EntreContos

Detox Literário.

Algumas pessoas tem um amigo como este – Conto (Cesare Ambrozzinni)

Era um típico dia de feriado onde as ruas ficaram vazias, o vento soprava forte varrendo as folhas das árvores que caíam, vira latas expunham meio palmo de língua para fora do focinho, e, ao observá-los de longe, tinha-se a impressão de que os caninos estavam rindo de alguma piada que acabara de ser contada, como se os melhores amigos do homem pudessem compreender nossas anedotas. Os passarinhos deram uma trégua em seus voos e procuravam desesperadamente por algum bebedouro natural. Foi nesse cenário deserto como cidade de faroeste que os amigos Rodrigo e Lupi resolveram dar uma volta pelo parque já que o mormaço na casa de ambos os expulsava assim como spray ‘Flit’ também o fazia depois de ser pulverizado em todo o lar.

A dupla conversava amenidades durante o caminho. Quando chegaram ao parque, perceberam que estava tão cheio que parecia que todo mundo tinha acionado também o famoso ‘Flit’ em suas respectivas casas. Não era incomum dar alguns passos sem esbarrar em alguém ou até mesmo ouvir de forma involuntária resquícios de conversa alheia. Nesse ínterim se escutava de tudo, desde conversa de aposentados que relembravam de forma saudosista a velha guarda; outros contavam quem havia tido um enfarte, ou até falecido; as jovens “cocotas” falavam sobre a última moda de vestidos decotados.

Os amigos davam uma volta na pista de cooper sem nenhum rumo definido e resolveram parar num canto mais sossegado. Sentaram-se naqueles bancos de concreto de praça que fora construído para aqueles jogadores de damas, no qual os banquinhos ficam dispostos a cada lado do quadrado. Foi sorte terem encontrado um vazio porque os demais estavam ocupados com gente fazendo piquenique, jogando cartas e até mesmo dançando em cima dela, coisa que não havia visto antes. “Ainda bem que a mesa é pesada e assim pode aguentar o peso de três ou quatro pessoas em cima dela” – pensou Lupi.

– Caraca, essa mulher é tão pesada que ela pode derrubar essa mesa… – disse Rodrigo absolvido pela estranha cena que estava diante de si.

Saindo do seu estado de concentração, Rodrigo lembra que André – um amigo em comum – vai dar um churrasco na casa de praia dele…

– E daí? – respondeu Lupi indiferente

– Ah, se a gente tiver de bobeira por aqui que tal a gente dá um chego lá?

– pode ser….mas só vou depois de ter começado…sabe como é o André, né?!

André era considerado por muitos um cara muito gente fina onde sua finesse era inversamente proporcional a sua atenção, pois era uma pessoa um pouco desligada. No último churrasco que deu ele havia convidado alguns de seus colegas e amigos, mas esqueceu de comprar a carne e as bebidas. Os primeiros convidados é quem tiveram que arcar com a festa, pois o anfitrião estava ainda preparando a casa quando Rodrigo e Lupi haviam sido os primeiros a chegar só pensando em “abrir os trabalhos”. Resultado: Prejuízo de R$ 250,00 para cada um, despesa esta que não estava programada. Seria constrangedor dizer não ao amigo André, já ele que é tão gente boa com todo mundo, tem um jeito sedutor e uma capacidade incrível de lhe dar com as pessoas. Até cogitaram ele ser vereador nas eleições, pois facilmente seria eleito porque uma das coisas que mais faz é apertar mãos.

Enquanto debatiam se iam ou não a este churrasco, cogitaram a chegar por último e planejavam ser os primeiros a ir embora porque geralmente os últimos a saírem corriam o risco de limpar toda a bagunça, e os amigos queriam mesmo é aproveitar. Estavam ainda levantando os prós e contras quando subitamente se aproximam duas moças. À primeira vista Lupi pensou que elas queriam pedir alguma informação, como perguntar as horas ou saber onde era a parada de ônibus. Mas não foi isso. Elas se aproximaram decididamente como se conhecessem, e segundo, porque eram bem atraentes. Lupi ficou surpreso porque o parque estava cheio e elas poderiam pedir esta informação a qualquer pessoa, inclusive aos idosos, que, em alguns casos, pode até dar o dinheiro da passagem, se perguntar onde é a parada de ônibus. “Ué, será que estou usando aquele desodorante do comercial da TV, que, quando você usa atrai a mulherada, como mel atrai moscas?!”, pensou Lupi, o mais cético.

Lupi não se lembrou das primeiras palavras que foram ditas pois seus olhos pararam na moça de quadris de violão e um cintilante olhos verdes que naquele dia ensolarado brilhavam intensamente, parecendo que mudava de tonalidade de verde à medida que o sol se deslocava no horizonte. Por um momento ele compreendeu um pouco sobre o que é a teoria da relatividade. Aqueles segundos de contemplação pareceram bem maior do que foram no relógio. O melhor, para o admirador, é que a moça parecia estar gostando de ser contemplada, como um monumento sagrado recebendo a visita de um devoto fiel. Rodrigo percebendo então o amigo hipnotizado tratou de puxar as rédeas da conversa. Então estala os dedos na frente do amigo, que o olha com surpresa e susto, um olhar de quem denuncia que não deveria ter quebrado aquele momento mágico. Lupi ficou enrubescido, tinha sido desmascarado.

– …e este é o Lupercínio….vulgo Lupi…

– Lupercínio?! que nome …..diferente… – disse Sheila, a garota dos olhos cintilantes.

– …mas a gente chama ele de Lupi… – completou Rodrigo… – Lupi…Lupi…

– é… – respondeu meio sem jeito.

– É       que    a    mãe    dele    era    fã    daquele    cantor   Lupercínio   Rodrigues…

– Nunca ouvi falar – respondeu Carol, a garota que estava com Sheila…

– Também deveras…ele era da época do gramofone…

– Puta que pariu – pensou Lupi. Mas porque minha mãe teve que gostar de um cantor com um nome um tanto quanto exótico?!que ela gostasse, mas pôr o meu nome com o dele, ela não imagina o que passei na escola. Que pusesse Orlando (Silva), Noel (Rosa), Ataúfo (Alves), opâ, melhor parar por aqui.

Todos riram. Lupi ainda estava um pouco envergonhado do seu nome e procurando se situar e entrar na conversa. Claro, já tinha conversado com beldades antes, mas nunca tinha acontecido uma situação como aquela em que uma se aproxima de forma espontânea, decidida, como se fosse uma caçadora que achara sua presa. Num dado momento da conversa Sheila olha para Lupi e pergunta: “Você deve ter sofrido algumas brincadeiras por causa do seu nome, não é ?!”. A pergunta o atingiu em cheio. Ele arregalou os olhos e chegou até ficar emocionado. “Nossa, ela me entende!”. Esse momento também mudou um pouco a percepção de tempo do falso cantor. Para disfarçar, ele sacode a cabeça levemente, porque não queria demonstrar que tinha ficado eufórico.

Lupi não conseguia disfarçar o seu encanto em relação à Sheila que tinha ofuscado totalmente Carol, que não era feia, ao contrário, também era um ‘pitelzinho’, mas não era só a beleza que estava encantando-o. Tudo na moça que o seduzia: seu jeito de olhar, sua voz doce como uma suave melodia, seu sorriso simpático e acolhedor. Rodrigo que conhecia bem o amigo havia percebido a atração. O momento alto do dia foi quando o pé da garota roçou ‘sem querer’ na perna de Lupi. Naquele instante desejou que este momento se repetisse por mais vezes e ela mais uma vez distorceu o tempo. Para Rodrigo este incidente era ambíguo, poderia ter sido sem querer, mas não para Lupi. Era como se fosse um sinal verde, uma confirmação, bem discreta certamente, que o interesse dela era real e recíproco.

Einstein já havia dito que o tempo é relativo. Este encontro no parque, para Lupercínio, era a prova disso. Sentiu sua distorção por três vezes num único dia, em questão de horas. Quando o quarteto deu por si, já era noite. O sol já se punha, e os contra alísios sopravam de volta para o oceano. O parque foi esvaziando à medida que o relógio andava. A conversa estava tão interessante que não perceberam quando foram abordados pelos guardas do parque avisando que já iam fechar. Então eles acompanharam os vigilantes que os conduziram para fora, passando o cadeado no portão e apagando as últimas luzes acessas.

– Vocês duas querem que a gente leve vocês em casa? – perguntou Rodrigo solicito.

– não, pode deixar que a gente pega um táxi. – respondeu Carol.

Seria cômico se elas aceitassem pois quando deu por si Lupi percebeu que mal tinha dinheiro para a pipoca, imagine levá-las de táxi…chegando à casa delas teria que pedir dinheiro emprestado para poderem voltar. Então percebeu que o táxi das meninas já estava vindo buscá-las e, assim que chegou, as meninas logo entraram  e  o  veículo  partiu  pois  já  passava  das  onze  da  noite.

Lupercínio viu seu sonho, seu devaneio indo embora e chegou a correr alguns metros atrás do carro. Faltava pegar o telefone de Sheila! Ele não podia deixar seu anjo ir embora, se bem que os anjos costumam aparecer quando a gente reza para eles, mas ela é humana e teria que rezar muito para que aparecesse outra vez, sem um ao menos ter um encontro marcado. Não poderia deixar ela sair da sua vida da forma que tinha entrado. Era improvável se encontrarem ao acaso mais uma vez. Poderia fazer plantão no parque, mas quando ela apareceria lá novamente? seria loucura fazer plantão ali…. poderia até pedir um trabalho de vigilante, e estava fazendo algumas elucubrações quando então Rodrigo chama o amigo.

– Pô cara, eu estava ligado o tempo todo…eu vi que você ficou babando aquela mina o tempo todo…já ia ali no fraldário pedir um babador pra você…

Rodrigo explica que deu seu número a Carol…pelo menos é alguma coisa né?! A grande ‘sorte’ foi que no bolso da bermuda de Rodrigo havia um papel com seu número de telefone. Na hora ele não se lembrava como aquilo fora parar ali, só depois foi que se recordou que havia criado o hábito de preencher os papeizinhos e deixar no bolso para situações como aquela. Só sua mãe e sua irmã não gostavam da estratégia pois após as farras dele o telefone às vezes não parava de tocar em sua residência.

– A Carol?! Mas eu quero é da Sheila… – Lupi falava compulsivamente – Pô, e se elas não ligarem?! – reclamou Lupi ainda inconformado. Sabia que sua situação era de vulnerabilidade e preferia ter o controle da mesma.

– Calma cara…geralmente elas ligam…

– E se por acaso ela perder seu número? se ela acidentalmente queimar o papel ou voar pela janela? ela ainda pode riscar ou até mesmo rasgar e aí adeus – reclamava Lupi…

– Tá…tá…sabe que você faz? vai na polícia e pede pra fazer o retrato falado dela…depois tu distribui o cartaz pela cidade, coloca seu fone e pronto…quem sabe ela não te liga assim.  ou então, deixa seu número num outdoor e pede para ela ligar… coloca assim ‘Sheila, liga para mim. Meu fone é o 3266-0575 – Lupi’; se ela não te ligar te garanto que você vai receber um monte de telefonemas… – disse Rodrigo procurando descontrair.

Acabou o feriado e era preciso fazer a grande roda do mundo girar novamente. Uma multidão estava de volta às ruas. Parecia que todo mundo havia sido convocado a sair de suas casas, o trânsito voltou a ficar caótico, os passarinhos só eram percebidos no final da tarde e os amigos voltaram às suas atividades. Aquela agitação do dia a dia, aquele frenesi diário, fez com que novamente as pessoas acionassem o botão de ‘stand by‘ e fizessem as suas atividades quase de forma automática. Aquele feriado tinha sido diferente. Mas Lupi ainda não havia esquecido Sheila completamente. Talvez ela fosse como um desses furações que de vez em quando é noticiado nos telejornais, que vai embora tão rápido quanto chegou sem antes fazer um estrago danado. Talvez o próximo furacão venha a se chamar Sheila, se bem que ela não ‘teve tempo’ de causar-lhe nenhum dano, ainda.

Estava se aproximando do disputado churrasco na casa do André. Rodrigo liga para Lupi e o convence a ir. Argumenta que o amigo comum por ser popular pode conhecer tantas Sheilas e Carols quanto possível. Havia antes respondido rapidamente que não tiveram nenhuma novidade em relação às novas ‘amigas’. Lupi se resigna e aceita o convite embora esteja ainda um pouco cabisbaixo. Agora era só esperar. Não havia nada a fazer, só esperar o tempo passar. Neste meio tempo Lupi tenta não pensar em Sheila, mas a lembrança daqueles momentos não saía fácil de sua mente. Estava cabisbaixo, mais resignado.

Chega o esperado o final de semana. Rodrigo passa na casa de Lupi e os amigos vão à casa de Praia de André. Antes de passar na casa de Lupi, Rodrigo recebe uma ligação inesperada. Era Carol perguntando sobre o programa dele para o ‘weekend‘. Ele responde que vai dar um “rolê”. ‘Mas que diabos, ela vai me ligar logo agora que já estava de saída, quase não me pega em casa’ – pensou. Ele respondeu que está indo a um churrasco numa praia. A ligação estava ruim e havia um som chiado do outro lado, não deu para saber se ela tinha ouvido. Ele ainda esperou um pouco, se a ligação melhorava, mas o chamado ficou mudo e depois deu aquele som de ocupado. Esperou ainda uns 10 minutos para ver se ela ligaria novamente…não ligou. Que se dane! A gente está indo para um churrasco e lá deve ter uns vinte como Sheila e Carol. Pensou também em não comentar com Lupi pois do contrário o amigo faria plantão ao lado do telefone.

Quando chegaram à festa ficaram aliviados que não eram os primeiros a chegar, mas também não havia nenhum sinal que acabaria tão cedo. Rodrigo e Lupercínio cumprimentam o anfitrião que disse para eles se sentirem em casa.

– Vai chegar algumas pessoas ainda, inclusive umas menininhas que vou apresentar a vocês.

André estava com algumas pessoas que os amigos ainda não conheciam. “Parece festa do comitê do partido” – dispara Rodrigo. “Pois é, e parece que vai chegar mais gente. Será que a casa vai comportar todo mundo?” – Pergunta Lupi. Os amigos então se separam. Rodrigo se desvencilha de Lupi e vai dar um ‘rolé’ pela casa de praia, que tinha o formato de um quadrado e a festa acontecia em um dos lados, havendo umas outras pessoas espalhadas pelo quintal da casa e até mesmo dentro dela.

Lupi fica por ali perto do isopor e pega uma bebida. Vai bebericando sua lata e uma meia hora depois vai buscar outra. Estava sozinho sentado numa mesa com guarda sol, observando o movimento da festa. De vez em quando vinha alguém servir aperitivos. “Nossa, André deve estar nadando em dinheiro… ano passado quem pagou o churrasco fui eu e Rodrigo. Hoje tem até garçom…” – pensou. Estava retornando ao seu lugar de origem quando se assusta parecendo que tinha visto um vulto.

Rodrigo acabara de voltar do seu ‘rolé’ e vai para junto de Lupi.

– Cara, tu não vai acreditar quem eu vi!

– Quem?

– Sheila

– Nãoo…tú está de sacanagem… você agora além de não tirar a menina da cabeça passou         a                     vê-la   em             todos     os               lugares?!                       Pô…relaxa

– Cara, se não for ela é sua irmã gêmea…só que mais bonita…

– E cadê ela ?! – desafiou Rodrigo descrente.

– Acho que ela entrou na casa…vamos lá procurar por ela…

Os amigos que estavam no quintal da casa logo entraram no recinto mas não acharam a moça. Lupi retorna ao quintal e avista Rodrigo dizendo que também não havia encontrado ela. Foi buscar uma cerveja para os dois. Nesse momento Sheila aparece. Estava exuberante como na primeira vez. A diferença que agora ela estava com uma saia curta no qual deixava suas coxas salientes e bem torneada de fora. No momento que a viu Lupi ficara paralisado como se fora uma vítima do veneno de uma cascavel. Ficou imóvel ao mesmo tempo que seu coração parecia sair pela boca. A moça ainda não havia dado conta de sua presença. Perto dela havia um burburinho que, para Lupercínio, não importava. Nada mais importava. Parecia que ela estava na ribalta e que havia um feixe de luz sobre ela e tudo ao redor era escuridão. Mais uma vez ele perdia a noção do tempo.

– Lupi….Lupi.  Lupi…. – chamou três vezes André.

– ãh?! foi mal.…- respondi Lupi, ainda atordoado.

– Lupi, vem cá que quero te apresentar uma pessoa.

Lupercínio não estava querendo conhecer ninguém. Sua musa já estava ali e era isto que importava. Mas, de repente, André começou a conduzi-lo em direção à Sheila. Que coisa ridícula, ser apresentado a ela duas vezes, pensou. Só que desta vez ele procuraria pegar logo seu telefone, procuraria não se empolgar muito para não dar sinais da sua expectativa que teve de encontrá-la novamente. Não. Não faria nada disso. Por outro lado, não sabia que seu amigo André a conhecia. Ganhara mais pontos esta velha amizade, embora não se viam muito ultimamente. “Como o mundo é mesmo pequeno! Mais que feliz coincidência!” – Pensou. Como estava um pouco afastado, seu pensamento foi a velocidade da luz e procurou desculpas para sempre vir visitar o “Amigo vereador”. Agora tinha uma “ponte” direta para Sheila. A espera compensou. Começou a acreditar em destino. Procurou disfarçar seu nervosismo, a mão trêmula e gelada, as pernas bambas, o olhar de paspalho.

– Shirley, quero que você conheça Lupercínio, um dos meus grandes amigos. Na verdade Lupi estava tão concentrado em Sheila que não ouviu o amigo falando direito.

– Lupercínio, esta aqui é Shirley, minha namorada.

Agora o tempo tinha parado para Lupercínio, que ficou paralisado como as estátuas em Pompeia, boquiaberto, sem saber o que fazer, falar, se piscava, a abraçava ou saia dali, correndo ou andando de vagarinho. Não teve certeza se o nome era aquele mesmo que acabara de ouvir. Lupercínio teve uma outra noção de tempo, mais uma.

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Obs: Esta é uma estória baseada em fatos reais e aconteceu em meados do começo da década de 1990, numa capital litorânea do Brasil.

6 comentários em “Algumas pessoas tem um amigo como este – Conto (Cesare Ambrozzinni)

  1. Gustavo Araujo
    20 de outubro de 2024
    Avatar de Gustavo Araujo

    Terei prazer em comentar este conto tão logo o autor deixe suas impressões nos demais textos do site. Ou terei a desagradável tarefa de excluí-lo, caso isso não ocorra… É que o Entre Contos opera na base do mutualismo, da via de mão dupla. Dar e receber devem andar juntos. Do contrário, não tem como funcionar.

  2. Antonio Stegues Batista
    20 de outubro de 2024
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Bom dia Cesare. Gostei do conto, você começou bem fazendo a descrição do ambiente. Destaco um errinho na palavra absolvido, que significa julgado inocente, o certo é absorto, que significa distraído. Me parece que você tem mais de 40 anos. Eu tenho 79 anos e reconheci alguns termos dos anos 60/70 embora a historia se passa em 1990. Parabéns.

  3. ambrozzinni
    17 de outubro de 2024
    Avatar de ambrozzinni

    Oi Givago ( o nome é por conta do filme?)

    Sim, meu ponto fraco é este e espero que em futuros contos possa melhorar.

    Serei mais atento a isto. A ansiedade falou mais alto. A dica do Chat Gpt foi muito boa.

    Não fiquei desanimado com seu comentário, pois de uma certa forma eu já tenho esta consciência.

    E obrigado pelas boas vindas.

    Vamos trocar mais ideias sim.

    Vou tentar reupá-lo.

    Valeu!

  4. Kelly Hatanaka
    17 de outubro de 2024
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Olá, Cesare Ambrozzinni.

    Pseudônimo de jogador de futebol italiano. Sei nada de futebol, mas acho que é. Os boleiros do grupo me corrigirão.

    Um conto com uma premissa interessante: um desencontro amoroso e suas coincidências.

    Uma pena a falta de revisão. O título já tem um errinho: “tem” em lugar de “têm”. Ao longo do texto pequenos erros desviam a atenção da trama. Vírgulas sobrando e faltando, “onde” sendo usado fora do contexto de lugar, “aquele” e “daquele” se repetem. Normalmente, comento textos como leitora, porque não acho que eu tenha competência para uma análise mais profunda. E, como leitora, esses errinhos incomodam, tornam a leitura difícil.

    Escrever é o de menos. O importante mesmo é reescrever.

    Gostei da história, a ideia é divertida. Acho que uma revisão caprichada, uma releitura atenta e uma reescrita feroz beneficiariam o resultado final.

    Kelly

    • ambrozzinni
      17 de outubro de 2024
      Avatar de ambrozzinni

      Oi Kelly, A ansiedade foi mais ligeira que o capricho.

      No próximo conto, serei mais atento a isto.

      O pseudônimo foi sim inspirado no Campeonato Italiano de Futebol. Boa observação.

      Agradeço a dica. Vou ver se agora, com meu word funcionando normalmente, é possível a repostagem.

      Grato!

  5. Givago Thimoti
    17 de outubro de 2024
    Avatar de Givago Thimoti

    Ooi, Cesare! Seja bem-vindo ao Desafio EntreContos! Tudo bem?

    Meu comentário talvez seja duro, mas darei meu melhor para que seja construtivo e que, no final da leitura, contribua para seu desenvolvimento.

    Num primeiro momento, senti que o seu conto precisa de uma grande revisão gramatical. E conforme você vai lendo, essa sensação se torna uma certeza. O título já vem com um errinho (“ter”, “ver”, quando flexionados na terceira pessoa do plural, são escritos com acento circunflexo na vogal). Sabe aquela coisa, a primeira impressão é a que fica? E esses errinhos bobos permeiam todo o conto. Falta de vírgulas, períodos enormes, palavras com grafias erradas…

    Isso prejudica a história? Num primeiro momento, não. A história em si, desconsiderando os erros gramaticais, é boa, interessante e simples. Não precisa de um grande rompante literário e artístico para cativar o leitor. A história de um talarico, apaixonado na namorada do amigo (sem saber que ela é namorada do amigo). Me lembrou bastante a música Bola Dividida.

    Contudo, como um colega aqui do grupo me disse, o Jorge Santos: revisão gramatical é fundamental! Quando lemos um conto, a expectativa que temos enquanto leitores é que o escritor tenha investido algum tempo fazendo revisão gramatical.  E aqui, nesse ponto, eu senti uma falta dessa revisão! Sendo bem sincero, foi um texto difícil de acompanhar.

    Então, de uma forma geral, para melhorar esse conto, eu faria uma criteriosa correção gramatical, usaria mão do Chat GPT para indicar quais são os erros. Leia em voz alta, peça ajuda para alguém ler seu conto, peça opinião. Destaco que é bastante necessário você evoluir nesse aspecto.

    E por fim, duas considerações: (i) leia e escreva. Leia autores e autoras que você gosta do estilo. Leia aqueles que você também não gosta. Tente escrever e reescrever. Pratique com coisas pequenas. O caminho da escrita é árduo, longo e tortuoso, mas também é um caminho muito prazeroso.

    (ii) por favor, não se desanime com o meu comentário. Meus contos estão aí para você ver, eu (nem ninguém nesse mundo) nasceu pronto. Eu melhorei bastante dentro do EntreContos (ainda que eu cometa por vezes mesmos erros gramaticais que apontei) a custo de muito tapa ardido. É na crítica construtiva que a gente cresce. Espero que você tenha paciência consigo mesmo!

    Qualquer coisa, estamos aqui pra trocar ideias!

    Seja bem vindo, Cesare!

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Informação

Publicado às 15 de outubro de 2024 por em Contos Off-Desafio e marcado .