EntreContos

Detox Literário.

Asilo Arkham (Antonio Stegues Batista)

1897

Finalmente, depois de dois anos tentando encontrar pistas sobre o paradeiro  do Conde Drácula, o professor Abraham Van Helsing,  descobriu que um grupo de ciganos viajaram para Roterdã, levando em suas bagagens um caixão de madeira contendo os restos mortais do pai de um homem chamado, Reinfield, para ser enterrado em Haia. Helsing desconfiava que eles estavam transportando era o vampiro.

No porto de Haia, Van Helsing encontrou um manifesto que liberava para viagem o navio  Pérola Negra com  destino a Londres. Era um navio mercante que carregava, além de mercadorias diversas, um estranho caixão fechado com dois cadeados, segundo o despachante, e que o responsável era alguém chamada R.M. Reinfield que Helsing sabia ser o servo de Drácula . Na verdade, o caixão não foi enterrado em Haia e sim, enviado para o Reino Unido.

Van Helsing viajou para  Londres carregando duas malas, uma contendo seus objetos pessoais e outra com seus apetrechos para caçar o vampiro, estacas de madeira, martelo, água  benta e um crucifixo, além de faca, tesoura e alhos. Desembarcou na cidade,  numa tarde de quarta-feira de Cinzas, do dia 3 de fevereiro de 1897, ocasião em que as igrejas estavam lotadas de fiéis.

Helsing conseguiu alugar um quarto  em uma pensão perto da catedral. No dia seguinte, pela manhã, acordou com o badalar dos sinos. Após o desjejum, seguiu a pé até o porto. Pediu informações aos homens que faziam transporte de carga que saiam dos navios. Reinfield precisou de uma carroça para transportar o caixão. Havia carroças, coches e carruagens a espera de passageiros e cargas. O professor indagou a cada um dos cocheiros, se tinham transportado um caixão, algo não tão comum ficaria gravado na mente do condutor. Um dos cocheiros respondeu que sim, se lembrava de um rapaz magro e pálido, havia contratado para transportar uma caixa com mercadorias. Só depois que chegou no píer, viu que era uma caixa de madeira lustrada, retangular. Parecia um esquife e tinha um cheiro estranho.

De posse do endereço, Van Helsing passou na pensão para pegar a mala de trabalho e dirigiu-se ao local. Como era dia, imaginou que Drácula estaria dormindo. Era uma casa antiga, de alvenaria, na rua Flower Street. Uma casa que não deveria ter nenhuma fresta e as janelas permanecesse trancada. O professor deu a volta e foi para os fundos. Abriu a mala, pegou duas ferramentas e abriu a antiga e frágil fechadura. Logo que entrou, ele abriu a janela para entrada do sol. A cozinha estava em ordem, mas tudo coberto por uma fina camada de pó. Claro, vampiros se alimentam de sangue humano.

Van Helsing avançou com cautela pelo corredor escuro, segurando o crucifixo numa mão e o frasco com água benta na outra. Ao chegar na sala, dirigiu-se para a janela, mas foi detido por duas mãos poderosas. Sentiu as unhas do vampiro perfurar o tecido do casaco e da camisa e penetrar em sua carne. Ele levou o crucifixo para trás e ouviu um grito misturado ao chiado da queimadura na testa de Drácula. O vampiro cambaleou, recuando e procurando reanimar-se, mas Van Helsing virou-se, atirando sobre ele o frasco a água benta. Apavorado e rosnando, Drácula correu para um dos quartos.

Temendo uma emboscada, Van Helsing saiu, deu a volta na casa e arrombou a janela, inundando o cômodo com a luz solar. Depois ele voltou ao quarto e encontrou o caixão de madeira num canto, onde Drácula se refugiara. O professor abriu a tampa, e observou por um momento o rosto cruel de Drácula, agora passivo e em profunda letargia deitado sobre a camada de terra da Transilvânia. Van Helsing pegou o martelo e à estaca  e cravou no coração do vampiro. O corpo de Drácula murchou, lançando ao ar um cheiro de mofo e coisa velha.

Uma hora depois, Van Helsing saiu da cidade com uma carroça carregando o caixão com Drácula. Chegando a uma charneca, fez uma cova e enterrou o rei dos vampiros.

Cinquenta e sete anos depois

Bruce Wayne estava em seu escritório, organizando os boletos para pagar no banco. Normalmente, era incumbência de Alfred fazer os pagamentos, mas o mordomo havia pedido folga, por coincidência, no dia do vencimento das contas. Wayne gostava de honrar os seus compromissos e resolveu ele mesmo ir ao banco.

O lampejo de um pensamento perpassou a mente arguta do bilionário que se disfarçava em Homem-Morcego para combater os malfeitores de Gotham City.

Ele pegou alguns jornais  e releu a notícia das mortes e desaparecimentos de pessoas ocorridas nos últimos meses. Os crimes ocorreram exatamente nas quartas-feiras, dia em que Alfred pediu folga. Seria o mordomo o assassino? Impossível, ele sempre foi um homem correto, honesto e gentil, a não ser que aquela queda que ele teve no banheiro que, apesar da leve pancada na cabeça, tenha de fato afetado o seu cérebro, causando mudança de personalidade.

Alfred Thadeus Crane Pennyworth, fora médico da marinha britânica e agente da Scotland Yard. Seu currículo era impecável. Bruce não acreditava que ele estivesse fazendo alguma coisa ilegal, de qualquer forma, na madrugada daquela quarta-feira, ele esperou pelo mordomo para conversar com ele e tirara as dúvidas de sua cabeça. Quando Alfred entrou e acendeu a luz, ficou surpreso ao ver o patrão a sua espera.

— O senhor está me esperando? Aconteceu alguma coisa?

— Veja bem, Alfred, eu nunca me interessei em bisbilhotar sua vida privada, mas fiquei desconfiado que as tuas saídas têm ligação com os crimes que ocorreram nas últimas semanas.

.

Alfred despiu o paletó e pendurou no cabideiro, depois sentou-se porque estava cansado da caminhada. Permaneceu calmo, tranquilo, não era de sua índole se revoltar com as inquirições de Bruce sobre sua vida privada. As relações entre os dois eram de pai e filho.

— Eu sei que o senhor é um homem ocupado, quando não  está fazendo trabalho voluntário para a comunidade, está combatendo os criminosos de Gotham City. Eu não queria incomodá-lo e por isso, eu e o repórter Jimmy Olsen, nós estamos investigando o mistério do asilo Arkham. Suspeitamos que o autor dos crimes se esconda lá. Como o senhor sabe, o asilo fechou há cinco anos por causa de uma epidemia. Aconteceram  mortes estranhas lá. Pacientes, inclusive  médicos e enfermeiros começaram a ser encontrados mortos, com o corpo seco como uma  múmia.  

Alfred fez uma pausa para tomar fôlego.

— Eu soube. Li nos jornais a notícia sobre o caso. Não foi encontrado a causa daquelas mortes. E por que vocês acham que as mortes de agora têm ligação com as de cinco anos atrás? As mortes atuais são  diferentes daquele tempo.

— Sim, mas o assassino pode ser o mesmo.

— Como assim?

— Há duas semanas, Olsen recebeu um telefonema de um homem chamado Abraham Van Helsing. Ele tinha 91 anos, morreu de tuberculose num hospital. Antes de morrer, ele pediu para falar com Jimmy Olsen. Confessou ao repórter que passou grande parte de sua vida a caçar monstros a serviço do Vaticano. Revelou que tinha matado o vampiro Drácula e enterrado o corpo em Luton.

— Onde o prédio do asilo foi construído?

— Exatamente. Olsen pensou em fala com o comissário Gordon, mas decidiu revelar ao Batman e me pediu para entrar em contato com ele. Porém, eu resolvi não o incomodar com esse assunto que pode ser delírio do tal Van Helsing.

— Olsen sabe que eu sou o Batman?

— Acredito que não. Se soubesse já tinha revelado ao público.

— Por que vocês não deixam a polícia cuidar disso?

— O senhor acha que o comissário vai acreditar nessa história?

— Presumo que não.

Wayne permaneceu calado, refletindo por alguns instantes, por fim disse:

— O Batman vai visitar as ruínas do Asilo Arkham.

Antes de sair como Batman, ele consultou a enciclopédia para saber tudo sobre vampiros.

Em Gotham City, todos dormiam. As ruas estavam desertas, os habituais notívagos evitaram sair para suas caminhadas e encontro em bares, com receio do estranho assassino que atacava no silêncio da escuridão.

Uma figura não tão estranha, dirigia seu batmóvel silencioso em direção ao abandonado asilo Arkham.

Batman estacionou o carro no fim da rua e fez o resto do percurso a pé. O prédio escuro se destacava no brilho suave da lua-cheia. Com os sentidos alerta, o Homem-Morcego entrou pela porta principal, que estava aberta. Passou pelo saguão coberto de lixo. Ele vasculhou o térreo e não encontrou nada de estranho Com sua visão noturna, subiu a escada para o segundo piso. Detectou um movimento sutil no andar de cima. Chegou a outro corredor escuro, de salas vazias com a claridade da lua entrando pelas vidraças. As janelas de vidro não estavam tampadas para evitar a luz do sol e isso indicava que nenhum vampiro se ocultaria ali, já que o sol era seu inimigo mortal.

Batman se dirigiu para o terceiro e último piso. Estava chegando na escada quando seu sentido de morcego captou um movimento repentino no ar, acima da sua cabeça. Ele deu um passo para trás e a criatura caiu em pé diante dele. Ergueu o braço para se proteger, mas não conseguiu evitar a agulha penetrar em sua carne.

Quando recuperou os sentidos, viu-se amarrado com correias em uma velha cadeira de tratamento de eletrochoque. Diante dele estava Drácula, um homem alto, pálido, de cabelos lisos, escuros, as mãos eram curtas e peludas com unhas afiadas. Batman se surpreendeu por que já era dia e o sol entrava por uma janela. O vampiro notou que ele havia olhado para a janela aberta e sem cobertura.

— O sol já não me afeta mais. Agradeço a Van Helsing por ter me enterrado na lama medicinal do pântano de Londres. A umidade penetrou no caixão por anos e a composição química  altivou o metabolismo das células de meu corpo. Ressuscitei como Lázaro.

Ele fez uma pausa e deu uma volta ao redor da cadeira, observando Batman. Usava uma capa preta sobre os ombros, o traje era antiquado, com suspensórios. Com certeza não eram as mesmas roupas com que tinha sido sepultado. Ele soltou um som brando e suave, como o sibilo de uma serpente.

— Já faz algum tempo que eu me perguntava, quando iria ficar frente a frente com Batman, o herói mascarado que persegue e prende criminosos em Gotham City. Batman, o Homem Morcego. Se por um lado o sol não mais me afeta, a capacidade de me transformar em morcego acabou. Isso me impede de fugir voando em caso de perigo. E você, com essa aparência de morcego não consegue voar. Essa capa não são asas, não é? Acho que…

Drácula interrompeu-se ao ver um novo personagem entrar em cena. Um homem de meia-idade, usando bigode fino, segurando uma réstia de alhos e um crucifixo, surgiu sem medo, decidido a enfrentar o monstro

Drácula soltou uma risada sinistra.

— Sol, alho, crucifixo, isso não mais me causa mal.

Ele avançou com as garras estendidas para estraçalhar a jugular de Alfred. Num esforço sobre-humano, Batman conseguiu romper as amarras, pegou o vampiro pelos ombros, levantou-o no ar e o jogou contra a janela. Drácula ficou caído no parapeito, a cabeça para fora. Batman segurou o caixilho da vidraça e empurrou com toda a sua força para baixo. O rei dos vampiros foi decapitado, a cabeça despencou no vazio e o corpo arriou-se para o chão. Drácula não podia mais ressuscitar.

Batman colocou o braço sobre os ombros do assustado Alfred, seu fiel mordomo.

— Acabou, Vamos embora.

Sobre Fabio Baptista

Avatar de Desconhecido

22 comentários em “Asilo Arkham (Antonio Stegues Batista)

  1. André Lima
    14 de junho de 2025
    Avatar de André Lima

    Bom, vamos lá. Tentarei não ser repetitivo com os apontamentos óbvios.

    A abordagem dessa reimaginação é muito interessante. Uma premissa ótima, instigante. Isso, por si só, já conta como ponto positivo para o autor. Unir dois universos distintos é uma tarefa complicada.

    A primeira parte do conto nos transporta para 1897, detalhando a dedicação e a astúcia de Van Helsing em sua busca por Drácula. A descrição dos apetrechos de caças do professor olidifica a atmosfera clássica de caça a vampiros. A investigação em Londres,o interrogatório aos cocheiros e a descoberta do endereço de Drácula na Flower Street são bem construídos.

    O salto temporal para a Gotham de Bruce Wayne é o ponto central da fanfic. A introdução de Bruce Wayne, preocupado com as contas (hehehe) e com a folga de Alfred, rapidamente se desvia para o mistério dos crimes ocorridos às quartas-feiras. A suspeita inicial de Bruce sobre Alfred, embora rapidamente descartada, gera uma interessante tensão dramática.

    Bom, a primeira parte, focada na caçada de Van Helsing, embora detalhada e bem construída, ocupa uma porção considerável da narrativa para uma fanfic de Batman. Para um conto cujo título e tema principal recaem sobre o Cavaleiro das Trevas, a extensão do prelúdio pode ser vista como um desvio excessivo do foco, tornando o ritmo um tanto arrastado até a entrada do Batman em cena. A exata coincidência de o Asilo Arkham ter sido construído sobre o local de sepultamento de Drácula é um elemento de roteiro excessivamente conveniente. Apesar de ser o título da obra, o Asilo Arkham funciona mais como um mero pano de fundo ou local de encontro para o clímax. Sua rica e sombria mitologia no universo de Batman simplesmente não é explorada.

    O Drácula ressuscitado não me convenceu. Seus diálogos são funcionais até, mas não revelam a profundidade de um ser ancestral. Ele se torna mais um “monstro” físico a ser combatido por Batman, perdendo parte da astúcia e do horror psicológico que o tornam tão icônico.

    Em resumo, é um conto com uma premissa muito interessante, mas que peca em alguns pontos da execução. Senti falta de um Drácula melhor elaborado, do universo do Batman mais bem explorado (Em especial o local que dá nome ao conto) e de um ritmo mais fluido.

    É um bom trabalho, no fim das contas.

  2. Alexandre Costa Moraes
    13 de junho de 2025
    Avatar de Alexandre Costa Moraes

    Entrecontista,

    Você juntou universos icônicos em um crossover ousado: Batman, Drácula, Van Helsing… num único asilo, com direito a cenas pitorescas como Batmam preocupado com o boleto e Drácula tomando um sol de boas. Foi uma fanfic louca, criativa e divertida de ler. E teve surpresa, indo do cotidiano trivial dos heróis a uma luta surreal, onde a janela do asilo serviu de guilhotina para o grand finale. Sagaz.

    A escrita tem uns errinhos que passaram na revisão. Ainda assim, busquei priorizar mais a ousadia da fanfic do que a técnica e a ortografia precisa.

    De forma geral, parabéns pela criatividade fora da curva. Eu gostei da proposta inusitada e entretiva do seu conto. Boa sorte no desafio!

  3. Pedro Paulo
    13 de junho de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    A ideia é boa, mas a execução não fez jus. Todo o trecho inicial com a caçada de Dracula por Van Helsing poderia ter ficado de fora, dando mais espaço para algo que falta ao texto: ambiente. Não senti a atmosfera gótica e sombria que era de se esperar da conjunção de morcegos. Tudo é explicado demais, gasta-se muito tempo em diálogos que poderiam ter sido condensados em algumas linhas ou um parágrafo de exposição. Sinto que o texto teria iniciado melhor se iniciado a partir da chegada de Batman no Arkham. A suspeita de Bruce quanto a Alfred, bem como todo aquele cenário, pareceu-me uma caracterização falha a qual, casada com a falta de tom, empobreceu o texto. O conflito final, comprimido pelo limite de palavras, foi anticlimático.

    Acho que o Batman já enfrentou o Drácula pelo menos uma vez nas animações. Certamente poderia ter servido de inspiração.

  4. Bia Machado
    13 de junho de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Olá, autor/autora, tudo bem? Bem, vamos lá… juro que não esperava ver um conto com tantos problemas na série A. O que explica essa falta de revisão? Concordância nominal, verbal, pontuação, colocação pronominal inadequada… isso atrapalhou muito a fluidez da leitura. Também não me conectei com as personagens, achei-as muito lineares, muito parecidas, não sei explicar. E o título? Realmente fiquei por fora, sei apenas que é uma fanfic cross over, para mim sem muita emoção… Mas o mais urgente é a revisão. Depois disso, mexer nessa estrutura narrativa, que me lembrou muito o final da tentativa de novela chamada “Brida”, da extinta TV Manchete, que foi nesse estilo aí, alguém resumindo/relatando os acontecimentos, porque a audiência estava baixíssima. Quando apareceu uma fala, fiquei feliz, mas não por muito tempo. Espero que outros tenham gostado mais, sinto que não soube compreender seu conto. Boa sorte no desafio!

  5. Rodrigo Ortiz Vinholo
    12 de junho de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    A ideia é até interessante, mas tenho questões com a execução. Um ponto geral é sobre revisão: o texto precisa de muitos cuidados, que já dariam um encaminhamento geral melhor. Depois disso, há a história em si: toda a parte do Batman carece de amarração, parece um tanto apressada. Talvez funcionasse melhor em um formato maior. Os ajustes temporais e geográficos também estão bem diferentes, e o final, em especial, coloca o Homem-Morcego fazendo com determinação algo que sempre hesita muito em fazer. Não sei, acho que tudo poderia ser revisto e, especialmente, alongado.

  6. Felipe Lomar
    12 de junho de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    olá

    Seu conto deixou um pouco a desejar. Talvez porque eu estava com muita expectativa Para uma fanfic do meu herói favorito. Bem, tem algums coisas confusas, especialmente sobre a transição londres-gotham City. Algumas falas são um pouco simples demais, o vilão cai no clichê do discurso explicando o plano maligno (muito conte e pouco mostre) e o pior é o final, que acaba muito rápido e abrupto.

    boa sorte.

  7. Fabiano Dexter
    11 de junho de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História
    Aqui temos uma história do Batman (pelo menos uma!) no desafio de Fanfic. Onde a “fic” fica clara logo no início, quando temos nosso Homem Morcego pagando boletos.
    Na história em questão ele está atrás de um assassino que, por fim, acaba se revelando como sendo o próprio Conde Drácula, mas revigorado.
    Tema
    Batman.
    Construção
    Frases curtas e a impressão de que o conto foi escrito um pouco corrido, talvez devido ao prazo de envio.
    Impacto
    A história é interessante, mas acabou ficando tão corrida quanto a escrita. A ideia do vampiro é bem interessante e poderia ter sido mais bem explorada, como por exemplo dando uma explicação do porquê ele atacar às quartas.

  8. Priscila Pereira
    10 de junho de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Autor! Tudo bem?

    O que gostei: escrita ágil, leitura simples e fácil, entretivo.

    O que não gostei: o enredo tem alguns furos, tipo o drácula ser enterrado em Londres, então a cidade do Batman é em Londres? Não era nos EUA? Mesmo sendo fictícia, obviamente.

    Boa sorte!

  9. Mauro Dillmann
    6 de junho de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Conto escrito em terceira pessoa.

    O narrador vai ficando maçante. As descrições longas cansam o leitor.

    Os erros gramaticais gritam no texto e isso me desconcentrou da história em si.

    Rever pontuação, uso de vírgulas. Muitas falhas, o que fragilizou o conto. Vários problemas de concordância.

    Parece ser fanfic de Batman. Não conheço a história.

  10. Kelly Hatanaka
    2 de junho de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Não sei nem por onde começar.

    Há erros  de revisão, umas vírgulas largadas no caminho, como a primeira em “…homem chamado, Reinfield, para ser …”. A narrativa também está corrida, descrevendo as ações com pressa, sem desenvolver as cenas, contando tudo sem mostrar nada.

    Daí vem a parte do Batman e temos um Bruce Wayne gente como a gente, indo ao bradescão pagar os boletos. Mas, gente… E a lama do pântano curou o vampiro da intolerância ao sol? Mas, gente de novo… E, no fim, Drácula foi decapitado e fim.

    Esta é a própria definição de enredo rocambolesco.

    Faltou revisão, faltou enredo, faltou ritmo.

    Ai, desculpa, mas não gostei não.

  11. claudiaangst
    28 de maio de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    Temos aqui um conto que mistura a essência de dois personagens lendários: Drácula e Batman. Realmente, ambos têm em comum uma aura gótica, sombria, são seres relacionados mais à noite do que ao amanhecer. Fanfic? Deve ser.

    Quanto aos lapsos de revisão…Precisamos conversar. Acredito que o conto tenha sido enviado às pressas e, portanto, não deu tempo para uma segunda leitura. Acontece nas melhores séries, inclusive, veja só, na “esnobe” série A.

    • […] o professor Abraham Van Helsing,  descobriu > […] o professor Abraham Van Helsing descobriu (não se separa o sujeito do verbo)
    • […] que um grupo de ciganos viajaram > […]que um grupo de ciganos viajou ( o verbo concorda com grupo) ou “que ciganos viajaram”
    • […]homens que faziam transporte de carga que saiam dos navios. > Ficou bem confuso isso. Homens que faziam transporte de carga que saia dos navios. Eram os homens que saíam do navio ou a carga?  Homens que saíam do navio transportando a carga? Faltou acento em SAÍAM.
    • […]carruagens a espera > […]carruagens à espera
    • […]as janelas permanecesse trancada > as janelas permanecessem trancadas
    • […]o frasco a água benta. > […]o frasco com a água benta OU o frasco de água benta
    • […]o martelo e à estaca > […]o martelo e a estaca 
    • […]mortes e desaparecimentos de pessoas ocorridas > […]mortes e desaparecimentos de pessoas ocorridos (deve concordar com o substantivo mais próximo – no caso, desaparecimentos) Do jeito que está parece que disse algo como “as pessoas ocorridas”
    • Alfred Thadeus Crane Pennyworth, fora médico > Alfred Thadeus Crane Pennyworth fora médico (NUNCA separe o sujeito do verbo a não ser que haja uma informação posta entre vírgulas. Por exemplo: Alfred, um excelente mordomo, já fora um médico.
    • Olsen pensou em fala > Olsen pensou em falar
    • […]não encontrou nada de estranho > faltou o ponto depois de “estranho”
    • […]a composição química altivou o metabolismo > […]a composição química ativou o metabolismo
    • — Acabou, Vamos embora. > — Acabou. Vamos embora.

    Há muita ação e um pouco de suspense também. A trama prende a atenção e entretém o(a) leitor(a).

    O desfecho não foi tão impactante quanto eu esperava, pois não consegui visualizar bem a decapitação de Drácula, imaginando a janela como guilhotina, mas deve ser deficiência da minha mente, sei lá.

    Parabéns por participar de mais um desafio e boa sorte na classificação.

  12. Fabio Baptista
    26 de maio de 2025
    Avatar de Fabio Baptista

    Van Helsing caça Drácula, consegue derrota-lo e o enterra em um lugar onde por acaso foi erguido o Asilo Arkham anos depois (essa parte eu não entendi… tem um momento que falam que foi em Londres, mas o Asilo é em Gotham). Por acaso a lama do lugar era medicinal e Drácula renasce. Daí o bilionário Bruce Wayne deixa os boletos vencerem (vai pagar multa, mora e IOF, coitado), veste a roupa de Batman e vai lá resolver a parada (não sem antes consultar a Barsa pra aprender sobre vampiros). Batman é surpeendido e capturado, mas tira forças sabe o Curinga da onde quando vê Alfred em perigo e corta a cabeça do vampiro na janela.
    Olha, se houvesse a indicação de conto com eventos mais aleatórios, esse com certeza levava fácil. A impressão é que o autor fez pesquisas na enciclopédia do universo DC, colocou no liquidificador e tá aí. Nessa que apareceu um Jimmy Olsen da vida, que deve ter perdido o emprego dele em Metrópolis e foi tentar a sorte em Gotham.
    Há muitos erros de revisão, muitas redundâncias de pensamento e repetições de palavras. A trama é uma colcha de retalhos onde as coisas vão acontecendo de modo conveniente para a história seguir. A essência dos personagens foi dilacerada… Batman lendo no jornal o que aconteceu em Arkham?
    Curiosamente, apesar de tudo isso aí, até que o conto é entretivo.

  13. Jorge Santos
    20 de maio de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá, Renfield. Este é o nome do ajudante de drácula. Li a sua história, que tinha um potencial incrível. É um fanfic não de uma história, mas de duas. Cruzar o mundo dos vampiros com o de batman, com o ponto de ligação do homem-morcego e do vampiro que perdeu os seus poderes e não se pode transformar em morcego, poderia dar um conto fabuloso, mas creio ter ficado aquém do esperado. Vamos por partes. A ideia, como já referi, é excelente. Isso é importante. Normalmente, prefiro o conteúdo de um texto à forma – textos excessivamente trabalhados mas que se limitam à beleza do texto, sem conteúdo narrativo, não me cativam. É como um jarro com flores. É bonito, mas não tem grande utilidade nem é verdadeiramente impactante… a menos que sirva como arma de arremesso.

    Quanto ao seu texto, encontrei, em primeiro lugar, erros graves de pontuação. A colocação das vírgulas é primordial para que o leitor não perca o interesse. Para além disso, existem repetições de ideias e faltas gramaticais em algumas frases. Estes problemas deveriam ter sido corrigidos por uma revisão mais apurada. Nenhum destes problemas são realmente importantes para mim. O verdadeiro problema resulta da forma apressada com que se chega ao desfecho da trama. O Batman, quase por magia, descobre quem é o seu opositor, as suas fraquezas e qualidades. Creio que deveria ter sido mais pausado, deixando o texto respirar. O aparecimento do mordomo é, também, precipitado. Não creio que alguma vez ele tenha saído da mansão desta forma. Caso contrário, o mordomo teria de estar constantemente a salvar o homem-morcego (não vampiro). Preferia que o batman tivesse, de alguma forma, resolvido a situação por ele próprio, recorrendo a um gadget qualquer. Creio que isto estaria mais de acordo com a personagem.

  14. Givago Domingues Thimoti
    19 de maio de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    ASILO ARKHAM

    Da série “fazendo a boa”, vou tentar comentar o máximo de contos da Série A possível, vim apresentar minhas impressões pessoais sobre o seu conto. Asilo Arkham é uma fanfic, que nos conta uma história em que os dois maiores morcegões da cultura POP se encontram num combate: Batman vs Drácula. Teve um filme de desenho animado que retrata justamente esse encontro.

    Aqui, o autor retoma até Van Helsing para trilhar o caminho do Rei dos Vampiros até o caminho do Batman, em Gotham City, em especial no Asilo Arkham.

    Infelizmente, o conto foi dinamitado por dois motivos: correção/revisão gramatical e uma narrativa curta e direta. A leitura foi bem prejudicada pelos erros gramaticais. Muitos, em profusão. Além disso, senti que faltou abordar o conto com mais calma, com mais clareza, trazendo a história com mais riqueza de detalhes. Por exemplo, o combate entre Batman e Drácula se resolve em o quê, ⅔ parágrafos?

    Uma pena, porque essa história tinha muito potencial…

  15. paulo damin
    15 de maio de 2025
    Avatar de paulo damin

    Muito bem, acho que é isso uma fanfic. Inclusive juntando dois clássicos. Daria uma bela história em quadrinhos ou um filme. 

    Como conto, tem a virtude de não ficar enrolando. Nem nas descrições nem no enredo. É a vantagem das fanfics, não? Poder ir direto ao ponto, já que todos conhecemos os personagens e cenários. 

    O que me frustrou um pouco (mas é problema meu) foi o fato de não ter nada novo. Os personagens fazem apenas o que se espera deles. Não sei por que eu esperaria algo diferente, mas acho que a história ia ficar mais interessante caso o Batman se revelasse um descendente do Drácula, ou o mordomo fosse de fato um assassino, ou o Batman optasse por salvar seu parente obscuro vampiro…

  16. cyro eduardo fernandes
    13 de maio de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Conto criativo, apresentando o encontro de Drácula com Batman. Daria um bom episódio. Alumas falhas de revisão: “Alfred … tirara as dúvidas de sua cabeça. “, “Não foi encontrado a causa daquelas mortes. “, Olsen pensou em fala com o comissário Gordon, “

  17. toniluismc
    7 de maio de 2025
    Avatar de toniluismc

    AVALIAÇÃO CRÍTICA – CONTO “Asilo Arkham”
    ✒️ Por um leitor que tentou acompanhar todas as reviravoltas entre séculos, pântanos terapêuticos e boletos vencidos. Ficção crossover é uma arte… mas aqui faltou tinta, faltou esqueleto, e sobrou alho.

    📉 PRIMEIRA IMPRESSÃO

    “Asilo Arkham” é o conto que mais se aproxima de uma fanfic em estrutura, temática e intenção. Propõe um crossover entre o universo gótico de Drácula e o universo sombrio da DC Comics, com Van Helsing, Batman e até Jimmy Olsen participando do baile. A proposta é divertida, mas o que era para ser um encontro épico entre ícones da cultura pop desanda em diálogos rasos, explicações apressadas e um clímax frouxo.

    O resultado é um conto que tenta muito — e tenta tudo ao mesmo tempo — mas entrega pouco.

    ✍️ TÉCNICA — Nota: 2.8

    Pontos positivos:

    • A escrita é funcional. Frases curtas, vocabulário acessível, poucas palavras difíceis. O autor sabe contar uma história com começo, meio e fim, e mantém a ação em movimento constante.
    • Há uma tentativa de ritmo narrativo nos trechos de ação e um certo cuidado na ambientação inicial (principalmente no trecho em Londres, com Van Helsing).

    Mas…

    • Problemas graves de coesão textual. As transições entre cenas e personagens são abruptas, os tempos verbais às vezes escorregam, e os diálogos oscilam entre o expositivo, o redundante e o involuntariamente cômico.
    • Os diálogos parecem rascunhos de roteiro mal editado. Há frases confusas, interrupções mal construídas e falta de verossimilhança no modo como personagens falam entre si — especialmente na conversa entre Bruce e Alfred.
    • O texto carece de revisão ortográfica e gramatical. Há erros de concordância, pontuação equivocada, e construções como “a tua saída tem ligação com os crimes” que mostram pouco cuidado formal.

    🔎 Resumo técnico: Uma execução apressada que entrega a trama de forma crua, sem burilar a linguagem nem respeitar o potencial dramático dos personagens.

    🎨 CRIATIVIDADE — Nota: 3.9

    Pontos fortes:

    • A premissa é, sim, criativa. Um Drácula enterrado onde seria erguido o Asilo Arkham é uma ideia ousada e divertida.
    • O resgate da figura de Van Helsing e sua conexão retroativa com o universo de Gotham traz uma noção de legado que poderia render algo muito mais épico.
    • O uso de clichês de fanfic, como: “o sol já não me afeta”, “ressuscitei como Lázaro”, “estava amarrado numa cadeira de eletrochoque” e o vilão fazer monólogo antes de matar — tudo isso tem charme… se usado com consciência. Aqui, o excesso de clichê vira ruído.

    Mas…

    • Há um descontrole total das referências. A mistura de personagens parece improvisada: Van Helsing morre, mas entra em cena como flashback oral; Jimmy Olsen aparece do nada e some sem deixar rastros; Batman aparece investigando porque sim; e Alfred… bem, vira Van Helsing 2.0, com direito a crucifixo e alho.
    • A ambientação e a lógica interna não são respeitadas: Drácula ressuscita com lama medicinal de pântano? O asilo foi construído sobre a cova dele e ninguém percebeu? O vampiro veste suspensórios? Há um humor involuntário que prejudica a proposta.

    🔎 Resumo criativo: É como uma receita de sopa de referências nerds… só que jogaram tudo no liquidificador e esqueceram de temperar. Ainda assim, é a proposta mais genuinamente fanfiqueira entre os textos analisados até agora.

    💥 IMPACTO — Nota: 2.4

    Tentou, mas não conseguiu.

    • O conto tenta construir um suspense crescente — com os assassinatos em série, as quartas-feiras suspeitas, a revelação do vampiro — mas tudo é contado de forma tão acelerada e mal desenvolvida que o impacto se perde.
    • O clímax é decepcionante: Drácula morre esmagado por uma janela. Simples assim. Sem tragédia, sem ironia, sem tensão real.
    • Os personagens não evoluem. Batman não demonstra nenhum tipo de dilema ou emoção. Alfred vira sidekick de caça-vampiro e depois volta a ser mordomo como se nada tivesse acontecido.

    🔎 Resumo do impacto: O leitor fica esperando o “uau” — mas recebe um “hã?”.

    ⚖️ CONSIDERAÇÕES FINAIS

    “Asilo Arkham” tem cara de fanfic, coração de crossover e alma de rascunho. É um conto que teria funcionado bem melhor se tivesse sido escrito com mais tempo, mais foco e menos personagens. Apesar da bagunça narrativa, é um texto que diverte, e em um desafio literário com o tema certo (por exemplo: “crossover improváveis”), ele teria lugar garantido entre os melhores.

    Aqui, no entanto, a superficialidade, a inconsistência e a pressa atrapalham. Não é ruim — mas não é memorável.

    Resumo cruel em uma frase:

    Um conto que quis ser Batman vs Drácula, mas terminou como Scooby-Doo encontra Van Helsing no pântano terapêutico de Gotham.

    📌 Sugestão ao autor (ou fanfiqueiro misterioso):
    Você claramente conhece os personagens e tem boas ideias para crossovers. Agora precisa polir a narrativa, estruturar melhor os diálogos, revisar a coerência interna e, acima de tudo, decidir o que quer contar. Fanfic também é literatura — mas precisa de acabamento.

  18. Luis Guilherme Banzi Florido
    6 de maio de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Boa tarde!

    Uma ideia muito boa! Batman e Dracula na mesma historia? Insano! To dentro! Isso me lembra historias da marvel que misturavam personagens da Marvel com os monstros da universal, que pertenceram ou pertencem, nao sei, à editora. Voce captou imediatamente minha atenção, e eu de cara mergulhei de cabeça na ideia.

    Porém, acho que o conto tem alguns problemas que impediram que uma otima ideia virasse uma otima historia. Nao é rui, claro, mas nao chegou ao potencial que tinha. Vou explicar em detalhes.

    Primeiro, acho que tem muitos erros de revisão e gramaticais aqui que incomodam um pouco. Por exemplo, em vários momentos, o sujeito é separado do verbo por vírgula, o que não pode acontecer. Sinto que o conto foi escrito meio na pressa, deixando muitos problemas que atrapalharam a qualidade.

    Outro problema para mim é que o conto nao utilisa bem o limite de palavras para contar tudo que gostaria. Em outras palavras, parece que voce quer contar coisas demais em espaço de menos, sabe? O inicio fiu mal utilizado, pois todo mundo conhece a historia do Dracula. Para fazer uma fanfic de algo, acredito que nao seja necessario fazer um resumo da historia original. O que quero dizer é que nao era necessario contar toda a historia da ida do Dracula até a inglaterra. Isso podia ser feito, mas somente se voce tivesse espaço de sobra, o que nao é o caso aqui. Isso fez com que a parte original do seu conto, que é o crossover de batman e dracula, ficasse com pouco espaço, o que tornou o desfecho pouco impactante. Queria mais, queria ver mais briga entre batman e dracula. É pra isso que eu tava aqui, lendo esse conto, sabe? Queria uma batalha mais epica, mais longa, mais elaborada. Foi facil demais pro Batman.

    Enfim, nao me entenda mal, é um bom conto, que me deixou entretido e me deixou muito interessado. Apesar dos errinhos de revisao, a leitura é gostosa e fluida. É um conto divertido. Mas me pareceu desperdiçar bastante de seu potencial. Se eu fosse sugerir algo seria: resume muuuito o começo, todo mundo sabe como o dracula chegou na inglaterra. Usa o espaço que sobrar pra tornar o embate final epico. Isso aumentaria bastante o impacto, a diversão do conto.

    De todo modo, ideia original e criativa. Parabens e boa sorte!

  19. Augusto Quenard
    6 de maio de 2025
    Avatar de Augusto Quenard

    Gostei desse encontro de universos . Quando aconteceu, eu ri, mas achei uma boa ideia. Acho que poderia se focar mais nessa transição, no embate das diferenças e dos poderes de cada um, na relação com os morcegos, na necessidade de mordomos ou servidores etc. acho que tem bastante pra se explorar nesse sentido.

    Achei que sem isso o enredo ficou um pouco simples, a tensão e a peripécia podia crescer também na suspeita do Alfred, mas se resolveu rápido.

    Gostei da ideia mas poderia se trabalhar mais e criar mais efeitos diversos na leitura.

    Quanto a ortografia e gramática, tem várias coisinhas pra corrigir.

    Mas a inspiração foi boa, vamos seguir praticando.

  20. Leandro Vasconcelos
    6 de maio de 2025
    Avatar de Leandro Vasconcelos

    Opa! Esta é uma fanfic de Drácula, Batman e Van Helsing. Dessa salada, emergiu uma boa ideia, que era colocar todos esses personagens em conflito. Confesso que, quando vi a chamada, ela me animou a conhecer a história, já antevendo uma boa combinação dessas ilustres figuras da literatura de horror e comic books.

    No entanto, preciso admitir que a execução me desapontou. O autor tinha a faca e o queijo na mão, mas, talvez por descuido ou falta de tempo, não se preocupou muito com os detalhes, os quais, num conto curto, talvez constituam os fatores mais importantes para o capturar o interesse do leitor.

    Digo isso porque achei a trama um tanto simplória: os acontecimentos ocorrem não por escolha dos personagens ou por um dado contexto, mas porque o enredo precisa avançar. Foi muito fácil e conveniente a descoberta, por Van Helsing, do esconderijo do Drácula em Londres. Igualmente, muito fácil e conveniente a descoberta, por Batman, do novo esconderijo do Drácula em Gothan City. Não há hesitação dos perseguidores, ou erros cometidos, os quais pudessem trazer algum suspense e tensão.

    A leitura não flui. Os primeiros parágrafos, que deveriam abrir a trama e chamar o leitor para a aventura, são arrastados. Dever-se-ia mostrar mais ação logo de cara, talvez uma fuga desesperada de Drácula do porto de Haia. No entanto, o que temos é uma descrição monótona de vários pequenos acontecimentos que muito pouco contribuem para a trama. Por exemplo, do que adianta dizer que o caixão supostamente tinha os restos mortais do pai de um homem chamado Reinfield? Fiquei esperando que ele aparecesse e ajudasse o Drácula na luta, mas não ocorreu. Se houvesse uma elaboração do porquê esse sujeito deveria ser nomeado, ok. Mas não há. Ele se perde nas linhas, assim como várias descrições de cenário, que pouco contribuíram para o enredo.

    Por outro lado, a reunião das duas linhas causais (de Gothan e Londres), assim como desfecho, considerei bem pensados. Só que igualmente achei que ficou tudo muito fácil e conveniente. O Drácula magicamente ressuscita depois de anos. Por quê? Porque tinha que ocorrer. O Batman se libertou de uma forma muito pouco convincente. Simplesmente ocorreu porque precisava ocorrer.

    Faltou revisão também. Muitos problemas de concordância e escolha do tempo verbal. Alguns deslizes de pontuação: separação de sujeito de predicado por vírgula, separação do aposto especificativo por vírgula. Chegar pede preposição “a”, e não “em”. Aspectos gramaticais não costumo ressaltar em meus comentários, mas esse tipo de coisa, se repetida, pode prejudicar o ritmo da leitura, o que de fato ocorreu. Então, precisamos dar nome aos bois.

    Enfim, creio que se o autor tiver mais tempo e disposição para trabalhar esta obra, poderá obter um melhor resultado.

  21. Rangel
    5 de maio de 2025
    Avatar de Rangel

    Renfield,

    Achei bem criativa a relação entre o vampiro-morcego e o homem-morcego. Gosto muito quando se tem ideias fora da caixa, explorando pontos diferentes e nos tirando da mesmice.

    Mas acho que você não foi muito feliz. Primeiro pela falta de revisão. Não sei se você deixou para última hora e não deu tempo ou que aconteceu, mas são muito e de ordens bem diferentes. No final, atrapalhou muito a construção, puxando nossa atenção para esses detalhes. Veja quando uma história tem muitos erros de revisão, qualquer detalhe estranho, mesmo que intencional, deixa o leitor com má vontade e sempre pensando: “xi, outro furo!”.

    Trouxe alguns poucos exemplos:

    Concordância verbal:

    “um grupo de ciganos viajaram para Roterdã” – um grupo de ciganos é singular, o adjunto adnominal “de ciganos” de “um grupo”.

    “um caixão de madeira contendo os restos mortais do pai de um homem chamado, Reinfield,” – a vírgula está separando indevidamente o nome do sujeito a que se refere 

    “Reinfield precisou de uma carroça para transportar o caixão. Havia carroças, coches e carruagens a espera de passageiros e cargas.” – nesse trecho há a repetição da palavra carroça, mas ele tem é cheio de repetições que poderia ser substituídas, deixando o texto mais interessante.

    “Van Helsing pegou o martelo e à estaca” – olha, você já tinha entendido que pegar é verbo transitivo direto (pegou o martelo), por que seria “pegou à estaca” com crase?

    “Alfred Thadeus Crane Pennyworth, fora médico” – vírgula separando o sujeito do predicado.

    “esperou pelo mordomo para conversar com ele e tirara ” – tirar, certo?

    Alfred é descrito como um homem de meia-idade – acho que o Alfred já tem idade e meia. O Batman talvez seja um homem de meia idade.

    Deixei esses exemplos, mas esses erros se repetem à exaustão no texto, de modo que desviamos o foco da história, que é bastante interessante e poderia ter sido melhor recompensada pelo escritor. Além dessa parte da revisão, o desfecho é morno, quase frio. Tudo se resolve bem rápido. O Drácula nem se revela um vilão tão ameaçador assim. A suposta imortalidade dele, criada após receber um banho de lama, é rapidamente resolvida com o herói arrancando a cabeça do inimigo. Fiquei um tanto frustrado, pois esperava algo mais grandioso e surpreendente para um embate tão épico.

    Veja, sua história está entre as mais criativas do grupo A, mas o pecado na execução, o abandono da revisão e final previsível, deixou tudo meio assim assim.

  22. Thiago Amaral
    5 de maio de 2025
    Avatar de Thiago Amaral

    Olá!

    Gosto bastante do Batman e de toda a mitologia por trás dele. A ideia do conto é bastante promissora, trazendo o herói de encontro a outro personagem sinistro, o Drácula. Tenho vaga lembrança de já ver rumores ou intenções de histórias com o mesmo tema, e imagino que já tenham feito algo assim, apesar de eu não ter conhecimento de nenhum. Mas, de qualquer maneira, é um tema com muito potencial.

    Outra coisa que gostei é a menção a Jimmy Olsen, também um personagem que gosto, e do mistério em volta do Alfred. Aqui poderíamos também ter ido por um caminho cheio de reviravoltas e conflitos, o que me trouxe interesse, mas essa trama foi logo abandonada.

    Infelizmente, o caminho usado traz uma história simples demais, que não traz nada muito novo ou notável. Temos um prólogo, na Europa, o desenvolvimento do cenário do Batman no presente e então uma conclusão simples que soluciona o problema. E fim.

    Penso que um início como aquele, com o Van Helsing caçando o Drácula, deveria trazer alguma conexão mais relevante com o resto do texto. Do jeito como está, ele apenas somou palavras à história, mas não explicou ou contribuiu com nada. Essa parte até poderia ser deixada de lado, se não fosse melhorada.

    Quanto ao restante, fiquei com várias dúvidas. O Alfred estava trabalhando em conjunto com o Jimmy? Como ele soube que o jornalista investigava o caso, se Olsen não sabia que Batman é Bruce, e como os dois se juntaram? Pro Jimmy Olsen, por que um mordomo aleatório o ajudaria? Por que Alfred tirava folga nos dias de assassinato? Ficou meio estranho, como se ele tivesse pedido folga antes deles ocorrerem. Mas ele teria que ter pedido depois pra poder investigá-los, só que isso não seria tão suspeito pro Batman. Entende?

    Mas o que me deixou mais confuso foi o fato do Drácula ter sido enterrado na Inglaterra, parece, e o asilo Arkham estar lá (?). Não fica em Gotham City, nos Estados Unidos? O Batman é inglês nessa história? Ficou aquela sensação de que eu perdi alguma informação ou a autoria cometeu um erro grave. E aí fico com medo de parecer que não li com atenção kkk.

    Também queria comentar a menção ao Bruce pagando boletos kkk A própria palavra “boleto” já fica estranha e levemente cômica num conto desse estilo, mais sério. Cabe bem em histórias sobre o cotidiano, mais vulgares, mas é justamente isso: o Batman é sério demais pra pagar um boleto. Fica estranho. Entendi que serviu pra desencadear todos os pensamentos e suspeitas subsequentes, mas poderiamos ter uma saída melhor.

    Também estranhei o Alfred poupar o Batman de resolver um crime, já que o herói anda muito ocupado… resolvendo crimes. Talvez fosse melhor ele poupar Bruce de pagar os boletos, de ligar pra alguém, de tocar a empresa dele, mas de investigar uma série de assassinatos? Ele tem uma possível pista pra pegar um serial killer e não comenta nada pro Batman? Acho que ainda to suspeitando do Alfred kkk.

    A batalha final também, infelizmente, foi rápida e simples demais pra um inimigo tão forte! E o timing das coisas foi meio desproporcional: Drácula investe no Alfred, e ao mesmo tempo Batman consegue soltar as amarras e chegar a tempo de parar o vampiro. A velocidade foi mais sobre-humana que a força, nesse caso. Além disso, o Batman mata Drácula, o que pode ser tanto interpretado como anti-canônico (Batman não mata) quanto justificável (Vampiros não são humanos e são poderosos demais), mas de qualquer maneira talvez seja algo a ser melhor explicado.

    Por fim, existem várias falhazinhas de revisão, como vírgulas fora de lugar, erros de concordância, etc. Isso explica o resultado final, que parece mais uma versão preliminar do texto.

    Sei que fui chato pegando os detalhes, mas minha intenção era de ajudar a pensar a lógica do texto. Esse tipo de história requer mesmo um malabarismo com todos os acontecimentos e possibilidades. Espero no fim ter contribuído, não desmotivado.

    De qualquer forma, valeu a participação e foi ótimo ler e aprender com seu texto, tanto com as coisas boas quanto com as falhas. Obrigado e boa sorte no desafio.

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Publicado às 3 de maio de 2025 por em Liga 2025 - 2A, Liga 2025 - Rodada 2 e marcado .