EntreContos

Detox Literário.

Mudanças (Léo Tarilonte)

O ser humano teme o desconhecido. Esse temor costuma manifestar-se nas ocasiões em que vivenciamos situações inéditas ou imprevistas. Se formos informados, com antecedência, da possibilidade de alterações em nossa rotina, também tornamo-nos presas da ansiedade. Tudo isso afeta as pessoas ao longo da vida, embora com maior intensidade durante a adolescência. Contar-lhe-ei uma história com o objetivo de ilustrar essa proposição.

Rovena é uma adolescente tímida de treze anos. Está em seu quarto, avaliando-se no espelho do guarda-roupa, enquanto se veste para ir ao colégio, antes de tomar o café da manhã. Cogita sobre as transformações pelas quais vem passando nos últimos tempos. Ela ficou mais alta e ganhou novas curvas. A garota não só sente dificuldade em controlar suas emoções, como também começou a pensar muito nos rapazes e, para piorar, não gosta mais das histórias que imaginava com suas bonecas favoritas, preferindo mergulhar nas narrativas dos livros. Além disso, acha impossível conversar com os pais, porque ambos nunca têm tempo para ela, estando sempre ocupados demais. A mãe é uma advogada brilhante, que trabalha para um dos mais famosos escritórios jurídicos do país. O pai é um fotógrafo freelancer. Fornece imagens para revistas e jornais de prestígio, e ainda expõe seus melhores trabalhos nas mais requintadas galerias de arte. Ambos estão convictos de que sempre cuidaram muito bem dela, dispensando-lhe muito amor e carinho, mimando-a sempre que possível. Inclusive, pagam uma psicóloga para ela, com o objetivo de ajudar a filha a lidar, da melhor forma, com aquilo que denominam problemas da adolescência.

A moça está refletindo sobre todas essas questões para anotar em seu diário, atendendo a uma sugestão de sua terapeuta. A adolescente confia na psicóloga, que a tem ajudado a dissipar a confusão na qual sua vida se transformou. A menina está muito angustiada, sentindo-se inadequada com relação ao mundo. Seus pensamentos são interrompidos por um chamado de sua progenitora:

— Rô, anda logo! O café vai esfriar! Você vai se atrasar para a escola de novo!

Seu rosto enrubece quando escuta o alerta materno. Deixa o dormitório, arrastando os pés, cabisbaixa; perdida entre a sensação de injustiça por ser repreendida e o conforto de ainda ser alvo dos cuidados maternais. Enquanto caminha, esforça-se por ocultar suas emoções.

Quando Rovena chega à copa, vê seus responsáveis já à mesa. Sua mãe traja uma blusa de seda clara, taier e saia longa de linho mais escuro, sem um vinco sequer, calçando escarpins reluzentes. Ela está servindo café ao marido, que se encontra absorto com o celular. Ele veste camiseta sem mangas, bermudas floridas e havaianas nos pés, tudo em cores berrantes. A garota senta-se timidamente, servindo-se de achocolatado, pensando que não existe, no mundo inteiro, um casal tão destoante quanto seus pais. Também procura descobrir em que posição ela se encaixaria naquela família.

Enquanto tomam o desjejum, a adolescente escuta a mãe falando em tom diplomático, acompanhado por um sorriso animador:

— Querida, essa vai ser sua última semana na sua escola. Na sexta-feira, a gente vai-se mudar para a capital. O escritório abriu uma filial lá, e eu fui designada para gerir a nova equipe. E também a gente vai morar num apartamento bem maior, e eu ouvi dizer que lá tem uma biblioteca maravilhosa, que acho que você vai gostar muito de conhecer.

Surpreendida por tal perspectiva, a garota engasga-se com o achocolatado. Alarmado, o pai pisca e olha para a filha, dando-lhe tapinhas nas costas. Ruborizada, a moça gagueja, olhando para a mesa:

— Tá-tá bom, mã-mamãe…

Naquele momento, cada um dos três pensava algo diverso: a matriarca supunha ter feito a melhor escolha para todos. Ela teria mais dinheiro e influência, o marido lograria novas oportunidades de trabalho, e a filha ampliaria seus horizontes, vivenciando as possibilidades propiciadas por uma grande cidade. Já seu cônjuge pensava apenas nas maravilhosas fotografias que tiraria enquanto estivessem na estrada. Por sua vez, a adolescente sentia-se não só injustiçada, como também desrespeitada por não ter participado daquela decisão tão importante, embora também estivesse curiosa por conhecer as atrações da capital.

Depois que a família termina de comer, a esposa retira a mesa, enquanto lembra ao marido, exasperada:

— Querido, já tá na hora de cê levar a Rô pra escola…

—É mesmo, né! Vamo, Rô.

Diz ele, levantando-se, guardando o celular e seguindo a filha para fora.

No carro, enquanto o pai a levava para a escola, Rovena olhava pela janela, ocultando seu semblante triste dele, memorizando tanto aquela paisagem familiar quanto iniciando suas despedidas da cidade que a viu crescer. Quando seu progenitor a deixa no colégio, a garota se une aos estudantes que entram no edifício. A menina ainda se esforça a fim de ordenar o caos dos próprios pensamentos e emoções. Ao passar pelo vigia, este percebe, preocupado, a tristeza no semblante dela e fala com ternura:

— Bom dia, Rô. Tá tudo bem com você? Aconteceu alguma coisa? É que tô te achando meio tristinha hoje.

— Bom dia, tio Guiga. Tá tudo bem, sim. Preocupa não. Mas obrigada.

Rovena permaneceu amuada ao longo das primeiras aulas, ruminando os próprios ressentimentos. Durante o recreio, nossa protagonista procura por um canto solitário no pátio. Encontrando-o, senta-se, abre A Metamorfose, retomando sua leitura, querendo distrair-se. Uma passagem chama sua atenção, parecendo ter sido escrita a fim de que ela a lesse naquele exato momento da sua vida:

“…Como é que uma coisa assim pode acometer um homem? Ainda ontem à noite estava tudo bem comigo, meus pais sabem disso, ou melhor: já ontem à noite eu tive um pequeno prenúncio. Eles deviam ter notado isso em mim…”

Enquanto a garota relê o trecho, concentrada, Nina, sua melhor amiga desde que elas se lembram, avista-a de longe, aproximando-se com um sorriso caloroso, querendo consolar a colega, que lhe pareceu triste e preocupada mais cedo, inclusive evitando-a. Ela estende um pacote de batatinhas; entretanto, Rovena abana a cabeça, recusando.

A recém-chegada acaricia os cabelos escuros da companheira, senta-se a seu lado, abraça-a ternamente com o braço esquerdo, o do coração, perguntando com a voz trêmula:

— Que que cê tem hoje, Rô? Por que esse bode todo? Rovena esboça um sorriso, desabafando suas mágoas:

— Hoje, na hora do café, minha mãe disse que a gente vai ter que mudar para a capital na sexta-feira, por causa do trabalho dela. E eu nem posso fazer nada para mudar isso.

— Que bosta, Rô!

— Pois é. E ainda tem o problema da escola nova, onde eu vou ter que estudar. Vou ficar sofrendo bullying de gente esnobe por ser de outra cidade, até a formatura. Sem falar que eu vou ter que me acostumar com o apartamento novo, e vou ficar toda perdida na cidade até conhecer tudo.

Nina franze o cenho, fecha os olhos e coloca a mão livre sob o queixo. Ela precisa, além de consolar sua colega querida, ocultar a própria consternação por aquele afastamento compulsório, evitando ampliar o suplício de Rovena. Passados alguns segundos, aconchega-se mais à amiga, falando-lhe carinhosamente:

— A gente pode trocar muito mais mensagens, e até fazer algumas chamadas de vídeo. Que que cê acha?

— Sim…

— E também, a capital não fica tão longe, umas quatro horinhas de viagem. A gente pode se ver num feriado prolongado e nas férias.

Rovena assente entre lágrimas de gratidão.

Aquela semana arrastou-se feito um caracol desanimado. Tudo estava bagunçado, na opinião da moça, tanto dentro quanto fora de si. Caixas, bolsas e malas espalhados por todos os cômodos do apartamento. A mãe estava agitada e ansiosa, não só gerenciando a mudança — decidindo que móveis levariam e quais seriam vendidos, organizando as bagagens do marido e as próprias — como também se preocupando com as responsabilidades da posição de liderança que ocuparia no novo escritório da capital. Já o pai, alheio como sempre, acondicionava cuidadosamente seus equipamentos em caixas acolchoadas, assoviando algum samba antigo. Por seu turno, a filha sentia-se extremamente infeliz enquanto fazia as malas, preparando-se para a viagem. Ela detestava situações inéditas, pois nunca se adequava apropriadamente, e também lugares novos, onde se sentia deslocada, uma intrusa.

A mudança para a capital transcorreu conforme o planejado pela matriarca familiar. O novo apartamento ainda encontrava-se desorganizado, tudo sendo colocado em seu lugar aos poucos. Contrariando suas expectativas pessimistas, a moça descobriu que amou seu novo lar. Aquele imóvel era maior que o anterior; havia um cômodo que abrigaria sua sonhada biblioteca caseira e, como cereja do bolo, ela teria uma suíte.

Na segunda-feira, Rovena começou a estudar em seu novo colégio. Ela assistiu às aulas do fundo da sala, esforçando-se por parecer invisível, imaginando ser uma peça grande demais, forçada em um encaixe menor e de formato diverso. Durante o recreio, encontrou um banco isolado, onde se acomodou, com o objetivo de ler um pouco. No fim da manhã, enquanto se dirigia para a saída da escola, aliviada por não ter chamado a atenção, sobressaltou-se ao ouvir alguém chamá-la pelo nome. Acreditou que sairia incólume, naquele primeiro dia de aula, sem ser confrontada.

— Rovena, Rovena! Espera um pouquinho!

Uma menina da sua turma aproximava-se, correndo esbaforida, com o rosto iluminado por um sorriso franco. A novata franziu a testa, esforçando-se, debalde, para lembrar o nome da colega. A moça parou, ofegante, e disse calorosamente:

— Oi… Eu sou Débora, somos da mesma sala.

— O-oi. – gaguejou Rovena, cerrando os punhos.

— Calma, eu só queria falar um pouquinho com você. Queria saber o nome do livro que cê tava lendo, quando terminou o dever de história. Ele estava em cima da carteira, e eu não consegui ver o título. Eu também gosto de ler. Te procurei no recreio pra perguntar, mas não te achei.

Rovena responde, aliviada:

— Ah, tá. Eu tava lendo A Metamorfose.

— Kafka, né? Eu ainda não li nada dele. Quando você terminar, podia me emprestar? É claro que eu vou te emprestar um dos meus também.

— Eu vou pensar.

— Ok. Se você quiser, a gente pode andar juntas. Eu já fui novata aqui nessa escola, igual a você. Cheguei no começo do ano passado e fiquei quase o ano todo sozinha. E eu não queria que isso acontecesse com você também.

— Tudo bem, obrigada.

Rovena esboça um sorriso tímido, de gratidão, olhando a interlocutora nos olhos. Débora pergunta, acompanhando a amiga para fora do colégio:

— Onde cê mora?

— No condomínio Arvoredos, na avenida Perimetral.

— Tá de zoa! Eu moro lá também! Então a gente vai poder fazer o caminho da escola juntas, todos os dias.

E elas seguiram pela rua, conversando animadamente.

No fim daquela semana, quando o apartamento já estava parcialmente habitável, de acordo com os parâmetros maternos, Rovena conversava, por chamada de vídeo, com Nina. Ela contava que fizera uma nova amiga no colégio, chamada Débora. Quando ela viesse visitá-la, Rovena as apresentaria. As três passeariam juntas pelos pontos turísticos da capital. Enquanto falava com a colega, Rovena se dava conta de que seus temores foram infundados. Ela gostou muito do novo apartamento, adorou conhecer a capital com seus recantos pitorescos e, por fim, ficou muito feliz por ter conhecido Débora.

À noite, enquanto a família comia pizza à mesa da cozinha, Rovena falou com o olhar brilhante:

— Nesse fim de semana, está acontecendo um evento sobre Kafka, na biblioteca Machado de Assis. A gente podia ir lá amanhã pra ver.

Pousando o garfo, sua mãe respondeu, sorridente:

— Que legal, filha! Vai ser ótimo! A gente precisa mesmo fazer mais coisas em família. Depois de engolir um gole de cerveja, o pai complementou com solenidade:

— Eu também acho uma ideia maravilhosa, Rô. Eu sinto que preciso passar mais tempo com vocês, e essa vai ser uma boa oportunidade para começar.

Enquanto a família seguia planejando como seria o dia seguinte, Rovena percebeu que seus temores eram infundados, pois a mudança também lhe trouxe vivências positivas. Sendo assim, caro leitor, não precisamos nos angustiar com novas experiências, já que nem sempre o futuro acontece do modo como imaginamos.

Sobre Fabio Baptista

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42 comentários em “Mudanças (Léo Tarilonte)

  1. Léo Augusto Tarilonte Júnior
    14 de setembro de 2025
    Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

    Oi Cláudia, obrigado pelo seu comentário. Peço desculpas pelos erros ortográficos sou deficiente visual e tenho dificuldade com a ortografia. E os corretores não corrigem tudo 100%. Quanto ao termo ter foi um erro mesmo de conhecimento da minha parte. Agradeço a correção. Taier. sempre pensei que fosse apenas o blazer feminino. Sou iniciante, ainda tenho muito que melhorar. Vou continuar melhorando minha técnica. E pelos comentários vi que preciso muito melhorar as introduções e conclusões das minhas histórias acho que vou começar por aí.

  2. LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR
    14 de setembro de 2025
    Avatar de LEO AUGUSTO TARILONTE JUNIOR

    Oi Daniel, obrigado pelo seu comentário. Lendo todos os comentários percebo que eu preciso melhorar a introdução e o final no meu conto. ainda sou iniciante, mas pretendo melhorar ao longo do tempo.

  3. André Lima
    13 de setembro de 2025
    Avatar de André Lima

    É um conto honesto. Há uma clareza temática muito boa, mas que por vezes caiu na exposição. Principalmente no início, onde a premissa é explicativa e didática demais. É preferível, ao meu ver, deixar fluir naturalmente para que o leitor capte a essência.

    Superado isso, o conto ganha bastante força. Os diálogos são ótimos, divertidos, principalmente entre a protagonista e suas amigas, soando autênticos e apropriados para as idades.

    Rowena é uma personagem principal com a qual o leitor facilmente se conecta. Sua timidez, as transformações típicas da adolescência (físicas e emocionais), a dificuldade de comunicação com os pais, a angústia e a sensação de inadequação são apresentadas de forma muito convincente. Ponto pro(a) autor(a).

    Há um uso muito inteligente de intertextualidade também e, particularmente, me atingiu muito bem porque sou kafkete kkk. Gostei porque a escolha não é meramente decorativa. O trecho selecionado espelha os sentimentos de Rovena de transformação e alienação, enriquecendo o subtexto da narrativa.

    A história traça um arco narrativo satisfatório, peca um pouco na falta de originalidade, mas nada que comprometa a obra.

    As descrições dos pais, em particular o contraste acentuado em suas vestimentas e comportamentos, funcionam como um símbolo visual da “destoância” (Essa palavra existe?) familiar e da luta de Rovena para encontrar seu lugar. Eu gosto de como o simbolismo e as insinuações são compsotas aqui nessa obra.

    A mudança de atitude dos pais no final, que subitamente expressam o desejo de passar “mais tempo em família”, parece um tanto abrupta e não é precedida por um desenvolvimento gradual. Talvez seja culpa do cruel limite baixo de palavras.

    É uma história sólida, envolvente e com uma mensagem bem articulada, que atinge seus objetivos temáticos. Há alguns pontos de melhoria, mas a obra, em si, é boa do jeito que está.

    Parabéns!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi André, obrigado pelo comentário do conto. Concordo com os pontos em que precisa melhorar, principalmente no final. Realmente a mudança de atitude de todos ficou bastante brusca.

  4. Bia Machado
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Me pegou desde o início? Não. O início não me dá grandes expectativas sobre o que se passará na história.

    Desenvolveu bem o enredo? Não, eu esperei por algo que fosse acontecer, a menina fosse revoltar, achei até que a referência à Metamorfose do Kafka daria uma dica para algo totalmente inesperado que aconteceria. Mas… não foi o que aconteceu. Acho que a menina poderia ser um pouco mais velha, 15, 16 anos… Ao menos ela me apareceu, apesar de, claro, poder ser “mais adulta” para a idade dela também… Também não me convenceu essa mudança repentina, em uma semana. Geralmente isso se planeja com mais tempo de antecedência, principalmente se houver a necessidade de vender móveis, pra não resolver nos últimos dias e correr riscos de ter que resolver tudo de qualquer jeito… A meu ver não seria necessário estabelecer o prazo na história, daria menos dúvida ao leitor.

    O desfecho foi adequado? Fiquei triste com esse desfecho, foi tudo tão normal rsss… E ainda por cima com o narrador quebrando a quarta parede e agindo como se estivesse no final de uma fábula? 

    E o conjunto da obra? No geral, creio ser um autor ou autora iniciante e que tem muito potencial para contos juvenis, Young adults… Continue escrevendo e você com certeza perceberá uma evolução. 

    Deu match? Não, foi uma leitura ok, que para mim não funcionou… mas parabéns por ter participado e boa sorte no desafio!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Bia, obrigado pelos seus comentários. De fato sou um escritor iniciante eu não tenho pretensões literárias escrevo para exercitar minha criatividade. Mas confesso que é interessante ter tantas pessoas lendo e comentando minhas histórias. Espero realmente melhorar ao longo do tempo. Lendo os comentários acho que vou focar e tentar melhorar as introduções e os finais dos meus contos.

      • Bia Machado
        14 de setembro de 2025
        Avatar de Bia Machado

        Oi, Léo! Escrever é viciante. Escreva sempre, como um exercício. Até o próximo!

  5. Alexandre Costa Moraes
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Alexandre Costa Moraes

    Olá, Entrecontista.

    “Mudanças” começa com uma adolescente refletindo sobre a vida no espelho e cria identificação rápida. A família e a notícia da ida para a capital ressoam em seu comportamento (com resistência no início e boas surpresas depois). Rovena vai narrando seu mundo de forma coerente e a leitura corre bem, embora o relato fique mais na descrição do que na cena (ação).

    Como sugestão construtiva, acredito que lapidar os diálogos e trocar parte das explicações por gestos e situações concretas daria mais fluidez ao conto. Acho que faltou também uma virada e um fechamento com imagem que fique, para dar tração e fechar com mais impacto.

    No conjunto, o conto é sensível, leve e sincero. Com pequenas afinações, tende a ganhar profundidade.

    Boa sorte no desafio.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Alexandre, obrigado pelos comentários. Vou tentar melhorar nos próximos desafios. Pelo que vi nos comentários preciso melhorar um pouco a introdução e o final do meu conto vou trabalhar aos poucos. E no meio do caminho também tentar melhorar a escrita, escrevendo mais cenas e menos descrições.

  6. Thales Soares
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Esse conto tava sendo rechaçado lá no grupo de Whats do EC. Mas eu até que não o achei tão ruim assim.

    A escrita é um pouco estranha, funciona como se fosse um documentário bizarro feito por alienígenas, como um Animal Planet, mas de humanos. Nesse quesito, me lembrou até do documentário A Ilha das Flores, que é bizonho! Outra interpretação que podemos ter também é de que o conto tem o formato de um livro infantil… e acredito que essa tenha sido a intenção do autor… mas acabou pendendo mais para o documentário dos alienígenas mesmo, devido à estranheza que os comportamentos humanos foram retratados ao longo do conto.

    Começamos sendo apresentados a Rovena (que eu sempre lia rAvena, por causa dos Jovens Titãs), uma adolescente de 13 anos, que está notando suas transformações da idade, olhando pro espelho. Ela se sente incompreendida pelos pais, e está confusa e angustiada com o mundo (chegou a puberdade). Ela costuma ler para relaxar, e vai no psicólogo.

    Durante um café da manhã, sua mãe diz, do nada, que eles vão se mudar pra capital na sexta-feira (pera, mas já?!). Rovena fica chocada, mas o pai acha interessante, porque ele parece meio doido, tipo o pai da Lydia em Beatlejuice.

    Então Rovena vai pra escola e se despede mentalmente da cidade. Na escola ela tenta se isolar e começa ler A Metamorfose, do Kafka, que também é sobre transformação. Sua melhor amiga, Nina, surge e a consola. Elas querem manter a amizade mesmo distantes.

    A família então empacota as coisas, Rovena fica triste, e eles vão embora. Na nova escola, a garota tenta passar despercebida, com medo de ser alvo de bullying. Mas no final do expediente, uma menina chamada Débora vem falar com ela, e começa a falar sobre livros. Ela é bastante simpática, as duas moram no mesmo condomínio, e rapidamente viram amigas.

    Uma semana depois, o apartamento está mais organizado, e Rovena percebe que a cidade nova é legal, e Nina se tornou uma boa amiga. A famíalia tá feliz, eles planejam ir pra um evento sobre Kafka (o autor parece ser bastante fã do autor), e a moral da história é que os temores de Rovena sobre essa mudança eram infundados, e que na verdade foi algo bom.

    E assim a história acaba, sem nenhum climax, e resolvendo a situação problema proposta (a Mudança) num instante, sem nenhum empenho da garota… as coisas simplesmente aconteceram, e tudo deu certo. Ok. Mas eu até que gostei porque é uma história com uma proposta simples, a leitura é bastante simples, o tamanho é reduzido, e esse tom meio alienígena de enxergar os personagens ficou charmoso. Acho que eu gostaria de ter visto algum conto desse jeito no desafio passado, com uma narração meio Dr. Seuss… este daqui ficou bem infanto-juvenil. Mas eu não considero fora do tema, afinal, nem sei direito o que é alta literatura… então vamos fingir que este conto está dentro do proposto.

    Enfim… boa sorte no desafio!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Thales obrigado pelo seu comentário. na verdade não era a ideia de fazer nenhum documentário e nem um livro infantil. Acredito que realmente não consegui transmitir a minha ideia Por meio dessa história. Eu queria falar sobre o medo do novo, ansiedade que as mudanças provocam, toda a insegurança que envolve essa situação. Escolhi uma personagem adolescente porque acho que nos adolescentes esse sentimento é mais forte. Mas vou continuar tentando e melhorando adquirindo mais técnica.

  7. Jorge Santos
    11 de setembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá Joaqu. Com est? Acabei de ler o seu conto, que faz parte dos meus não obrigatórios, o que é bom, porque não sei que nota lhe iria atribuir. O conto é profundamente moralista, uma família matriarcal onde se aceita como normal uma mudança de casa com base numa conversa. Perdeu-se aqui uma oportunidade de criar um confronto, de ver a revolta da personagem, mas não. A mudança é aceite por todos sem qualquer tipo de confronto, que por parte do marido, quer por parte da filha, que iria perder todos os amigos. E por falar em perdas, não encontrei a adequação a qualquer um dos dois temas. O sentido perdeu-se na referência a Kafka, a ponte de ligação ao tema da Alta Literatura. Achei que a situação poderia ser melhor explorada – pela forma como foi feita a introdução, esperava algo mais impactante e com uma ligação mais vincada a qualquer um dos temas.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Jorge, obrigado pelos seus comentários. Eu queria falar sobre o impacto que as mudanças causam na vida das pessoas. Também sobre a ansiedade que a possibilidade do novo provoca. Eu escolhi uma personagem adolescente, porque acredito que nos adolescentes essas emoções são mais fortes. Mas no fim de tudo acho que não consegui transmitir minhas ideias na minha história. Mas vou continuar tentando.

  8. toniluismc
    10 de setembro de 2025
    Avatar de toniluismc

    A narrativa tem:

    • Clareza sintática e coesão. As frases são bem estruturadas, o tempo verbal é coerente e a pontuação é usada com certo domínio, mesmo com trechos um pouco engessados.
    • Um vocabulário acessível, com tentativas de variedade lexical (como o uso de “progenitora”, “desjejum”, “assomar”), que talvez tentem emular um tom mais sofisticado — o que acaba por resultar em artificialidade.
    • Uso intencional de coloquialismos nos diálogos, o que é válido, mas soa muitas vezes caricato (como no “que bosta, Rô!” ou “tá de zoa!”) e mal balanceado com a narração formal.

    O grande problema técnico é o tom professoral e didático que perpassa todo o texto. Desde a introdução (“Contar-lhe-ei uma história com o objetivo de ilustrar essa proposição”) até a conclusão (“Sendo assim, caro leitor…”), o narrador assume um papel quase instrutivo, didático e excessivamente explícito.

    Isso empobrece o texto, pois não há espaço para subtexto, ambiguidade ou interpretação — características mínimas para qualquer obra que aspire a um lugar próximo da Alta Literatura.

    O conto é absolutamente genérico. Do ponto de vista de construção de mundo, desenvolvimento de personagem ou conflito, ele não apresenta nada que já não tenha sido feito — e muito melhor — por crônicas infantojuvenis, séries de TV para pré-adolescentes ou manuais de boas práticas pedagógicas.

    A presença de Kafka é puramente referencial, quase decorativa, e não ressoa de maneira real no enredo ou no estilo. A Metamorfose é um livro que trata de temas profundos como a alienação, a desumanização, a culpa e a rejeição — nada disso é trabalhado de forma simbólica aqui. O trecho citado funciona como um slogan para justificar a mudança de cidade de uma menina de classe média. Um uso raso e oportunista de uma referência de alta cultura, sem integração formal ou simbólica com o texto.

    Além disso:

    • Os personagens são estereótipos rasos: a mãe elegante e ocupada, o pai excêntrico e relaxado, a adolescente introspectiva, a amiga compreensiva, a nova colega boazinha. Todos absolutamente previsíveis e esquemáticos.
    • O enredo é uma sequência de eventos triviais, sem conflito real ou tensão dramática. Há uma falsa tentativa de criar uma “virada” (a mudança de cidade), mas o tom é tão higienizado que não se gera incômodo ou surpresa.

    A última frase (“não precisamos nos angustiar com novas experiências, já que nem sempre o futuro acontece do modo como imaginamos”) parece saída de uma redação escolar. É didática, redutiva, e infantiliza o leitor.

    Aqui, impacto é o ponto mais frágil. O conto não provoca absolutamente nenhuma emoção genuína. Ele é morno, previsível, redondo demais. Não há tensão, não há transformação psicológica profunda, não há catarse.

    O que temos é:

    • Um “problema” pequeno (mudar de cidade);
    • Um “conflito” simbólico (Rovena não gosta da ideia);
    • Uma “solução” fácil (ela encontra uma amiga, a cidade é legal, a família volta a se unir);
    • Um “ensinamento” óbvio (mudanças podem ser boas!).

    Ou seja, é a estrutura clássica de um texto motivacional juvenil ou de um roteiro de TV educativa. Pode funcionar para leitores de 10 a 13 anos — mas não em um desafio com os temas “Alta Literatura” ou “Sabrinesco”, voltado a um público leitor experiente, que busca densidade simbólica, maturidade emocional e/ou tensão erótica.

    Se a autora ou o autor acredita que só por citar Kafka ou criar um narrador em terceira pessoa com frases longas está automaticamente escrevendo Alta Literatura, ainda falta muito domínio da linguagem literária e do impacto simbólico.

    Seria um texto perfeito para a rodada passada, uma pena.

    De todo modo, muito obrigado por trazer o seu trabalho!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      oi Toni, obrigado pelo seu comentário. de fato sou um escritor iniciante. Lendo o seu comentário sua reforça a minha certeza, não consegui passar a minhas ideias por meio da minha história. Eu queria falar sobre o impacto da mudança na vida da personagem adolescente. Também de toda a ansiedade que ela sente nessa situação. E a insegurança dela com tudo isso que aconteceu. Realmente preciso melhorar muitíssimo, agradeço por toda a sua fala. Eu ainda preciso praticar bastante a minha técnica.

  9. danielreis1973
    7 de setembro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Mudanças (Joaqu)

    Prezado autor(a):

    Como protagonista, Rovena, reage emocionalmente diante de uma grande transformação: a mudança para outra cidade. A escolha de focar no ponto de vista de um adolescente torna o texto inocente e instável. Ao mesmo tempo, a história mostra um amadurecimento gradual da personagem. No geral, a narrativa é bem fluida, apesar de usar algumas expressões bem convencionais, como “não só/mas também”, “franze o cenho”, “correndo esbaforida”, entre outras que os colegas do Entrecontos com certeza deverão apontar também. Como sugestões, acho que você poderia aprofundar um pouco mais alguns personagens, como o pai ou Débora, que me pareceram um pouco simplificados e unidimensionais (o pai tranquilo, a amiga salvadora, etc.). Também os tempos verbais, às vezes no passado, às vezes no presente, trazem um pouco de confusão à leitura. E um ponto que eu sinceramente não gostei foi o final, em que se conversa com o leitor como uma lição de moral: “Sendo assim, caro leitor, não precisamos nos angustiar com novas experiências, já que nem sempre o futuro acontece do modo como imaginamos.” Suprimir essa frase não prejudicaria em nada o conto, a meu ver. Mas boa sorte no desafio!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Daniel, obrigado pelo seu comentário. Sou um escritor iniciante toda ajuda é muito bem-vinda. Vendo os comentários percebo que realmente preciso melhorar a introdução e a conclusão da história. E também o jeito que escrevi parece não ter sido muito adequado. Continuar tentando.

  10. claudiaangst
    5 de setembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Desconsidere o comentário: Não queria ter uma irmã dessas não, viu? Conto errado.

  11. claudiaangst
    5 de setembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Como vai, autor(a)? Pleno(a) na criação literária?

    Um texto que parece se dirigir ao público jovem adulto. As transformações já esperadas da adolescência transbordam com uma mudança para outra cidade, com a consequente busca por pertencimento. Talvez a referência à obra Metamorfose de Kafka tenha como objetivo reforçar a impermanência da vida.

    Não sei se a trama criada pode ser considerada sabrinesca ou alta literatura. Na dúvida, vale o benefício de imaginar que resvalou por um dos temas.

    A linguagem empregada é coloquial, de fácil assimilação, o que torna a leitura fluida.

    Aponto algumas questões que poderiam ser observadas em uma segunda revisão:
    • Enrubece > enrubesce
    • Taier > Tailleur é o conjunto de saia ou calça com blazer > a grafia está incorreta e também a ideia… já que tailleur é um conjunto e não uma peça isolada.
    • a gente vai-se mudar > a gente vai se mudar
    • O uso do “cê” vou considerar como uma adequação à fala informal dos personagens.

    Um conto que pode ser classificado como “entretivo”, com desfecho em aberto. Não queria ter uma irmã dessas não, viu?

    Parabéns pela participação e boa sorte!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Cláudia, obrigado pelo seu comentário. Peço desculpas pelos erros ortográficos sou deficiente visual e tenho dificuldade com a ortografia. E os corretores não corrigem tudo 100%. Quanto ao termo ter foi um erro mesmo de conhecimento da minha parte. Agradeço a correção. Taier. sempre pensei que fosse apenas o blazer feminino. Sou iniciante, ainda tenho muito que melhorar. Vou continuar melhorando minha técnica. E pelos comentários vi que preciso muito melhorar as introduções e conclusões das minhas histórias acho que vou começar por aí.

  12. Gustavo Araujo
    5 de setembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Achei a história redondinha, começo, meio e fim, o que mostra que o(a) autor(a) sabe conduzir bem o enredo. Alguns aspectos, porém, me incomodaram. De início, o narrador onisciente um tanto distante dos personagens, fazendo com que a história se assemelhasse mais a uma matéria jornalística do que a um conto mesmo. Creio que seria mais interessante tornar o narrador menos confiável, de modo a transparecer apego às personagens, deixando de se comportar como um adulto que passa uma lição de moral à gurizada, que foi o que aconteceu aqui. Sim, porque até moral da história há, lá no fim.

    Outra coisa de que não gostei foi a falta de paralelismo na narração. A maior parte é contada no presente, mas há parágrafos que resvalam para o pretérito. Ou é uma coisa, ou é outra. Mas o que me deixou mais frustrado foi a ausência de obstáculos para Rovena. A história toda se desenvolve sem maiores questionamentos, sem desafios, sem que ela seja efetivamente posta à prova. É tudo muito fácil, muito macio. Uma história, para ser interessante, não pode ser uma linha reta. É preciso altos e baixos, dificuldades, questionamentos, alterações, dilemas. Rovena até discorda da mudança no início do conto, mas depois acaba aceitando rápida e passivamente.

    O que se percebe ao final do conto é uma espécie de anticlimax. Sugiro a quem escreveu que ouse mais, que experimente mais. Você domina o arco narrativo, mas está na hora de sair da zona de conforto.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      14 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      oi Gustavo, obrigado pelo seu comentário. Sou um escritor iniciante, preciso bastante melhorar minha tecnica mesmo. Não vou desistir, continuarei tentando até melhorar esses aspectos.

  13. Pedro Paulo
    31 de agosto de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Existe um problema recorrente neste conto. A exposição. Tudo é dito, da idade à aparência dos personagens e a intenção por detrás disso, como se também fosse preciso dizer a quem lê como se deve sentir. Concebe, então, um texto artificial, em que inclusive cada pensamento e situação parece existir para preencher uma arbitrariedade narrativa de: introdução de personagens, apresentação do conflito, resolução do nó. A premissa é interessante e remete ao tema universal do amadurecimento, de modo que havia espaço para o desenvolvimento de um conto que não pareça tão anedótico, dado que fica até uma lição de moral no final, com a narração saindo de seu tom original para se dirigir a quem lê. Acredito que teria casado melhor com o tema “chubesco”.

    Tema: ok; execução: requer mais lapidação.

    Cordiais abraços, boa sorte neste desafio!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Pedro Paulo, obrigado pelo seu comentário. Percebo que ainda preciso melhorar bastante. Quero ver como vou evoluindo nos próximos desafios. Eu não tenho um estilo literário, escreva de acordo com aquilo que o desafio pede. Espero que em outros desafios minha escrita fique melhor.

  14. Fabio Baptista
    24 de agosto de 2025
    Avatar de Fabio Baptista

    Rovena descobre que terá que mudar para a capítal. Após despedidas do mundo antigo e ansiedade pelo novo, logo de cara faz amizade com Débora e percebe que o diabo não era tão feio como se pintava.

    É um conto tranquilo de ser lido, sem entraves e com uma narrativa bem direta. Só me incomodaram um pouco as palavras “progenitora” e “interlocutora”, não por estarem erradas, mas por destoarem do tom mais casual da narrativa.

    O grande problema aqui foi a adequação aos temas. Definitivamente não há nada de sabrinesco (até pensei que Débora resolveria esse problema, mas não) e na minha interpretação não há profundidade suficiente para enquadrar na alta literatura. Ok, temos ali algumas reflexões sobre a ansiedade causada pela antecipação de eventos, guinadas bruscas que a vida dá sem que tenhamos controle e tal… mas não têm um peso tão grande assim no geral.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Fábio, obrigado pelo seu comentário. Eu tentei deixar apenas os diálogos bastante coloquiais o uso das palavras que você citou, foi para não haver repetições próximas dos mesmos ponto porque não gosto disso. Repetição dos mesmos termos. Show o escritor iniciante, mas aqui não é c acredito que aprenderei bastante. Perdoe os erros porque é do ditado do teclado. Sou escritor iniciante. Eu escrevo de acordo com o que o desafio pede, não tenho um estilo próprio ainda. Infelizmente a minha tentativa Não foi bem sucedida não atingi o nível da auto literatura. Entendi isso muito bem por todos os comentários. Espero que em outros desafios meus textos consigam transmitir melhor a ideia que quero passar.

  15. Amanda Gomez
    22 de agosto de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Seu texto fala sobre mudanças, transições e em como elas podem ser assustadoras, especialmente para uma jovem tímida que ainda não encontrou sua voz para expressar o que sente.

    Gostei do desenvolvimento positivo da história, sem exageros melodramáticos. A vida é isso: mudanças, e precisamos segui-las se não quisermos ficar para trás.

    Também gostei da figura dos pais: não são perfeitos, mas estão presentes, atentos, tentando oferecer apoio. Essa sutileza deixa a narrativa mais real e humana. A amizade com Nina e Débora complementa bem, trazendo leveza e mostrando que nem toda ruptura precisa ser dolorosa para sempre.

    Os pontos que eu destacaria dizem respeito à escrita, que me pareceu um tanto engessada. Você conta muito o que acontece, mas não mostra. Faltam nuances narrativas para enquadrar melhor algumas cenas. O narrador soa distante, lembrando até uma fábula. Os diálogos cumprem a função, mas soam artificiais, sem a naturalidade que daria mais vida às personagens. Elas não chegam a ter uma voz própria e definida; tudo é muito direto, sem abrir espaço para a imaginação do leitor. Mas acredito que isso seja apenas questão de aprimoramento.

    Boa sorte no desafio!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Amanda, obrigado pelo seu comentário. Eu pensei que os diálogos estavam bons, mas aparentemente também não estão. Estou tentando exercitar esta questão do mostrar mas não contar, mas ainda encontro dificuldade porque sou escritor iniciante. Espero que nos próximos desafios eu consigo mostrar melhor as minhas ideias pela narrativa.

  16. Priscila Pereira
    19 de agosto de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Joaqu! Tudo bem?

    Posso estar enganada, mas me parece que esse texto é de alguém iniciante na escrita ainda, e notei vários pontos positivos e alguns pontos que podem melhorar um pouco mais.

    Gostei da ambientação, da apresentação dos personagens, tudo muito detalhado, dá pra conhecer bem e quase ver cada personagem. Geralmente essa técnica é mais usada em romances, nos contos nós damos mais atenção ao enredo, ao que está acontecendo e ao psicológico dos personagens.

    O seu enredo é muito simples, uma adolescente que precisa mudar de cidade e tem receios sobre a mudança. Você poderia ter aprofundado o lado emocional e psicológico dessa menina, o que ninguém podia ver. Já que é uma história conhecida, todos passamos por isso alguma vez na vida e podemos nos identificar.

    Algumas frases ficaram engessadas, dura, sem naturalidade. Talvez você tenha optado por palavras mais difíceis por causa do tema, mas com certeza com a prática ainda vai melhorar muito nisso.

    Gostei do aspecto positivo que você deu ao conto, com o final encorajador. Que nem tudo é tão ruim como pensamos, que mudanças podem ser para o bem. É uma ótima lição para crianças e adolescentes.

    Continue escrevendo e participando dos desafios!

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!

    Até mais!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Priscila obrigado pelo seu comentário. Realmente sou escritor iniciante. Espero melhorar nos próximos desafios. Aos poucos vou ver as dicas que recebo nos comentários e vou tentar aplicá-las nas minhas narrativas. Talvez precise amadurecer melhor os contos ou a forma como trago as ideias. Mas meu objetivo está sendo alcançado, que é aprender a escrever melhor.

  17. Givago Domingues Thimoti
    18 de agosto de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    Mudanças (Joaqu)

    Olá, autor(a)! Espero que esteja bem no momento da leitura! Parabéns por participar do Desafio EntreContos! Sempre um prazer ler e comentar o trabalho dos colegas. Espero sinceramente que, ao final da leitura, você sinta que esse comentário tenha contribuído para você de alguma forma! Caso contrário, não leve para o pessoal ou crie ressentimentos. Lembre-se que escrevi com o maior cuidado que pude.

    Sobre o tema, em relação aos demais desafios, optei por mudar alguns critérios na avaliação. Diminui para 4 critérios, dando uma nota maior para adequação ao tema (está valendo 2). A lógica será: 0 para contos sem tema, 1 para contos que tangenciaram o tema e 2 para contos que o tema aparece claro e cristalino.

    Além disso, tomando as definições sugeridas pela Moderação, eu considerei sabrinesco como aquele conto que, por mais que tenha sexo nele (embora não seja obrigatório que tenha), você mostraria tranquilamente para uma pessoa da sua família que é bem careta. Já um conto de alta literatura eu interpreto como um conto mais rebuscado, que instiga o leitor tanto nas ideias (fazendo-o pesquisar sobre algum elemento do texto)  quanto na técnica empregada (podendo ser um ou outro).

    Resumo da história

    Mudanças” é um conto de “alta literatura” que nos apresenta a história de Rovena, uma jovem de 13 anos que se muda para uma cidade grande com os pais e enfrenta grandes preocupações e anseios com esse processo. 

    Aspectos positivos e negativos

    Aspectos positivos: escrita correta
    Aspectos negativos: narrativa meio sem graça. Não me conquistou

    Avaliação por critérios (pontuação total: 5,0)
    Adequação ao tema (máx. 2,0):
    O conto aborda de forma clara, criativa e relevante o(s) tema(s) proposto(s)? Há relação explícita ou simbólica (mas detectável) com o tema indicado? Nota: 1

    Esse conto deu uma resvalada no tema. Ele tem um estilo bem parecido com O Mundo de Sofia, um autêntico romance de alta literatura juvenil. Nesse sentido, penso que é importante analisar esse conto sob uma ótica juvenil (ou seja, é prudente desconsiderar um pouco a complexidade e a interdisciplinaridade). Mudanças é muito bem escrito, entretanto, parece que falta um elemento fundamental para categorizar como alta literatura juvenil: originalidade. Esse conto está muito cru e mastigado. Senti falta de um elemento lúdico e/ou que saísse do comum.

    Ou seja, nota 1.

    Correção gramatical (máx. 1,0): O texto segue a norma culta da língua portuguesa? Se sim, há erros gramaticais, ortográficos ou de pontuação que prejudiquem a leitura? Se optou pelo coloquialismo ou regionalismo, deu para sentir que foi uma boa imitação? Soou forçado? Nota: 0,9

    O texto está muito bem revisado gramaticalmente. O que eu senti foram apenas alguns deslizes pontuais de vírgula e concordância verbal:

    • Seu corpo pequeno, e bem desenhado, suava” → essa vírgula antes de “e” quebra a ligação necessária entre sujeito e verbo.
    • Freelancer tem que vir em itálico, assim como bullying 

    Construção narrativa (máx. 1,0): A estrutura do conto é bem organizada (início, desenvolvimento, clímax e desfecho)? Estica demais, apertou demais? Caso tenha optado por um conto não linear, deu para entender/acompanhar a história? O estilo de escrita é adequado? A técnica chama a atenção? Há fluidez, ritmo e coesão textual? Nota: 0,7

    O conto está dividido em início, meio e fim. Ele flui bem, tem um bom ritmo. No final, quando percebi que o conto acabou, fiquei com aquela sensação de “ué, terminou??”

    Minha crítica nesse ponto é mais voltada para a técnica; quando temos uma história mais suave, por assim dizer, precisamos de uma escrita um pouco mais lúdica, que dê um tempero a mais na narrativa, um tanto menos óbvia. A sensação que tive foi a de uma escrita muito afastada do conto. É uma escrita descritiva, mastigada, preocupada em situar o leitor em relação às emoções da personagem Rovena com uma visão mais adulta (no sentido meio experiente e professoral). 

    De certa forma, esse estilo de escrita meio que contribuiu para a sensação que tive ao final de uma história meio insossa.

    Impacto pessoal (máx. 1,0): O conto provoca reflexão, emoção ou surpresa? Causa uma impressão duradoura ou significativa? Nota: 0,4

    Esse conto me lembrou bastante o Mundo de Sofia, do Jorstein Gardner, em termos de escrita. É um conto juvenil, voltado para um público mais adolescente mesmo. Está bem escrito, etc e tal, mas senti falta de uma narrativa um pouco mais robusta. Pareceu-me que não há um clímax, sabe? Por mais que a problemática do conto esteja lá, tanto do jeito que foi escrito como em termos de fatos da narrativa, não percebi qualquer clímax. Foi meio insosso.

    Pessoalmente, achei ousada a escolha, mas não funcionou muito. Talvez algo tenha me escapado. É um daqueles contos juvenis que não dialogam muito comigo. Tem um jeito bastante descritivo, mais “explicadinho”.  Senti falta de algo mais lúdico e original, menos superficial, que aproximasse mais o leitor. Do jeito que está, senti uma certa distância prejudicial nesse ponto. 

    Nota final (máx. 5,0): 3

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Givago, obrigado pelo comentário. Sou escritor iniciante.notei pelos comentários que preciso escrever com mais profundidade.espero me sair melhor nos próximos desafios.

  18. cyro eduardo fernandes
    18 de agosto de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto explora a insegurança de uma adolescente face às mudanças. Os diálogos soam um pouco forçados. Final causa pouco impacto. Boa sorte no desafio.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Ciro, obrigado pelo seu comentário. Vou tentar melhorar nos próximos contos.

  19. Luis Guilherme Banzi Florido
    12 de agosto de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia! Tudo bem? Tô lendo os contos na ordem de postagem do site, sem ter conferido quais são minhas leituras obrigatórias. Bom, vamos lá pro seu conto.

    Começando pelo titulo, gostei de como ele tem um duplo sentido que funciona muito bem, já que pode se referir à mudança de casa em si, que é o tema central explícito aqui, ou às mudanças que ela acarretaria, daí o plural no título. Achei uma sacada muito legal.

    Falando sobre o conto em si, sua escrita é muito correta. Você escreve muito bem, com uma gramatica e tecnica apuradas, não vi nenhum problema de escrita que valha ressaltar.

    Mas, infelizmente existem outros pontos não tão positivos que preciso mencionar. Pra começar, achei que você quis rebuscar demais o texto, para se encaixar em alta literatura. Acho que sim, alta literatura realmente envolve uma escrita mais rebuscada e tecnica, de certo modo, mas achei que aqui isso acabou atrapalhando seu conto. Achei que ficou exageradamente rebuscado, dando um tom caricato em alguns momentos, sabe? Não entenda mal, caricato aqui ´não quer dizer ridículo nem nada do tipo, quer dizer simplesmente deslocado. Parece que tudo soa superficial e exageradamente polido, sabe? Sabe quando você vê aqueles filmes cujo design de produção trabalhou mal, então você vê uma cena numa casa onde tudo está exageradamente arrumado, e você pensa “tá na cara que ninguém mora aí, que é só um cenário”. Isso acontece muito em novela, também. Enfim, achei que isso deu uma prejudicada no conto, me tirou um pouco da leitura.

    Isso vale igualmente pras falas dos personagens, que soam muito ensaiadas e robóticas. Por exemplo: “— Eu também acho uma ideia maravilhosa, Rô. Eu sinto que preciso passar mais tempo com vocês, e essa vai ser uma boa oportunidade para começar.”

    Não me parece um pai real falando com a familia, sabe?

    Pior que, como falei, voce escreve super bem, entao me parece que o que te atrapalhou aqui foi tentar demais se encaixar na alta literatura, sabe? Uma pena.

    De todo modo, parabens e boa sorte!

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Luiz, obrigado pelo comentário.sou escritor iniciante.segundo os comentários ainda preciso melhorar minha narrativa.espero evoluir nos próximos desafios.

  20. Kelly Hatanaka
    11 de agosto de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Olá!

    Neste desafio, vou avaliar os contos da seguinte forma: Tema vai valer 2 pontos, Forma, 2 pontos, Enredo, 3 e Impacto também 3. Como o tema Sabrinesco parece ter sido especialmente desafiador, vou dar um ponto extra para Sabrinescos bem executados. É pessoal? É. Mas os critérios de avaliação são pessoais mesmo, então paciência.

    Tema

    Um conto infanto juvenil, com ar de fábula ou autoajuda, reforçado pela moral da história no final. Desculpe, mas não encontrei o tema. Não é sabrinesco e não consigo pensar em nenhum gênero mais difícil de transpor para a alta literatura do que o infanto-juvenil.

    Talvez o conto não seja infanto-juvenil, somente a personagem principal é que é adolescente. Mas o tom da narrativa, didática, explicativa, dá a impressão de infantil ou então daqueles livros de autoajuda em que, após o enunciado da ideia, segue uma história ilustrativa: “Josias era um rapaz que sempre teve medo de mudanças. Porém… “.

    Forma

    Em termos de conteúdo, faltou profundidade para ser alta literatura. Neste caso, alguma ousadia na forma poderia ter ajudado.

    Há também um excesso de descrições e um narrador com tom professoral. Os personagens são desenhados de forma caricata. A mãe que faz tudo, o pai avoado, a filha adolescente.

    Enredo

    Rovena, adolescente tímida, se angustia com a mudança para outra cidade. No fim, faz amigos e percebe que sofreu desnecessariamente.

    Impacto

    Baixo. Penso que o autor tentou desenvolver uma alta literatura, mas faltou profundidade e/ou inovação e/ou estilo. Veja bem, se fosse um sabrinesco, eu não estaria questionando estas faltas, pois é um estilo que não pede por esses elementos. Mas, na alta literatura, são itens necessários.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Kelly, obrigado pelo comentário. sou escritor iniciante. Pelo que vi nos outros comentários preciso melhorar minha narrativa. Espero evoluir nos próximos desafios

  21. Thiago Amaral
    9 de agosto de 2025
    Avatar de Thiago Amaral

    Um conto fofinho sobre mudanças e expectativas.

    A autoria escreve bem, sem grandes deslizes Notei apenas uma falta de travessão para indicar o fim de um diálogo. Fora isso, consegue-se entender perfeitamente o que ocorre, numa descrição precisa da história.

    Inclusive, o estilo de escrita passa a impressão de neutralidade para o narrador, usando termos como “progenitora”, “dormitório” e “propriedade”, que dão ar sério, e que poderia ter sido escrito por um advogado ou profissional similar. Isso não é necessariamente ruim, mas deve ser levado à consciência para que a autoria possa decidir se bate com o tom que se deseja conferir à história.

    Quanto ao tema, não vi muita conexão com Alta Literatura, exceto pela menção a Kafka. Sim, a linguagem está formal, mas não parece ser usada de maneira tão “pra frentex” quanto eu imaginaria no gênero. Pelo contrário, está até bem comercial, sem grandes ousadias. O tema é abordado mais numa trama infanto-juvenil do que na profundidade da Alta Literatura. Sendo a conexão com Kafka também usada de forma superficial, temos uma história leve, o que, novamente, não é ruim, mas atrapalha o conto no contexto do desafio.

    Algumas partes também estão um tanto didáticas, o que nos tira da trama por ela ser explicada demais. O primeiro parágrafo introduz e disserta sobre o tema, como que para deixar claro sobre o que vai ser a história e para que entendamos que ela é profunda. O segundo explica todo o contexto da família, o que poderia ser demonstrado na cena seguinte, da cozinha, de maneira mais sutil (inclusive pelas roupas de cada um, como foi feito). A fala da mãe sobre a mudança também é direcionada mais para o leitor do que para a menina, já que ela provavelmente já sabia da mudança. Então fica um pouco artificial ter tudo mastigadinho desse jeito, entende?

    A trama também é trivial demais, sem grandes surpresas, revelações, riqueza de personagens ou símbolos (exceto pela ligação com o Kafka). Se a simplicidade da história fosse direcionada para pré-adolescentes até poderia ser um bom conto numa coleção simples de escola, mas no contexto do desafio fica uma trama calma, que não salta aos olhos do leitor exigente que participa. O final leve, apesar de realista, já que de fato às vezes a vida simplesmente é boa e sem grandes revelações, não impacta o leitor, que quer uma emoçãozinha a mais justamente pra apimentar a própria existência. kkkk Portanto, muitas vezes queremos uma história e diálogos interessantes, bem escritos, mas que PARECEM reais kkk

    Conclusão: Um conto bem escrito, mas simples demais. Parece ser escrito por alguém iniciante, que com o tempo vai se desenvolver mais. A escrita clara já mostra um futuro promissor. Basta adquirir mais experiência.

    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Tiago, obrigado pelo comentário. Verdadeiramente sou escritor iniciante. Pelos comentários que vi até agora, preciso melhorar bastante minha narrativa. Todos disseram que pareceu um texto e foto juvenil. O que não foi minha intenção. Ainda não consegui estabelecer bem esses critérios. Espero evoluir nos próximos desafios

  22. marco.saraiva
    7 de agosto de 2025
    Avatar de marco.saraiva

    Eu conto meio-fábula, que já se identifica como tal no início. O narrador aqui vem de um lugar de sabedoria, querendo nos contar uma lição em forma de história. Então, acompanhamos a vida de Rovena em seus dramas comuns da adolescência: puberdade, a disputa de atenção com os pais, a angústia de mudar de escola e de cidade. No final, porém, tudo dá certo, ela encontra novos amigos, e aprendemos que, apesar de sair do lugar-comum poder instigar a nossa ansiedade, há sempre como tirar o melhor da situação.

    A leitura é simples e rápida, sem surpresas, sem grandes conflitos. A trama não é bem trama, é mais um passo a passo dos pontos-chave de uma vida adolescente típica. No final o narrador retorna à voz ativa, fechando a leitura.

    Não vi erros na técnica, e o conto é fácil de ler. Parabéns pelo esmero!

    NOTA:

    • Achei a linguagem um tanto burocrática. A voz do conto está mais para uma coluna de jornal relatando os fatos de um evento rotineiro. Não ajuda que os pais muitas vezes são referidos como “progenitores” e a mãe é até chamada de “matriarca familiar” – apenas um exemplo do linguajar usado. Achei que o conto tem pouca identidade, pouca personalidade, e se preocupa mais com o português correto do que, de fato, com a sinceridade do autor. No geral, a leitura parece que vem “de fora” ao invés “de dentro”.
    • O tempo verbal é também um pouco confuso. O conto foca na narrativa no presente, mas há diversos trechos no pretérito, e não há um padrão.
    • Léo Augusto Tarilonte Júnior
      16 de setembro de 2025
      Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

      Oi Marco obrigado pelo comentário. Sou escritor iniciante e suas intervenções foram importantes para que eu possa melhorar no futuro.. por tudo que vi nos comentários, parece que preciso melhorar bastante ainda minha narrativa. Espera evoluir nos próximos desafios.

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Publicado às 2 de agosto de 2025 por em Liga 2025 - 3B, Liga 2025 - Rodada 3 e marcado .