EntreContos

Detox Literário.

Um Presente do Gatinho Miúdo (Léo Tarilonte)

Amanheceu, Miúdo arregalou os olhos verdes de gato, espreguiçou-se, lambeu sua pelagem cinzenta, e saltou para o chão, saindo da caminha almofadada onde dormia.

O gatinho olhou ao redor, sentindo-se confortável e protegido, inspirou profundamente, tremeu os bigodes e as orelhas, correu furtivo para baixo da cama de sua humana. 

Petit acordou, bocejou, sentou-se na cama e espreguiçou-se. Cachos negros e desgrenhados e molduravam sua face infantil. Ela vestia uma camisola estampada com gatos coloridos, a garotinha amava todos os felinos. A menina pousou os pezinhos delicados sobre o felpudo tapete de oncinha que forrava o piso de seu quarto. Miúdo deu o bote, batendo com a pata macia contra a perna de Petit. A criança gargalhou de prazer e falou, simulando susto: 

– Miúdo, Miúdo; sempre aprontando, né? – Ela esticou o bracinho e coçou o filhote atrás das orelhas. O gato saltou para cima da cama e aninhou-se no colo de sua humana. A garota falou, levantando-se, embalando o animalzinho nos braços como se ele fosse um bebê: 

– É hora do café, Miúdo. Eu tô morrendo de fome. Hoje vai ser um sábado muito legal! – Quando Petit entrou na cozinha, acariciando o pelo macio de Miúdo, seus pais já estavam à mesa. A menina cumprimentou os com um bom dia sorridente e carinhoso.

– Bom dia, meu amor! – Respondeu a mãe também sorrindo, e o pai exclamou amorosamente: – Bom dia, princesa!! – Miúdo saltou para o chão e caminhou resoluto em direção à seu potinho de ração, imaginando como retribuiria a todo o carinho, que recebia ali, enquanto a garotinha assumia seu lugar à mesa do café.

Depois de comer, o gato saiu para o quintal. Ele agachou-se por entre a grama alta, espreitando os passarinhos, que voejavam ao redor. Hoje pegaria um deles; afinal, ele era ou não era um grande caçador?

Enquanto vigiava, o filhote recordava o dia em que fora encontrado por sua humana… Há alguns meses, Petit e seus pais passavam um domingo agradável em um parque da cidade. Enquanto o casal conversava sob a sombra de uma árvore, a menina corria e cabriolava por entre os canteiros floridos. Ela escutou o miado fino, seguindo o som encontrou o filhotinho cinzento de gato. Foi amor à primeira vista.

No presente, Miúdo entrou na cozinha, trazendo pássaro entre as mandíbulas. Petit deixou sua colher de mingau cair; a mãe exclamou severamente: – Que coisa feia, Miúdo! – O pai pegou uma folha de jornal, e enrolando aquele troféu macabro, saiu para o quintal. Miúdo pensou: “Por que eles não gostaram do meu presente?”

Sobre Fabio Baptista

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19 comentários em “Um Presente do Gatinho Miúdo (Léo Tarilonte)

  1. claudiaangst
    17 de junho de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Que conto perfeito para entrenter crianças pequenas! Por ser curto, o texto não cansa e proporciona uma leitura rápida e agradável. O ponto alto, claro, foi o final. Cheio de boas intenções, o gatinho não entende a razão de não terem gostado do seu presente. Parabéns!

    • claudiaangst
      17 de junho de 2025
      Avatar de claudiaangst

      *entreter crianças pequenas!

  2. Bia Machado
    14 de junho de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Olá, tudo bem? Um conto curto sobre gatos, que eu poderia tranquilamente usar em uma atividade dos meus alunos de 5° ano. Curtinho, um miniconto, talvez uma crônica? Singelo e bem imagético o texto, eu imaginei a situação apresentada e até vivenciei isso na minha vida, porque tenho gatos e é cada coisa que trazem… Às vezes o bichinho ainda está vivo… 🥲 Espero ver outros textos seus por aqui, no próximo desafio.

  3. Leo Jardim
    13 de junho de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 TRAMA (⭐⭐▫▫▫)

    Pontos Fortes:

    • Cena Íntima Bem Construída – A rotina matinal de Petit e Miúdo estabelece com eficiência o vínculo afetivo entre ambos.
    • Flashback Orgânico – A recordação do resgate no parque é inserida sem quebras na narrativa.

    Pontos de Melhoria:

    • Conflito Ausente – A entrega do pássaro morto poderia gerar tensão (ex.: Petit ficar dividida entre gratidão e nojo), mas é resolvida rapidamente.
    • Final Previsível – Falta surpresa; poderiam haver pistas anteriores da intenção de Miúdo (ex.: ele observando presentes humanos como flores ou brinquedos).
    • Estrutura Circular Perdida – O conto poderia fechar, por exemplo, com Miúdo planejando um novo “presente”, criando ironia dramática.

    📝 TÉCNICA (⭐⭐⭐▫▫)

    Acertos:

    • Linguagem Acessível – Adequada ao público infantil, com frases curtas e vocabulário simples.
    • Detalhes Sensoriais – O tato é bem explorado (“pata macia”, “pelo macio”), reforçando a atmosfera acolhedora.

    Erros/Oportunidades:

    • Excesso de Adjetivos – Frases como “cachos negros e desgrenhados e molduravam sua face infantil” sobrecarregam a leitura.
    • Ritmo Desbalanceado – A cena do café é alongada, enquanto o clímax (o pássaro) é tratado em apenas três frases.

    🎯 TEMA (⭐⭐)

    • Classificação: Conto infantil chubesco (fofinho), sem elementos de fanfic.
    • Núcleo Temático:
      • Amor Incondicional – Miúdo tenta agradar à sua humana, mesmo falhando.
      • Incompreensão Espécie – O equívoco sobre o “presente” reflete diferenças entre mundos felino e humano.

    💡 CRIATIVIDADE (⭐⭐▫)

    Destaques:

    • Perspectiva Felina – A narrativa focada em Miúdo (e não em Petit) traz frescor.
    • Ironia Sutil – O contraste entre a doçura inicial e o troféu macabro tem potencial cômico.

    Oportunidades Perdidas:

    • Simbolismo – O pássaro poderia representar algo além de um mero erro (ex.: a natureza selvagem de Miúdo vs. domesticação).

    🎭 IMPACTO (⭐⭐▫▫▫)

    Por Que Funcionou Parcialmente:

    • Cena Comovente – O flashback do resgate no parque evoca empatia.
    • Universalidade – Donos de pets se identificarão com os presentes “estranhos” de animais.

    O Que Limitou:

    • Clímax Rápido Demais – O impacto do pássaro é minimizado pela resolução imediata.
    • Emoção Contida – A reação de Petit é genérica (“deixou a colher cair”); falta algum conflito interno.

    Observação Final: Uma história adorável, mas que precisaria de mais tensão narrativa e profundidade temática para se destacar. O núcleo (a incompreensão entre espécies) é forte e merece mais desenvolvimento.

  4. Andre Brizola
    8 de junho de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Raettlion!

    Como terminei minhas leituras e comentários obrigatórios, tive tempo para vir conferir os contos das outras séries. Então, cá estou eu, metendo o bedelho na série C. E acho que esse é o terceiro ou quarto desafio seguido que temos um conto de gato. Na verdade, neste desafio, esse seu conto é o segundo que estou lendo. Não deixa de ser curioso, e a dúvida volta a me surgir: os contos com gatos estão aparecendo porque querem escrever sobre gatos, ou estão aparecendo porque percebe-se que os protagonistas gatos obtêm muita aceitação dos leitores gateiros, ou ainda, é um misto das duas situações? Nos meus contos obrigatórios fiz um esquema de comentário mais organizado, para ser mais prático e ágil. Farei algo semelhante aqui.

    Técnica – Seu conto tem uma estrutura bastante conservadora, o que é bastante normal, devido ao tamanho diminuto do texto. Acho que não caberia mesmo nenhum tipo de inovação ou invencionice. As inserções de diálogos funcionaram bem, para não deixar os parágrafos de narração tomarem conta do conto, tornando tudo muito monótono. Então, até aí, tudo certo. Mas, num texto tão curto, esperava-se uma revisão mais apurada, pois há bastante coisa a ser resolvida se formos vermos de forma proporcional. Por exemplo, “emolduravam” ficou separado como “e molduravam”, no terceiro parágrafo. Outro exemplo, no sexto parágrafo, na frase “em direção à seu potinho de ração”, a crase aí não entraria, pois o sujeito pede o artigo “o”, então deveria ter vindo um “ao” no lugar do “à”. Mas há outras coisas, como a falta de vírgulas e alguns lugares, e o excesso em outro.

    Enredo – Curto e ágil. Não há muito a dizer aqui, pois é basicamente uma cena do cotidiano, em que não há muito a ser analisado. O conflito é mínimo e foi tratado de forma muito superficial para fazer qualquer tipo de comentário mais profundo. Entendo que essa foi a proposta, mas me pareceu pouco.

    Tema – Para este desafio nossa escolha era entre fanfic, o que não foi o caso, e o chubesco. Seu caso é o de um conto infantil, então a proposta do desafio foi cumprida com louvor, sem nenhum tipo de margem para dúvidas.

    No geral, achei que o conto só acerta no quesito tema, ficando muito a dever nos outros dois. Não sei qual foi a causa disso, mas se você for participar do próximo desafio, com os temas sabrinesco ou alta literatura, recomendo fortemente investir numa revisão bem mais apurada, pois você estará na série B, sendo avaliada pelo pessoal da série A, com notas sendo atribuídas. Detalhes importantes como revisão e um enredo mais bem desenvolvido, podem garantir um comentário bem mais positivo do que esse meu. Tente não encarar esse comentário como uma crítica negativa, e sim como uma sugestão já pensando nos próximos, ok?

    É isso, boa sorte no desafio!

  5. Alexandre Costa Moraes
    8 de junho de 2025
    Avatar de Alexandre Costa Moraes

    Olá, entrecontista!

    Li com atenção seu conto e gostei muito da delicadeza da escrita e da forma como você expôs perspectivas sutis sobre a relação entre gato e família.

    Acredito que há uma reciprocidade na adoção entre humano e pet. O gato também escolhe o “dono”. Isso posto, achei especialmente tocante o gesto de presentear com o passarinho morto, um presente genuíno de afeto. O gato segue seu instinto para oferecer algo que, aos olhos dele, tem valor. Mas o humano, imerso em sua lógica racional e higienista, interpreta como algo “nojento”. Isso ressalta uma falha de empatia em nós humanos, pois muitas vezes não nos dispomos a compreender os códigos de amor do outro, especialmente quando esse outro fala uma linguagem diferente da nossa.

    Seu conto funciona como um convite e, talvez, um alerta para que a gente tente decifrar os hábitos e afetos dos animais com quem convivemos. Se fosse um filho humano fazendo algo estranho, o tutor certamente buscaria entender. Mas com o gato, é comum que a reação oscile entre o julgamento apressado e o descarte emocional.

    A descrição da gratidão, do gesto instintivo e do contraste entre linguagens foi apresentada de forma doce, simples e cheia de emoção. O autor, com sensibilidade, nos lembra que adotar é também aprender a escutar, interpretar e acolher outras formas de amar.

    Gostei muito do conto. Parabéns e boa sorte no desafio!

  6. Thiago Amaral
    7 de junho de 2025
    Avatar de Thiago Amaral

    Olá!

    O conto sem dúvida atende ao tema chubesca por conta da sua fofurice. É um retrato do cotidiano que nos mostra o dia a dia de uma família e sua gata. Conseguimos mergulhar na vida deles por um breve momento.

    Da forma como foi escrita, é uma história bastante simples. Não há uma preocupação em narrar algo diferente ou inusitado. Temos apenas a vida como ela é. E não tem problemas, é uma forma válida, e pode agradar muitas crianças e adultos. Na forma de uma competição provavelmente não será vencedor, mas não acho que era o objetivo.

    Tendo a concordar com o comentário do Pedro Paulo de que está mais próximo da crônica, já que não temos um conflito, uma trama específica, etc. Mas não tem problema. O importante é ter atendido aos objetivos da autoria.

    Obrigado e boa sorte no desafio!

  7. cyro eduardo fernandes
    7 de junho de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Um bom conto, leva a uma reflexão sobre a domesticação dos animais. O quanto há de amor na adoção de um pet? seria maior que o egoísmo do dono? O que é racional e o que é irracional. Breve, com boa técnica e bom impacto.

  8. Sarah S Nascimento
    26 de maio de 2025
    Avatar de Sarah S Nascimento

    Olá! Oh, um conto com gatos, ai que lindeza, que fofura! Eu tenho um gato sentado todo folgado aqui no meu colo enquanto eu leio o conto! risos.
    Oh,que fofo, a indignação do gato sem entender porque não gostaram do troféu que ele capturou foi muito bom! risos. A descrição da garotinha tá excelente, como tudo parece bem, essa atmosfera de amor dessa casa é tão convidativa!
    Mas eu queria mais! Seu conto é bem curtinho! Mas está muito bem escrito, envolvente e bonito, por isso fiquei com essa sensação de querer mais aventuras desse gatinho tão fofo! Mas foi excelente viu? Não tenho pontos negativos pra citar, sua construção da atmosfera do conto tá ótima, as descrições, como já citei, tanto da menina, quanto do gato, são muito boas. Até a parte meio flashback ali ao mostrar como foi que a família adotou o gato, tá muito bem explicado. Só realmente achei muito curtinho, acontece bem poucas coisas. Mas é isso, ótimo conto!

  9. Marco Saraiva
    25 de maio de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    No conto, Miúdo, um gato de estimação, fica confuso quando os seus humanos não gostam do presente que trouxe para a sua querida Petit.

    O conto é muito bem escrito, há uma clara habilidade com o português, com o uso das palavras e a estruturação da narrativa. Mas, no geral, o conto parece apenas o primeiro ato de uma história. Tudo está ali: os personagens, as relações estabelecidas, os protagonistas na forma de Petit e Miúdo. O conflito é estabelecido: miúdo e o seu presente mal interpretado. Mas então, o conto termina. E havia tanto espaço para mais!

    Era possível, por exemplo, explorar a diferença de percepção entre os personagens, talvez fazendo Petit entender que Miúdo é descendente de predadores e vê o pássaro morto como um presente, e Miúdo também entendendo a lição e aprendendo a não mais oferecer pássaros mortos aos seus humanos. Isto seria, inclusive, uma interessante lição para um conto infantil. Mas este é apenas um dos muitos caminhos que o conto poderia seguir. Infelizmente, ao meu ver, ele terminou cedo demais. Uma pena!

  10. JP Felix da Costa
    24 de maio de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Um conto curto sobre um gato, o meu animal preferido. Esta história retrata algo muito comum: as pessoas terem animais de companhia, mas não se darem ao trabalho de as entender. Obviamente, isto dá azo a desentendimentos entre espécies, sendo que o animal é quem mais “sofre” com isto. Um gesto de gratidão do gato, que trás comida para oferecer, é recebido com repulsa. Creio que o objetivo do conto é este, o contrate entre espécies e os mal entendidos que podem surgir das pessoas não procurarem conhecer o animal com quem convivem.

    No entanto, a história parece-me ter um ritmo estranho. Termina de forma muito súbita, como se fosse continuar. O ritmo algo lento com que narra os acontecimentos acelera drasticamente na parte final e termina de forma algo abrupta. Compreendo que o objetivo é mesmo deixar a questão do gato no ar, mas sinto que talvez fosse possível ser melhor executado. Para conto para crianças tem alguns elementos que não se enquadram, como o uso da palavra “macabro”. Apesar disso poderá ter um papel didático para explicar às crianças que é preciso compreender os animais para se poder viver em harmonia com eles.

    Gostei da história, embora me pareça que pudesse ser melhor executada.

  11. Kelly Hatanaka
    23 de maio de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um ótimo conto infantil, singelo e doce.

    Tadinho do Miúdo, ninguém apreciou seu presente!

    Mas eu gostei desta história de amizade entre o gato e sua dona e de gratidão.

    É um conto curto, mas acho que ele foi bem pensado no sentido de ser um conto infantil. Está do tamanho que uma criança leria e tem uma linguagem adequada também.

    Muito bom!

  12. Antonio Stegues Batista
    10 de maio de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Sinopse: Certa manhã um gato sai para o quintal, caça um passarinho e o leva para sua tutora. O conto está bem escrito e inserido no tema infantil. As frases são carregadas de delicadeza, suavidade, essencial numa história infantil. Porém, parece que esse tom gracioso e amável é para iludir o leitor, uma camuflagem onde o horror está escondido e se revela na cena final, o gato matando um passarinho! Por esse aspecto, o conto merece uma nota 4,5. Parabéns e boa sorte

  13. Luis Guilherme Banzi Florido
    10 de maio de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Boa tarde!

    Um conto fofinho e que funciona bem para o publico alvo, por se tratar de um conto infantil, mas que sinceramente me deixou com a sensação de estar incompleto. Nao tem problema o conto ser curto, claro, mas parece que voce quis contar varias coisas aqui, e acabou nao chegando ao final de nenhuma delas. Voce narra os pensamentos do gatinho, o amor da menina por felinos, o dia em que ele foi encontrado, o desejo dele de presentear a familia para retribuir a gratidao que sente.

    Achei que podia usar melhor o espaço disponivel de 3 mil palavras para desenvolver mais esses topicos. Do jeito que está, fica tudo meio solto, sabe? Por exemplo, entendi a ideia do desfecho, que tem um tom de humor e a ideia de fechar o conto repentinamente com bom humor. Mas acho que faltou preparação, tanto que desci a pagina achando que tinha mais.

    Note que nao tenho intenção de criticar o conto todo e nem quero que pareça que nao gostei. Achei uma leitura gostosa, uma historia fofa que agradaria facilmente as crianças. Alem disso, a escrita é boa, correta, com bom ritmo. Com exceção de uma crase mal colocada, nao vi problemas, tá tudo certinho. Se eu indiquei todos os pontos acima, foi unicamente com o intuito de oferecer um feedback construtivo.

    Parabens e boa sorte!

  14. Nipar
    9 de maio de 2025
    Avatar de Nipar

    leitura leve, agradável. Poucos diálogos, mais descritivo. Boa revisão. Tema ok, com chubesco ou até infantil. boa finalização. gostei.

  15. Givago Thimoti
    8 de maio de 2025
    Avatar de Givago Thimoti

    Um Presente do Gatinho Miúdo 

    Da série “fazendo a boa”, para os calouros da Série C, vim apresentar minhas impressões pessoais sobre o seu conto.   Um Presente do Gatinho Miúdo é um conto curto, de temática infantil, que nos apresenta a história de Petit e Miúdo, uma criança e um gato recém adotado. O grande plot do conto é o presente de Miúdo para a família; um passarinho morto.

    Duas coisas me desagradaram nesse conto: primeiro, erros gramaticais bobos, sinalização errônea de diálogos. Assim, é uma coisa besta, mas é uma coisa besta que valorizo bastante. Esses erros escapam mesmo, às vezes, mas creio que é sempre importante se atentar a isso, revisar com atenção ou, pelo menos apelar para uma IA de revisão gramatical. Enfim, para os próximos textos, é importante se atentar a isso.

    Segundo ponto: eu senti esse conto um tanto fora do tema. Se eu fosse dar uma nota nesse aspecto, de 1 até 5, provavelmente daria 2,5. A roupagem de um tema infantil está lá. Criança fofinha, gatinho fofinho. Relação fofa entre os dois.

    O problema é o grande clímax/desfecho no conto. O gato matar uma ave e levar para a família pode ser um ato de gratidão e tals, mas não é fofo, convenhamos. A imagem para uma criança com certeza não é fofa. Enfim, destoou bastante, pelo menos para mim, do tema do desafio. Pessoalmente, é importante que o conto não tenha apenas a roupagem, mas também seja em sua boa parte de acordo com o tema.

    Ainda em tempo; foi uma boa sacada. Só não deu certo.

    Fico feliz que você tenha contribuído para o nosso desafio! Espero ver mais do seu trabalho outras vezes! Seja bem-vindo/vinda ao EntreContos!

  16. Raphael Polimanti
    7 de maio de 2025
    Avatar de Raphael Polimanti

    Parece um texto autobiográfico sobre o carinho com os animais. Achei fofo e divertido. Me lembrou dum gato de uma ex-namorada que vinha trazer insetos e pássaros mortos do quintal nos dias de chuva. E é engraçado, porque recebemos com espanto um sinal de carinho, porque não é o presente que esperamos, um presente “sujo e mórbido” vindo de uma criaturinha maravilhosa.

    E realmente, se gatos pensassem como nós, deveriam ficar muito frustrados com suas tentativas de serem amáveis. Na páscoa damos e comemos comidas gostosas entre nós, mas quando os gatos jogam na gente um pedaço delicioso de pata de barata, a gente rejeita. Hipocrisia.

  17. Priscila Pereira
    7 de maio de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Raettlion! Tudo bem?

    Gostei bastante do seu conto, com certeza muito fofo! 🥰

    Da pra notar que você escreve muito bem, mas a revisão ficou faltando em algumas partes. Principalmente na pontuação dos diálogos, e algumas palavras que deveriam ser juntas, ficaram separadas como “e moldurava” , e tem também duas vírgulas juntas e falta espaço depois de algumas pontuações. Coisas simples, que não prejudicam a qualidade do conto.

    Seu conto está na medida certa para um bom infantil. O gatinho é um ótimo personagem, bem desenvolvido. E age como os felinos costumam agir! A menininha é muito fofa também.

    Leria para minha filha? Com certeza! E ela iria amar! 🥰

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  18. Pedro Paulo
    4 de maio de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Oi! Dificilmente faço introduções ao comentar um conto, mas fiquei sabendo que a série C contém apenas novatos, então aproveito para dar boas-vindas e, sobretudo, recomendar que nos acompanhe nos próximos desafios. Participo desta comunidade há quase dez anos e o tanto que cresci na escrita nesse período posso atribuir a esta grande colaboração que é o EntreContos. A experiência de, na imparcialidade do anonimato, ter o seu texto comentado e ranqueado, em geral escrito para atender a um desafio de temas e limites de palavras… da forma como foi sofisticado aqui, não encontrei igual.

    Enfim, por questões regulamentares não sou obrigado a ler a série a C, mas é muito mais legal ler todos os textos participantes, então farei esse esforço nesses desafios. Só não atribuirei nota e também não costumo separar meus comentários em tópicos, o que talvez desse em uma impressão mais bem estruturada, mas poderá perceber que, de praxe, comento entre dois aspectos: forma (escrita, estrutura do texto, vocabulário, diálogos, etc.) e conteúdo (enredo, personagens, adequação temática, narrativa, etc.). Espero contribuir. Boa sorte no desafio!

    Adorei esse texto! É muito bonito, mostrando uma família por duas perspectivas, da menininha e do gato adotado, quase como se fosse uma fotografia da manhã de uma casa. É um exemplo em que a escrita tonaliza a leitura, todas as melhores palavras escolhidas para a descrição dos personagens e da cena. Entretanto, tenho uma ressalva. É uma crônica, não um conto. A definição desses dois gêneros é recorrente aqui no grupo, até devido ao nome ser “EntreContos”. Há quem discorde da importância dessa discussão, mas eu não sou um desses. Em suma, concebo “conto” como um texto narrativo desenvolvido em torno de um conflito, enquanto “crônica” é mais o retrato de uma situação estática, geralmente cotidiana, sem necessariamente haver um ponto de tensão ou disputa que mova a trama. Acho que esse texto, de que gostei bastante, enquadra-se mais no segundo gênero.

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Publicado às 3 de maio de 2025 por em Liga 2025 - 2C, Liga 2025 - Rodada 2 e marcado .