EntreContos

Detox Literário.

Pand(eg)a (JP Felix da Costa)

— Vais ver, vai ser divertido. Uma casa nova, numa cidade diferente. Ainda por cima, é a terra do teu pai.

A mãe, sentada no banco da frente, tentava animá-lo. O pai, ao volante, mantinha-se em silêncio, dividindo a atenção entre a conversa e a estrada que percorriam.

— Vais fazer amigos, na nova escola, tenho a certeza. E vais fazer muitos, como o teu pai fez quando lá andou.

Joselito olhava pela janela. Lá fora, a grande cidade dava lugar a campos salpicados, aqui e ali, por pequenas casas. Rodou a cabeça e olhou para a mãe.  Não podia esperar por crescer e deixar de ficar amarrado àquela pequena cadeira que lhe prendia o corpo sempre que andava de carro. A mãe sorriu e ele sorriu de volta. Ela esforçava-se por o animar, ele sabia, mas amigos era coisa para a qual não tinha vocação. Não era que não gostasse de os ter, mas era-lhe difícil falar com outras crianças, mais ainda quando não as conhecia. Se fizesse um amigo, o que duvidava seriamente, seria o primeiro de sempre.

A casa não era muito grande. O quarto com que ficou tinha uma janela que dava para um pátio nas traseiras. Há dois dias que os pais não faziam mais do que arrumar e arrumar coisas. Eram as mobílias que chegavam, os parafusos para apertar para as montar, as jarrinhas, os porta-retratos, e todas as outras tralhas com que a mãe enchia o topo dos móveis e as paredes. Joselito ficava no seu quarto enquanto tudo aquilo acontecia. Estava aborrecido. Pegou na bola e foi ter com o pai.

— Vens jogar comigo para o pátio?

O pai, que lutava com uma estante, parecia um tomate, de tão vermelho que estava, o que contrastava com o branco da camisa de mangas arregaçadas.

— Não vês que agora não posso, Joselito? Vai brincar sozinho.

“Sozinho?”, pensava Joselito, enquanto voltava ao quarto, “eu não quero estar sozinho”. Atirou com a bola para um canto e sentou-se no chão, de pernas cruzadas. Pouco depois, levantou-se. “Vou para o pátio”. Abriu a porta das traseiras, mas, em vez de ver o cimento do chão, viu uma parede branca. Não era bem uma parede, porque tinha pelos. Era algo que tapava, por completo, a porta. Tocou-lhe, levemente. Era macio. Encostou-se. Como era estranha aquela parede fofinha. Mesmo assim, continuava a não o deixar sair. Começou a mexer com a mão, a ver se conseguia perceber o que aquilo era.

— Para, que me fazes cócegas — ouviu uma voz dizer. Era grave, como se viesse de uma boca grande, mas, ao mesmo tempo, era quente e aveludada. Olhou em volta, mas não viu ninguém. Encolheu os ombros e voltou-se de novo para a parede fofa. Agarrou os pelos com as duas mãos e puxou.

— Isso não se faz! — ouviu novamente a voz. — Isso dói!

Já podia ver o pátio. A parede movera-se para o lado. Quando avançou para sair, algo preto veio contra ele. Foi como ser empurrado por uma almofada grande, mas ainda mais fofa. Caiu para trás, ficando sentado no chão. Pela porta viu um bocado de uma cara branca que o olhava com um olho grande dentro de um círculo preto.

— Quando te fazem a ti, não tem piada, pois não?

Joselito levantou-se e caminhou até sair para o pátio. À sua frente estava um quadrado de cimento com um muro à volta. No canto a mãe já colocara um estendal que esperava por uma nova remessa de roupa que andava às voltas na máquina. Olhou para o outro lado e viu um panda. Era tão alto como a casa. Estava sentado, com as patas encostadas ao corpo e olhava para ele com um ar zangado. Parecia o pai quando ele fazia alguma asneira. Aproximou-se dele e tocou-lhe.

— Tu és de peluche.

— E depois?

— Os pandas de peluche não falam.

— Os pandas, não, mas eu não sou um panda.

Joselito olhou para ele de cima a baixo. Tinha cara de panda, branca com os olhos dentro de círculos pretos, e corpo rechonchudo de panda. Só podia ser um panda de peluche, igual aos que via nas lojas de brinquedos, mas muito grande.

— Então és o quê?

— Eu? Eu sou um pândega. Não sou panda, sou pândega. É muito diferente.

Joselito soltou uma gargalhada.

— Não existem pândegas, só pandas. Pândega é outra coisa.

— Estás a dizer que eu não existo? — retorquiu o pândega, indignado. — Como não existo, se estou aqui?

— Estás aqui porque és um amigo imaginário. Só existes na minha imaginação.

O pândega riu-se e apontou para ele com uma pata felpuda.

— Ah! Então está provado que eu existo, porque tu não tens amigos!

Os ombros de Joselito caíram. O sorriso desapareceu. Baixou a cabeça e olhou para o chão.

— Se calhar, tens razão. Se eu não tenho amigos, porque teria um imaginário, não é verdade?

Sentiu uma pata fofa tocar-lhe o queixo e empurrar-lhe a cabeça, gentilmente, para cima.

— Mas podemos ser amigos na mesma — disse o pândega. — Só não somos já amigos. É assim, hoje não somos amigos. Hoje conhecemo-nos. Amanhã vamos ser amigos. O que é que isto significa? Simples. Se eu fosse um amigo imaginário, já eramos amigos, e, então, eu não existia. Se ainda não somos amigos, então eu não sou imaginário. Em conclusão, eu existo. Ou seja, os pândegas existem.

— Os pândegas existem — repetiu Joselito. Os olhos dele brilhavam e o sorriso regressava.

—Joselito! — Ouviu a mãe chamar, de dentro da casa.

— Estou no pátio — gritou de volta.

Pouco depois a mãe apareceu à porta. Esfregava as mãos no avental que trazia posto.

— Anda, vamos jantar, que já está na mesa.

— Ó mãe, já alguma vez tinhas visto um pândega?

— Se já vi um panda? — Perguntou a mãe, franzindo o sobrolho. — Sim, vi uns no zoológico. Estavas lá comigo. Que pergunta é essa?

— Um panda, não. Um pândega.

— Na pândega estás tu e eu não tenho tempo para as tuas brincadeiras, agora. Anda para a mesa, mas é. — A mãe entrou em casa e ele deixou de a ver.

— Os adultos não nos veem nem ouvem. Nós não deixamos — disse o pândega.

— Não? Nenhum? Eu vou ser adulto…

— Nem todos. Vêem-nos aqueles que temos a certeza de que são bons. É uma questão de segurança, se é que me entendes.

Joselito abraçou a barriga grande do pândega. Enterrou o rosto nos pelos fofos e sentiu-se feliz por não ter alergias. Duas patas macias pousaram-lhe nas costas. O abraço durou uns segundos. Depois o pândega afastou-o.

— Vai, que a tua mãe ainda se zanga contigo.

*****

A mãe chamou-o cedo, no dia seguinte. Era o primeiro dia de escola e ele não se podia atrasar. Arrastou-se até ao quarto-de-banho e passou a cara por água, arrepiando-se com o frio. Olhou-se ao espelho e lembrou-se do pândega. Aquilo parecia-lhe tão estranho que só podia ter sido um sonho. Sorriu com a parvoíce da ideia de encontrar um panda gigantesco que dizia ser um pândega. Depois de regressar ao quarto, e quando estava na habitual luta desigual contra a roupa, ouviu uma pancada abafada. Levantou a cabeça e assustou-se com um olho enorme, cercado de pelos pretos, que o fitava do lado de fora da janela.

— Primeiro dia de escola, não é? Vai ser tão divertido — disse o pândega. A voz chegava-lhe abafada pelo vidro.

Destrancou a janela e deslizou-a, até ficar toda aberta. Esticou os braços e tocou no pândega. Afinal era verdadeiro, não sonhara. O dia começava a sorrir-lhe.

— Olá, pândega. Por momentos tive medo de que tivesses sido apenas um sonho.

— Primeiro sou imaginário, depois sou um sonho. É assim que tratas o teu amigo? É que hoje já somos amigos, como combinamos.

A mãe chamou-o e ele voltou a agarrar o pândega, por uns segundos.

— Até já — disseram os dois, ao mesmo tempo.

Fechou a janela e correu até à cozinha. Comeu uma tijela de leite com cereais e saiu de casa. A escola não era longe e a mãe acompanhava-o até à porta. Enquanto caminhavam, Joselito ia olhando à volta. A mãe pensava que ele estava a ver a nova terra, mas ele apenas procurava o pândega. Pelo caminho, ela ia falando, a ver se o animava:

— Não tarda nada, tens um monte de amigos. Aposto contigo que já hoje vais conhecer um, pelo menos.

Ele mantinha-se em silêncio e limitava-se a sorrir. Não queria que ela ficasse triste e preocupada. Já fora assim na antiga escola. A mãe fizera a mesma aposta e perdera. Ele gostava que ela apostasse alguma coisa. Assim, pelo menos, iria ganhar algo com aquilo, já que fazer amigos estava fora de questão.

Despediram-se e Joselito entrou pelo portão, a olhar para trás, para ver a mãe a afastar-se. Não tinha dado dois passos quando esbarrou numa parede fofa. Olhou para a frente e viu as costas do pândega.

— Olá, pândega.

Este virou-se para ele e replicou:

— Eu não sou o pândega, sou o pândega.

Joselito riu-se. O pândega já começava com as suas brincadeiras. Mas, quando olhou para ele com atenção, reparou que a cara era toda branca. Não se lembrava de ele ser assim.

— Tu não tinhas círculos pretos à volta dos olhos?

— Esse é o pândega. Eu sou o pândega. Tu não és meu.

— És outro pândega?

— Sim, sou. Já te disse, sou o pândega, não sou o pândega.

Joselito sentiu algo fofo a tocar-lhe nas costas e virou-se. O pândega da cara com círculos pretos sorria para ele.

— Olá, Joselito.

— Olá, pândega. — Apontou para o pândega da cara branca. — Ele diz que também é o pândega.

— Sim — respondeu o pândega da cara a duas cores. — Somos os dois pândegas e ele é o pândega e eu sou o pândega.

— És o pândega e és um pândega?

— Sim, assim como tu és o Joselito e és um Joselito.

— Mas eu sou um menino chamado Joselito.

— Como assim? ­— O pândega da cara com círculos pretos estava confuso. — És Joselito e és menino? És duas coisas? Isso é muito confuso. Muito confuso mesmo. Não podes ser só o Joselito que é um Joselito?

O pândega da cara branca soltou uma gargalhada.

— Não ligues, Joselito. Ele é novo nisto de ter um amigo. Ele vai acabar por se habituar às vossas confusões. Quando tive o meu primeiro amigo também fiquei muito confuso.

A campainha da escola soou e os pândegas empurraram-no para dentro. Ele reclamou. Preferia ficar ali com eles, mas os pândegas ignoraram as reclamações e só o largaram quando ele entrou na escola. Mal a porta fechou, Joselito olhou de volta pelo vidro, apenas para ver o pátio da entrada vazio.

A manhã correu como corriam sempre todas as manhãs. Manteve-se calado e sentado na sua cadeira. Não conseguia falar com ninguém, e uma sala cheia de crianças, principalmente quando eram ruidosas, trazia ao de cima toda a sua timidez. Quando chegou o intervalo, esperou que todos saíssem. Manteve-se sentado, o mais encolhido que conseguia, mas, mesmo assim, não passou despercebido.

— Joselito, certo? — Perguntou a professora, quando chegou ao pé dele. Ele abanou a cabeça afirmativamente. — Está na hora do recreio. Não podes ficar aqui. Vamos lá para fora aproveitar o sol. Anda.

Pegou-o pela mão e levou-o até à porta. Mal saiu para o recreio, ficou de boca aberta. Junto das crianças estava um grande grupo de pândegas. Tantos quantas as crianças que corriam e gritavam. Avançou, lentamente, mantendo-se sempre a alguma distância dos outros. Os pândegas eram todos enormes. Uns mais brancos, outros mais pretos. Não havia dois iguais, apesar de serem todos parecidos. Continuou a caminhar, sempre encostado à parede. Com sorte iria encontrar um cantinho onde ninguém o visse. Deu mais três passos e, quando contornou uma esquina, deparou-se com o pândega.

— Joselito! — Gritou ele.

— Chiu, que ainda te ouvem.

— Anda cá que eu quero-te mostrar aos outros pândegas. Eles disseram que eu não conseguia arranjar um amigo, os malandros, mas eu vou-lhes mostrar como se enganaram.

— Não, espera! — Joselito esperneava, mas o pândega já tinha pegado nele e corria para a beira dos outros pândegas e, pior, das outras crianças.

— Olhem todos — gritava o pândega —, também tenho um amigo.

Pousou-o mesmo no meio dos pândegas. Ficaram todos a olhar para ele, muito curiosos. Joselito sentiu-se a corar. A cara ardia-lhe, como se estivesse virado de frente para o sol num dia quente de Verão. O pândega de cara branca aproximou-se. Com ele vinha um rapaz.

— Este é o Joselito — disse o pândega —, o menino de que te falei. — Virou-se para Joselito. — Este é o Francisco, o meu amigo, que agora também é teu.

Francisco sorriu para Joselito.

— Olá. És novo aqui na escola, não és?

— Sou — respondeu Joselito. A voz tremia-lhe um pouco.

— Sei que vamos ser bons amigos porque é isto que os pândegas fazem, sabes? Juntam as crianças que nasceram para ser amigas, como eles dizem.

— É isso mesmo! — Disseram os pândegas, ao mesmo tempo.

— Anda! — Chamou Francisco. — Vamos jogar à bola.

Joselito sentiu o fogo a desaparecer da cara. Assim de repente, parecia que a timidez era apenas uma memória distante. Olhou para o pândega e este piscou-lhe um olho.

— É isso que os pândegas fazem — disse ele.

Mesmo que quisesse, não conseguia parar de sorrir. As bochechas começavam, ligeiramente, a doer. Não estavam nada habituadas àquele esforço, mas era chegada a hora de o ficarem. Agora não havia volta atrás. Tinha um amigo, e uma vontade enorme de fazer amizade com todas as outras crianças da escola. Correu atrás de Francisco até ao campo de futebol. Os pândegas juntaram-se todos na bancada. Era o público mais barulhento e animado que Joselito alguma vez vira.

Ao fim da tarde, quando a campainha gritou para todos irem para casa, Joselito saiu da escola e ficou à porta à espera. Despedia-se dos colegas, um por um, enquanto saíam. Já sabia o nome de todos. Os pândegas tinham insistido em apresentar os seus amigos e ele, não sabia como, não se esquecera de um único nome. Francisco veio para o pé dele. Também aguardava que o viessem buscar. Estavam os quatro a conversar, Joselito, Francisco, pândega e pândega, quando o pai de Joselito chegou.

— Pai, pai — gritou Joselito. — Tenho um amigo, pai. Tenho um amigo. — Apontava para Francisco. — Tenho um monte de amigos!

O pai chegou ao pé dele e deu-lhe um abraço.

— Estou tão feliz por ti, meu filho. Eu voltei para a minha terra porque tinha a certeza de que aqui tu irias conseguir fazer amigos. Estava tão preocupado contigo.

— Obrigado, pai — disse Joselito, com um enorme sorriso. — Estou tão feliz.

O pai largou-o e começou a andar na direção de Francisco.

— Obrigado — disse. Passou ao lado dele e continuou a andar. — Eu sabia que tu não me ias falhar, velho amigo.

Tanto Joselito como Francisco ficaram de boca aberta quando o viram a dar um grande abraço ao pândega de cara branca.

Sobre Fabio Baptista

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19 comentários em “Pand(eg)a (JP Felix da Costa)

  1. claudiaangst
    17 de junho de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Já tinham me dito que esse era um conto muito fofo. E é mesmo. Passa uma sensação boa de otimismo e acolhimento. Amigos são muito importantes, ainda mais se forem pândegas. Texto muito criativo que proporciona uma leitura agradável. Gostei imenso.

  2. Bia Machado
    14 de junho de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Olá, autor ou autora, tudo bem? Eu amei esse conto, deu um quentinho no coração. Parabéns pela criatividade, pela ideia e pela execução. Daqueles ao qual eu teria vontade de dar 10, se a nota máxima sendo 5. Daria um lindo livro de infantojuvenil, com ilustrações lindas, já pensou nisso? Poderia trabalhar mais nele e enviar para uma editora, ou para um concurso de infantojuvenil, não passaria nem um pouco despercebido. Parabéns, novamente! Quero ler mais contos de sua autoria…

  3. Leo Jardim
    12 de junho de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 TRAMA (⭐⭐⭐⭐▫)

    Pontos Fortes:

    • Ambientação Encantadora – A transição da cidade para o novo lar rural cria um cenário propício para o fantástico, com pistas sutis (como a “terra do pai”).
    • Progressão Orgânica – A amizade com os pândegas evolui naturalmente, desde o encontro fortuito até a integração escolar.
    • Final Surpreendente – A revelação de que o pai também vê pândegas adiciona profundidade ao universo criado.

    Pontos de Melhoria:

    • Arco do Pai Subutilizado – A conexão emocional entre o pai e o pândega poderia ser melhor explorada (ex.: um diálogo sobre sua própria infância solitária).
    • Ritmo no Terceiro Ato – A cena da escola é acelerada; valeria alongar o momento de Joselito superando a timidez.

    📝 TÉCNICA (⭐⭐⭐⭐▫)

    Excelência Narrativa:

    • Voz Autêntica – O narrador em terceira pessoa capta perfeitamente a perspectiva infantil (ex.: a descrição do pândega como “parede fofa”).
    • Diálogos Vivos – As falas dos pândegas misturam lógica absurda e calor, lembrando O Pequeno Príncipe (“Hoje não somos amigos. Amanhã seremos”).
    • Adaptação Suave – Mesmo escrito em português lusitano, o conto não trava (pelo estranhamento inicial), muito em função da ótima técnica.

    🎯 TEMA (⭐⭐)

    • Classificação: Conto infantil com elementos de realismo fantástico.
    • Núcleo Temático:
      • Amizade como Dom – Os pândegas funcionam como facilitadores mágicos de conexões humanas.
      • Herança Familiar – A revelação final sugere que a capacidade de ver pândegas é um legado do pai.
      • Limitação: Poderia explorar melhor o preço dessa magia (ex.: por que alguns adultos perdem a capacidade de vê-los?).

    💡 CRIATIVIDADE (⭐⭐▫)

    Destaques:

    • Pândegas como Arquétipos – Criaturas que personificam a alegria coletiva e a aceitação.
    • Jogo Linguístico – A confusão entre “pândega” (brincalhão) e “panda” reforça o tema de identidade.

    Oportunidade Perdida:

    • Regras do Mundo – Como os pândegas escolhem suas crianças? Só funciona nessa cidade?

    🎭 IMPACTO (⭐⭐⭐⭐▫)

    Por Que Funcionou:

    • Cena Inesquecível – O abraço no pândega (e o cheiro de pelos) é visceral e comovente.
    • Universalidade – Qualquer leitor que já se sentiu excluído se identifica com Joselito.
    • Símbolo Potente – Os pândegas representam a ponte entre solidão e pertencimento.

    Melhoraria com:

    • Contraste – Uma cena anterior mostrando Joselito fracassando em fazer amigos (para destacar a transformação).

    Observação Final: O conto cumpre brilhantemente seu propósito como narrativa infantil, mas tem potencial para se tornar uma fábula atemporal com ajustes pontuais. A relação pai-filho merece mais espaço, e as regras do universo poderiam ser sugeridas (não explicadas) para manter o mistério.

  4. Priscila Pereira
    10 de junho de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, JP! Tudo bem?

    Gostei bastante do seu conto! Muito fofo mesmo, você foi certeiro no chubesco! Acho que apesar de ser escrito para ser avaliado por adultos, o público infantil iria gostar muito, pois é cheio de imaginação e ainda tem uma mensagem maravilhosa sobre a aceitação de quem somos e de quem o outro é, e de que as vezes precisamos de um empurrãozinho para nos abrir e fazer amizades reais. Muito bom mesmo! Parabéns! 🐼💖

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

  5. Alexandre Costa Moraes
    8 de junho de 2025
    Avatar de Alexandre Costa Moraes

    Olá, entrecontista!

    Que conto mais lindo! De verdade. Me emocionou do início ao fim. Que sensibilidade, que delicadeza, que beleza no modo de contar uma história sobre empatia e inclusão com tanta leveza, fantasia e sinceridade. É daquelas leituras que aquecem o coração sem apelar para nada além do essencial.

    A escrita está impecável. Concisa, precisa, sem excessos, conduzida com muito cuidado. Cada palavra está no lugar certo. Você soube dizer muito com pouco, e isso é raro.

    E o final, quando o pai, um adulto né, vê o pandega… Nossa, que plot. Que cena bonita. Que cena poderosa. Me derreteu ali. Aquele instante tudo fez ganhar mais sentido. Como se, mesmo que por uma fração de segundos, um adulto também pudesse enxergar o mundo da mesma forma que as crianças, com pureza, com afeto, com olhos limpos.

    Esse foi, sem dúvidas, meu conto favorito da série C. De verdade. Parabéns e boa sorte no desafio, embora, sinceramente, ter escrito algo tão bonito já seja uma baita vitória. Palmas!!!

  6. Andre Brizola
    8 de junho de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Joselito!

    Cara, fico feliz de ter tido tempo para ler os contos da série C. Por que isso me permitiu ler seu Pand(eg)a. Que conto! Facilmente um dos melhores que li, incluindo aqueles que foram dos meus obrigatórios. Gostaria que você estivesse em alguma das séries de cima, pois você receberia notas altas e te qualificaria para ser um dos melhores autores do ano. Nos meus contos obrigatórios fiz um esquema de comentário mais organizado, para ser mais prático e ágil. Farei algo semelhante aqui.

    Técnica – Muito apurada e praticamente sem falhas. Pelo que identifiquei, o português utilizado aqui não é o brasileiro, então quero crer que seja de Portugal. E é bastante pronunciado, deixando o conto bastante particular nesse sentido. A divisão do conto é bem tradicional, sem nenhum arrojo, o que facilita a absorção do enredo. Há apenas uma divisão para demarcar a passagem de um dia para o outro, que achei que não é necessária, mas não é falha.

    Enredo – Bonito, bem desenvolvido e, sobretudo, simples. É espetacular a forma como você conduziu essa história. Um enredo que versa sobre mudanças, amizades e, consegue entrar num aspecto mais psicológico do comportamento sem ser pedante. Flerta com o fantástico, mas tendo o pé no chão a todo instante. Muito, muito bom.

    Tema – Neste desafio escolhia-se entre fanfic e chubesco, e seu conto, claramente, foi dentro do chubesco. E o tema foi muito bem aproveitado.

    No geral, não tenho muito mais a apontar. É um dos melhores contos de todo o desafio, dentre os contos que li até o momento, ou seja, série C e B (e dois da A). Mas, querendo ou não, são 25 contos. Parabéns, achei excepcional.

    Boa sorte no desafio!

  7. cyro eduardo fernandes
    7 de junho de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Chubesco criativo e de boa técnica. Achei narrativa interessante. O conto é meloso mas não é enjoativo.

  8. Marco Saraiva
    27 de maio de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Um conto definitivamente fofo, “chubesco” a niveis estratosfericos. Comeca devagar mas aos poucos foi crescendo no meu peito. E o final! Lagrimas nos olhos.

    O conto inicialmente lembrou-me Meu Amigo Totoro, e ele definitivamente bebe da mesma fonte, mas tem tambem muita personalidade. O Pandega eh um personagem interessante e carismatico, assim como Joselito, que eh escrito de tal forma que me fez criar uma conexao quase instantanea. Ver a sua jornada de garoto solitario e encabulado para finalmente conseguir a sua primeira amizade foi muito legal.

    Os Pandegas no conto parecem ser a personificacao daquela energia que apenas criancas possuem: a de encontrarem qualquer outra crianca e fazerem amizades instantaneas. Ainda me lembro do meu eu de 8 anos de idade andando ate um grupo de completos desconhecidos e perguntando “posso ser amigo de voces?”. Adultos deixam de ver os seus Pandegas e, por isso, as amizades tornam-se cada vez mais raras.

    E o final! Muito bem bolado. Primeiro somos levados a crer que os pais sao quase vilanescos, nao dao atencao ao filho unico, nao o amam como deveriam amar. Mas no final entendemos que eles estao se sacrificando pelo bem exclusivo do filho, que voltaram para a cidade natal do pai onde ele mesmo reencontrou o seu Pandega – o seu eu infantil, a sua infancia esquecida. O abraco final foi acalentador e fechou o conto muitissimo bem.

    Parabens nao so pela historia criativa como tambem pela excelente escrita!

  9. Sarah S Nascimento
    26 de maio de 2025
    Avatar de Sarah S Nascimento

    Olá! Não entendi esse título, mas provavelmente terei a resposta no conto, espero.
    Uau, eu estou sem palavras, que conto mais fofo! Desculpe, dizer isso de um conto cheio de pândegas macios e peludos, risos, é até redundante. Mas então, que lindo esse conto!
    Toda essa questão da dificuldade do menino em fazer amigos, a mudança pra outra cidade, questões realmente assustadoras pra uma criança, mas a doçura e leveza desses pândegas foi algo que me tocou de verdade.
    Eu queria ter também um pândega! E pra mim o melhor foi no final, compreender que o pai do menino sabia dos pândegas e ele próprio fora amigo de um deles! Foi lindo de ver, acho que seu conto ilustrou pra mim, perfeitamente o tema chubesco.
    Um outro ponto, só de curiosidade aqui, vou enviar teu conto a dois amigos meus, pois um deles nunca tinha ouvido falar da palavra pândego. risos, uma amiga minha que o apresentou a essa palavra. Vou enviar o conto aos dois! Parabéns pela ideia e execução excelentes dessa história tão doce! Já tá guardada no meu coração!
    Mais alguns detalhes que queria comentar: esse objetivo deles de fazer as crianças serem amigas, foi muito legal e inteligente. Afinal, os pândegas estavam todos na escola junto com as crianças, onde o Joselito poderia fazer amigos de verdade.
    Só mais um detalhe: como eu ri com os dois pândegas! kkk, que diálogo maravilhoso! Eu sou o pândega e ele é o pândega. Então são dois pândegas, mas você é um pândega?”. kkkk, maravilhoso isso! Achei um charme a parte o conto estar em português de Portugal, fazia tempo que eu não lia algo com o português de lá. Eu não tenho nenhum ponto negativo pra dizer, nem pra apontar como melhoria, seu conto é incrível, doce e muito bem escrito.

  10. Kelly Hatanaka
    23 de maio de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um conto fofo, fofinho, como a barriga de um pândega.

    Gostei muito desta história, a fofice está na medida certa, tanto nos pândegas quanto nesse pai que se muda para sua terra por saber que lá seu filho terá amigos. Os personagens estão bem definidos, o menino em sua introspecção, os pândegas, bem bonachões. Um ótimo conto infantil.

  11. Luis Guilherme Banzi Florido
    10 de maio de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Boa tarde!

    Um conto infantil sobre timidez, amizade, e sobre encontrar seu espaço no mundo. Voce retrata essa busca pelo proprio lugar utilizando um personagem ficticio, o pandega, um forma de panda, mas como amigo imaginario.

    Joselito, se mudando para o interior com seus pais (a contragosto do menino), teme nao conseguir fazer amigos. O pai, esperto, ja tinha preparado um plano: o seu proprio pandega de quando era crianla ajudaria seu filho a fazer novos amigos.

    A história é bem contada. Voce escreve muito bem, usando uma linguagem correta e segura. Achei que em alguns momentos a palavra “pandega” é repetida em excesso. Entendo que fazia parte da brincadeira, da piada que era contada naquele trecho, mas achei que aquele pedaço ficou um pouco cansativo.

    Analisando esse conto de acordo com o publico alvo infantil a que ele se destina, acredito que as crianças gostariam de le-lo, pois é uma historia envolvente, agil e dinamica, e ainda possui uma bela mensagem sobre amizade e companheirismo. Sobre desbravar o desconhecido.

    Parabens e boa sorte!

  12. Antonio Stegues Batista
    10 de maio de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Sinopse: Menino que mora em cidade grande, se muda para terra natal do pai, onde faz amizade com pandas gigantes da “raça” pandega.

    O menino tímido tem uma imaginação que faz conexão com as do pai, que teve uma infância e criatividade mental parecida. O conto tem por tema Infantil, muito bem pensado e escrito. Ações, diálogos, narrativa, tudo  bem certinho. Uma história gostosa de ler. Parabéns e boa sorte.

  13. Thiago Amaral
    9 de maio de 2025
    Avatar de Thiago Amaral

    Achei que meu coração de pedra não iria gostar dos chubescos, mas acho que eu estava equivocado. É só que faz tempo que eu não leio algo assim, mesmo.

    Esse conto foi bem fofo e divertido. Me identifiquei com o Joselito e sua dificuldade em fazer amigos. O conto também é positivo do início ao fim, mas se mantém interessante. Quem disse que um conto sempre tem que ter obstáculos, sobe-e-desce?

    Destaque para a conversa com o segundo pândega. Parece um diálogo saído de Alice no País das Maravilhas. Adoro brincadeiras com lógica (apesar de não fazer sentido nenhum dizer “eu sou o pândega, aquele é o pândega!”).

    O finalzinho ainda teve um mini plot twist que encerra com chave de ouro. Quando o pai diz que sabia que o filho faria amigos ali, eu pensei que poderia terminar com essa revelação. E não é que era mesmo? Bem bacana o final.

    Obrigado pela contribuição e boa sorte no desafio.

  14. Nipar
    9 de maio de 2025
    Avatar de Nipar

    Bem escrito, boa revisão. Leitura leve, tom de fantasia. Bons diálogos, divertidos. Gostei da discussão filosófica do ser ou não ser. Embora Joselito seja o protagonista, o que em mascou foi a camada referente ao cuidado que o pai tem com o filho, que é o motivo real da historia. Calhou bem com o tema chubesco.

    Nilo Paraná

  15. andersondopradosilva
    9 de maio de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Olá, autor. Li este seu conto. Não vou elaborar um comentário. Transcrevo aqui apenas o que comentei no grupo de WhatsApp, caso você não esteja lá. Abraço. Boa sorte no desafio. Parabéns pelo texto.

    “Hehe. Li Pand(eg)a, da C. Difícil avaliar textos estrangeiros. Não sei o que se produz em terras alheias. Avalio o que leio a partir da literatura que consumo (nacional contemporânea). Pand(eg)a me pareceu bom. Literatura infantil sim, fofa, mas bastante correta. Fluido, bem narrado. Só me fica a dúvida se um leitor contemporâneo de mesma nacionalidade também consideraria bom. Minha ressalva fica quanto ao desfecho (crítica que estendo a algumas leituras da B): os entrecontistas têm se preocupado em entregar tudo muito explicadinho – o último parágrafo de Pand(eg)a poderia ser eliminado, pois o penúltimo parágrafo já entrega o desfecho, encerrando bem a história.”

  16. Raphael Polimanti
    7 de maio de 2025
    Avatar de Raphael Polimanti

    Gostei do conto, mas com um pouco de confusão geral. Não sei se minha leitura foi pobre de alguma forma, mas senti que esse final deixa mais dúvidas do que uma moral. É um final engraçado e talvez não seja explicado pela própria história, talvez uma metáfora ou só um gracejo.

    Mas a primeira sensação foi até um susto. Afinal, esse pai que abraça o Pândega, essa figura múltipla, vaga, fantasiosa e amigável, agradece ao “velho amigo” por fazer presença para as crianças. Antes pensei que era de fato um amigo imaginário mas essa quebra de expectativa despertou comédia, surpresa e até um certo… terror? Afinal, quem era então que acompanhava as crianças com a confiança do pai?

    Mas, entre dúvidas e confusões, acho que foi um conto sólido sobre a imaginação infantil e as graciosas faltas de sentido da infância, que são talvez mais felizes que muitas das explicações adultas.

  17. Givago Domingues Thimoti
    6 de maio de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    Pand(êg)a

    Da série “fazendo a boa”, para os calouros da Série C (se bem que nesse caso, talvez não seja um calouro/calouro, mas um velho conhecido português), vim apresentar minhas impressões pessoais sobre o seu conto. Pand(êg)a nos apresenta a história de Joselito, um garoto tímido que sai de uma cidade grande com a família, retornando a cidade natal do pai do garoto. A grande questão do menino é sua dificuldade em construir novas amizades.

    É nesse contexto que surge Pandêga, um Urso Panda enorme e fofo. Não é amigo imaginário nem amigo sonhado, de acordo com ele próprio. Adequado ao tema. Curti,mas nem tanto.

    O conto está bem escrito gramaticalmente. Em termos pessoais, creio que o desenvolvimento perde um pouco da atenção do leitor; talvez por ser muito repetitivo, talvez pelo genérico desenrolar da história. O fato é que o desenvolvimento trava. 

    Além disso, fiquei um pouco na dúvida da cena do colégio. Todas as crianças tem os pandegas? E todas elas podem enxergar eles? Enfim, do jeito que a história correu nesse ponto também, ficou um tanto confuso para mim.

    O conto é bem pequeno e sucinto. Acho que poderia ter se desenvolvido um pouco mais nesses pontos, brincado um pouco com os ursos. Eles estão tão sérios, eficientes e pragmáticos na sua missão de fazer amigos.

    No mais, é um bom conto. Mais pela escrita do que pela narrativa. 

    Espero ler mais do seu trabalho nos próximos desafios e área off! Bom desafio!

  18. Pedro Paulo
    5 de maio de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Oi! Dificilmente faço introduções ao comentar um conto, mas fiquei sabendo que a série C contém apenas novatos, então aproveito para dar boas-vindas e, sobretudo, recomendar que nos acompanhe nos próximos desafios. Participo desta comunidade há quase dez anos e o tanto que cresci na escrita nesse período posso atribuir a esta grande colaboração que é o EntreContos. A experiência de, na imparcialidade do anonimato, ter o seu texto comentado e ranqueado, em geral escrito para atender a um desafio de temas e limites de palavras… da forma como foi sofisticado aqui, não encontrei igual.

    Enfim, por questões regulamentares não sou obrigado a ler a série a C, mas é muito mais legal ler todos os textos participantes, então farei esse esforço nesses desafios. Só não atribuirei nota e também não costumo separar meus comentários em tópicos, o que talvez desse em uma impressão mais bem estruturada, mas poderá perceber que, de praxe, comento entre dois aspectos: forma (escrita, estrutura do texto, vocabulário, diálogos, etc.) e conteúdo (enredo, personagens, adequação temática, narrativa, etc.). Espero contribuir. Boa sorte no desafio!

    Este conto me trouxe um sorriso de ternura ao rosto! A princípio, li como se fosse um texto embreado no fantástico, explorando a amizade entre uma criança solitária e uma criatura mágica, um clichê que, entretanto, funcionaria devido ao refinamento da escrita, que situou rapidamente o contexto e caracterizou bem seus personagens e suas respectivas vozes. Entretanto, a possibilidade metafórica do conto o enriquece, fazendo dos pândegas portos seguros às crianças e, ao mesmo tempo, pontes para que superem seus medos e alcancem uns aos outros, conhecendo-se. O trocadilho foi uma escolha esperta, já que pândegas – brincadeiras – são justamente o meio como as crianças se conhecem e fazem amizades. Abstrair daí as letras para “panda” e dar essa aparência a esses protetores coube bem ao texto. O desfecho é perfeito, trazendo o pai de volta à narrativa e lhe conferindo mais profundidade. A mudança da família é reformulada não apenas como o ponto de partida da trama, mas como o objetivo, deixando em aberto se tudo é uma metáfora tirada da imaginação das crianças ou se esse universo fantástico desses amigos leais realmente existe e pode se estender entre pais e filhos. É assim que sei que li um ótimo conto. O texto dá margem às duas leituras e cada uma tem seu próprio impacto e se sustenta diante do que foi construído ao longo do texto. Parabéns!

  19. Léo Augusto Tarilonte Júnior
    5 de maio de 2025
    Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

    achei este conto muito lindo e fofo. Uma maravilhosa fábula sobre amizade. Achei muito interessante termos um colega que escreve de Portugal ou algum país de língua portuguesa que não seja o Brasil. A escolha da palavra pandega que é uma brincadeira com a palavra Panda foi muito interessante também. Quando presenciei o primeiro encontro do menino com pandega pensei até que era aquele dragão gigante da história sem fim. A granação dos fatos da história também ficou muito bem construído.

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Publicado às 3 de maio de 2025 por em Liga 2025 - 2C, Liga 2025 - Rodada 2 e marcado .