protagonista com uma doença, porém, acredito que os parágrafos muito grandes e com muitos detalhes deixaram o conto um pouco enfadonho, talvez o conto ficaria melhor se fossem alternados momentos do narcisismo com algumas ações e interações parecidas com o choque com a criança.

    Boa sorte no desafio.

  17. Luan do Nascimento Corrêa
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luan do Nascimento Corrêa

    Períodos enormes e mal pontuados, alguns quase que sem nexo. Li o conto imaginando que se tratava da apresentação de uma personagem preconceituosa, mas que o ápice do enredo seria apenas uma lição de moral. Se esse fosse o caso, talvez não condenasse a escolha de palavras grosseiras e as variadas formas de preconceito derramadas sobre a tela. Mas não é. Ao fim de tudo, descubro que há sim uma lição de moral, mas acompanhada da comparação entre uma pessoa com câncer e um pão bolorento, como se o câncer é que fosse aquilo que há de errado nela, e não o seu desprezo pelos demais. Talvez, e só talvez, o detalhe do câncer tenha sido apenas uma infelicidade, mas me sinto na obrigação de apontar isso.

  18. Eduardo Selga
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Eduardo Selga

    O aspecto positivo mais interessante do conto está na construção de uma narrativa que, ao mostrar o comportamento elitista da personagem principal, faz disso uma denúncia implícita, pois o narrador não compactua (ao menos de modo evidente) com a postura dela. Ao contrário, lhe dá voz por meio de sua narração, mas também deixa clara a ironia dele, narrador, quanto ao fato. Exemplo do elitismo da personagem, numa elocução do narrador que “entra em seu pensamento” está em “[…] ideia da reprodução de seres tão inferiores que como ratos infestavam todos os ambientes, nenhum lugar do planeta estava a salvo daquela raça, o bicho pobre era resistente ao extermínio […]”.

    Ao mesmo tempo, o narrador logra alcançar bom nível de ironia (algo nem sempre fácil) em alguns pontos, mesclando-a a essa voz do personagem dada pelo narrador, como em “Certamente teria comparsas, deveria se apresar, esse tipo de gente, como chacais, sempre anda em bandos alertas a uma boa oportunidade de ataque […]”. Essa ironia se constrói na proporção do ridículo, ou seja, mesmo que ainda seja a voz da personagem, não o é completamente, pois há um nível de ridículo na atitude propositadamente incluída pelo(a) autor(a) que é responsável pela ironia, e um ridículo que não se vê em todas as cenas da personagem. Há, então, um narrador que se subdivide em duas camadas: na primeira ele á a voz da personagem; na segunda ele sutilmente ironiza essa voz que ele mesmo empresta. É um recurso habilmente utilizado.

    É pena que o texto se entregue algumas vezes a clichês narrativos. Nem quero me concentrar na protagonista, na qual há alguma elaboração, conforme assinalei acima, mas principalmente em frases pertencentes a um tipo de narrativa estereotipada, certos adjetivos empregados para descrever paisagens. Por exemplo, em “Na grande cidade, surgia mais uma linda manhã de sol”, LINDA MANHÃ DE SOL é de um romantismo bucólico descritivo cansado, assim como em “[…] sua Mercedes prateada sob a proteção da sombra de um FRONDOSO CIPRESTE […]”.

    Ainda sob esse aspecto, o final foi pouquíssimo inspirado por usar, meio gratuitamente, uma frase feita “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.” Provavelmente a intenção foi, ao usar a frase, demonstrar o que se chama sabedoria popular, mostrar que a suposta inferioridade intelectual do sujeito situado em estratos sociais inferiores é uma construção ideológica e discursiva, mas como narrativa não funcionou bem.

    O termo “Galateia fitness” também me pareceu forçado demais. FITNESS determina qualificações que definitivamente não se encaixam bem em GALATEIA, uma ninfa grega presente na pintura clássica e na escultura. Uma ninfa “malhada”? Ora, por si próprias elas já incorporam um ideal de beleza, donde o FITNESS soar desnecessário. Existe uma Galateia que é personagem de anime, mas ainda assim a palavra inglesa não me parece necessária.

    Gramaticalidades

    Em “Dali, em cima do seu salto quinze ascendeu sua cigarrilha francesa […]”, o correto seria ACENDEU. Do jeito que está grafado, ASCENDEU significa SUBIU.

    o correto é CONTEMPLAR, não “comtemplar”.

    Em “[…] pois não poderia usar o espaço confinado do elevador panorâmico de forma exclusiva e tão pouco desejava respirar o ar contaminado por outros pulmões, aconteceu o que tanto temia. […]” o correto é TAMPOUCO (TAMBÉM NÃO). TÃO POUCO significa MUITO POUCO, o que não faz muito sentido no contexto oracional.

    Há uma vírgula após ENOJADA em “Enojada usou as costas da mão extremamente delicada para afugentar os germes […].

    Em “Estava um pouco tonta e com leve náuseas”, há um erro de concordância nominal. Se mantiver LEVE, é preciso que seja NÁUSEA; se permanecer NÁUSEAS, deve ser LEVES.

  19. Jowilton Amaral da Costa
    18 de fevereiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    No início eu achei um pouco confuso, há uma troca de cena muito rápida, ela estava andando e isso lhe estressava. Aí o narrador diz que ela dá umas voltas em ritmo lento, pensei que ela ainda estivesse andando, mas, ela encosta uma Mercedes. Achei estranho. E na verdade só foi isso mesmo que me incomodou. o conto é muito bom, na minha opinião, bem escrito, com boas sacadas e o final surpreende. Boa sorte.

  20. Maurem Kayna (@mauremk)
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Maurem Kayna (@mauremk)

    A grafia errada de palavras como sexy e imundície não são assim tão críticas, embora incomodem, mas o excesso de “contação” dos pensamentos da esnobe, poderia ser substituída por atitudes suas. O dito popular ao final do texto é como subestimar o leitor, explicando algo tão óbvio como se o leitor não fosse capaz de concluir sozinho.

  21. alexandre cthulhu
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de alexandre cthulhu

    Gostei. De facto, o exterior das pessoas pouco ou nada nos conta sobre o seu interior. Porque será que era tão radicalmente selectiva? algo a descompensava? falta de saude pois!
    Parabens continue

  22. Ricardo Gnecco Falco
    16 de fevereiro de 2015
    Avatar de Ricardo Gnecco Falco

    Um retrato bem caricato. Talvez por isso mesmo tenha soado tão verossímil. Algumas escapulidas da revisão foram encontradas, fora isso, um texto redondinho. Parabéns!
    Boa sorte,
    Paz e Bem!
    🙂

  23. Rodrigues
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigues

    Peraí, ela é um pão bolorento por ter câncer? Não gostei nada dessa ideia. No começo até achei que a profusão de adjetivos quase enfileirados fosse proposital para adequar o conto ao pecado da vaidade, mas ao desenrolar do texto não vi nenhuma função estilística de tal recurso, a não de chatear o leitor. No mais, esse final está muito ruim.

  24. Virginia Ossovski
    15 de fevereiro de 2015
    Avatar de Virginia Ossovski

    A história é interessante e o final com certeza surpreende e faz sentir pena da protagonista sem nome, embora ela não inspire muita empatia. Acho que uma revisão faria bem ao texto, achei a pontuação um pouco estranha. Sucesso no desafio !

  25. Gustavo Araujo
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Araujo

    Desculpe, mas não gostei. Durante 9/10 do conto somos apresentados a uma mulher fútil, que não gosta de negros ou pobres, que tem mania de grandeza e tal. Isso já dá para perceber lá no primeiro parágrafo e o fato de o autor tecer mais e mais linhas sobre isso apenas torna o texto enfadonho e repetitivo. Some-se a isso o fato de a protagonista não gerar nenhuma empatia e, ainda, os recorrentes erros de pontuação. Há passagens em que as vírgulas e pontos foram simplesmente esquecidos, tornando os parágrafos excessivamente longos. O momento em que é revelada a doença dela até que salva um pouco essa má impressão, mas soa mais com um “a-há! não contavam com isso, hein?”. Ficou gratuito. Não curti, não. E a frase no fim, o ditado popular, é bem dispensável. Esse é o tipo de conclusão a que o leitor deve chegar sozinho; não há necessidade de transcrevê-la. O leitor não pode ser tratado como alguém incapaz de raciocinar. Fica a dica para que você, caro autor, ofereça as ferramentas, mas deixe que o leitor as utilize para construir a própria interpretação.

  26. Anorkinda Neide
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Ahhh.. eu conheço pessoas bem assim..que dó!
    Pois eu não desejo um fim desses pra pessoa…hehehe
    Mas não pude evitar a risada com o humor negro do final!

    Parabéns pelo texto, muito bom!

  27. Sonia Rodrigues
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Trama simples, sem grandes elaborações, praticamente uma lista de ações da moça dia afora.
    Começo pobre: Na grande cidade, surgia mais uma linda manhã de sol. Nada que instigue a curiosidade do leitor.

    Tem uma contradição neste parágrafo: … banheiros públicos, bem higienizados aliás…. no interior daquele covil nauseabundo.

    A descrição da personagem é quase uma não descrição; nada se sabe de seus pensamentos, de seus sentimentos, do porquê de seus atos.
    Sugestào: menos descrição externa, mais sobre os pensamentos e sentimentos da moço ou mais atenção à linguagem corporal, como alternativa, seria desejável.
    Final pobre. Terminar com um ditado popular, ainda um tão sem compaixão!

  28. Claudia Roberta Angst
    14 de fevereiro de 2015
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Então, autor, como vai? Entendi que o pecado retratado é o da soberba, temperado com a vaidade. Certo? Bom, a narrativa está linear, coerente, refletindo as características da soberba através da personagem. Não acontece muita coisa, mas o final surpreende de certa maneira.
    Há alguns problemas no caminho:
    – excesso de informação – redundante – como em: (…) sob a proteção da sombra de um frondoso cipreste > já seria o suficiente “sob um frondoso cipreste” ou “na sombra de um frondoso cipreste… Mas espera aí, cipreste é aquela árvore digna de cemitérios, em forma de cone esbelto, não acho que forneça uma sombra que cubra um Mercedes.
    – (…) ascendeu sua cigarrilha = ACENDER é o verbo correto. Ascender é outro verbo que não cabe aqui.
    – Seu corpo assemelhava-se a obra = À obra – a crase é necessária aí.
    – Seu corpo sex = SEXY
    – busto nem tão grande nem pequeno, perfeitos como pêras argentinas = Busto é singular , ou seja, seria melhor ter usado> seios nem tão grandes nem pequenos, perfeitos como PERAS argentinas. Pera não tem acento.
    – comtemplar = CONTEMPLAR
    – (…) por mais que houvessem tentativas= por mais que HOUVESSE tentativas
    O verbo HAVER no sentido de EXISTIR fica sempre no singular.
    – (…) privando o mundo de sua imundice. = acho que a ideia aí era POUPANDO o mundo de sua imundice.
    – (…) deveria se apresar = deveria se APRESSAR (ter pressa)
    – dadivas = dádivas
    – gostas de um fino suor = GOTAS
    – (…) sordidez humana que às vezes lia nos contos = sordidez humana sobre a qual, às vezes, lia nos contos…
    – apresou-se = APRESSOU-SE
    – e com leve náuseas = erro de concordância = com leve NÁUSEA
    – tremula = trêmula
    Há enganos também quanto à pontuação empregada. Procure não usar frases longas demais. Uma boa revisão seria necessária para melhorar o trabalho.
    O final foi bom, mas só não entendi a escarrada de sangue. Ficou parecendo que a personagem tinha tuberculose ao invés de câncer. A quimioterapia pode provocar vômito, mas sair sangue, não sei, não.
    No entanto, achei o final o melhor de tudo. Boa sorte!

  29. Pedro Coelho
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de Pedro Coelho

    Achei um texto sem emoçao, vai se arrastando, se arrastando e chega em lugar nenhum. Faltou criatividade, nesse desafio tem uns tres textos sobre vaidade muito parecido com esse. Caiu no cliche.

  30. Sidney Muniz
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei do conto!

    A narrativa é boa e sua maior parte. A trama é interessante e o desfecho é muito bom, sem falar na frase final que a meu ver fechou muito bem.

    Abaixo um pequeno deslize, ou não?

    gostas de um fino suor – gotas?

    trama (1-10)=9
    Técnica (1-10)=9
    Narrativa (1-10)=8,5
    Personagens (1-10)=10
    Inovação e ou forma de abordar o tema (1-5)=5
    Título (1-5)=5

    Parabens e boa sorte!

  31. mariasantino1
    13 de fevereiro de 2015
    Avatar de mariasantino1

    Mas que narrativa afetada! Hahah!

    Eu entendi o que você fez aqui, tudo é nojentinho para combinar com a personagem. Algumas palavras meio que destoaram na narrativa, mas no geral eu peguei. Infelizmente faltou algo, senti que frase final para casar com o que foi oferecido entrou rasgando goela abaixo no leitor (eu), e isso não soou natural (o que é ruim). O asco que ela sente me fez acreditar que era por está suando, está sentindo nojo do ambiente e então vem a quimioterapia. Acredito que a narrativa em primeira pessoa casaria melhor com o efeito que você quis repassar e, também acho que se inserisse uma doença sórdida, o efeito de podre por dentro seria alcançado (quis dizer, uma doença contraída de maneira sórdida).
    Não precisa ser necessariamente quimioterapia, ela poderia ter alguma doença venérea. Enfim. Sinto que dá pra melhorar o seu escrito.
    Tem alguns deslizes bobos “gostas (GOTAS) de um fino suor”, nada grave.
    Siga firme.
    Boa sorte no desafio.

  32. Brian Oliveira Lancaster
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Meu sistema: EGUA.
    Essência: bem explorada no sentido hollywood de ser. Nota 7,00.
    Gosto: a história me pareceu sem início e sem fim, apesar do “fim” propriamente dito estar implícito. Algumas palavras soaram poéticas, mas não combinaram com o restante. Tirando a síndrome dos parágrafos colados e frases que me deixaram sem respiração, posso dizer que até curti a ambientação, a personagem principal ficou muito bem descrita e envolvente. Nota 6,00.
    Unidade: faltou revisão em algumas partes. Há palavras incorretas e, como disse acima, apesar de frases bem complexas, faltou algo a mais. Nota 6,00.
    Adequação: neste quesito o conto, sem dúvida, se sobressai. A piada final foi ótima. Nota 9,00.
    Média: 7,00.

  33. Gustavo Aquino dos Reis
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Gustavo Aquino dos Reis

    Bom conto, porém existem alguns erros de português.

    Nada que uma revisão não sane. Parabéns.

  34. Rodrigo Forte
    11 de fevereiro de 2015
    Avatar de Rodrigo Forte

    O que me chamou a atenção no conto foi a descrição de como alguns veem o mundo. É bem triste saber que existem pessoas (e não são poucas) que sentem asco à pessoas de raças, religiões e orientações sexuais diferentes, e abominam qualquer tipo de comportamento que não seja condizente com o seu, mesmo que a sua vida se resuma a fazer compras dia e noite. Por outro lado, há alguns erros de português bem gritantes no texto como “comtemplar”, ascendeu (usado no texto no sentido de acender), “apresou” entre outros. Recomendo uma revisão com mais cuidado da próxima vez, mas ainda assim o conto é interessante.

  35. Tiago Volpato
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Entendi o espírito do texto, mas não gostei muito. Particularmente não sou fã do tipo de conto descritivo e que não acontece nada. Mas tem gente que gosta. Ele tá bem escrito e bem construído, mas não é pra mim. Abraços.

  36. Thales Soares
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Thales Soares

    Não gostei muito. As descrições estão muito boas, o autor ou autora demonstra bastante habilidade ao estruturar o texto. Porém, para mim faltou alguma coisa. Achei o conto muito morno, sem nada que chamasse a atenção. A concorrência este mês está bastante pesada. O final é bacana, acaba com uma ditado que se encaixa perfeitamente à obra, mas não foi o suficiente para encher meus olhos e conquistar meu voto. Mas no final das contas, devo admitir que é um bom conto, por mais que não tenha me fisgado.

  37. Cácia Leal
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de Cácia Leal

    O conto está muito bem escrito, as palavras bem empregadas, as descrições ambientando perfeitamente. No entanto, o final foi rápido demais e me decepcionou. Eu esperava mais. Aquela máxima ao fim destruiu minhas fantasias. Não gostei do conjunto da obra por causa do final.

  38. JC Lemos
    10 de fevereiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Sobre a técnica
    É boa, apesar de se alongar demais em algumas descrições, no início. Achei que algumas palavras não ficaram bem encaixadas. Porém, o restante do conto não teve problema.

    Sobre o enredo.
    Gostei. O final ficou sussa demais! O que as pessoas não fazem para manter a aparência não é…

    • JC Lemos
      10 de fevereiro de 2015
      Avatar de JC Lemos

      Enviou sem os parabéns. Hahah

      Parabéns pelo excelente trabalho!
      Boa sorte!

  39. Fabio Baptista
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de Fabio Baptista

    Bom, vamos lá…

    Primeiro, comentando sobre a técnica: o maior problema foi a colossal quantidade de adjetivos. Praticamente todos os substantivos estavam acompanhados por um ou dois adjetivos e isso torna a leitura bastante arrastada, cansativa.

    Alguns apontamentos:

    – “desperdiçados com futilidades que para uns seriam desnecessárias e para outros, itens básicos de sobrevivência”
    >>> O narrador já define o negócio como futilidade (deu a opinião dele), então a reflexão que ele joga depois fica meio sem sentido.

    – assemelhava-se a obra
    >>> à obra

    – comtemplar
    >>> contemplar

    – pois não poderia usar o espaço confinado do elevador panorâmico de forma exclusiva e tão pouco desejava respirar o ar contaminado
    >>> tampouco

    – apresar
    >>> apressar

    – tremula
    >>> trêmula

    Sobre a trama – a personagem é extremamente caricaturizada. Artificial em todos os sentidos, o perfeito estereótipo da “reacionária”. Carisma zero.

    Mas o que incomodou mesmo foi essa conclusão do final… que quem está com câncer é um pão bolorento. Tipo, a mulher definitivamente era um pão bolorento, mas devido às suas atitudes perante à vida e às outras pessoas, não pelo câncer. Enfim… acho que faltou um pouco de tato para o autor nesse final.

    Veredito: não gostei.

  40. rubemcabral
    9 de fevereiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Não gostei, achei muito monocórdio e beirando o maniqueísta. A personagem principal é quase que somente um arquétipo de uma bitch vaidosa elitista racista e outros “istas” juntos.

    A frase que fecha o conto, o velho ditado, soou excessiva, pois desde o título já havia se sacado que se referia ao dito popular. A súbita queda de cabelo da protagonista, durante seu acesso de tosse no banheiro, me pareceu inverossímil. Se ela era tão vaidosa já teria se munido ao menos de uma peruca.

    Quanto à escrita, o conto carece de um pouco mais de revisão: acentuação, concordância, pontuação, etc. Recomendaria ao autor/autora “mão” mais leve, que não pintasse personagens tão unidimensionais, mesmo no parco espaço de 1000 palavras.

  41. Alexandre Leite
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alexandre Leite

    Texto com belas descrições que avivam os sentidos do corpo. Uma pequena falha de ortografia no oitavo parágrafo, mas que podemos relevar diante do interessante conjunto. Bom texto, apesar do conteúdo ter sofrido dispersão no desenvolvimento.

  42. Luis F. T.
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Luis F. T.

    É um conto bom, com descrições detalhadas e uma forte crítica social, parabéns!

    Faço, contudo, algumas ressalvas:

    1) Como eu disse, há descrições abundantes e bem detalhadas, o que não combina com os frequentes erros de digitação, de vocabulário e de gramática. No final, fica a sensação de que o autor quis impressionar, mas acabou tentando demais.

    2) A história, embora com um argumento forte, está um pouco rasa. Claro, uma história pode ser simples, desde que bem contada. Ainda assim, sinto que faltou algo, algum twist, qualquer coisa que me prendesse no texto. Mesmo porque, como o conto é narrado do ponto de vista da personagem que é uma esnobe, fica difícil se motivar pra continuar lendo, rs.

    Mas no geral, o conto é realista e interessante. Faz-nos pensar sobre nossa sociedade atual. Parabéns novamente!

  43. Mariana Gomes
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Mariana G

    É fácil pegar nojo desse tipo de personagem descrito no conto, e a personagem em questão é bem montada mas suas ações e preconceitos, mas não foge do clichê, o que é uma pena. Sua escrita é boa, mas preste um pouco mais de atenção na ortografia. Parabéns e boa sorte!

  44. Alan Machado de Almeida
    8 de fevereiro de 2015
    Avatar de Alan Machado de Almeida

    O final com o nome do conto achei meio brega. Tem um ou dois parágrafos que são muito grandes e poderiam ser divididos em dois

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Publicado às 8 de fevereiro de 2015 por em Pecados e marcado .