EntreContos

Detox Literário.

Coração em Xeque (Léo Tarilonte)

No princípio, só existia a Floresta Primordial. Ela se sentia solitária, então gerou o Grande Elefante e a Árvore Ancestral. Os dois deuses desejavam saber qual dentre eles era mais poderoso, e para decidir isso idealizaram um jogo. Ele aconteceria em um mundo que forjaram, chamaram-no Xadrez. Cada divindade criou um reino: Marfim, cujo exército era formado por fragmentos das presas do Grande Elefante; e Ébano, cujos militares eram constituídos por lascas de madeira da Árvore Ancestral. Aquilo que não passava de um mero jogo para os seres sagrados, era a Dura realidade para as duas nações. As vitórias se alternavam entre os jogadores divinos, sendo assim, vários membros das duas forças armadas morriam e ressuscitavam perpetuamente preservando sempre suas memórias.

A fim de que o jogo fosse justo, as tropas de cada Deus eram idênticas. Cada qual contava com um par de torres, uma dupla de cavaleiros, dois bispos, uma rainha e um rei, além de oito peões. Peonias era um desses soldados de vanguarda, no exército do reino Marfim. Ele servia tanto a seu Deus quanto a sua nação de corpo e alma, progredindo no caminho do guerreiro a cada batalha. O peão já ocupara várias posições na linha de frente: fora guarda de ambas as torres, aprendendo a ser firme como elas; servira como escudeiro para os dois cavaleiros, tentando sempre imitar-lhes o heroísmo; atuara como paladino resguardando a dupla de bispos, reforçando sua fé no Grande Elefante; protegera a rainha, suportando com um sorriso estoico todo o peso da responsabilidade daquele posto; e em um embate recente tivera a honra de defender seu rei, regozijando-se com o reconhecimento de seu valor.

De pé ali, em posição de sentido, diante de seu soberano, o sentinela orgulhava-se, porque acreditava que ali fosse seu lugar de direito, uma vez que pensava ser o membro mais capaz da infantaria de seu reino. Rememorava dois trechos do código de conduta militar, que regia a conduta de todos os soldados: vigiar o terreno e derrubar o rei adversário, se a oportunidade surgisse.

Aquele confronto já transcorria há algum tempo, inclusive, Peonias já derrotara dois peões adversários que ousaram ameaçar seu rei. O guarda-costas real estava atento, esquadrinhando os arredores, com o fim de antecipar-se a quaisquer incursões inimigas, quando se deparou com uma figura encantadora. Será que existiria uma terceira divindade desconhecida no panteão? Suas pernas de soldado, fortalecidas por intermináveis quilômetros de marcha, tremeram diante daquela beleza. Ela era Regina, a rainha de Ébano. O guardião nunca a vira antes, porque ou ele era tirado de combate ou o embate findava sem que tivesse a oportunidade. Ele a achava ainda mais linda que sua contraparte de Marfim. Então, um fato imprevisto aconteceu: as grossas paredes de disciplina que represavam os sentimentos de Peônias romperam-se, inundando-lhe a alma com emoções avassaladoras. Com tenacidade de salmão, o jovem nadava contra a correnteza sentimental, esforçando-se por equilibrar razão e sensibilidade. Forjava uma narrativa na qual ele conquistava o amor da dama oponente, privando o exército dela de sua arma mais versátil. Contudo, em seu espírito, na tênue fronteira entre a consciência e o inconsciente, ele já se entregara a Regina. E antes que o soldado conseguisse resistir a ela, a rainha ceifou-lhe a vida com sua foice.

***

Uma nova batalha começou. Agora, Peonias fora escalado como escudeiro, servindo ao cavaleiro da rainha. Seu coração acelerou exultante, devido à posição que o peão ocupava desta vez, a ala da dama. Partindo dali, ele alcançaria com menor dificuldade e maior rapidez Regina em seu palácio, caso ela ainda não se houvesse-movido, quando ele chegasse lá. Essa esperança alimentava sua determinação.

O soldado sonhava acordado em encontrar-se com a rainha de Ébano, admirar sua formosura, respirar seu aroma amadeirado, conversar com ela, declarar-lhe suas intenções amorosas, ouvir a melodia de sua voz e beijá-la com reverência.

O peão de Marfim adiantou-se com velocidade, ansioso por encontrar-se o mais brevemente possível com a dona de seu coração, aproveitando a graça divina de poder avançar o dobro de sua distância usual em seu primeiro movimento. Enquanto ele se movia, ensaiava a composição de alguns versos que exaltassem a magnificência da amada.

Ainda testando rimas, marchou resoluto para dentro do território hostil. Seus olhos retomaram o foco na realidade, quando ele percebeu o paladino que protegia o bispo herege, chegar à diagonal direita à frente.

Ambos se olharam ardentemente. A atmosfera entre os dois incendiou-se. Peonias desembainhou o florete, ameaçando o recém-chegado.  O soldado de Ébano imitou-lhe o movimento, entretanto defendendo-se. Será que ele pensava ser capaz de impedi-lo de ver seu grande amor? Eles esgrimiram. O peão de Marfim eliminou o adversário, fortalecido pelo desejo de encontrar-se com Regina. Então invadiu o novo espaço, agora desguarnecido.

De sua posição atual, o esgrimista apaixonado vislumbrou o próximo oponente. Era o guarda que protegia a dama de Ébano. Eles trocaram golpes, mais furiosos que graciosos. Por fim, o invasor derrotou a sentinela e avançou para a nova posição. Peonias ergueu os braços, girando sobre o próprio eixo, com olhos cintilantes. A rainha da sua vida estava logo ali, a apenas um movimento de distância.

O peão mirou seu objetivo. O espadachim empalideceu, seus ombros caíram. O palácio da dama estava vazio. Onde estaria ela? Para onde teria ido? O guerreiro olhou em volta num misto de ansiedade, esperança e desespero. Ele respirou novamente quando a viu através da janela mais alta da torre, que estava posicionada no local onde o confessor pessoal da rainha sempre iniciava as batalhas.

Peonias movimentou o corpo, preparando os músculos, uma vez que para chegar ao portal da fortaleza inimiga, precisaria esquivar-se das flechas disparadas pelos arqueiros que a guarneciam. Ele relembrou os exercícios de manobras evasivas repetidos à exaustão durante os intervalos entre os embates. Eles foram planejados justamente, antecipando situações como esta em que ele se encontrava. O guerreiro exalava confiança, pois era o mais elusivo dentre os oito soldados da infantaria de seu reino. Inclusive, em seus melhores dias, igualava-se aos cavaleiros, que eram notoriamente os combatentes mais esquivos do exército. Naquela ocasião o esgrimista se sentia extremamente motivado, devido ao amor que transbordava de seu coração.

Enquanto se aproximava cuidadosa e esperançosamente da fortificação de Ébano, o invasor evitou, por milímetros, as setas dos atiradores. Contudo não conseguira desviar-se da indefensável flecha disparada por Cupido.

Peonias alcançou a entrada do torreão. Galgou de dois em dois os degraus de madeira negra e atingiu o topo com o coração acelerado. Ele se deteve no limiar do amplo salão circular que coroa a fortaleza móvel. Seu rosto enrubesceu, abrindo-se em um sorriso vitorioso; suas mãos, tão fortes e firmes devido ao manuseio incessante do florete estremeceram. Tudo isso apenas porque Regina estava ali, sentada em um trono imponente. Iluminada pelas velas aromáticas, ela lhe pareceu ainda mais adorável do que no dia quando a viu pela primeira vez. E ele finalmente poderia declarar-lhe todo seu amor.

O peão se prostrou perante a dama, apoiando a testa sobre o tapete de veludo negro. Ela se ergueu do trono e se aproximou dele, mirando-o com desdém, enquanto ordenava com voz altiva, acariciando o cabo da foice:

– Profere teus derradeiros vocábulos, vilão asqueroso!

– E-eu a-amo a senhora…

– Tartamudeou ele, soerguendo a cabeça e admirando em êxtase os sapatos pretos da amada. A rainha emitiu uma gargalhada Angelical que ecoou nas paredes do aposento abobadado, ao mesmo tempo que franzia o narizinho delicado.

– Como ousas nutrir tal sentimento com relação a minha majestosa figura? Apenas as peças mais nobres têm permissão de amar-me. Um peão insignificante de baixa estirpe como tu, não é digno sequer de estar na mesma sala na qual me encontro.

– Sentenciou a rainha enojada. Então ela rolou-o com o bico do calçado, imobilizando-lhe a cabeça com o outro pé. E antes de ser decapitado pela foice mortífera, Peônias memorizou a gloriosa visão daquelas pernas esculturais.

***

Iniciou-se mais um confronto. Desta feita Peonias protegia a torre na ala de seu soberano. O peão repetia sem cessar as palavras que sua amada lhe dirigiu no último embate. Ele precisava promover-se a uma peça nobre. Entretanto a questão que se lhe impunha era: qual?

O mais usual era a metamorfose em dama. Todavia, apesar de ser a opção mais estratégica para vencer uma batalha, o esgrimista não desejava um relacionamento lésbico, embora até aceitasse isso, caso não houvesse alternativa. Porém, ansiava desfrutar todas as delícias do amor hétero sexual com Regina.

Uma outra possibilidade seria elevar-se como torre. Todavia uma edificação não lograria consumar seu amor. E mesmo que um dos quatro arqueiros pudesse abandonar seu posto de batalha nas ameias, a rainha dispensaria humilhantemente da mesma forma que fizera consigo.

Ele também poder-se-ia converter em bispo. Porém o voto de castidade eclesiástica impedi-lo-ia de amar Regina do modo que tanto desejava.

A última alternativa que lhe restava, era sagrar-se cavaleiro. E essa circunstância era-lhe até mesmo favorável, visto que apresentar-se-ia perante Regina, garboso e viril sobre sua montaria branca de batalha. Então, vendo-o ali, semelhante a um centauro guerreiro, ela finalmente se apaixonaria por ele.

Convicto de sua escolha, o peão aguardava com impaciência a oportunidade de efetivar seu primeiro movimento. Existiam leis rígidas impostas pelos deuses, que regulamentavam a ordem dos movimentos iniciais. As peças das extremidades quase nunca começavam uma partida.

O sólido piso revestido de ébano ocupado por Peonias já apresentava sinais de desgaste devido ao caminhar constante do guerreiro, que ansiava progredir. Ele teve finalmente a possibilidade de se mover. Avançou o máximo que conseguiu, impulsionado por seu coração pressuroso.

O peão estava animado. Seu sangue fervia aquecido pela paixão. O caminho encontrava-se aberto à frente. O espadachim já se preparava para prosseguir quando seus planos foram frustrados pela chegada da sentinela que guardava a torre oponente. E agora surgia um novo problema, porquanto as tradicionais regras de sua casta não permitiam-lhe digladiar-se com um adversário que estivesse diretamente a sua frente. Ele só podia atacar adversários nas diagonais dianteiras.

O soldado de Marfim rosnava impaciente, já que queria adiantar-se, mas não podia. Além disso, para aumentar sua impotência desesperada, não havia nenhum inimigo em seu alcance ofensivo. O esgrimista esbravejava contra a injustiça cruel dos deuses quando surgiu uma solução inesperada para seu problema. Sir Cavalcante, um dos cavaleiros de seu reino, saltou sobre o outro guarda, transpassando-o com facilidade valendo-se de sua comprida lança refulgente. Peonias gargalhou aliviado e agradeceu ao nobre realizando uma continência marcial. O barão acenou com displicência, enquanto galopava para o interior do território inimigo.

Energizado por sua paixão crescente O guerreiro ocupou o lugar recém liberado sem qualquer preocupação. Ele não foi alvejado pelos arqueiros que ficavam nas ameias da torre de Ébano. Esse fato aumentou sua determinação, porquanto indicava que o restante daquele caminho encontrava-se vazio, permitindo a realização de seu objetivo de se promover à cavalaria.

O peão avançou mais um pouco plenamente atento às adjacências, posto que invadia sozinho o reino adversário. O escudeiro do marquês inimigo não se achava em seu posto. Certamente sir Cavalcante passara por ali ceifando a vida do oponente. Peonias gargalhou. Ao que tudo indicava, o grande elefante conspirava para que ele concretizasse seu projeto tão minuciosamente engendrado.

O soldado avançou, sorrindo exultante. Ele estava apenas há poucos passos de chegar a seu objetivo, onde lograria sagrar-se barão. Por meio daquela promoção, certamente conseguiria conquistar o coração de Regina.

O esgrimista sentia como se houvesse transcorrido uma eternidade antes que pudesse pisar no fim da estrada onde se encontrava. Quando seus pés tocaram o piso de ébano, ele foi preenchido por uma sensação de plenitude, um êxtase místico, experimentava realmente o toque de seu deus. Enquanto se recuperava do impacto daquele momento glorioso, viu formarem-se perante si quatro imagens: uma dama, uma torre, um bispo e um cavaleiro. Então, ouviu uma voz forte de trombeta ordenando:

– Escolhe!

– Peonias escolheu o último. Ele gritou quando foi engolfado por uma dor excruciante. Seu corpo esticou-se e seus músculos incharam. Achava-se protegido por uma armadura completa, um resistente escudo pesava preso a seu braço esquerdo, empunhava com destreza uma sólida lança de guerra e esforçava-se por manter o equilíbrio enquanto um vigoroso corcel de batalha corcoveava sob ele. Ao mesmo tempo que essa transmutação física ocorria, um amálgama de novos pensamentos, emoções e habilidades invadia dolorosamente seu cérebro como uma avalanche indômita. Em sua atual condição, ele não só sabia cavalgar como ainda conseguia atacar empunhando uma lança além de poder defender-se com um escudo. E também entendia tanto estratégias militares quanto as intrigas políticas da corte. Ele se sentia como um dos grandes heróis dos tempos míticos.

Agora transformado, o Nobre combatente via os arredores por uma nova perspectiva. Enxergava mais longe, ansiava por cavalgar a toda velocidade pela amplidão do mundo. Procurando ao redor não encontrou sua amada, todavia percebeu uma torre inimiga numa distância ideal para seu ataque. Seria ótimo experimentar suas habilidades de batalha recém-adquiridas. Ele avançou em carga contra a Fortaleza, defletindo as flechas dos arqueiros com seu inexpugnável escudo de marfim e destruindo uma de suas grandes rodas com um golpe de lança. A grande construção tombou inerte.

A partir de sua posição recém-conquistada, efetuou uma varredura de trezentos e sessenta graus, vislumbrando, embevecido, Regina há algumas casas de distância. Ele abriu um Largo sorriso por dentro do Elmo. Não perdeu tempo, galo Pou veloz como o zéfiro, parando graciosamente diante de sua dama. Desmontou e prostrou-se diante dela dizendo:

– Salve rainha! Sou Peonias, fui aquele peão que declarou amar vossa majestade. Sagrei-me cavaleiro a fim de merecer uma ínfima gota de vosso afeto.

– A dama arregalou os olhos e inspirou profundamente antes de replicar:

– Peculiar, entretanto poderias dar-me uma prova de tua estima?

– O que desejais como penhor de minha completa adoração por vossa augusta pessoa?

– Entrega-me teu coração.

– Mas ele já vos pertence.

– Eu quero tocá-lo…

– Rorronou ela, encostando a ponta da foice no peitoral da armadura enquanto lambia os lábios. Imediatamente, o cavaleiro transpassou o peitoral da armadura com sua lança, arrancando o órgão ainda pulsando do peito e entregou-o a Regina. Enquanto a rainha vitoriosa erguia seu troféu cruento, Peonias caía sem vida aos pés dela, encerrando sua participação naquela partida.

Os jogos de xadrez entre os dois deuses continuam acontecendo, entretanto Peonias nunca mais conseguiu aproximar-se de Regina, embora nunca tenha perdido a esperança.

Sobre Fabio Baptista

Avatar de Desconhecido

47 comentários em “Coração em Xeque (Léo Tarilonte)

  1. LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
    16 de dezembro de 2025
    Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

    Oi Pedro, obrigado pelo seu comentário. Fico muito feliz de que meu conto tenha falado diretamente com você. isso é muito gratificante para qualquer autor. obrigado por me alertar quantas questões dos travessões Igor eu vou tentar melhorar isso os meus próximos contos.

  2. LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
    15 de dezembro de 2025
    Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

    Oi Amanda, obrigado pelos comentários.. fico feliz que você tenha gostado da história e ter achado criativa.. as repetições foram inevitáveis infelizmente. Ano que vem continuaremos no entre contos tentando melhorar cada vez mais nossa escrita.

  3. Sarah S Nascimento
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Sarah S Nascimento

    Olá! Seu conto está muito bem escrito, toda essa relação dos jogos, das partidas com as lembranças do rapaz, como vamos vendo a vida difícil dele, a mãe, o pai, o ambiente onde ele vivia, tudo isso entrelaçado com jogadas, com partidas, ficou incrível. Vamos nos aprofundando pra ver quem é esse rapaz, cujo nome nem sabemos não é? É incrível ver as conquistas dele, a progressão disso sabe? Ficou incrível.
    Gostei de algumas das referências, acho que certas referências ficaram ótimas, essas gregas, deixando meio figurativa a jogada de xadrez que ele ia fazer. Isso foi bem interessante. Confesso que não entendi todas as referências literárias, mas ignorei este ponto. O conto é compreensível mesmo assim.
    E acredite em mim quando eu digo, achei seu conto muito inteligente. Exatamente pela forma que foi feito. Porém, eu não gostei do conto em si. Mas isso diz mais sobre meus gostos do que sobre a história que você escreveu. Esse conto mostra um cara forte, resiliente, inteligente, corajoso, que passa por injustiças e ele ainda está lá jogando e tentando.
    Usou o xadrez com maestria e fiquei feliz de reconhecer um dos enxadristas que eu vi quando tava pesquisando xadrez! risos. Muito bom.

    Coração em xeque.

    Olá! Já curti essa pegada meio mística, meio fantástica. O detalhe de um povo ser feito do marfim dos dentes do elefante e o outro das lascas de ébano da árvore, isso foi absolutamente genial!
    Meu Deus o peão se apaixonou pela rainha! Que coisa maravilhossaaaaaa!
    Que isso! O fofinho vai lá, enfrenta tudo por ela, desvia das flechas, luta, quase morre e ela nem liga? Ela diz que ele não pode amá-la? Ingrata! Esnobe! kkkk, fiquei brava!
    Isso que dá amar uma rainha viu, risos.
    Caramba, como foi que você teve essa ideia incrível! O Peônias se promovendo a outras figuras, mas bispo tem voto de castidade, torre não serve, dama até podia ser, mas ele preferia um relacionamento hétero, tipo, todas as formas possíveis do peão elevar de status! kkkk, isso foi muito bem planejado, muito inteligente e divertido ainda.
    Torcendo pelo Peônias, vai Peônias! kkkk.
    Então é isso né autor/a? Acha bonito fazer isso? Deixar a gente nessa dúvida? Nessa tristeza? Sem saber se o Peônias vai conquistar essa megera? Ah que coisa viu! Rainha de coração de pedra viu. risos.
    Caramba, que conto magnífico. Isso não é um conto, é uma joia, que lindeza, que criatividade, que uso das peças, das jogadas, das emoções, é sério, seu conto tá perfeito, magnífico. Eu nem tenho mais adjetivos pra dizer risos, eu adorei cada sílaba dele, parabéns!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Sarinha. Obrigado aí por todos os elogios. fico muito feliz que você tenha gostado. também estou feliz porque a minha escrita melhorou bastante desde da minha primeira participação. e sempre vou agradecer a você por ter me indicado o entrecontos. gostei muito da sua participação na Live. e ano que vem tem mais. Um beijo muito obrigado. E a ideia de fazer as peças a partir das divindades foi uma ideia inversa. existem peças de xadrez de marfim e de madeira Negra aí eu criei as divindades para fazer com que as peças forem fossem feitas de parte de seus corpos. Como se fosse aquela era usa uma Bíblia de que nós somos a imagem e semelhança de deus. Fico feliz que você gostou.

  4. Thales Soares
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Este conto é extremamente criativo!! Acredito, inclusive, que ele seja da Sara. Se não for, beleza. Mas se for, quero dizer que está quase igual ao conto dela do desafio anterior… ou seja, uma leve demonstração de falta de versatilidade. Pois ambos tratam de um mundo mágico onde dois personagens contraditórios estão num romance no estilo Romeu e Julieta. No anterior, tínhamos o Verão com o Inverno, agora temos o Peão com a Rainha. Um amor proibido que sempre termina na impossibilidade de o casal ficar junto. Estou torcendo que este conto seja apenas de alguém que se inspirou no conto anterior da Sara, e não a própria Sara escrevendo duas vezes o mesmo conto.

    Mas enfim… independente da questão da autoria, vamos ao que eu achei:

    Começamos o conto com uma espécie de origem do universo muito bacana! Tem uma espécie de floresta primordial, com dois deuses (Grande Elefante e Arvore Ancestral), e eles criam o mundo do Xadrez pra decidir quem é o mais poderoso. Os reinos de Marfim e Ébano fazem batalhas eternas, nas quais soltados morrem e revivem, numa espécie de Valhalla. Gostei bastante da criatividade!

    Então conhecemos Peonias, que é um peão do reino de Marfim. Ele é um soltado que serve protegendo todas as peças nobres, orgulhoso de sua função e fiel às regras do jogo. Mas durante uma batalha, ele conhece Regina, a rainha do reino de Ébano. E é aí que a história começa a seguir sua vertente de amor proibido. Ele se apaixona por ela instantaneamente. Então a rainha o mata.

    Em outra partida, Peonias tenta avançar rapidamente pra encontrar sua amada. Ele derrota um bispo e invade o território adversário, chegando ao palácio. Ele então declara seu amor por Regina, e ela a humilha, desprezando-o por ser um mero peão. Então ela o mata novamente.

    O protagonista é persistente, e não desiste. Então ele bola um plano de fazer uma ascensão social através da regra da promoção do xadrez. Ele começa a escolher qual peça ele vai sair… achei legal quando ele cogita em virar uma rainha, mas decide que não seria uma boa ideia, pra não rolar uma briga de tesoura kkk. Assim, ele opta por cavaleiro mesmo.

    Após atravessar o campo inimiga, ele alcança a ultima casa e vira o cavaleiro que tanto queria. Ele sofre uma espécie de digievolução e adquire força, status aumentados e novas habilidades. Ele destroi uma torre inimiga pra testar seus novos poderes, e vai até Regina, acreditando ser digno de seu amor.

    A rainha então exige que ele entregue seu coração, como prova de amor. Peonias aceita, e arranca o próprio coração, morrendo de novo. Essa parte é bem legal, porque a cena é poética e ao mesmo tempo macabra, dando um tempero bom para o final da história.

    As partidas entre os deuses continuam eternamente. Peonias nunca mais se aproxima de seu amor proibido, mas continua esperançoso, preso ao ciclo do jogo.

    Gostei deste conto por ele ser criativo. E a linha narrativa guia o leitor de uma forma bastante fluida e satisfatória!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Thales, obrigado pelo seu comentário. Eu acho interessante o seu jeito de resumir o conto antes de fazer o comentário. e não, não sou a Sara. Sou o Léo dos áudios.. É verdade quando dizem que quando a gente publica um texto ele não é mais nosso é do leitor. Eu nem tinha pensado nessa ideia do valhalla. Fico muito feliz que você tenha gostado, pois você é uma das minhas inspirações no entrecontos com suas histórias fantásticas.. e ano que vem estaremos de volta continuando nossa escalada no entrecontos.

  5. Mauro Dillmann
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um conto que faz bom uso do tema Xadrez, criando identificações humanas e mitológicas, especialmente quando trata dos peões e da rainha, e dos movimentos próprios do jogo.

    Tem uma linguagem peculiar, às vezes um pouco floreada. Uma imagem que pareceu deslocada no texto: “Com tenacidade de salmão”.

    Veja essa construção: “… para decidir isso idealizaram um jogo”. Se eliminar a palavra ‘isso’, a frase continua inteligível. Então, vale sempre evitar palavras como ‘isso’ e ‘disso’. Geralmente deixam o texto mais truncado.

    “houvesse-movido”: por que esse hífen?

    O conto, excessivamente adjetivado, foi me cansando. “madeira negra”, “coração acelerado”, “salão circular”, “fortaleza móvel”, “sorriso vitorioso” e muito mais, tudo em um único parágrafo, só para citar um exemplo. O excesso de adjetivos cansa e fecha a imagem, deixando pouco para a imaginação do leitor.

    Tem algo de prolixo, de repetitivo, na minha percepção. Poderia ser mais enxuto.

    Mas, em geral, um texto criativo, a contar pelo título em relação à história narrada.

    Parabéns!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Mauro, obrigado pelos seus comentários. Agradeço especialmente por todas as suas dicas. Vou ver quais vou aplicar para melhorar minha escrita no futuro.. mesmo que direcione um pouco a perspectiva do leitor, eu gosto bastante de colocar adjetivos em minhas histórias. E realmente tenho uma linguagem levemente rebuscada, vou ver se consigo melhorar isso pelo menos no futuro. Fico feliz que você tenha pelo menos gostar um pouco da minha história. E ano que vem estamos de volta entre contos.

  6. Thaís Henriques
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Thaís Henriques

    Achei o conto bem escrito, e bem estruturado. Entretanto, não consigo organizar minhas ideias sobre ele. Não amei, tampouco odiei. Sinto que a trama não me fisgou. E isso, claro, não desmerece a composição.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Thaís, obrigado pelo seu comentário, mesmo que tenha sido bastante curto. Fiquei na dúvida se o conto está ruim ou você não gosta muito de fantasia.. ano que vem estaremos de volta no entrecontos.

  7. Bia Machado
    13 de dezembro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Olá, Ruy, tudo bem? Seguem alguns comentários sobre a minha leitura do seu texto.

    Desenvolvimento (1,0) : O conto se desenvolve como uma narrativa épica que transforma uma partida de xadrez em um ciclo mítico de batalhas, mortes e renascimentos. A trajetória de Peonias evoluiu de simples peão a cavaleiro, sempre movido por uma paixão impossível, o que cria um arco trágico e repetitivo que reforça o destino inescapável das peças.

    Pontos fortes (1,0): destacam-se a criatividade ao personificar as peças e a construção mitológica que dá profundidade ao tabuleiro. A linguagem imagética e o humor trágico elevam o conto, enquanto o final reforça a ironia cruel do amor idealizado e da hierarquia imutável do jogo.

    Adequação ao tema (0,5/0,5): O xadrez é metáfora e cenário.

    Gramática (0,5/0,5): Boa, com estilo próprio, o uso de certos verbos e escolhas estilísticas causa estranhamento e quebra o tom da cena.

    Emoção (1,7/2,0): Leve melancolia que funciona bem. No geral, gostei pela criatividade.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Bia, obrigado pelo seu comentário. Gostei bastante de todo o detalhamento que você trouxe. Espero que o meu conto tenha agradável você de alguma forma.. desculpa as falhas aí da digitação, é o ditado do teclado. E ano que vem estamos de volta no entrecontos.

      • Bia Machado
        16 de dezembro de 2025
        Avatar de Bia Machado

        Gostei bastante, Leo. Espero mais contos de fantasia seus.

  8. Amanda Gomez
    12 de dezembro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem ?

    Achei muito criativo o conto, foi divertido ler e confesso ter dado uma risada na parte da relação lésbica e hétero. O ponto alto do conto é realmente a criatividade, você construiu um mundo rico e ficou verossímil, eu comprei cada ideia. Entrando nas “brincadeiras” do texto, temos aqui um homem que não sabe aceitar um não, fazendo de tudo pra ter pelo menos uma noite com a amada. É, de fato, um grande motivador.

    O texto é intrigante, os personagens interessantes e a história se desenrola bem, apesar de alguma previsibilidade. A ideia de eterna continuação dá um certo desespero pelo protagonista também. No entanto, achei ele um pouco longo demais… as cenas da “odisseia” se alongam e cansam em certo ponto. Mas, pela escrita, o autor gosta de rebuscar e faz bem isso. Notei algumas falhas nos diálogos, acho que passaram na revisão.

    No mais, um ótimo conto, o mais criativo até agora.

    Parabéns, boa sorte no desafio!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Amanda, obrigado pelos comentários.. fico feliz que você tenha gostado da história e ter achado criativa.. as repetições foram inevitáveis infelizmente. Ano que vem continuaremos no entre contos tentando melhorar cada vez mais nossa escrita. 1 de 22

  9. danielreis1973
    10 de dezembro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Coração em Xeque (Ruy Lopes)

    A história do Peonis me fez lembrar uma que minha avó contava, do rapaz que arranca o coração da própria mãe para provar o seu amor à amada. Só que, nesse caso, o amor do peão ultrapassa várias encarnações (partidas), para sempre.

    PONTOS POSITIVOS

    O conto cria um universo completo, com cosmogonia própria, lógica de renascimentos e uma mitologia interna coerente, o que confere densidade fantástica ao xadrez.

    O personagem central é bem caracterizado, tem devoção, desejo, obsessão, ingenuidade heroica — tudo em tom épico e trágico, sempre movido pela paixão.

    Imaginação visual forte: imagens marcantes (o torreão, o avanço dos peões, o coração arrancado, a flecha de Cupido). 

    Bom domínio do ritmo de aventura: as sequências de avanço, duelo e deslocamento no “campo de batalha” têm boa cadência; a história flui como uma fábula.

    Personificação criativa das regras do xadrez: muitos contos desse desafio lidaram com a dificuldade de narrar as jogadas, mas este soube trabalhar as limitações dos movimentos das peças, as diagonais, a promoção, o movimento dos cavaleiros — tudo é “traduzido” visualmente.

    PONTOS A MELHORAR

    Prolixidade e excesso de detalhamento: alguns trechos se estendem além do necessário,  a meu ver. O conto poderia ser enxugado, especialmente nas descrições repetidas de sentimentos e preparação de movimentos.

    Tom melodramático às vezes exagerado, especialmente nos trechos de adoração da rainha.

    Regina aparece sempre como figura cruel, inalcançável, quase sadista. Isso funciona como alegoria, mas a deixa como unidimensional e quase caricata, como a Rainha de Copas de Alice.

    Combates repetitivos: as lutas contra peões e guardas, embora criativas, seguem um padrão sempre igual. 

    A passagem de batalha para renascimento, e de renascimento para nova batalha, poderia ser mais concisa

    É isso. Está de parabéns, boa sorte no desafio!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Daniel, obrigado pelo seu comentário . Gostei bastante de todo o detalhamento.. estarei mais atentos nas minhas próximas narrativas.. fico feliz que você tenha gostado da história. Ano que vem estaremos de volta no entrecontos

  10. Fabio Baptista
    9 de dezembro de 2025
    Avatar de Fabio Baptista

    Deuses antigos criam o jogo de xadrez. Só que com pessoas de verdade no lugar das peças, condenadas a jogar infinitamente, morrendo e renascendo. O peão branco se apaixona pela rainha preta e faz de tudo para alcançá-la, feito que só conseguiu uma vez.

    Gostei bastante da leitura, uma fantasia muito bem construída e uma evolução verossímil dentro de suas regras. Precisamos acreditar que é possível um deus elefante jogando xadrez contra um deus árvore? Precisamos acreditar que é possível um jogo com peças sencientes que ocorre repetidas vezes durante toda a eternidade? Claro que não. Mas precisamos entender as regras do universo imaginado pelo autor e essas regras devem ser respeitadas do começo ao fim da história para que o leitor aceite mesmo as coisas mais fantásticas sem se sentir “trapaceado”. E essa manutenção das regras do mundo de fantasia é feita com perfeição aqui… havia um ponto na história, o encontro da rainha com o recém-promovido cavaleiro, onde seria aceitável uma quebra (nas regras do xadrez no caso) em nome do amor. Mas a rainha seguiu seu papel nesse universo e fez o que se esperava dela.

    Ao peão iludido, resta sonhar com um novo encontro.

    MUITO BOM

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Fábio, obrigado pelos seus comentários.. Não entendi bem se você estava criticando ou estava apenas comentando o conto quando falou do universo imaginário E se o leitor precisa ou não acreditar no texto. Mas fiquei com a impressão de que você gostou da história. Ano que vem estaremos de volta entre contos.

  11. Fabiano Dexter
    9 de dezembro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História

    O conto narra uma história de amor entre um Peão e a Dama adversária, dentro de um tabuleiro de Xadrez onde as peças foram criadas para jogarem eternamente.

    O Peão faz de tudo para ser notado pela Dama e vemos as suas tentativas serem frustradas partida após partida.

    Tema

    A história se desenvolve dentro de um tabuleiro, pelas peças.

    Construção

    A escrita é boa, mas às vezes pouco fluida, talvez pela necessidade de se contar muito em uma quantidade limitada de palavras, mas não atrapalha a experiência do todo.

    Impacto

    Excelente utilização do tema, com a ideia dos deuses criando o jogo com marfim e ébano.

    História extremamente criativa, principalmente pela naturalidade das peças em viver e entender o jogo no qual estão inseridas. Muito bom!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Fabiano obrigado pelo seu comentário. De que você tenha gostado da minha história. Fico feliz. Inverteu aqui por causa do ditado do teclado ano que vem estaremos de volta no entrecontos.

  12. Jorge Santos
    8 de dezembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá. Gostei do seu conto, que me transportou para dentro do jogo, numa perspetiva inesperada. A história do peão apaixonado pela rainha é interessante. Fez-me lembrar das minhas paixonetas da escola, com um resultado parecido, do ponto de vista emocional. Embora tenha gostado, a forma como foram geridas as repetições dos diferentes jogos causa algum cansaço, bem como algumas construções frásicas que cortam o ritmo do texto, caso contrário estaríamos perante um excelente texto.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      15 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Jorge, obrigado pelo seu comentário. O conto pareceu repetitivo porque as partidas sempre reiniciavam. Acredito que isso não vai acontecer novamente em outros desafios. Mas fico feliz de que você tenha gostado da história. E agradeço bastante pelas dicas para que eu possa melhorar minha escrita no futuro. Ano que vem estaremos de volta no entrecontos.

  13. Pedro Paulo
    7 de dezembro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Olha, eu quero dar nota 10 a este conto, pois toca a minha relação pessoal com o esporte. Comecei a jogá-lo ainda criança e me lembro de inventar várias historinhas para contextualizar o eterno embate do preto contra o branco nas casas quadriculadas do tabuleiro. O primeiro parágrafo faz justamente isso, investindo o tabuleiro de uma cosmologia materializada na batalha eterna entre dois exércitos de cores distintas. Peonias é um personagem digno, tudo nele reflete a função do peão e as descrições de batalha quase sempre fazem bons encontros entre as regras do jogo e a realidade de um campo de batalha mágico. Admiro como a autoria conseguiu narrar todos esses embates sem perder de vista o esporte que inspirou a guerra. O drama pessoal de Peonias em sua admiração da Rainha oposta acrescenta um quê a mais ao jogo que enche de expectativa a possibilidade de sua ascensão. Ainda assim, acho que o conto se alongou um pouco nesse vai-e-vem, tem alguns erros de digitação que me pareceram descuidos e não compreendi mesmo esse uso estranho da travessão que precede também as narrações das falas. São os únicos pontos que perturbaram um pouco a leitura, mas não chegam a manchar a criatividade das escolhas em torno dessa história e a qualidade de sua narração.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Pedro, obrigado pelo seu comentário. Fico muito feliz de que meu conto tenha falado diretamente com você. isso é muito gratificante para qualquer autor. obrigado por me alertar quantas questões dos travessões Igor eu vou tentar melhorar isso os meus próximos contos.

  14. marco.saraiva
    7 de dezembro de 2025
    Avatar de marco.saraiva

    Um conto absurdista, narrando a personificação das peças de xadrez, criando um mundo onde deuses lutam entre si através das peças que revivem jogo após jogo. A escrita é um pouco indecisa, por que de um lado é extremamente rebuscada, com um vasto vocabulário e parágrafos bem trabalhados. Por outro, a temática toda tem um tom infantil, a voz tendendo para a fábula absurda. Entre um e outro estilo, o(a) autor(a) ainda achou espaço para temperar a leitura com um pouco de humor.

    Acho que o experimento foi válido. A leitura foi diferente de tudo o que li até agora, uma experiência única. Achei estranhas algumas decisões, como, por exemplo, terminar diálogos com novos parágrafos com travessões, que me confundiram, me fazendo achar que eram mais linhas de diálogo. Mas, no geral, a leitura é interessante e achei engraçado ver como que o(a) autor(a) conseguiu adaptar o jogo de xadrez às personificações de todas as suas peças em figuras semi-humanas. Legal!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Marco, obrigado pelo seu comentário. confesso que não sei o que seja um conto absurdista mas vou pesquisar o assunto.. fico muito feliz que você tenha gostado do conto mesmo que eles tenha te parecido um pouco absurdo. Tentei fazer uma história de fantasia mas ainda preciso melhorar mais pelo jeito. Mas toda crítica ajuda a que eu possa melhorar a minha escrita.

  15. cyro eduardo fernandes
    2 de dezembro de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto criativo aborda o amor improvável e a ascensão social de um peão como meta para aproximar-se da amada. Creio que no “Rorronou” no penúltimo parágrafo ficou faltando um “n”. Boa sorte no desafio.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Ciro obrigado pelo seu comentário. obrigado por me alertar para as falhas de digitação. Se o comentário foi bastante sucinto e não descobri se você gostou ou não de meu conto..

      • cyro eduardo fernandes
        16 de dezembro de 2025
        Avatar de cyro eduardo fernandes

        Gostei, sim, Léo! Parabéns. Um abraço

  16. Mariana
    19 de novembro de 2025
    Avatar de Mariana

    Para a avaliação ficar bem explicada, organizei os tópicos que construíram a nota

    História: 

    Há começo, meio e final (0,75)? O conto tem uma estrutura clara, que vai da criação de tudo até o último sacrifício de Peonias diante de Regina 0,75.

    Argumento (0,75):

    Apesar de eu não gostar de fantasia, aqui é criado uma estrutura de universo de imaginação que utiliza o jogo de xadrez como base. A ideia das vidas de Peonias é legal, mas a execução não me pegou 0,75

    Construção dos personagens (0,5): Peonias é melhor construído que a Regina. 0,4

    Técnica:

    A capacidade da escrita de prender (0,75): Aqui o conto perde pontos. Confesso que li ele em três partes, pois a escrita está pesada e demora para engatar. Talvez seja um mundo muito extenso, ou algo emulando Tolkien, não me conquistou 0,25

    Gramática, ortografia etc (0,75): Nada de errado que eu tenha reparado. Entendo que a linguagem rebuscada seja por estilo, mas não funcionou tão bem 0,75

    Impacto (1,5): Desculpa, é um conto lindo, só não é para o meu perfil. Uma requintada fantasia, mas distante e um tanto quanto fria como a Regina 0,75

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Mariana, obrigado pelo seu comentário. acho a sua forma de avaliar com detalhes muito interessante. É uma pena que você não gosta de fantasia.. agradeço muito por toda a atenção e pelo cuidado na avaliação. E me ajudou a chamar a atenção para construir melhor personagem secundários como caso a rainha que poderia realmente ter tido mais espaço.

  17. Gustavo Araujo
    17 de novembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Percebo aqui a intenção deliberada do autor em conferir à narração uma linguagem empolada, como que para refletir um classicismo típico dos séculos XVIII ou XIX, que remetem à tradição enxadrística. No começo ficou bacana, especialmente com a lenda do elefante e da árvore, prosseguindo bem com a humanização das peças, suas agruras, anseios e sofrimentos desaguando em memórias que se protraem para além das partidas (ou seria das vidas) que se sucedem.

    Peônias é, assim, alçado à condição de protagonista, um peão que, apaixonado pela Rainha=Regina adversária, precisa tornar-se mais do que uma peça descartável para conquista-la. Acompanhamos dessa forma a jornada do herói, em meio ao deslocamento das demais peças, até, claro, ele conseguir o que deseja. Ao se aproximar de sua amada, porém, cai vítima de sua própria inocência.

    A história é bacana, mas o ar pseudo-clássico acaba se tornando cansativo à medida que a leitura avança, fazendo o conto perder força, chegando ao fundo com o último parágrafo, perfeitamente dispensável. De qualquer forma, o(a) autor(a) possui ótimas ferramentas para desenvolver histórias e, tenho certeza, ainda vai trazer ótimos contos aqui para o nosso espaço. Por ora, parabéns e boa sorte no desafio.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      oi Gustavo obrigado pelo seu comentário. É verdade quando dizem que quando publicamos um texto ele não é mais o autor mas o leitor.. a minha linguagem é realmente levemente rebuscado na escrita não foi uma tentativa de tentar emular século 19.

  18. Priscila Pereira
    13 de novembro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Rui! Tudo bem?

    Seu conto tá bem diferente dos demais, você optou por uma fantasia bem legal! Gostei. A dinâmica toda do mundo em que as peças eram pessoas e viviam em um eterno jogo é bem interessante e você soube desenvolver tudo muito bem, achei muito original e bem legal mesmo. O pobre coitado do peão, apaixonado pela rainha inimiga que sempre matava ele… e você ousou no final entregando um final não feliz para o pobre peão, mas nem todo mal, já que ele ainda tinha esperanças…

    imaginei o conto como um desenho animado, não sei se era a sua intenção, mas na minha cabeça ficou bem dahora. O final, com a Regina despedaçando o coração do Peoneas foi a cereja do bolo. Tão malvada! Gostei bastante do conto!

    Parabéns!

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Priscila obrigado pelo seu comentário. fico feliz que você tenha gostado da minha história. eu não tive a intenção de que se parecesse com desenho animado Mas não tem problema.. tentei imaginar uma situação em que um jogo de xadrez fosse verdadeiramente o mundo onde as repetidas partidas fossem como se fosse reencarnação de todos os personagens.

  19. Kelly Hatanaka
    12 de novembro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Considerações

    Ô tadinho do Peonias.

    Interessante essa ideia de um grande deus, criando outros dois deuses que, por sua vez, jogam xadrez. Fazem pensar na nossa própria realidade e passear pela ideia de que tudo, talvez, seja somente um jogo e nós sejamos peões, tal como o malfadado Peonias.

    Os elementos todos fazem sentido. A Grande Floresta cria o Grande Elefante e a Árvore Ancestral. As peças e o tabuleiro são feitos de marfim do Elefante e de ébano da Árvore. Os nomes dos personagens foram também muito bem escolhidos.

    Por fim, não importa o que faça, Peonias parece destinado a não ter sucesso. Mas, também, qual peça de xadrez parece destinada a ser feliz?

    Gostei ou não gostei

     Gostei. Há um questionamento filosófico muito interessante permeando todo o conto, o jogo como uma metáfora da vida. Todos temos nossos papéis e nossas limitações, dependendo de qual peça somos. E todos servimos a um propósito maior, desconhecido e decidido pelos deuses.

    Pitacos não solicitados

    O conto está muito bom e minha pequena crítica vai para os diálogos, que soam pouco naturais. Tudo bem que procurou-se emular uma fala “nobre” e formal. Mas alguns trechos soaram meio artificiais, como “… na mesma sala na qual me encontro.”, por exemplo.

    Também estranhei os travessões antes de frases que não são diálogos.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Kelly, obrigado pelo seu comentário. fiquei muito feliz que você tenha gostado da minha história. achei interessante as suas percepções filosóficas sobre o que eu escrevi. e agradeço por me alertar quantas questões dos travessões mal colocados.

  20. andersondopradosilva
    8 de novembro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Olá, autor.

    Autor, não posso dizer que gostei do conto. Não é que seja ruim, mal escrito, nem nada do gênero. Você possui evidentes habilidades literárias e há de conquistar muitos fãs. Mas o que você apresentou aqui ficou distante do que aprecio em literatura. Gosto de realismo, eventualmente mágico. Gosto do cotidiano. Gosto da contemporaneidade e gosto do Brasil e suas feiuras e belezas. Gosto de uma prosa sofisticada, elaborada, desafiadora, poética ou, se simples, ao menos simbólica e alegórica de uma maneira medianamente compreensível.

    Você apresentou um enredo fantasioso. Linguagem formal, mas, ainda assim, denotativa e simples. Nada que me desafiasse ou encantasse ou emocionasse.

    Autor, diversos parágrafos que não são falas de personagens estão iniciados por travessão.

    Autor, seu texto tem um problema crônico de pontuação, de uso bastante deficiente de vírgulas. Todas as frases abaixo têm vírgulas mal posicionadas, excessivas ou ausentes:

    quando ele percebeu o paladino que protegia o bispo herege, chegar à diagonal direita à frente

    uma vez que para chegar ao portal da fortaleza inimiga, precisaria esquivar-se das flechas disparadas pelos arqueiros que a guarneciam

    suas mãos, tão fortes e firmes devido ao manuseio incessante do florete estremeceram

    Um peão insignificante de baixa estirpe como tu, não é digno sequer de estar na mesma sala na qual me encontro.

    Sentenciou a rainha enojada.

    Desta feita Peonias protegia a torre na ala de seu soberano.

    Entretanto a questão que se lhe impunha era: qual?

    A última alternativa que lhe restava, era sagrar-se cavaleiro.

    Energizado por sua paixão crescente O guerreiro ocupou o lugar recém liberado sem qualquer preocupação.

    Nota 4.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Anderson, obrigado pelos seus comentários É uma pena que você não gosta de fantasia, mas não podemos agradar a todos.. agradeço todas as dicas e por toda a paciência que você teve em detalhar as minhas deficiências na escrita. vou tentar melhorar nas minhas próximas obras

  21. Antonio Stegues Batista
    8 de novembro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O conto é uma alegoria que usa as peças de xadrez para narrar uma história surreal. Como nas lendas gregas, onde os deuses gregos tratavam os humanos de forma imprevisível, muitas vezes caprichosa e com uma mistura de indiferença, benevolência e crueldade, os personagens do conto são movidos por deuses. Um peão que se apaixona pela rainha numa história que se repete eternamente com pequenas alterações. Alguns trechos do conto falam da mesma coisa, as mesmas ideias, detalhes longos e cansativos, que não agregam nada novo e importante. De qualquer forma, o mote é interessante, o conto está bem escrito, mas eu preferia que fosse mais curto, resumindo algumas partes.

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Antônio, obrigado pelo seu comentário. ele foi bastante breve e não consegui descobrir se você gostou ou não da minha história.

  22. claudiaangst
    6 de novembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    O conto aborda o universo do xadrez, trazendo uma nova versão da criação do mundo? Os oponentes se dividem entre o reino de Ébano e o reino de Marfim.  Um peão Marfim se apaixona pela rainha de Ébano, e luta para conseguir se aproximar. Que romântico!

    A escolha do nome Regina foi acertada, uma vez que significa rainha. Já Peonias pode ser confundido com a flor peônia, mas acredito que tenha sido uma referência a peão.

    A linguagem é coloquial, simples, clara. A narrativa é conduzida sem problemas. Não há entraves que dificultem a leitura.

    Pequenas falhas de revisão:

    • o sentinela > a sentinela (pode parecer estranho, mas sentinela é substantivo feminino)
    • não permitiam-lhe > não lhe permitiam
    • Ele abriu um Largo sorriso > Ele abriu um largo sorriso
    • galo Pou > galopou
    • Rorronou ela > ronronou ela
    • Peonias nunca mais conseguiu aproximar-se de Regina, embora nunca tenha perdido a esperança > a repetição de “nunca” tira um pouco do impacto do desfecho. Trocar por jamais, ou repensar a construção da oração final.

    Parabéns pela participação em mais um desafio. Boa sorte!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Cláudia obrigado pelo seu comentário. Agradeço também pela paciência e pelo detalhamento de todas as minhas dificuldades como eu uso o ditado do celular para descrever às vezes realmente acontece em algumas falhas de digitação.. tentarei ficar mais atento para melhorar minha escrita nos próximos desafios. mas não consegui perceber se você gostou ou não da minha história..

      • claudiaangst
        16 de dezembro de 2025
        Avatar de claudiaangst

        Gostei sim, Leo. Continue lapidando a sua escrita e nos brinde com muitos textos.

  23. Luis Guilherme Banzi Florido
    5 de novembro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia, Ruy! tudo bem?

    Seu conto é muito bom! Gostei muito, e foi a primeira vez que vi isso no desafio (bom, é só o quarto conto que leio, então é cedo demais pra dizer, de todo modo) um conto com essa ideia: narrar de forma épica a batalha que ocorre num campo de xadrez. Isso deixou o jogo muito mais emocionante! Foi empolgante mesmo. Fiquei ate meio incredulo de nunca ter pensado numa partida de xadrez desse modo, como uma grande batalha, viva e cheia de acontecimentos, como o cavalheiro defendendo as flechas atiradas pelos arqueiros das torres com seu grande escudo. Enfim, gostei muito disso, voce foi muito criativo, as descrições sao otimas e empolgantes, quase no estilo de um grande epico de guerra. Excelente!

    Os personagens tambem sao cativantes e muito unicos, mesmo quando aparecem rapidamente, como o Cavalo preto que aparece apenas por alguns segundos. Todas as peças sao individuos unicos, com seus proprios sonhos, perspectivas, objetivos e personalidade, isso acho que é o ponto mais forte do conto. Parabens!

    Como nem tudo sao rosas, acho que o maior problema do conto está na revisao, com muitas falhas e errinhos que passaram, como letras maiusculas meio aleatorias, erros no uso de pontuação e travessões, palavras que saíram erradas (por exemplo em “Não perdeu tempo, galo Pou veloz como o zéfiro”). Isso não estraga o conto, claro, mas uma historia tão boa merecia um trabalho mais cuidadoso de revisao. Provavelmente voce ficou sem tempo.

    Outro ponto mais baixo do conto é o desfecho. Achei um pouco anti climatico. Gostei do pedido da rainha e do sacrificio do pobre peão pelo amor, e percebi a ideia de que, mesmo mudando superficialmente sua forma, para aquela rainha fria, ele seria sempre um peão insignificante. Mas achei que voce nao conseguiu transmitir isso de uma forma épica e excelente como o restante do conto, e o conto terminou com uma sensação um pouco frustrante pra mim.

    Apesar dos apontamentos, otimo conto, gostei muito. Parabens e boa sorte!

    • LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
      16 de dezembro de 2025
      Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

      Oi Luiz obrigado pelo seu comentário fico feliz que você tenha gostado da minha história apesar de algumas falhas por minha parte. Vou tentar trabalhar melhor os meus finais nos próximos contos. Eu cometo alguns erros de digitação porque eu uso o ditado do teclado do celular para escrever ponto e a pessoa que me ajuda na revisão não pode me ajudar dessa vez..

Deixar mensagem para Luis Guilherme Banzi Florido Cancelar resposta

Informação

Publicado às 2 de novembro de 2025 por em Liga 2025 - 4B, Liga 2025 - Rodada 4 e marcado .