Thales Soares

Uma minibiografia escrita por Luis Guilherme Banzi Florido

Eu conheço o Thales há muito tempo, uns 20 anos ou mais. Na primeira vez em que o encontrei, quando tínhamos uns 14 anos, eu o achei bem excêntrico, pra dizer o mínimo. Na época eu também já era bastante estranho e um tanto exótico, então nós nos demos bem imediatamente. É claro que nos mais de 20 anos de amizade esse sentimento foi crescendo, mas na época, a criatividade e inventividade dele já me chamavam atenção e me deixavam muito curioso sobre aquele menino estranho que amava histórias e coisas malucas de todo tipo.

Alguns anos mais tarde, provavelmente em 2012 ou 2013, o Thales me mandou um conto e falou algo como: “cara, tô participando de um desafio num grupo super louco de escritores, o tema é X e eu escrevi esse conto aqui que tá muito foda, acho que vou ganhar fácil, ein?”. O nome do conto era “Lua, Morte, Fantasma e Zumbi”. Eu devorei aquele conto, maravilhado com a capacidade de escritor de um dos meus melhores amigos, e pensei: “caramba, os caras desse tal de EntreContos não têm a menor chance! Que conto foda”. Pois é, o Thales realmente chamou atenção naquele desafio, em sua estreia no EC: ele ficou em último, entre umas 40 ou 50 pessoas.

Mas aí vem algo no Thales que eu sempre admirei, e que explica muito como ele chegou hoje ao topo do ranking: ele não tá nem aí. Ele não liga pro que os outros pensam, não se deixa desanimar pelas críticas e dificuldades (que não foram poucas, o cara conseguiu a façanha de ficar em último um monte de vezes), e continua acreditando em si mesmo e se esforçando. E por isso, quando ele me convidou pra um desafio do EC alguns meses depois, eu topei. Pensei que, se alguém foda como o Thales era o pior cara do EC, então esse era um grupo do qual valia a pena fazer parte e no qual eu podia aprender muito (eu também achei que ia ganhar meu primeiro desafio, e também tomei um balde de água fria, mas isso é papo pra outra hora).

Enfim, o Thales seguiu, ao longo de anos e anos, cultivando a criatividade dele, lendo muito, tendo ideias que eram tão malucas quanto geniais, mas, mais do que isso, melhorando a cada ano como escritor e artista no geral. Até que, em 2024, ele nos presenteou com alguns contos incríveis, como o conto do Gostosão (com o qual ele tentou, sem sucesso, emplacar um apelido para si próprio no grupo), e agora os 3 contos do desafio “Início, meio e fim” que o conduziram ao topo, lugar onde ele merece estar e pelo qual se esforçou muito e aguentou muita porrada ao longo dos anos. E eu, com esse texto, estou feliz em homenageá-lo e brindar sua vitória. Viva, Thales, o (autoproclamado) Gostosão do EC!

Ah, vale mencionar que, além de escritor, o Thales é matemático, dançarino, produtor e roteirista de jogos, especialista em IA, e uma fera no vídeo game e nos jogos de tabuleiro (nossa amizade só se equipara a nossa rivalidade em Mario Party, onde já tivemos embates épicos). Um artista completo.

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Blog: https://universodecontos.wordpress.com

Contato: thales.soares@gmail.com

Thales Soares foi o vencedor do Desafio Começo, Meio e Fim. Clique AQUI para outros textos escritos por ele.