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Detox Literário.

O casarão das bonecas (Rodrigo Vinholo)

Joca vivia em um casarão medonho abarrotado de bonecas.

Era seu hobby, ele as colecionava, ocupando todos os cômodos. Valia qualquer material, formato e estilo, desde que fossem bonecas. Apesar da excentricidade e da aparência francamente assustadora de seu lar, Joca era um idoso tranquilo, amigável, querido por todos.

Um dia, porém, os vizinhos o descobriram vivendo em uma pensão do bairro. Um conhecido resolveu perguntar e, visivelmente constrangido, Joca explicou:

— Outro dia levei um ursinho de pelúcia pra casa… Elas não gostaram.

Ninguém questionou, nem ousou ir lá perguntar a opinião das bonecas sobre o caso.

54 comentários em “O casarão das bonecas (Rodrigo Vinholo)

  1. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Gostei muito desse conto!

    O plot final, acho que estou insistindo muito nisso, nessa procura pelo plot e aqui temos isso muito bem feito.

    Parece até aquele filme que um homem tem uns brinquedinhos, nesse caso eles eram malignos, não vou lembrar o nome, mas assisti muitas vezes.

    Claro que aqui não foi abordado nada nesse sentido, é tudo subjetivo, mas é muito bem feito!

    Boa sorte no certame!

  2. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Bem interessante a construção desse personagem tão peculiar e de um cenário bizarro que no início parecia inofensivo, mas inesperadamente se tornou algo aterrorizante. Achei a escrita muito bem utilizada para criar o clima misterioso e essa quebra de expectativa.

    Parabéns. Boa sorte.

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: O início do texto apresenta um cenário inquietante, mas com a aparência delicada: uma casa de bonecas. Por isso mesmo intriga, sugerindo que Joca tenha um segredo macabro por detrás de sua coleção. Afinal, são tantas histórias que misturam bonecas com meninas desaparecidas. Assim, a autoria revela sua verdadeira intenção ao surpreender com a revelação de que, no fim das contas, eram as bonecas que tinham as rédeas. E, pode ser que tenha sido pelo limite de palavras, mas acredito que a autoria também escolheu não explicar mais. O mistério enriquece o texto.

  4. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    hahaha esse conto me pegou na primeira vez que li e agora também ! Achei divertido e sombrio na medida certa hahahaha

  5. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    O conto foi excelente na quebra de expectativa. Já estava pensando que Joca era uma coisa, quando no fim das contas, me pareceu outra.

    Muito bem contado, final ótimo. Parabéns!

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Achei divertido esse microconto. Se Joca e suas bonecas dominadoras, isso me lembra de histórias do chamado realismo fantástico. É aquela mistura do real com elementos mágicos/sobrenaturais ou apenas estranhos e sem explicação lógica para nós. Pode se uma loucura de um idoso solitário (que faz a comunidade onde ele vive fingir que acredita) ou ele realmente estava convivendo com bonecos animados (podendo ser espíritos, encantamentos ou mesmo autômatos). Eu gostei da narrativa.

    Boa sorte.

  7. André Lima
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Muito interessante a forma como o conto foi construído, adotando um anti-clímax no final. Toda a atmosfera nos leva para um terror ou um “gore” bizarro, mas ao fim, nada se sustenta e não passa da esquizofrenia do personagem principal kk.

    Bom, aqui não é o recurso “foi tudo um sonho”, pelo contrário, acho que foi um recurso bem sofisticado para conduzir e ludibriar o leitor.

    Boa história e boa técnica. Parabéns.

  8. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Oi, Rubens,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. O miniconto faz humor a partir do bizarro, do insólito. Joca, um senhor simpático, é colecionador de bonecas, a ponto de encher sua casa com elas. Um dia, ele passa a viver em uma pensão, abandonando o lar. O motivo, ele informa, foi ter comprado um urso de pelúcia, o que não agradou as bonecas. O tom leve do desfecho equilibra a inquietação inicial com uma pitada de ironia.

    A narrativa é bem desenvolvida, de forma leve e direta. Como leitor, me incomodou a quantidade de adjetivos. Em microcontos toda palavra conta. Um “casarão abarrotado de bonecas” não precisa ser descrito como “medonho”. A gente imagina isso só com a informação inicial.

    É um texto despretensioso. Em um desafio em que estamos lendo 54 textos para salvar 15, isso acaba contando contra.

    Parabéns pelo texto e sucesso no desafio!

  9. Thata Pereira
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Rubens Pacheco.

    Contexto pessoal

    Quase li seu conto ontem, antes de dormir. Mas quando bati o olho no título já imaginei uma história de terror, pelo bem do meu sono, resolvi evitar. Quando comecei a ler, fiquei pensando que Joca poderia ser um pedófilo. Que bom que a história não foi por esse caminho e fui surpreendida 🙏

    Análise do conto

    • THAIS LEMES PEREIRA
      31 de janeiro de 2025
      Avatar de THAIS LEMES PEREIRA

      Eu estava comentando o conto e sem querer enviei o comentário. Precisei aguardar ser aprovado para continuar.

      Análise do conto

      Adorei a história e achei muito criativa a reação das bonecas à chegada do ursinho. Não sabemos o que leva a essa situação, se o Joca tem alguma doença mental, mas isso não me incomodou. Se há uma metáfora ou algo por trás da história, não capitei, mas para mim funcionou e ficou ótima assim!

      Conclusão

      Vou incluir seu conto na minha lista de possíveis indicados.

      Desejo um bom desafio!

  10. Felipe Lomar
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    muito legal. Um conto de terror muito bem construído. Talvez um pouco desnecessária a última frase. O depois não importa, e sim o clímax, o impacto. Pra ficar perfeito não pode ter nada sobrando, ainda mais no microconto que pede celeridade.

    boa sorte!

  11. leandrobarreiros
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Uma história leve com um ar de terror a anedota. Eu diria que é um conto de terror que não se leva muito a sério e se permite ser divertido.

    Técnica: Muito boa. História simples e fluida com linguagem direta. O autor tomou alguns atalhos como “casarão medonho”, mas acho que aqui já inicia a pegada de “olha, é terror, mas é divertido”.

    Interesse: Acima da média. É uma história criativa com pegada de verdadeira anedota e pitadas de terror. Nesse sentido, me lembrou ‘a cabana na floresta’, um filme que brinca com tropos do gênero.

    Objetivo do autor: Construir uma história bem humorada que prenda o leitor com a última frase;

  12. Victor Viegas
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Rubens!

    É uma história curiosa que, involuntariamente, me transmitiu uma atmosfera de suspense. Talvez pela imagem de um lugar repleto de boneca possa ser, além de incomum, um pouco claustrofóbico. A passagem da saída do idoso por ser “expulso” ao levar um ursinho foi engraçada. No final, fiquei me perguntando “as bonecas falam?”. Achei curioso. Boa sorte!

  13. jowilton
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    kkkkkk Gostei do conto. Ficou no ar algo aterrorizante, que também pode ser visto como humor. A achei a condução bem feita, boa técnica e com um bom impacto. Esse final aberto me agradou. O que seriam os tais bonecos? Por que não gostaram do ursinho? O dono deles era algum maluco? Há uma boa ambiguidade na história.

    Boa sorte no desafio.

  14. claudiaangst
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Seria Joca um colecionador de bonecas ou um homem manipulado por brinquedos sinistros? O problema foi sair do combinado, do padrão, querer introduzir no harém de bonecas um singelo ursinho de pelúcia. Elas não gostaram da ideia, nem mesmo da fofura do novo companheiro.

    Não encontrei falhas de revisão. Linguagem clara, mantendo o tom de terror, mas com um toque de humor.

    Não considero a frase final descartável porque acrescenta a possibilidade dos vizinhos também estarem doidinhos. Ou quem sabe eles também tinham medo das bonequinhas?

    Parabéns pela participação no desafio. Boa sorte!

  15. Fabiano Dexter
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Muito bom o conto, o modo como constrói o cenário e personagens mesmo com tão poucas palavras.

    Mas o ponto alto aqui é que podemos ter varias interpretações para o Joca não voltar para casa, desde insanidade até o fato dass bonecas realmente não terem gostado do ursinho.

    História simples e muito divertida. Parabéns!

  16. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá’, Rubens Pacheco, puxa vida, cá estou eu às voltas com esse seu belo conto sobre a loucura. Que legal ele ficou. Gostei muito. Um homem que na sua solidão raiando à insanidade total, coleciona bonecas e é por elas expulso por trazer pra casa um ursinho de pelúcia que elas não gostaram… E lá se foi ele morar numa pensão. Parabéns pelo seu belo conto. Abraços de parabéns e boa sorte no desafio.

  17. Thiago Amaral Oliveira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Esse conto tem um tema interessante, e pouco comum. Lembrei umas histórias reais bem macabras que vi no YouTube um tempo atrás. Achei que descambaria pra esse lado, mas acaba com humor, numa estrutura de piada.

    A ideia é boa, e engraçada. Mas acredito que a execução pecou um pouco, não conseguindo fazer jus a todo o potencial que tinha. Como já disseram, o parágrafo final poderia ser eliminado. A punchline já está no momento em que ele afirma ter sido expulso pelas bonecas por causa do ursinho.

    Obrigado e boa sorte no desafio.

  18. Gustavo Araujo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui há um leve subtexto, atinente à intolerância. Ao que parece, a ideia é demonstrar que muitas vezes nos cercamos de determinados elementos em certo sentido que, ao fim e ao cabo, nos impedem de enxergar, ou mesmo de contemplar, elementos outros. É o reforço das mesmas opiniões, a confirmação de nossos vieses mais secretos, aqui traduzidos na obsessão por bonecas.

    É um conto simples, mas que consegue lançar uma semente de ponderação. Falta-lhe brilho, poesia e incerteza para que se destaque. Ainda assim é um bom trabalho.

  19. Marco Saraiva
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Na minha opinião, dizer que algo é assustador é a pior forma de dizer que algo é assustador. Se aqui a tentativa era um tom cômico, então o conto me pegou. Mas, ao meu ver, houve uma tentativa de terror que saiu pela culatra e virou sátira. E, quando virou sátira, comecei a viajar no conto, achando que as bonecas eram metáforas para diversas amantes, e que no dia que o sr Joca resolveu trazer um homem pra se juntar ao harém, as amantes não gostaram. 😂

    A verdade é que o conto ficou um pouco indeciso para mim. A premissa é interessante, mas a execução não conseguiu transmitir a atmosfera desejada. Em terror, atmosfera é metade do trabalho.

  20. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Homem coleciona bonecas e um dia vai morar em uma pensão por causa delas.

    Desenvolvimento: Eu adorei o desenvolvimento, porque começa de um jeito, eu pensando até que se tratasse de algo lá para o lado do terror, mas depois acontecem umas coisas e o que temos? Humor em um conto que pode ser fantástico ou, se não for, demonstra a falta de lucidez do Joca. Eu prefiro a primeira alternativa rs… 

    Destaque: Para o penúltimo parágrafo, que me fez rir e imaginar a cena, adorei! Aliás, em minha opinião seu texto não precisa desse último parágrafo não, Rubens Pacheco. Parabéns!

    Impressões da leitura: Amei! Só agradeço a oportunidade de ler este conto tão peculiar. 

  21. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Imediatamente, me lembrei de uma casa perto da PUC-PR, conhecida como “Casa das Bonecas” – em frente dela, o morador colocava nas árvores cabeças e corpos de bonecas velhas. Era assustador e fascinante, ao mesmo tempo. No conto, acho que entendi errado a questão do ursinho – seria um amante dele, que provocou ciúmes no harém? Ou estou vendo maldade onde não existe? Pra ele se mudar para uma pensão, só pode ser. Boa sorte no desafio!

  22. JP Felix da Costa
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Este conto surpreendeu-me quando li o final. Um excelente plot twist. Toda a história é do mais banal possível, prendendo a nossa atenção na excentricidade do idoso que coleciona bonecas. Nas últimas frases, o conto retorce, como se nuvens negras cobrissem, subitamente, um céu de sol aberto. De algo “fofo” passou a ter uma áurea de terror, que aproveita, e bem, o histórico das bonecas dentro do género, contrastando com a imagem de doçura que sempre nos transmite um urso de peluche/pelúcia.

    Lugar no top garantido.

  23. Amanda Gomez
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Aquele conto que causa estranheza, mas, quando tudo faz sentido, ganha o leitor.

    Gostei do seu conto, é criativo, divertido… tem toda uma atmosfera que faz a gente pensar que qualquer coisa pode acontecer. Nada previsível.

    A gente fica se questionando sobre a natureza desse homem. Já pensei só coisa ruim… aí depois vem aquele contraste de todos acharem ele bonzinho e etc., o que causa ainda mais desconfiança. Não é todo dia que se vê um velhinho cheio de bonecas na casa… e o fato disso ser de conhecimento geral no bairro deixa tudo ainda mais sinistro.

    No final, fica a dúvida se o conto é surreal, se trata-se de demência do personagem ou sei lá o que. O autor aplicou os elementos certos. E o texto ganhou bastante orioginalidade. 

    Parabéns, boa sorte no desafio!

  24. toniluismc
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    A relação entre um homem e objetos amados, e a construção de um mundo particular e imaginário. Realmente, um senhor cercado por bonecas deixa o enredo intrigante. A combinação entre o excêntrico e o acolhedor, o macabro e o cotidiano, cria uma atmosfera única.

    O final surpreendente traz um tom cômico e irônico, mas eu fiquei com algumas interrogações, pois se as bonecas eram as companhias de um homem solitário, por que no final ele escolher ficar ao lado do urso? Mas daí reparei no título e entendi que a casa era delas, e acho que se eu abstrair demais, penso que ele tava num prostíbulo rs

    Parabéns pelo texto e boa sorte!

  25. Elisa Ribeiro
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Primeiro vemos  um cenário de horror, depois somos apresentados a um personagem que nos causa estranheza, então à sua possível loucura e, por fim, a ironia do autor. O impacto não está no tema nem na forma mas mas na competência  do autor em engendrar tantos twists em tão poucas palavras. 

    Parabéns!👏

  26. Andre Brizola
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Rubens!

    Um conto em formato tradicional, de enredo com começo, meio e fim, personagem, diálogo, ambientação, e tudo dentro do limite de 99 palavras! Fascinante! Fico absurdado com a habilidade de certos participantes, e é o caso aqui.

    Gostei muito desse conto. Embora exista uma aura jocosa, no final, sobre o idoso que foi expulso de casa pelas bonecas, a verdade é que muito do texto evoca o absurdo do mestre do horror cósmico, H. P. Lovecraft. A adjetivação bem colocada, com termos não usuais (medonho, francamente assustadora), o desconhecido tomando forma e conta. O enredo tem, também, características da de outros autores desse gênero da literatura, como Stephen King e Algernon Blackwood, que também escreveram contos sobre bonecas.

    Meu único senão é com a frase final, que parece estar em desequilíbrio com o restante do texto. Esse parece ser um problema recorrente nesse desafio, pois deve ser o terceiro ou quarto conto em que aponto esse mesmo problema. Aqui, a frase final força uma aproximação com a parte jocosa, que acaba deixando o texto menos interessante, justamente porque o único que sabe, ou se importa com a opinião das bonecas é Joca, e ninguém mais iria perguntar opinião nenhuma a elas. Há uma dissonância com o restante do texto. Mas é o meu único apontamento, de fato.

    É isso, boa sorte no desafio.

  27. Sabrina Dalbelo
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Tem uma coisa muito interessante aqui, a par da comicidade do nome do personagem – aqui aparece um apelido, Joca – o texto é basicamente de terror.

    Não é um terror do tipo horror, mas daqueles em que basta pensar na atmosfera para sentir o medo. Imaginando-se que as bonecas acabam controlando a casa e expulsando o velho – que eu prefiro acreditar (ler como) -, isso ocorre porque “uma força do mal” toma a casa, sabe, essas coisas. Prefiro essa versão a ir para a leitura simples de que toda a história não passa de um episódio de senilidade / compulsão do Joca.

    E é aí que está o bom microconto, o que traz uma boa história e te oferece mais de uma interpretação. Muito bom.

    Obrigada pelo texto.

  28. Antonio Stegues Batista
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    A casa das bonecas era onde o Joca morava. O relacionamento deles era uma maravilha, o Joca e as bonecas se davam super bem, sem brigas, sem fofocas. Viviam em perfeita harmonia, mas um dia Joca chegou em casa com um ursinho de pelúcia e elas não gostaram nem um pouco. Ficaram com ciúmes e expulsaram o Joca da casa.  Não há muito o que falar desta estória, é um conto simples, sem grandes mistérios.

  29. Mariana
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    O casarão das bonecas (Rubens Pacheco)

    Bonecas são assustadoras mesmo, ainda mais aquelas de louça ou as realistas… A ideia é bem boa, cairia muito bem em um micro com um maior espaço para desenvolvimento.

    O final existe, mas soou apressado (devido ao número de palavras). Mais uma vez, não abandone a ideia e a desenvolva em um conto maior. Aqui, acredito que caberia uma imagem das bonecas. Interessante, parabéns e boa sorte no desafio.

  30. Luis Guilherme Banzi Florido
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: seu Joca perde a casa pras bonecas e sai vazado.

    Microsensações: esse é um bom conto, divertido e critativo. Seu Joca se perde na sua mania, e acaba sendo expulso de casa por ela. As bonecas realmente ganharam vida/eram vivas e são perigosas, ou a mania do homem evolui pra algum tipo de esquizofrenia? Fica a interpretação pro leitor, o que contribui pro conto ganhar amplitude. Enfim, bom trabalho! Gostei!

    Impacto:

    Micro

    Médio –> o conto causa um certo impacto, ainda que não seja tão forte ou marcante. Acho que o que me impediu de colocar o impacto no “macro” é que esse conto meio que careceu de um impacto maior (sim, isso fica redundante uhahuahua), faltou um clímax ou emoção maior, achei. Isso não é defeito, só to explicando pq ficou no medio, e nao no macro.

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: é um bom uso. Não possui muitos subtextos ou ideias implícitas, optando pelo explícito na maior parte do tempo. Por outro lado, o desfecho conta muito com poucas palavras, deixando no ar, como comentei anteriormente, o que de fato aconteceu na casa: uma cena de terror, ou um episódio de esquizofrenia?

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: é um conto divertido, com uma boa ideia e uma execução segura. É criativo e inovador na temática, ainda que não tão impactante na execução. Gostei.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Luis Guilherme Banzi Florido
      25 de janeiro de 2025
      Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

      ah, um ultimo comentario: gostei de como vc entrega muito no titulo, que é “o casarao das bonecas”, e nao “o casarao de bonecas”, o que diz muito sobre quem manda no casarão.. a gente só percebe isso no final, o que significa que o titulo tem uma especie de plot twist kkkkk

  31. Evelyn Postali
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Eu ri. Criatura bizarra esse senhor chamado Joca. Mas o que mais me intrigou foi a reação da vizinhança em não questionar a mudança para a pensão. Se bem que eu não questionaria também não.
    Apesar do humor, o micro tem um toque de coisa sinistra. Será que as bonecas têm realmente esse poder sobre o Sr. Joca? Será que as bonecas têm vida? Afinal, era só um ursinho de pelúcia! Enfim… Acho que esse equilíbrio entre o humor e o mistério foi colocado de forma hábil. Outra coisa que me chamou a atenção foi o sujeito ter personalidade afável e, ao mesmo tempo, ter esse ‘hobby’ peculiar. Cada um com sua loucura e, nesse sentido, a vizinhança está certa em não questionar. Afinal, quem é que não é estranho ou tem alguma pitada de loucura a essa altura do campeonato, com tanta gente muito, mas muito, mais doida por aí?

  32. Juliano Gadêlha
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Eu que não duvidaria do seu Joca haha

    Conto interessante, bem original. Gosto da maneira como o autor traz todos os elementos da narrativa sem entregar um desfecho pronto, deixando espaço para leitor fazer sua própria interpretação. Bom trabalho, parabéns!

  33. Juliana Calafange
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    O conto é interessante. O adjetivo “medonho” no início já dá uma pista para uma das interpretações possíveis, de que a casa “pertence” às bonecas e que elas têm poder sobrenatural sobre o velho.

    Mas logo em seguida, ao descrevê-lo como um velhinho simpático e querido, você dá pista de que pode ser a imaginação do idoso, a caminho da senilidade.

    Mas a última frase estragou tudo que você construiu. Para que isso? Tira essa frase e vai ficar muito mais impactante e significante.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  34. fcaleffibarbetta
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Rubens

    Seu conto parte de uma ideia muito boa, achei engraçada a suposição ou crença maluca de que o ursinho teria irritado as bonecas e de que essas bonecas eram irritáveis rsrs.

    Porém, não gostei da última oração… quem teria a ideia de ir perguntar às bonecas? Achei estranho. Dizendo isso, vc coloca o narrador como alguém excêntrico tb, alguém que acharia normal alguém ir perguntar às bonecas, tirando o foco na loucura do senhor. O narrador poderia ser louco tb? Poderia, mas o conto não mostra isso, ele a todo momento julga as atitudes do protagonista.

    Pararia na fala. Ficaria mais interessante e engraçado.

    “francamente assustadora” – Tiraria o francamente, assustadora já basta.

    Parabéns pelo texto.

  35. Kelly Hatanaka
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Fica a pergunta: Joca está perdendo a lucidez ou as bonecas são assombradas?

    E, por que ele foi se interessar por um ursinho de pelúcia?

    É isso.

    Achei difícil comentar este conto porque ele não traz camadas, subtexto, conflitos. É uma história plana, narrada de forma direta.

    É bom e está bem escrito. Mas, talvez, se houvesse alguma indicação sobre os motivos para Joca colecionar bonecas, ou para trazer um ursinho de pelucia para casa, o conto ganharia camadas.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  36. Mauro Dillmann
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um colecionador de bonecas que supostamente enlouqueceu ou acreditava se comunicar com elas.

    O texto tem palavras de sobra. Para um miniconto, vale a redução. O uso do estrangeirismo ‘hobby’ poderia ser substituído apenas por “ele as colecionava” ou “ele era colecionador”. O mesmo vale para adjetivações que acrescentam pouco, como o uso do ‘medonho’. O mesmo para os advérbios ( ‘francamente’, ‘visivelmente’ são dispensáveis no texto). Na última frase a expressão ‘ir lá’ também está sobrando.

    O título poderia participar da história ou acrescentar sentidos, camadas. Mas não. É plano, direto.

  37. andersondopradosilva
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    O Casarão Das Bonecas é um conto de mistério. Joca é um colecionador, talvez um acumulador. Vive numa casa grande e antiga. Preenche todos os espaços com bonecas, de todos os tipos e tamanhos. Na cidade, todos conhecem sua idiossincrasia. Ninguém o estranha mais. Até que um belo dia Joca deixa seu casarão e é visto numa pensão. A vizinhança estranhou. Perguntaram, afinal, o que havia acontecido. À resposta à pergunta, nenhuma outra pergunta. Afinal, quem pergunta quer saber. E tem coisa que é melhor nem saber. Vai quê. Perguntado, Joca explicou que um belo dia foi posto pra fora do casarão, isso porque resolveu levar um urso de pelúcia pra se juntar à sua coleção e as bonecas não gostaram.

  38. Afonso Luiz Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    O autor brinca muito bem com a ideia do estranho dentro do comum, apesar de eu não achar que chega a ser do gênero realismo mágico. Joca, com seu hobby excêntrico de colecionar bonecas, parece, a princípio, apenas um velhinho peculiar, mas inofensivo. A história, no entanto, ganha força no final, quando somos apresentados à possibilidade de que as bonecas não sejam apenas objetos inanimados.

    O mais interessante aqui é a dificuldade de saber se Joca era “doido de pedra” por respeitar a “revolta” das bonecas ou se, de fato, elas tinham uma vida própria e algum poder de comando naquele espaço. Um miniconto redondinho e agradável de ler.

  39. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Gostaria de saber qual o vínculo afetivo do velhinho com as bonecas. Elas trazem lembranças de entes queridos que não convivem com ele ou Joca as coleciona desde sempre? Se for pelo segundo motivo, Joca, Joca, Joca…para quê levar um infiltrado para casa?

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  40. Vítor de Lerbo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Conto interessante, com uma ideia que, se fosse mais bem trabalhada, poderia dar uma ótima narrativa.

    Na minha leitura, o excesso de adjetivos prejudicou a trama. Conseguimos imaginar o casarão sendo medonho sem essa palavra, por exemplo, por meio do famoso “mostre, não conte”.

    Críticas construtivas feitas, conseguimos sentir um clima de tensão crescente na história, o que é mérito da pessoa que a escreveu, ao ponto de concordarmos plenamente em não visitar essa casa para averiguar se Joca estava equivocado.

    Boa sorte!

  41. Nelson
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Muito bom. É um causo, uma história que vai sendo contada de mesa em mesa de bar, ganhando ou perdendo elementos. É tão absurdo esse final, que imediatamente você concorda com essa espécie de “turma” que circula o protagonista e toda a situação, e coloca-se a espiar essa casa de bonecas com muito medo e receio, além de curiosidade. E pobre desse ursinho, aí.

  42. José Leonardo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Rubens.

    Confesso que ao ler o título e o começo do seu microconto acreditei que teríamos aqui algo como… Deepweb. Na verdade, tendo finalizado a leitura ainda fiquei com essa impressão, de que há um subtexto ou sutileza aqui que poderia levar para algum tipo de… monstruosidade.

    Mas indo direto à vaca fria, e tendo em vista que avaliar escrita é bem complicado para mim num desafio de microcontos dadas as minhas limitações como leitor, creio que gostei desse personagem, embora nunca queira entrar na casa dele e muito menos conhecer essas bonecas assombradas.

    Parabéns pelo conto e boa sorte neste desafio.

  43. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    O seu conto, pra mim, flerta com o non sense. Usualmente eu costumo gostar, desde que o non sense possua algum fundo de coerência. Aqui, faltou. Ora, não era só ter mandado o ursinho ir embora? Ele levou o urso e deixou lá, e ele que saiu de casa? A não ser que o véio tinha uma namorico com as bonecas, e elas ficaram com ciúme do ursinho. Aí, até que faz maior sentido seu conto. Ele fora expulso pelas bonecas enciumadas. De qualquer forma, pensei que seria um micro de terror, mas descambou para o “what?”. Isso não me agradou muito. EMbora eu tenha gostado da hipótese que citei.

  44. Marcelo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Conto bem construído e ideia original, apesar de explorar temas recorrentes como a solidão e/ou psicologia. Mérito do autor.

    Parabéns

  45. cyro fernandes
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto merece destaque pela originalidade. Muito bem construído. Creio que consigo imaginar o Joca, sua solidão e o seu mundo particular. Ótimo final.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

  46. Leo Jardim
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): o conto fica entre o drama de um idoso com problemas psicológicos, que acredita falar com bonecas, e o fantástico, caso as bonecas realmente falem. O narrador flerta com a segunda opção no fim, que é a opção que acho mais legal.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): conduz bem, sem percalços

    💡 Criatividade (⭐⭐⭐): achei criativa ideia

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): me tirou um sorriso de satisfação no fim quando diz que ninguém resolveu perguntar às bonecas. Essa frase eleva o nível do conto.

  47. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Gostei muito do conto. Quase posso ver o olhar malévolo das bonecas seguindo-o quando ele entra em casa com o ursinho. Transmitiu bem a ideia. Historia bem desenvolvida com inicio, meio e fim (ótimo por sinal). boa sorte no desafio

  48. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Tirando as questões de pontuação, a escrita conversa direitinho com o leitor, e o conduz com facilidade ao ponto exato do conflito, deixando por conta do leitor o desfecho do caso. Bem legal. Parabéns e boa sorte.

  49. antoniosodre
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Uma escrita correta e certeira, tem um momento em que a reviravolta (a chegada do urso de pelúcia) acontece. O texto tem todos os elementos de um excelente microconto – a estranheza do início, a reviravolta e o final silencioso.

  50. Priscila Pereira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Rubens! Tudo bem?

    Seu conto é bem legal. Eu gosto desse estilo que mistura a fantasia com o terror e cotidiano. Será que as bonecas estavam vivas mesmo?(Fantasia e terror) Ou o Joca está com problemas mentais? (Cotidiano) Eu gosto de levar para o lado da fantasia e já imaginei as bonecas vivas despedaçando o pobre ursinho e expulsando Joca de casa 😅😂

    O conto está bem escrito, é ágil e direto e entretém! Gostei!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  51. Givago Thimoti
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Thimoti

    O CASARÃO DAS BONECAS (RUBENS PACHECO)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Um idoso fofo que mora na mansão dos Chuck e desagrada os companheiros de casa com a chegada de ursinho de pelúcia.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Esse conto cheira a conto de iniciante. Destaco; isso não é demérito algum! Achei que o espaço foi bem utilizado! Como vou citar ali mais para frente, a narrativa conseguiu cativar.

    Poderia ter ido melhor? Sim. Dicas para o futuro, pelo menos se tratando de microcontos: cada palavra importa num microconto. Eu percebi que você repetiu ali algumas palavras (em um, que inclusive poderia ser contraído, “num”, bonecas…)   

    Ø  Subtexto:

    O subtexto está ali. Muito explícito, pelo menos para mim. Mas é o que garante que a história vai ocupar um pouco a mente de quem lê.

    Ø  Escrita:

    A escrita talvez seja o aspecto que mais deixa a desejar nesse microconto. Para mim, faltou um pouco mais de refinamento. Talvez por isso seja o trabalho de um autor/ de uma autora iniciante. Senti falta de uma vírgula aqui e outra acolá => Joca vivia em um casarão medonho, abarrotado de bonecas.

    Além disso, me repetindo um pouco, faltou um jogo de cintura melhor no que tange a escolha de algumas palavras, que poderiam ter reduzido um pouco o tamanho do conto. Em termos de micros, menos é mais.

    Ø  Impacto:

    Microconto de terror é aquela mistura que, quando bem trabalhada, tem um potencial de arrebatar. Comigo, que não sou fã suficiente para dizer que amo o gênero nem sou um hater convicto para afastar a curiosidade que o sobrenatural desperta, o conto me conquistou aos poucos depois da leitura.

    Acho que isso ocorreu muito por conta de tudo aquilo que imaginamos que acontece e que não é abordado no micro. Penso que tem uma história bem interessante, se bem trabalhada, num conto sem limite de palavras. Se optar por esticar a história, garanto pelo menos um leitor.

    Então, conclusão final: gostei. Talvez não esteja no corte final dos 15, mas com certeza figurará em outras listas

    Parabéns e boa sorte!

  52. Thales Soares
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Este conto é interessante. Eu adoro histórias sobre bonecas, marionetes, manequins, ou qualquer coisa do tipo. A escrita aqui é muito boa, e a forma como tudo é apresentado ao leitor é satisfatória.

    O Joca (que nome engraçado) é um véio que vive numa casa cheia de bonecas, porque ele é um colecionador. Ele é gente boa, e a galera curte ele. Só que aí um dia ele é expulso da casa dele, e quando perguntam o que houve, ele diz que foram as bonecas, com raiva (ou ciumes) do ursinho. Gostei. Bem doentio, me lembrou um pouco da história em quadrinho (BD, caso o autor seja português) “A Herança do Coronel”, onde o cara é apaixonado por uma boneca, e pra ele é como se ela realmente tivesse vida.

    O final foi bacana. Esse conto é bem feito, e acredito que estará na minha lista de favoritos.

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .