EntreContos

Detox Literário.

O Poderoso Chefão: Parte IV (Felipe Lomar)

Aquelas paredes revestidas por madeira escura em um escritório de Nova York já vivenciaram incontáveis eventos. O antigo escritório de Vito Corleone, aquele umbral silencioso, mantinha-se como que parado no tempo, uma relíquia dos anos 40. A única diferença é que agora se assentava uma figura feminina esguia e pequena. Connie gostava daquele ambiente. Lembrava-se de seu amado pai, figura tão afável quanto temida. Hábil negociador, elaborava propostas irrecusáveis. Connie buscava em suas memórias respostas para os dilemas do presente. O que papà faria?

O silêncio era finalmente quebrado por uma figura diametralmente oposta: alta, barulhenta. Don Vincent Corleone. Bem mais novo que sua tia, começava a apresentar seus primeiros cabelos brancos, talvez fruto do estresse com os trôpegos negócios da família. Connie esperava sua visita. Inclinou-se e pegou sua mão, fazendo gesto para beijá-la.

— Meu Don… — Vincent puxou rapidamente o braço antes que o beijo se concretizasse

— Não precisa dessas formalidades, zia.

— Seu velho desprezo pelas tradições da nossa família. O seu convidado já chegou?

— Já está aqui. Vou chamá-lo.

Uma horda de seguranças armados e engravatados adentrou o escritório. Atrás dele, um sujeito de meia idade, igualmente espalhafatoso como Vincent entrou. O semblante de Connie ficou sério ao ver que nenhum deles era italiano.

— Connie, esse é Dimitri Ulyanov. Ele está à frente de um conglomerado industrial que desde a queda do muro de Berlim tem feito grandes avanços no Leste Europeu. Dimitri, esta é Connie, minha tia e Consigliere.

— Aceitas conselhos de uma mulher? Vejo que a Cosa Nostra abriu mão das tradições mesmo — Dimitri deu uma gargalhada debochada.

— Sou a última dos filhos de Vito Corleone que ainda opera ativamente os negócios da família. Estou no ramo há mais de quatro décadas. — Connie estava terrivelmente séria.

— La mia zia é uma pessoa muito sábia, mas não tem senso de humor. — Vincent deu dois leves tapinhas nas bochechas de Connie — Rogo que não se importe.

— De modo algum. Mas ela vai ter que se acostumar com meu senso de humor. De qualquer modo, foi um prazer. Tenho outros compromissos marcados e preciso ir. Mas espero que nossa parceria rendam muitos frutos. — Dimitri se despediu sem muita cerimônia e saiu, cercado por seu pequeno exército de seguranças. Connie e Vincent o acompanharam até o carro e voltaram para dentro, sentando-se na sala de jantar, amarelada pelo sol do fim da tarde. Connie, ainda séria, indagou:

— O que esse homem faz, afinal?

— Ah, o básico. Petróleo, gás natural, aço… drogas, armas, mercenários.

Vincent sabia ser sarcástico quando queria, o que sua tia não suportava. Seu sangue subiu.

— Você ficou louco? Seu tio passou décadas limpando os negócios da família. A custo de muito sangue! E agora você quer fazer negócios com a máfia russa?

— Você bem sabe que nossas finanças estão em frangalhos. Precisamos do dinheiro.

— Vincent, nem tudo é dinheiro. Eles não são confiáveis.

— Por não serem italianos? Abra sua mente, o mundo mudou. Que xenofobia é essa? Michael fazia negócios com o judeu Hyman Roth.

— E você sabe como acabou. Não desvie o assunto. Não é xenofobia o problema. Quer me ter como consigliere mas não quer ouvir meus conselhos. Estou aqui apenas por causa de papà e da imagem que ele evoca?

— Claro que não, zia. Mas eu ainda sou o Don. Ainda dou a última palavra.

Connie respirou fundo. Temia passar mal se sua pressão subisse. Não tinha mais idade para grandes emoções.

— Me dê um tempo para pensar, nipote. Quero ir à Sicília visitar parentes. Poderíamos fechar o acordo lá, em Palermo, com seu tio Michael abençoando. No restaurante favorito dele. Família reunida, como não fazemos há tempos.

— Que seja. Pode ir. Mas duvido que zio Michael queira falar de negócios ainda. Ou que queira me ver.

— Não fique amargo por Mary. Não foi culpa sua…

—XXX—

Os últimos raios de sol iluminavam as colinas douradas da sicília. Um belo sedã de luxo, inteiramente preto, corria pelas estradas sinuosas. Connie se deleitava com a bela vista de sua terra ancestral. Apesar de ser nova-iorquina, sentia uma forte conexão com aquele lugar. O carro parou em frente a um portão de ferro, ladeado por um muro amarelado em que algumas plantas escalavam. O dístico sobre o portão lembrava uma tragédia que acontecera ali há muito tempo, um memorial para uma vida inocente pega no fogo cruzado dos negócios da família: “Villa Apollonia”.

Connie adentrou o local. Parecia dilapidado e abandonado, mas umas fracas luzes saindo de algumas janelas indicavam vida. O frio vento siciliano uivava, lembrando gritos de mulheres mortas de forma violenta.

A porta abriu e ela foi recebida por uma figura alta, ligeiramente mais velha, como denunciava a cabeça grisalha. Era Al Neri, chefe da segurança. Ainda nutria muito carinho pela família que o empregava desde a juventude. Connie perguntou por Michael.

— Está no escritório.

Ela se aproximou lentamente. Não sabia qual seria sua reação. Sua clausura autoinfligida somava-se com seu coração amargurado e poderia gerar reações inesperadas. Apesar de tudo, ela ainda amava seu irmão. Era talvez a última pessoa por quem nutria uma preocupação genuína.

— Fratello? — Falou com voz mansa.

— Sorella. Não avisou que viria. — Michael nem olhou para trás. Observava um quadro de Mary Corleone, sua filha assassinada. Ao lado deste, um quadro de Apollonia Vitelli, sua primeira esposa, também assassinada.

— Eu sei que não gosta de visitas inesperadas, mas precisava te ver.

— De você eu sempre gosto. — Michael finalmente se virou, olhando de forma afável a sua irmã. — O que houve?

Connie não respondeu, mas seu olhar entregava tudo. Michael fez uma expressão séria.

— Quer me puxar de volta, não é?

— Estamos com um problema, Michael.

— Estamos? Você está. Não lido mais com assuntos da família.

— Você botou Vincent no seu lugar. Também é responsável.

— Sei o que fiz. E não me arrependo.

— Deveria

— Está dizendo que errei? Eu sei que não.

— Pode dizer que não, mas seu coração sabe que errou.

Michael estranhou o tom de sua irmã. Ela sempre costumava ser afável. Sabia de seus problemas, até porque os vivenciou. Agora, ele conhecia a dureza que era reservada por ela aos outros, e apontava a gravidade da situação.

— O que está acontecendo?

— Vincent quer fazer negócios com os russos.

Michael suspirou. Voltou a encarar a parede.

— Não são gente confiável. Só pensam nos lucros. Não tem nossos princípios.

— Foi o que eu falei, mas ele não quer saber. Do que adianta ser a consigliere se ele não quer me ouvir?

Michael se levantou. Olhou pela janela.

— Quando vão fechar o negócio?

— Daqui a uma semana, em Palermo. Posso pedir para que Vincent venha aqui, para você falar com ele.

Michael entendeu o plano de sua irmã. Virando-se para ela, deu um sorriso irônico

— Você e maquiavélica. Sabe que ele me teme.

— Só quando a família precisa.

Mostrando uma animação incomum, Michael dirigiu-se a porta, vestindo seu sobretudo. Já era noite. Fez um convite à irmã:

— Vamos até Corleone. Estou feliz que esteja aqui. Vou comprar o conhaque que você gosta.

— Grazie, fratello. Mas estou cansada da viagem. Vou ficar aqui.

O Vilarejo de Corleone não ficava muito distante da Villa. Michael ia no banco de trás, Seu carro era velho, discreto. O motorista era uma figura nova, vinte e poucos anos. Estava naquele trabalho há pouco tempo. Tentou puxar conversa de forma descontraída.

— Vincent te indicou, não é? Sua família é daqui da Sicília mesmo?

Não obteve resposta. O motorista mantinha sua cara fechada.

— Você dirige bem. Parabéns.

Apenas uma rápida olhada pelo espelho.

Pararam na venda de Vittorello, um velho conhecido de Michael. Cabelos brancos ralos, uma enorme barriga. Um sorriso simpático.

— Buonasera, Michele. Come stai? Como está Connie? Ela não costuma visitar a Sicília nesta época do ano? Achei que apareceria por aqui.

Após um breve diálogo, Michael ia saindo com o brandy de sua irmã.

— Leve estas laranjas. Estão frescas. Cortesia della casa. Per gratitudine pela protezione da família.

— Que gentileza, amico.

O carro acelera. Corta as ruas sinuosas e estreitas do vilarejo. Até que é impedido de prosseguir por outro veículo bloqueando a passagem. O primeiro tiro atravessa a janela e acerta a cabeça do motorista, que cai sobre a buzina. Muitos outros o seguem. Michael se joga no chão, mas não rápido o suficiente. Sente algo queimando em seu braço. Tenso, mas não desesperado, afinal não era o primeiro atentado contra sua vida, consegue abrir a porta em meio à chuva de balas. Al Neri e seus homens chegam logo atrás, repelindo o ataque. A manga do casaco empapada de sangue.

— Está bem, chefe?

— Meu braço!

— Vamos embora. Você precisa de um médico.

Connie entrou nervosa no hospital, mas obteve grande alívio ao ver seu irmão consciente. Estava exausto, com o braço enfaixado. Após um suspiro e enxugando as lágrimas, ela o olha nos olhos, e então juramenta, beijando sua mão:

— Eu estou aqui. Vou ficar do seu lado, como você fez com papà. Não se preocupe.

Naquela noite, ela não conseguia dormir. O vento batia contra as janelas com força. Se preocupava com Michael no hospital. Se preocupava com a família. Tentava pensar em algo, buscando alguma luz no passado. Afinal, o que papà teria feito?

—XXX—

O outono já se despedia, trazendo o clima frio, lembrando do rigoroso inverno anterior, quando a guerra começou. Na porta da casa dos Corleone, uma jovem mulher saía de um táxi, sendo recebida pela voz rouca, mas afável, do poderoso Don Vito, o padrinho.

— Constanzia, minha filha preciosa. Que bom te vê-la

— Quis fazer uma surpresa, papà. Carlo está trabalhando hoje, estou livre.

— É muito bom ter esses momentos de doçura em meio ao caos que estamos vivendo. Hoje teremos uma reunião tensa.

Connie sentiu a gravidade no olhar do pai. Foi até a cozinha. Talvez mama estivesse com um humor melhor. Mas encontrou Clemenza, fazendo seu tradicional spaghetti com almôndegas.

— Connie, que surpresa! Estava prestes a colocar o açúcar no molho.

— Spaghetti não leva açúcar, seu bobo.

— O meu leva! É o ingrediente secreto. E é bom que fique gostoso, porque hoje o dia vai ser complicado. Tessio e Seu irmão Sonny querem estourar um armazém da família Tattaglia lá em Nova Jérsey. Onde o finado Solozzo guardava suas drogas. Marcaram uma reunião de emergência com o padrinho.

— Ele deve estar muito bem guardado, não?

— Esse é o ponto. Não está. Quase não tem soldati.

— Estranho — Connie ficou confusa — nunca vi os Tattaglia deixarem um lugar livre assim. Pode ser uma armadilha. Posso falar isso na reunião?

— Uma mulher participando dos negócios da família? Não sei se concordariam. Mas posso falar isso por você.

Connie saiu um pouco ressentida. Mas uma fala de Clemenza a animou um pouco.

— Constanzia, você tem os olhos de sua mãe, mas seu coração é puro Corleone.

Mais tarde, Sentaram-se à mesa Vito, Clemenza, Tessio e Sonny. Esse último estava bastante agitado.

— Vamos logo, é nossa chance de dar um recado bem-dado ao Philip Tattaglia!

— Vamos com calma, filho. — Vito o interrompeu com bastante calma — Precisamos ter certeza de que vai dar tudo certo.

— Meu informante é de confiança, padrinho. Posso garantir. — Tessio mostrava uma agitação que quase nunca mostrava.

— Permita-me interromper, padrinho. — Clemenza começou a falar de forma hesitante, mas logo engrenou — É estranho um armazém tão importante para os tattaglia estar tão desprotegido. Temos que ter cuidado. Pode ser uma armadilha.

— Tem razão. — A voz rouca de Vito ecoou por todo o cômodo. — Temos que estar sempre dois passos à frente. Não podemos agir por impulso. Meu trabalho é assegurar que vocês voltem para suas esposas e filhos. Temos que cuidar sempre da família. Isso é mais importante que qualquer coisa. Vamos esperar mais um pouco para termos certeza.

O silêncio tomou conta da casa. O padrinho era sábio, e por isso respeitado. Tessio se levantou, frustrado.

— Acho que não tenho mais nada para fazer aqui hoje.

— Cazzo! — Sonny esmurrou a mesa e foi atrás de Tessio.

Connie olhou pela porta deixada entreaberta. Havia escutado toda a conversa. Trocou olhares com o pai e soltou um tímido sorriso. Vito logo entendeu. Acenou com a cabeça, satisfeito.

—XXX—

Era uma tarde ensolarada. Uma grande comitiva chegava à Villa Apollonia. Italianos e russos. Um carro parou em frente ao portão, e dele saíram Vincent e Dimitri. Do outro lado, Connie e Michael o aguardavam. Vincent tentou disfarçar com um sorriso, mas o asco que Dimitri sentia do lugar causava incômodo.

— Decadente! Mas que lugar decadente. A cara dessa família. Por sorte eu estou prestes a dar um jeito nisso. Não tem a menor condição de eu dormir aqui. Vou passar a noite em meu iate em Palermo. Nos vemos amanhã.

Era nítido o constrangimento dos três Corleones enquanto eles entravam na casa. Mas, para Vincent, valia à pena.

— Então, qual é o acordo? — Michael indagou seu sobrinho enquanto acendia a lareira do escritório.

— Um acordo tão importante e você não passa os detalhes para sua consgliere — Connie estava irritada.

— É simples. Dimitri e seus associados irão assumir as operações da família. Não precisaremos nos preocupar com mais nada, apenas em contar o dinheiro.

Connie se agitou. Inconformada, aproximou-se em passos rápidos de Vincent.

— Eu não acredito! Vai vender a família? O que Você tem na cabeça?

— É um mal necessário. A família está em frangalhos. Vamos ganhar mais dinheiro do que jamais imaginamos.

— Isso é a única coisa que importa pra você? Dinheiro? Tem coisas muito mais importantes. É a nossa família. Não pode ser posta à venda como qualquer empresa.

— Vincent, os russos não são confiáveis. Não sabemos o que esperar deles — Michael finalmente se manifestou. Mas manteve-se sentado e sem se exaltar.

—Isso é hilário. O velhote que mandou matar o próprio irmão quer falar de lealdade? A menininha que teve o casamento com um trambiqueiro violento arranjado pelo pai e irmãos quer defender a família. — Vincent ria descontroladamente.

— Meça suas palavras para falar de papà e de meus irmãos. Eles eram homens honrados. Coisa que você nunca foi. Não passa de um moleque mimado. Sei un ragazzo!

Vincent imediatamente fechou a cara. Em um movimento súbito, o dorso de sua mão encontrou-se com o rosto de Connie. A violência do golpe a fez cair de bruços sobre a mesa. Ele agora apresentava um semblante de ódio.

— Vincent! — Michael levantou-se rapidamente

— Abaixe a voz para falar com seu Don, velho. Não tenho medo de vocês. São vocês que deveriam me temer… bem, espero vê-los amanhã na reunião com Dimitri. Aí saberei que são leais a mim.

Vincent abandonou o escritório sem olhar para trás. O pranto abafado de Connie ecoava pelo cômodo. Michael aproximou-se calmamente, inabalável. Olhando-a nos olhos, segurou seu rosto.

— O Vitorello foi pego com um maço de notas de Rublos na carteira. Aqueles tiros eram para você, não para mim. Não se preocupe, Al Neri já cuidou disso. Não precisa se preocupar com nada.

Ela prontamente entendeu o que ele quis dizer. Seu pranto cessou.

O dia seguinte amanheceu nublado e frio. Connie, sentada em uma poltrona na sala, observava o vazio. Não reagiu quando Vincent entrou, esbanjando um terno caríssimo, um relógio e grossas correntes de ouro.

— Está quase na hora. — Ele parecia empolgado

— Nipote, seu tio e eu iremos um pouco mais tarde. Estou com dor de cabeça e preciso de um analgésico. — Ela falou de forma robótica, sem se mover.

— Está bem. Mas não demorem. Preciso de vocês lá.

Vincent virou as costas e ia saindo, mas parou sob a porta. Seu tom mudou.

— Me desculpe por ontem. Me empolguei demais.

— Vaffanculo, Vincent.

Vincent deu um leve sorriso e seguiu seu caminho.

Mais tarde, Connie olhava pela janela a saída da comitiva que iria ao encontro de Vincent e Dimitri em Palermo. No seu carro, Al Neri e alguns homens no lugar dela e de Michael. Seu irmão se aproximou da janela. Descascava uma laranja.

— Vou te pedir uma coisa, sorella.

— O quê?

— Quero me aposentar. Como recompensa por minha atuação nesse problema. Não quero mais ter que lidar com os negócios da família.

— É compreensível. Você já fez muito. Descanse.

Michael se afastou. Antes, porém, fez mais um comentário.

— Al Neri também está velho. Talvez possa se aposentar também.

— Ele não. — Connie riu — Ainda preciso dos serviços dele.

Em palermo, uma fila de carros pretos para em frente ao restaurante mais luxuoso da cidade. Al Neri e alguns homens entram, trajando sobretudos, dirigindo-se à mesa onde se encontravam Vincent, Dimitri e alguns russos. Vincent, estranhando a movimentação e dando falta de seus tios, se levanta.

— Mas o que está acontecendo?

Al Neri tem um semblante sério. Sua voz é monótona.

— Michael Corleone manda seus cumprimentos.

Os homens tiram submetralhadoras de dentro dos casacos. O local é imediatamente tomado por uma chuva de balas. Nem mesmo há tempo para os capangas russos sacarem suas pistolas. Em menos de um minuto, todos à mesa estão mortos, além de um garçom que nada tinha a ver com aquilo.

—XXX—

Michael adentrou a antiga residência de seu pai em Nova York. Caminhou lentamente, como seu corpo permitia, acompanhado de um jovem rapaz. Seu cansaço e desânimo contrastavam com a empolgação do garoto.

— Você tem certeza que quer isso mesmo, ragazzo? Depois que entrar, não tem como sair.

— O que eu mais quero é ser um homem-feito, signore. Não há outra vida para mim.

Michael parou no corredor antes da porta do escritório. Lá dentro, connie aparecia imponente, trajando um belo vestido preto, junto de alguns homens de confiança, entre eles Al Neri. Quando o garoto entrou, cumprimentou-a, junto dos outros, beijando sua mão.

— Donna Corleone.

Connie percebeu que michael a olhava, e olhou em seus olhos. Ambos nutriam o mesmo respeito um pelo outro. Mantiveram aquele gesto enquanto Al Neri fechava lentamente a porta.

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22 comentários em “O Poderoso Chefão: Parte IV (Felipe Lomar)

  1. Thiago
    14 de junho de 2025
    Avatar de Thiago

    Esse é o meu conto favorito pela forma com que é narrado, parecendo um pouco com um roteiro. Ele tem poucas descrições e mais diálogos, mas isso é feito de forma coerente e deu dinâmica e caracterização às personagens. Atenção apenas a alguns recursos que empobrecem um texto, como criar diálogos que ninguém falaria na vida real, apenas para tentar caracterizar uma personagem. É o caso de:

    “— Meu Don… — Vincent puxou rapidamente o braço antes que o beijo se concretizasse

    — Não precisa dessas formalidades, zia.

    — Seu velho desprezo pelas tradições da nossa família. O seu convidado já chegou?”. 

    Esse  “Seu velho desprezo pelas tradições da nossa família.” é bem inverossímil de ser dito, está aqui só para ressaltar que esse Don não gosta desses rituais, mas não precisa disso, o mero gesto dele de não aceitar o beija-mão é suficiente. Explicitar certas coisas pela voz de uma personagem dá a impressão de que o leitor é bobo para entender certos movimentos, como ocorre nos diálogos de novelas mexicanas. 

    Fora isso há mais alguns ruídos, mas tão pequenos que nem vale a pena falar deles, já que o conto entregou o que propôs.

  2. Thales Soares
    14 de junho de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Considerações Gerais:

    Esta é uma fanfic que se propõe continuar de maneira ambiciosa a triologia de filmes. No entanto, eu nunca li e nem assisti o Poderoso Chefão, então devo dizer que este conto não foi feito para mim. É difícil até de eu avaliar, mas vou me esforçar ao máximo para não ser injusto.

    Pedradas:

    O ponto fraco do conto está justamente no quanto ele depende do conhecimento prévio da obra original. Para quem não conhece os filmes ou livros de O Poderoso Chefão (como eu), a leitura pode ser confusa, distante e até exaustiva. São muitos personagens, nomes, relações familiares e referências específicas que não são devidamente contextualizadas no texto… o que torna difícil para o leitor “de fora” se conectar emocionalmente com a trama.

    O tamanho e a densidade do conto foram agressivos para mim… talvez por eu estar boiando na leitura, durante a maior parte do tempo. Embora o ritmo seja bem estruturado para quem já está imerso na narrativa, o excesso de diálogos e reviravoltas pode cansar leitores que esperam uma experiência mais direta ou autônoma. Há também momentos em que o texto poderia se beneficiar de cortes ou sínteses, para evitar repetições e agilizar o desenvolvimento.

    Conclusão:

    Esta é uma fanfic feita com muito carinho por um verddadediro fã dos filmes (ou dos livros), pensada para os fãs da obra original e que entrega um capítulo novo da saga. Talvez seja uma leitura recompensadora para quem já conhece esse universo, mas é muito pouco acessível para quem não tem familiaridade com ele. Ainda assim, é preciso reconhecer o trabalho narrativo e a coragem de continuar uma história tão icônica.

  3. leandrobarreiros
    14 de junho de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    No que diz respeito a fanfics, por enquanto, é uma das melhores que li.

    O autor acertou na atmosfera do clima de máfia e referenciou bem diferentes momentos dos filmes de O Poderoso Chefão (na verdade, só vi o primeiro). Até o elemento da laranja como precursora da morte foi recuperado (pelo que me lembro, isso não existe no livro, só nos filmes).

    Se fosse fazer uma crítica, acho que, por vezes, as referências à obra se tornaram um pouco excessivas. Dá a impressão de que o autor ficou com um pouco de medo de que alguém reclamasse da falta de elementos da obra original para caracterizá-la como fanfic.

    Houve uma discussão no grupo sobre uma metáfora ou símile. Fiquei pensando no que soou estranho nela, e o autor pode olhar no grupo para uma discussão mais profunda, mas acredito que o fato de “mulheres não uivarem” contribuiu para quebrar a poética da imagem. Talvez se o vento “gemesse” ou “lamentasse”, a construção funcionaria melhor.

    Mas, sinceramente, este é um detalhe que eu não teria percebido se não tivesse sido apontado no grupo e nem vai interferir na minha nota.

    Enfim, um texto bem resolvido, por vezes excessivo, mas com uma boa atmosfera e que parece ser uma boa representação dos personagens originais.

  4. Gustavo Araujo
    13 de junho de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Fazer uma fanfic de um livro – ou de um filme – consagrado pela crítica é algo que requer muita coragem. Dificilmente se consegue algo acima do medíocre. Em se tratando da obra máxima do Mario Puzo ou do Coppola, isso é ainda mais complicado. Este conto segue essa regra, infelizmente, porque busca a identificação com as obras que lhe servem como inspiração nos personagens, naufragando, todavia, no momento em que põe a história em marcha.

    Vejo que o autor se esmera, principalmente no início, na busca por uma ambientação à altura da seriedade que o tema sobre máfia demanda, descrevendo um ambiente soturno, quase solene. Há grande preocupação, percebo, em construir essa atmosfera, com o uso de palavras e expressões mais rebuscadas. Creio, porém, que a falta de intimidade com elas acabou prejudicando a ideia. Descrições em excesso se acumulam e tornam a leitura travada ao longo do texto.

    A aposta da narração repousa nos diálogos entre Vincent, Connie e Michael. É uma boa estratégia para dar tração a uma história longa, com muitas entrelinhas, mas acho que isso fez com que muito do universo criado por Mario Puzo se perdesse, mormente por conta da qualidade dos diálogos, contaminados pela falta de naturalidade.

    A história em si tem seus méritos, mas no geral me pareceu um tanto ingênua. Vincent é um personagem unidimensional, que acaba tirando muito da verossimilhança necessária para esse tipo de trama. É como um vilão de castelo rá-tim-bum, uma caricatura. Não dá para levar ele a sério, muito menos suas razões para vender os negócios da família aos russos.

    De qualquer forma, a história consegue prender, o que não é pouco, já que é muito difícil escrever um texto policial com um limite tão pequeno de palavras. Pela coragem de fazê-lo, ainda mais com o universo do Poderoso Chefão, o autor merece parabéns, ainda que a experiência final não tenha sido das mais memoráveis.

  5. Andre Brizola
    13 de junho de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Consigliere!

    Acho que o universo descrito por Mario Puzo, e depois levado para o cinema por Coppola em seus três filmes, é o ápice da romantização do crime e da violência, colocando esses elementos em paralelo com valores como família, lealdade e honra, como se tais itens pudessem justificar a guerra pelo poder através da morte de outros. Pode ser um negócio atrativo, admito, mas, no final, é a perpetuação de uma história de violência que atravessa gerações e vem desaguar aqui, num conto do Entrecontos. Eu entendo a admiração pelas obras originais, mas não compartilho da apreciação. Tendo esclarecido isso, digo que desta vez organizei meus comentários de forma mais estruturada, a fim de ser mais efetivo, prático e, sobretudo, mais justo com os participantes.

    Técnica – O conto é bem escrito. É o que pode ser dito. Organizado estruturalmente de uma maneira bastante tradicional, da forma como o enredo e o tema pedem. Mas, devo dizer, que o excesso de termos em italiano, emulando o linguajar original, cansam. Entendo que é o que se pede e é como é no original. Mas temos que ter em mente que o original foi feito para o inglês, com termos que são derivados de uma comunidade criada nos Estados Unidos, com imigrantes italianos, com gírias e sotaques próprios que não pode ser traduzida diretamente para o português sem perda ou acréscimo para o leitor. Tenho certeza de que nem todos ficarão incomodados, mas eu teria optado por uma mescla mais sutil, dando ênfase para o português. Alguns termos, inclusive, passaram batidos em minha primeira leitura, e tive que buscar um tradutor para saber de que se tratava. Isso tudo deixou a leitura bastante monótona, para ser sincero. É uma opinião minha, apenas, veja bem.

    Enredo – Como a forma de desenvolver o texto, o enredo também é bastante conservador. Um Don jovem, pretendendo dar novo rumo aos negócios da família, desafia a tradição e é confrontado, e morto, pela ala mais antiga, que volta a assumir o comando. Resumindo assim parece bem simples, né? E é isso. O desenvolvimento até que foi condizente, mas eu não teria batizado esse enredo de O Poderoso Chefão: Parte IV. Com um título desses eu esperava algo realmente grandioso.

    Tema –  Neste aspecto, desta vez, decidi ser bastante rígido no que diz respeito ao respeito ao que foi proposto. Entendo que os temas são um tanto quanto diferentes do usual, mas essa foi a proposta do EntreContos e acho que nós, autores, deveríamos honrá-la com textos que a atendessem da melhor forma possível. Ótimo, aqui o seu conto se encaixou perfeitamente. Acredito que é um dos que mais se adequou àquilo que foi descrito no portal como fanfic.

    Impacto – Escrevo esse item do meu comentário alguns dias após ter lido o conto, para medir a forma como reagi ao texto e como ele me afetou. Acho que se a experiência foi boa, se o enredo me provocou, me fez pensar sobre o assunto, ou se há algo extremamente particular, mesmo que ruim, o conto reaparece em minha cabeça e penso sobre ele depois. Neste aspecto eu gostaria de dizer que O Poderoso Chefão: Parte IV conseguiu marcar seu espaço em minha lembrança nos últimos dias. Mas eu estaria mentindo. Lembrei-me dele, em uma ocasião, sim, ao passar em uma livraria e ver o original, de Mario Puzo, mas a recordação não foi boa, pois pouco de seu enredo me veio à memória. E foi quando percebi que o impacto foi muito pequeno.

    No geral, como o conto é bastante fiel à obra original, acredito que ele encontrará sua parcela de defensores, que vão encontrar qualidades naquilo que eu encontrei como defeito. E não há problema, pois é tudo uma questão de gosto. Trata-se de um texto bem escrito, com enredo simples, mas desenvolvido de forma adequada, sem muitos problemas de revisão (lembro-me de um “você” grafado com letra maiúscula no meio da frase, se não me engano) e que atende ao tema. Mas é bastante conservador. Não há um grande arroubo criativo, por exemplo. E acho que isso faz dele um conto apenas mediano. Mas, como disse antes, é apenas a minha, e única, opinião.

    É isso. Boa sorte no desafio!

  6. Amanda Gomez
    13 de junho de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Conheci a saga do Poderoso Chefão recentemente e ainda não terminei o último filme, o que talvez tenha prejudicado um pouco minha compreensão dos fatos. Digo isso porque seu conto não se sustenta sozinho; parece uma continuação e isso é corajoso, mas também arriscado.

    Não dá para desenvolver uma trama tão complexa em apenas três mil palavras. O texto ficou muito corrido, com cenas apressadas e pouca profundidade, como o atentado que imita o do primeiro filme.

    Para quem gosta dos filmes, é uma história interessante de ler, mas falta muito material para você assimilar e aprofundar.

    De qualquer forma, pela coragem, parabéns. O texto está bem escrito e você consegue criar cenas envolventes, com vozes marcantes.

    Boa sorte no desafio!

  7. Mariana
    12 de junho de 2025
    Avatar de Mariana

    História: A segunda fanfic de O Poderoso Chefão que leio, atendendo ao tema do desafio. Temos aqui um possível roteiro para um quarto filme e, que, por sinal, seria interessante. A Connie era uma personagem com camadas e capaz de assumir os negócios da família, gostei da construção de sua maturidade aqui 1,5/2

    Escrita: A escrita é segura, não percebi erros. A fluidez é boa, mas se perde um pouco no final que está um tanto apressado. A gente nem sente a morte do Vincent. No geral, um bom conto de máfia. 1,5/2

    Impacto: O autor brincou com a ideia de um quarto filme, o que foi legal. Apesar de não ter sido o meu conto favorito, gostei bastante 0,8/1

  8. cyro eduardo fernandes
    11 de junho de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    ´´Ótima ambientação do Poderoso Chefão. Boa técnica.

  9. Pedro Paulo
    11 de junho de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Olá! Tentando simplificar, estarei separando meus comentários em “forma” e “conteúdo”, podendo adicionar um terceiro tópico para eventuais observações que eu não enquadre em um ou outro.

    FORMA: A narração não detalha mais do que o necessário e, ainda assim, os personagens são bem caracterizados, havendo um bom equilíbrio entre pensamento, ação e, em certo momento, até rememoração, com os leitores sendo retrocedidos ao passado da família. Senti a mistura do italiano com o português um pouco forçada em certos pontos, mas é mais um adendo à ambientação do texto. A estruturação também funciona. Com agilidade, os dois Corleones ativos nos negócios familiares são caracterizados e opostos, estabelecendo aí o conflito da narrativa. A descrição de todos também nos situa em que momento da trajetória familiar a história nos encontra, com um império de máfia se desmanchando. São artifícios da forma do texto. Como não li “O Poderoso Chefão” ou sequer assisti aos filmes, não sei o quanto do original é bem homenageado aqui, de modo que minha avaliação passará pelo texto enquanto seu formato de conto, mais do que fanfic.

    CONTEÚDO: Já aqui, confesso que não favoreço o conto, sobretudo a sua parte final. O início é promissor. Como falei acima, no conjunto italiano os personagens ficam bem delineados logo e o conflito é bem estabelecido. Os russos são puro clichê, não necessariamente por serem russos, já que que criminosos de qualquer outra nacionalidade que não a italiana seriam retratados como gananciosos e desonrados, mas ok. O conto fica centrado na família italiana. A história pregressa, de filha e esposa mortas, também é bem explicada e inserida no conto, sem ultrapassar a presença necessária para ter o seu peso… mas o desfecho é o que enfraquece. A arrogância de Vicent já podia ser sentida no início, mas próximo ao final se torna caricatural, assim como a tentativa de assassinato de Michael fica deslocada na narrativa, sem consequências para o encontro em Palermo, o que não me pareceu verossímil a uma história que trouxe como virtude estar dois passos adiante. Assim, aquela rudeza no retrato dos antagonistas pareceu se sobressaltar na conclusão do conto, com uma resolução previsível em que os anti-heróis representados na geração anterior se sobressaem. Naturalmente. Todo o desenvolvimento do texto foi na direção de tornar esse o único resultado satisfatório, mitigando o suspense em torno da leitura. Apesar dessas minhas ressalvas, é uma ótima contribuição a um desafio de tema fanfic.

  10. Leo Jardim
    9 de junho de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 TRAMA (⭐⭐⭐▫▫)

    Pontos Fortes:

    • Continuidade Coerente – A história se encaixa bem no pós-filme O Poderoso Chefão III, mantendo o tom e os personagens fiéis ao universo original.
    • Protagonismo de Connie – Destaque interessante para uma personagem secundária nos filmes, mostrando sua evolução para uma líder estratégica.
    • Conflito Familiar Bem-Construído – A tensão entre Connie, Michael e Vincent reflete temas clássicos da saga: lealdade, tradição vs. modernidade.

    Pontos de Melhoria:

    • Final Previsível – A trajetória (Vincent trai a família → Connie e Michael o eliminam) segue um roteiro muito seguro, sem surpresas.
    • Russos Como Vilões Genéricos – Dimitri não tem profundidade; é o típico mafioso russo arrogante, sem nuances.
    • Michael Passivo – O personagem mais icônico da saga fica em segundo plano, sem impacto real na trama.

    📝 TÉCNICA (⭐⭐▫▫▫)

    Problemas Identificados:

    • Inconsistência de Tempo Verbal – Alterna entre passado e presente sem motivo (ex.: “O carro acelera. Corta as ruas”, antes estava no passado).
    • Diálogos Expositivos – Frases como “Michael fazia negócios com o judeu Hyman Roth” soam artificiais (Connie já saberia disso).
    • Pontuação em Diálogos – Erros como:
      “Vincent deu dois leves tapinhas nas bochechas de Connie — *Rogo* que não se importe.”
      (Travessão não encerra frase).

    🎯 TEMA (⭐⭐▫▫▫)

    • Fanfic: O Poderoso Chefão
    • Tópicos Tratados:
      • Sucessão e Tradição – Connie luta para manter os valores da família contra a ganância de Vincent.
      • Vingança e Justiça – O assassinato de Vincent ecoa o destino de traidores como Fredo e Tessio.
      • Globalização do Crime – Os russos representam a ameaça externa à “Cosa Nostra”.

    💡 CRIATIVIDADE (⭐⭐▫)

    O Que Funciona:

    • Connie Como Consigliere – Boa ideia desenvolver seu papel como estrategista, não só como figura emocional.
    • Flashbacks de Vito – As cenas do passado dão profundidade à relação pai-filha.

    O Que Faltou:

    • Michael Subutilizado – Sua sabedoria poderia ser usada para um plano mais elaborado (não só um tiroteio).

    🎭 IMPACTO (⭐⭐⭐▫▫)

    Por Que Não Brilhou Mais?

    • Falta de Surpresa – Leitores familiarizados com a saga preveem o destino de Vincent desde cedo.
    • Emoção Contida – A morte de Vincent não tem o peso trágico de Fredo ou Sonny.

    O Que Salvou:

    • Relacionamento Connie-Michael – A cena em que ele a consola após a humilhação é tocante.
    • Violência Satisfatória – O massacre no restaurante tem o estilo clássico dos filmes.
  11. danielreis1973
    5 de junho de 2025
    Avatar de danielreis1973

    O Poderoso Chefão: Parte IV (Consigliere)

    Segue a minha análise, conforme método próprio e definido para este desafio:

    CONCEITO: um claro fanfic de Godfather, ou Poderoso Chefão, ambientado após o terceiro e último da série. O autor trouxe para a narrativa os personagens remanescentes e os colocou num contexto bem diferente, com outras forças do crime organizado impactando nos negócios da famiglia.

    DESENVOLVIMENTO: aqui acho que foi o ponto de maior dificuldade para mim: apesar da narrativa ser factível, em alguns momentos a linguagem “forçada” num contexto de italianidade ao invés de gerar autenticidade, causa estranheza. Algumas ações dos personagens também parecem incongruentes com as personalidades originais, com uma Connie dominadora (ela, antes passiva e depois permissiva, torna-se consiglieri? Pouco provável…) e um Michael um pouco ausente e vacilante.

    RESULTADO: o resultado foi mediano, a meu ver e na minha interpretação. Acho que o conto é promissor, e pode ser aprimorado, mesmo que como exercício, pelo autor.

  12. Priscila Pereira
    5 de junho de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Consigliere! Tudo bem?

    Eu nunca li, nem assisti O poderoso chefão, então não sei se é uma boa fanfic ou não, porém imagino que você tenha conseguido capturar bem a ação, o clima tenso e sombrio, as tramas, traições e questões familiares da obra original.

    Gostei do conto, a história se sustenta sozinha, dá pra imaginar bem as cenas, a trama está bem amarrada e conduzida. Única coisa que tenho para apontar é que a revisão falhou um pouquinho… Nomes com minúscula várias vezes, falta de pontuação em alguns lugares e coisas como: “bom te vê-la”. Acho que deixar o texto descansar alguns dias, depois fazer uma leitura atenta em voz alta resolveria esses problemas.

    É um bom conto de ação. Parabéns!

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

  13. Kelly Hatanaka
    22 de maio de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Mais uma fanfic de O Poderoso Chefão. Como disse no outro conto, não assisti ao filme e espero avaliar de forma justa.

    O Don é Vincent, sobrinho de Connie, que é a consigliere. Vincent quer fazer uma parceria com a máfia russa, Connie é contra.

    Algumas passagens soaram confusas. Connie vai visitar o pai e menciona que Carlo está trabalhando. Quem é Carlo? A Clemenza vai colocar açúcar no molho e a filha lhe diz “seu bobo”. No começo, Connie menciona que o irmão limpou os negócios da família e depois eles estão falando em estourar o armazém de drogas de uma família rival. Clemenza diz que não iam gostar de uma mulher participando dos negócios da família, mas Connie é consigliere, ora. De qualquer forma, a mãe fala no lugar de Connie. Mas ela não é mulher também? E para que serviu aquela parte dos Tattaglia? Qual foi a função deles na história?

    Talvez essa minha confusão se dê pelo fato de eu não ter assistido ao filme. De qualquer forma, realmente, não entendi.

    No fim, matam Vincent e os russos e Connie vira Donna.

    Fiquei com a impressão de que o autor começou com o fim bem definido: Connie seria a Donna. Mas o meio da história ficou embolado.

    Boa sorte no certame!

    Kelly

    • Felipe Lomar
      15 de junho de 2025
      Avatar de Felipe Lomar

      Oi, Kelly. Vou começar a responder por você porque parece que ficou mais perdida que os outros por não conhecer a obra original. Acabou que realmente fiz um texto que precisava desse conhecimento.

      -é uma fanfic muito mais dos filmes que do livro, se passando alguns anos depois do terceiro filme

      -a passagem de confie visitando o pai é um flashback que acontece durante a guerra entre os corleone e os tattaglia retratada no primeiro filme. Nessa época, Vito era o don, e Michael ainda não atuava nos negócios da família.

      -Clemenza não é a mãe, é Peter clemenza, um dos caporegimes da família.

      bom, espero que tenha conseguido fazer o texto ter mais sentido agora. Qualquer outra dúvida é só falar.

      Eu nunca havia escrito fanfic na vida, então já sabia que o texto não seria perfeito. Fiz o que pude.

  14. Luis Guilherme Banzi Florido
    16 de maio de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia! (esse conto nao faz parte das minhas leituras obrigatorias)

    Dos dois contos que li na série B sobre o poderoso chefao, esse foi melhor. É mais elaborado, mais consistente. Aqui, temos um bom enredo, bem construido. Pra ser sincero, nunca assisti nenhum filme da trilogia, entao nao tenho uma bagagem suficiente pra analisar o quao fiel ou o quao bem adaptado seu conto está, mas conheço o suficiente pra saber quem é quem ali no enredo e o que acontece de mais relevante.

    Gostei do desenvolvimento do conto, apesar de nada muito surpreendente ou impactante acontecer. O enredo é meio previsivel, mas a falta de linearidade da narrativa torna a historia mais cativante. Alem disso, ele tá bem escrito (apesar de muitas falhas na revisao, especialmente na segunda metade, o que me sugere que voce teve pouco ou nenhum tempo pra revisar antes de enviar). Apesar disso, o conto ta bem escrito, no geral, e tem algumas passagem particularmente boas, como “O frio vento siciliano uivava, lembrando gritos de mulheres mortas de forma violenta.” Gostei muito dessa passagem, carregada de significados e com uma beleza poetica morbida.

    Achei o desfecho um pouco anticlimatico. Entendo que voce quis contextualizar e mostrar como o rapaz virou Don, e que nao fugiu da sua estrutura fragmentada para contar a historia, mas achei que esse paragrafo vir depois do climax deu uma quebrada no impacto. Eu mudaria ele pra algum momento anterior à luta no bar.

    Enfim, um conto bom de ler.

    Parabens e boa sorte!

  15. andersondopradosilva
    14 de maio de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Olá, autor.

    No contexto do desafio, tão somente, julguei o seu conto mediano, ou seja, nem gostei, nem desgostei, enfim vi qualidades e defeitos.

    Esperava mais do seu conto.

    O segundo, o terceiro e o quarto capítulos iniciam falando do tempo, um lugar comum literário.

    Você empregou o adjetivo “afável” quatro vezes, e o substantivo “semblante” três vezes. Empregou também a palavra “mostrava” duas vezes na mesma frase. É muita repetição em um texto tão curto.

    Autor, não use “aquele” e suas variações – especifique o tempo e o lugar. Não realize contagem e expressões do tipo “esse último”. Evite frases e expressões como “o silêncio tomou conta da casa” – é um lugar comum literário.

    “Te vê-la” ficou uma conjugação e um modo de falar ridículos.

    Pela participação mediana, uma nota mediana, 3.

    Abraço.

  16. Givago Domingues Thimoti
    12 de maio de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    O Poderoso Chefão: Parte IV:

    Bom dia, boa tarde, boa noite! Como não tem comentários abertos, desejo que tenha sido um desafio proveitoso e que, ao final, você possa tirar ensinamentos e contribuições para a sua escrita. Quanto ao método, escolhi 4 critérios, que avaliei de 1 a 5 (com casas decimais). Além disso, para facilitar a conta, também avaliei a “adequação ao tema”; se for perceptível, a nota para o critério é 5. Caso contrário, 1. A nota final será dada por média aritmética simples entre os 5. No mais, espero que a minha avaliação/ meu comentário contribua para você de alguma forma.

    Boa sorte no desafio!

    Critérios de avaliação:

    • Resumo: 

    O Poderoso Chefão – Parte IV mostra o desenrolar do jogo de poder entre os membros da família Corleone, o famoso clã da série de filmes Poderoso Chefão. Logo, nota 5!

    • Pontos positivos e negativos: 

    Positivo: de positivo, eu diria que é legal fazer menção a filmes clássicos, como O Poderoso Chefão, especialmente dentro do contexto de fanfics.

    Negativo: muitos erros gramaticais, muitos personagens e um desenrolar tradicional. O pior: falta de ambientação/desenvolvimento.

    • Correção gramatical – Texto bem (mau) revisado, com poucos (muitos) erros gramaticais. 2

    Muitos erros gramaticais:

    • Palavras estrangeiras são escritas em itálico!
    • No final, alguns nomes próprios foram escritos com a letra minúscula…
    • Pontuação mal empregada (vírgulas em excesso ou ausentes, uso indevido de reticências ou travessões).
    • Concordância verbal e nominal.
    • Regência verbal.
    • Erros de ortografia ou grafia informal.
    • Ambiguidades e cacofonias leves 
    • Erros de tempos verbais em alguns diálogos e narrações.
    • Estilo de escrita – Avaliação do ritmo, precisão vocabular e eficácia do estilo narrativo. 2

    O estilo de escrita está meio errático: simples na hora de desenvolver a narrativa, rebuscadinho na escrita de alguns diálogos. Para mim, entretanto, faltou refinar em determinados momentos, além de se ater a um dos estilos: ou mais refinado ou mais simples. 

    Temos algumas construções estranhas: 

    • “Vincent imediatamente fechou a cara. Em um movimento súbito, o dorso de sua mão encontrou-se com o rosto de Connie. A violência do golpe a fez cair de bruços sobre a mesa. Ele agora apresentava um semblante de ódio.” Eu entendi a dinâmica, mas se eles estão de frente, como é que ela cai de bruços? Ela não é nocauteada, afinal, logo depois ela chora?…
    • “O frio vento siciliano uivava, lembrando gritos de mulheres mortas de forma violenta.” — Compreendi a intenção dramática, mas achei exagerado e impreciso. Quero dizer, uivo não me pareceu a melhor das escolhas. 

    Além disso, apesar da ambição temática — o retorno de Connie Corleone à posição de conselheira e o atentado a Michael — o conto se estende excessivamente em diálogos e descrições que, muitas vezes, não movem a trama nem revelam novas camadas dos personagens. Ao contrário, são apresentados mais e mais personagens… Isso gera uma incômoda sensação de estagnação narrativa.

    • Estrutura e coesão do conto – Organização do conto, fluidez entre as partes e clareza da construção narrativa. 3

    Aqui também tivemos um problema; o conto segue uma estrutura linear; início, meio e um desfecho que encerra o presente e faz uma breve remissão ao passado. O leitor entende o que se passa, mas é uma leitura arrastada, muito mais focada na escrita dos fatos do que no desenvolvimento dos personagens. 

    Poderia ter sido bem melhor nesse ponto.

    • Impacto pessoal – capacidade de envolver o leitor e gerar uma experiência memorável: 1 

    Pessoalmente, o impacto pessoal desse conto foi baixíssimo. Os grandes pontos de questionamento que eu tenho em relação a esse conto são a sua ambientação (ou a falta dela) e o seu desenvolvimento. Inclusive, beira a uma questão quase principiológica dentro do que é uma fanfic, os limites mínimos e máximos (ou seja, o tanto que fanfic é apenas copiar e colar da obra original e o quanto se pode criar dentro).

    Em todo o caso, senti que faltou desenvolver a história. Do jeito que está, minha sensação foi que o conto faz uma mera alusão. Não se constrói o cenário, não se mostra a psiquê dos personagens. Tampouco inova, é um mais do mesmo, dentro do universo de O Poderoso Chefão. Tudo isso num ritmo frenético, cheio de diálogos, frases prontas e bem clichê. 

    Somado a isso, uma escrita com alguns erros gramaticais, uma narrativa focada principalmente nos diálogos, uma técnica difícil de ser realizada e quando não tão bem executada, faz mais mal do que bem.

    Infelizmente, não curti.

    Nota final: 2,6 

  17. Afonso Luiz Pereira
    12 de maio de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Oi, Consigliere, este teu conto segue com acerto uma fantic bem escrita, pois respeitar o espírito da trilogia O Poderoso Chefão. Está tudo aqui: os jogos de poder, os conflitos entre tradição e modernidade, os diálogos tensos carregados de subtexto, as traições, as lealdades duvidosas e, claro, o respeito à família como pilar central da máfia. Você conseguiu criar uma continuação plausível e bem construída dentro do universo da saga, com direito a retorno de personagens clássicos, ambientações que evocam a atmosfera dos filmes e até mesmo novas dinâmicas de poder. Gostei.

    O ponto mais interessante, pra mim, foi dar protagonismo à Connie, agora como Consigliere, assumindo um papel ativo e estratégico que já era insinuado nos filmes, mas nunca explorado com profundidade. Muito bom. Michael continua sendo aquele estrategista frio, quase inumano, que age de modo implacável, quando necessário, mesmo em idade avançada; Vincent, por sua vez, aparece impetuoso, vaidoso e imprudente, um Don moderno que pensa mais em lucro do que em honra. Pode-se aferir diante disso que você claramente entende deste universo.

    O conto é muito bem escrito. A narrativa é fluida, os diálogos são vivos e respeitam o ritmo da saga. O estilo é direto, elegante, e não tenta imitar os filmes com exagero, mas sim dialogar com eles. A estrutura também é muito boa, com tensão crescente e clímax satisfatório, além de ambientar muito bem as expressões italianas a fim de criar aquela imersão pretendida.

    No geral, essa fanfic é uma verdadeira extensão do universo O Poderoso Chefão, feita com conhecimento, respeito e criatividade. É o tipo de texto que dá gosto de ler, principalmente pra quem conhece os filmes e se pergunta como seria uma “Parte IV”. Parabéns.

  18. Marco Saraiva
    12 de maio de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    A inevitável morte de Don Vincent Corleone, e o triunfo de Connie Corleone, a jovem que desde a era de Don Vito, fez-se presente mesmo quando não vista. Infelizmente eu só assisti o primeiro filme e metade do segundo. O conto lembra bastante o desenvolvimento do primeiro, com o aparecimento de figuras externas à máfia dos Corleone, trazendo drogas e atividades que eles não admiravam.

    Vincent aqui é pintado com menos personalidade e menos astúcia do que tinha nos filmes. Na verdade, ele está um tanto caricato, uma figura mimada e derrotista, um pouco descaracterizado do seu original, ao meu ver. Connie, por outro lado, é o destaque: sábia, estoica, segura de si mesma, pronta para liderar a família.

    Gostei das referências das laranjas, que se tornaram figurinha carimbada do título. Para cada laranja, um ato terrível.

    Apesar da chuva de nomes que o texto cita – normal, para uma fanfic de um filme tão complexo – o texto usa bem o espaço para explorar os seus três personagens centrais: Michael, Connie e Vincent.
    Apesar do início ter sido um pouco conturbado, especialmente com alguns erros na escrita, o conto acabou me mantendo investido nele até o final.

    NOTAS:

    • O conto apresenta diversas partes onde os tempos verbais da narrativa estão confusos. Por exemplo, o trecho a seguir é todo escrito no pretérito, com verbos como “entrou” e “Estava”, porém há também um “olha”, que está no presente:

    “Connie entrou nervosa no hospital, mas obteve grande alívio ao ver seu irmão consciente. Estava exausto, com o braço enfaixado. Após um suspiro e enxugando as lágrimas, ela o olha nos olhos, e então juramenta, beijando sua mão:”

    • Há uma parte onde Dimitris entra na sala com Connie e Vincent e a narração fala que Dimitris era espalhafatoso “assim como Vincent”. Mas Vincent não foi narrado como espalhafatoso no conto, e até onde me lembro dos filmes, não era também por lá.
    • Ao meu ver, a figura de Dimitris foi mal explorada. Ao invés de ser um antagonista, ele é mais uma peça de decoração. Achei quase hilário que ele aparece apenas duas vezes no conto: em ambas ele marcha até um lugar, acha que tudo é sujo, e vai embora. Fico imaginando por que diabos ele dirigiu até lá apenas para imediatamente após entrar. Concordo que Dimitris não é o verdadeiro vilão deste conto: este é o papel de Vincent. Porém, o conto explora Dimitris de forma tão rasa que ele não me passou nenhum tipo de ameaça ou ao menos receio pelas vidas de Michael ou Connie.
  19. toniluismc
    9 de maio de 2025
    Avatar de toniluismc

    Comentário Crítico do Conto “O Poderoso Chefão: Parte IV” (Consigliere)
    Avaliação por critério: Técnica · Criatividade · Impacto

    🛠 TÉCNICA: ADMIRÁVEL E CINEMATOGRÁFICA

    O autor demonstra profundo domínio da linguagem narrativa cinematográfica e literária. Há ecos claros do estilo de Mario Puzo, com diálogos afiados, cenas bem coreografadas e uma sensibilidade para ritmo narrativo que mantém a tensão mesmo em trechos longos.

    • A alternância entre presente e passado, com o flashback de Connie ainda jovem dialogando com Vito e Clemenza, é extremamente eficaz — revela o caráter dela com elegância e sem didatismo.
    • Os diálogos têm vozes autênticas: Connie firme e analítica, Michael comedidamente melancólico, Vincent imprudente e agressivo.
    • As descrições de ambiente, principalmente na Sicília, evocam atmosfera e tradição, conectando o peso do passado ao colapso do presente com naturalidade.

    Esse é um conto que poderia perfeitamente ser adaptado para um roteiro de cinema ou uma minissérie — o senso de encenação, corte de cena e construção de clímax é refinadíssimo.

    🎨 CRIATIVIDADE: CONSERVADORA NA FORMA, BRILHANTE NA EXECUÇÃO

    Como se espera de uma fanfic desse universo, o texto não rompe com a estética ou os temas da saga original, mas expande-a com inteligência. Ao colocar Connie como Consigliere e, ao final, como Donna Corleone, o autor acerta em cheio ao reposicionar uma personagem subestimada para o centro do poder.

    • A decadência da família, o peso da memória, a recorrência da traição e da vingança: tudo é mantido, mas com um novo centro emocional e político — feminino, duro, estratégico.
    • A construção de Vincent como um herdeiro desonroso cria um antagonista interno crível, alinhado ao espírito trágico da obra.
    • A presença dos russos, do novo capitalismo selvagem pós-Guerra Fria, atualiza a disputa de poder sem descaracterizar o universo clássico da máfia italiana.

    O texto não reinventa a roda, mas a faz girar com maestria, renovando o ciclo Corleone com precisão, elegância e um senso de justiça poética brutal.

    📌 IMPACTO: ALTO, MADURO E PODEROSAMENTE TRÁGICO

    É um conto que cresce a cada cena, até desembocar num clímax sangrento digno de O Poderoso Chefão Parte I. O leitor sabe que algo terrível está por vir, mas o prazer está em ver a execução meticulosa da vingança, a frieza com que Connie arquiteta a queda de Vincent — e a consolidação de seu próprio poder.

    • A cena da bofetada seguida da montagem do massacre é uma dança narrativa cruel e eficaz.
    • O momento em que Michael, depois de tudo, pede aposentadoria… e Connie diz que Al Neri ainda é necessário, encapsula com perfeição a inversão de papéis e o ciclo de poder entre os irmãos.
    • O final, com o jovem beijando a mão da Donna Corleone e a porta sendo fechada, é icônico, simbólico e digno de aplauso. É o espelhamento da cena final do primeiro filme — mas agora com Connie no centro. Perfeito.

    🧾 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    “O Poderoso Chefão: Parte IV” é uma continuação à altura da trilogia original. Com inteligência estrutural, diálogos críveis e carga dramática justa, eleva Connie ao posto que lhe foi negado no cânone — e o faz com brutalidade, dignidade e muito estilo.

    É um conto de poder e memória, de legado e decadência, que honra suas origens e, ao mesmo tempo, as transcende.

  20. Antonio Stegues Batista
    8 de maio de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O conto é uma fanfic de O Poderoso Chefão, ou seja, um episódio de continuação. Achei a narrativa muito bem construída, alguns momentos a ação é resumida, abreviada, dispensando detalhes sem importância, que eu achei ótimo. O enredo é bom, trás o universo de Don Corleone, os mafiosos, as intrigas, a inveja, a vingança. Os personagens são marcantes. Achei uma fanfic excelente, muito bem pensada e escrita. Parabéns e boa sorte.

  21. paulo damin
    4 de maio de 2025
    Avatar de paulo damin

    Ficou bem legal. Bem no espírito original, com essa atualização feminista. Podia traduzir pro inglês e mandar pra alguém em Hollywood. Vai saber se não gostariam?

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Publicado às 3 de maio de 2025 por em Liga 2025 - 2B, Liga 2025 - Rodada 2 e marcado .