EntreContos

Detox Literário.

Esquizofrenia (Gustavo Andrade)

Transformation_by_Onanymous

O PRIMEIRO CONTATO

O brilho azul da sirene e o vermelho que saía do homem competiam para chamar a minha atenção. Brilho azul, como o do vulto que fez Tobias olhar torto para o policial. Como um vulto brilha em azul?

Eu estava voltando do ponto onde o ônibus me deixara, que ficava a algumas quadras de casa. Um homem, vizinho nosso, Tobias, andava pela rua. Qualquer coisa passou por perto, rápida, e ele virou de repente. Eu lembro do barulho dos passos, ecoando pela escuridão daquela nossa ruela mal-iluminada… mas não consigo decifrar o que havia passado, e que o fez se virar. Só me lembro do brilho.

Não tive tempo para pensar sobre o que eu talvez houvesse visto, também, uma vez que logo o policial se aproximou, abordou o homem e sentiu nele uma provocação qualquer, seguindo a espancá-lo com o cacetete. Então que cheguei à porta de casa.

O policial, da mesma cor do homem, me olhou como se eu não devesse estar olhando para ele. Talvez não devesse, mesmo, e seria a próxima na sequência de abuso.

Uma mão pegou minhas costas, e logo rogou, baixinho, áspera:

Paula, eu pedi para você ir comprar os meus remédios, não pra ficar olhando coisa de policial. Vem.

Minha mãe me puxou para dentro de casa. Eu tinha ficado paralisada, absurda à cena. Já havia presenciado minha cota de violência por ali, e toda vez era a mesma coisa. Angústia. Afinal, onde eu poderia denunciar algum policial? Na delegacia?

De qualquer forma, não havia sido aquilo que me surpreendera.

Mãe. A moça disse que aumentou o preço, e com o dinheiro que eu tinha só podia comprar três cartelas. – O remédio da senhora minha mãe, Tânia, costumava vir em uma caixa com cinco. Agora ela tinha só três cartelas, junto ao troco.

Tudo bem, Paulinha. A mãe agradece. – ela me sorriu, pigarreando. Mas gratidão não curava câncer de garganta.

Assistimos alguma coisa na televisão, e eu não estava muito atenta. A cena que acontecera me passava pela cabeça, e parecia me atrair a ela. Eu tinha certeza de que havia algo a mais…

Repassei os fatos na cabeça, devaneando. Remédios, ônibus, Tobias, vulto, policial, mãe… como podia um vulto brilhar em azul?

Senhora Tânia, por sua vez, enquanto eu pensava em tantas coisas, estava dormindo no sofá, roncando. Eu gostava de ouvir o ronco dela, porque significava que ela estava respirando. Minha mãe fumava, e sempre diz que por causa do cigarro ela teve a melhor e a pior coisa da vida dela. A melhor, segundo ela, tinha sido eu, pois ela conhecera meu pai indo comprar cigarros, vinte anos atrás. Nesse ponto da história, quando ela contava, normalmente se corrigia, dizendo que foram as duas piores e a melhor.

Às vezes eu lamentava muito não ter conhecido meu pai. Talvez, com o apoio dele, minha mãe não dependesse tanto de mim e eu poderia… Não, não estava certo pensar assim. Minha mãe não era um fardo; talvez, inclusive, eu o fosse a ela, com todas as responsabilidades e cuidados que ela teve de ter comigo, até após o diagnóstico do câncer. Eu sentia que os meus dois primeiros anos do ensino médio foram desperdiçados, por tê-los passado em briga com ela e auto-isolamento, apesar das festas.

Curioso, como minha mente de repente se virava contra mim. Não era incomum que eu pensasse algo, sentisse culpa e então começasse a me depreciar. Mas, com habilidade, eu tornei a atenção mental a alguma coisa mais ou menos aleatória, por exemplo: o vulto. Eu logo senti, então, uma necessidade de ir procurá-lo, e findar essa pequena tortura.

Após um limbo de uns dez minutos, decidi sair e tentar a sorte. Talvez fosse roubada, ou alguém quisesse abusar de mim lá fora. Mas, também talvez, eu encontrasse o portador do vulto. O vulto azul-claro.

O cheiro de sangue pisado ainda pairava sobre os respingos secos no concreto. Ao fechar a porta, chequei mais uma vez se minha mãe estava roncando. Estava.

UM MUNDO NOVO

Corro, me escondo, me curvo.

Olho através do ar por alguém. Ninguém me vê, e eu não vejo ninguém. Bom. “Não olhe nos olhos”. Me pergunto por que estou aqui, no escuro, perto de coisas que fedem. Devo exercitar meu cérebro, senão ele atrofia. “Você não está pronto”. Eu nasci pronto, seus prepotentes ridículos e ignóbeis… lembro do Pai. Que faz parte deles, então eles não podem ser todos assim.

Eu sei que alguém me viu, eu lembro do olhar daquela gente de pele, de cor igual à de alguns dos anjos do Pai. Mas eu não olhei para ninguém. Agora estou escondido, mas por que me escondo? Por que estou vivo? Por que sinto uma vontade inconcebível de sobreviver? Não posso me reproduzir, não posso me inserir na sociedade de qualquer maneira. Não, não posso pensar desta forma, senão já declaro minha derrota. Não sou meu inimigo. “Você estará sozinho”.

Eu não sou somente um.

Me torno outro, ajustando e programando as partes conforme me cabe. Dói. Agora tenho uma cauda, e ando com quatro apoios. Minha língua é mais longa do que antes era, e todo cheiro agora é uma identidade. O lixo onde estou deitado se transforma num ainda mais puramente nojento e repugnante odor, e eu saio.

Alguém passa por mim, alguém que parece muito com alguns dos anjos mulheres do Pai. Tem a pele escura, como todos desta região parecem ter. Se veste de uma forma que não consigo enxergar nada de seu corpo além das mãos e, claro, da cabeça. Seus olhos marrons parecem varrer apreensivamente o ambiente, procurando por algo. Me olha nos olhos, com uma expressão confusa, mas não passa disso. “Não olhe nos olhos”. Droga. Não, não pode ser ruim olhar nos olhos. Dos olos dela, eu gostei. Não me importo. Ninguém sai pela noite procurando um bicho sujo e banhado no lixo. Ela continua através do beco, e eu percebo o quanto estou com fome.

Preciso comer alguma coisa grande, senão não sobrevivo. O Pai me disse assim. Eu nunca comi, antes, desde que acordei. Visto que antes de acordar eu não precisava me alimentar nem viver, era normal que eu estivesse faminto, segundo o Pai. Só não sabia do quê.

Ouço os passos da menina pararem, e fico atento. Alguém aborda ela, e só contra as luzes mais fortes do final do beco é que percebo o quanto minha visão ficou mais pobre. As vibrantes cores de tudo agora se tornaram leves contrastes opacos, com borrões amorfos no lugar das formas antes nítidas. Tento focar no que está acontecendo, mas tenho de chegar mais perto. Sinto que exercito muito bem meus pensamentos; estou muito menos confuso e mais objetivo que estava há alguns instantes.

Dou passos leves, me aproximando da cena, irremediavelmente com fome. É uma mulher que a para no beco, agora de outra cor. Ela é extremamente magra, e eu logo percebo que ela está emitindo algum som, e também que não o compreendo. Meus ouvidos de cachorro não conseguem discernir corretamente o diálogo, embora meu cérebro consiga pensar perfeitamente, como antes. Ajusto meus ossos e músculos auriculares a fim de discernir as palavras e os tons de voz, pois sinto que esta é uma ótima oportunidade. “…juda, moça, eu preciso comer.”; “Não tenho dinheiro pra te dar, desculpa. Boa noite.”; “Você não vai me ajudar, não?”; “Se eu pudesse, te ajudava. Nem comida em casa eu tenho sobrando, desculpa mesmo. Agora, com licença, por favor”; “Você tem que me ajudar, moça, me ajuda!”. A mulher magra começa a gritar, e puxa alguma coisa brilhante. “Eu não tenho nada, eu juro.”; “Tem sim, tem alguma coisa no bolso, tem celular, tem carteira, vai, não me engana não, sua escrota.”; “Olha, isso é tudo que eu tenho. Toma, meu celular. Minha carteira tá em casa, eu juro, você pode até procurar.”; “Isso mesmo, garota, isso mesmo, porra!”. A mulher magra parece mais alterada, e guarda o objeto, o celular que a primeira a entregou, no bolso, mas continua segurando algo que meu cérebro agora diz ser um… canivete. Eu estou ficando bom nisso de “pensar”.

A menina parece ter desistido da procura, pois começa a voltar na direção da qual tinha vindo. A outra parece também não ter desistido, pois no momento que aquela virou de costas, esta a seguiu, gritando e apontando o canivete. Aquilo me parece errado. Eu me sinto mais selvagem.

Carne, ossos, tendões, sangue quente. Aquilo me parece delicioso. A mulher magra me parece deliciosa. A outra, não.

A mulher com o canivete não consegue chegar perto da vítima, pois eu a derrubo com as patas no peito. Rendê-la foi muito fácil. Talvez pelos meus músculos da perna, talvez porque ela seja preocupantemente fina. Rosno sobre seus olhos, agora os dois contra o chão. A outra não emite nenhum som além de um suspiro surpreso.

A rendida me bate, gritando “Cão sarnento, bicho filho da puta, sai daqui, cai fora, sua carniça fedida” e outras coisas, mas eu não permito que continue.

A pele nua de seu pescoço me convida, e minhas mandíbulas coroadas de pontas rasgam a pele, a garganta e a parte anterior da língua, enquanto eu me sorvo do sangue que espirra. Minha frenesi é implacável, e logo sua cabeça se desprende do tronco. O resto parece igualmente delicioso, e eu começo pelo torso. Minhas patas já cuidaram, sem querer, de rasgar sua roupa. Minha boca rasga a pele, e minha língua faminta aproveita a oportunidade.

Logo toda ela se transforma em alimento, e nada sobra contra o concreto além de uma parte do sangue que eu não consegui lamber, e que já foi absorvida pelo chão egoísta. E o celular, também. Não há mais ninguém no beco.

Eu estou satisfeito. E preciso saber onde está a menina que me olhou nos olhos.

CONTRATO, MEDO, E DOIS TERÇOS

Paula retornou à sua casa, indecisa sobre o que havia de fato acontecido. Eu vi um cão se alimentar de uma pessoa inteira?”, ela duvidava. Seria ele o demônio, do qual os líderes espirituais tanto falavam nas três igrejas e quatro centros espíritas de sua rua? Seria um espírito divino, criado para defendê-la da morte?

Fosse o que fosse, a tal criatura agora a seguia. Se sentia presa a ela, pois seu comando era de que se afeiçoasse e servisse a quem primeiro cruzasse os olhos com os seus. Ou assim foi levada a acreditar… a verdade era muito mais além.

Ele a conhecia intimamente, tendo uma sintonia que, após adaptada, permitia à criatura conhecer os sonhos e pensamentos de Paula. Tal adaptação não seria problema: a criatura aprendia rápido. Sua velocidade de sinapses e formulação de explicações para, por exemplo, “por que estou aqui?”, “o que devo fazer?” e “como vou me alimentar?” eram resultado do cuidado com o qual o Pai a criara. Chegara através de diversas morfoses, de Seoul à costa brasileira com a destreza de golfinhos.

A moça, coitada, sentia-se presa à mãe. Não saía mais de casa, com amigos ou sozinha, tampouco namorava. Sua libido era incessante, e gastava noites e noites sonhando em deitar-se novamente com alguém, tendo somente as mãos como companheiras. O contato social, mesmo, ela também sentia falta. Amigos de festas ela possuía aos montes, mas já havia meses que ninguém a visitava em casa. Queria sair, conversar com alguém de fora. Mas sentia que não podia se dar esse luxo; sentia que devia à mãe, doente de tudo, o cuidado incondicional. Talvez, no fundo poço da subconsciência freudiana, a moça desejasse a morte da mãe? Talvez. Mas seu superego não a permitia nutrir esse tipo de pensamento… e talvez isso fosse ainda mais perigoso. Suas noites eram gastas, normalmente, em leituras e pesquisas. Planejava prestar um concurso público, mas se sabotava até nesse objetivo: perdia datas de inscrição e pagamento, inconscientemente de propósito. Seria Paula fadada à infelicidade?

Bateram à porta.

A mãe enferma não despertou, enlevada em seu descanso profundo. Coube a Paula atender a porta, o que fez com cautela, simplesmente pelo horário. Afinal, pela ótica da moça, era um cão bizarro e nada mais. E cães não batiam à porta. Mas, claramente, era a criatura quem adentrava, transmorfada no homem mais belo que Paula jamais veria.

Conversaram, baixo, sobre a mesa da cozinha, e sobre como o homem a havia observado angustiada com a cena, e como também ele próprio o estava. Era “um absurdo o abuso da força cometido pelos policiais, ainda mais na periferia!”. Paula não se importava com o discurso pseudo-ideológico, e achava estranho o homem tê-la abordado, assim. Talvez ele próprio não entendesse, mas fazia parte da sintonia mental entre a criatura e Paula: ele entendia do que ela precisava, como capturar sua atenção.

A moça, por sua vez, se afeiçoava naturalmente ao estranho. Semelhantes a antigos conhecidos, parecia fluir bem a conversa, e ele sempre sabia o que falar quando se impunha algum raro silêncio. Não demorou muito a perguntá-la sobre namorado, tampouco a tentar beijá-la. Paula, surpresa, não o impediu – e, acreditem, todos se surpreenderam com isso.

Logo foram ao quarto, alheios à presença da mãe na sala. Se amaram e dançaram através da noite, o cão e a dona. Durante a lambuzeira, Paula, em meio a algum dos orgasmos, pareceu libertar completamente sua mente e consciência. Estava livre, feliz com o toque daquele mágico ser. Este, por sua vez, percebeu subitamente a razão das angústias da dona. E, complementando, estava faminto. Ah, como estava faminta a criatura, criada para servir Paula!

Terminada a noite, Paula adormeceu, terna. O homem, afoito a agradá-la, fez-se um leão, disposto a proteger a cria da depressão. O ato foi abrupto, e o par de óculos da senhora Tânia descansou sozinho sobre o sofá.

Então, a criatura deitou-se novamente com a filha. O dia seguinte seria, certamente, curioso.

O PAI

Gravação:

Mês 1

Tânia está grávida, e me mandam isso? Não creio. Eles fazem questão de que eu me mude para lá, mas ela não quer deixar o Brasil. Família ou emprego? Não contratam muitos engenheiros no Brasil, ainda mais de inteligência aplicada e computação. Emprego ou família?

2

Tive de vir. A oportunidade era única: a empresa não costumava contratar ninguém de fora. Não é de se surpreender, já que todos os funcionários parecem envolvidos em alguma espécie de clube hermético. Tento conversar com eles, mas nunca me respondem. Minha casa é perto, um apartamento mínimo no centro de Seoul. Tânia me liga chorando pelo menos uma vez por semana. Nos outros dias, está gritando. Não posso me arrepender. Afinal, não estou fazendo isso para elas?

Ela está grávida de uma menina.

3

Recebendo meu primeiro salário, não consegui tranferir. Questionando meu gerente quanto a isso, tive “é a política da empresa. Nenhum capital sai de nossos funcionários.” como resposta. Aquilo não tinha cabimento.

Os funcionários parecem progressivamente mais amigáveis.

4

Estou entendendo muito melhor os motivos do fechamento da empresa. Foi envolvida na Guerra Fria, e desde então desenvolve inteligência artificial. Já enviaram drones para a Coréia do Norte que hackearam sistemas de segurança de Kim Jong Un. Se alguém me perguntasse, diria que eles bem que podiam assassinar o ditador. Assim, sem qualquer um descobrir.

Não sei por que me importo com isso.

7

Paula nascerá mês que vem. Paula, em homenagem à avó. Espero que não fique triste de crescer sem pai. Não voltarei para casa tão cedo. Os “Transumanistas de Seoul”, como aparentemente se chama o clube dos funcionários, deixam muito claro o que pode me acontecer caso eu peça demissão. O contrato é vitalício, segundo eles. Como isso pode acontecer em pleno século XXI? Não faz o menor sentido.

45

Eu me sinto depressivo. Já faz tempo que Tânia não mais me liga, e também que eu não ligo para ela. O que houve comigo?

Acho justo me referir aos “Transumanistas de Seoul” como uma seita, não um clube. Teria medo deles se pensasse bem sobre isso. Mas não sinto vontade de pensar sobre muita coisa.

Emprego.

61

Aparentemente, após cinco anos você se torna sênior por aqui. Não vi mais ninguém ser contratado durante esse tempo todo. O que é ser sênior quando há sequer um estagiário?

Me convidam para uma reunião, os Transumanistas. Foi… curioso. Saí cedo.

200

A seita agora tem uma iniciativa, e a empresa está apoiando. Tem a ver com partes informatizadas e rituais para criar um corpo mutável com inteligência constante. Dizendo isso parece ridículo. Talvez seja.

Por que ainda estou vivo?

201

As peças estão chegando constantemente, de todas as partes do mundo. Tecnologia de ponta. E eu, aqui, praticamente trancado. Longe de casa há tanto tempo que eu não lembro direito do rosto de Tânia. E minha filha… É Paula o nome dela.

202

As peças que chegam parecem mais implantes que membros ou placas, como eu achei que fossem.

214

O estágio final ocorrerá no próximo mês, com todas as partes funcionando. É uma série de implantes, e eu também sou incumbido de decidir quem os receberá. Não sei como. Não consigo imaginar como isso funcionará.

Por que eu apoio isso tudo? Eu apoio?

215

Decidi fazer os implantes em mim, e participar eu mesmo do ritual, com todas as partes adaptadas. Os Transumanistas disseram que eu não me lembrarei de muito depois. Que é bom instalar memórias vagas no software principal, para que eu tivesse uma base e minha mente construísse, sozinha, algo orgânico. Eles não sabem, mas coloquei instruções nas memórias para que eu encontrasse algum jeito de ir à vizinhança onde Tânia morava. Tomara que more no mesmo lugar. Também instalei alguns comandos bioquímicos para que a criatura seja somente dócil a alguém que compartilhe do meu DNA. Mas discreta.

Não serei eu mesmo. Será alguma entidade que utilizou meu corpo como veiculo.

Não me importo.

54 comentários em “Esquizofrenia (Gustavo Andrade)

  1. Pétrya Bischoff
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Woooooooow! Que viagem, cara. Admito que a estrutura do conto foi, para mim, um desastre estético. Até a terceira parte não entendia absolutamente nada e achei ridículo a guria transar com o cara que chegou, do nada, na casa dela (e ela deixou o cara entrar)… toda a cena do sexo foi desconcertante para mim, quando soube que ele era o pai dela (ou o que um dia foi, slá) ficou ainda pior na minha mente. Mas, de maneira geral, na última parte, quando entendi tudo, achei uma baaaaita ideia! Gostei do clima de conspiração acrescido do sinistro. Parabén e boa sorte.

  2. Miguel Bernardi
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Miguel Bernardi

    Torci o nariz pro título do conto.

    Mas então fui ler: e me surpreendi com a história, é boa, meio louca, mas a narrativa não me agradou – motivos pessoais.
    Entretanto, o conto nos apresenta um universo bem estruturado, uma atmosfera bem trabalhada, e funciona do jeito que é contado. Funciona bem. E, então, o título foi perdoado.

    Parabéns pelo trabalho, e boa sorte!

  3. Jowilton Amaral da Costa
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Bem, eu não gostei da narrativa não, sobretudo na primeira parte do conto. Achei muito truncada e confusa. Tem muitas frases mau construídas. A história é boa, muito louca, esquizofrênica mesmo. Boa sorte.

  4. Eduardo Matias dos Santos
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Eduardo Matias dos Santos

    Uma boa escolha de palavras, e da imagem, permita-me dizer, um dos mais interessantes do desafio. Parabéns e boa sorte.

  5. Fil Felix
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Fil Felix

    Esquema do comentário + nota: 50% Estética/ Tema e 50% Questões Pessoais

    = ESTÉTICA/ TEMA = 4/5

    Alguns não acharam a criatura fantástica o suficiente, acho que estão confundindo fantástico com mágico kkk Achei a escolha arriscada e acertada, com uma estética narrativa bem interessante, mudando as fontes e com divisórias, quebra a monotonia. Fiquei um pouco perdido e incomodado no início, mas logo me acostumei. Só acho que falta um pouco mais de polimento na estética geral, pois passando por cima fica estranho.

    = PESSOAL = 3/5

    A primeira parte achei bem viajada e meio off do restante do conto, depois gostei bastante até a parte final. Gosto desse estilo underground/ sujo/ sci-fi, a ideia de devorar um corpo inteiro, depois se transmutar e transar com a própria filha, além de devorar a ex-esposa. Mas a parte final, apesar de fazer todas essas ligações, deixou mais furos do que o previsto. A menina tem 20 anos e, supondo que estejam em 2014, o pai dela começou a trabalhar ainda no século XX e não XXI. A empresa, também, é muito bizarra e não mostra muito a que veio.

    Obs: esse conto me lembrou um outro, que agora não me recordo nome, mas que era sobre um cara que trabalhava com genética animal. Na época, acho que até comentei da HQ WE3.

  6. Sidney Muniz
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei!

    O conto é bacana demais! Um dos mais interessantes, certamente!

    O que sugerir? Difícil dizer. Obviamente uma nova revisão sempre acrescenta e há alguns equívocos com relação a gramática que poderão ser sanados, mas nada disso manchou o trabalho do autor(a).

    Desejo muita sorte e dou-lhe os parabéns pela obra!

  7. Tiago Volpato
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Tiago Volpato

    Bem bacana o conto, você conseguiu elaborar uma trama muito bem conduzida e interessante. Me lembrou algumas histórias do Maupassant.

  8. Lucas Rezende
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Lucas Rezende

    Minha cabeça explodiu lendo isso.
    Principalmente o final, as anotações do pai.
    O começo foi muito confuso, o ataque foi bisonho. Como alguns também acharam, foi desnecessário a relação da criatura com a filha. Nada que afete o conto.
    Já falei que o fim foi FODA?
    Só tenho uma coisa a criticar: não me convenci de que a criatura é fantástica. Me parece mais uma dádiva de uma engenharia futurista.
    Boa sorte!!!

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Que legal, Lucas, mesmo. Agradeço de verdade. Temi que a fantasia não convencesse, de fato… há uma certa dissonância entre proposta e trama que deve ser resolvida na confecção do texto. Será cuidado! 🙂

  9. Brian Oliveira Lancaster
    8 de janeiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    O autor está trilhando o caminho certo, mas faltam alguns pequenos ajusteis gramaticais. O final foi o que mais me chamou a atenção. O enredo dividido ficou muito bom, mas a estética (apesar de separá-los) atrapalhou um pouco. A história em si é muitíssimo interessante. Cabe ao autor continuar escrevendo e desenvolvendo suas habilidades.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Cuidado será tomado, Brian 😉

  10. rsollberg
    8 de janeiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Curti, Endiablé!

    Gostei das descrições, do clima sombrio e dos pensamentos da personagem.
    A trama é boa e a estrutura também. Apreciei igualmente o espaço dado para o leitor completar a estória e imprimir suas próprias reflexões.

    Não tenho muito o que sugerir, talvez expandir no pós desafio?

    Parabéns e boa sorte.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Boa sugestão. Acabando a turbulência da primeira metade de janeiro, considerarei isso! 🙂

  11. bellatrizfernandes
    8 de janeiro de 2015
    Avatar de isabellafernandes

    What. The. Eff.
    Isso foi mágico. Isso foi insano. Isso foi… Wow.
    Sério. Só… Wow.
    Esse plot twist no final.
    Senhor…

  12. JC Lemos
    7 de janeiro de 2015
    Avatar de JC Lemos

    Sobre a técnica.
    Interessante. Gostei dessa narração intercalada e das letras diferentes. Lembrou-me um dos contos do Rubem Cabral.
    Seu conto é  bem narrado e fluido. Domina bem essa parte. Os erros já foram apontados.

    Sobre o enredo.
    Bom, eu estava gostando bastante do primeiro ato. Só que essa mudança brusca desanimou um pouco. Consegui identificar o pai de Paula em suas narrativas, mas não gostei da parte do romance. Ficou estranho e forçado. Quanto ao uso do diário,  foi uma boa jogada.

    Talvez retirar esse romance melhoria a história.  Um trabalho maior desenvolvendo os personagens também daria uma turbinada no conto.

    Parabéns e boa sorte!

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Certo, JC! Como disse à Ana, a minha intenção na cena do romance era justamente o incômodo… mas creio que tenha ficado meio superficial a certas sensibilidades. Agradeço o ponto levantado 😉

  13. piscies
    7 de janeiro de 2015
    Avatar de piscies

    TRAMA 5/5
    Que história maneira! Eu estava terrivelmente frustrado achando que era mais um conto de “anjos” até que vi que o anjo era meio macabro… então entendi que não era anjo coisa nenhuma! hahahaha!

    As anotações finais do pai foram a cereja do bolo. Gostei demais. A história tem um desfecho muito bom, e um desenvolvimento também. Só achei estranho a Paula abrir a porta de casa e deixar entrar tão facilmente alguém que ela nunca tinha visto na vida.

    Também achei perturbador o fato de que o pai dela talvez estivesse ali, em algum lugar, nos pensamentos da criatura. Talvez em segundo plano, matando a própria esposa e tendo relações com a própria filha… bizarro, rs.

    Parabéns!

    TÉCNICA 3/5
    A leitura foi boa mas avistei uma série de falhas, especialmente na pontuação e na repetição de termos. O autor também faz o uso, para mim desnecessário, de reticências.

    Gostei da mudança visual no texto. Serviu para delimitar bem cada personagem. Só achei confusa a terceira parte. O texto inteiro é narrado na primeira pessoa, menos a terceira parte, em negrito, que é narrada na terceira pessoa. Demorou um pouco para eu mudar minha forma de leitura desta parte.

    Ótimo conto! Boa sorte no desafio!

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Grato, pisces. Garoteei na revisão… oh! Agradeço os comentários, são prestativos 😉

  14. Laís Helena
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de Laís Helena

    Exceto por alguns pequenos deslizes, a narrativa está boa. Gostei da troca de pontos de vista, pois permitiu que conhecêssemos melhor os personagens.
    O começo, porém, ficou um pouco longo demais. Temos um personagem que não tem muita importância para a trama e depois sequer volta a aparecer, assim como o envolvimento da polícia, que também não acrescentou muita coisa. A história de vultos azuis e vultos vermelhos também foi estranha, especialmente porque depois não voltou a ser mencionada.
    Se tivesse resumido o começo, poderia ter dado melhores explicações sobre a criatura e sobre o pai da protagonista e sua relação com essa empresa. Como muitos outros, também achei que esse final ficou muito vago. Entretanto, ele explicou a ideia central do conto, que era a relação da criatura com Paula, e por isso creio que seja pelo menos satisfatório.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Certo, Laís!

  15. Ana Paula Lemes de Souza
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

    Puxa, um dos mais criativos. Daria um livro e a criatividade do autor não tem limites!
    Gostei bastante da maneira de narrar, da construção dos personagens, das quatro mudanças do narrador e da trama em si. Contudo, em que pese o meu reconhecimento à qualidade do conto, não consegui me prender a ele, simplesmente porque a questão do romance entre a fera (pai) e Paula, me pareceu forçada demaaaais. Fiquei com nojo e, sinceramente, ficaria muito mais bacana se a fera apenas se afeiçoasse à garota e no final devorasse a mãe, o que fecharia o ciclo da troca dos pais e da segunda maldição da mãe sem apelar.
    Perdoe-me, rsrsrsrs, sei que a questão da opção do desenrolar é bem pessoal e eu nem deveria fazer isso, mas é justamente porque eu gostei muito do conto – e tinha potencial pra ser um dos meus favoritos – que a cena do romance me incomodou.
    Boa sorte e abraço.

    • Ana Paula Lemes de Souza
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

      Ah, achei um errinho. Na frase “olos dela”, a letra “h” foi devorada… rsrsrsrs. Abraço.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Pois, foi uma crítica recorrente essa da relação da criatura e a menina. Sinceramente, eu gosto que tenha incomodado. Era a intenção… mas talvez tenha faltado sensibilidade. Será revisado com isso em mente!
      Agradeço, Ana 😉

  16. Swylmar Ferreira
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Oi autor.
    O enredo do conto é bastante interessante, a linguagem usada correta,sem metáforas. Interessante a criatura e a separação textual usada pelo autor na obra para mostrar os diversos momentos.
    Parabéns!

  17. rubemcabral
    5 de janeiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Um bom conto, com uma criatura diferente e interessante. Tem um tanto de coisas para acertar, contudo: “Minha frenesi”, “absurda à cena”, etc.

    A seita/empresa onde o pai de Paula foi trabalhar é tão estranha, a ideia de contrato vitálicio é tão absurda, e a mistura de I.A., robótica e outras ciências é tão heterogênea, que penso que esta parte pudesse ser puro delírio esquizofrênico.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Tem razão, Rubem. Falhei na revisão e inventei umas expressões sem o devido cuidado gramatical.
      Pode ser um delírio, sim! Ou não.
      Agradeço!

  18. williansmarc
    4 de janeiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 8
    Ortografia/Revisão: 8
    Técnica: 9
    Impacto: 7
    Inovação: 8

    Minha opinião: Gostei muito. A trama é bem interessante, o ritmo do texto, apesar de longo, também é bom e a criatura fantástica em questão é bem criativa. Em alguns momentos o lado técnico brilhou intensamente, mas a alteração da fonte e uma das partes do texto ser em terceiro pessoa não me agradaram muito, acho que deveria ser tudo em primeira pessoa mesmo. Além disso, achei desnecessário o sexo entre pai e filha, ele poderia retornar simplesmente como pai/protetor dela.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Olha! Agradeço o comentário. Os elogios foram aceitos e as críticas, compreendidas (e, claro, aceitas também) 😉

  19. Marcellus
    2 de janeiro de 2015
    Avatar de Marcellus

    Gosto desses textos que se fecham. Nesse ponto, o autor está de parabéns.

    Claro, há alguns pontos falhos que passaram pela revisão, alguns exageros… o de sempre. E a polêmica… será que a criatura poderia ser considerada mesmo como o pai da moça? Alguém num estágio avançado de alzheimer ainda é a mesma pessoa? “Angel Heart”… enfim, um ótimo ponto de partida para aquelas conversas que varam a madrugada.

    Bom conto, mais uma vez parabéns!

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Agradeço os comentários, Marcellus. Será que pode? Que bom que essas questões foram levantadas 🙂

  20. Claudia Roberta Angst
    31 de dezembro de 2014
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Um dos últimos contos que li e agora comento. Por causa do tamanho, naturalmente. As mudanças gráficas do conto, além de pessoa e tempo, até que quebraram o tédio que podia ter se instalado. Bem escrito, sem ser “crepusculesco” ou “sabrinesco”. Claro que eu preferia que fosse menor, mas o autor parece ser bem criativo. Achei diferente e por isso interessante. Boa sorte!

    • Endiablé Positron
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Endiablé Positron

      Valeu, Claudia! O que seria “sabrinesco”, por favor? Tenho vontade de trabalhar com contos mais curtos, esteja certa. Só acho difícil, mesmo rs
      Obrigado!

  21. Andre Luiz
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Andre Luiz

    Vou falar sinceridade. Neste texto terei de ser TOTALMENTE contra diversos comentários criticando o texto, visto que o considerei extremamente interessante, tanto que fiquei absorto, muito mesmo, sofrendo junto com Paula, ansiando por uma explicação ao final com as anotações do pai e tudo mais. Primeiramente, considero que não houve “pontas soltas”; tudo se encaixa ao final e, cá entre nós, estão bem explicados os detalhes da trama. Segundo, acredito que o ápice do conto foram as gravações ao final, que deram sentido a tudo que aconteceu, à esquizofrenia do “lobisomem metamorfo”, ao medo de Paula, à cena de amor, às cenas de mortes e tudo mais. Fantástico. A parte que mais gostei foi : “A pele nua de seu pescoço me convida, e minhas mandíbulas coroadas de pontas rasgam a pele, a garganta e a parte anterior da língua, enquanto eu me sorvo do sangue que espirra. Minha frenesi é implacável, e logo sua cabeça se desprende do tronco. O resto parece igualmente delicioso, e eu começo pelo torso. Minhas patas já cuidaram, sem querer, de rasgar sua roupa. Minha boca rasga a pele, e minha língua faminta aproveita a oportunidade.” Adorei as descrições em geral e não trocaria em nada nenhuma parte do texto. Aliás, há apenas um erro no conto: Eu não saber quem é o autor (kkk). Mas, brincadeiras à parte, desejo REALMENTE sucesso no concurso! Você está de parabéns!!!

    • Endiablé Positron
      28 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Alô! Tento não tomar como dogmas as críticas, e seria cínico tomar como tais os elogios. Assim, fico contente que as partes que lhe tocaram através do texto foram justamente as que eu tinha intenção: despertar curiosidade pela vida de Paula e elaborar de forma coerente e satisfatória as relações entre filha, mãe e pai (e, consequentemente, criatura). Mas também não posso deixar de levar em conta os outros comentários, pois eles de fato levantaram pontos que refletiram, de formas diversas, alguns pontos a serem melhor elaborados no texto.
      Agradeço suas considerações, e desejo-nos uma boa evolução!

  22. daniel vianna
    25 de dezembro de 2014
    Avatar de daniel vianna

    A quase ausência de diálogos confere ao texto certa intensidade nervosa. Não entendi a figura em vermelho no início, talvez seja erro, deve ser mesmo azul. Gostei do aspecto empreendedor da estrutura dada ao conto.

    • Endiablé Positron
      28 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Alô, daniel! A “figura em vermelho” era o sangue do homem que era espancado na porta da casa de Paula. “O vermelho do sangue que saía do homem…”.
      😉

  23. Gustavo de Andrade
    25 de dezembro de 2014
    Avatar de Gustavo de Andrade

    Bom dia de Natal, Positron! Esta história consegue transparecer uma personalidade, e isso é muito bom. Me pareceram bem-feitos os personagens, todos (fora o tal “Tobias”, que talvez pudesse ser suprimido). E, embora tenha um enredo instigante, algo parece errado com ele: há certas coisas que mereceriam mais cuidado, como a última parte quase inteira… ficaram muitas coisas em aberto, não acho bom deixar tanta coisa para a mente da pessoa leitora completar. Fora isso, há certas coisas que parecem simplesmente fora de propósito, mas pelo que vi dos outros comentários deve ter sido questão de desleixo na edição. Mais cuidado nas próximas!
    Parabéns e boa escrita! Tem futuro!

    • Endiablé Positron
      25 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Certo, Gustavo. Essas coisas serão melhor desenvolvidas da próxima vez. Obrigado!

  24. Fabio Baptista
    24 de dezembro de 2014
    Avatar de Fabio Baptista

    ======== TÉCNICA

    Achei boa no geral, com alguns deslizes vez ou outra que indicam a necessidade de uma melhor lapidação.

    Porém, também vez ou outra, a escrita brilhou em trechos bastante inspirados.

    Toda a parte em que a criatura ataca a assaltante do canivete, por exemplo, ficou sensacional.

    – Uma mão
    >>> Cacofonia

    – me olhou como se eu não devesse estar olhando para ele
    >>> Esse olhou / olhando na mesma frase não soou legal

    – Eu tinha ficado paralisada, absurda à cena
    >>> Não seria “absorta” ?

    – não curava câncer de garganta
    >>> Pô… quase nada cura câncer de garganta!

    – olos dela
    >>> olhos

    – a verdade era muito mais além
    >>> Essa “era” não ficou legal. Usaria “ia”

    – homem mais belo que Paula jamais veria
    >>> Esses “jamais”, “nunca”, etc. quase sempre geram uma certa ambiguidade.

    – Paula, surpresa, não o impediu – e, acreditem, todos se surpreenderam com isso.
    >>> Mais uma sentença que me soou estranha (compreensível, mas estranha)

    – O que é ser sênior quando há sequer um estagiário?
    >>> Faltou um “não”.

    ======== TRAMA

    Eu estava gostando muito até o primeiro ataque, em que a criatura protege a protagonista.

    Depois temi que a coisa desandasse para algo meio “crepusculesco”. Não chegou a tanto, mas toda a cena de amor foi o suficiente para tirar aquele brilho inicial.

    O monstro recuperou um pouco de sua dignidade ao devorar a velha e acho que seria melhor se o conto acabasse ali.

    Todas as anotações do pai, apesar de interessantes, serviram apenas para lançar mais dúvidas, abrir mais caminhos que não foram fechados… e isso é um pecado mortal num conto.

    ======== SUGESTÕES

    Eu tentaria manter a pegada mais suspense/terror, tirando o “romance”.

    Também excluiria as anotações do pai. Pelo menos num conto com limitação de caracteres. Numa história que pudesse ser mais extensa, ficaria ótimo (com mais desenvolvimento de toda a trama, é claro).

    ======== AVALIAÇÃO

    Técnica: ****
    Trama: ***
    Impacto: ***

    • Endiablé Positron
      24 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Valeu, Fábio! De fato, houve excessos no enredo que não necessitariam estar ali. Agradeço o elogio pela parte da criatura e espero continuar experimentando e evoluindo aqui, com esse tipo de ajuda tão prestativo. Seu comentário foi excelente, obrigado! 😉

  25. Leonardo Jardim
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Leo Jardim

    A trama é bem interessante e complexa para o tamanho reduzido do conto. A mudança de pontos de vista e de narrador me agradaram. Fiquei realmente preso à narrativa, ávido para entender o que estava acontecendo. O final do segundo capítulo, aliás, foi bem interessante, com o metamorfo assassinando a mãe da menina. O terceiro acabou trazendo explicações, mas não criou surpresa, sendo inferior aos anteriores.

    O problema do conto, porém, foi que eu fiquei confuso em várias partes. A narrativa é um pouco estranha, indo em vindo em assuntos, não seguindo uma lógica natural. Pode ter sido só problema meu, mas no final fiquei pensando qual era do “vulto azul”. Uma forma que ele usou antes do cachorro? Se foi isso, ele conseguia ficar insubstancial? (Acho que faltou explicar um pouco melhor os “poderes” da criatura.) Além disso, achei um pouco desnecessária a parte em que o vizinho é espancado pela polícia. Sei que isso existe, mas não acrescentou à trama.

    Na parte técnica, além da narrativa confusa, como falei acima, as repetições atrapalharam um pouco. Quando narrado em primeira pessoa, o texto pode incluir algumas dúvidas, indagações e memórias do narrador, mas o excesso nesse caso atrapalhou.

    Apesar desses problemas, a trama sobressaiu-se e gostei bastante do conto. Parabéns e boa sorte!

    • Endiablé Positron
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Obrigado! Atentarei mais quando editar o próximo… esse tipo de coisa que você apontou, penso eu, foi consequência das 3 vezes que eu mudei o que queria contar, e as consequentes revisões e edições… de fato, não ficou satisfatória a relação entre o brilho azul e a criatura. Terei mais cuidado.
      Agradeço mesmo! 😉

  26. Sonia Rodrigues
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Dividir um texto curto em 4 partes narrativas muito diferentes certamente o deixou esquizofrênico e definitivamente não me agradou. É casnsativo ter deficar adivinhando quem está falando, quem é quem, o autor oferece poucas dicas, e francamente, o resultado ficou muuitooo confuso.
    Impacto – não houve, entidades usarem o corpo de alguém como veículo, de zumbis a computadores já é idéia de uso comum.

    • Endiablé Positron
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Implacável Sônia Rodrigues. “Impacto — não houve”: fico decerto desapontado que o formato tenha sido tanto impedimento à compreensão do texto que não pôde absorver o impacto que eu intencionei, de fato (do qual, aliás, a origem da criatura faz uma pequena parte). Analisarei o porquê disso.
      Agradeço 😉
      (mas sério, você usa vários itens pra julgar outros textos e aqui é só “impacto — não houve 😦 )

      • Sonia Rodrigues
        23 de dezembro de 2014
        Avatar de Sonia Rodrigues

        Endiablé Positron
        o seu português é bom. Desculpe se foquei no negativo. Você escreve (gramaticamente) bem e tem tudo para produzir um texto bom. Boa sorte em um próximo.

      • Endiablé Positron
        24 de dezembro de 2014
        Avatar de Endiablé Positron

        😉

  27. mariasantino1
    21 de dezembro de 2014
    Avatar de mariasantino1

    Caramba!

    Gosto muito desse clima de conspiração+tecnologia+ciência+sociedade. Gostei da parte que descamba para o sci-fi, é a melhor parte e que possui o melhor trato quanto a narrativa. Tenho que falar que essa imagem é Medonha/bizarra/perturbadora! 😀 — me deixou meio que hipnotizada, sei lá. Rs. É uma boa trama para o espaço, mas me fisgou e instigou do início ao fim. Fico pensando qual será o próximo passo dessa criatura, e essas coisas me agradam, imaginar o que vem depois é bacana.
    Adorei imaginar isso aqui — ” ato foi abrupto, e o par de óculos da senhora Tânia descansou sozinho sobre o sofá.” Hahaha!

    Peço que você observe as repetições massantes do “Eu”,”Ela” e “Minha”. (sobretudo no começo, embora o “eu, eu, eu” perdure no conto inteiro).

    Umas besteirinhas como — Dos olos dela (olhos) — Minha frenesi é implacável (acho, só acho, que frenesi é masculino) — Queria sair, conversar com alguém de fora. (o de fora é descartável).

    Achei a narrativa agradável a Paula me cativou e essa cena (erótica 😛 ) de Bela e Fera me deixou, no mínimo, surpresa. Gostei bastante da parte da narrativa conspiratória contida na gravação.

    Parabéns e Boa Sorte. (Também acho que sei quem é você, embora seja a primeira vez que leio algo seu (ACHO) )

    Abraço!

    • Endiablé Positron
      21 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Cacilda! Garoteei mesmo nessa dos pronomes. O que não faz a ansiedade?
      Agradeço os comentários e as observações, certamente me ajudam. Abraço!

  28. Virginia Ossovsky
    20 de dezembro de 2014
    Avatar de Virginia Ossovsky

    Interessante a narrativa contada em vários pontos de vista. Quanto ao desenvolvimento, achei meio bizarro a partir da terceira parte… se entendi, a criatura era o pai da Paula transformado em alguma outra coisa? A última parte não me convenceu muito, gostaria de ter entendido um pouco melhor a organização para a qual o homem trabalhava.

    Parabéns e boa sorte!

    • Endiablé Positron
      20 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Agradeço, Virgínia! A partir da terceira parte? Talvez tenha sido a mudança de pessoa narradora? Anotado.
      O aprofundamento quanto à empresa foi por conta de eu não conseguir manejar o enredo, os personagens e o aprofundamento de cenário satisfatoriamente bem em 3000 palavras… então escolhi pelo enredo e os personagens. Mas obrigado pelo feedback! 😉

  29. Anorkinda Neide
    20 de dezembro de 2014
    Avatar de Anorkinda Neide

    Muito bom! Muito interessante e polêmica a relação com a moça hein.. hehehe
    Parabéns!
    Apenas não entendi o título.. foi bom que ele não entregou o desfecho, já que o leitor pensa em algum caso de esquizofrenia, o que não é, embora posso ser encarado desse ângulo.. mas não quero dar spoiler.
    Gostei muito e sei, quase certo, com certeza quem é o autor 😛
    Abraço

    • Endiablé Positron
      20 de dezembro de 2014
      Avatar de Endiablé Positron

      Oi, Anorkinda! Obrigado 😉
      O título foi por conta da forma como o texto foi elaborado, pela mudança de tempo e pessoa. Também envolve a questão da criatura, que é múltipla ao mesmo tempo que uma só, sabe? A definição é meio esquizofrênica rs
      Não é divertido ficar tentando decifrar quem escreveu!

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Informação

Publicado às 19 de dezembro de 2014 por em Criaturas Fantásticas e marcado .