EntreContos

Detox Literário.

Notas Inapropriadas sobre a Gula e a Luxúria (Givago Thimoti)

Para L.A,

Querida editora! Tudo bem?

Segue em anexo minhas impressões sobre o restaurante Oxum. Adianto, esta não é uma crítica tradicional. 

Espero que goste.

Aguardo seu retorno.

Como meus leitores sabem, deve haver uma distância natural entre chef e crítico. Vivemos em simbiose: nós avaliamos suas criações, seus conceitos, seus restaurantes e, invariavelmente, suas personas. Por segundos, seja fritando no óleo fervente ou cozinhando devagar em banho-maria, o oferecemos ao Céu ou condenamos ao Inferno.

Sem os chefs e suas criações, não haveria críticos. Claro, a comida ainda seria saborosa, nutritiva e, sobretudo, mágica. Contudo, não haveria razão de destrinchar cada elemento de sua composição. Restaria apenas apreciá-la. Talvez fosse melhor assim, inclusive. Livre das amarras do business, do status e do julgamento. O sabor pelo simples sabor.

Sempre procurei manter a distância. Estudo o perfil do(a) chef, do restaurante, reservo uma mesa numa ocasião tranquila e escolho uma refeição completa (entrada, prato principal e sobremesa). Assisto a movimentação do local, enquanto saboreio tudo calmamente. O que os clientes mais pedem, como os garçons servem, o cheiro da comida. Observo inclusive o ambiente. Vou sempre acompanhada de alguém que não tem a ver com o mundo da gastronomia e que me lembre do paladar comum.

Assim entrei no pequeno restaurante Oxum, comandado pelo chef Átila Gomes, localizado dentro de uma pousada em São Thomé das Letras, Minas Gerais. Viajei com algumas amigas para uma festa de despedida de solteira. Entre as programações, conhecer um dos principais pontos românticos da cidade, que prometia aos clientes uma experiência gastronômica e afrodisíaca surpreendente.

O ambiente fugia dos extremos. Não havia aquele tom cinzento industrial horrendo que assola os estabelecimentos atualmente, nem sequer pratos riscados, cadeiras velhas, mesas bambas de madeira ou qualquer outra gambiarra decorativa similar para que emulasse rusticidade. Móveis simples e bem cuidados, tal qual deve ser numa casa confortável.

Lâmpadas e abajures iluminavam o pequeno recinto de forma que se enxergasse bem as pessoas à mesa, a garrafa de vinho esvaziada no centro que guardava algumas rosas frescas, ou outros clientes. O espaço entre elas era preenchido por uma leve penumbra, através da qual podíamos ver garçons-sombras indo e vindo com pedidos, contas e anéis de noivado. Em algumas paredes, víamos retratos nus entidades conhecidas do amor, da fertilidade, da gula e da luxúria, enquanto deleitavam-se com comidas. Identifiquei Afrodite, Baco, Oxum. Em outra parede, um quadro com fotos de casais e famílias que um dia se encontraram no restaurante.

O cardápio assinado pelo chef trazia uma boa gama de pratos típicos da cozinhas latina, africana e europeia, bem temperados com a gastronomia mineira: galinha do bom romance, peixe à Newbourg, ceviche mineiro, batatas serranas, salada das Ilhas Gregas, cordeiro com espinafre e damascos, filé mignon da belle époque…

— Aí, Cecília, vamo curtir o rolê. Comer comida boa, tomar um bom vinho, falar mal de homem, falar de sexo…       

Pedido de noiva é ordem. Não demorou muito para o clima da despedida me tirar do hábito profissional. Conforme a caipirinha esquentava meu corpo, sentia a timidez  diluindo-se (embora eu nunca tenha sido muito acanhada). Logo, eu liderava as brincadeiras inconvenientes para o ambiente familiar.

Para quem se manteve aqui pela crítica gastronômica, recomendo que invista uma parte do seu precioso tempo e cerca de duas centenas de reais: pratos muito gostosos, variados, bem servidos e ambiente intimista.

Para os curiosos, continuando: conforme o expediente se aproximava do fim e os clientes iam embora, meu grupo de amigas seguia firme em sua missão de algazarra. A cozinha já havia fechado. O simpático chef finalizava sua última ronda para saber a opinião da clientela. Átila se apresentou, fazendo questão de saber o nome de cada uma de nós.

— As senhoras gostaram das comidas e das bebidas?

Cada uma de minhas amigas teceu elogios. O sorriso branco do chef se abria envaidecido em meio à barba negra e crespa, a cada aprovação. Era um orgulho genuíno. Afinal, é mais prazeroso ser o responsável por uma refeição saborosa do que apenas comê-la.

— E você? — Percebi sua expectativa pela minha opinião. Ou, talvez eu ansiasse por seu anseio, um tanto indecisa entre o prazer de apreciar uma boa comida e o prazer de criticá-la.

— Bom, mesmo com a proposta marqueteira do restaurante, os pratos foram muito bem servidos. — Ele arqueou as sobrancelhas, franzindo o cenho. Não esperava por uma crítica levemente ácida. Apertou os lábios carnudos, um tanto curioso. — Pedi uma corvina com creme Alicante e ela tava muito boa. Para mim, o sorvete de mascarpone com mel de framboesa foi algo extremamente surpreendente de tão gostoso.

Átila ouviu atentamente minhas impressões. Seu olhar castanho ora mirava o meu, ora nos meus lábios.

— Uma rara crítica gastronômica. Faz algum tempo que não escuto uma dessas. Obrigado pelos elogios, mas por que a proposta do restaurante é marqueteira?

Sorri. Por que será que nos atemos mais às críticas do que aos elogios? A busca pela inalcançável perfeição nos tira o prazer de sermos bons no que fazemos. Não cedi um milímetro sequer da minha posição.

— Uai, não há comprovação científica de que comidas, de fato, contribuam para o desejo. Também não há provas que descartem essa possibilidade. Logo, a premissa básica do restaurante é apenas uma jogada de marketing para atrair clientes, de preferência casais, em uma cidade turística.

O chef puxou uma cadeira de uma mesa vazia ao lado, colocando-se para o desafio:

— Claro que comidas podem ser afrodisíacas. Não me importo com a ciência. Qualquer prato, se bem feito, desperta sentimentos nas pessoas, inclusive o tesão.

— Duvido. — Devolvi o sorriso provocante, mordendo os lábios propositalmente e inclinando meu corpo em sua direção.

— Bom, já que a proposta do meu restaurante se baseia nisso, eu aposto que consigo seduzir você com um prato afrodisíaco.

— E se eu não cair no seu papinho?

— Você e suas amigas ganham um jantar por minha conta, à vontade. — Senti o olhar das minhas amigas em mim. Estavam entretidas, com toda a certeza. Peguei a caneta, escrevi meu nome e o número de telefone no guardanapo, entregando-o para Átila.

Meia hora depois, recebi os detalhes do encontro.

***

Preenchi o dia seguinte com penduricalhos típicos de cidade pequena. Primeiro, um desjejum reforçado. Beberico o café forte sem açúcar, numa tentativa de despertar. O que me fez aceitar esse convite? Talvez fosse o álcool, a expectativa em viver uma história diferente, daquelas que contamos em um bar, o leve atrito entre crítico e chef, a teimosia em provar meu ponto. Talvez até mesmo o tempo sem me envolver com um homem interessante (a escassez deste tipo para as mulheres héteros nos faz cometer imprudências, como aceitar ir na casa de um desconhecido). Talvez, isso tudo combinado.

Sem respostas definitivas, embrenhei-me nas várias trilhas que se entrecruzavam em cachoeiras, grutas e mirantes. Paisagem linda, sem dúvida, mas o que Átila cozinhará mais tarde? Algo simples ou sofisticado? Com certeza um prato que não estava no menu. Sol, árvores, flores, pedras escorregadias e água gelada. Muitas fotos com as amigas no monumento natural de pedras. Contato com a natureza feito e registrado, vou à feirinha da cidade. Mexo no celular sem motivo, pela enésima vez. Ainda são quatro horas da tarde. Tarde demais para almoçar, cedo demais para o jantar. Queijo, salame, doce de leite e goiabada artesanais. Cachaça, não! Já tomei uma decisão precipitada por causa do álcool. Será que a sobremesa será mineira? Imagino um creme diferente, fruto de uma receita secreta. Desaguo na boca. Tão gostoso, saboreio a prata em busca de qualquer resquício. Ele se delicia com a cena.   

Pontualmente, Átila me buscou na pousada à meia-noite. Noto o nervosismo compartilhado. O seu tom grave vacilou, impreciso, em meio às amenidades do seu dia. Repousada no volante, sua mão tremia levemente. Ele errou uma marcha, perdeu a entrada de uma rua. Eu bati o pé repetidas vezes, tamborilei os dedos no lado do banco, falei um tanto descontrolada sobre os detalhes do casamento de Flávia, colocando-o a par com uma estranha familiaridade.

— Já tem buffet? — Ele brincou, enquanto encostava o carro ao lado de um portão.

Sorrio.

— Ainda não. Chegamos?

Ele assentiu, comentando que conhece um ótimo em BH. Acompanhei o chef passando ao lado da pequena horta que cultivava. Ele foi tomar banho para tirar o cheiro acumulado de horas no trabalho de si. Confesso, fiquei levemente contrariada. Esperava um convite para me juntar. Talvez fosse cedo demais. Sentei no sofá, compartilhando minha localização com as meninas. Minha mãe costuma dizer que é feio ficar reparando a casa dos outros. Mais feio ainda dar no primeiro encontro. Não me importo, não aprecio tantas cerimonialidades. Não parecia uma casa de um homem solteiro. Espaçosa, de paredes claras, decoradas com fotos, quadros, vasos de plantas e móveis de madeira. Estava arrumada e cheirosa.

Átila não demorou. Animado, surgiu do corredor escuro de regata branca, calça de moletom preto solto. A barba crespa ainda guardava algumas gotas d’água em suas pontas. Ele partiu diretamente para a cozinha, mexendo na geladeira. De lá, tirou alguns ingredientes e uma garrafa de vinho tinto. Não consegui identificar o que prepararia.

— Precisa de ajuda?

— Não. — Ele pegou a minha mão, me conduzindo com gentileza até a bancada, que ficava de frente para a cozinha, e me acomodou ali. — Quantos críticos já assistiram um chef no seu processo de criação?

— De fato, poucos. E para serem seduzidos, no final da noite?

— Ou até mesmo antes.

Átila ajustou a combinação de luzes, encontrando o ponto perfeito entre a penumbra e as lâmpadas amarelas. Logo depois, nos serviu uma taça de vinho tinto seco, argentino e frutado. Então, depois do brinde, separou os ingredientes sobre o mármore negro da bancada, organizando-os por processos. Soltei uma leve risada quando percebi qual seria o prato especial da madrugada.

— Frango à parmegiana? — Ele assentiu, enquanto batia firmemente a clara do ovo, transformando-a numa espessa espuma. — Eu esperava algo mais…

— Sofisticado? Exótico?

— É. Quero dizer, eu não sabia que esse era um prato afrodisíaco. Tão simples.

— Bom, eu poderia fazer um prato mais chique, claro. Mas a comida simples é difícil fazê-la excelente. Não a subestime.

Depois dos ovos, para garantir a suculência, espetou com um garfo quatro generosos pedaços do filé de frango já temperados. Pelo aspecto, a proteína marinou por seis horas aproximadamente. Então, mergulhou-os nas claras. Em seguida, cobriu-os com farinha panko e os imergiu no óleo quente. Começou o molho. O som da lâmina ágil rompendo e picotando as camadas da cebola contra a tábua de madeira harmonizava com o borbulhar escaldante do óleo.

Era um mestre no seu ofício. Repetiu com a mesma destreza o processo com alguns dentes de alho. Adicionou sal e pôs-se a amassá-los no pilão. Descia o socador, batia-o no fundo e girava. Tomou cuidado para garantir que nenhum pedaço fugisse do aspecto pastoso, nem que eu deixasse de perceber os músculos desenhados e sutis de seus braços realizando seu esforço. Por vezes, olhava nos meus olhos, jogando alguma pergunta para instigar conversa. Qual era o meu prato favorito, top 5 restaurantes que conheci, países cuja gastronomia me cativava. Prestava atenção na minha resposta, comentando algo interessante de volta.

Esquentou uma panela, na qual misturou manteiga e azeite. Parei de falar para assisti-lo cozinhando. Assim que eles se juntaram, derrubou primeiramente a cebola. Quando ela começou a dourar, colocou o alho. O cheiro do refogado invadiu logo a cozinha, sobressaindo-se aos demais e despertando meu apetite. Autêntica comida caseira. Despejou o tomate pelado e o seu suco, diminuindo o fogo para o mínimo. Então, colocou sal, pitadas de pimenta-do-reino, manjericão colhido de sua horta e mais um par de dentes de alho descascados, remexendo até que encorpasse.  

Assim como a fome é o melhor dos temperos, a expectativa é a mais perigosa forma de preparação. Nesse ponto da noite, eu salivava. Por ele e pelo prato. Ali, distraído por entre as panelas, Átila não me percebia desejando-o nu em cima de mim, olhando-me concentrado da mesma forma que olha para seus ingredientes.

Nesse meio tempo, o frango empanado estava pronto. Tirou os pedaços com cuidado do óleo, secando num papel toalha o excesso e, então, colocou-os numa travessa. Assim que o molho atingiu o ponto desejado, ele experimentou. Manteve uma expressão de neutro-mistério, enquanto me encarava. Adicionou uma colher de sopa de açúcar, misturando brevemente mais uma vez. Então, entregou-me a espátula de silicone para que eu sentisse o sabor. Levemente ácido e picante, com os gostos de todos os ingredientes marcando o paladar.

Juntou o molho parmegiana ao frango empanado, salpicando sem pudor a superfície com queijo mussarela e colocando no forno a cento e oitenta graus para gratinar. Encheu uma panela com água, jogando uma colher de sal grosso. Assim que ferveu, Átila colocou o macarrão para cozinhar.  Enquanto esperava o tempo de cozimento, ele ralou casca de limão siciliano e separou um pouco de orégano e manjericão para espalhar por cima da massa.

— Pode se sentar, Cecília.

Logo, Átila colocou a mesa, com os pratos montados. À minha frente, um dos frangos à parmegiana mais bonitos que já vi. Irretocável. Os sabores harmonizaram na medida certa; os protagonistas frango e tomate sobressaíram-se aos demais temperos sutis. O leve vinho tinto deu lugar a um branco encorpado, um Chardonnay de Mendoza, já que combina mais com o frango. As primeiras garfadas vieram acompanhadas de suspiros. Não há elogio melhor para uma comida do que um suspiro sincero.

Comemos em silêncio, respeitando a sacralidade daquele momento. Átila mastigava com cuidado, devagar, enquanto bebericava o vinho. Eu o acompanhava, afinal, comida boa deve ser apreciada em cada textura.

Não terminei saciada. Não havia prato capaz de aplacar aquele misto de gula e luxúria. Ao final, Átila estava certo e prestes a ensinar a próxima lição: além da cozinha ser afrodisíaca, o cozinheiro reflete suas qualidades como amante.

Depois de deixarmos as louças de molho, aproximou-se, trazendo-me pelo quadril até si. Beijava-me lentamente, aos poucos se soltando. Cheirava-me o pescoço perfumado, roçando sua barba, provocando arrepios. Enquanto tirava o meu vestido, conduzindo-me pelo corredor até o seu quarto, ora apertava com firmeza minhas coxas grossas, enchendo suas mãos, ora elogiava as curvas do meu corpo com sua voz grave ao pé do ouvido. 

No auge da simbiose, deturpamos nossos ofícios, nos devorando sem pudor. Misturamos-nos madrugada adentro, dispostos a conhecer cada textura, sabor e cheiro de nossos corpos, arrancando suspiros, gemidos e os movimentos mais involuntários até a exaustão.     

Despertei com o aroma do café invadindo o quarto. O relógio da cabeceira apontava 13h. Átila entrou com uma bandeja pequena, trazendo o nosso desjejum: duas xícaras, fatias de pão tostadas na manteiga, cream cheese, queijos, presunto, frutas e duas tacinhas.

— Sorvete de mascarpone com mel de framboesa?

Ele assentiu, tomando seu lado na cama. Comecei pela sobremesa. Estava mais agridoce que ontem. Dizem que a gula e a luxúria vêm do básico instinto humano de sobrevivência. Por não sabermos o que virá no dia seguinte, queremos sempre mais.

Fechei os olhos, tentando absorver aqueles últimos momentos a cada colherada. Afinal, a vida segue, deixando apenas as memórias. Ele lá, eu aqui escrevendo para vocês minhas críticas gastronômicas.

(…) Toda a criação é um processo ininterrupto de digestão e fertilidade; tudo se reduz a organismos devorando uns aos outros, reproduzindo-se, morrendo, fertilizando a terra e renascendo transformados. (Isabel Allende)

Sobre Fabio Baptista

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42 comentários em “Notas Inapropriadas sobre a Gula e a Luxúria (Givago Thimoti)

  1. Priscila Pereira
    18 de setembro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Oi, Givago! Li seu conto faz um tempo e vou comentar baseado no que ele me fez sentir. Então, ele me fez sentir fome… rsrsrsr toda a ambientação dele está muito boa mesmo, o clima de descontração do restaurante e depois o de intimidade e sensualidade da casa do cozinheiro. A parte alta pra mim foi a receita sendo preparada passo a passo… que delícia! Amo assistir programas de culinária e gostei bastante do seu conto, fiquei chocada com a colocação dele, merecia estar muito melhor colocado, esse povo não entende nada de romance e sensualidade mesmo… fazer o que?

    • Givago Domingues Thimoti
      18 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Oi, Priscila! Tudo bem? Infelizmente, eu senti que faltou algo para o meu conto ficar melhor colocado. Enfim, foi o suficiente para permanecer na A.

      De certa forma, como falei para o Gustavo, homens e mulheres enxergam esse conto de formas distintas. Algo que a Isabel Allende disse no seu livro.
      Isso também não apaga que eu poderia ter lapidado melhor a narrativa.

      De qualquer forma, fico muito feliz com os comentários porque deu para despertar a fome no leitor e, como você sabe, tocar quem lê nossos textos é um dos nossos grandes objetivos.

      • Givago Domingues Thimoti
        18 de setembro de 2025
        Avatar de Givago Domingues Thimoti

        PS: obrigado pela leitura do conto e pelos elogios!

  2. Mauro Dillmann
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Super bom de ler, texto fluido, muito bem escrito.

    “Não há elogio melhor para uma comida do que um suspiro sincero”.

    Fui conduzido pela narradora, que descreveu em detalhes tão ricos que pude imaginar vivamente todos os movimentos das cenas.

    Parabéns!

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Oi, Mauro! Boa tarde!

      Muito obrigado pelo comentário e pelos elogios! Fico feliz que tenha gostado do conto e entrado no ambiente da narrativa.

      Parabéns pelo acesso!

  3. Rodrigo Ortiz Vinholo
    12 de setembro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Gosto da proposta da matéria que se deturpa (propositalmente) para relato, e a escrita é de qualidade, mas entendo que no fim das contas caminhou por caminhos seguros. Não é um problema, em si, mas sinto que o conto começa com surpresas e termina por uma rota previsível. Algumas questões de revisão, especialmente variações de tempo verbal peculiares, me incomodaram um pouco.

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Rodrigo! Obrigado pela leitura e pela contribuição! Concordo com a sua sensação que o conto seguiu por um caminho seguro. Creio que o sabrinesco me levou a optar por essa toada.

      Ao mesmo tempo, reconheço que geralmente minhas narrativas seguem por esse caminho mais seguro. (Mais) um fator para melhorar.

      Valeu!

      Espero ver sua contribuição para a área off! Gosto dos seus textos.

  4. leandrobarreiros
    12 de setembro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Achei um bom sabrinesco. 

    Alguém comentou no grupo algo sobre não “comprar” a ideia do texto como um artigo de crítica de culinária, mas acho isso bobeira. É só um recurso narrativo para introduzir o texto e dar alguma dinâmica na meiuca, e acho que funcionou bem. 

    Particularmente, contudo, o excesso das descrições de comida me desligou um pouquinho no texto, por mais que houvesse conexões entre trama e os pratos apresentados. Em parte, funciona para manter o recurso narrativo, mas também pode afastar um pouco leitores do mundo das cavernas que, como eu, se perdem um pouco em elementos mais descritivos. 

    O romance funciona e acho que o autor explorou bem a narradora. Acho que eu gostaria um pouco mais se o chef fosse um pouquinho mais elaborado, tal qual a crítica. 

    Enfim, um texto bacana. Acho que vale um 8. 

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Oi, Leandro! Tudo bem?

      Obrigado pelo comentário! Fico feliz que tenha se interessado em saber mais sobre o chef. Confesso que faltou um pouquinho mesmo dele para além do “chef objeto de desejo”. Vou tentar aumentar essa história um pouco e observar esse aspecto.

      Além disso, fico feliz que os elementos referentes à crítica gastronômica não te atrapalharam na experiência.

      No mais, mais uma vez, obrigado pela leitura atenta.

  5. claudiaangst
    10 de setembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    Temos aqui um conto sabrinesco que trabalha bem a familiaridade gula/luxúria. A fome é o melhor tempero assim como o desejo é o melhor afrodisíaco. Os apetites precisam ser saciados, não é mesmo?

    Talvez alguns leitores apontem as descrições do processo culinário como um tanto cansativas, mas acho que elas são necessárias para fazer a comparação com as preliminares de uma relação.

    Pessoalmente, prefiro a sutileza, a insinuação que desperta a imaginação do leitor.

    O conto está muito bem escrito, bem amarrado. Poucas falhas de revisão:

    • Assisto a movimentação > Assisto à movimentação
    • da cozinhas > das cozinhas
    • que conhece um ótimo em BH. > um ótimo o quê?
    • mussarela > muçarela
    • Misturamos-nos > Misturamo-nos

    Uma leitura agradável, fluida, sem entraves.

    Parabéns pela participação e boa sorte na classificação (quem sabe um lugar no pódio?)

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Oi, Cláudia! Tudo bem?

      Como uma amiga me alertou, antes de enviar o conto, provavelmente alguns leitores (para ser bem específico, ela disse homens e revirou uns olhos de um jeito que achei que ela estava tendo um AVC) não iriam gostar dessas descrições. De qualquer jeito, sempre bom receber um feedback sobre o que funciona e o que não funciona. Fico feliz que você gostou das descrições e que percebeu a insinuação do desejo surgindo entre Cecília e Átila.

      Aproveitando, sobre um ponto que apontou em termos de revisão, na parte do “um ótimo o quê?”, eu tinha tirado por conta da utilização do termo buffet, para evitar a repetição. Na hora, eu sabia que alguém ia fazer essa pergunta, mas optei por não colocar essa palavra ou sinônimo, evitando a repetição e confiando no contexto. Como uma revisora, a pergunta que gostaria de te fazer é qual o limite dessa repetição de palavras? Pergunto isso porque é algo que busco evitar nos meus textos (e apontar nos contos dos coleguinhas risos).

      Obrigado pela leitura e pelo comentário atento (mesmo não sendo um dos contos obrigatórios)! Parabéns pelo conto dos “Nossos Sapatos” (li, mas não comentei), foi um dos meus favoritos da série A.

      • claudiaangst
        16 de setembro de 2025
        Avatar de claudiaangst

        Oi. Obrigada pela leitura do meu conto.

        Quanto à repetição de palavras, não há um número específico permitido. Só evite repetições muito próximas, no mesmo parágrafo, por exemplo.

  6. Thaís Henriques
    10 de setembro de 2025
    Avatar de Thaís Henriques

    Está entre meus favoritos!

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Thaís! Fico muito feliz que tenha gostado do meu conto. Adoraria saber um pouco mais sobre sua impressão, sem poupar palavras hahahahahahah

      O que funcionou, o que não funcionou…

      No mais, obrigado pela leitura e pela nota positiva!

      Parabéns pelo acesso para a série A! Ansioso para ler outros contos seus na área OFF.

  7. Fabiano Dexter
    8 de setembro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História

    Excelente sabrinesco, que mistura um romance com culinária de uma forma natural.  

    Critica culinária visita restaurante com amigas, durante a despedida de solteira de uma delas. Ali, ao final da noite, um flerte com o chef a leva para uma noite de experiências na casa dele.

    História é natural e parece simples e agradável, sendo muito bem contada. Não tem nenhuma surpresa, mostrando que nem toda boa história precisa de um plot-twist.

    Tema

    Sabrinesco da melhor qualidade.

    Construção

    Notei alguns erros de revisão, mas posso estar enganado. Além de um corte meio abrupto para o início do encontro, talvez pelo limite de palavras. Mas não sou especialista e posso estar falando besteira aqui…

    No mais mostra que uma história pode ser simples e ainda sim muito bem escrita.

    Impacto

    Um conto agradável de se ler e que nos deixa pesando depois, com uma sensação agradável de ter lido uma boa história. E me deu fome.

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Bom dia, Fabiano! Tudo bem? Obrigado pelo comentário no meu conto! Fico feliz de saber que tenha tido uma sensação agradável lendo o conto e com fome! Essa era uma das intenções.

  8. Gustavo Araujo
    5 de setembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Achei o conto muito bem escrito. Aliás, creio que deve ser um dos melhores trabalhos do desafio sob o aspecto técnico. Impecável. Palavras, parágrafos, raciocínio, desenvolvimento… Parece-me uma homenagem ao Afrodite, da Isabel Allende, livro resenhado pelo Givago Thimoti recentemente – o que é reforçado pela citação expressa a ela no fim do texto. Uma bela homenagem, diga-se.

    Aqui temos o romance de uma noite (ou talvez até mais) entre a crítica culinária Cecília e o chef Atila, do restaurante Oxum. Tanto a parte culinária em si, com o preparo do prato, como a sedução (que aliás já estava posta desde o início) foram muito bem construídos, envolvendo o leitor num fluxo natural e fácil de absorver.

    Ainda assim, não consegui me entusiasmar com o conto. Talvez porque, como disse, tudo já estivesse evidente já no primeiro parágrafo. Claro que Cecília ansiava por uma noite de sexo com o cozinheiro barbudo, independentemente do que ele fosse cozinhar para ela. Acho que mesmo se fosse miojo o negócio seria selado haha

    Outra coisa que me incomodou foi que, a princípio, esse relato seria uma crítica culinária em si, como se infere do prólogo. Não consegui comprar essa ideia – a não ser que fosse para ser publicada numa revista adulta…

    Em suma, apesar da perícia invejável na escrita, o conto não me empolgou. Queria ter gostado mais. De qualquer maneira, acho que outras pessoas vão saber apreciar melhor do que eu. Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Gustavo! Tudo bem?

      Com a sua expertise e experiência nesse mundo da literatura, ler “perícia invejável na escrita” e “Achei o conto muito bem escrito. Aliás, creio que deve ser um dos melhores trabalhos do desafio sob o aspecto técnico.” foi uma significativa vitória! Muitíssimo obrigado pelo elogio. Concordo com sua crítica sobre uma história plana demais. Tô tentando melhorar esse aspecto e aceito indicações e dicas.

      Sobre a possibilidade do negócio ser selado até com miojo, penso o contrário. Talvez por eu ser um pouco Átila e conhecer a Cecília bem demais para saber que provavelmente eu ganharia um tabefezinho por um miojo por mais gourmetizado que fosse servido! Ela é boa demais para isso…

      Minha intenção era mostrar que o fato de preparar uma noite especial, com um prato cuidadosamente feito, como a estratégia de sedução do Átila. Sobre isso, vou citar um trecho da obra homenageada:

      “…Aquele espetáculo tria espantado qualquer mulher normal, mas eu só tive olhos para esse homem que se movimentava com desembaraço entre as panelas. Muito poucas mulheres latino-americanas passaram por uma experiência semelhante, porque em geral os machos do nosso continente consideram toda atividade doméstica um perigo para sua sempre ameaçada virilidade. Admito que, enquanto ele cozinhava, eu o despojava mentalmente das suas roupas.” (ALLENDE, p. 41, “Afrodite”

      Foi com isso em mente que escrevi. Mas acho que falhei em tentar mostrar a ansiedade de Cecília ou o temor por um prato ruim. Vou melhorar na próxima versão!

      Dito isso, muito obrigado pelo comentário e pelo puxão de orelha!

  9. Jorge Santos
    4 de setembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá Cecília. Gostei do título do seu conto. Prometeu e cumpriu. Gosto bastante dos programas Masterchef e este conto recordou-me algumas coisas que vi por lá (a parte da gastronomia). Pessoalmente, vou fazendo alguma coisa na Bimbi e na Air Fryer. A minha especialidade é o frango à pizzaiollo, algo muito semelhante ao prato que descreveu. Por outro lado, lembrou-me o mítico bife à parmigiana que durante anos foi o meu maior prazer culinário, até ao momento em que o restaurante fechou. Nesse aspeto, o seu conto trouxe-me boas recordações. Aquilo que menos gostei foi da incoerência. A crítica literária envia para edição o fato de ter sido comida pelo chef. Achei isso incoerente, talvez por falta de uma separação dos diferentes momentos narrativos. Outra coisa que estranhei foi a rapidez com que ela aceitou ter relações com ele. Durante o texto, apenas li como se entusiasmava com a forma como ele confecionava o prato, nada indicava que ela estava a ficar atraída por ele. Terminaram de comer e ela foi a sobremesa. Achei demasiado rápido, mas só sei como funciona a líbido masculina. O desejo tem de ficar a fermentar em banho-maria até que se dá o primeiro passo.

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Boa noite, Jorge Santos! Tudo bem? Concordo com a parte sobre a editora. Ajustes realizados.

      Já sobre a Cecília se entusiasmar com a forma como Átila cozinha e isso ser um tanto abrupto, penso que teve um desencontro entre o texto e você (que de certa forma você adiantou). Escrevi esse trecho baseado principalmente na obra de Isabel Allende – Afrodite – e um fragmento:

      “Nós mulheres nos impressionamos com homens entendidos em comida, mas isto não é recíproco. Um homem que cozinha é sexy, a mulher não, talvez por recordar demais o arquétipo doméstico. O contraste e a surpresa são eróticos: uma moça vestida de bandido cavalgando uma moto pode ser excitante, enquanto um homem na mesma situação não passa de um macho ridículo.

      De resto, penso que poderia ter deixado isso mais explícito. Algo a ser melhorado na próxima versão.

      Muito obrigado pela leitura e pelo comentário.

  10. toniluismc
    3 de setembro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Olá, Cecília!

    Seguem as minhas notas inapropriadas sobre o seu conto:

    O texto adota um formato de crônica epistolar dirigida à editora, com um tom íntimo e leve, estabelecendo uma relação direta com o leitor desde o início. O uso da primeira pessoa confere autenticidade.

    A narrativa é orgânica, bem ritmada, com descrições sensoriais vívidas (como a ambientação do restaurante e o preparo dos pratos), mantendo clareza e fluidez.

    A alternância entre reflexão crítica, humor e erotismo é bem equilibrada, e o ritmo culmina com desenvoltura entre a crônica crítica gastronômica e o relato sensual.

    A fusão entre crítica gastronômica e erotismo é inteligente e inusitada. O título já prepara o terreno: unir “gula” e “luxúria” como metonímias do prazer culinário e sexual.

    O ritmo evolui com naturalidade: da descrição sensorial, ao convite insinuante do chef, até a cena íntima. A cozinha vira terreno de sedução, com metáforas envolventes e um jogo entre profissionalismo e entrega.

    A ambientação do restaurante Oxum — com ícones de Afrodite, Baco e Oxum — reforça o tema de prazer e mitologia, sem cair em descrição estética gratuita.

    A conclusão, que conecta o texto a uma reflexão sobre criação, desejo e sobrevivência, fecha o arco com inteligência simbólica.

    Há um envolvimento emocional marcante: levanta o leitor da crítica saborosa para o momento sensual e íntimo, entregando um fechamento sedutor e memorável.

    O texto provoca prazer estético — tanto pela linguagem quanto pelo conteúdo — e deixa resíduo duradouro: a justaposição entre gula e luxúria, e a valorização de “comer” no sentido amplo.

    O final, com afirmação de que toda criação é um ciclo de digestão e renascimento, amplia o impacto, levando o texto além da experiência momentânea.

    Parabéns pelo texto!

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Luís! Tudo bem? Obrigado pela leitura no meu conto. Sei que foi para além dos obrigatórios e essa iniciativa deve ser sempre notada e exaltada. Parabéns!

      Fico feliz que tenha percebido as simbologias por trás do conto. Pessoalmente, gosto de escrever tendo referências e simbologias. Além disso, que bom que aparentemente o jogo de ideias entre a gula e a luxúria te cativou.

      Mais uma vez, obrigado pela leitura e pelo comentário!

  11. mariana
    1 de setembro de 2025
    Avatar de mariana

    História: Uma conto em forma de coluna gastronômica de jornal, isso é interessante. No entanto, acredito que a editora censurou várias partes inapropriadas da coluna, como já avisa o título… Eu, quando percebi o tema culinário, pensei que seria algo puxado para o The Bear (assim como teve um conto inspirado em Severance no desafio passado). Mas não, o encontro de Cecília e do chefe Átila tem algo de latino, quente… Faz sentido a citação de Isabel Allende no final. Um sabrinesco que abre o apetite, que podia ser estrelado pela Camila Pitanga e algum ator bonitão… 1,5/2

    Escrita: Cecília, você descreveu com primor a preparação da Parmegiana. Deu fome, uma escrita totalmente sensorial. O texto é bem escrito, com a protagonista não sendo uma mocinha chata. O Átila é mais plano, talvez pelo fato dele ter sido uma história de uma noite. O ritmo narrativo é bom, a história te prende. Gosto de contos que leio de uma vez só 1,8/2

    Impacto: Foi um conto legal de ler, bateu aquela timidez nos momentos mais apimentados hehe. Divertido, saldo positivo. 0,7/1

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Mariana! Tudo bem?

      Obrigado pelos elogios! Fico feliz que tenha gostado do conto e que tenha percebido latinidade na narrativa. Fiz uma resenha sobre Afrodite, da Isabel Allende, e tentei replicar esse jeitinho de ser e escrever. Além disso, ao ler que você e outros sentiram fome ao ler uma escrita mais sensorial e descritiva, acho que honrei minimamente a autora chilena homenageada.

      Eu escrevi esse conto sobre meu relacionamento com a minha namorada, e a gastronomia tem uma participação importante. Por isso, acho que foi bem mais fácil falar sobre Cecília e não de Átila.

      No mais, parabéns pelo título da Série B e seja bem-vinda de volta!

  12. sarah
    1 de setembro de 2025
    Avatar de sarah

    Olá! Título muito bom, intrigante e desperta a curiosidade. A escolha da cidade já me deixou intrigada, acho que é aquela cidade que tem várias referências a coisas místicas não é? Duendes, cristais e essas coisas? Enfim, vamos ver o que esse restaurante reserva pra esse conto!

    Gente do céu, esse cardápio descrito ali no começo me deixou com fome! Vontade de almoçar ou jantar nesse lugar também!

    Esse trecho onde o cheff escuta a opinião das amigas da Cecília sobre a comida, me identifiquei! Eu não sou cheff nem nada disso, mas concordo com a colocação.

    Eu adoro fazer sobremesas e sinto que é mais legal preparar e ver a opinião de outra pessoa do que eu mesma comer. Mesmo com torta de limão que é a sobremesa que mais gosto de comer e de preparar. Me desculpe, estou desviando do assunto do conto. risos.

    Opa, uma discussão, um desafio, a moça foi desafiar o cheff! Gosteeeei! Comidas podem evocar muito sentimentos, inclusive o tesão. Ai, essa que quero ver! risos.

    Como assim vão sair à meia noite? Geeente, isso são horas? risos, to brincando, adorei a situação toda, principalmente ela falando cachaça não, já tomei decisões perigosas demais. kkkkk.

    Agora entendi, o moço tava trabalhando, por isso o encontro tão tarde. Eita Átila, um frango me seduziria com certeza, kkkk, eu amo frango! Mas também não esperava por essa, frango à parmegiana. Pensei que ele ia fazer tipo ostras ou coisa assim que já é afrodisíaco. Mas talvez isso fosse previsível demais! Caraca que história deliciosa de ler, kkk, perdão pelo trocadilho.

    Caraca mano, esse conto tá me dando fome pra caramba! kkk, acho que vou preparar frango à parmegiana em homenagem a essa história! kkkk. Eta Cecília sortuda, um jantar gostoso e um cheff gostoso de sobremesa? Humm, que invejinha. risooos.

    O que mais posso dizer desse conto? O lado ruim de ir comentando ao longo da leitura é que quando termino eu não sei mais o que falar.

    Esse conto foi excelente, sensorial com toda a experiência gastronômica, a viagem com as amigas, a cidade charmosa e a charmosa pousada. O desafio desse cheff interessante; tudo ficou absolutamente perfeito. O título faz todo sentido agora.

    Eu amo quando as histórias me fazem sentir como se estivesse lá com a personagem, ou me faz desejar estar no mesmo lugar que ela está, viajando com amigas, se divertindo e conhecendo um cara interessante. Seu conto me fez sentir tudo isso, foi perfeito! Muito bem escrito, leve, divertido e esse final ficou ótimo! Achei muito legal o Átila ter lembrado que ela amou o sorvete de mascarpone com mel de framboesa.

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Sarah! Tudo bem?

      De primeira, já preciso pedir desculpas por não ter lido seu rascunho do livro. Me perdi entre provas, desafio literário… Assim que eu tiver um tempo e (se você ainda tiver interesse), vou ler e passar minha impressão para você.

      Sobre o seu comentário, adorei! Sincero e bem-humorado. Fico feliz que meu conto tenha a tocado de alguma forma e despertado a fome. Uma das intenções era justamente essa.

      Muito bom ver você participando mais do grupo e dos desafios. Espero que seja um espaço de evolução e entretenimento para você.

      Espero também ler um conto seu na área off!

      Muito obrigado pelo comentário e pela nota.

  13. marco.saraiva
    29 de agosto de 2025
    Avatar de marco.saraiva

    Um conto picante, que trabalha bem a proposta do desafio. Um dos poucos contos que eu vi neste desafio que realmente se apega ao tema e trabalha a sensualidade, o “sabrinesco” como deveria ser! Vi muita gente escrever apenas contos leves de romance, ou contos com “cenas de sexo”. Mas este aqui? Não. Este aqui é sobre a sedução, o tema é a sensualidade. E a mistura não poderia ser melhor: o desejo despertado pela comida saborosa, a água na boca criada pela antecipação, fazendo um paralelo com o desejo sexual e com a atração física. O jogo entre o casal é feito com muito gosto, trouxe um sorriso para o meu rosto. E o final, simples porém efetivo, como uma boa refeição: por que tudo tem um fim, e as melhores coisas tendem a terminar rápido.

    A escrita é muito boa, sem erros, feita com esmero e atenção. O estilo faz bem à narrativa sensual de histórias desse tipo. Com certeza, um dos contos que mais curti ler com o que diz respeito ao tema, pois me lembrou justamente os contos eróticos que li enquanto me preparava para esse desafio!

    NOTA:
    O último ato do conto tenta fazer um paralelo entre sedução e cozinha, narrando cada detalhe da produção de um frango a parmegiana e traçando paralelos eróticos com a sua preparação. Mas a sedução mesmo – que aconteceria nos trejeitos, nos olhares e comentários, na conversa e na retórica, ficou para segundo plano. Por exemplo, o parágrafo simples abaixo, para mim, deveria ser o foco da narrativa, ao invés da descrição do prato:

    “Por vezes, olhava nos meus olhos, jogando alguma pergunta para instigar conversa. Qual era o meu prato favorito, top 5 restaurantes que conheci, países cuja gastronomia me cativava. Prestava atenção na minha resposta, comentando algo interessante de volta.”

    Com este simples “resumo” você, como autor(a), resumiu, para mim, a parte que justamente não deveria ser resumida! O diálogo, a troca de flertes. É claro que o conto ainda tem estas coisas, mas senti uma atenção “exagerada” à preparação do prato e que, imagino, poderia ser melhor canalizada na direção de um jogo sedutor mais detalhado.

    Também entendo que há limites no que pode ser feito com 3000 palavras, então não sei se dá pra fazer o que eu sugiro aqui em tão pouco espaço 😅

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Marco! Tudo bem? Primeiramente, muitíssimo obrigado pelo seu comentário, já que nem obrigatório era. Além disso, foi um dos melhores comentários! Voto de melhor comentário para você.

      Sobre sua nota, o conto ainda tinha 500 palavras, salvo engano para utilizar. Então, concordo que o resumo poderia ter sido destrinchado. Minhas questão de não ter utilizado é porque, para mim, pelo menos, eu já tinha demonstrado isso. E eu queria focar mais nesse ponto da cozinhar (o que se mostrou um “erro” [do ponto de vista da competição]. Embora foi o que eu mais gostei de escrever). Como vou expandir esse conto para um livro de antologia sobre a luxúria e os outros pecados capitais, eu anotei essa ideia para melhorar o conto.

      Dito isso, fiquei muito contente porque eu acho que você pegou uma das minhas principais ideias, baseadas no livro da Isabel Allende. “Mas este aqui? Não. Este aqui é sobre a sedução, o tema é a sensualidade. E a mistura não poderia ser melhor: o desejo despertado pela comida saborosa, a água na boca criada pela antecipação, fazendo um paralelo com o desejo sexual e com a atração física.” => Na minha cabeça, eu classifiquei como um sabrinesco de alta literatura justamente por essa ideia.

      Obrigado pelo comentário e pela crítica construtiva! Espero ler seu texto na área off até o próximo desafio!

  14. Pedro Paulo
    25 de agosto de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Magistralmente escrito, mas perdeu o fôlego no final. Passou o ponto do prato? Sei lá, não manjo muito de cozinha, precisaria pesquisar um tanto para escrever um conto como esse. A personagem é bem apresentada e caracterizada. Sua contraparte também é desenvolvido em conformidade com o seu papel da narrativa. Senti que, embora as descrições culinárias estejam acertadas, passaram um pouco da dose, deixando pouco espaço para os dois personagens, de modo que o enlace dos dois é pouco climático e o desfecho apressado que retoma a carta editorial é menos saboroso ainda. Ainda assim, uma delícia de conto. Mas passa um pouco insosso pela língua.

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, PP! Tudo bem?

      Teve um pouco de pesquisa, mas eu gosto bastante de cozinhar (e comer). Obrigado pelo elogio e pelo feedback. Infelizmente, meus contos tem essa característica de perder o fôlego conforme vai se aproximando do desfecho. Algo a se trabalhar.

      Vou reformar um pouco o conto para tentar adequar ele ao seu feedback e dos demais colegas. Quem sabe vem aí uma antologia de contos sobre a relação da luxúria e outros pecados capitais.

      Mais uma vez, agradeço o comentário (sei que esse conto não estava na sua lista de obrigatórios!) e o parabenizo por sua iniciativa!

      PS: Parabéns pelo nascimento do filhote! Desejo tudo de bom para ele e para sua família!

  15. Luis Guilherme Banzi Florido
    22 de agosto de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia! Tudo bem? Tô lendo os contos na ordem de postagem do site, sem ter conferido quais são minhas leituras obrigatórias. Bom, vamos lá pro seu conto.

    Uma abordagem bem diferente dos demais contos que li até agora para o sabrinesco! Gostei! Achei original e criativo. A química do casal funciona bem e se mistura bem à química que ocorre em seus pratos. Aqui, o foco não é no ato sexual em si, mas sim na sedução, nas brincadeiras, provocações. No processo da seduçao, representado no processo de cozinhar. Gostei de como o conto demonstra a magia e o amor que existem no processo de cozinhar, e de como esse amor transparece na comida.

    A evolução da sedução, da paquera dos dois evolui bem (e naturalmente). É bem construida e soa natural, soa realista.

    As descrições, especialmente no encontro, são muito boas e sensoriais.

    Um conto muito bom, uma leitura prazerosa e envolvente. Parabens e boa sorte!

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, LG! Tudo bem? Obrigado pelo comentário e pelos elogios! Fico feliz que tenha gostado e tenha percebido as nuances do conto!

  16. Kelly Hatanaka
    19 de agosto de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Eu não avalio esta série, então, me permito avaliar como leitora, de forma mais livre e bem pelo meu gosto pessoal. Desculpe alguma coisa.

    Tema

    50% hot 50% romance

    Considerações

    Há um romance, um clima de sedução, mas o enredo é de conto hot. O foco não está no relacionamento ou nos sentimentos e sim no tesão. Tudo bem, são tempos de amores líquidos. Se o amor está líquido, imagine o tesão. Deve ser gasoso. Então, quando você vê o tesão, gasoso, fugidio, precisa inalar logo antes que deixe de ser. É assim, parece.

    Então Cecília se sentiu atraída por Átila, que cozinhou para ela e eles transaram. E, neste momento, há uma troca. O enredo é de conto hot, mas na hora do vamos ver, o sexo teve a descrição de um romance levinho.

    Engraçado, isso. O conto tem pouco romance para ser romântico e tem pouco sexo para ser hot.

    Gostei? Gostei sim, é uma história gostosa de ler e está muito bem escrita, com personagens cativantes. Só fico na dúvida se este resultado foi intencional. Quis o autor escrever um conto sabrinesco e não teve coragem de abraçar o tema? Quis ele escrever hot e faltou mergulhar no gênero? Ou ele escreveu exatamente o que quis?

    De qualquer forma, este conto mezzo romântico mezzo hot é um bom conto.

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Kelly! Tudo bem?

      Parabéns pelo título da Série A! Merecido!

      Sobre a minha intenção do conto, eu não queria escrever um romance sabrinesco característico. Nem um hot característico. Eu creio que, nos tempos de amor líquido e tesão gasoso, que mesmo nas relações mais casuais voltadas apenas para sexo, creio que há espaço para o afeto, o respeito e o carinho.

      Para isso, eu tomei como base meu próprio relacionamento com a minha namorada. Nós começamos a sair bem casualmente, mas a vida foi desenrolando e nós nos apaixonamos. Amamos comida e cozinhar. Então, o conto surgiu com essa intenção de mostrar esse lado mais afetuoso que pode existir dentro de uma relação casual.

      Além disso, eu também queria mostrar essa relação da gula e da luxúria e escrever uma escrita mais sensorial, mais “gastronômica”.

      Obrigado pela leitura atenta e pelo comentário fora da lista de obrigatórios!

      PS: alguém inclusive creditou esse conto a você, o que soou como um elogio para mim!

  17. Anderson Prado
    18 de agosto de 2025
    Avatar de Anderson Prado

    Olá, autor.

    Autor, não se chateie, mas não gostei muito do seu conto. Julguei que você teve uma boa ideia, mas não soube executá-la bem. É que, ao início do conto, você anuncia que se trata de uma crítica literária ou, no mínimo, “impressões” entregues ao editor. A seguir, tem-se uma leitura que em nada se parece com uma crítica literária, pelo conteúdo, pelo estilo, pela extensão.

    Ainda que não se tome o texto como uma crítica literária, mas mera “impressões”, ainda soa descabida a entrega de tal conteúdo a um editor, sobretudo se desacompanhado da crítica em si. Por que entregar apenas impressões? Você poderia ter explicado, mas não o fez. Na verdade, se limitou a entregar a coisa a este seu leitor aqui, esperando que ele engolisse, o que não ocorreu. Suas notas sobre a gula não despertaram meu apetite.

    A maneira de transformar seu texto em uma autêntica crítica seria trazer o leitor da crítica para o texto, conversando com ele, como que contando um causo, mas a maior parte do texto é estranha ao leitor, com uma narração em terceira pessoa.

    Nota 2.

    • Givago Domingues Thimoti
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Oi, Anderson! Tudo bem?

      Não estou chateado com sua crítica, acho justa e pertinente. Durante a releitura, também achei que abandonei um pouco essa ideia de crítica (gastronômica). Minha intenção original ao escrever esse conto era juntar os elementos sabrinesco e alta-literatura, tentando traçar uma análise sobre a relação simbiótica entre crítica e alvos de crítica, como tem um combustível ali dentro que alimenta esse ciclo. Em algum momento, inclusive, percebi um pouco da gula e da luxúria em cada um desses ofícios e tentei abordar um pouco disso.

      Obviamente, não consegui e essa intenção se perdeu na parte gastronômica, não ficando tão clara quanto me pareceu kkkkkkkkkkkk

      Vou tentar escrever mais sobre isso numa nova versão, mais ampliada.

      Obrigado pelo comentário honesto!

      Bem-vindo de volta à série A!

  18. cyro eduardo fernandes
    13 de agosto de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto criativo e de ótima técnica. As descrições foram na medida perfeita. Um comentário gastronômico, não precisa colocar o açúcar no molho de tomate, carameliza um pouco mais a cebola que fica melhor!

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Cyro! Obrigado pelo comentário sucinto e elogioso!

      Essa dica da cebola: já sabia, mas eu tenho o talento de queimar os alimentos. Quer dizer, o Átila. Por isso o açúcar 🤭

  19. Antonio Stegues Batista
    10 de agosto de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O prologo do conto tornou-se dispensável porque não foi relevante para a trama. O conto está bem escrito e se você não é chef precisou fazer uma boa pesquisa sobre culinária, suponho. Normal. As descrições da comida, claro, dá água na boca. Me parece que no Sabrinesco o sexo casual não cabe. Parece que é insípido, como uma comida sem sabor. Alta Literatura é uma narrativa que não precisa de erudição, de metaforismo, e simbologia complexa, mas tem que ter algo fora do comum, fora da narrativa clichê. Uma narrativa poética é um recurso apropriado para escrever Alta Literatura. Achei um conto bem escrito, interessante mais pelas descrições das comidas do que pelo mote que foi a critica culinária do restaurante, sem o sexo, suponho.

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, seu Antônio! Tudo bem?

      Obrigado pelo comentário no meu conto. Fico feliz com os elogios e também com as críticas.

      Sobre a pesquisa por trás em relação à culinária, por mais que pareça tenha uma boa pesquisa por trás, eu gosto muito de cozinhar e consumo muita coisa sobre esse universo. Foi um trabalho mais natural que parece. A pesquisa foi mais ler o livro “Afrodite” da Isabel Allende.

      Pretendo reescrever alguns pontos do conto e, quem sabe, consigo melhorar a parte da crítica gastronômica.

  20. Léo Augusto Tarilonte Júnior
    10 de agosto de 2025
    Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

    Tema sabrinesco.

    Enquadrei seu conto nessa temática, porque ele fala sobre uma crítica gastronômica, sendo seduzida por um chefe de cozinha. 

    Achei o título extremamente criativo e bem apropriado à história.

    A sua narrativa me cativou. Achei uma ótima ideia para sabrinesco bastante inusitada.

    • Givago Domingues Thimoti
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      Olá, Léo! Obrigado pelos elogios e pelo comentário!

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Publicado às 2 de agosto de 2025 por em Liga 2025 - 3A, Liga 2025 - Rodada 3 e marcado .