EntreContos

Detox Literário.

Samidare (Bia Machado)

Respondeu ao cientista: sim, concordava em transferir suas lembranças do período de 2035 a 2038 para um microchip. Renjiro reconhecia que a memória daquela época seria apagada: a segunda pandemia, o lockdown, o primeiro encontro com Tatsuya, em uma rua de Tóquio debaixo de uma chuva de maio. A tal “samidare”. Sensações, desejos, descobertas… depois, decepção. Optou pela incineração do dispositivo. Antes do procedimento, alguns minutos para recordar de tudo uma última vez.

Em casa, o rosto e a voz do âncora do telejornal, Tatsuya Minami, lhe trouxeram uma sensação de déjà-vu e um nó na garganta inexplicável.

105 comentários em “Samidare (Bia Machado)

  1. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a história de Renjiro, um homem que aceita apagar sua memória de um certo intervalo de anos.

    Achei a condução do conto muito bem feita, a técnica é muito boa, e tem todo um climão Scifi. O final mostra que mesmo com memórias apagadas o que realmente nos marcou continua por ali, meio escondido. O mote me lembrou do filme Brilho eterno de uma mente sem lembranças.

    Boa técnica e bom impacto

    Boa sorte no desafio

  2. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: As duas últimas duas linhas desconstroem o parágrafo anterior, também instigando no leitor um sentimento difícil de identificar. Afinal, é tão ruim que se possa querer esquecer? Sentimos esperança para que se lembre, pois apesar da decepção parece ter sido muito bom… mas, ao mesmo tempo, conseguimos entender o protagonista.

    Foi bem sucedido em fazer quem lê ter empatia pelo personagem principal.

  3. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Não sei o que faria se tivesse a opção de apagar algumas lembranças indesejáveis. Achei bem impactante o assunto abordado.

    O texto ficou muito denso, acho que foram muitas informações em sequência, me deixou um pouco confusa.

    Mas, no geral, gostei do conto e da reflexão.

    Parabéns. Boa sorte.

  4. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    achei muito massa como o tema é atual e bem colocado em tão poucas linhas! Excelente

  5. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Bom dia, autor(a)!

    Respondeu ao cientista: sim, concordava em transferir suas lembranças do período de 2035 a 2038 para um microchip. – Eis que aqui temos um conto mais de ficção mesmo, hoje assisto “Ruptura” uma série que trata sobre algo parecido com o esboçado aqui. As lembranças doem, é fato, algumas deviam ser arrancadas de nós.

    Renjiro reconhecia que a memória daquela época seria apagada: a segunda pandemia, o lockdown, o primeiro encontro com Tatsuya, em uma rua de Tóquio debaixo de uma chuva de maio. – Gostei disso, dessa escrita, acredito que está muito bem colocado até aqui. Não trás tudo, mas é apenas como se houvesse uma cortina fina de fumaça, e as mãos fossem tateando o ar, até encontrar o desfecho. É um conto poético, denso, melancólico… Até aqui estou Empolgado!

    A tal “samidare”. Sensações, desejos, descobertas… depois, decepção. Optou pela incineração do dispositivo. Antes do procedimento, alguns minutos para recordar de tudo uma última vez.

    Em casa, o rosto e a voz do âncora do telejornal, Tatsuya Minami, lhe trouxeram uma sensação de déjà-vu e um nó na garganta inexplicável. – Eita, final muito bom!

    Vamos lá, Não sei se foi aleatório, pela escolha dos nomes, do ambiente, Tatsuya Minami, Renjiro, talvez e muito provavelmente se trata de um autor(a) Otaku como eu.

    Eu adorei seu conto, trás tanto, faz tanto. é talvez o micro mais completo do desafio, ele começa enigmático, termina da mesma forma, mas lhe dá respostas suficientes para perguntas que talvez você faria.

    Na verdade ele te trás um pouco mais, ele te trás perguntas, sobre como apagar a dor, como esquecer a dor, como a dor distrói, como somos humanos.

    É, pelo visto um texto homoa-fetivo, talvez o âncora não teve a coragem suficiente para assumir o romance.

    Ficam as indagações, a sensação de “poxa” dever cumprido.

    Se eu tiver viajado demais, não ligue, eu geralmente sou assim!

    Obrigado pelo prazer da leitura!

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    O tema não é novo e para quem é fã de ficção científica e assiste quase tudo que sai sobre o assunto (incluindo Black Mirror), a ideia de ter as memórias salvas, como se fossem arquivos de computador, já se tornaram corriqueiras.

    O microconto está bem escrito. A ambientação no Japão tem o seu charme, parecendo um dorama e mesmo não sendo tão original, acho válido explorar o tema do salvamento de memórias. O problema é a motivação. Sim, tem o problema com o limite de palavras, mas o pouco que foi dito leva a crer que o motivo está na decepção amorosa do protagonista. Não quero parecer insensível, mas não considero um motivo tão forte para tanto, pois apagar 3 anos de lembranças não é pouca coisa e as consequências podem ser muito graves.

    Apagar as memórias que envolvem o massacre da sua família, os horrores da guerra, um abuso sofrido ou presenciado, ainda partindo de alguém muito próximo, eu sentiria esta motivação mais forte para querer esquecer. Mas um amor de verão? Meu, a fila andou.

    É isso.

    Boa sorte no desafio.

  7. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu conto é de ficção científica, gênero difícil de se desenvolver em microcontos, junto com a fantasia. Mas você foi bem sucedido (99 palavras, afinal, não é um limite tão pequeno). Sua história lembra o filme “O Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”, também sobre apagamento de memórias.

    Seu personagem vive uma história de amor em um momento complicado (segunda pandemia) e a frustração final o faz querer apagar toda a experiência, incluindo a parte bonita do romance. Algo, porém, dá parcialmente errado e há uma sensação de dèja vu e tristeza ao ver a amada em um telejornal.

    É uma narrativa bem desenvolvida. Os elementos de ficção científica são apresentados de maneira satisfatória, bem como o tema da história.

    Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!

  8. Andre Brizola
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Daisuki!

    Um conto que se enquadra perfeitamente no gênero da ficção científica, carregado de sensações e sentimentos. Linear, mas objetivo. Há quem acredite que o conto deva exigir mais do leitor, mas não sou dessa facção. Penso que a literatura deve oferecer uma conexão, deve estabelecer um sistema, que envolva autor, obra e leitor, de modo que o que está sendo transmitido seja entendido. É o que acontece aqui.

    Você buscou um clima noir, desde a imagem, até o título do conto e as descrições de ambientação. Muito provavelmente tentando atingir o clima clássico estabelecido pelas novelas cyberpunks que estabeleceram o gênero, sobretudo as de Philip K. Dick e William Gibson, tentando situar o conto em um contexto já existente sem precisar consumir muitas palavras. Acredito que funcionou, pelo menos comigo.

    Tal recurso te permitiu desenvolver um roteiro mais completo, com começo, meio e fim. A opção pela trama da eliminação parcial de memória, opcional, não é exatamente original, mas achei que aqui foi bem conduzida. É simples, mas o arremate, com uma possível falha no processo, um potencial deja-vu eterno, foi uma escolha inteligente. Um conto que me agradou!

    É isso, boa sorte no desafio!

  9. Victor Viegas
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Daisuki!

    Gostei do conto, está bem escrito e sem desvios gramaticais. A presença de elementos em japonês é um destaque e você consegue explicar todos os elementos de maneira eficaz, sem deixar qualquer ponta solta. Parabéns! Boa sorte no concurso.

  10. André Lima
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Uma premissa muito interessante e bem executada.

    O ponto alto do microconto é a criatividade do autor.

    As frases estão bem construídas, nos carregando num bom ritmo até o final. Bom final, também.

    A ideia de que a memória, mesmo apagada, permanece de alguma forma no inconsciente.

    O conto está redondinho. Bom trabalho.

  11. Felipe Lomar
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    um conto bem complexo e atmosférico. Tem uma boa ambientação e uma trama bem elaborada. Tem algumas pontas soltas, eu diria. O que raios é samidare???? Também é meio conveniente demais a pessoa se apaixonar pelo âncora do telejornal. Mas ainda tem um bom impacto.

    boa sorte!

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário.

      “O que raios é Samidare?” Bem, a explicação está no texto, coloquei lá porque o leitor não é obrigado a saber tudo, mas merece não ficar no vácuo. Só que não ia poder colocar como se fosse um verbete, então… Mas não funciona pra todo mundo e ok, nada há de se fazer.

      “Tem algumas pontas soltas”. Quantas? Muitas? Plural, então. Será uma por linha? Em cada oração? Se puder, me explica? Pode me ajudar, porque estou pensando em aumentar o texto.

  12. Thais Lemes Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Thais Lemes Pereira

    Olá, Daisuki.

    Contexto pessoal

    Quando bati o olho nos anos citados no conto, logo pensei: ô Deus, esses contos futurísticos que exigem muito da minha cabecinha… mas fui presenteada com um conto de FC de fácil compreensão e muito bonito, inclusive.

    Análise do conto

    Achei o conto muito bem conduzido e bonito (muito antes de ter percebido quem é a autora). História muito bem amarrada e tem alguns detalhes que trazem até um pouco de poesia, como “debaixo de uma chuva de maio”, não é qualquer chuva, é a chuva de maio. Imaginei o famoso guarda-chuva amarelo. A linguagem é simples, apesar dos nomes e termos em estrangeiros. Ainda não li os comentários, mas acredito que poucos vão entender que se trata de um casal homoafetivo. O que me faz gostar ainda mais do conto, porque vemos pouca representatividade aqui. Procurei o significado de Samidare e não achei, gostaria muito de saber.

    Conclusão

    Um conto que com certeza vai para minha lista de possíveis escolhidos e espero muito que continue lá!

    Desejo um bom desafio!

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço muito por seu comentário e sua leitura, que bom que gostou. E sim, falta muita representatividade na ficção fantástica brasileira. Mas eu faço parte da sigla LGBTQIAPN+, então tenho lugar de fala e uso o tanto que é possível… 😉

  13. Gustavo Araujo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Este conto é pleno de tudo isso. Confesso a você, caro(a) autor(a) que me é muito difícil comentar este texto com isenção, simplesmente porque ele abrange tudo o que eu acho de bom em literatura: o receio, a coragem, a covardia, o remorso… E tudo isso em apenas 99 palavras.

    A história de um sujeito que resolve transferir para um chip as memórias relativas a um período de sua vida, para em seguida incinerar esse chip demonstra angústia e desejo de apagar lembranças agridoces que incluem um amor talvez não correspondido. É um ato de coragem, sem dúvida, mas também pode ser entendido como um ato de covardia.

    E o mais interessante é perceber que mesmo depois desse procedimento, ao assistir à TV ele ainda é assombrado pelos ecos do que foi deletado.

    Há muita, muita subtrama aí. Há também um sopro de melancolia, o que torna o conto ainda melhor, já que instiga o leitor a saber mais e mais, a imaginar possibilidades, razões, motivos, justificativas…

    Poderia, até mesmo, ser a sinopse de algo mais extenso, ainda que se sustente muito bem do jeito como está.

    Parabéns pelo trabalho. É o meu favorito até o momento.

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Gustavo. Agradeço por sua leitura e seu comentário, que me fez sentir uma sensação de vitória, independente de qualquer resultado, porque é muito bom quando alguém gosta dessa forma de algo que a gente escreveu. Vou tirar um print desses comentários maravilhosos que recebi e que vão me ajudar muito. 💛

  14. leandrobarreiros
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Achei o conto bastante direto e funciona no que se propõe. Acho que a ideia de uso de tecnologia para resolução de problemas emocionais encontra eco no abuso (não uso) de medicamentos hoje, então, de certa forma, já é um reflexo da nossa sociedade. Não lembro quem foi que disse que ficção futura não é sobre o futuro, mas sobre o presente, e creio que isso funcione aqui.

    Técnica: Acima da média. Não vou criticar a escolha dos nomes em japonês, apesar de achar que elas não adicionam muito à história. Mas achei que a sucessão de eventos ficou um pouco truncada, quiçá confusa, especialmente na parte de queimar o chip. A frase final, contudo, é boa, e sintetiza como não podemos sempre superar o inconsciente com decisões racionais.

    Interesse: Mediano. Não são muitas ficções científicas que pegam o meu interesse e não vi muita possibilidade de releitura aqui. O conto é competente, contudo. Provavelmente se fosse um similar na área de terror meu interesse seria maior.

    Objetivo do autor: Criar empatia pelo personagem principal (todos já quisemos esquecer algo), apontando ao final que não podemos fugir dos nossos problemas (outro ponto bem reconhecível na nossa vida).

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço sua leitura e seu comentário, tão detalhado e reflexivo.

  15. Leo Jardim
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): num futuro, homem resolve apagar memórias de um tempo ruim. Mas fica um dejavu quando vê aquela que estava na memória apagada. Me lembrou bastante brilho eterno de uma mente sem lembrança.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, conduz o conto com eficiência

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): um tema já usado, mas ainda não desgastado, na minha opinião

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): não é um conto de grande impacto, mas gostei da reflexão que deixa ao fim

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Opa, consegui 2/3 das estrelas! Isso é uma maravilha! 😉

  16. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Daisuki, puxa, que viagem é essa! Apagar a memória de um tempo da vida. Quatro anos transferidos para um microchip. Gosto da história assim desse jeito, bem aberta, eis que nos dá a oportunidade de entrar nela e até mesmo construir o que possa ter acontecido (afora os grandes eventos, tais como a segunda pandemia) o que possa ter havido de tão ruim na existência da nossa protagonista nesse intervalo de tempo. Puxa, são quatro anos. Muito tempo de história. Bem, Daisuki, seu conto está “bem contado”, tudo em seu devido lugar. Que você tenha boa sorte no certame. Parabéns.

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e seu comentário, tão gentil. Até mesmo um dia às vezes é muito tempo. Só refletindo sobre isso. Só sei que me aperta o coração porque esses dois continuam separados, enquanto eu não escrever o restante da história hahahah

  17. Marco Saraiva
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Um dos poucos contos de ficção científica. Curti a leitura. Sempre achei que a perda da memória é uma “primeira morte”. Se não se lembra do que viveu, como pode dizer que você é mesmo você? Parte do que você é vem das suas vivências

    No caso do conto, o personagem decide esquecer-se de certos anos traumáticos da sua vida. Mas o déjà-vu no final enfatiza que nem tudo são memórias. Certas coisas ficam no coração, deixam marcas irremediáveis.

    Gostei da leitura, gostei das imagens que ela produziu, e gostei da imagem que você usou no conto: ajudou na ambientação. Parabéns!

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Concordo bastante sobre esse “algo que fica”, pra mim o coração manda no cérebro, em diversos momentos, principalmente na hora de querer esquecer à força um amor. Sobre a imagem, esse conto talvez só seja o que é porque a encontrei em um banco de imagens, porque daí surgiu a chuva e a ideia da segunda pandemia, que eu não pensava em colocar. Coloquei para justificar o uso da imagem, hahaha, ou vai ver o personagem me apareceu nessa figura (acho que esse aí da imagem é o Renjiro, hehe).

  18. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Esse texto faz lembrar de muitas histórias… Geralmente, em FC, não dá muito para fugir disso. Mas aqui o autor soube trabalhar bem dentro da proposta.

    Uma desilusão amorosa, embasada por momentos de bastante dificuldade – pandemia, lockdown e etc. – fez com que o personagem escolhesse apagar suas memórias, eliminar toda a fase ruim da sua vida, especificamente um romance que não deu certo.

    Não deu certo também o procedimento, porque agora ele sofre sem saber por quê. Parece uma situação bem angustiante. Em paralelo a um outro conto do desafio… o coração sente, sim.

    Gostei da ambientação. Talvez eu tenha me afastado um pouco da dor do personagem. Um romance que não deu certo me soou meio artificial como motivo. É realmente razão para apagar memórias? Tipo, supera. Nesses casos, logo imagino algo com morte ou tragédias, e não uma separação física. Não sei por que fiquei com esse sentimento e não consegui abandoná-lo. Mas aí penso que posso estar sendo insensível e que, para alguém, uma separação pode causar o mesmo sentimento de uma morte, literalmente.

    É um bom texto.

    Parabéns pela participação.Boa sorte!

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Valeram bastante as reflexões. Eu sou do time que supera, mas vez em quando bem uma lembrança que dá “aquela mexida”. 99 palavras não seriam suficientes pra mostrar as razões desse ato extremo, mas eu tentei. Eu não faria uma coisa dessas, apesar de poder “cair numa bad” às vezes… Mas temos que ver que os orientais são bem extremos, às vezes basta uma dor que surge para uma atitude extrema. E sabe-se o resto.

  19. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Homem joga fora suas memórias de determinado período para que se esqueça de seu amor, mas nem todas as sensações se perdem.

    Desenvolvimento: Gostei bastante do desenvolvimento do texto, uma ficção científica que leva em conta os sentimentos das personagens. Gostei muito desses detalhes, do significado de “Samidare”, fui procurar saber se Renjiro era nome de mulher ou homem, então percebi que é um casal homoafetivo, achei isso bacana também. 

    Destaque: o final, mostrando que não deu muito certo o que Renjiro queria. E pensei: “Ainda bem, há esperança”. Mesmo na FC, eu sou romântica e torço pela felicidade, rsssss…

    Impressões da leitura: Gostei bastante, por ser FC, por mostrar uma relação homoafetiva e por um final que me deu esperança de que nem tudo está perdido…

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Sim, eu gosto de FC, mas também como você as relações humanas ficam um tanto acima disso.

  20. Rodrigo Ortiz Vinholo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Gostei da ideia! A premissa de apagar as memórias não é inédita, mas foi bem executada, especialmente com o que resta de sentimento desconectado com a visão de Tatsuya, no final.

    O que acho que enrosca um pouco a narrativa são os detalhes: ainda que eu goste da ambientação japonesa, seja no contexto ou mesmo na chuva que marca o título do conto, a amarração acaba sendo um pouco mais truncada… tenho a sensação de que a história funcionaria em qualquer lugar do mundo da mesma forma, e a escolha de uma ambientação estrangeira gera um obstáculo desnecessário à narrativa, ainda mais nesse contexto de microconto.

    A ligação com o samidare é um elemento cultural interessante, mas, mesmo estando no título, acaba se tornando secundário por conta do desenrolar do enredo. A amarração como um todo faria muito mais sentido se fosse a chuva que fizesse Renjiro sentir um nó na garganta… ou ao menos se Tatsuya, na televisão, estivesse falando, por exemplo, a previsão do tempo.

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Então, eu escolhi os nomes japoneses porque há vários meses tenho mergulhado nessa cultura, de filmes, livros, séries… Poderia ser em qualquer lugar. Ou eu poderia até mesmo não citar qual lugar do mundo era também. Eu levei quatro horas pra dar essa forma que está aí no post e pra você ter uma ideia, em uma das possibilidades, Renjiro estava em Marte! Em outra, Renjiro no Brasil e Tatsuya no Japão e ambos eram quarentões… Enfim, ficou assim, mas o mote nunca mudou, essa coisa das memórias subjugadas, o amor deixado de lado… Enfim, é isso. Valeu pelo comentário, vai ajudar de alguma forma quando for ampliar a história.

  21. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Impossível não lembrar do “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Porém, nesse microconto, o mérito maior é comprimir tanta informação (o tal mal da ficção científica) em tão pouco espaço. A história é intuída pelos detalhes, e destaca-se por ser bem, bem completa. Parabéns!

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Daniel! Agradeço por sua leitura e seu comentário. Verdade, a ficção científica é um perigo! Mas considero mais como ficção especulativa, ou uma FC soft, no máximo.

  22. Thiago Amaral Oliveira
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Olá, tudo bem? Conto bastante interessante.

    Como todos notaram, não há como ler sem lembrar de Brilho Eterno, que possui o mesmo tema e ideia. Aqui, contudo, temos um casal homossexual num Japão pós-segunda pandemia.

    Achei o conto elegante e delicado. Gosto de conhecer novos conceitos, principalmente os japoneses, que trazem várias ideias comprimidas em uma palavra só. Às vezes, como no caso de Samidare, é possível enriquecer o texto com uma poética bem bonita.

    Infelizmente, com a existência do filme do Jim Carrey, não há grandes impactos em relação ao tema. Já encaramos e refletimos a possibilidade de apagarmos nossas memórias. No entanto, o final do texto traz uma possibilidade interessante: apesar de não nos lembrarmos, podemos ainda sentir emoções associadas aos acontecimentos.

    Acho interessante porque tenho trabalhado bastante com minhas próprias emoções nos últimos meses e, às vezes, quando medito, sinto emoções vindo à tona, que certamente são do passado. Me sinto uma criança finalmente exorcizando alguns traumas. Mesmo assim, são apenas emoções e sensações, não me lembro dos fatos concretos relacionados. Acho que, quando nossas emoções não são completamente aceitas e sentidas, alguma coisa sempre é guardada, mesmo que os fatos em si não sejam recobrados. Portanto, sua história tem bastante de como realmente funciona, e como ocorreria se essa tecnologia realmente fosse criada!

    Obrigado pelo conto, e boa sorte no desafio.

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário, gostei muito. Sabia que nos comentários apontariam o filme “Brilho eterno…”, eu o assisti, mas faz décadas, acho que foi na época em que lançou, por gostar dos atores e por adorar esse tema. E aí acho que vou até ver o filme, porque ele não ficou muito na minha memória hehehe… Eu adoro essas palavras que têm um significado todo por trás e só existem em uma língua. Encontrei “Samidare” e amei. A ideia original era para ser bem diferente (agora nem sei se algum dia a escreverei), mas eu amei como ficou ao final.

  23. fcaleffibarbetta
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Daisuke

    Gostei bastante do seu texto. Criativo, interessante. Gostei que tenha trazido a ficção científica para este desafio. Legal também ter escolhido ambientar sua trama em Tóquio.

    “A tal “samidare” – achei essa oração um pouco perdida. No meio do texto, fiquei pensando se ela se referia à chuva de maio ou às sensações, desejos, descobertas e decepção. Fui procurar e vi que se refere às chuvas. Poderia vir separada de maio por vírgula. É um termos que poucos conhecem, isso facilitaria.

    Quando li que apagando aquele período, apagaria o primeiro encontro, pensei, ué, que pena, acho que vai desistir. Mas aí a palavrinha decepções me mostrou o motivo, talvez mais forte do que as lembranças da pandemia.

    Gostei muito do final.

    Parabéns pelo texto.

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Sobre a vírgula em vez de ponto, sim, com certeza, mas na hora pensei em enfatizar mais o significado de Samidare e acabou ficando assim mesmo.

  24. claudiaangst
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O conto traz a oposição entre o passado(memória/déjà-vu) e o futuro(aplicativo, chip, um recomeço). Renjiro desejava apagar um período específico da sua vida, que teve um lindo começo, mas terminou em decepção.

    Linguagem sem rebuscamentos, opção por nomes de personagens de acordo (suponho) com a origem japonesa. Samidare é a palavra japonesa para chuva de início de verão. Não há deslizes quanto à revisão a não ser:

    para recordar de tudo > para recordar tudo OU para se recordar de tudo

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

    • Daisuki
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Claudia, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. E sobre a revisão, acabou passando e o curioso é que se não tivesse me esquecido, seriam exatamente 99 palavras!

  25. Sabrina Dalbelo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Interessante e bem bolado micro de IA (ou futurista, enfim).

    E o mais interessante é que explora um conteúdo dramático e romântico. Afinal, o personagem se utiliza da ciência para guardar memórias, mas prefere apagá-las, em função de uma desilusão amorosa, na minha leitura.

    Eu tive que reler mais vezes não por falta de fluidez no texto, mas porque não sou boa de fixar esses nomes orientais, me perco toda, e a culpa é minha. Eu prefiro nomes na minha língua, mas respeito tua escolha, e deve ter motivo para levar o ambiente para o Japão. E ficou legal.

    Ficou pra mim: coração também tem memória.

    Obrigada pelo texto.

    • Sabrina Dalbelo
      27 de janeiro de 2025
      Avatar de Sabrina Dalbelo

      Outra coisa, Tatsuya eu sei que é homem, porque o texto fala “o âncora do jornal”, mas acho que Renjiro também seja um nome masculino, não? E aí talvez eu entenda porquê tu optou em usar nomes japoneses: para deixar um pouco mais obscura que a relação era homossexual e possivelmente proibida? Foi isso? Fiquei curiosa. Ficou bem legal!

    • Daisuki
      27 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Sabrina, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Compreendo a dificuldade com relação ao nome, na verdade poderia ter ambientado em São Paulo, pois a colônia japonesa é muito relevante para o Brasil, mas acabei colocando Tóquio mesmo, creio que pelo meu momento atual, com bastante envolvimento em relação à cultura japonesa (filmes, séries, músicas, mangás…), para mim é super natural, até, mas sei que nem todo leitor vai estar na mesma “vibe” que eu e te entendo. Sim, Renjiro é um nome masculino, não tive a intenção de obscuridade alguma, não. O fato é que quando se trata de nomes orientais, principalmente japoneses, procuro pesquisar o uso, se são femininos ou masculinos, então escolhi Renjiro entre os masculinos, porque ele é meio que antagônico a Tatsuya. E claro, o leitor não tem obrigação de prever ou inferir nada disso, faz parte das minhas manias de escritor, é isso. E toda essa coisa com os nomes eu fiz porque era para ser outra história, que ficou com o triplo do limite. Então fui mudando, mudando, mudando, para caber nas 99 palavras… E finalmente resolvi deixar assim. Um abraço!

  26. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Achei este conto bastante interessante. A forma como são usados os elementos de FC está muito equilibrada, dando o suporte que a história precisa para criar o seu quadro.

    Ao apagar as memórias, Renjiro procura fazer desaparecer tudo aquilo que a liga ao seu amor. Ao destruir o chip mostra-nos que a dor da separação está revestida de raiva. No entanto, esqueceu um pequeno detalhe, aquilo que a levou a apaixonar-se continua dentro dela, e irá sempre impedi-la de ser indiferente a tudo o que esteja relacionado com Tatsuya.

    Apesar de ser uma história fechada, à primeira vista, tem espaço para extrapolar para tanto. Até que ponto somos as memórias que temos? Qual o efeito de apagar memórias? Como passaria a lidar com aquele espaço vazio no seu passado? Estará consciente de que apagou memórias? Irá-se questionar, até ao resto da vida, do que seria aquilo tão traumático que decidira apagar da sua memória para sempre? E quando confrontada com o passado, por alguém, por uma foto, um vídeo, qual seria a sua reação?

    Um conto tão pequeno e com uma leque tão grande de possibilidades. Muito bom.

    • Daisuki
      27 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, JP, tudo bem? Eu agradeço sua leitura e comentário sobre meu conto. Agradeço por ter gostado e também pelos apontamentos.

  27. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um conto que me lembrou de Brilho eterno de uma mente sem lembranças.

    Renjiro apaga suas memórias de 2035 a 2038 para não sofrer mais por Tatsuya. Mas, algo ainda persiste.

    É um conto simples. Mas ele tem o grande mérito de trazer uma ficção científica com ótima ambientação num espaço mínimo.

    A história está aí, é bem contada, e traz o questionamento: esquecer elimina o sofrimento?

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Kelly, tudo bem? Agradeço muito por sua leitura e comentário. Eu estava com medo do que você ia dizer, hahahaha. Adorei essa parte do mérito, fiquei muito feliz com suas observações, com certeza. O questionamento é super válido. Quero ver alguém não sofrer, mesmo sem entender o porquê, por tentar esquecer o Tatsuya. O “Tat” não merecia isso, por tudo que já imaginei desses dois…

      • Kelly Hatanaka
        27 de janeiro de 2025
        Avatar de Kelly Hatanaka

        Puxa, acabei de ver em sua resposta a outro comentário, acho que do Thales, dizendo que Tatsuya é um homem. Nossa, eu tinha certeza de que Tatsuya era o sobrenome, que em japonês costuma vir antes, e que Minami, seria o prenome feminino. Mas, felizmente, essa minha confusão não tirou a graça do seu bom conto.

    • Daisuki
      29 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Kelly, então, na hora nem pensei nessa questão de sobrenome vir primeiro. Fato é que pesquisei “nomes” japoneses masculinos e Tatsuya e Renjiro apareceram como nomes, então. E “Minami” escolhi em uma pesquisa de sobrenomes. Poderia ser nome feminino também? Mas sim, esse negócio de sobrenome vir primeiro pode ter confundido quem sabe disso. Desculpa aí. Penso em aumentar o texto e eles continuarão com esses nomes, mas dessa vez viverão no Brasil mesmo hehehehehhe. Valeu!

  28. Mauro Dillmann
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Futuro, memória, apagamento, esquecimento.

    Está bem escrito. Apenas eliminaria o chavão ‘deja-vu’.

    O tema é interessante, mas a forma como foi narrado não deixa espaço para inferências do leitor para além do que está dito.

    Parabéns!

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Mauro, tudo bem? Agradeço muito por sua leitura e comentário. Tive que optar por deixar abertura para o leitor ou não, mas é aquela coisa, se deixasse o texto mais espaçoso para o leitor, com certeza apareceria gente dizendo que “faltaram elementos”, “você ainda tinha espaço para detalhar mais” etc. Então, não dá para agradar a todos e quem deseja isso não agrada a ninguém, nem a si mesmo. Achei melhor deixar como pensei… É isso.

  29. toniluismc
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    A complexa relação entre memória, identidade e tecnologia, através da decisão de um homem em apagar parte de suas lembranças faz desse conto algo memorável (ficou até poético rs).

    A narrativa, ambientada em um futuro próximo, levanta questões sobre o valor da experiência e a possibilidade de viver sem passado. Vale acrescentar que a premissa do conto, a transferência de memórias para um microchip e a subsequente decisão de apagá-las, é original e provoca uma reflexão sobre a natureza da identidade e a importância da memória.

    O protagonista é um personagem complexo, que busca na tecnologia uma forma de lidar com a dor da perda e da decepção. Sua decisão de apagar as memórias revela tanto um desejo de seguir em frente quanto um medo de reviver o passado.

    A imagem da chuva de maio, associada ao primeiro encontro com Tatsuya, é um símbolo da beleza e da fragilidade da vida. A decisão de apagar as memórias representa uma tentativa de se livrar da dor, mas também uma perda irreparável.

    Parabéns pelo texto e boa sorte!

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Toni, tudo bem? Agradeço demais por sua leitura e comentário. Meu continho é um tanto imperfeito, acho, mas o seu comentário, pra mim, foi de uma perfeição que nem imagina, hehehehe. Fiquei muito, muito feliz. =)

  30. Fabiano Dexter
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Fazer ficção cientifica em um micro conto não é fácil, mas aqui foi bem implementado. O autor(a) conseguiu nos inserir em um futuro onde as pessoas poderiam tirar memória e incluí-las em um dispositivo e depois guardá-las ou não. O protagonista preferiu eliminá-las.

    Em poucas palavras temos uma contextualização, uma história desenvolvida, o motivo para a decisão do protagonista e ainda deu tempo de uma conclusão descrevendo parte do que aconteceu depois.

    Um universo que seria interessante ser expandido, em histórias mais longas e mais detalhadas, mas que entregou muito bem o que propôs em um micro conto.

    Muito bom!

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Fabiano Dexter, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Que bom que gostou, fico bastante feliz. Vou tentar expandir esse universo, sim, pode aguardar.

  31. Antonio Stegues Batista
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Num futuro não tão distante, as pessoas apagam da memória lembranças desagradáveis, colocam num chip e tem a opção de o guardar ou destruir. Renjiro transfere um período de suas lembranças, inclusive o primeiro encontro com sua namorada, Tatsuya, que trabalha como ancora num telejornal. Acontece que toda lembrança de Tatsuya foi apagada e ele não mais a reconhece. O erro foi de Renjiro ou do cientista? Eis a questão.

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Antonio, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Pra mim, Renjiro errou feio, errou rude. Imagina apagar esse lindinho aí da foto da mente dele? Nunca que eu faria isso. É, homem, Tatsuya é espada! 😉

  32. Mariana
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Daisuki é uma expressão japonesa para gostar muito, correto? Então o amor do protagonista resistiu ao experimento, lembranças e tudo o mais. Está ali o sentimento, guardado no peito.

    É um bonito conto romântico, que faz uso da ficção científica para o seu final. Bem escrito e com começo e final, apesar da quantidade pequena de palavras possíveis.

    A imagem é alguém em especial? Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Mariana, tudo bem?

      “Daisuki é uma expressão japonesa para gostar muito, correto?” Sim, correto!

      Agradeço por sua leitura e seu comentário, destacando o amor dos dois. Sobre a imagem, infelizmente é de banco de imagens. Bem que queria ver esse moço sem máscara, pelo menos… XD Na verdade, fui escrevendo a história e o que está publicado aqui ficou muito diferente da final. A chuva de maio e o detalhe da pandemia acabaram sendo acrescentados assim que bati o olho nessa imagem. Antes, seria apenas de uma rua de Tóquio, chuvosa. Fiquei feliz de poder ao menos delinear os traços de Tatsuya, quando do primeiro encontro com Renjiro.

  33. Juliana Calafange
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Um conto com tema sempre atual. A vontade que temos de apagar da memória as lembranças que nos trazem sofrimento. Uma covardia ou imaturidade nossa, penso eu. Acho que as lembranças ruins nos trazem oportunidade de crescimento.

    O conto é delicado e competente no desfecho, que nos mostra que nem tudo pode ser apagado. Parabéns.

    • Daisuki
      23 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Juliana, tudo bem? Agradeço sua leitura e seu comentário. Sobre as lembranças ruins, concordo totalmente com você. O Tatsuya também concorda. =)

  34. cyro fernandes
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto bem escrito, com muito esmero. A ficção científica coube adequadamente nas poucas palavras que o regulamento demanda. Parabéns.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.cm

    • Daisuki
      23 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, agradeço pela leitura e comentário!

  35. Givago Domingues Thimoti
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    Samidare (Daisuki)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Uma espécie de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças versão queer e japonesa!

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Acho que poderia ter sido melhor. Não necessariamente comprimir tudo, mas cortar uma ideia ali é outra acolá e investir em outras, que demonstrassem mais o relacionamento do casal ou que aperfeiçoasse algum trecho que ficou mais confuso.

    Ø  Subtexto:

    Esse conto tem uma densidade sutil; gosto. Faz o leitor com um pouco mais de calma para refletir sobre a narrativa. Por se tratar de nomes japoneses, fui levado a pensar que se tratar da história de amor entre dois homens. 

    Bom, vamos lá para a minha interpretação/meu achismo: acho que esses dois homens, por algum motivo (chuto, reputação perante a sociedade) não podem ficar juntos (considerando que Tatsuya é um âncora de TV, ele precisa manter uma imagem perante os telespectadores… Se a audiência é mais conservadora, seu amor por Renjiro torna-se um empecilho). 

    Ao fim, me peguei pensando nos momentos que os dois viveram, durante esses três anos. Uma pena que não cabe em 98 palavras. Se tiver interesse em aumentar, me ofereço como leitor.

    Ø  Escrita:

    A escrita é boa. Contudo, penso que uma história de amor como a de Renjiro e Tatsuya deve ser escrita com um pouco mais de beleza, de refinamento. Acho que ela deve criar tanto apego no leitor pela narrativa quanto pela escrita. Ambas devem ser lindas e impecáveis.

    Algumas notas: 

    palavras em estrangeiro devem ser usadas em itálico. 
    (…) debaixo de uma chuva de maio. A tal “samidare”. => Samidare significa chuva de maio, em japonês. Dentro de um espaço do microconto, entendo que cada palavra importa; logo, penso ser desnecessária essa repetição de ideias. Você poderia ter investido esse número de palavras em outra ideia. Claro, entendo o porquê de você ter feito isso. O leitor talvez não saiba o que é Samidare. Ao mesmo tempo, acho que também é obrigação do leitor procurar por alguma informação quando ele não sabe o que significa alguma palavra/sigla. Enfim, divaguei…
    Antes do procedimento, alguns minutos para recordar de tudo uma última vez. => logo após desse trecho, você fala que o Renjiro volta para casa e vê o amado e tem uma sensação estranha, dejavu, vendo o âncora da TV… Para mim, pelo menos, ficou confuso. Entendo o que você quis dizer, mas não pude deixar de pensar que a recordação final antes da memória ser apagada foi ele assistindo a TV enquanto seu amado reportava as notícias do dia. Algo a se pensar, talvez, amarrar melhor essa conclusão.

    Ø  Impacto:

     Médio para Baixo. 

    Eu sou muito fã de histórias de amor. Por isso, digo com tranquilidade que aqui você autor(a) tem uma joia para ser lapidada, de verdade. Digo isso porque a narrativa que você nos apresentou possui nuances interessantes, como por exemplo, a ideia que o amor supera a memória e o relacionamento poderoso vivido pelos personagens.

    Contudo, com todo o respeito, não percebi que a escrita acompanhou a história em termos de qualidade, beleza. Acho que ela poderia ter sido melhor trabalhada.

    Boa sorte no Desafio!

    • Daisuki
      23 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Givago, tudo bem? Primeiro, agradeço muitíssimo por sua leitura e seu comentário. Ou análise, melhor dizendo. Me peguei pensando: quantos “Samidares” cabem no espaço do seu post? Quem ganhou fui eu, claro, que escrevi esse texto em 4 horas, depois de meses sem escrever uma linha sequer e que ao terminar senti que, mesmo sendo um micro, o que quis passar não estava bom, não estava de acordo com tudo o que imaginei sobre esses dois personagens, mesmo eu tendo gostado do que escrevi. E gostei porque pra mim esse texto significa a gênese de algo muito maior.

      “Se tiver interesse em aumentar, me ofereço como leitor.” – Isso é tentador, não esquecerei da proposta.

      “palavras em estrangeiro devem ser usadas em itálico. ” – Sim, acabei nem lembrando. Deveria ter colocado “lockdown” também em itálico.

      “Contudo, com todo o respeito, não percebi que a escrita acompanhou a história em termos de qualidade, beleza. Acho que ela poderia ter sido melhor trabalhada.” – Ok, tranquilo, não se pode agradar a todos. Depois de quatro horas escrevendo (e dias pensando sobre o que escrever e nada me animava), já me agradando está de bom tamanho e quem gostar, que bom. Quem não gostar, paciência. Resolvi enviar logo para não correr o risco de acabar desistindo. Talvez daqui a 6 meses eu não escreveria nada disso que escrevi.

      “Boa sorte no Desafio!” – Agradeço, vou precisar! hahahahahaha

      • Givago Domingues Thimoti
        23 de janeiro de 2025
        Avatar de Givago Domingues Thimoti

        Olá, Daisuki!

        Fico feliz que você não se deixou impedir de enviar o conto, mesmo após um tempo sem escrever. Comentei em relação à escrita sem o objetivo de diminuir seu esforço, mas de tentar incentivar. Se te magoou, peço perdão, não era a minha intenção… Reitero o convite de ler esse texto e outros no futuro!

        Boa noite e bom desafio!

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, imagina, não me magoou de forma alguma. Como disse, questão de gosto e tá tudo bem. Se não gostando já rendeu esse baita comentário, que foi bem construtivo, imagina se tivesse gostado. =D

  36. Priscila Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Daisuke! Tudo bem?

    Conto bem legal de FC ! Gostei também da ambientação japonesa!

    Acho que o conto fala mais sobre a impossibilidade de mesmo apagando as memórias, apagar os sentimentos.

    A memória está na mente e os sentimentos na alma, então uma extração de memórias não conseguiriam extrair os sentimentos… É interessante pensar sobre isso, mesmo que eu esteja viajando aqui. 😅

    Seu conto está muito bem escrito, gostoso de ler e leva a algumas reflexões interessantes!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

    • Daisuki
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Priscila! Agradeço muitíssimo sua leitura e seu comentário, eu amei suas reflexões, orgulho foi lá em cima por ter gostado do meu texto.

      “Acho que o conto fala mais sobre a impossibilidade de mesmo apagando as memórias, apagar os sentimentos.” Sim, você foi bem “na veia” do que tentei passar. Amei isso.

      Boa sorte pra você também, até mais! =)

  37. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Essa temática sempre será interessante, pois a dificuldade de o ser humano lidar com experiências dolorosas torna a mera hipótese de apagar lembranças ruins muito tentadora. Como consequência, esse tema é muito explorado, então é importante que cada nova abordagem, para que seja relevante, traga elementos diferentes, desfechos inesperados. Senti falta disso aqui, especialmente porque traz muitas aspectos de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Ainda assim, pode ser o embrião de uma história maior, pois a premissa é interessante e a escrita e o ritmo são ótimos. Parabéns!

    • Daisuki
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Juliano, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Eu gosto muito dessa temática, já fiz uso da memória (ou a falta dela) em contos FC meus, mas realmente, não foi uma tarefa fácil deixar a única ideia que tive nesse formato, foram 98 palavras. Quase quatro horas… Eu já previa que muitos citariam “Brilho Eterno…”, já vi esse filme e faz tempo, precisaria assistir de novo, porque esqueci da maior parte da história, mas assistirei de novo, sim. Até porque você acertou quanto à questão de ser um embrião, assim que criei esse pequeno texto não parei de pensar no enredo desde então e acho que não terei outra saída a não ser fazer algo maior. Mas só comentando aqui, todos os contos desse desafio têm potencial de embrião, pela limitação de palavras, mesmo os que funcionaram 100% como micros dessa vez.

  38. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Os fantasmas do passado, de um modo ou de outro, acabam reencontrando o caminho de volta para casa.

    Não importa se é um futuro longinquo… certas lembranças machucam até nossa sombra.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

    • Daisuki
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Rogério, tudo bem? Acabei não vendo seu comentário antes, perdão. Acho que quando o sentimento é verdadeiro, fica ali, guardado, em algum lugar… Acho que isso nunca vai mudar.

  39. andersondopradosilva
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Samidare é um microconto de ficção científica. Renjiro vive num futuro próximo em que os humanos conquistaram o privilégio de esquecer. Renjiro fez sua escolha. Consentiu segundo burocracias e contratos exigem, transplantou as memórias do período escolhido para o dispositivo e, depois, incinerou. Não foi uma decisão fácil, considerou as consequências e acreditou estar preparado para todas elas. Não lembrar dos grandes eventos, não lembrar dos pequenos amores, para tudo estava pronto. Mas, não se preparou para a saudade incerta, para o gosto agridoce da sensação de dejà-vu ao se deparar com o rosto da amada apresentando o telejornal noturno. Como toda boa ficção científica, a micro obra planta algumas perguntas, algumas dúvidas: o que faríamos se pudéssemos escolher esquecer? e quais seriam as eventuais consequências da decisão de esquecer?

    • Daisuki
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Anderson, tudo bem? Agradeço por sua leitura e seu comentário. Bons questionamentos, vão me ajudar quando puder fazer um conto maior desse texto que criei aqui para o desafio. Só para constar, como sei também que os nomes japoneses às vezes não deixam isso muito claro, inclusive o Thales até abordou isso no comentário dele, Tatsuya é homem. “[…] o rosto e a voz do âncora do telejornal”. Pensei se precisava dizer isso ou não, mas está dito. 😉

  40. Afonso Luiz Pereira
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Eu gostei do conto, mas sou suspeito para falar porque gosto muito de Ficção Científica. A premissa de transferir memórias para um microchip e lidar com a escolha de apagá-las é tema até bem comum neste gênero, mas aqui é trabalhado de forma pessoal e emocional.

    Claro que a impossibilidade desta “extração”, levantado por um dos comentarista, é algo válido, sim, mas em Ficção Científica tais procedimentos costumam ser mais flexíveis, principalmente quando não se trata de “Hard Fiction”, como neste caso.

    O final, a meu ver, também funciona bem, com a sensação de “déjà-vu” e o nó na garganta. É sutil, mas faz sentido: mesmo apagando as lembranças, as emoções e as marcas delas ficaram. Desfecho elegante, porque não explica demais e deixa espaço pra interpretação.

    Infelizmente, o pouco espaço para o desenvolvimento acaba complicando uma empatia ainda maior pelo protagonista em meio a tantos momentos importantes durante os 3 anos vividos. Em resumo: é conto bonito e agradável de ler. Gostei.

    • Daisuki
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Afonso! Só posso agradecer por sua leitura e seu comentário. O desenvolvimento foi complicado, na verdade foi um sufoco chegar a esse resultado, mas eu gostei. E que bom que você também!

  41. Nelson
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Eu achei que a história tem bastante informação por ser um microconto. O impacto final não funcionou comigo, pois não há tempo – óbvio, é um micro – para que a gente se sinta apegado ao protagonista e, assim, sensibilizado com o final nostálgico em que ele – sem saber mais seu passado – simplesmente “sente” uma conexão. A ideia é bonita, mas não funcionou talvez por causa da limitação.

    • Daisuki
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Nelson, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário. Pena o meu texto não ter funcionado com você, mas perfeitamente normal, nem todos são leitores ideais do que a gente escreve. Você precisava de mais desenvolvimento para se sentir apegado, eu me apeguei somente ao que escrevi, não imaginei nada a mais do que coloquei na minha curta história, mas admito que não sei escrever tão pouco, mesmo sabendo da limitação que foi dada, pois mesmo imaginando apenas o que coloquei em Samidare, não foi fácil fazer caber em até 99 palavras… Foi um baita exercício e eu fiquei feliz, por tantas variáveis que quase me fizeram não escrever: prazo curto, escrita de ficção enferrujada, as lidas do dia a dia… =) Um abraço.

  42. Elisa Ribeiro
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Interessante o seu micro e com uma ótima utilização da brevidade mandatória em quantidade de palavras. O impacto não está no tema em si mas na competência em contar a história. Parabéns!!

    • Daisuki
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Elisa, tudo bem? Eu agradeço por sua leitura e comentário, foi bom de ler sua impressão sobre o que escrevi.

  43. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Vou dizer que gostei muito. O autor(a) parece saber o que está fazendo. Em poucas linhas, conseguiu delinear todo um futuro, com detalhes que de certa forma deram formato a época. Ainda colocou uma invenção futurística no meio que, mesmo sem maiores detalhes, ficou bem óbvia do que se trata. Infiltrou um pequeno drama amoroso, dizendo não mais do que precisava dizer. Ficou bem redondo o conto. Inacreditável que o autor tenha conseguido colocar tantos elementos diferentes, misturado e a receita final tenha saído um bolo da Sodiê. Além ainda de incluir essa palavra em japonês, dando um charme extra na história, como se fosse um chantilly final.

    • Daisuki
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Bdomanoski, tudo bem? Acho que escrevi certo hehe. Agradeço muito por sua leitura e comentário. Adorei. A palavra em japonês praticamente caiu no meu colo e eu fui atrás saber o que era. Acho que fui feliz. =) Um abaço!

  44. Vítor de Lerbo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Achei muito legal um microconto de ficção científica por aqui (é o primeiro que leio neste desafio). Mais legal ainda é este conto ter sido bem escrito. Mesmo com poucas palavras, notamos um background interessante, tanto que a narrativa parece ser parte de uma história maior.

    Mesmo se tratando de ficção especulativa, nos solidarizamos com o personagem, principalmente por conta da menção a questões que vivemos, como a pandemia e o lockdown.

    Boa sorte!

    • Daisuki
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Vitor, tudo certo? Agradeço pela leitura e comentário no meu conto. E pelos elogios também. Que bom que gostou da história, que realmente, pode se tornar algo maior. Quem sabe? Boa sorte pra você também. 😉

  45. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Daisuki.

    Percebe-se que você escreve muito bem e consegue utilizar o pouco espaço que tem para nos remeter aos acontecimentos e aspectos da nossa vida que de tão vívidos, parecem parte de nossa pele e de nós não se separam. Talvez a solução do chip dê certo para o protagonista, mas o conto finalizou sabiamente: ele não queria se livrar daquilo que se propôs a se livrar.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

    • Daisuki
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, José, tudo bem? Agradeço sua leitura e comentário do meu conto. E grato pelo elogio também, em sua percepção da forma como escrevi. Que bom que consegui passar o que pretendia a você.

  46. Marcelo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Achei um texto criativo e que não se prende “apenas” à ficção científica, mas mostra que o ser humano, talvez, esteja muito aquém no lidar com o pragmatismo tecnológico. O que é normal, enquanto nos restar sentimentos.

    Daria uma bela história. Pense com carinho.

    Parabéns.

    • Daisuki
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Marcelo, tudo bem? Agradeço muito por sua leitura e seu comentário. Estou pensando com muito carinho, sim, mas com medo rs. ☺️

  47. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Proposta bem interessante e bem desenvolvida. Mesmo lá no futuro, com todos os arrojos tecnológicos, não aprendemos a lidar com as frustrações. Transferir as recordações da memória para um microchip talvez fosse uma boa alternativa. Mas como se livrar daquelas que ficaram guardadas, a 7 chaves, dentro do cofre chamado coração. Gostei da tal “samidare”. Parabéns!

    • Daisuki
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Geraldo, tudo bem? Agradeço por sua leitura e comentário e nele vi que você pegou bem a premissa, da impossibilidade de a gente se livrar dessas coisas tão valiosas pra nós. Talvez só a lobotomia mesmo, eita…

  48. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Não sei se eu tenho bagagem o suficiente para analisar este conto. Eu gosto bastante de ficção científica e de cultura oriental, mas sinto que teve umas coisas aí que não consegui captar direito.

    A ideia de transferir as memórias para um microchip (microconto?) é interessante… parece aquele esquema da Pensadeira do Harry Potter. Renjiro, o protagonista, se apaixona por Tatsuya, durante a segunda época da pandemia, que ocorrerá por volta de 2035. Mas parece que esse rôlo não dá certo, e aí Renjiro fica com aquela dor no coração, e resolve dar descarga nas suas memórias.

    Onde fiquei com dúvidas então? Primeiramente, esses nomes me confundem muito. Renjiro é nome de homem ou mulher? E Tatsuya. Ok… Google! Após uma rápida pesquisa, vi que os dois são homens. Agora, outra dúvida… os japoneses são meio conservadores, até onde eu sei. Romances homossexuais são comuns lá? Não sei nem como é em 2025… imagina em 2035 (opa, pera… faltam só 10 anos pra segunda pandemia!!!).

    Há um parágrafo secreto no conto, escondido abaixo do anúncio. Nele, descobrimos que Tatsuya Minami é um âncora de tv, uma espécie de William Bonner. Então, trata-se de uma figura pública. Por isso o romance entre eles não foi pra frente?

    Por fim, o texto vem falando a respeito de uma tal “samidare”. Mas o que exatamente é isso? Achei que a explicação ficou um pouco ambígua, pois pode se referir tanto ao encontro, quanto à rua, ou a chuvinha. Então, todo confuso, Google novamente! Descobri que o samidare, que dá nome à história, é a chuvinha.

    Enfim… senti que faltou alguma coisinha no conto, mas não sei exatamente o quê. Talvez um final um pouco mais impactante. Mas pelo fato de ser ficção científica, já me conquistou, então é provável que fique na minha lista de favoritos. E também está muito bem escrito, e faz muita coisa num espaço tão curto de palavras.

    Boa sorte no desafio!

    • Daisuki
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Thales, tudo bem? Agradeço por sua leitura, seu comentário vezes maior que o meu próprio conto e por sua disposição em entender a história em tão poucas linhas. Eu me diverti com sua “investigação”, a segunda melhor coisa de estar participando desse desafio, porque a primeira, claro, foi ter escrito esse continho, do qual gostei tanto. Também amo ficção científica, especulativa etc… Abraço pra você e mais uma vez agradeço.

  49. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    ola Daisuki, ao ler seu conto me veio imediatamente à lembrança, o filme do Jim Carrey (para mim o melhor filme dele). Não vi nenhum demérito, não dá para julgar um micro conto usando um filme como parâmetro. Claro que o tema poderia ser alongado, mas deixaria de ser um micro conto, não é? Gostei muito do desenvolvimento que você deu ao conto. E o final foi perfeito. Um grande amor não pode ser totalmente deletado sem deixar resíduos.

    • Daisuki
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Nilo! Agradeço sua leitura e seu comentário. Concordo com tudo que comentou e fico feliz por ter gostado do final. Um abraço.

  50. Raphael S. Pedro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Achei bacana o tema futurista. O desfecho também. Vejo que muito se exige uma “reviravolta marcante/mirabolante” num microconto, o que pra mim não é tão relevante quando o texto é bem desenvolvido, como no seu caso. Parabéns.

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Rapha, tudo bem? Fiquei feliz por você ter gostado do meu conto futurista. Eu adoro essa temática e não consegui pensar em outra coisa. Agradecido pela leitura e pelo comentário.

  51. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Kyung,

    Estou tendencioso a gostar deste conto, pois ele é ambicioso. Tem uma história bem clara de amor, ficção científica, Japão que eu amo, etc.

    Há uma única parte que me fez travar no texto que é a transferência das lembranças de 2035 para 2038. Pelo jeito que foi escrito, deu a entender que os acontecimentos de 2035 seriam transferidos para 2038. Depois ficou claro que ele transferiria esses três anos para o chip e elas desapareceriam. Ok isso está evidente, nem sei porque não peguei de primeira rsrsrs

    No fim, para além de todos os elementos clássicos da ficção científica, até os furos, tem-se uma história de amor, um sentimento capaz de vencer a tecnologia. Gostei! Acho.

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Rangel, tudo bem? Nossa, eu sequer imaginei que uma preposição poderia trazer essa dúvida. Na verdade, a preposição A também substitui a preposição ATÉ, não apenas a PARA, ou seja, no texto daria para substituir por “2035 até 2038”, mas tranquilo, outras leituras que não a do autor do texto sempre vão apontar algo que o próprio escritor não foi capaz de enxergar na correria de terminar de escrever e enviar… Mesmo sendo um texto tão curto. Daqui a 6 meses, com certeza, seria capaz de reescrever de outra forma… Quanto ao gênero de “Samidare”, acho que se encaixa na ficção científica soft, ou mesmo podemos classificar como ficção especulativa, porque não tive o compromisso de ser tão científico assim, na verdade a intenção foi ganhar do leitor a total suspensão da descrença. Agradeço muito por sua leitura e seu comentário.

  52. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    O conto tem um elemento de ficção científica simples mas muito poderoso, possui uma intertextualidade (o que não é algo ruim) com filmes e outros livros (p. ex. Eternal Sunshine of the Spotless Mind). É difícil utilizar ficção científica em um miniconto e o/a autor/a realizou a tarefa com sucesso.

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Antonio, tudo bem? Agradeço por seu comentário e leitura. Sim, dá para fazer um link com filmes (esse que citou faz teeeempo que assisti) e livros que tratam do assunto. Eu mesmo já usei essa premissa em outros texto meus, porque a memória é um tema do qual gosto muito.

  53. Daisuki
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Daisuki

    Bom dia, Luis, tudo bem? Uma pena não ter gostado do meu miniconto de ficção especulativa. Olha, faz muito tempo que vi esse filme e gosto bastante. A temática é a mesma, sim, mas com certeza não tem como comparar com o filme porque são linguagens diferentes e tamanhos diferentes, não é mesmo? Eu poderia ter escrito sobre outra coisa, mas sabe quando a ideia vem e se você não escrever, parece que vai ficar passando vontade? Fiz o possível para caber no limite e achei que o final daria uma resposta sobre o que veio antes, mas nem sempre funciona, fazer o quê. De qualquer forma, agradeço pela tentativa e o tempo dispensado. Boa sorte pra você nesse desafio.

  54. Luis Guilherme Banzi Florido
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa/tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: Renjiro sofre uma desilusão amorosa e decide remover as memórias daquele período. O esquecimento é melhor que a dor.

    Microsensações: esse conto me lembrou muito o filme “o brilho eterno de uma mente sem lembranças”, que é uma obra prima absoluta. Não sei se você se inspirou nele, se foi uma homenagem, ou se foi coincidência. Aqui, no entanto, senti que, ao contrário do filme, não houve espaço para desenvolver uma história mais emocionante e impactante. Acho que não foi uma história propícia pra um micro conto, pois, apesar de você relatar bem os eventos que ocorrerem, usando pouco espaço, senti que não houve espaço para que os sentimentos aflorascem e que o leitor se conectasse aos personagens, não sei. Parece que careceu de algo mais catártico, algo arrebatador, um clímax que a história me parece pedir. Desse modo, pelo menos para mim, o impacto foi baixo, já que eu fiquei sabendo dos acontecimentos mas não tive tempo nem oportunidade de me envolver emocionalmente com eles, algo que o filme do Jim Carrey faz com perfeição, por exemplo.

    Impacto:

    Micro –> infelizmente foi baixo, pelos motivos já exaustivamente expostos acima.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: mediano. Você consegue passar bem as informações e acontecimentos em pouco espaço, mas acaba carecendo da parte emocional e sentimental.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: aprendi sobre a relação frustrada entre os personagens, mas não cheguei a sentir nada por eles. Quase como se tivesse visto uma notícia de jornal sobre um homem que removeu a memória para esquecer o passado: um pouco imparcial demais.

    Ainda assim, apesar de eu ter tecido algumas críticas um pouco duras aqui, e peço desculpas por isso, quero ressaltar que você escreve muito bem. Me parece um veterano na escrita, mas que, talvez, assim como eu, precise de mais palavras pra escrever algo mais elaborado. Tamo junto.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Só uma dúvida, Luis, pra mim aparece o último parágrafo após a publicidade, pra você aparece assim também?

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Oi, Luis, agora que vi, minha resposta a você acabou ficando acima do comentário, não sei se viu. Eu só vi agora…

  55. Evelyn Postali
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Como se pode apagar uma vivência dolorosa e com ela apagar a dor que marca a alma? Isso é, no meu entendimento, impossível. Nossas emoções estão ligadas com a memória e com nossa identidade. Somos esse ajuntamento de coisas interligadas. Impossível apagar um período de nossa vida e apagar o que está gravado já, naquilo que sentimos e somos. Algumas coisas são profundas demais para serem eliminadas por completo, mesmo com toda a tecnologia.

    Procurei o significado de semidare e entendi o detalhe poético. Chuvas de maio, chuvas suaves e persistentes. No micro serviu para enriquecer essa sensação de perder a lembrança, mas ficar gravado na consciência. Não sei se me expressei bem, mas é isso.

    • Daisuki
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Daisuki

      Olá, Evelyn, tudo bom? Amei seu comentário, com muitas reflexões sobre meu miniconto de ficção especulativa (risos). Concordo com o que comentou e o final dele está aí para reforçar sobre essa impossibilidade de esquecermos sentimentos tão profundos, não é mesmo? Lá, bem lá no fundo, fica algo bem guardado, também acredito. O mais importante fica, não dá para apagar. Agradeço pela delicadeza de buscar o significado da palavra e pelo tempo dispensado na leitura e comentário do meu texto. Boa sorte pra você nesse desafio.

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Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .