EntreContos

Detox Literário.

Escolhas Complexas (Sarah Nascimento)

Elisabete levantou o olhar e mirou as luzes que evidenciavam a mesa com o tabuleiro entre ela e o ex-namorado, agora adversário no campeonato brasileiro absoluto. Respirou fundo sentindo o cheiro agradável de lavanda que preenchia cada corredor e sala do hotel Unique. Os pensamentos voaram até um outro hotel luxuoso, que vira no celular antes da partida começar, um hotel tão instagramável quanto, localizado na Grécia. A galera da internet ia pirar com as duas irmãs gêmeas vencendo ao mesmo tempo.

O olhar se desviou um momento para a janela exibindo a tarde nublada. O relógio que marcava o tempo da partida era digital. Se o tic-tac soasse Elisabete sabia que estaria muito mais ansiosa.

Distorcendo a luz da janela que ia quase ao teto, haviam três figuras, lado a lado observando-a.

O homem do meio vestindo roupas de linho, uma cartola e acenando com mãos macias, porém sujas de terra, falou num sussurro: “vai nos ajudar ou não?”.

A plateia não reagiu, Yan esperava a jogada seguinte com os olhos cravados no tabuleiro, os árbitros não se incomodaram com a interrupção. Sem abrir a boca, Elisabete respondeu: “é minha última partida junto com a Dai, não posso fazer isso. Me desculpem”.

O homem de cartola olhou para a mulher mais baixa ao lado dele: “ela terá de ser convencida. Eu bem que avisei a vocês sobre essa possibilidade”.

A moça virou o olhar para o próprio jogo, não queria ver como os três tentariam convencê-la. Tentou de verdade ser mais rápida que eles. Antes que a mão direita tocasse em qualquer das peças de madeira nobre, Henrique, o cara da cartola se aproximou. As mãos gélidas como a chuva que  prometia lá fora, tocou nos olhos de Elisabete.

O efeito foi desagradável, como se enchessem o olho com neve fresca, congelando a visão, a mente e o presente.

Piscando várias vezes para afastar lágrimas inexistentes, Elisabete se viu num outro momento. O sol a aquecia enquanto se punha no horizonte. O cheiro delicioso de pães assados a rodeava. A cadeira abaixo dela desaparecera junto com o acento almofadado de veludo verde escuro. Agora a jovem de vinte e dois anos estava sentada num banco reto de madeira. Ao lado dela Henrique levava no colo uma bolsa grande. Os dois eram conduzidos em um tilbury, uma carroça leve puxada por apenas um cavalo utilizada nos anos mil e novecentos no Brasil.

“Que porra é essa?”, ela perguntou atônita para o Henrique bem mais sólido.

 — Jiusepe, eu adoraria chamar a cidade toda para testemunhar minha vitória sobre o entojado doutorzinho”, comentou a voz profunda do fantasma que agora tornara-se de carne e osso.

O condutor desejou boa sorte ao outro e Henrique tirou de dentro da bolsa um cavalo.

“Chamo este aqui de Ventania, em homenagem ao meu cavalo de verdade”, contou Henrique passando os dedos pela peça de madeira com delicadeza. “Herança, Jiusepe. A única coisa que o bêbado do meu avô tinha de interessante”.

“Henrique, eu quero voltar!”, gritou a jovem interrompendo a conversa.

“Você acha que é exagero, devaneio, loucura. Então vamos provar com fatos o que lhe dissemos.”, Henrique sussurrou se inclinando para a garota.

Jiusepe comentou sobre o caminho adiante.

“Agora pare de gritar, menina”, ele exigiu e voltou-se para a frente.

Anunciando as jogadas que faria contra o tal doutor Bitencourt, Henrique explicava a estratégia como se Jiusepe e ele fossem parceiros de xadrez a tempos.

NO caminho adiante, Elisabete descobriu que o avô alcoólatra de Henrique também jogava xadrez, o tabuleiro feito com madeira de mogno pertencia a ele. Um jogador esforçado que não vencera uma partida  na vida. O próprio neto sentado ao lado dela contava isso zombando do antepassado.

“Meu avô se casou três vezes. Não dizem Jiusepe, sorte no amor, azar nos jogos?”, e Henrique gargalhou.

Elisabete sentiu um frio na barriga ao ver a árvore tombada na estrada. O Tilbury desviou para a esquerda entrando na outra via. O som  das ferraduras quadruplicou, o ranger de muitas mais rodas anunciava outro veículo.

A colisão em cheio com a carroça carregada de  sacas de café soou como o baque seco de uma peça contra o tabuleiro. Só que muito mais alto. Madeira contra madeira.

A jovem enxadrista flutuou no ar, pois a carroça menor se transformara em destroços. O tabuleiro de xadrez caiu com as peças espalhadas e peões, reis, bispos e torres ficando presos nas fendas dos paralelepípedos. O que fora feito do coitado do Henrique?

Jazia debaixo das patas de um cavalo maior, que com certeza se chamaria Tornado, Ciclone ou Furacão.

“Primeira morte para a conta”, soou a voz profunda e formal na mente de Elisabete.

Ela flutuava num limbo azul, antes de Henrique a puxar para a realidade.

Elisabete sentiu que estava de volta ao controle de si mesma.

O cheiro gostoso de lavanda voltou, lá estava Yan com o smartwatch, o cabelo cacheado que ela adorava bagunçar no passado e, por fim, a tatuagem no braço dele dizendo: “sou muito mais do que seu olho pode ver”.

O  rapaz era fã da Pitty, ela se lembrava bem. Yan era a realidade, com a tatuagem boba, o relógio de visor circular e a cara de impaciente. Ela estava de volta para continuar jogando, para vencer. Não podia ajudar os espíritos, por mais que fosse triste a forma como morreram.

A mão direita pairando no ar.

“Por favor, Elisabete. Se nos libertar poderemos atravessar a passagem”, garantiu a moça atrás da jovem. Os brincos tilintando enquanto ela gesticulava para explicar os detalhes.

Ignorar era difícil pra caramba.

“Minha namorada faz o ritual de despedida todo ano. Se não nos ajudar teremos de voltar pra debaixo da redoma de vidro que o dono  coloca em cima desse tabuleiro pra proteger”, ela argumentava.

“Eu acho essa coisa de ritual Wika meio ridículo”, comentou o terceiro membro da comitiva da chateação. “Só que eu não acreditava que o tabuleiro estava amaldiçoado e agora estou morto. Então é hora de deixar tudo que acredito de lado”.

 — Cala a boca, porra!

O sangue desapareceu do rosto de Elisabete quando ela percebeu que falara em alto e bom som. Não pela ligação telepática irritante que os fantasmas pareciam ter estabelecido com ela.

 — Vamos manter o decoro, senhorita, essa é sua primeira penalidade.

O árbitro mais próximo avisou chegando com passos eficientes até os dois.

O  coração da enxadrista bateu rápido com a fúria intensa correndo pelas veias.

“Convença ela, Vitória”, ordenou Henrique e mãos fantasmagóricas cobriram os globos oculares de Elisabete uma segunda vez. A sensação fria e arrepiante da memória sendo ejetada por ali fez a garota estremecer.

De relance Elisabete só viu o limbo azulado de antes. No segundo seguinte ela estava sentada no banco traseiro de um fusca branco.

 — Se não estivessem mortos, eu matava vocês.

“A gente vive junto, a gente se dá bem, não desejamos mau a quase ninguém!”, Vitória cantava desafinada ao mesmo passo que Lulu Santos. A música reverberando pelo rádio retrô.

Sem opção, Elisabete bufou sabendo que teria de esperar o momento se desenrolar antes de voltar para seu campeonato. Prometeu a si mesma que ao retornar ia ignorar eles, mostrassem o que fosse, argumentassem o quanto quisessem. Ela tentou evocar a imagem da irmã na mente e ficou aliviada ao perceber que era capaz de ter seus próprios pensamentos.

O fusca trafegava em um ritmo lento pelas ruas de uma São Paulo oitenta anos mais tarde que na memória anterior. Era de manhã pelo que Elisabete constatou.

O que Daiane diria se pudesse falar com ela sobre o que acontecia naquele exato momento? Parte da jovem enxadrista queria que um poder sobrenatural de gêmeas a puxasse de volta a 2025, porém os segundos se passavam e nada a tirava da memória de Vitória.

Uma dúvida bem pequena perturbou Elisabete. E se os fantasmas estivessem certos? Ajudar eles significava fazer uma escolha que custaria tudo. Daiane e Elisabete, ou como a mãe as chamava: “b1 e b2”. Um apelido previsível e sem graça. Faria mais sentido se elas se chamassem Biatriz e Bianca, ou Brenda e Bruna. A mãe era cheia de boas intenções por trás das ações inexplicáveis.

Incentivara desde cedo que elas tivessem personalidades e gostos diferentes, opostos. Com cinco anos, Elisabete adorava chocolate e Dai era mais chegada nas balas e pirulitos. Depois de uma década, desenvolveram paixão por música. Dai se divertia na sala de casa rebolando ao som de funk proibidão, já Elisabete era mais do rock alto nos fones de ouvido. E com quinze anos elas encontraram no xadrez uma forma de compartilhar um gosto em comum. Era maravilhoso ter uma parceira que estudava as jogadas, mas também era um saco quando Elisabete via a irmã esfregando na cara dela as táticas inteligentes pra vencer. Isso fez com que ambas se esforçassem mais para vencer seus duelos constantes.

A música continuava soando no pequeno ambiente fechado. Elisabete e Vitória ouviram um som de metal raspando em metal, um desencaixe, algo se rompendo e então o fusca parou. Vitoria tentou abrir a porta pra ir ver o problema, entretanto o cheiro de combustível se fez presente. A mão de Vitória forçou a manivela da janela do motorista, estava travada. Janela fechada, manivela impossível de girar e o ar impregnado por um cheiro forte de gasolina.

Elisabete fechou os dedos e socou a janela de vidro do motorista. Tentou invocar a raiva que sentiu quando seguiu a identificação de Yan no torneio no ano anterior, mas era uma quebra de regra. Ela foi expulsa do campeonato e terminou com ele  após se vingar dele metendo um socão no olho. Não adiantou nada, ser fantasma era mesmo um saco.

Vitoria dava golpes repetidos no vidro, gritava por ajuda e o cheiro impregnava o interior do carro. Outro elemento piorou a situação, o calor que emanava do motor do fusca. A moça dos brincos de argola suava enquanto se esforçava pra sair, a mão puxando a maçaneta que liberava a porta. Uma vez, duas, dez vezes.

Agora a motorista tossia, os olhos lacrimejando por causa do combustível, do calor, do esforço pra fugir.

“Grazi, eu ia… casamento… depois… partida”, ela sussurrava em desespero.

O cheiro nocivo em breve iria silenciar ela, Vitória, para sempre.

Elisabete não conseguiu mais olhar, flutuou para fora pelo lado do motorista. Deu a volta no carro e no momento em que olhou de volta, pela janela do passageiro, Vitoria se debruçava contra o painel apoiando os braços no volante, o corpo flácido. No banco do passageiro repousava a bolsa com o tabuleiro de xadrez aparecendo através do zíper que não fora fechado completamente.

As últimas palavras de Vitória ecoavam na mente da jovem enxadrista. A outra vítima da tal maldição, ia pedir Grazi em casamento, depois da partida de xadrez.

Agora Elisabete estava mais tentada a ajudar com a empreitada. Os seres espirituais não tinham como saber disso. Liam as respostas mentais das perguntas que faziam à Elisabete e não as intenções. Portanto, no limbo azul, ela já foi levada direto para a memória de Arthur. Ele morrera seis anos antes do torneio no presente, ou seja,  na época em que Daiane e Elisabete não competiam mais juntas. Alternando entre plateia e competidora.

O enxadrista gaúcho, que completara dezoito anos poucos meses atrás. Elisabete assistiu ele sair correndo de um prédio espelhado, entregar uma grana pra um segurança e enfiar a mochila pela janela do Gol enquanto se jogava no banco do motorista.

A intrusa na memória foi imediatamente puxada junto com o veículo. Se acomodou no banco do passageiro, os pés atravessando a mochila caída no assoalho. Arthur acelerou e saiu dirigindo depressa do local de seu furto rebelde.

O frio era intenso. Arthur recebeu uma chamada e atendeu com um comando de voz.

“Oi Gabs, adivinha quem conseguiu roubar o tabuleiro maldito?”, gabou-se Arthur fazendo umas manobras irresponsáveis.

“Tua mãe vai te esganar”, o outro respondeu empolgado através dos autofalantes.

“Eu vou fazer uma entrada triunfal no clube, vou provar pra todo mundo que as mortes do Henrique e da Vitoria foram coincidências”, o rapaz dirigia cada vez mais rápido.

“Tu é louco”, disse o outro rapaz. “A Lauren tá aqui. Ela ficou gata. Vocês vão mesmo voltar?”.

Arthur arregalou os olhos observando que o veículo acelerava sem ele dar o comando.

“Tutú?”, chamou o amigo querendo resposta para a pergunta anterior.

“O veículo se lançou pra direita numa curva fechada. O rapaz afastou as mãos do volante e cravou os pés no assoalho do carro.

“Não é possível”, a voz saiu esganiçada. A respiração ofegante e as mãos suadas não permitiam ele retirar o sinto.

“Guri, o que foi?”, perguntou o amigo e Arthur não deu atenção.

O sinto foi retirado e a porta foi aberta, ele se jogou pra fora do carro tentando se salvar. Elisabete ficou dentro do carro, embora quisesse saltar e ver o estado do enxadrista impetuoso.

O Gol que era presente do pai, continuava aumentando  a velocidade. O rapaz saltou antes  dos oitenta quilômetros por hora. Ainda assim quebrou o braço ao cair de lado, e a clavícula foi danificada, as roupas rasgaram e a pele foi cortada junto. Apesar disso, ele ainda estava vivo. O problema foi ter caído na rua, o Gol não era o único veículo do mundo transitando. Sem conseguir se levantar a tempo, Arthur foi atropelado. O Gol não era o único veículo na via; porém era o único que passou por cima do rapaz. Maldição cumprida.

A enxadrista retornou ao presente. Os fantasmas haviam dito antes que estavam a seis anos presos sob a redoma de proteção transparente, na casa de Antoine Dubois, colecionador e amante do jogo.

A moça imaginou sendo a próxima vítima, se não os libertasse. Yan limpou a garganta e olhou para o teto, torcendo as mãos no colo.

 — Senhora Marques, preciso ir ao banheiro.

O relógio continuava correndo enquanto Elisabete se levantou e foi acompanhada até o corredor, de lá para o banheiro exclusivo aos competidores. Marques, uma mulher de meia idade usando um terninho feminino azul escuro, pousou o olhar neutro na jovem e esta entrou no banheiro.

Nenhum fantasma a seguiu, não precisavam mais mostrar nada. Agora ela ajudava ou não. Tudo estava literalmente nas mãos da garota.

Elisabete lavou o rosto, com a mão molhada esticou o dedo indicador e passou pela superfície do espelho. Escrevia pensando na irmã. Daiane e ela competindo pela última vez. A irmã ia seguir estudando moda ou web designe. Ela ainda tentava escolher. Só Elisabete ficaria refém dos peões, cavalos e torres.

A decisão foi tomada em poucos segundos, a moça não usou o banheiro de fato. Com passos tranquilos voltou para o salão do evento e a árbitra deixou-a próxima à cadeira.

Elisabete se sentou, levou a mão direita até a rainha. Fechou os dedos sobre ela, levantou a peça e pulou o cavalo do adversário posicionando-a ao lado do rei, ou seja, movimento ilegal.

Yan abriu um largo sorriso, Elisabete puxou com a mão esquerda o compartimento onde as peças eram guardadas e com o outro braço empurrou todas as peças para dentro.

 — Deem um jeito de segurar os árbitros!

Ela gritou para Arthur, Henrique e Vitória que aplaudiam o feito. Os três fantasmas postaram-se em frente aos árbitros enfiando os dedos fantasmais nos globos oculares deles e os impedindo de se moverem, mergulhando-os nas memórias dolorosas das mortes antigas.

Elisabete agarrou o tabuleiro e correu passando por espectadores. Alguns tentaram segurar a jovem, o senhor Dubois foi atrás dela. Elisabete agradeceu à mãe por forçar a filha a malhar.

A jovem atravessou o saguão, saltitou pelos degraus abaixo e escorregou no último, dobrando o joelho e batendo no chão com força.

Respirando fundo, ela sentiu um frio no ombro direito.

“Sou eu, Arthur. Vamos Elisabete, levanta daí!, o fantasma tentava colocá-la de pé.

 — Que merda, essa doeu demais.

Henrique perseguia o senhor Dubois pelo saguão e conseguiu colocar as mãos nos olhos do homem, que parou de correr imediatamente.

Vitoria vinha logo atrás flutuando e rindo de se acabar.

Os três fantasmas agora rodeavam Elisabete que desatou a correr outra vez, após massagear o joelho o quanto conseguiu com uma mão só. Ela ainda segurava o tabuleiro prendendo as extremidades para o compartimento não abrir e deixar cair as peças.

 — Desce a ladeira, vira pra direita e você vai ver o lugar de acampamento!

Vitória orientou enquanto Elisabete corria, tropeçava nos degraus e rezava pra não ser pega. Ela atravessou a rua e u ônibus quase transformou ela na próxima fantasma.

Do outro lado da rua, Elisabete entrou no descampado. Passou por um portão, gritou seu nome completo para o vigilante e desembestou a correr sem rumo procurando a descrição de Vitória, mulheres ao redor de uma fogueira, atirando objetos no fogo e fazendo um cântico bonito.

 — Essas Wikas não podiam botar uma plaquinha, tipo,  ritual em execução?

Levou vários minutos para encontrar o grupo certo. Elisabete vira muitos episódios da série dos dois irmãos que caçavam criaturas com a faca que era herança do pai. Aprendera que o certo era queimar o objeto amaldiçoado.

“A Grazi ali, ela tá ali.”, apontou Vitória emocionada.

 — Licença, eu tenho que jogar uma coisa muito amaldiçoada na fogueira

“À vontade, é o ritual de despedida”, a mulher mais próxima sorriu e apontou para o fogo.

Elisabete jogou o tabuleiro, mas ele demorou a pegar fogo. Era feito de madeira de lei.

Antoine Dubois chegou, porém ele não era tão imprudente para enfiar a mão nas chamas e resgatar o tabuleiro. Elisabete  conseguiu ver o tal portal em formato de arco, Henrique passou sem nem agradecer, Arthur foi mais educado antes de seguir o outro. Vitória falava com a namorada e antes que pudesse dizer qualquer palavra. Elisabete foi levada para o carro do senhor Antoine.

Ela descobriria que seus próximos meses seria no Instituto Psiquiátrico para Jovens Excepcionais.

Sobre Fabio Baptista

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20 comentários em “Escolhas Complexas (Sarah Nascimento)

  1. Thales Soares
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Este conto é criativo… mas achei um pouco confuso. A linha narrativa se desenvolve de forma muito confusa, comprometendo a fluidez da leitura. A história segue aquela fórmula clássica de revezar a ação com alguns flashbacks, para conhecermos com maior profundidade cada personagem… mas pra mim, a ideia é boa, mas a execução falhou um pouco. Outra coisa que atrapalha muito também é a questão

    A história começa com Elisabete disputando um campeonato brasileiro absoluto de xadrez contra seu ex namorado, em um hotel de luxo. Tem alguma coisa sobre a irmã gêmea dela também, que nao entendi direito. E tem uns fantasmas ali assistindo, sei la por que… mas enfim… só a protagonista vê os três fantasmas (eu acho…), e eles pedem ajuda pra ela, pra que ela os liberte da maldição, que de alguma forma está ligada ao tabuleiro de xadrez. Mas tudo isso é explicado de forma muito confusa ao leitor… e eu acabei ficando boiando não devido a todos as maluquices presentes no texto (isso eu até gostei), mas por conta da falta de habilidade do narrador em conduzir o seu leitor através de suas ideias pouco convencionais.

    No inicio, Elisabete se recusa a ajudar os fantasmas… porque ela acha sua carreira mais importante, e ela só ignora os seres sobrenaturais. Tá, mas como ela poderia ajudar? Isso não ficou claro… não vi ninguem falando direito sobre isso. Os fantasmas então começam a enfiar o dedo no olho da protagonista, pra ela ver o passado deles, vendo como cada um deles morreu em um acidente de carro (por que carros são a chave da morte dos fantasmas? Nao entendi isso….).

    Ela descobre que eles morrem em épocas diferentes, após se envolverem com aquele tabuleiro amaldiçoado, ficando presos a ele sob uma redoma de vidro. Então ela começa a suspeitar que vai ser a próxima vítima caso não os ajude.

    O jogo segue de forma meio tensa, e Elisabete decide sacrificar a partida e a carreira para quebrar a maldição e ajudar os fantasmas. Ela então faz um movimento ilegal com a rainha, derruba o tabuleiro e causa a maior confusão. Os fantasmas dai enfiam o dedo nos olhos dos juizes, imobilizando eles (tá… mas e os seguranças? Eles nao seriam ainda piores nesse tipo de situação?), então a protagonista sai correndo e leva embora o tabuleiro amaldiçoado.

    Do nada, ela encontra um grupo que tá realizando um ritual de despedida, ai ela aproveita e taca o tabuleiro na fogueira, libertando os fantasmas. A protagonista é capturada pelo colecionador Dubois e acaba internada num hospício… e a história acaba.

    Ok……….. pena que as coisas aqui não se encaixam muito bem. Tudo é narrado sem eira nem beira, fazendo com que o leitor fique perdido, e proporcionando uma leitura cansativa e pouco fluida. Ao menos, o conto parece ter ideias legais e criativas.

  2. Bia Machado
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Olá, Magnus, tudo bem? Seguem alguns comentários sobre a minha leitura do seu texto.

    Desenvolvimento (0,8/1,0): O conto evolui com ritmo ágil, alternando humor e tensão de forma natural. As memórias dos fantasmas funcionam como pequenas viradas que ampliam o escopo da história. No entanto, não sei o que houve, mas não funcionou pra mim.

    Pontos fortes (0,9/1,0): A premissa é criativa, mas o uso do sobrenatural às vezes parece resolver conflitos rápido demais. As mortes dos fantasmas são visualmente fortes, embora algumas soem mais cômicas que trágicas.

    Adequação ao tema (0,5): O conto se encaixa muito bem no tema “xadrez”, já que a partida inicial dá origem ao conflito e o tabuleiro amaldiçoado se torna o centro da trama.

    Gramática (0,5): Está ok gramaticalmente, só chamando atenção para um “haviam três”, um “sinto” que era “cinto”, um “wika” em vez de “wicca”, um “Biatriz” que nunca vi escrito assim nem em chamada de 5° ano, rssss… Mas ok, nada que me atrapalhasse a leitura, além de um estranhamento na hora em que bati o olho…

    Emoção (1,4/2,0): Como disse na parte do desenvolvimento, não curti muito a leitura. Algo não funcionou pra mim ao ler essa história. O final, principalmente, parece ter ficado aquém do restante do conto.

  3. Mauro Dillmann
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    As aventuras de Elisabete, num tom de linguagem clássica, imaginativa, fantasiosa. Depois, Ventania, Pitty, Wika, Lulu Santos, vários elementos. De repente um ‘porra’ na boca de um personagem. E eis que vão aparecendo vários outros personagens. O conto vai alternando estética e ritmo.

    O texto segue bem adjetivado, o que prejudica o ritmo de leitura e deixa pouco espaço à imaginação do leitor. Exemplo: “o acento almofadado de veludo verde escuro”.

    A personagem Elisabete parece muito confusa.

    Bem escrito.

    Parabéns!

  4. Thaís Henriques
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Thaís Henriques

    Ainda ouço as engrenagens da minha cabeça trabalhando… Muito coisa, muito complexo, e até confuso.

  5. Amanda Gomez
    12 de dezembro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Uau… um conto muito confuso. Eu me perdi legal e tentei, com muito esforço, não perder o fio da meada. Bom, aparentemente temos uma personagem em um campeonato de xadrez e, de repente, coisas estranhas começam a acontecer, espíritos começam a falar com ela e mostrar coisas de suas vidas. Ela estava jogando com a irmã, no primeiro momento ela ignora, mas por fim ela decide salvar essas pessoas das maldições do xadrez. No fim fica a dúvida se tudo isso foi real ou se ela é simplesmente uma louca divagando.

    Acho que o maior problema do conto é, de fato, a escrita, que não consegue mostrar muito bem pro leitor o que está acontecendo. É tudo muito difuso e pouco esclarecedor, carece de mais destreza com as palavras e de mostrar além do contar. Talvez seja de alguém que está iniciando na escrita, tem um bom potencial, mas carece de um pouco mais de atenção na criação das cenas. Posso estar falando bobagem e eu peguei seu conto em um momento muito ruim de leitora, mas é minha primeira impressão.

    Boa sorte no desafio!

  6. danielreis1973
    10 de dezembro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Escolhas Complexas (Magnus C.)

    Na primeira leitura, eu entendi foi nada desse conto… que profusão de personagens e situações!! Depois, relendo, entendi um pouco melhor a intenção de fazer um horror sobrenatural, e até me envolvi um pouco mais na história. Mas ainda assim, acho que eu não sou o público certo. E, além disso, a escrita tem alguns pontos como revisão ortográfica que acabaram me incomodando, como a Wicca, p. ex. E principamente, cinto. Sinto… O final, com a óbvia perda da sanidade, achei um recurso previsível. O conto tem energia de “série”, uma mistura pop de sobrenatural cômico,  maldição específica,  mortes encadeadas,  personagens jovens, referências pop, ritmo de aventura urbana. Lembra Supernatural, Dead Like Me e Wandinha.

    PONTOS POSITIVOS

    Premissa bem original. O choque entre xadrez competitivo, terror sobrenatural e memórias de mortes traumáticas cria um híbrido muito singular — quase um horror esportivo metafísico. O contraste era promissor.

    As cenas das mortes são fortes, cinematográficas e variadas. Cada morte tem atmosfera própria, como o trágico pitoresco do tilbury, o horror claustrofóbico do fusca, a velocidade vertiginosa do Gol desgovernado. O conto brilha nesses trechos: são bem visualizados, dinâmicos e envolventes.

    Uso de humor no horror: o texto equilibra momentos tensos com falas espirituosas, como: “comitiva da chateação”, “essas Wikas (sic) não podiam botar uma plaquinha?”,  “se não estivessem mortos, eu matava vocês”, etc. Isso impede o conto de ficar melodramático demais.

    PONTOS A MELHORAR

    O conto é excessivamente longo para a quantidade de arcos narrativos e personagem.  Temos: presente no torneio, três mortes completas em flashback, história das irmãs, história da relação com Yan, fuga, ritual final, e o epílogo psiquiátrico. Isso produz uma narrativa supercarregada, que poderia até ser algo maior, mas que como conto, perde impacto devido à dispersão.

    Transições entre presente e memória são muito bruscas. A mudança de ambiente é tão repentina que às vezes precisei reler para entender que houve deslocamento. É possível suavizar isso com: marcadores visuais, trechos de preparação, mudanças de ritmo.

    Os fantasmas falam demais e com o mesmo tom, com vozes parecidas: todos usam humor ácido ou falam como adolescentes irritados.

    Excesso de explicações textuais; a narradora muitas vezes comenta o que está prestes a acontecer, o que ela pensa sobre o sobrenatural, o que cada fantasma quis dizer. Isso enfraquece a força visual da narrativa. O conto seria mais potente com menos verbos explicativos e mais ação.

    O final no manicômio chega abruptamente. Uma ou duas frases de transição ajudariam a reforçar o colapso social e a separar essa parte do epílogo do ritual.

    Não está entre os meus preferidos, mas deve ter alguma pontuação nas categorias de destaque. Desejo sucesso no desafio, obrigado por participar!

  7. Fabio Baptista
    9 de dezembro de 2025
    Avatar de Fabio Baptista

    Enxadrista destrói um tabuleiro amaldiçoado que aprisiona várias almas. O dono do tabuleiro não reage muito bem à situação.

    O conto tem um clima infantojuvenil que até poderia funcionar, mas infelizmente se perdeu em muitos eventos e personagens. As intercalações entre presente e memórias dos acidentes ficaram um tanto confusos. Mais confuso ainda foram as motivações de cada um. Tipo, não entendi direito a relação de Elizabeth com o tabuleiro, se ele conferia poderes especiais ou algo assim como ela se envolveu com ele. Há os poderes de irmã gêmea, os fantasmas… por que diabos a protagonista não iria querer libertá-los?

    Enfim, foi muita informação para pouco espaço, eventos muito corridos e que deixaram a impressão de desconexos.

    Sugestões: menos personagens e conflitos melhor definidos (por exemplo, o que Elisabeth ganharia ou perderia dependendo de sua escolha complexa). Foco em uma linha narrativa com menos flashbacks.

    MÉDIO

  8. Fabiano Dexter
    9 de dezembro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História

    Conto interessante sobre Elisabete que, de alguma forma, conversa com fantasmas que estão presos em um Tabuleiro amaldiçoado no qual ela joga uma partida de campeonato contra seu ex-namorado.

    Sua irmã gêmea também está jogando um campeonato de Xadrez, ao que parece na Grécia.

    História trata do desenvolvimento da história da protagonista e da vida dos três fantasmas, e por fim na decisão de destruir o tabuleiro e libertar os fantasmas ou vencer um último campeonato.

    Tema

    Jogo de Xadrez amaldiçoado. Excelente!

    Construção

    Um texto mais simples com uma história interessante. Alguns erros bobos de revisão, como sinto ao invés de cinto.

    Impacto

    História interessante, mas um pouco previsível, o tipo de história que eu talvez escrevesse.

    Achei que faltou um pouco mais de profundidade, tanto na história do Tabuleiro como no da irmã e do ex-namorado. São pontos muito bons que poderiam trazer o leitor mais para dentro da personagem.

    Por fim a escolha não pareceu tão complexa. A sua desistência em liberar os fantasmas não pareceu lhe trazer nenhum ganho superior, algo que pudesse convencê-la a tomar essa decisão.

  9. Jorge Santos
    8 de dezembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá. Acabei de ler o seu conto. A primeira imagem com que fiquei foi uma grande confusão, onde se passavam demasiadas coisas. É preferível uma linha narrativa mais simples e impactante do que uma narrativa que se torna confusa. No fim, o que importa é a ideia principal, da qual o leitor não se deve afastar. Neste seu conto, o leitor pode perder-se facilmente, pela profusão de detalhes. Para piorar a situação temos erros que deveriam ter passado no crivo de uma revisão mais cuidada. Não pode enviar textos para ninguém com os erros que li no seu texto. Não importa que seja um desafio gratuito. Fora isso, do que apanhei é uma ideia central centrada numa mistura de magia e xadrez, uma mistura que tinha tudo para resultar num texto excelente.

  10. Pedro Paulo
    7 de dezembro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Para citar o texto, existem boas intenções por detrás de escolhas inexplicáveis. Ou escolhas complexas. A protagonista cativa por sua personalidade forte e pela decisão que a pressiona ao longo da narrativa, mas nem sempre a sua caracterização funciona bem, em especial por um problema narrativo. O enredo também parte de uma premissa criativa, uma jovem relutantemente entrelaçada com o futuro de três fantasmas, e as dimensões de espaço e tempo funcionam bem. O hotel é bem descrito e dá a tônica do enredo, enquanto a mesma boa descrição volta a ser aplicada nas viagens temporais que são mais ou menos bem transmitidas em cada salto que Elisabete dá entre memórias póstumas. O verdadeiro ponto fraco do conto é a narrativa.

    Senti como se tivesse deixado arestas desnecessárias no conto. Citar o ex-namorado no começo parece vão e o fato que o recontextualiza, o término abrupto e violento, aparece em um ponto do conto em que a situação é deslocada e trunca a leitura, conectando àquela menção no começo, mas em um ponto que isso não interessa. Senti o mesmo com a relação entre Elisabete e sua família, mãe e irmã. Dai também é mencionada no início, mas sua caracterização de personalidade distinta da irmã e de escolha do curso da faculdade só aparecem posteriormente e sem utilidade ao texto. O mesmo vale para o ritual wica, mencionado no começo e retomado no final de uma maneira em que se via evidente o limite de palavras se esvaindo. Por se tratar de um conto com tantas mudanças de tempo-espaço e múltiplos personagens – que até mesmo os nomes foram introduzidos em momentos equivocados do texto – ter mais essas informações desnecessárias desvirtua ainda mais a leitura.

    Assim, senti um leve descuido com a estruturação do texto como um todo, mas também da alocação de certos parágrafos e mesmo na escrita de algumas frases, além de dois erros grosseiros de português que escaparam à revisão e em meio aos déficits já citados acabam ressaltados. Por fim, cito que achei a abordagem do tema um pouco superficial. Poderia ser uma partida de baralho com o baralho amaldiçoado. O tabuleiro me pareceu uma forma de assinalar a caixinha de pré-requisitos do certame. Com todas essas críticas, não deixo de reconhecer que é uma história cativante e divertida, que talvez fluísse em um espaço de palavras maior. Afinal, até alude a uma continuação.

  11. marco.saraiva
    7 de dezembro de 2025
    Avatar de marco.saraiva

    Acompanhamos a história do tabuleiro de xadrez amaldiçoado, que prende as almas das pessoas cujas mortes causou. Os fantasmas se veem livres quando o tabuleiro é removido de sua redoma de vidro para ser usado em competições importantes, e usam este tempo para tentar convencer Elisabete a destruí-lo. Elisabete, por sua vez, competitiva ao extremo, tenta ignorar as manifestações sobrenaturais e ganhar do ex-namorado, forçando os fantasmas a projetarem na sua mente as memórias trágicas das suas mortes.

    A premissa do conto é bem legal. O objeto amaldiçoado parece ter uma preferência por acidentes em veículos. Gosto desta forma de explorar o terror: sem explicações. O gatilho é narrado, as regras listadas, e agora os personagens devem tentar sobreviver com as cartas que lhe foram dadas. E isso vem muito bem no conto, em um texto inicialmente tenebroso e até um pouco triste, com narrações de mortes e reflexões sobre a vida e o que ficou para trás, mas termina quase como um filme de ação, uma fuga desesperada, uma perseguição e até ritual Wicca.

    Infelizmente a leitura foi um pouco confusa. Parte da confusão eu consigo explicar, a outra é apenas um feeling. A parte que eu consigo explicar é a quantidade exorbitante de nomes. Alguns surgem do nada, outros considero desnecessários. Já temos aqui um conto com personagens fundamentais demais: Elisabete, Henrique, Vitória, Arthur, e em menos intensidade também Yan. Mas o conto também cita outros nomes lançados ao ar para nunca mais surgirem na trama: Jiusepe, Gabs, Lauren. Grazi é citada duas vezes durante o acidente de Vitória mas depois é resgatada no final, só que naquela altura não fazia ideia de quem era essa tal de “Grazi” perdida no mar de nomes que eu havia lido. E de alguma forma um tal de “Senhor Dubois” é evocado no final do conto sem nunca antes ter sido citado. Essa mistura de nomes me deixou tonto.

    O outro problema na execução é mais intangível. Senti falta de nuance na voz narrativa, especialmente quando os cenários são trocados. O tom não muda entre a partida de xadrez e as memórias fantasmagóricas. Tudo parece ser uma coisa só, pulando de parágrafo para parágrafo sem nenhum tipo de separação. Eu fiquei realmente confuso tentando entender o que estava acontecendo. Apesar de isto ter a vantagem de expressar para o leitor a mesma confusão que Elisabete deveria estar sentindo ao ser subitamente injetada em memória alheia, ainda assim, mesmo quando ela já estava acostumada com o evento, a narrativa ainda era confusa. Era ela mas não era, com personagens que não conheço, sem nuance na voz do narrador, e depois voltamos ao jogo de xadrez, e então dá-lhe mais memórias… uma grande confusão.

    Apesar disso, curti a premissa, a ideia da trama, e o final bombástico!

  12. cyro eduardo fernandes
    4 de dezembro de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto intenso e criativo. Achei o número de personagens exagerado. o desfecho é bom. Boa sorte no desafio.

  13. Mariana
    29 de novembro de 2025
    Avatar de Mariana

    Para a avaliação ficar bem explicada, organizei os tópicos que construíram a nota

    História: 

    Há começo, meio e final (0,75)? Temos o começo com Elisabete se preparando para o torneio, o desenvolvimento até a internação dela no Instituto Psiquiátrico para Jovens Excepcionais. Atende ao requisito. 0,75

    Argumento (0,75): Temos o xadrez como elemento central, apesar da quantidade de elementos do texto. Elisabete jogando contra o seu ex, os fantasmas, questões familiares. Cabe um polimento. 0,65

    Construção dos personagens (0,5): Elisabete é interessante e complexa, cheia de questões. Os fantasmas são mais caricatos, assim como os outros persoagens. 0,4

    Técnica:

    A capacidade da escrita de prender (0,75): O texto possui uma crescente, mas cresce demais. São muitos fatos, muitas coisas e o desenvolvimento não corresponde. No entanto, é divertido e “aventuresco”, além da presença do ritual Wicca. 0,5

    Gramática, ortografia etc (0,75): Cabe revisão de vírgulas, aspas e gramática. 0,35

    “Sou eu, Arthur. Vamos Elisabete, levanta daí!, o fantasma tentava colocá-la de pé. – faltou aspas

    “A gente vive junto, a gente se dá bem, não desejamos mau a quase ninguém!”, – mal

    Impacto (1,5): Acredito que é um conto com muito potencial, Elisabete é interessante e o saldo final foi positivo. 1,0

  14. Priscila Pereira
    24 de novembro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Magnus! Tudo bem?

    Você gosta de fantasma, heim, autor? 😁

    Achei sua história bem interessante, um tabuleiro de xadrez amaldiçoado que quem está com ele morre, bem original e inusitado! Uma abordagem bem diferente do tema, gosto disso!

    Aí vemos as vítimas do tabuleiro tentando se libertar. Não entendi pq a Elisabete conseguia ver e falar com eles, será que perdi alguma coisa?

    As viagens no tempo foram bem legais, assistir a morte deles deu uma camada extra ao conto.

    Mas nem tudo são flores, infelizmente… o conto precisa de uma boa revisão. Notei a palavra “sinto” no lugar da palavra “cinto” em dois lugares. Alguns outros probleminhas fáceis de resolver. Ler em voz alta costuma funcionar.

    Outra coisa, o conto tem muita informação em pouco espaço, talvez tirar a referência sobre a irmã gêmea e o namorado e se concentrar nela e nos fantasmas pudesse deixar o conto mais fluido e certeiro.

    Gostei bastante do final, cheio de ação e emoção. A coitada ainda foi pra um hospício… bem legal!

    Parabéns pelo conto!

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

  15. Gustavo Araujo
    17 de novembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Não tenho muitas dúvidas de que este é um dos contos mais criativos do desafio. É inventivo e cheio de energia, mas às vezes, creio, acaba exagerando na viagem. A mistura de xadrez com fantasia funciona muito bem no começo, criando um clima curioso e tenso, mas depois as memórias forçadas pelos fantasmas ficam longas demais e quebram o ritmo da leitura.

    Gostei da personalidade da Elisabete: teimosa, impulsiva, meio caótica. Já os fantasmas variam entre interessantes e contraditórios. Achei que alguns diálogos soaram confusos, tirando o impacto da cena. A estrutura geral prende, mas o enredo é tão cheio de desvios que a tensão principal — a partida — perde força.

    A ambientação é boa no geral, e há momentos de humor que ajudam. Encontrei pequenos deslizes de pontuação e concordância, mas nada grave. No fim, o texto diverte, tem boas ideias, mas poderia ser mais enxuto e mais focado no tema central. Um texto complexo, desde o título. Parabéns e boa sorte no desafio.

  16. Kelly Hatanaka
    12 de novembro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Considerações

    Uma enxadrista está disputando uma partida com o ex-namorado, ao mesmo tempo em que sua irmã gêmea joga na Grécia. O tabuleiro que ela usa é amaldiçoado e três fantasmas precisam que ela destrua o tabuleiro em um ritual wicca para se libertarem.

    Percebe-se que este conto foi escrito por alguém com muita imaginação, o que é muito bom. Pode-se aprender técnicas para escrever cada vez melhor, muito disso é prática, tanto de escrita quanto de leitura. Acho até que a leitura é mais importante do que a prática de escrita para se escrever bem. Minha opinião, somente.

    Gostei ou não gostei

     Não gostei tanto como poderia, desculpe.

    As escolhas podem ser complexas, mas a história, essa sim, é de uma complexidade imensa. Como disse, o conto parece ter sido escrito por alguém com muita imaginação e isso é ótimo. Porém, é preciso filtrar o que é importante do que não é, ou o enredo sofre.

    O conto foi montado em cima de muitas ideias. A irmã gêmea. O namorado. A vida dos fantasmas. A maldição. O torneio. Tudo com muitos detalhes. Porém, no final, o que é realmente importante e agregaria ao enredo ficou de fora: de onde veio a maldição? Como ela funciona? Se todo mundo que possui o tabuleiro amaldiçoado morre, por que o sr. Dubois ainda está entre os vivos?

    Pitacos não solicitados

    Cuidado maior com a revisão. Erros como “haviam três figuras” e “acento” em lugar de “assento” prejudicam o texto. O uso de “tilbury” em inglês, quando existe “tílburi” em português, idem. Jiusepe com J soa esquisito, bem como Wika em lugar de wicca. Foi de propósito?

    São muitos detalhes. A enxadrista tem uma irmã gêmea. Ela joga com o ex-namorado. O fantasma Henrique morreu de posse do tabuleiro. Vitória morreu num acidente quando estava de posse do tabuleiro. Idem Arthur. Ficamos sabendo de muitos detalhes dos três fantasmas. Porém, não é explicada a origem da maldição e por que o sr. Dubois não foi afetado. Nem por que os fantasmas não foram infernizar outra pessoa para dar fim ao tabuleiro. Poderiam ter tentado convencer o sr. Dubois, os juízes, os organizadores, Yan.

    Detalhes dão vida a um conto, mas é importante distinguir aqueles que ajudam a contar a história daqueles que distraem e confundem o leitor.

  17. andersondopradosilva
    10 de novembro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Olá, autor.

    Autor, infelizmente não posso dizer que gostei do seu texto, já que sequer consegui apreender completamente o enredo.

    Inicialmente, devo pontuar que há erros de revisão dispersos pelo texto, como vírgulas fora de lugar ou ausentes, grafias equivocadas, solecismos, repetições de palavras em lugares aproximados etc.

    Quanto ao enredo, o qual não está apresentado com suficiente clareza e coesão, não me agradou, mas certamente agradará a outros. Penso que a literatura pode ser muito mais do que isso, pode ser desafio intelectual e beleza, pode ser encantamento e enfrentamento.

    Nota 4.

  18. Antonio Stegues Batista
    8 de novembro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Um tabuleiro de xadrez amaldiçoado matou algumas pessoas e a protagonista é assediada pelos fantasmas para que ela destrua o tabuleiro para que eles possam escapar do Limbo. Elisabete tem uma irmã gêmea e é só, essa parte não é detalhada, desenvolvida. A narrativa não entrega tudo, é claro, algumas ações são nubladas, obscuras e isso é válido na criação do texto. Há um erro de digitação e de gramática na frase; “não desejamos mau (mal) a ninguém”. Parece que tudo era uma fantasia na cabeça de Elisabete, tanto que ela foi internada numa clínica psiquiátrica. A ideia, o enredo são bons, mas precisa ser melhor lapidado e fazer, também, uma boa revisão do texto.

  19. claudiaangst
    6 de novembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    O conto aborda o tema proposto pelo desafio de forma bastante inventiva. A trama construída é cheia de ação e fenômenos paranormais, o que dá um ar de mistério ao texto.

    O ritmo da narrativa é frenético, mas acredito que o espaço disponível foi o suficiente para dar vazão à criatividade do(a) autor(a), que talvez tenha mais vocação para romancista.

    Achei curiosa a escolha dos nomes dos personagens, o abrasileiramento de Giuseppe (Jiusepe), Elizabeth (Elisabete), Diane (Daine). Pareceu-me coerente trazer maior familiaridade à trama.

    Há falhas de revisão que podem ser facilmente sanadas:

    • haviam três figuras > havia três figuras. (O verbo HAVER no sentido de existir é sempre impessoal, permanecendo no singular)
    • a tempos. > há tempos
    • NO caminho > No caminho
    • Não dizem Jiusepe, > Não dizem, Jiusepe, (separar o vocativo com vírgula)
    • ao retornar ia ignorar eles > ao retornar iria ignorá-los
    • Ajudar eles significava > Ajudá-los significava
    • Biatriz > Beatriz
    • invocar a raiva que sentiu quando > evocar (trazer à lembrança)
    • O enxadrista gaúcho, que completara > O enxadrista gaúcho completara […]
    • Oi Gabs > Oi, Gabs (sempre separar o vocativo com vírgula)
    • Tutú > Tutu
    • O sinto > O cinto
    • estavam a seis anos > estavam há seis anos
    • web designe > web design
    • u ônibus quase transformou ela na próxima fantasma. > um ônibus quase a transformou no próximo fantasma.
    • e antes que pudesse dizer qualquer palavra. Elisabete foi levada para o carro > e antes que pudesse dizer qualquer palavra, Elisabete foi levada para o carro […]

    Percebe-se o potencial de escrita do(a) autor(a) e a sua habilidade em criar tramas cativantes. Continue a desenvolver suas histórias e nunca desista.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

  20. Luis Guilherme Banzi Florido
    5 de novembro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Olá, Magnus, tudo bem?

    Seu conto tem muitas boas ideias, mas achei que se perdeu um pouco na execução. Gostei da ideia de um tabuleiro de xadrez amaldiçoado, que mata quem o possui, ou algo assim. Mas achei que a história ficou curta demais, que faltou espaço para desenvolver melhor e entregar elementos essenciais para que a história brilhasse. Por exemplo, de onde sai esse tabuleiro? Como ele chega até as vítimas? Qual a relação entre as 3 vítimas? Por que elas se manifestam e pede ajuda à protagonista? Parece que tudo fica um pouco no ar.

    Além disso, achei que a relação entre as gêmeas ficou um pouco no ar, um pouco sem sentido. Por que é relevante tratar os atritos entre as irmãs, o distanciamento entre elas? Como isso é relevante e se conecta com a história principal?

    Parece que você teve muitas ideias legais e tentou colocar todas elas no mesmo conto, sem ter, no entanto, espaço e tempo suficiente para conecta-las e dar sentido a elas. É uma pena, pois acho que com uns 5 ou 7 mil palavras, poderia ser um conto bastante interessante. Como está, me parece um bom trabalho, criativo e cheio de potencial, mas inacabado, sabe?

    Ainda assim, foi uma leitura gostosa e interessante, fiquei preso na leitura, curioso para saber o que aconteceria.

    Enfim, um bom conto, mas que para mim, precisaria de um limite bem maior de palavras e um desenvolvimento mais sólido e mais conectado de todos os bons elementos que você apresenta.

    Parabéns e boa sorte!

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Publicado às 2 de novembro de 2025 por em Liga 2025 - 4B, Liga 2025 - Rodada 4 e marcado .