EntreContos

Detox Literário.

O Beijo (Felipe Lomar)

Beijou-a como não o fazia há tempos: estava com saudade. Mas não era mais a mesma coisa. Era frio, seco. Os beijos quentes vindos daqueles lábios carnudos eram agora só uma lembrança.

Afastou o rosto da tampa de mármore. Levantou-se com uma expressão chorosa e pôs-se a caminhar pela aleia do cemitério, rumo à saída.

53 comentários em “O Beijo (Felipe Lomar)

  1. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Gostei da cena descrita, mas aproveitando o limite de 99 palavras teríamos uma cena mais completa e que pudesse despertar mais o sentimento do leitor. Acredito que faça referência a uma história de Edgar Allan Poe, autor que gosto bastante. Também lembrei de autores brasileiros do ultrarromantismo, como Álvares de Azevedo e a sua “Noite na Taverna”. Mas o personagem que beija a tampa de mármore pode muito bem ser Eric Draven, que voltou à vida para realizar sua vingança.

    A única coisa que não gostei é o fato dele ser muito curto, mas isso é questão de gosto pessoal. Não tem qualquer julgamento técnico da minha parte quanto isso.

    Boa sorte.

  2. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Um conto que mesmo que abaixo das 99 palavras transmitiu aquilo que dele se esperava. Acabou sendo um tema semelhante a outro texto, o que não tira sua qualidade. Parabéns!

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Este é mais um texto que busca a surpresa, mas cuja ambiguidade possível no início não cria expectativa ou curiosidade para o impacto ao final. Acredito que mais de um texto tenha abordado o sentimento terrível das saudades que não se satisfazem, pois não se pode mais encontrar a pessoa. Aqui, sobressai-se o gesto macabro do beijo no mármore. Mas não com surpresa. A dor genuína transmitida pelo conto não impacta tanto a leitura, tendo sido uma trama recorrente e, também, não tão inspirada.

  4. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Crow!

    O conto narra a história de um rapaz beijando a amada, que por algum motivo veio a falecer. Percebo a tentativa de colocar um plot twist com as últimas frases, mas faltou um pouco mais de desenvolvimento, uma maior ambientação para o leitor entender o que realmente está acontecendo. Acredito que a sequência de cena foi passada rapidamente e não foi possível digerir a reviravolta. Ficou simples até demais. Boa sorte no concurso.

  5. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a história de um homem que beija a amada no túmulo

    A primeira impressão que tive foi que havia acorrido uma necrofilia, o cada tinha beijado realmente a boca do cadáver da mulher. Mas, prestando mais a tenção não foi isso que aconteceu de verdade, já que a narração nos diz que ele afasta o rosto da tampa de mármore. Então, ele beijou o marmore. Ou não? Enfim, essa dualidade é boa, principalmente em micros. Boa técnica, bom impacto.

    Boa sorte no desafio

  6. Luis Guilherme Banzi Florido
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: homem viola o tumulo da amada para dar o ultimo beijo

    Microsensações: um conto sobre luto e dor que coinsegue, de forma surpreendente, flertar com o terror. Não sei dizer pq, mas senti esse terrorzinho ali, uma sensação meio nefasta. Quer dizer, pode até pender pro drama e pra um romance trágico, mas o cara literalmente violou um tumulo e beijou um cadaver. Me deu uma arrepiozinho, gostei. Por outro lado, achei que os dois parágrafos não se conectam muito bem. Vou tentar explicar. O segundo paragrafo nao funciona como plot twist, pq desde a primeira linha fica meio explicito que ele ta beijando um defunto. Entao nao vi necessidade em mencionar que ele estava num cemiterio. Acho que o conto funcionaria melhor (e seria impressionantemente ainda mais curto), se voce mantivesse só o prmeiro paragrafo, sabe? Afinal, tudo que o segundo paragrafo conta, ja estava implicito ou explicito no primeiro: a saudade, a dor, a tristeza, e tava implicito que era um cadaver. Acho que, desse modo, o segundo paragrafo só atrapalha. ele funcionaria bem caso a gente nao soubesse que era um cemiterio e que o cara tava beijando a amada falecida. Dai sim, o plot twist seria funcional. Dito tudo isso, gostei do conto, mas acho que se fosse só o primeiro paragrafo, seria muito melhor.

    Impacto:

    Micro

    Médio–> o segundo paragrafo tira um pouco do impacto, pois abanbdona o ar misterioso e se torna mais explicito. Sem ele, colocaria o impacto em “macro”.

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: excelente. Tão bom que se voce tirasse o segundo paragrafo inteiro, o conto melhoraria. Nesse sentido, acho que foi o melhor uso de palavras do desafio todo. Parabens.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: tava no cemiterio levando flores pra um familiar quando vi um malucão saindo de um tumulo e gritando: beijei minha falecida esposa! Achei desnecessária a informação: a boca dele tava toda marrom e nojenta.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  7. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Crow,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. E o pessoal anda beijoqueiro no desafio, é a segunda vez que o tema surge nas minhas leituras. No outro micro, o beijo era um acontecimento cósmico. Aqui, é uma reminiscência do passado.

    Seu texto é curto (como seria diferente nesse desafio, né?) e direto. Apesar das descrições, não é poético, mas quem conhece a tristeza profunda sabe que ali não há poesia. Sua construção narrativa é, portanto, coerente com o tema: quando a depressão esmaga, é difícil sair elaborando versos.

    Interessante, também, seu pseudônimo fazer menção ao Corvo. Não o do Allan Poe, mas o dos quadrinhos. Ele dialoga, de fato, com seu texto.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio!

  8. Andre Brizola
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Crow!

    Um conto curtíssimo, mas que entrega enredo e desenvolvimento completos. Há quem diga que precisaria de mais texto, mas acho que não. Você conseguiu passar tudo o que precisava.

    Mas, embora o conto tenha funcionado da forma como foi composto, acho que faltou um pouco mais de esmero. Mesmo curto, acho que algumas construções do seu texto poderiam ter tido um pouco mais de efeito se trabalhadas de uma forma diferente. Um desses aspectos é a repetição do beijo no mesmo parágrafo, pois temos o “beijou-a” e “beijos” num espaço bem curto, então seria legal ter encontrado uma solução para isso. Outro aspecto é com a utilização de termos já utilizados em excesso em todo tido de literatura, como “beijos quentes” e “lábios carnudos”, que desvalorizam fora dum contexto adequado. Isso para citar dois exemplos, pois acho que há mais que poderia ser revisto.

    No geral, acho que a ideia foi interessante, com uma premissa que levanta uma dúvida no leitor e a responde com um plot twist não tão twisted assim, mas que atende à expectativa ao final da leitura. Mas, no meu entender, o conto poderia ter uma composição mais interessante.

    É isso, boa sorte no desafio!

  9. Gustavo Araujo
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Há um tanto disso neste breve conto, mas não o suficiente para causar enlevo. Quer dizer, existe uma dubiedade, um plot twist, mas não o bastante para sustentar um pensamento que perdure. É como uma pegadinha, nada muito diferente disso. Creio que se houvesse um pouco mais de substância o resultado teria sido melhor.

    Claro que dá para imaginar que entre aquele que beija e aquele que é beijado (ainda que metaforicamente) há uma história. Mas nada há no texto que indique a natureza dessa relação. Uma pitada de informações a respeito não teria sido mal. Do que jeito que ficou está muito aberto, incapaz, a menos a meu ver, de gerar empatia.

  10. Rodrigo Ortiz Vinholo
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Funciona bem! Curto, direto ao ponto, fala sobre amor, perda e sobre as maneiras que tentamos lidar com ela. Não achei o caminho tão original, mas a execução compensa.

  11. Roberta Andrade
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Comovente e melancólico. Achei que trataria de uma separação em vida, do fim de uma paixão, mas era uma situação ainda mais triste: a morte de um amor.

    O primeiro parágrafo me deixou intrigada, mas senti que o segundo deixou a desejar. Para um tema tão impactante, acho que o final poderia ter sido melhor desenvolvido e mais criativo.

    Parabéns pela participação! Boa sorte.

  12. Universo de Contos
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Universo de Contos

    Um conto dramalhão sem impacto. Mas na realidade… isso não é culpa do autor ou de sua escrita. É que este desafio foi soterrado de contos desse mesmo estilo, e isso meio que saturou. Este conto, apesar de muito bem escrito, não se destacou em meio a tantos outros que falam sobre morte e tristeza.

    Aqui vemos um casal apaixonado… só que o plot twist é que um deles está enterrado, numa tumba de mármore. Não consigo me tocar em nada com isso, infelizmente.

    Tenho certeza que muitas pessoas vão adorar e se emocionar com o seu conto, pois ele é bem escrito e mostra bastante habilidade de quem o criou. Mas para mim não apresentou nada de criativo, e por isso não caiu no meu gosto.

    Boa sorte no desafio.

  13. Priscila Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Crow! Tudo bem?

    Gostei do conto, mas acho que o segundo parágrafo é desnecessário.

    O primeiro já entrega tudo só que com mais liberdade imaginativa para o leitor.

    Está tudo aí, a saudade, a dor, o luto…

    Acho que a pior coisa do luto é realmente entender e se dar conta de que nunca mais verá, falará, beijará aquela pessoa. E que tudo o que você tem agora é a lembrança do passado, seja ele bom ou mau, é imutável.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  14. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Caramba, Crow, que beijo foi esse que você me apresenta? Lembrou-me os ultrarromânticos do final do Século XIX, como um Álvares de Azevedo, sabe? Ainda mais com esse seu apelido de Corvo. Você escreve muito bem e soube me conduzir pela sua história até a saída pelas aleias do cemitério onde o nosso protagonista foi prantear a amada. Parabéns.

  15. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Um conto sobre luto e saudade. Um homem beija a lápide da esposa (bem, imagino que o personagem seja um homem, não sei por quê) e depara-se com o óbvio: nunca mais poderá beijá-la. 

    O autor usou poucas palavras e talvez isso tenha prejudicado no desenvolvimento. Já na primeira parte, o leitor meio que percebe como vai terminar, e, quando o desfecho chega, não há grandes surpresas. Vou usar aquele ditado: “o autor bebeu de uma fonte já conhecida” 

    É um conto ok, mas sem muita força para se destacar no meio de tantos outros. Sobre técnica e afins, não há muito o que acrescentar, mas talvez pudesse explorar construções mais poéticas, já que o conto tem um tom que pede esse fundo romântico. Talvez eu esteja influenciada pelo outro conto de beijo que acabei de ler, errei na sequência rs.

    Parabéns pela participação.
    Boa sorte no desafio.

  16. Givago Domingues Thimoti
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    O BEIJO (CROW)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Não tão bem utilizado. Desenvolvimento e final abrupto. Algumas palavras sobraram e não há propriamente uma história, e sim uma cena. A soma disso tudo é um tanto negativa.

    Acho que a frase “estava com saudade”. Sobrou na história

    Ø  Subtexto:

    Poxa, acho que faltou explorar melhor essa característica dentro desse conto. Bem na toada do que disse anteriormente, é um micro abrupto. Temos uma pessoa que, com saudade, beija a lápide de seu amado/sua amada. Enquanto leitor me toca pelo luto, pela dificuldade em superar/ se adaptar àquela realidade. Contudo, não me conquista.

    Isso ocorre porque, pelo menos para mim, é um conto em aberto demais e que joga no colo do leitor a responsabilidade de preencher as lacunas narrativas por trás do que foi mostrado. Talvez, minha grande questão com essa opção do autor/ da autora seja a seguinte; acho que foi mais jogado do que uma sugestão trabalhada e construída propriamente falando. Penso que para melhorar esse feito, seria necessário construir mais. Havia espaço para isso.

    Aliado a isso, temos um desenvolvimento rápido. Logo que beija, a personagem sai do cemitério e a cena chega ao fim.

    Ø  Escrita:

    Bom, em termos de escrita, acho que foi mediano. Está correto gramaticalmente. Contudo, não foi articulada o suficiente para arrebatar o leitor.

    Ø  Impacto:

    Baixo.

    A narrativa em si é triste. Trata de luto, da dificuldade em seguir em frente diante das memórias com a pessoa amada. Infelizmente, o micro não acompanha o potencial da historia.

    Boa sorte no Desafio!

  17. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Um beijo que já não é o mesmo porque uma das pessoas não está mais lá.

    Desenvolvimento: Achei o desenvolvimento pouco elaborado, podendo levantar muitas dúvidas em quem o lê. Não que isso seja errado, cada pessoa pode ler e ter uma interpretação diferente, totalmente a ver isso. Mas a meu ver há coisas que levantam dúvida. “Beijou-a como não o fazia há tempos: estava com saudade”. Aqui há uma afirmação, de que a pessoa beijou-a como não o fazia há tempos, mas como beijou, se havia uma tampa de mármore? O primeiro parágrafo não bate muito com o segundo, no meu entender. Se quem beijou na verdade era um fantasma, aí sim poderia ser possível. Mas sendo uma alma penada, iria “rumo à saída” do cemitério? Talvez o autor ou autora tenha escrito dessa forma para confundir o leitor, dar mais de um sentido, mas no meu caso essa confusão só fez enfraquecer a narrativa pra mim.

    Destaque: Peço desculpas, mas não vejo algo a ser destacado no texto, por não ter chamado minha atenção para parte alguma. O que não funcionou para mim, porém, certamente pode ter agradado a outros leitores.

    Impressões da leitura: Uma leitura que não foi tranquila em virtude do que coloquei nos itens anteriores. Desejo boa sorte no desafio!

  18. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Gostei do conto, e inclusive pelo paralelo com o final do Mea Culpa, meu conto para o Desafios Cemitérios II. Notável como o autor conseguiu sintetizar a história toda em tão poucas palavras, mesmo com as óbvias lacunas que o formato nos obriga a preencher com imaginação. Parabéns!

  19. leandrobarreiros
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um micro que aborda os sentimentos de perda e luto, fazendo uso de uma reviravolta no fim da história.

    Técnica: Acima da média. Marcaria como boa se o autor tive optado por outras imagens para a história. Ele foi competente em carregar o leitor pela leitura, mas as imagens são meio… estranhas. Imaginar alguém beijando uma lápide no cemitério seria mais esquisito do que triste, especialmente se fosse uma daquelas estatuazinhas de mármore.

    Interesse: Médio. Embora o autor tenha sido competente no fluxo narrativo, a releitura fica um pouco estranha. A menção a lábios carnudos, por exemplo, fica um pouco forçada.

    Objetivo do autor: Apostar na revelação final para ressignificar a leitura.

  20. JP Felix da Costa
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Gostei da ideia base por trás deste conto. Um beijo que já não é como era, que podia ser por muitos motivos, sendo que, no final, se revela ser porque um dos amantes faleceu. Pessoalmente, creio que teria mais impacto se, em vez da lápide, que não funciona muito bem, fosse na despedida, no caixão, antes do funeral. Também é verdade que o conto não diz que o beijo é na lápide, pode ser numa fotografia da pessoa amada que se encontra na lápide, daí a referência aos lábios, mas isto já exige mais suposição do que é suposto ao leitor.

    Em resumo, gostei da ideia, mas não me convenceu a execução.

  21. Rogério Germani
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Beijos ,corvos , lápides… cenário de amor eterno.

    O protagonista cumpre, com maestria, as juras ditas por olhares vívidos.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  22. Mauro Dillmann
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um conto interessante.

    A palavra ‘cemitério’ não precisava constar. Ganharia se deixasse na imaginação do leitor, pois já havia falado em “tampa de mármore”. Já estava subentendido que o beijo estava sendo dado em uma lápide.

    Está bem escrito.

    Parabéns!

  23. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um homem, com saudade da amada, beija o mármore da campa.

    É um conto triste, com um toque melodramático e um tanto estranho. Como beijar o mármore do túmulo pode ser tratado como “beijou-a”? “Mas não era mais a mesma coisa”… ah vá, não diga.

    A história contada é bem linear, praticamente uma descrição. Senti falta de um pouco mais de desenvolvimento e, principalmente, de enredo.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  24. cyro fernandes
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Triste conto que descreve o luto através do impacto mutante dos beijos. Parabéns.

  25. André Lima
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    É um conto que, para mim, não funcionou corretamente. Explico:

    Tudo me parece uma tentativa de enganar o leitor para ter um plot twist, mas executada de maneira “não eficaz”.

    “Beijou-a” pode ser interpretado, numa segunda leitura, como algo metafórico, mas a mim soou como oportunismo. O que se confirma depois no restante do parágrafo.

    A ideia foi interessante, mas arriscada. Acredito que essa estratégia polarizou o impacto causado. Ou o leitor compra ou o leitor se sente subestimado.

    No meu caso, não comprei.

    A técnica é boa. As frases são bem construídas e nos dão um ritmo muito bom. Gosto bastante da forma como o(a) autor(a) escreve, embora considere que tenha havido um erro estratégico.

  26. Sabrina Dalbelo
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Quando eu fui lendo, pensei que pudesse ser o beijo de um enlutado em alguém morto mesmo, mas ainda assim, o micro conseguiu me surpreender, porque eu não acreditava que fosse isso.

    Achava, mas não acreditava, sabe. E era.

    Enfim, é uma história triste. Não tem reviravoltas, mas não é só disso que vive o micro. É tocante de um jeito simples.

    Obrigada pelo texto.

  27. Leo Jardim
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐▫▫): em luto, protagonista tenta um beijo numa lápide, mas claramente não dá muito certo. Funciona pela reviravolta, mas imaginar a cena me deixou com nojo. Até achei meio sem sentido um beijo num lugar tão insalubre.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, sem problemas

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro da média do desafio

    🎭 Impacto (⭐▫▫): reviravoltas são artifícios de dois gumes: quando funcionam bem, são espetaculares, mas às vezes não dão tão certo. Pra mim, essa aqui não funcionou bem, infelizmente. Acredito que possa ter funcionado com os demais (ainda não li os outros comentários).

  28. Mariana
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Esse conto me lembrou de quando eu trabalhava no arquivo histórico do RS e lia alguns processos crimes, tudo muito triste e relacionado com perdas. Um homem que, não aguentando a saudades, acabou com tudo ao lado do jazigo da sua família. Lembranças que ficam…

    O micro é bem escrito e possui um final, algo que estou avaliando. A falta de imagem aqui até colaborou para a atmosfera da história. Parabéns e boa sorte no desafio.

  29. claudiaangst
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O conto apresenta um tom nostálgico/romântico/mórbido. A princípio, temos a impressão de uma relação em transformação, a paixão se foi e a amada tornou-se fria, distante. No entanto, o(a) autor(a) logo esclarece que se trata de um lamento diante de uma lápide.

    O conto está bem escrito, a linguagem sem grandes rebuscamentos. Não encontrei falhas de revisão, exceto o polêmico uso de há/havia. Alguns gramáticos mais puristas dirão que o correto seria: “não o fazia havia tempos”, mas concordo que soa esquisito.

    O texto apresenta desfecho melancólico, mas coerente com a situação apresentada.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  30. Thiago Amaral Oliveira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    O twist me fez soltar uma risada, porque fui desatento e acreditei ser um conto sobre necrofilia.

    Mas, não, na verdade é um conto sensível sobre perda. Ele estava beijando o mármore. Continuou válido o twist, e o resultado foi surpresa e sensibilidade.

    Acho que a linguagem poderia ser um pouco melhorada para não repetir a palavra “beijo”, por exemplo. Mas não tive problema com o “beijou-a como não o fazia há tempos”, como alguns colegas.

    Obrigado e boa sorte no desafio.

  31. Thata Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Crow.

    Contexto pessoal

    Resolvi ler 6 contos antes de dormir. E o seu é o sexto. Como vou dormir agora? rs’ Muito forte. Na palavra mármore eu já arregalei o olho e pensei imediatamente no meu namorado. Nossas conversas sobre morte giram em torno de “não sei o que fazer sem você” (soa bem dependente, mas juro que nao se trata disso), então até pude sentir os olhos lacrimejando após terminar o conto.

    Análise do conto

    Muito bem amarrado e muito bem conduzido para causar exatamente o efeito que o(a) autor(a) desejou aqui. Como um dos últimos contos que li, a linguagem é bastante simples e direta e isso tem me encantado.

    Conclusões

    Triste, profundo e muito bom conto. Estará na minha lista de possíveis indicados e espero que fique por lá!

    Desejo um bom desafio!

  32. Marco Saraiva
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Uma cena simples e trágica, bem escrita. Sem muito espaço para grandes desenvolvimentos, mas cumpre o seu objetivo: descreve bem a angústia da saudade de uma pessoa querida falecida, a sensação da falta do beijo distante. Bom, mas eu diria que falta um pouco mais de conteúdo aqui para transformar este microconto em algo realmente belo.

  33. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Pesadooooo. Uma narrativa muito potente em tão poucas palavras. Gosto de como esse conto conversa com o Supernova, do Observador, que fala sobre o primeiro beijo. Parabéns!

  34. fcaleffibarbetta
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Crow

    Seu conto é tocante, muito sensível. Não esperava esta reviravolta na trama.

    ”Beijou-a como não o fazia há tempos: estava com saudade. Mas não era mais a mesma coisa. Era frio, seco” – achei um pouco contraditória esta parte. Se foi como não fazia há tempos, teria que ser como fazia há tempos. Não pode ser diferente… Depois de ler tudo e entender que ela beijava uma lápide, consigo entender a sua intenção de dizer que ela beijou como não fazia há tempos, mas o que sentiu não foi a mesma coisa, a retribuição ao beijo não foi a mesma coisa, mas não está bom assim como está.

    Parabéns pelo microconto.

  35. Diego Gama
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Gostei de como algo corriqueiro como um beijo se tornou um elo entre a saudade e amor com a falta e perda. Muito bem escrito e ainda faz com que o leitor se surpreenda no final

  36. Sidney Muniz
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    boa noite, Caro autor (a)!

    tudo bem contigo?

    Não sei se por ter lido agora o conto anterior que retrata o beijo de uma forma tão perfeita e estrondosa esse seu beijo, que deveria me trazer um sentimento mais choroso, melancólico não tenha me impactado tanto.

    Beijou-a como não o fazia há tempos: estava com saudade. – Aqui fica uma sensação estranha, pois entendi o uso do jogo de palavras, ao falar do beijo, mas “como não o fazia há tempos” não me agradou. Pois ele de fato não fez. Então, poderia ser algo do tipo: Queria beijá-la, como não fazia há tempos, estava com saudade… E aí continuaria nessa linha. É só um pitaco, desculpe por isso.

    Mas não era mais a mesma coisa. Era frio, seco. – mais uma coisa que reforça uma incoerência, pois primeiro diz que foi como não fazia há tempos e depois não era a mesma coisa, então não me convenceu, de verdade.

    Os beijos quentes vindos daqueles lábios carnudos eram agora só uma lembrança. – Aqui também acho que poderia ser o toque quente daqueles lábios carnudos… para não repetir mais “os beijos”…

    Afastou o rosto da tampa de mármore. Levantou-se com uma expressão chorosa e pôs-se a caminhar pela aleia do cemitério, rumo à saída.

    Esse final eu gostei! Achei que ficou mais bem escrito. Para mim o desenvolvimento que não foi tão bom mesmo, mas a ideia era ótima.

    Desejo-lhe sorte!

  37. Fabiano Dexter
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Interessante o uso das palavras aqui, descrevendo um momento único e solitário, indicando a perda de uma pessoa amada e a saldade que ela sente.

    Usou muito bem a ideia de microconto causando um impacto no leitor de forma direta, e sem margem a interpretações ao falar não apenas do mármore, mas também do cemitério.

    Gostei bastante!

  38. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    O conto acabou não sendo muito impactante para mim, embora esteja bem escrito, sem dizer mais do que precisa. Descrições afiadas. Não mudaria nada. Apenas não me impactou.

  39. Antonio Stegues Batista
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Mais um conto sobre beijo. Esse é o beijo na laje fria da cova daquele que amou ardentemente num passado não tão distante. Agora o que resta é saudade. Assim é a vida. É bom aproveitar os momentos enquanto se é vivo, depois só restara saudade, o pó das lembranças, na brisa dos dias em beijos e abraços que avida é curta e temos que aproveitar não há nada que seja eterno  e quando o tempo passa nada mais restará. É o que podemos imaginar do personagem que visita sua amada todos os dias enquanto as lembranças estão vivas, mas aos poucos se diluirão na poeira dos tempos.

  40. Evelyn Postali
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Delicado e melancólico relato sobre o luto utilizando o beijo como vínculo perdido. O contraponto da memória de um afeto caloroso é a frieza do mármore. A morte é irreversível. Há a solidão e a resignação, especialmente no final, quando a personagem caminha para fora do cemitério. A sutileza e a simplicidade do micro tornam o momento narrado comovente.

  41. Juliana Calafange
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Bom esse texto, conciso, coerente. Palavras escolhidas com esmero.

    É forte no uso da linguagem e traz imagens claras ao leitor. Só acho que ficou devendo na história oculta, sobrou muito pouco para comunicar pelas entrelinhas. Mas foi prazeroso de ler. Parabéns.

  42. Vítor de Lerbo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Um conto triste, sobre luto, em que o título nos leva para outro lugar – mas o pseudônimo já dá uma pista de quem nem tudo é o que parece.

    A mensagem de que o amor sobrevive ao teste do tempo é um alento ao protagonista, que sofre uma dor irreparável – e também uma mensagem positiva aos leitores.

    Conto bem estruturado.

    Boa sorte!

  43. José Leonardo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Crow.

    Creio que a intenção do autor tenha sido demonstrar a pungência da saudade frente a aspectos irreversíveis (no caso, a morte do ser amado). Curto e quase direto, nos mostra também como é difícil a pessoa se acostumar com a nova e cruel situação.

    O “xis da questão” está no início do segundo parágrafo, fato que diminuiu o impacto da história em minha experiência de leitura, mas foi realmente um bom conto.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  44. Afonso Luiz Pereira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    O BEIJO” tem a sua força no impacto emocional forte no contraste entre o afeto do passado e a frieza do presente. A revelação final, “e pôs-se a caminhar pela aleia do cemitério, rumo à saída” surpreende e dá sentido ao que parecia ser apenas uma reflexão sobre a saudade, mostrando uma carga simbólica poderosa na ação do personagem.

    A escrita é simples e direta, mas transmite muito, deixando espaço para o leitor preencher as lacunas com sua própria interpretação. A saudade de alguém que já se foi tem dessas coisas. Só quem já perdeu alguém realmente importante pode entender este “estranho” ato de beijar o túmulo do ente querido. Coisas da vida.

  45. toniluismc
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Acredito que eu tenha limitações pra entender a mensagem passada por quem escreveu esse texto, pois o sentimento da perda é algo que desconheço, não sei se por realmente nunca ter perdido algo importante ou por simplesmente não dar tanto valor ou me apegar tanto a algo ou alguém para sentir falta daquilo que já não está presente.

    Levando isso em conta, ainda vejo O Beijo como um conto tecnicamente bem escrito, com exploração da dor da personagem e demonstração do ambiente no seu desfecho. Falta um quê de elemento surpresa, pois pra leitores como eu, é apenas mais uma tela cinza deste planeta.

  46. andersondopradosilva
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    O Beijo é um microconto sobre luto e saudade, sobre força e superação. O protagonista está aprendendo a lidar com sua perda, mas não está sendo fácil. O desespero o está levando a atos miseráveis e desesperados, o pior deles talvez tenha sido aqui narrado: esgueirou-se pelo cemitério, debruçou-se sobre o túmulo e beijou o frio do mármore. Talvez seja o início do processo de cura. Percebeu que não havia mais o calor de antes, nem a textura dos lábios carnudos. Deixou o cemitério envergonhado. Não vai ser fácil, mas talvez agora seja possível acreditar na cura, talvez agora esteja finalmente convencido da irremediabilidade de sua perda.

  47. Elisa Ribeiro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    O sentimento de luto e o ambiente dois cemitérios rendem boas histórias e comoção na certa. O ponto alto do conto é a concisão combinada a sobriedade que o tema pede. Parabéns!

  48. Nilo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Gosto de contos concisos como esse, a ideia foi bem desenvolvida. Só não gostei da palavra “tampa” de mármore. bom conto. boa sorte

  49. Nelson
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Não gostei. Meu Deus, parece sei lá o que, isso aqui… O personagem está beijando o mármore do cemitério, imaginando os lábios da pessoa amada. Não sei o que dizer, só sei que quando o texto revela que os lábios na verdade tocavam o mármore me deu um sensação esquisita, do tipo, minha nossa, mas que coisa enfadonha. Enfim, se for algo personal, releve a minha crítica, ela tem mais a ver com a construção do texto.

  50. geraldo trombin
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Densa concisão funérea: quando a dor da ausência é maior que tudo e não queremos esticar a conversa! Bom trabalho!

  51. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Tem a presença do luto, da solidão, há um tom sóbrio, beirando à necrofilia. A escolha das palavra e tom estão adequados à temática escolhida. Bem revisado, a concisão do gênero foi bem explorada. Na verdade, as palavras quase chegam a sobrar, pois o segundo parágrafo não traz nada realmente novo, já era perceptível pela palavra lembrança.
    Parabéns

  52. Marcelo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    A transformação do amor, mesmo depois da morte. O amor que sobrevive à vida, também sobrevive ao fim dela. Terno e bem elaborado.

  53. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Um microconto muito poderoso, que remete a ideia não só da morte mas do lamento da perda. E faz isso de maneira muita concisa e direta, tornando o efeito no leitor mais forte.

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Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .