O paradoxo é este conto. Não o escrevi, embora reconheça o estilo e saiba que o texto é meu. Pouco depois de lançado o “Desafio Outubro 2013”, eu o recebi por e-mail, como agora transcrevo.
“O paradoxo é este conto. Não o escrevi, embora reconheça o estilo e saiba que o texto é meu.
“Por favor, não se alarme. Envio o relato do futuro – o seu. Estamos separados no tempo e no espaço, mas somos o mesmo homem. Você sou eu. Velho e à beira da extinção, recebi a dádiva de salvá-lo de um erro terrível. E a mim, do remorso.
***
Este conto faz parte da coletânea “Devaneios Improváveis“, Primeira Antologia EntreContos, cujo download gratuito pode ser feito AQUI.
ótimo. Maravilhoso.
Parabéns ao autor
Muito bom! Uma abordagem criativa, diferente mesmo. Texto agradável, que fala sobre amor, sem pieguice alguma. E triste, do jeito que eu gosto, hahahha! Já tinha lido esse texto, mas deixei para comentar depois de uma segunda leitura. Não sei por que, mas fiz isso. Parabéns!
O conto é triste, mas é bom. Infelizmente minha mente é cartesiana demais, presa a conceitos concretos demais. Já falei sobre isso em outro comentário. O conceito de qubits interferindo no espaço-tempo, transmitindo informações como “ondas de rádio”…
Mas concordo que, pela própria temática, há que se levar em conta uma certa dose de suspensão de credibilidade. Se o leitor superar essa fase, vai aproveitar o texto.
Surpreendente. Você foi além dos outros e fez um conto bastante singular, limitado, é verdade, ao nosso universo do concurso, mas nem por isso menos interessante. Curto bastante essa metalinguagem, acho que alguém tinha de fazer algo do tipo aqui no concurso. Escrita impecável e uma leitura que flui bem. Parabéns pelo trabalho!
Achei bem escrito e criativo, mas essa ideia não me agrada, portanto, não tenho como gostar do conto. O que posso dizer é que tem méritos por ter sido bem revisado e elaborado.
Ahhh… claro que te perdoo, meu amor. Nem o orgulho pode sobreviver a uma demonstração de remorso como esta, que engana o rio do tempo e redefine seu curso. Se ocorrer como me disses e eu estiver, de fato, em vias de partir, saiba que pensei em você, no fim.
Perdoe-me por tê-lo tratado mal. Ali foi o meu instinto de proteção, falando, devolvendo a mágoa que tu mesmo me causavas, atacando-o no que tinhas de mais vulnerável. Não me orgulho disso.
Saiba também que, se é verdade que meu nome está gravado em teu coração como no tronco duma árvore, o teu de igual forma se fixa ao meu como em cimento fresco. Era cimento fresco. Com tua partida, se fez pedra.
Ligia.
Uma zoeira metalinguítisca com um conto idem, hehehe. Tudo pra dizer que gostei muito da prosa, do argumento, da condução. O narrador é real, Ligia é real, os sentimentos que pontuam a narrativa são reais, e isso é quase tudo o que se pode esperar de uma obra de ficção. A parte ruim (e que me impede de votar neste conto) diz respeito à bola que o Sérgio, muito apropriadamente, levantou: trata-se de um texto que dificilmente sobreviveria com a mesma força fora dos limites do desafio, ou da web, trocando-se “desafio” por “blog” etc. E esse caráter estrito demais termina por datá-lo. =/
No entanto, excelente, como disse. Chutaria de quem se trata o autor, e creio que erraria por centímetros: a falta de um agudo aqui ou acolá é algo que nunca vi, em textos do escritor que tenho em mente, ainda mais em uma obra tão curta.
Discordo, Holloway… (respeitosamente!) 😉
O autor não dá apenas o nome e data do Desafio (Literário!), mas também explica do que se trata.
Quer ver este conto ultrapassar esse “caráter estrito demais”…? Joga no Google (citado no conto!): “Desafio outubro 2013”. — entre aspas. 🙂
Vai ver que legal…!
“Não existe o ‘tarde’, somente o ‘tarde demais’. Essa é a única sabedoria que a velhice concede.”
Este era o meu voto número 1… Pena que apareceu um certo autor aí, de um escritor que eu também tenho em mente uma suposição quanto a identidade, com um conto tão bom quanto este (inclusive com o quesito da metalinguagem!), que acabou por “roubar” a posição deste em meu pódio pessoal… rs!
😉
Apesar de algumas escorregadas… bem, brincadeira. Não há escorregadas. Catei com uma lupa e não achei.
Linguagem impecável, estrutura ousada e bem construída, fidelidade absoluta ao tema, etc. etc. e tal. Nota dez de cima em baixo. Vai ser difícil destronarem esse. Acho que perdi de novo, merda! 😉
Hahahaha que engenhoso! Extremamente metalinguístico, não esperava ver no Desafio um conto que quebrasse a quarta barreira de maneira tão engenhosa quanto este. Fui pego totalmente de surpresa. Ótimo texto!
Paradoxo completo, adorei! Excedeu as minhas expectativas. Não disse demais, nem de menos e não complicou a explicação (que realmente é complicada). Linda história de amor, com o peso baseado nas 3 maiores prisões do homem: “Talvez”, “E se” e o “Tanto Faz”.
Gostei. Encerrou mesmo no ponto certo. Coragem pra atar o conto ao concurso e aqui ele vai ficar pra sempre. Pq…onde mais ele faria sentido? Hummm bem pensado. Eu não tenho coragem de fazer uma referencia tão singular como essa e inutilizar o uso dele para o lado de fora. Claro que , se tudo der certo, a EntreContos vai ser o site mais acessado da história e ai…aí vc vai se dar bem! 😀
🙂
Muito bom: criativo, fugiu ao lugar comum e a escrita correta. Ao contrário dos colegas, creio que o texto é do tamanho certinho para o que se propôs – já que é uma carta, no meu entender. Gostei demais.
Original e criativa. Gostei da metalinguagem que permeia a narrativa. Escrita impecável. A história de amor foi naturalmente conduzida sem rebuscamento, sem açúcar em demasia. Concordo com o Rubem, que poderia ser um bocadim maior, só para nos aproximar da relação dos dois… É… deu vontade de ler mais…
Sobre a história… Bem original, dá um traçado de pura metalinguagem e nos brinda com uma mistura de fantasia e realidade. Não sei nem se considero como conto, carta, poesia ou autoclamação. Mas é fato que chama atenção e surpreende, mesmo com poucas palavras. Sinceramente, não fará parte dos meus escolhidos, mas merece minhas palmas por seguir um rumo inesperado e dar um ar diferente ao concurso.
Sobre a técnica… O autor sabe o que está fazendo, por isso brinca com as palavras e com os leitores. Sem falhas.
Sobre o título… Paradoxalmente, bom.
Caraca… Até o Elton Menezes elogiou TUDO nesta obra… 😀
Que original!! Assim como o conto “Maria Fumaça” do desafio passado, esse conto me surpreendeu pela originalidade. Demais!
Texto maravilhoso! Poesia Pura!
Gostei demais.
Depois de terminar a leitura, encarei esse texto como uma homenagem do escritor a alguém que gosta muito, achei bastante agradável. Estranho como essa história de ter sido enviado por alguém justamente para a participação no concurso, fazendo uma mulher cair em suas linhas, começa a deixar o conto interessante conforme os minutos vão passando ao final da leitura. Somente a forma como foi construído o começo não me agradou, mas está bem escrito, acho que deve ser algo com a construção das frases.
gostei e achei que esta na medida certa. parabens!
Um conto brilhante do Sr. Ricardo Labuto Gondim. Conseguiu fugir do óbvio em contos de ficção científica.
Gostei muito da ideia, da originalidade da narrativa. A leitura ffjfluiu fácil pois o conto não se alonga em explicações desnecessárias. Ótimo conto.
Bastante interessante. Mistura de lógica com emoção pegou bem. Dá para conseguir leitores de vários gostos. Pode crê!
Eu gostei muito. Sério..ficou muito bom cara. E pior que me emocionei em uma parte porque passei por algo parecido que ocorreu no texto…kkk.
Parabéns mesmo.
Pedro, eu também me emocionei…
Que contasso!
🙂
Muito original e bem escrito! Parabéns!
Muito original =D adorei!
Muito bom, bem paradoxo mesmo e uma escrita leve e gostosa. Parabéns ao autor.
Agora a coisa ficou séria. Um conto magistral, já tinha escolhido o melhor, mas agora me encontro numa dúvida cruel.
Vamos dar tempo ao tempo (rs), no momento certo decido.
Como já dito, o único defeito desta narrativa é que ela é curta demais.
Recomendadíssimo.
Este, sim, é um conto fora do normal, do esperado, da lógica e até mesmo por isso, absolutamente dentro dos parâmetros do que se conceituou ao longo dos tempos como uma obra-prima. O estilo, o domínio do assunto, a mistura da poesia com a física quântica e a cibernética, tudo neste conto me prendeu até a última linha.
Gostei bastante do conto. É bem escrito, bem envolvente e bem fundamentado. Uma história de amor muito bacana, como lembrou o Ricardo no comentário anterior. O único defeito grave é ser curto demais. Talvez o autor pudesse ter ousado mais, mas ao que tudo indica, preferiu manter-se na zona de conforto acerca do perdão de que trata a trama. Dizer que faltou-lhe coragem poderia resumir meu pensamento a esse respeito, mas creio que isso seria injusto. O conto é muito bom, um dos melhores até agora.
Muito bom!
Gostei do conto e tenho sérias suspeitas que sei quem é o autor. Acho bacana qdo o escritor é bem informado ou leu/pesquisou para escrever. Sei que existem os tais computadores quânticos da D-Wave e apreciei a especulação qto as possibilidades de tais máquinas.
Minha única ressalva é qto ao tamanho do conto. Existe um drama, mas o tempo necessário para o envolvimento do leitor é curtíssimo. Sei que o texto não poderia ser muito explicativo, porém penso que ainda assim seria possível expor um pouco mais.
Rubem… Respeitando (sempre!) a sua opinião, eu já achei exatamente o oposto com relação ao tamanho do conto. Acho, inclusive, que é exatamente aí que reside o “toque do mestre” no conto. Pois, este é propriamente “O” drama. É exatamente a mensagem que ele deixa… A síntese e a completude da ideia que eu acredito ter sido a desejada pelo autor: nos mostrar que o tempo para o envolvimento é SEMPRE curtíssimo.
Este conto é o próprio exemplo, prático, da ideia que o sustenta e nos faz refletir. Seu tamanho é reflexo fiel de nosso “tempo” por aqui…
… Curtíssimo! 😐
Por isso que bate tão forte na nossa cara. E deixa esta ferida aberta em nossa alma, sem tempo de cicatrizar.
Li de novo e parece que gostei ainda mais… 🙂
Ricardo, a questão é que o leitor não é o personagem a quem a carta se destina, logo não tenho muita informação sobre Lígia. O conto me fala que ela vai morrer e que eu carregarei a culpa, mas eu (leitor) teria mais empatia com o drama do autor da carta e com a pobre Lígia se tivesse me envolvido melhor com o problema deles.
No entanto, como se trata de uma carta dirigida a um outro “eu” do passado, há de se tomar cuidado de não incluir informação que o tal “eu” já teria.
De qq forma, como eu disse, achei o conto muito bom e original, um dos melhores do desafio.
😉
Eu gosto de histórias de amor… 🙂
Principalmente as mais tristes.
Boa maneira de (re)tratar o assunto mais (re)tratado do mundo da Escrita. Gostei. 😉
Acabei de encontrar meu primeiro voto. Êba! 😀
(Claro, caso não seja eu mesmo que -não- tenha escrito este!)
Recomendo a leitura!