EntreContos

Detox Literário.

Cidadão do Mundo (Rogério Germani)

Você é forte. Você é querido. Você é belo.

E tornou-se eterno enquanto a casa alastrava o eco.

103 comentários em “Cidadão do Mundo (Rogério Germani)

  1. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Pode ser tudo e pode ser nada, mas me pareceu que era alguém tentando acreditar em si mesmo, tentando dar valor a sua vida, mas ao final a pessoa se matou. Assim restou apenas o eco, o vazio, não sei se entendi bem, mas o autor(a) aqui foi bem corajoso e fez um microconto com muitas brechas para nos fazer pensar!

    Parabéns e boa sorte!

  2. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    não sei se compreendi direito a intenção do conto! Acho que faltaram elementos mais relevantes. Boa sorte

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Com as poucas palavras, a leitura obriga à consideração da imagem e do título. Tudo grita “contemporâneo”. A ideia de globalização apoiada pela alta conectividade promovida pela tecnologia de atualmente é evocada pelo jargão de “Cidadão do Mundo” que intitula o texto e pela imagem de um homem com olhar austero no meio de uma metrópole e cercado por telas. As palavras iniciais do microconto ressoam mantras motivacionais comuns a essa filosofia de individualismo extremo e autossuficiência, mas o arremate contradiz, insinuando um vazio nesse tipo de pensamento… embora tenha conseguido apreender um possível sentido, confesso que foi mais por um exercício de interpretação externo ao texto do que pelo texto em si, o que diminui seu impacto entre os demais micros do certame.

    Uma coisa a mais que posso observar é que existe uma certa superficialidade no conjunto da obra. O título é um jargão que surgiu como uma forma de encarar os novos tempos com otimismo. A imagem é descaradamente artificial, brega. E o texto abre com os mantras e quebra a expectativa. Intencional? Não sei. Acho que foi uma forma arriscada de fazer a crítica. Quem lê fica suspeitando de ser uma sutileza genial ou, simplesmente, pouca lapidação de quem escreveu.

  4. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Sinceramente, não entendi a intenção. Parece um desses bilhetinhos que colocam na nossa mão no calçadão de campo grande, com frases motivacionais.

    Talvez esse comentário seja uma crítica a mim e a minha falta de profundidade. Mas é isso, não entendi foi nada.

    Anyway, parabéns pela participação. Boa sorte.

  5. André Lima
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Não sei se compreendi o conto da maneira correta. Achei enigmático demais, mas sem nos dizer o mínimo. Não consigo conectar o título com o texto e com a imagem.

    Pensei nos elogios que recebemos o tempo todo nas redes sociais, mas a frase final nada me disse.

    Difícil avaliar, pois não consegui desvendar o enigma.

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Com tão poucas palavras, há tanta coisa para deduzir. O título deve fazer alusão à obra, isso faz parte. No caso do pseudônimo e imagem, cabe ao autor relacionar ao conto ou não.

    Caso eu considere o pseudônimo, imagino que a ideia é do anonimato. Mais um neste mundo de oito bilhões de pessoas. Provavelmente alguém do gênero masculino, analisando o próprio gênero das palavras utilizadas. Alguém que rezou um mantra antes de se tornar eterno. O eco dentro da casa me fez imaginar um imóvel vazio ou praticamente sem móveis.

    Temos aí um ser masculino que mudou de plano existencial por motivo não explicado, estando sozinho em um imóvel vaziou semivazio. E só.

    Todo esse textão para dizer que entendi bulhufas, nem sei dizer se é bom, muito bom ou “marromenos” (não existem contos ruins nos desafios), não sei como vou classificar, pois sou bem amador com microcontos. Deixo as avaliações mais técnicas para os meus colegas.

    Boa sorte.

  7. Felipe Lomar
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o texto trabalha a hipocrisia das redes sociais, em vender uma positividade vazia e fútil, que não se fundamenta no real ou nos princípios das pessoas. Bem, é muito curto, obviamente. Acho que não deu tempo para construir um impacto, devido à falta de informações

    boa sorte!

  8. THAIS LEMES PEREIRA
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de THAIS LEMES PEREIRA

    Olá, Ghostwriter.

    Contexto pessoal

    Se entendi bem o texto, encontro tanto disso no meu ramo de trabalho. Trabalho com Marketing Digital há 10 anos, amo ensinar e por isso gravei alguns cursos que ofereço on-line, mas é MUITO difícil entrar nesse mercado. Quem ganha dinheiro com isso, são pessoas que têm um perfil “ostentação”, como seu personagem.

    Análise do conto

    Levei um susto enorme por ser tão curtinho. Demorei um pouco para entender, quando finalmente consegui contextualizar com tudo o que disse acima. Um homem que ostenta ser aquilo que não é, ganha fama, mas atrás das câmeras é o contrário de tudo. Caramba, admiro a sua expertise de dizer muito com tão pouco.

    Conclusão

    Gostei. Vou colocar seu microconto na minha lista de possíveis indicados.

    Desejo um bom desafio!

  9. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Oi, Ghostwriter,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu miniconto se mostra ousado, já que a maioria fugiu de propostas tão minimalistas. Como um bom microconto, nos leva a fazer várias leituras, ficando atentos às informações dadas. As imagens são opcionais, mas aqui são uma boa dica: uma vida com muitas telas (notebooks, drones, celular, outdoors luminosos…). Algo futurista – que não destoa muito do nosso presente.

    Um discurso de reforço do ego (“você é forte”, “querido”, “belo”), contraposto ao fim, com a ideia de “tornar-se eterno”.

    Lembrei-me de estudos que apontam a dependência por likes que os jovens, sobretudo, desenvolvem através das redes sociais. A necessidade de ter autoestima em uma era de hates e filtros.

    Seu texto traz muitas questões a partir de poucas palavras. Parabéns e boa sorte no desafio!

  10. Priscila Pereira
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Ghostwriter! Tudo bem?

    Numa primeira leitura não entendi nadinha… E depois, só lendo os comentários dos colegas é que alguma coisa fez (+/-) sentido.

    Muito arriscado mandar um conto assim tão aberto pro desafio, admiro a sua coragem.

    Não consegui uma interpretação que fosse genuinamente minha, mas as frases prontas, o pseudônimo e a imagem, me levaram a pensar em alguém que se perde na ilusão das redes sociais e acaba se perdendo de si mesmo. Não necessariamente tem a ver com morte, mas de anulação, de se fundir com a “rede” e perder a individualidade.

    Foi interessante pensar sobre isso!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  11. leandrobarreiros
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um daqueles super micro que me incomodam por aparentemente terem sido construído com cuidado, tendo de fato uma mensagem no fundo.

    Bom, a minha leitura não tem a ver com suicídio. O título menciona ghostwriter que é aquele que escreve anonimamente para os outros e, muitas vezes, escreve mais do mesmo seguindo algum tipo de fórmula. O anonimato parece fazer referência às produções em massa de redes sociais e da internet, dada a imagem. O personagem se tornou mais um em uma câmera de eco a la coach, tornando-se eterno ao passar a reproduzir esses discursos infinitos e anônimos que ganham as redes.

    Técnica: Muito alta. Posso estar completamente errado, mas há esses textos em que existe um nítido esforço do autor de lapidar as palavras certas para gerar o incômodo no leitor.

    Interesse: Alto. Foi um dos textos que produziu incômodo, demandou releitura e me vi ávido por procurar a interpretação dos colegas.

    Objetivo do autor: Tirar o leitor da zona de conforto.

  12. jowilton
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    Bem, eu confesso que não entendi o que o autor quis dizer com o texto. E, na minha opinião, não conta uma história, achei mais um enigma para ser decifrado do que um conto. Provavelmente haverá pessoas que entenderão e irão apreciar. Para mim não ralou nenhum impacto, já que não fui capaz de entender.

    Boa surte no desafio

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Jowilton!

      “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é…”

      Cada palavra, levada ao sol, tem o dom de iludir a realidade.

      Também assim somos quando parte de nossa bagagem permanece em nossos contos.

  13. claudiaangst
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    A apresentação de tão poucas palavras acaba por exigir do(a) leitor(a) um esforço maior para compreender a narrativa.

    Nada pode ser ignorado, nem título, nem pseudônimo. Se o sujeito era um cidadão do mundo, devia viver a globalização ao extremo, não pertencendo a nenhum lugar específico. Se quem escreve a sua história é um ghostwriter, então não se sabe quem traça o seu destino. Nada é definido.

    As frases “Você é forte. Você é querido. Você é belo.” remetem àquela técnica muito utilizada em autoajuda de se olhar no espelho e repetir elogios a si mesmo. O objetivo seria aumentar a autoestima.

    “E tornou-se eterno” > Nem o tempo de sua vida era definido. Era tudo (forte, querido, belo), o tempo todo (eterno), em todo lugar (cidadão do mundo).

    “enquanto a casa alastrava o eco” > Uma casa por onde se alastra o eco é uma casa vazia. Uma existência vazia, sem sentido?

    Não encontrei falhas de revisão em tão poucas palavras.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Cláudia!

      “Um cientista no seu laboratório não é apenas um técnico: é, também, uma criança colocada à frente de fenômenos naturais que impressionam como se fossem um conto de fadas.”

      Quer fenômeno maior que um mundo onde pensamentos e algoritmos disputam uma luz na vida? Esta, sim, é a descoberta do século.

  14. Elisa Ribeiro
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    O texto soa muito bem talvez pelo eco toante das palavras, efeito que combina com a imagem do eco que o texto evoca.

    Seu microconto ressoou em mim como uma metáfora para a ideia tão contemporânea de solidão auto-suficiente. 

    Parabéns!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Elisa!

      ” Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização.”

      A vida e suas filosofias causam anomalias quando humanos e máquinas dividem a mesma alma.

  15. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Ghostwriter, aqui estou com o seu microconto. Aliás, um nanoconto eu poderia dizer? Mas nessa história bem aberta (e gosto delas) você me traz uma densa e tensa história. Pareceu-me que o homem, ou tem muita baixa estima, ou está para dar cabo à vida e aí grita para se autovalorizar. Tanto para melhorar a estima, conforme uma técnica do coaching muito em voga, como para adquirir coragem para se matar… Fico com a segunda. Será que escolhi o lado errado? Abraços e parabéns pela sua obra. Sucesso.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Fernando!

      “Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.”

      Tem dias em que o carteiro sorri com ilusões da vida; em outros, sua presença é muda poesia.

  16. Leo Jardim
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐▫▫): entendi como crítica aos “coachs” que se espalharam pôr aí nos últimos anos. O cara vende o mundo, mas vive numa casa vazia. Pode ser isso, mas pode ser várias outras coisas. Achei aberto demais.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): não tem nem do que reclamar

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): valeu pelo esforço

    🎭 Impacto (⭐▫▫): em tão poucas palavras não deu pra ter algum impacto. Valeu pela discussão que causou no grupo e tal, mas não é muito meu estilo de conto.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Léo!

      “Eu não desejava a vitória, mas a luta.”

      A vida, feito um teatro sueco, merece aplausos em silêncio.

  17. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: O mundo tecnológico coloca na cabeça de um homem que ele é “o must”, de tal forma que esse homem passa a crer que é invencível e atenta contra a vida.

    Desenvolvimento: Um micro, exatamente no sentido da palavra. Os outros textos aqui no desafio são minicontos, arrisco dizer. Enormes diante do seu, rsss… Bem compacto, mas com a história que o autor quis passar, porém o texto dá margem a mais de uma interpretação, com certeza. Eu prefiro a que coloquei no plot, mesmo que a intenção tenha sido outra.

    Destaque: Para a microestrutura do texto. O autor ou autora está de parabéns.

    Impressões da leitura: Eu gostei bastante! Agradeço a quem escreveu pela oportunidade da leitura. Muito bom ler algo tão curto e tirar da minha imaginação o cenário, o antes e o depois. 

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Bia!

      “A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação.”

      É preciso educar o espírito para ser livre dos valores do mundo e, assim, manter constante e aceso seu melhor sorriso.

  18. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Tão sintético que me faltam palavras. Porém, encontro aqui uma crítica velada aos “coachs de sucesso” e à solidão que a autopromoção proporciona, como espetáculo, nos tempos recentes. Um conto muito curto, mas com um tema muito bom. Poderia ir além. Boa sorte no desafio!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Daniel!

      “Meu celeiro foi destruído pelo fogo e agora posso ver a lua.”

      Parece paradoxo, mas vem da terra do sol nascente a base para alcançar as estrelas.

  19. JP Felix da Costa
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Evitei ler os restantes comentários para não me sentir influenciado. O conto é aberto a muitas interpretações, algo que se mostra óbvio. Na minha leitura a conclusão a que chego é que se trata de alguém que sofre de narcisismo, que está a dizer aquelas palavras a ele próprio, mas que vive em solidão, daí as palavras ecoarem pela casa, que presumo vazia. Acaba por ser uma realidade dos dias de hoje. Cada vez mais pessoas se sentem o centro do mundo e cada vez mais se afastam dos restantes. No fundo, isto é o que interpreto do conto. Tornou-se eterno porque simboliza um tipo de pessoa, que sempre existiu, e sempre existirá. Os motivos serão sempre diferentes, atualmente temos o isolamento pela tecnologia e a egocentrismo derivado de uma vida confortável (na adversidade as pessoas tendem a ser mais solidárias e empáticas).

    Achei o texto interessante, mas confesso que não sou grande entusiasta deste tipo de conto. Prefiro um pouco mais de conteúdo. No entanto, este detalhe não passa de gosto pessoal e não tira mérito ao conto.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, JP Félix!

      ” Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos.”

      A gente ensaia, ensaia e, nem sempre, a vida reconhece nossas batalhas.

  20. Gustavo Araujo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui o(a) autor(a) aposta todas as suas fichas no poder de abstração dos leitores. É uma aposta bem corajosa, diga-se, pois há poucos elementos em que se possa apoiar. Por outro lado, é também uma estratégia capaz de gerar um sem-número de interpretações, todas válidas, todas refletindo o estado de espírito de quem lê, seja por um viés crítico, seja por um viés de enlevo.

    Para mim, ao menos, parece uma ode à solidão. Às pessoas que se mantém conectadas com o mundo pelas telas de seus smartphones, tablets e computadores. Unicamente por elas. Reféns dos algoritmos, essas pessoas viciam-se no reforço de suas opiniões, de seus reflexos, em algo que as elogia, que faz com que se sintam superiores, inatingíveis, inflexíveis.

    No fim, é algo que as condena à eternidade, ou à morte, se preferir, que as torna incapazes de se comunicar. Silenciadas, resta em suas grotas tão somente o eco do auto-elogio. Suas existências dependerão de alguém que as confirme, como um ghostwriter.

    Uma condição que se alastra, com certeza. Triste mas verdadeiro.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Gustavo!

      “Eram como os ácaros dos colchões, que existem mas não são vistos.”

      Em qualquer parte do mundo, o efeito é o mesmo para o rosto atrás das letras.

  21. toniluismc
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Gostaria simplesmente de dizer: “faço minhas as palavras do André Brizola”. Daí ficaria justo com a economia que você fez, mas como sou novato nos Desafios, vou escrever um comentário “qualificado” para não ser desclassificado.

    Entendi que o texto tenta trazer um ideia de imortalidade e transcendência através da repetição de afirmações positivas e da imagem da casa ecoando essas mensagens. A brevidade e a equidade da construção realizada convidam (“obrigam”) o leitor a extrair suas próprias interpretações.

    Em tempos de redes sociais virtuais, esse Cidadão do Mundo aborda temas universais como identidade, imortalidade e busca por significado. A história pode ser interpretada como uma celebração da vida, uma afirmação da força do espírito humano ou uma reflexão sobre a natureza da existência.

    Enfim, o trabalho que deveria ser da autoria, ficou pro leitor. De toda forma, parabéns e boa sorte!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Toniluismc!

      “Não há quem sustente uma luta mais árdua do que aquele que tenta vencer a si próprio.”

      Seja dentro de mosteiros alemães ou no frisson das grandes cidades, derrota ou vitória não revelam nem um terço do que somos.

  22. Mariana
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Primeiro eu pensei que o eco seria do revólver sendo disparado. Depois, imaginei o seguinte – alguém, completamente sozinho, gravando vídeos motivacionais daquilo que não vive e para pessoas que não conhece. Como é um micro extremamente curto, ele se abre para interpretações diferentes. O que eu achei? Sinceramente, eu não sei, mas é bem escrito. Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Mariana!
      “As horas mais tristes da vida são aquelas em que duvidamos de nós mesmos.”
      Parte do sonho americano precisa de dínamo para existir.
      E esta energia, diariamente, vem das próprias palavras.

  23. Andre Brizola
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Ghostwriter!

    Acredito que cada conto apresentado tem seu objetivo, enredo, tema e intenção. Alguns utilizam o limite todo de palavras para demonstrar isso, indo numa direção mais tradicional. Outros, mais habituados com a dinâmica do micro conto, se sentem mais à vontade de fazê-lo sem essas amarras, e conseguem contar um conto com pouquíssimas letras. É o caso aqui.

    Entretanto, quando o autor escolhe essa alternativa (que é totalmente válida, devo reforçar), ele também escolhe a possibilidade de não ser compreendido pelo leitor, que é parte desse sistema, e o receptor da mensagem. Se o leitor não consegue codificar a mensagem, seja lá por qual motivo, ela não é transmitida, e o conto acaba não funcionando. Tudo é originado na opção do autor.

    Dito isso, seu conto é extremamente minimalista e se resume em quatro frases. Não sei se consegui codificar a mensagem, mas a minha interpretação é a seguinte: há um personagem, cuja personalidade é bastante centrada em si mesmo, possivelmente com uma mentalidade moderna, derivada da vida ao redor do computador/celular, em que a pessoa depende basicamente de si. O mantra “é forte, é querido e é belo”, reforça, assim mesmo, na terceira pessoa, no meu entendimento, esse eucentrismo, de forma diária. E o “eterno” é o termo que define o efeito causado pelo sucesso do mantra no personagem, se alastrando, ecoando até pelo espaço físico, a casa.

    Está certo? Não sei. Não tenho como saber, a menos que o autor diga. Gosto desse tipo de interação com o texto? Não, absolutamente. Li algo que me levou a uma reflexão, mas não sei se ela é correta. Não sei se meu tempo foi bem empregado. Foi uma experiência literária interessante? Não posso dizer que foi. Gostaria de ter terminado a minha experiência com mais entendimento do que tenho no momento.

    Mas essa é apenas a minha opinião, ok? Volto a dizer, a opção do autor é válida, e ela vai encontrar leitores que vão se empenhar na tradução, procurar a chave do significado, conseguindo ou não, e vão colocar o texto no alto de suas listas de preferidos. Eu só não sou um desses leitores.

    Bom, é isso. Boa sorte no desafio.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, André!

      “Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas.”

      A princípio, soa confuso-ainda mais quando primaveras e outonos deixam o mesmo sabor impresso nos olhos do mundo-mas, acredite, o espelho das águas está no laço que iguala nossas almas.

  24. Victor Viegas
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Ghostwriter!

    Eu não sei o que comentar em um texto que não apresenta história. Não há desenvolvimento. São palavras soltas de alguém que, no fundo da minha imaginação, presumo ser um coach vocacional, daqueles mequetrefes de propaganda barata no Instagram, ou uma pessoa completamente alienada pela lei da atração. Percebo que alguns comentários falam sobre auto imagem e suicídio, pode ser isso, mas a fotografia escolhida e o título “Cidadão do Mundo” me deixaram um pouco confuso, caso realmente seja essa a interpretação. Alguém pode ter gostado, mas não é o meu favorito. Boa sorte!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Victor!

      “O diabo mora nos detalhes.”

      O provérbio alemão ainda é uma encruzilhada para àqueles que ignoram a paisagem na estrada.

  25. Marco Saraiva
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Não há muito com o que trabalhar aqui. Duas frases curtas e um título. O pseudônimo eu não vi muita ligação com o conto.

    Pelo título, imaginei uma pessoa saindo de casa, indo viver em outro país. Sempre uma decisão difícil, uma mudança drástica na vida, e que vai mudar tudo, para sempre. O personagem saindo de casa, repetindo um mantra para si mesmo, para permanecer forte, que conseguiria atingir este objetivo. O eco da casa: agora vazia, já que ele a deixou, para conquistar o mundo.

    Foi o que entendi, depois de ler e reler umas cinco vezes o conto. Se era isto que o(a) autor(a) queria dizer, não sei. É fácil ler este microconto e não ver nada. Foi o que vi nas primeiras vezes. E talvez ele dependa de muito da boa vontade do leitor para que crie algum sentido. Mas valeu a leitura.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Marcos!

      “Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”
      Aos moldes de Chernobyl, cai como uma luva esta frase.
      Viver rodeado pela empatia das palavras é o meu alento.

  26. Sabrina Dalbelo
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá Entrecontista,

    Já disse aqui, gosto de micros minimalistas, porque é difícil escrever muito em poucas palavras.

    Gostei muito do teu texto, ele não erra nada. Se alguém escrever aqui algo como “não sei o que porque poderia ter usado mais palavras” é besteira.

    E vou dizer o motivo: porque tu conta até onde tu quer e porque quantidade de palavra não é sinônimo de qualidade.

    Teu micro, a meu ver, conta a história de um ‘metido a bonzão’, e é uma releitura contemporânea de um narcisista, crente de que a infinitude da sua beleza / força / importância está insculpida na repetição disso como verdade.

    É conciso e contém o necessário. Parabéns.

    Obrigada pelo texto.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Sabrina!

      “Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente.”

      Esta verdade também se aplica às mulheres.

      Vivemos num tempo em que soa russo abraçar o mundo com a própria alma.

  27. Juliano Gadêlha
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Temos muitos contos nesse desafio que conseguiram com sucesso deixar desfechos abertos sem parecerem incompletos. Aqui, senti que o conto fica “aberto demais”, a ponto de prejudicar o próprio sentido do texto e a experiência do leitor. Sinto dificuldade até mesmo de avaliá-lo, justamente pela falta de elementos suficientes.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Juliano!

      “Enfrentei o terror da morte e, transpondo-o, encontrei a flor da vida,”

      Para não parecer miserável, alimento com palavras os meus fantasmas.

  28. Juliana Calafange
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Esse é micro mesmo, hein? Ainda assim consegue contar uma história. Incrível.
    À beira do suicídio o protagonista tenta ainda se acarinhar com autoelogios. Após isso, só resta o eco das palavras em uma casa vazia.
    O pseudônimo ainda brinca com a palavra Ghost (fantasma), que aqui tem duplo sentido só por causa da história.
    Muito bom, parabéns!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Juliana!

      ” Aquilo que não está morto pode jazer eternamente e com eras estranhas, até a morte pode morrer.”

      Um chamado enxuto para quem espalha diálogos no mundo.

  29. Mauro Dillmann
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Quando leio e não compreendo de primeira ou mais ou menos rápido, o conto se torna enfadonho para mim. O “enquanto a casa alastrava o eco” faz pensar o que pode significar “casa” nesse conto. E ‘eco’? Que ‘eco’ seria esse? Enfim, achei muito hermético. Não consigo sequer estabelecer relação com o título.

    De todo modo, parabéns pela escrita!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Mauro!

      “Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho.”

      Só de pensar nisto, às vezes, o coração delata a alma por detrás do voo dos corvos.

  30. Kelly Hatanaka
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um conto críptico.

    Na minha interpretação, baseada apenas no curtíssimo texto, é a de que o personagem, cansado de receber elogios vazios, resolve dar fim a própria vida.

    Combinando com a ilustração, me parece ser uma crítica ao mundo virtual e suas ilusões de que todos são belos, glamourosos, felizes, e ao esvaziamento de sentido das coisas reais. Que culmina com o personagem se matando.

    Gostei e realmente, não sei se considero o ganho de sentido com a ilustração como uma qualidade ou defeito. Tendo a achar que, neste caso, é qualidade. Acho que um conto tem que se sustentar sem a ajuda da imagem. Opinião minha. Mas, neste caso, o texto tem significado sozinho. É só que, com a imagem, ele ganha profundidade.

    E nem vou entrar aqui no mérito, se eu “acertei” ou não na minha leitura porque, quando o conto é assim tão nanico, a interpretação é, mais do que nunca, propriedade do leitor.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Kelly!

      “Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”

      De vez em quando, os pampas e seus ortodoxos revelam o mundo por outros espelhos.

  31. Afonso Luiz Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Este miniconto é complicado de analisar, pelo menos para mim. Li alguns comentários de outros leitores, mas, mesmo com a frase final “e tornou-se eterno enquanto a casa alastrava o eco”, que tem um impacto considerável, fiquei um pouco perdido, sabe? Essa frase, por si só, é muito eficaz, sim, principalmente se pensarmos em alguém que tirou a própria vida, o que confere uma carga emocional forte. No entanto, não consegui fazer a conexão com o início do texto, que parece um slogan de autoestima exagerada.

     A sensação que tive ao ler este miniconto é semelhante à minha incapacidade de analisar uma pintura abstrata: é interessante, bonita, colorida, mas o que ela quer dizer? Se isso serve de consolo para o autor, faço uma confissão sincera: sou preguiçoso para refletir profundamente sobre experimentações literárias. A culpa não é sua, não.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Afonso!

      “O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo.”

      Na Índia, entre elefantes e túnicas, esta voz é a que mais grita nas letras vivas.

  32. Vítor de Lerbo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Pouquíssimas palavras, mas a mensagem está aí.

    Profunda e densa, ainda que aberta a interpretações diversas.

    Boa sorte!

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Vitor!

      ” O mar não é um obstáculo: é um caminho.”

      E, desde então, eu mergulho no mundo sem que o sol revele minha face.

  33. Nelson
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Um super-herói da autoajuda. Quando li texto, fiquei pensando, será que esse grito é de alguém que leu muitos livros de autoajuda ou ficou muito tempo indo nessas palestras de coachs? Reflito, o homem, compadecido de sua situação comum, inicia uma gritaria num mantra ensurdecedor que começa a ecoar pela casa, fazendo-o inchar e crescer, assim como a casa, e logo ele realmente se torna um herói, um gladiador da autoajuda. Ou então ele se cansa, senta-se no sofá e chora.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Nelson!

      “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!”

      Com a caneta em riste e diversos mundos povoando os pensamentos, de certo modo, somos todos heróis.

  34. fcaleffibarbetta
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Ghostwriter

    Seu micro queimou meus neurônios. Gosto da concisão e sei que quanto menos palavras, maiores as chances de termos um texto enigmático.

    Vou fazer meu comentário antes de ler os dos coleguinhas. Para mim, você traz a lavagem cerebral a que estamos submetidos no mundo tecnológico, no mundo das redes sociais, escolhendo aquilo que queremos ouvir porque nos é confortável, porque fala o que já aceitamos e sobre o que já acreditamos. De tanto ouvir que é forte, querido e belo, ele se torna eterno para ele mesmo.

    Não estou fazendo análise dos micros dizendo como os interpretei. Faço aqui porque nem sei mais o que fazer.

    Parabéns pelo microconto.

    • Ghostwriter
      30 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Fcaleffibarbeta!

      “Obscuridade- é a mais fria das sepulturas.”

      Este pensamento ainda corta a alma de muitas faces como nós, irmãos e irmãs do silêncio herdado das árvores.

  35. Marcelo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Olá!

    Curto e com várias nuances que ecoam através do que a casa diz. Gosto de contos que também deixam o leitor escrever. Solitude? Estima baixa. Alta? Enfim! Quanto menor o conto, maior o número de páginas a decifrar.

    Parabéns!

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Marcelo!

      “O espírito esboça, mas é o coração que modela.” Esculpido este pensamento, a realidade molda os nossos caminhos.

      Ghostwriter.

  36. José Leonardo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Ghostwriter.

    “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”, escreveu certo poeta português ao preparar o anúncio de um determinado produto negro gaseificado.

    Talvez fosse intenção do autor causar certo estranhamento (pouquíssimas palavras e um desfecho muito aberto) para depois cair no gosto do leitor. Pode ser. Mas se no começo eu não entendi bulhufas, a releitura associada com a imagem, me deu outra perspectiva, mais próximo do Grande Irmão ou dos cartazes de Tio Sam do que eu gostaria, mas entender desse modo me fez gostar das suas linhas. De repente é uma microdistopia…

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, José Leonardo!

      “Para viajar basta existir.”

      E assim é, foi e sempre será. Uma mente livre e um mundo vasto fazem das palavras infindável aeroporto.

      Ghostriter

  37. Rogério Germani
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    A solitude humana gera desconforto, mas ao mesmo tempo faz do eco das palavras o escudo para permanecer inteiro no anonimato. São os sinais deste tempo onde a essência se reserva aos rótulos.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Rogério!

      “Os tolos correm para lugares onde os anjos temem pisar.” sentenciou um papa e suas penas.

      Ainda sou humano. Não corro, abstraio-me no casulo dos meus silêncios.

      Ghostwriter

  38. Amanda Gomez
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Olá, bem?

    Pensei em algumas coisas diversas sobre esse nanomicroconto. O autor nos entrega uma imagem, um pseudônimo e poucas palavras. Cabe ao leitor toda a parte mais complexa. (Noix que lute.)

    De início, veio a ideia de um suicídio… O eco no vazio rapidamente dá alusão ao barulho de um tiro. O tom das palavras do personagem é uma mistura de despedida com falsa afirmação.

    Logo depois, pensei se tratar de um androide. A partir daqui, qualquer menção sobre tecnologia e etc. tem a ver com a imagem e não com o conto em si. Então, abandono suas palavras e foco no homem da imagem feita pela Meta IA, tentando desvendar o que você quis passar com esse texto. Um androide… vazio de humanidade, mas carregando todos os adjetivos necessários para o sucesso de qualquer um… em qualquer realidade.

    Nessa mesma linha de raciocínio, imaginei que fosse uma IA. Uma Alexa da vida, falando mecanicamente em um vazio solitário que não pertence a ela. Ou talvez em um papel de papagaio, repetindo para o ouvinte exatamente o que ele mesmo pediu que ela dissesse.

    Depois, apegada ao pseudônimo, imaginei um escritor fracassado tentando mais uma vez alcançar sua glória, falando ou escrevendo palavras para reafirmar seu eu através do personagem que acabou de criar.

    Enfim, são várias possibilidades, e chega a ser cansativo ficar tentando adivinhar. O conto é pequeno, mas gasta-se um bom tempo tentando desvendá-lo. Então, me despeço, derrotada, pois tenho muitos outros para ler.

    Boa sorte no desafio.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Amanda!

      “Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.” Isto me apimenta a alma por longas datas. No final, todos sabemos que queremos ser iguais num tempo regido por números.

      Carpe Diem.

      Ghostwriter

  39. andersondopradosilva
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Cidadão Do Mundo é um microconto sobre a contemporaneidade, mas, também, sobre um futuro próximo. Esbarra numa ficção científica, numa distopia, sem sê-lo, no entanto, já que todos os elementos dessa hipotética ficção, dessa hipotética distopia, já estão presentes nas sociedades capitalistas tecnológicas. O protagonista, como indica o título, é um homem de seu tempo, um Cidadão Do Mundo. Ele não é mais nem menos do que a sociedade capitalista tecnológica espera. Ele é um produto de massa, ele é a própria massa. Ele trabalha, produz e consome. Ele confia no sistema na maneira como o sistema está edificado. Ele não o contesta, não o desafia, ao contrário, ele o consome, e acredita que, se seguir as regras, se for disciplinado e obediente, se for trabalhador e produtivo, irá vencer. O sistema valida o protagonista, o incentiva e o motiva, grita em seus ouvidos “você é forte, você é querido, você é belo”. O sistema produz e o protagonista consome esse tipo de material motivacional. O protagonista vibra na sinergia querida pelo sistema, vibra até se julgar capaz de vencer a tudo e a todos, de atingir o infinito, de vencer o invencível, de vencer até mesmo a própria morte, de se tornar eterno. O protagonista está pronto para enfrentar o mundo, para ser um Cidadão Do Mundo. Acredita que pode andar no sentido oposto à todos, vencer a todos, superar a corrente, o fluxo. Não está sozinho nessa empreitada. Tem ao seu lado todos aqueles que lhe gritaram palavras de ordem aos ouvidos, as telas, as redes, a tecnologia, o sistema. O protagonista deixa sua casa e enfrenta o mundo. Mas há um problema. O protagonista deixa atrás de si uma casa vazia ecoando infinitamente os ecos de palavras e comandos vazios. Uma casa tão vazia e tão cheia de ecos quanto a cabeça do protagonista. Cidadão Do Mundo é um conto que fornece poucos elementos para o leitor trabalhar sua interpretação.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Anderson!

      Desta vez, irei quebrar o protocolo e citá-lo:

      “Ele é um produto de massa, ele é a própria massa.”

      Título+pseudônimo+imagem+texto= uma sorridente verruga que está no corpo, mas passa despercebida por este.

      Ghostwriter  

  40. Nilo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Partindo do principio que quem tem não mostra e quem é não diz, dá pra deduzir que o protagonista é um fraco, com baixa autoestima e necessidade de afirmação. (alguns diriam que tem pinto pequeno). A consequência mais obvia é o suicídio. Conto previsível. Nota mediana.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Nilo!

      Nos pantanais da vida, de vez em quando ainda se ouve: “Quando eu crescer eu vou ficar criança.”

      Enquanto eu, você, nós estivermos vivos sob o manto dos anônimos, pouco importa o tamanho, a presença ou ausência de membros. O mundo nunca ficará satisfeito no reino das letras.

      Ghostwriter

      • Nilo Paraná
        31 de janeiro de 2025
        Avatar de Nilo Paraná

        Você está coberto de razão Ghostwriter. Existem opiniões que são irrelevantes e seriam melhor não serem expostas. Falha minha.

  41. Antonio Stegues Batista
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Temos aqui um conto minimalista, ou seja, um micro conto surreal, abstrato, na primeira lida, aliás, leitura. Observando a imagem que ilustra o conto, vejo um homem jovem, usando uma espécie de jaqueta militar, ou paramilitar, um grupo que pretende conquistar o Poder e o controle do Povo. Seus adeptos elegem o líder cantando Palavras de Ordem, afirmando-o como único a estar naquela posição de governança. A eleição é feita em algum prédio relevante onde o povo homenageia o Escolhido para comandar uma Nova Era num mundo steampunk, um androide de ultima geração. Ave César! Vida longa e próspera! Ecoam as palavras pelo auditoriumm.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Antonio!

      “Tem palavras que nos abraçam como se fossem calor humano.”

      Tenho este adágio escrito no espelho para lembrar, sempre, que o poder está em nós mesmos.

      Ghostwriter

  42. Rodrigo Ortiz Vinholo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Eu gosto quando obras são abertas à interpretação… mas acho que quando chega a um ponto em que a possibilidade de interpretação é ampla demais, acabam por perder força, porque fica difícil diferenciarmos qualquer mérito de qualidade do resultado final. A cocriação fica muito mais focada no leitor do que em quem escreve.

    Isso dito, entendo que a imagem já foca um tanto o significado do conto, o que soma ao demérito justamente porque cria essa dependência. Vamos do extremo da interpretação aberta para se não algo fechado, algo restrito.

    Dentro disso, o conto parece trafegar em questões de identidade, tecnologia, redes sociais e do vazio que pode existir nisso. Seja a questão entrando em falta de conteúdo real, em vida por aparências, ou mesmo em um suicídio (real ou filosófico), como apontaram alguns colegas, há alguns méritos interessantes… mas a brevidade em vez de colaborar com o caminho, acaba por simplificar o que poderia ser uma discussão mais rica.

    Reforço: achei tecnicamente interessante, mas não foi algo que funcionou para mim.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Rodrigo!

      “A diferença entre olhar e ver é a mesma que existe entre escutar e ouvir,” ecoou lá nos pampas e poucos sentiram.

      Muitos, talvez não saibam, mas, para quem escreve, há outras formas de liberdade além da morte.

      Ghostwriter

  43. geraldo trombin
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    O conto reverberou a sua intenção: criar polêmica dizendo quase nada, e subentendo – deixando em aberto – quase tudo. Acredito que cumpriu o seu papel. Parabéns e Boa sorte.

    • Ghostwriter
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Geraldo!

      “O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulha.” Foi o que ouvi, certa vez, na França e assino embaixo.

      Ajustemos nossos equipamentos de mergulho e continuemos a buscar pérolas na literatura.

      Ghostwriter

  44. Fabiano Dexter
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Li. Reli. Li mais uma vez e confesso que fiquei um pouco perdido.

    Gostei do modo como foram usadas as palavras e do minimalismo do conto, do modo como deixa aberto a muitas interpretações.
    Por outro lado poderia usar um pouco mais de palavras, guiar o leitor um pouco mais pelo caminho que deveria seguir.
    Usei a imagem na minha interpretação e entendi que em um mundo hoje, tão real quanto virtual, o protagonista teve a sua vida eternizada, mas apenas ecoando as suas criações, sem um reconhecimento real.

    • Ghostwritter
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwritter

      Olá, Fábio!

      Você está indo muito bem pelo caminho do sucesso hodierno. Se unir o recurso da imagem com o autor e também cidadão do mundo, o micro conto será luz em todos os touch screens.

      Ghostwritter.

  45. Thiago Amaral Oliveira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Olá!

    É sempre perigoso deixar as coisas abertas demais. Eu mesmo costumo deixar várias coisas bem subentendidas, para não pecar no óbvio e para não tratar o leitor como idiota. No fim, muita gente não gosta dos contos porque não expliquei o suficiente. No fim, cabe ao autor refletir se está ssatisfeito com o resultado tanto do conto quanto da percepção que os outros tem dele.

    Esse conto especificamente corre também esse risco. Temos que buscar dicas no título, no pseudônimo, na imagem, para decifrarmos o que as palavras não são suficientes para nos contar. Claro, como disse antes, isso não é necessariamente um demérito. Depende das intenções da autoria.

    Mas aí, a autoria deve estar disposta a ver interpretações das mais diversas, inclusive desistências frustradas reclamando que o conto é simplesmente sem significado. Faz parte.

    No meu caso, o conjunto de elementos me fez pensar em tecnologia. A repetição do primeiro parágrafo me lembrou de “fitter, happier” do Radiohead, onde uma voz robótica repete chavões positivos de uma vida com qualidade. A segunda parte me sugeriu essa repetição tocando ad infinitum pela casa, e me fez associar com o fato de que a tecnologia hoje nos propicia ficar presos em bolhas que repetem as mensagens que queremos acreditar, e nos conectar com pessoas que pensam o mesmo que nós. Assim, o título, “cidadão do mundo”, é bastante irônico, já que o conto nos dá impressão tão forte de isolamento. Lendo os comentários dos colegas, faz muito sentido a ideia do suicídio, sugerindo algum influencer que não acreditava nas coisas que pregava. Acho bem provável que seja sobre isso, aliás.

    De qualquer forma, posso dizer que o conto oferece o suficiente para SUGERIR ideias impactantes e reflexões. Pra mim, fica mais para o lado com conteúdo interessante do espectro, em oposição ao conto que joga ideias sem conexão para ser obscuro e taxado por inteligente. Espero ter acertado nessa percepção.

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Thiago!

      Sofrer sem se queixar é a única lição que se deve aprender nesta vida” disse alguém antes de o mundo reconhecê-lo mesmo sem a orelha.

      Como continuo nos braços do mundo e, ainda com as orelhas, a concisão me serve como companheira diante de um mar de ilustres desconhecidos.

      Ghostwriter

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Thiago!

      “Nenhuma grande descoberta foi feita sem um palpite ousado” Ouvi isto de um devorador de maçãs e, desde então, tudo tornou-se relativo.

      Inclusive o impacto do fruto, mesmo que mordido, numa sociedade de almas interligadas até que a vida chame de volta para a realidade.

      Ghostwriter

  46. cyro fernandes
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto breve e que nos deixa reflexivos.

    Como não consegui depreender totalmente a mensagem , considero como uma obra totalmente aberta, deixando margem para ter um grande final ou então um tanto dúbio se considerarmos o título.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Cyro!

      “Ser ou não ser eis a questão.” Esta verdade, vinda direta das entranhas da Grã-Bretanha ainda nos assombra quando nos vemos nos silêncios das grandes cidades.

      Ghostwriter

  47. antoniosodre
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    O texto é conciso, traz uma mensagem relavante e tem o mérito de ter um final que permite diferentes interpretações. Quando falamos de miniconto, tamanho não é documento.

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Antonio!

      “Eu faço da dificuldade a minha motivação”,

      Foi isto que colhi do mar de Santos e, até hoje, uso para surfar na rede e suas multifacetadas letras.

      Ghostwriter

  48. bdomanoski
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Parece que eu interpretei ligeiramente diferente do restante das pessoas. Eu imaginei que ele saiu de casa pra uma viagem ou algo do tipo, deixando apenas um eco pra trás. Não vi morte. Mas depois de ler uns comentários, parece que faz mais sentido ele ter deixado este plano existencial,. e não apenas ter se escafedido viajando. “Você é forte. Você é querido. Você é belo.”, sei lá, pra mim isso não significou nada. QUal a ligação disto com o restante do desfecho? Se ele tinha autoestima boa, porque teria se auto apagado? Não casou. Não entendi. Mas queria saber se o autor(a) possui uma explicação. Espero que em algum momento possa explicar melhor. Ou pode achar que não é necessário, está ok também. Edit: após ler o comentário do Luis, vi algum sentido. Essas frases podem ser de outras pessoas direcionadas ao personagem principal, nesse caso, faltou pelo menos um travessão pra eu conseguir ter visualizado sozinha, não sei. =

    • bdomanoski
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de bdomanoski

      *Edit: após ler o comentário do Givago** não percebi direito de quem roubei a interpretação.

      • Ghostwriter
        20 de janeiro de 2025
        Avatar de Ghostwriter

        Olá, Bdomanoski!

        “Quem ouve música, sente sua solidão de repente povoada.”

        Na maioria das vezes, nossa melhor companhia é o espelho e seus ecos.

        Ghostwriter

  49. Evelyn Postali
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Sinistro.

    É curto, mas impactante. A casa está vazia – há um vazio, aí, um lugar abandonado. É uma metáfora para a solidão que eterniza memórias e sentimentos e alastra o eco. Palavras afirmando uma presença em uma cadência quase ritualística. Associando o micro a imagem escolhida para representá-lo, minha interpretação foi para o lado da ficção científica. As palavras “forte”, “querido” e “belo” são a fala de um ser artificial, um robô, ou androide, talvez, em um mundo ideal, em um mundo de avanços científicos, uma realidade para muito, muito além do agora. A “eternidade” é a imortalidade. Mas há a ausência do humano, esse vazio que alastra o eco. De arrepiar. Por isso, é sinistro. Nesse contexto, onde está a humanidade? Onde está o homem? Talvez inexistente, porque a individualidade se dissolve no mundo tecnológico. É tudo superficial, tudo fantasia. O que é mostrado, pegando um exemplo bem simples, nas redes sociais nem sempre é você. Muitas vezes, é o que você quer que os outros vejam de você, até você desaparecer como indivíduo e se tornar só uma imagem em uma tela.

    E esse microconto é sombrio nesse sentido. Há um espaço vazio ecoando esse mantra de “forte”, “belo” e “querido”, mas não há, de verdade, um ser aí, não há um alguém, não há o humano.

    Mas enfim… reflexões doidas minhas, aqui, num final de domingo. Amei esse micro!

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Evelyn!

      “O homem é o lobo do homem”

      Nesta época, não importa mais se somos humanos ou máquinas: a dicotomia entre fama e anonimato devora, lentamente, tudo para saciar os algoritmos.

      Ghostwriter

    • Sílvio Vinhal
      21 de janeiro de 2025
      Avatar de Sílvio Vinhal

      Fantástica a sua interpretação. Não sei se quero ser amigo do autor (depois da sua interpretação, talvez até queira ser), porém, quero muito ser seu amigo e aprender com você.

      • Evelyn Postali
        21 de janeiro de 2025
        Avatar de Evelyn Postali

        Talvez possamos aprender juntos, então. Eu vim pela leitura, sim, mas, também, para aprender a escrever microcontos. Obrigada pelas palavras gentis. Espero ler seu micro em breve se estiver no desafio. Abraço!

  50. Raphael S. Pedro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Aqui eu destaco a ousadia ao entregar tão poucas palavras. Funcionou justamente por não acreditar que necessariamente tenhamos que deixar um fim explicito. Apesar do fim aberto, o texto entregou um sentimento forte.

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Raphael!

      “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.”

      Ás vezes, a única opção que temos é confrontar os próprios medos.

      Ghostwriter

  51. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Conto difícil!

    Bom, fala-se de um homem forte, belo e querido. Mas palavras são palavras, conta mais como a sentimos na nossa cabeça.
    O desfecho da morte deve ser principalmente interpretado como ele tirando a própria vida. Pode ser também um homem que se enxerga assim, porém acaba assassinado por alguém.
    Enfim, fica aberto, mas incrivelmente menos aberto do que outros contos aqui. Gostei da ousadia e do desafio de tentar dizer tanto em poucas palavras. Você conseguiu. Não direi agora se gostei ou não. Quando refletir melhor, volto aqui para contar. Boa sorte!

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Rangel!

      “Eu vivo luxuosamente no ostracismo.” Indicaram-me este sopro num escritório celeste.

      Agora, segredinho compartilhado por todos os filhos e filhas da escrita: Se a mídia não abraça a causa, quem não é assim?

      Ghostwriter

  52. Thales Soares
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Senti que aqui não temos um conto, e nem sequer um microconto. Temos apenas uma imagem, como se fosse uma pintura, e uma… err… legenda, para essa imagem. E a legenda diz:

    “Você é forte. Você é querido. Você é belo.

    E tornou-se eterno enquanto a casa alastrava o eco.”

    Ok. Seria esse o modo americano de ver a vida, mas de forma futurista? Parece aquelas propagandas do Tio Sam convocando soldados para a guerra. Ou será que esse seria uma espécie de coaching futurista, que tenta colocar na cabeça de seu cliente que ele é forte, querido e gostoso?

    Mas, em qualquer uma das minhas interpretações… ainda não consegui entender a segunda linha. O que tem a ver a casa e o eco?

    Enfim… a única conclusão que cheguei é que este microconto não é para mim. Ele certamente não estará na minha lista de favoritos, desculpe.

    Boa sorte no desafio.

    • Givago Domingues Thimoti
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Givago Domingues Thimoti

      A casa e o eco seria a analogia para o suicídio, o som do corpo caindo e batendo no chão

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Thales!

      “Vende-se sapatinhos de bebê nunca usados.” Confesso que também achei totalmente estranho quando li pela primeira vez. Soou como mais uma extravagância desgarrada do Warhol ou outro desconhecido que só tem seu nome à mostra quando fura a bolha.

      C’est la vie.

      Ghostwriter

  53. Givago Domingues Thimoti
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    Cidadão do Mundo (Ghostwriter)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita.  Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Personagem comete suicídio após o fim do setembro amarelo (OK, a última parte eu tirei das vozes da minha cabeça).

    Ø  Utilização do espaço permitido

    Eis um autêntico microconto, pelo menos em tamanho (Ou seria nano?). 18 palavras. Considerando que nesse aspecto, avalio se o espaço de palavras utilizado foi o suficiente, ou se deixou alguma ponta solta etc…, esse microconto me coloca já numa posição espinhenta logo de cara. Bom, ele é tão curto e deixa muita responsabilidade para o leitor interpretar e concluir o que se passou.

    De positivo, acho que o autor/ a autora foi feliz em passar para o leitor alguns pontos-base da narrativa que criou. Por outro lado, de negativo, eu achei que ficou curto demais. A sensação que tive, ao final, foi a de ler uma dessas frases prontas de efeito. Veja, o microconto ele precisa desse clímax, desse tempero (por assim dizer) para impactar. Mas quando ele fica curto demais, sem desenvolver, provoca essa sensação de frase pronta de efeito.

    Ø  Subtexto:

    Desafios de microcontos, dentro do contexto do EC, sempre trazem gratas surpresas para a literatura em termos de criatividade. E provocam o leitor a sair do lugar comum dele.

    Nesse conto em específico, o subtexto está em dois elementos. (i) Nas três primeiras frases, muito comuns no setembro amarelo, em mensagens soltas e genéricas. Para mim, a impressão que ficou é o vazio dessas mensagens positivas diante de um grave caso de depressão, que culmina com o personagem cometendo o suicídio. (ii) A imagem resume um pouco o quão integrado à rede mundial de internet é o ser humano. Logo, por isso que conclui essas mensagens de positividade soltas foram uma das últimas coisas que o protagonista viu antes de se matar.

    Portanto, subtexto, muito bom! Parabéns! É interessante como os microcontos no EC são intermodais, por assim dizer, articulando o texto, a imagem, o pseudônimo para nos passar a narrativa.

    Ø  Escrita:

    Não há muito o que se falar aqui. Correto gramaticalmente.

    Ø  Impacto:

    Muito bom (pelo menos em termos de subtexto)! É um microconto que instiga o leitor a ler nas entrelinhas. Contudo, peca por não utilizar tão bem o espaço, deixando uma forte sensação de frase de efeito pronta.

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Givago!

      “Você nunca achará o arco-íris, se você estiver olhando para baixo.” Confessou-me um palhaço.

      De certo modo, todos já estamos mortos. A diferença está no tempo para abrirmos os olhos .

      Como micro contos são mistérios, campeio pistas em todos os ângulos.

      Ghostwriter

  54. Luis Guilherme Banzi Florido
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa/tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curve e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: difícil esse.. acho que: “homem tenta se sentir bem na sociedade globalizada, mas, sendo apenas mais um produto da massificação, se suicida. Acertei?

    Microsensações: esse é um daqueles contos super ousados, que podem tanto ficam incríveis quanto confusos e pouco impactantes. Acho que o seu ficou no meio do caminho. Eu precisei reler algumas vezes, o que não é um problema, dado que são apenas 20 palavras ou algo assim, e tive que pensar e repensar. Nessas releituras, tive várias interpretações, até chegar na interpretação final: o cara tentava se convencer das ideias de auto empoderamento do mundo globalizado, mas ao mesmo tempo se sentia vazio e insignificante nesse mundo. Deu um tiro na cabeça, e o tiro ecoou pela casa.

    O fato de seu conto ter me levado a várias intepretações e me feito pensar é o que aproxima ele do incrível. Por outro lado, acho que a mensagem solta demais e tão dependente da minha própria interpretação diminuiu um pouco o impacto, não sei. Fiquei com sensações mistas. Ainda assim, uma experiência interessante, quase como resolver um puzzle.

    Impacto:

    Micro

    Médio –> podia ser maior, mas ainda assim é um impacto relevante.

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: bom, são somente 20 palavras e me deixou pensando e interpretando por um tempo, então acho que usou bem.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: me vi diante de um puzzle, as peças espalhadas e eu coçando a cabeça, com a cara de abobado e uma babinha escorrendo da boca. Montei as peças, mas continuo com a sensação de que entendi tudo errado.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Ghostwriter
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de Ghostwriter

      Olá, Luís!

      “Ás vezes, acredito em até seis coisas impossíveis antes do café da manhã.”

      Já tive esta conversa comigo em várias oportunidades e, sinceramente, acredito que é isto que motiva o coração e o dedos continuarem pulsando pelas palavras escritas.

      Ghostwriter

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .