EntreContos

Detox Literário.

Delírio Coletivo (Daniel Vianna)

Extra! Extra! Eles estão entre nós! Criaturas abomináveis vindas do espaço!

Extra! Extra! Eles estão entre nós! Criaturas abomináveis vindas do espaço!

Gritavam os garotos gêmeos que vendiam jornais costumeiramente na esquina, prestes a se desfazer rapidamente dos últimos exemplares. A cidade experimentava um delírio coletivo, com todos correndo para todos os lados. Carros desgovernados, saques em supermercados. Mas ninguém sabia ao certo o que de fato estava acontecendo.

O padre ficou calado, aguardando que o papa se manifestasse a respeito. O papa, por sua vez, deu um pronunciamento afirmando que ETs também são filhos de Deus.

– Acho que devemos nos preocupar, agora, com a construção de um resort, e talvez também seja necessária a liberação urgente de verba para a criação de um espaçoporto para que possamos receber melhor nossos amiguinhos do espaço.

Os olhares se dividiam entre repugnância, reflexão a respeito e espanto, diante da nítida ganância do vereador, expressa até mesmo num momento tão crítico.

Alguns sentiam terror; outros viam na ocasião a revelação e o final dos tempos; outros que se tratava do advento da Nova Era. As autoridades da cidade se encontraram no gabinete do prefeito. Todos queriam saber quem daria as boas vindas aos aliens. O juiz da cidade repentinamente apareceu vestindo um manto adornado de pedras preciosas e um gorro que lembrava os antigos pachás.

– Pois eu lhe dirigirei a palavra. – Afirmou em tom solene, cercado de seus secretários, todos com as mãosinhas no peito.

– Você? – respondeu o prefeito, sem disfarçar a indignação – Quem disse isso? Por que você? O que você tem de especial? Quem você pensa que é? Deus?!

Iniciou-se uma discussão. O prefeito, o líder da câmara de vereadores, o juiz, o delegado da cidade, o padre, todos envolvidos em um bate-boca pra lá de acalorado, que culminou com socos, chutes e pontapés.

Em algum canto da cidade, intrigado com toda a situação, Noah, repórter investigativo, resolveu agir com lucidez. A cidade poderia, de fato, estar sofrendo uma invasão extraterrena. Ou tudo não passaria de boatos, alucinações; ou de fraude por parte de alguma autoridade, com o intuito de embolsar mais recursos; ou, ainda, um ataque de falsa bandeira, como diriam alguns. O que, de fato, estaria ocorrendo?

Parou a bola, respirou e levantou a cabeça para enxergar o jogo. Pegou seu jipe e foi até os limites da cidade, onde disseram ter visto coisas estranhas acontecendo. O que encontraria pela frente? O Pé Grande? Chupacabras? Saci Pererê? Até que seria divertido encontrar um alien com tons brazucas, estava cheio de aliens hollywoodianos. Um saci seria muito bem vindo.

Saiu da cidade, da euforia coletiva, dos gritos, das corridas, da desordem. Lembrou-se da querida Hortência, heroína do basquete. O suor, o jogo corrido, a adrenalina e, na hora de lançar a bola no garrafão num lance de falta, parava tudo com aquele suspiro mágico, como se saísse do nível mental que envolvia a todos, como se saísse dali e de seu próprio corpo e se tornasse uma expectadora de tudo, para, com toda a calma e tranquilidade, enxergar o óbvio: bola e cesta.

Bola e cesta. Razão. Lógica. Aliens não existem, caramba! Aliens não existem! Há, certamente, uma explicação lógica para tudo. Todos deveriam voltar ao estado normal. Tudo tem explicação lógica!

O carro engasgou.

No meio do nada, o carro engasgou. Olhou em volta. Estava cercado pela mata. Nem uma viva alma entrando ou saindo daquela bendita cidade. Ninguém que pudesse lhe ajudar. E um calor maldito. Pensou se não poderia ventar um pouco, pelo menos.

E ventou.

Curioso. Estranho. Que coincidência! Gostaria de ter mais momentos assim. Resolveu que o vento não era forte o suficiente, e que deveria, ao menos, dissipar o calor.

E ventou mais forte.

Ok. Tudo bem. E que tal se chovesse um pouco?

Começou uma chuva de leve. Noah ficou muito intrigado. Olhou em volta para ver se, de repente, não estaria em algum estúdio de filmagem ou coisa parecida. Se, de repente, não se tratasse de alguma pegadinha.

– Não é uma pegadinha. – Disse uma voz.

Que voz era aquela? De onde veio? Quem estava falando? Ele era visto? Mas certamente não via quem lhe falava. Devia responder?

– Responda-me: O que você procura? – Continuou a voz.

Noah estava nitidamente receoso em responder, quando, de repente, um papagaio lhe apareceu e começou a falar consigo.

– Acha melhor assim? Que tal um papagaio? Pode me chamar de Zé Carioca, já que eu sei que você gostaria de uma coisa, digamos… Brazuca. É esse o termo, não?

– Sim. Brazuca. Mas, peraí, braço. Eu não bebi hoje e não tomo remédio.

– Apenas responda o que está procurando, a fim de que possamos dar continuidade ao assunto, braço.

Reconheceu o tom de reciprocidade e resolveu relaxar. Bola e cesta. Agir com naturalidade. Acalmar-se diante de situações aparentemente inexplicáveis. Arte do jogo. Hortência. Relaxou a musculatura e começou a falar mais à vontade com o papagaio ou o que quer que ele representasse ali, naquele momento.

– É o seguinte, gente boa. Por um acaso você teria visto um alien por aí? – Olhou bem para os grandes olhos de Zé Carioca e tentou se manter lúcido, mas pensou: ‘Porra, o que é que eu estou fazendo?’ – Quando a criatura lhe respondeu:

– Não. Eu não vi nenhuma criatura desse tipo, braço.

– Eh… Tudo bem, mas, com todo o respeito. Eu já vi papagaios treinados para falar algo além do Louro, ou repetir o nome, e até mesmo dizer algumas gracinhas, mas, um papagaio tão articulado e que raciocina para dar respostas, sinceramente, o que tá acontecendo aqui?

Nesse momento, o papagaio levantou voo e a mesma voz ecoou de outro lado. Noah virou-se e deu de cara com um cavalo, que passou a lhe falar:

– Eu sou A Bolha.

Processou mentalmente e decidiu tentar, mais uma vez, a hipótese da pegadinha. Mas isso seria improvável, ao menos por ora. Afinal, todos estavam cientes e preocupados com os eventos que ocorriam na cidade. Ninguém estava a fim de brincadeiras. Compreendeu, então, que talvez fosse isso o que de fato teriam presenciado. Talvez algum animal falando à noite. Mas, não era um animal. Era A Bolha. Voltou à estratégia de bola e cesta. Resolveu dialogar com aquele ser estranho.

– Como assim A Bolha? O que é A Bolha? O que ou quem é você? Isso é algum tipo de brincadeira?

– Longe disso. Estou aqui para levar o que é meu por direito.

– E o que é teu?

– Viu que usei um papagaio?

– Sim.

– E agora um cavalo?

– Sim, estou vendo.

O cavalo se foi, e a voz voltou a lhe dirigir a palavra. Teve alguma dificuldade em identificar a fonte.

– Aqui.

– Aqui onde?

– Do teu lado.

Virou-se e viu uma orquídea. Olhou bem para ela para ter certeza que era dali.

– Sim, é aqui. Sou eu de novo.

– Você agora é uma orquídea.

– Sim.

– O que é isso?

– Um tipo de polimorfismo.

– Tudo bem, e o que isso significa? Você vai levar o cavalo, o papagaio e a orquídea? Vai levar o quê e para onde?

– Na verdade, não levarei estes, mas seres humanos cuja inteligência está próxima do bestial. Levarei as bestas desta terra. Refiro-me aos amebianos.

– Amebianos?

– Seres que usam sua capacidade intelectual muito abaixo do nível mínimo.

– E o que acontecerá com eles?

– Serão destruídos. – A Bolha observou o olhar preocupado de Noah – Não se preocupe. Você certamente não é um deles.

– Que bom. Na verdade, eu até que to curtindo esse papo. Há muito tempo que não tenho uma conversa tão… digamos… normal, inteligível.

– É. A maioria só conversa acerca de bobagens e age de modo tão irracional, não é mesmo?

– É.

– Se você resolver conversar sobre algo mais avançado é posto de lado.

– Isso.

– Se falar de ciências, então… puff. Sofre bullying. É essa a palavra que vocês usam, não é mesmo? Eu preferia ostracismo.

– Sim. Eh…

– Entendeu onde quero chegar.

– Sim.

– Pois é. Eu viajo pelo espaço destruindo tudo aquilo que não faz uso de ao menos uma pequena parcela de sua inteligência mínima. Não precisa ser muito, eu disse o mínimo.

– Tipo os reservatórios de água de São Paulo.

– Não tão mínimo. Aqui, apenas aqueles que usam seu cérebro com a dignidade de seres humanos, inteligíveis, que pensam por si sós e usam suas cabeças de forma racional e com propósito, apenas estes eu deixarei viver. Os demais, digo os amebianos, causam desequilíbrio no universo. Eles precisam ser aniquilados.

– Que massa! Nunca pensei que fosse tão show conversar com orquídeas. Eu já tomei chá de cogumelos certa vez, uma vez só. Mas, eu não conversei com cogumelos.

– Tudo bem, vamos pular essa parte. Ainda assim você não é um daqueles que vim carregar.

– Caramba. E você se transforma em tudo o que está aqui?

– Na verdade, não. Ocupo uma área geográfica, geralmente toda a área em que se encontra a população condenada. Fixo-me a todas aquelas bestas e, então, eu as destruo.

– Destrói?

– Sim. Queimo, afogo, posso arrebatar para o fundo da terra. Coisas do tipo.

– Os amebianos?

– As bestas humanas.

– Que trabalheira, hein?

– Ô!

– E você pretende fazer isso no mundo todo?

– Aos poucos.

– Uau! Mas e os outros? Digo, os não amebianos?

– Herdarão a Terra.

Noah coçou a cabeça e, de repente, viu-se pensando em todas as pessoas da cidade em que vivia. Pensou particularmente naqueles de quem gostava. Preocupou-se com eles.

– Diga-me uma coisa: Você afirmou que não destruiria a todos, não é mesmo?

– Não. Apenas os amebianos.

– Mas e os outros que estiverem na cidade? Há riscos para eles?

– Nenhum.

Agora, pôs-se a pensar na ética do trato que acabava de fazer ali. Afinal, estava concordando com o plano do alienígena? Seria correto classificá-lo como um comparsa de um crime psicótico? A dizimação de milhares de pessoas? Isso não seria uma forma de eugenia nazi-fascista? Por mais imbecil que fosse a maioria, todos, afinal, não teriam direito a rever seus atos? A uma nova chance? Não sabia bem o que fazer, já que sentiu que o tempo era muito curto e que os eventos se dariam de modo irreversível e dificilmente seriam impedidos. Quem poderia conter A Bolha? Decidiu se despedir, e compreendeu que talvez ainda desse tempo de convencer os homens a serem mais dignos. Essa seria a única forma de evitar a destruição total e lamentável. A questão seria o tempo. Numa última tentativa, voltou-se para A Bolha, ainda que achasse seu gesto inocente e arriscado.

– E se eu os convencesse?

– A quê?

– A se tornarem pessoas mais dignas, lúcidas, sérias, preocupadas em fazer o que é certo, com senso de justiça e civilidade.

– Pense bem no que está me propondo.

Parou e pensou. Mais uma vez, bola e cesta. Pôs os pés no chão. A Bolha tinha razão. Jesus Cristo, Buda, Gandhi já tinham tentado, não era ele quem iria conseguir.

– Tudo bem, mas eu gostaria de não ver isso.

– O tempo urge. Não posso mais esperar.

– Preciso voltar para a cidade e pegar minhas coisas.

– Corra. Estarei chegando em breve. Tomarei a forma de um disco voador nos céus. Quando você ouvir aquela música de que tanto gosta e que te faz pensar na vida, saberá que o tempo acabou.

Noah não perdeu tempo. Não sabia qual era a música, não tinha cabeça para pensar nisso agora, mas certamente se recordaria na hora.

– E meu jipe?

O motor imediatamente voltou a funcionar. Pisou fundo e voltou para a cidade.

Chegou à cidade. O juiz da cidade vestia roupas engraçadas e discursava diante de repórteres. Tinha conseguido uma liminar junto ao Tribunal Superior que lhe concedia direitos de se reportar aos alienígenas. Em segundo plano, em verdade, já que o próprio Ministro da Justiça resolveu comparecer ao evento. Provavelmente vestiria trajes ainda mais suntuosos. O Prefeito também participaria do evento, e já tinha mandado cunharem uma placa comemorativa em que se dizia que em seu governo é que tal contato foi feito, e que nunca antes na história daquela cidade algo do tipo tinha se sucedido.

Noah correu. Olhou para a multidão enlouquecida. Todos participavam de uma festa coletiva. Pão e divertimento. Caos e desordem. As pessoas riam com toda a falta de discernimento que lhes era própria, e algo mais que isso. Embriagavam-se, gritavam e pulavam nas ruas. Soltavam fogos, eufóricas.

Finalmente, uma imagem começava a se formar nas nuvens, ao som de In the Light, do Led Zepelin. E todos os olhos se voltaram para os céus, maravilhados. Um hippie de butique, entusiasmado, falou:

– Eu sabia que Jimmy Page era um deles, cara! Eu sabia, eu sempre soube.

No que outro hippie de butique, indignado, respondeu:

– Ai, ai, ai, eu sou mais um fã do Jimmy Page. – Falou com as mãosinhas na cadeira, afinando a voz e dando meia requebrada, para, depois, prosseguir. – Hey, cara! Pro teu governo, In the Light é toda do John Paul Jones. Jimmy Page quase nem aparece nessa música.

E, assim, e provavelmente com toda a razão, iniciava-se uma briga que se alastrou por toda a cidade. Alguns achavam que era algo de cunho racial. Outros que era por causa da crise financeira, em consequência da chegada do além.

Noah se cansou de tentar avisar a todos o que realmente estava acontecendo. Entrou em seu carro e ‘picou mula’.

De longe, já próximo da saída da cidade, pôde ouvir quando a voz de Robert Plant começava a cantar:

And if you feel that you can’t go on

And your will’s sinkin’ low

Just believe and you can’t go wrong

In the light you will find the road

You will find the road

Uma névoa espessa caiu dos céus e a cobrir a maior parte dos habitantes da cidade. A névoa brilhava como ouro, mas era de tolos, certamente. E todos olhavam para o disco que girava cada vez mais veloz, lançando o pó de ouro de tolos que envolvia a quase totalidade dos que se encontravam nas ruas da cidade. Todos estavam nas ruas. Alguns, entretanto, não eram banhados com o pó, mas não se lamentavam com isso. Eram os que não estavam eufóricos, mas que reagiam com prudência, e, de algum modo, tentavam se esconder. Alguns destes saíram da cidade, enquanto outros se esconderam. Assim, não viram a continuação do espetáculo que se sucedeu.

A Bolha adquiria a sua forma, modificando suas cores, alterando seu brilho. Tornara-se um espetáculo por si só. Os amebianos iniciaram uma grande ola, enquanto cantavam, dançavam, gritavam, entregavam-se de modo tresloucado. E, de repente, A Bolha iniciou movimentos elásticos, no que os amebianos sentiam o efeito da gravidade com cada vez mais intensidade, o que, em verdade, deixava-os ainda mais extasiados. Todos sentiam que eram, cada um, a própria Bolha. Eram todos um só junto a ela. Nesse momento, esticavam-se e comprimiam-se junto com ela. E foi assim que ela se comprimiu totalmente, afinal, desaparecendo e levando a quase totalidade dos habitantes daquela cidade.

Noah e todos os outros sobreviventes voltaram para a cidade. Ele olhou com alegria para os dois garotos que vendiam jornais. Na verdade, eram arautos que anunciavam a pauta do dia para quem tivesse ouvidos para ouvir. A cidade se tornara um verdadeiro deserto, e Noah ainda lamentava as perdas. Decidiu que era hora de partir para outras cidades e reportar tudo o que viu, para que isso não mais se sucedesse.

Alguém lhe daria ouvidos?

72 comentários em “Delírio Coletivo (Daniel Vianna)

  1. Pétrya Bischoff
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Putz! Que conto massa. Extremamente bem escrito, narrado e executado. As descrições criam ótimas imagens mentais e pude me sentir inserida nele. Além de ser divertido. Parabéns e boa sorte.

    • daniel vianna
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de daniel vianna

      Muito obrigado, Pétrya. Repito o que afirmei lá no teu conto: Você tem potencial. Afinal, estamos todos em constante evolução, e eu aposto em você. Muito sucesso e um grande abraço.

  2. bellatrizfernandes
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de isabellafernandes

    Achei muito bacana e divertido. Só achei que deveria maneirar nas expressões – como por exemplo, você usou mãosinha (apesar de ser mãozinha) duas vezes, além da expressão braço (?) para se referir à Bolha. De resto, bem bacana!
    Parabéns e boa sorte 😀

    • daniel vianna
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de daniel vianna

      Muito obrigado bellatriz. Foi um prazer te conhecer. Desejo a ti um grande sucesso e te dou um grande abraço. Até a próxima.

  3. Miguel Bernardi
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Miguel Bernardi

    Antes de tudo, parabéns pelo conto impecável! Li ele umas três vezes rs. Ele é, pra mim, um dos cinco melhores desta edição! Acho que no meio do conto criei tanta expectativa que esperei mais do final, que desapontou um pouco, mas isso não tira o mérito do resto do texto. É muito bom!

    A narrativa me agradou muito, e combinou com a história contada. O autor tem, indubitavelmente, qualidade.

    Parabéns Anakin, boa sorte no desafio. Continue escrevendo!

    • daniel vianna
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de daniel vianna

      Muito obrigado, Miguel. Fico feliz que tenha gostado. Assim vamos todos evoluindo, aos poucos, não é mesmo? Desejo muito sucesso pra ti. Um grande abraço e fique com Deus.

  4. Gustavo de Andrade
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    Cara! Que conto lucidamente bom. Levo em conta a extensão para julgar seu conto, assim não requerendo mais profundidade dele. Me bastaram as motivações e conclusões. “nossos amiguinhos do espaço.” — sensacional. Também achei foda “Um saci seria muito bem vindo.”. A sutileza despretensiosa dessas frases é muito boa. “Jesus Cristo, Buda, Gandhi já tinham tentado, não era ele quem iria conseguir.”. Não resisto!
    Lucidez! Pra apontar um erro:
    ” a fim ” — finalidade, x ocorreu a fim de y.
    “afim” — afinidade, x se portava de uma maneira afim de y.
    Caralho! Acho tão foda In the light!
    Talvez eu não dê nota máxima porque o personagem pareceu reacionário demais… não me importei tanto com ele fora a parte da Hortência e dos pacificadores/profetas sagrados. Mas um conto pra lá de primoroso! Queria tê-lo escrito, com algumas mudanças de abordagem, talvez.
    Boa escrita!

    • daniel vianna
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de daniel vianna

      Gustavo, a julgar pelo teu engajamento, todas as tuas participações, comentários bem elaborados, textos bem escritos e, por fim, pela tua aparente pouca idade, acredito que você é uma aposta. Eu acredito. Continue assim e o sucesso será uma certeza. Muita boa sorte e sucesso, meu camarada. Você merece. Um abraço.

  5. piscies
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de piscies

    TRAMA 5/5

    MUITO LEGAL! Não achei que ia gostar tanto. Achei o conto estranho no início, torci o nariz… e quando menos percebi, me vi sorrindo, lendo o texto quase grudado na tela.

    Gostei do paralelo com Noé. O conto critica tantas coisas… acho que não vale falar delas todas aqui. Especialmente por que, provavelmente, os outros comentários já o fizeram (não consegui ler todos, rs).

    Olha, achei genial. Um conto diferente, interessante e muito profundo, desde que voce se de o trabalho de pensar a respeito (não sendo um amebiano, talvez?)

    NOTAS:

    1) Teve uma parte que eu achei que o conto ia virar “O dia em que a terra parou”, quando Noah pede para tentar ajudar os seres humanos. Mas não virou =)

    2) Noah é repórter investigativo, mas mais parece repórter de esportes. Ele faz, em pouco tempo, dois paralelos com esportes (futebol e basquete).

    TECNICA 5/5

    Texto muito bom! Nao vi erros. Estava gostando tanto da leitura que acho que não afiei o olhar para ver aqueles errinhos mais sutis.. mas de qualquer forma, não vi nada, o que é bom, certo?

    A leitura flui bem. As palavras são muito boas. O autor é muito bom.

    ABRAÇOS e boa sorte!! Parabéns mesmo!

    • daniel vianna
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de daniel vianna

      Muito obrigado, Marcos. Muito generoso de sua parte. Agora que já sabemos do resultado devo lhe dizer que fico muito feliz. Teu trabalho é verdadeiramente de muita qualidade. Quando publicar alguma coisa, não deixe de avisar, certamente é bem esperado. No mais, sucesso e que continue assim, evoluindo sempre. Parabéns.

  6. Eduardo Matias dos Santos
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Eduardo Matias dos Santos

    Muitas referências, como já foi dito. Isso faz o texto perder a originalidade. O uso liberal dos clichês coopera para o mesmo fim. No mas, a brasilidade salva uma pouco. Boa sorte.

  7. williansmarc
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de williansmarc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 7
    Ortografia/Revisão: 6
    Técnica: 8
    Impacto: 7
    Inovação: 8

    Minha opinião: Gostei. Achei uma mistura de Douglas Adams e HG Wells, legal isso. O tom rápido da história me agradou e se o autor(a) tivesse tido mais tempo para revisar o texto, teria ficado muito bem escrito. As referencias contemporâneas e musicais também foram bem interessantes.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

    • Anakin
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Fala aí, Willians. Tudo bom? Muito obrigado pelo retorno. Gostei do critério de avaliação. Vou ver se aprendo e passo a usar assim (libera a cobrança de royalties? kkk). Sério, é bem justo e inteligente. Gostei das notas e achei até generosa a dada para o quesito revisão. Muito obrigado pela boa vontade na leitura e avaliação do conto. Sucesso pra você e um grande abraço.

      • williansmarc
        12 de janeiro de 2015
        Avatar de williansmarc

        Fique a vontade para copiar, não precisa pagar nada, rs.

        Mais uma vez, parabéns pelo conto, gostei muito mesmo.

        Abraço.

  8. Sidney Muniz
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Um conto muito bom!

    Gosto de ver o pessoal apostando mais em algo Brasileiro, mas confesso que em certas partes senti que soou muito forçado.

    Ainda assim eu gostei. Gostei da escrita e da técnica aplicada. Poucos foram os deslizes, uma leve revisão sanará os equívocos poucos que ainda restam.

    Parabéns e boa sorte!

    • Anakin
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Muito obrigado, Sidney. Boa sorte pra você e muito sucesso. Um abraço.

  9. Jefferson Lemos (@JeeffLemos)
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Jefferson Lemos (@JeeffLemos)

    Sobre a técnica.
    É boa, narra bem e não vi nada que atrapalhasse a leitura. Não apreciei muito os diálogos, mas ai é questão de gosto.

    Sobre o enredo.
    Para ser sincero, não gostei. Achei muito delirante para o meu gosto. As inúmeras referências acabaram me desanimando no decorrer, e cheguei ao final um pouco cansado. A ideia das amebas também não me conquistou. É o último que leio, e esperava algo que me agradasse, mas não deu. rs
    Porém, vi que outros gostaram, e ressalto que meu caso é questão de gosto mesmo.

    De qualquer forma, parabéns!
    Boa sorte e que venha o resultado!

    • Anakin
      11 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Fala aí, Jefferson. Tranquilo? Sobre não gostar do enredo, isso é o de menos. Não se pode mesmo agradar a gregos e troianos, não é mesmo? O mais importante é captar as manifestações de todos e retirar daí tudo aquilo que possa colaborar para um crescimento. Nesse sentido, se possível, seria muito bem recebido algum apontamento acerca dos diálogos. Digo ‘se possível’ porque sei que muitas vezes não gostar de alguma coisa é intuitivo e não sabemos explicar, mas, caso seja possível, e se me julgar merecedor de um retorno, aceitaria de muito bom grado. No mais, sucesso pra ti e um grande abraço.

      • Jefferson Lemos (@JeeffLemos)
        12 de janeiro de 2015
        Avatar de Jefferson Lemos (@JeeffLemos)

        Fala aí, Daniel!
        Realmente, não podemos agradar a todos. rs
        A questão do diálogo eu creio que se encaixe em questão de gosto também. Pois eu não curto muito esses diálogos secos. Acho que é preciso umas descrições, para dar uma maior interatividade no conto. Talvez seja porque sou adepto aos contos mais visuais(problema de quem quer transformar os contos em HQs, acho.).

  10. Fil Felix
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Fil Felix

    Esquema do comentário + nota: 50% Estética/ Tema e 50% Questões Pessoais

    = ESTÉTICA/ TEMA = 3/5

    O conto tá meio corrido, desconexo, se atropelando. Intencionalmente ou não, acho que se fosse mais calmo e focasse num momento só, ficaria melhor. Muitas referências me pareceram estar aí apenas por estarem, principalmente as críticas, com piadas que destoaram da história (como a água e a música). O nome do personagem é Noah, ao mesmo tempo em que ele usa gírias brasileiras e diz preferir coisas brasucas. Que fosse Noé, então ^^

    = PESSOAL = 2/5

    Particularmente, não gostei. Em parte pelo que comentei acima, e noutra pelo conto não ter despertado em mim o proposto. O bizarro pelo bizarro, as coisas falantes no início pareceram Alice no País das Maravilhas, enquanto os políticos deram outro ar, achei muito misturado. O que é bem pessoal, visto outras pessoas que gostaram.

  11. Anorkinda Neide
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    Humm.. sorry..mas torci o nariz pra tudo..rsrsrs
    Está bem escrito,vc tem talento..mas o tema nao me conquistou, pelo contrario.
    Esse negocio de amebas humanas em inferioridade às pessoas pensantes… nao gosto deste pensamento, vou mais pelo respeito a todo tipo de mentalidade, desde q nao seja criminosa.
    o polimorfismo da criatura tb nao me agradou,pode ser original, mas nao consegui ver com bons olhos essa conversa inusitada do reporter com os morfismos apresentados, pareceu mais com efeito alucinogeno.. rsrsrs
    é isso
    boa sorte ae!

  12. Brian Oliveira Lancaster
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Notei um pouco de pressa, mas a premissa básica da história chama a atenção. Tem um “Q” de sarcasmo ao mesmo tempo em que tenta se levar a sério. Infelizmente não consegui estabelecer uma conexão direta com o personagem, mas vi que você está no caminho certo (apenas as “mãozinhas” com S escaparam da revisão). Um pouco mais de lapidação e o conto atingiria o ponto perfeitamente. O início foi minha parte preferida.

    • Anakin
      9 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Fala aí, Brian. Foi, de fato, meio corrido, mas as sugestões (tuas e dos demais colegas) são muito bem vindas para uma posterior reescrita, com certeza. Sucesso e um grande abraço.

  13. Lucas Rezende
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Lucas Rezende

    Adorei acima de tudo o humor do texto. Gostei da escolha do nome do protagonista (Noé). Não sei se fez de propósito, mas senti a inspiração na história do Noé da arca. O fim foi muito fera “olhem o pó dourado otários” rs 🙂
    Legal as menções á Hortência.
    Boa sorte!!!

    • Anakin
      9 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Valeu, Lucas. Pescou bem a ideia. Um abraço e sucesso.

  14. Laís Helena
    7 de janeiro de 2015
    Avatar de Laís Helena

    Gostei do conto. Seu estilo de narrativa me prendeu e a forma como o alienígena se apresenta é bem criativa. Também notei a grande repetição da palavra “cidade”, além de outros erros já apontados, mas eles não quebraram a fluidez da narrativa.

    • Anakin
      7 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Muito obrigado, Laís. Acho que preciso passar um tempo no campo. Sucesso pra ti.

  15. Jowilton Amaral da Costa
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Hahaha, ser amebiano é muito bom. Gostei. O conto está na medida certa de humor e críticas. Percebi alguns errinhos que não me incomodaram. Eu também desconfiava do Page, hehehe. Boa sorte.

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      E eu sempre achei o Paul Jones muito injustiçado (kkk). Valeu, Jowilton. Muito sucesso e um grande abraço.

  16. rubemcabral
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Achei criativo e bem divertido. O texto é bem leve e tem uma aura meio maluca. Têm algumas coisinhas por acertar, já apontadas pelos colegas, mas achei o saldo final bem positivo.

    P.S.: Sou do Rio e não conhecia a gíria “braço”.

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Valeu, meu amigo Rubem. Eu também não conhecia a gíria até pouco tempo. É mais coisa de praia mesmo. Tudo de bom pra você e muito sucesso.

  17. Philipe Dutra
    4 de janeiro de 2015
    Avatar de Philipe Dutra

    Um conto muito criativo, bem imaginativo. Todas as referências e críticas foram bem claras.
    Gostei da criatura alienígena. Tanto sua “forma” quanto seus propósitos foram bastante originais.
    Fora alguns problemas amplamente citados nos comentários anteriores, o conto está, no todo, muito bom.
    Quanto à falha no uso da nova ortografia, concordo e me identifico com o autor.
    As vezes torna-se massante ter que reaprender a usar palavras e expressões com as quais crescemos.
    Sou novo por aqui e estou adorando o site.
    Espero algum dia conciliar algum tempinho na minha corrida diária para poder participar com vocês.
    Meus parabéns e boa sorte no concurso. Você merece

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Meu amigo Philipe, a casa não é minha não, mas acho que posso dizer que está convidado. Seja bem-vindo (agora acertei, eu acho). Às vezes, tenho a impressão de que o objetivo das reformas ortográficas é baixar o nível para incluir mais pessoas no rol de alfabetizados (e que prefeririam fazer isso a elevar o nível do ensino). Como não há uma discussão clara e bem divulgada no momento das propostas (eu, pelo menos, só fico sabendo das inovações depois de aprovadas), prefiro não afirmar com todas as letras de que se trata disso para não ser leviano, em respeito ao princípio do contraditório. Mas que dá essa impressão, dá. Gostaria de poder resistir e de prosseguir, por exemplo, escrevendo pára ao invés de para. Espero, sinceramente, que não inventem uma justificativa para acabar com a crase. É isso aí, meu camarada. Um abraço e tudo de bom.

  18. rsollberg
    2 de janeiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Achei o texto extremamente original.
    O humor foi bem empregado.

    Em alguns momentos as bandeiras levantadas soaram de modo natural, noutros adquiriam um tom um pouco mais panfletário. Percebi alguns problemas de revisão como o uso do “consigo” onde não era cabível, “mãosinhas” por duas vezes e “pachá”. Penso que por existir tanta referência ao Brasil, o protagonista bem que poderia se chamar Noé!

    Gostei bastante dos diálogos – rápidos e precisos.
    Num próximo momento, penso que o autor deva investir um pouco mais no imbróglio burocrático da recepção alienígena. Ao meu ver, a parte mais divertida do conto.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Gostei da ideia de melhorar a recepção. Muito boa. Sem limite de palavras é possível. Quanto ao Noé, sempre fico na dúvida em usar esses nomes assim, de modo tão explícito. Mas você tem razão. O simbolismo tem sua origem e ela é bem clara, não é mesmo? Um abraço.

  19. Andre Luiz
    1 de janeiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Olá, querido ser não-amebiano! Venho salientar que A bolha é tão fascinante que, suponho eu, daqui a alguns-poucos- anos, será uma realidade, não exterminando a todos como ocorre em seu conto, mas enclausurando-os dentro de suas bolhas de ignorância. Tirando um pouco dogmas ou crendices políticas da conversa, sinto dizer que a ambientação não poderia ser em local diferente, pois, infelizmente, percebo que o Brasil tornou-se lar de mais amebianos do que parece. Assim, vivemos todos à mercê do sistema, revelando uma crítica fortíssima em seu texto e que merece aplausos. Talvez um capricho maior com a execução deixe o conto ainda melhor, mas mesmo assim já tem meus parabéns!!! Sucesso no concurso.

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Valeu, Andre. Obrigado, meu camarada. Tem toda razão em relação à execução. Faltou mesmo dar uma caprichada. E, bem lembrado, já há mesmo uma bolha estatal que não pára de crescer, não é mesmo? Será que ela explode? Vamos ver os próximos capítulos desse drama real. Um abraço.

  20. Leonardo Jardim
    29 de dezembro de 2014
    Avatar de Leo Jardim

    Muito legal! Gostei das críticas, do humor, da discussão sobre Led Zepelin, da narrativa e dos diálogos. Anotei alguns erros de português enquanto lia, mas já foram citados por outros comentaristas (“mãosinhas” e “pachás”). Incomodei-me com as repetições enquanto lia, mas também já foram comentadas.

    Pra não dizer que não acrescentei nada, no trecho abaixo, faltou um ponto após “indignação”:

    “- Você? – respondeu o prefeito, sem disfarçar a indignação – Quem disse isso?”

    Parabéns pelo texto, boa sorte no desafio e feliz ano novo, braço 😀 (sou do Rio e não uso essa gíria, mas conheço).

    PS.: E assim (Ufa!) termino a maratona do desafio! \o/

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Valeu, Leonardo. Sucesso e um abraço, meu camarada.

  21. Fabio Baptista
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Fabio Baptista

    ======== TÉCNICA

    Achei bem bacana, com um toque de humor ácido que eu aprecio.

    Encontrei um trecho em que faltou a palavra “começou”, mas não anotei na hora e agora não estou achando.

    Mas isso é detalhe… o que me incomodou com certa relevância foi a repetição da palavra “cidade”.

    ======== TRAMA

    Divertida, com sacadas legais, como a do juiz (questionado se era Deus), o reservatório de água de São Paulo, os caras discutindo por causa da música, a hora em que Noah conclui que não ia adiantar nada avisar…

    A ideia geral é muito boa, mas passa a impressão que o conto é só uma desculpa para que o autor escreva uma crônica com diversas reflexões sobre a vida/sociedade, etc.

    Não que isso esteja “errado” (como se houvesse um certo e um errado na literatura!). Eu costumo usar esse recurso também… muito! Às vezes dá pra diluir as reflexões, sem comprometer o enredo. Mas na maioria das vezes, não. Foi o caso aqui, infelizmente.

    ======== SUGESTÕES

    Numa revisão mais apurada tenho certeza que essas “cidade”s vão sumir. 😀

    ======== AVALIAÇÃO

    Técnica: ****
    Trama: ***
    Impacto: ****

    • Anakin
      6 de janeiro de 2015
      Avatar de Anakin

      Show de bola, Fábio. Realmente decidi escrever de modo superficial porque se tivesse que me aprofundar não daria tempo. Optei então por esse estilo. Poderia focar mais na bolha, sobretudo na parte final, mas isso fica para a revisão, onde, certamente, darei uma aparada naquela palavra (não vou repeti-la aqui, kkk). Mas valeu o retorno, Capitão. Tá anotado. Caveira!

  22. Marcellus Pereira
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Marcellus Pereira

    Em determinado momento achei que estivesse lendo um gibi da Turma da Mônica. O que seria ótimo, se o texto fosse realmente para crianças.

    Entendi o tom de crítica social, as piadinhas infames… mas ficou tudo muito superficial.

    Outros pontos que atrapalharam um pouco: “mãosinhas”? “Pachá”? E um sujeito chamado “Noah”, no Brasil? Gêmeos vendendo jornais? E o tal do “braço”?

    Enfim, é uma boa ideia, mas pouco aproveitada. Boa sorte!

  23. Tiago Volpato
    26 de dezembro de 2014
    Avatar de Tiago Volpato

    No inicio me ficou um pouco confuso, em um paragrafo falava do papa e logo em seguida já mudava pra fala do vereador sem avisar, poderia melhorar a transição. No geral é um bom conto. Abraços!

    • Anakin
      26 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Fala aí, Tiago. Valeu pelo comentário, irmão. Sucesso e um feliz Ano Novo. Abraço.

  24. mariasantino1
    26 de dezembro de 2014
    Avatar de mariasantino1

    Olá!

    E chegamos ao último conto do certame (foi um ótimo certame, em minha opinião).

    Sabe, autor, penso que sei quem você é, porque observo detalhes, falei deste detalhe em um conto-off seu e percebo ele por aqui também. Li alguns comentários seus e me prendi no que você disse ao autor que está atendendo pelo pseudônimo de Bocó (claro que não revelarei o teor, mas tenho 99% de certeza de que você é você 😛 ), então eu fico dividida em como comentar seu texto porque tenho outros pensamentos, outras opiniões acerca de construção de personagens e tramas que acabam colidindo com as suas. Talvez tudo seja questão de estilos, e eu tenha que me demorar mais para conhecer e me adaptar ao seu, mas… o tempo urge.

    Curti o ar despojado, meio sátira do seu texto. Gosto de ironias, por isso curti toda passagem envolvendo o Led Zeppelin (foi ousado e divertido). Boiei no lance do braço (deve ser gíria, dizeres, do lugar onde você mora) 😦 Por outro lado, não curto essas mudanças bruscas e fico pensando se isso aí é seu estilo (como foi dito lá naquele seu comentário), mas, enfim, isso bate com meus gostos e convicções, me fazendo apreciei seu conto meio a meio.

    Observações — mãosinhas (mãozinhas) — Fui procurar o significado de pachás (não, eu não sabia o que significava e gosto muito de aprender palavras novas, afinal, ler é bom para aumentar o vocabulário, não?), e o google me corrigiu dizendo que era “paxás” — “bem-vindo” com hífen — Algumas repetições “…Pisou fundo e voltou para a CIDADE.
    Chegou à CIDADE. O juiz da CIDADE vestia roupas engraçadas” — E quando a Bolha leva os Amebianos há algumas repetições de “ela, ela” — “Eram todos um só junto a ELA. Nesse momento, esticavam-se e comprimiam-se junto com ELA. E foi assim que ELA se comprimiu totalmente”

    Dica — Assim como a maioria dos textos vc também usa hífem ao invés de travessão. Tente o atalho ALT+CTRL+ (SINAL DE MENOS) — Não use apóstrofo para separar um pensamento, use aspas. O apóstrofo significa a supressão de letras numa palavra “pingo d’água”, “minh’alma” …

    Boas Festas. Boa Sorte e um Abração!

    • mariasantino1
      26 de dezembro de 2014
      Avatar de mariasantino1

      Ops* apreciar

    • Anakin
      26 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      1. Das saudações:

      Fala aí, Maria Santino! Fico feliz por mais um contato!

      2. Quanto a eu ser eu:

      Bem, quanto a eu ser eu, não posso te garantir. Confesso que, às vezes, eu mesmo não sei… Mas, creio que você está certa e, sim, eu sou eu.

      Na verdade, talvez seja melhor esperar um pouco para ter certeza. Enfim, …

      3. Quanto aos comentários relativos ao conto:

      3.1. BEM VINDO – bem-vindo sem hífen é consequente de minha displicência em não me atualizar quanto às reformas ortográficas. Desde 2008, sinto-me um tanto perdido. Na verdade, discordo de muitas inovações e de muitas propostas, o que mantém meu desânimo nesse sentido. Assim, às vezes, acabo escrevendo errado;

      3.2. PAXÁ – Aí errei mesmo, e isso porque conhecia a palavra, só que a escrevia errado. Valeu a correção;

      3.3. MÃOZINHAS – não sei se escrevi errado por erro de digitação ou se realmente não sei o modo correto (Vê se você entende: neste exato momento me deu um branco e eu fiquei com essa dúvida. PVC*);

      3.4. BRAÇO – é, de fato, uma gíria carioca, que significaria algo do tipo ‘E aí meu camarada, irmão, cara. Enfim, um tipo de saudação entre desconhecidos que, à moda carioca, tentam se fazer de agradáveis;

      3.5. TRAVESSÃO E APÓSTROFO – talvez a displicência se explique pelo fato de eu realmente não dar muita importância a isso. Mas você tem razão, se dá pra fazer melhor e do modo correto, por que não? não é mesmo?

      3.6. FINALMENTE, quanto às repetições – sei que desculpa de cego é bengala, mas não deu tempo de revisar. No desafio anterior, preparei o texto por uma semana, mais ou menos. Esse eu escrevi no último dia, e revisei dez minutos antes do término do limite. Vi as repetições no dia seguinte, após a postagem. Cheguei, inclusive, a comentar a um dos colegas abaixo. Fazer o quê?

      DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS (OU NÃO) – Bem, aqui, diferentemente do desafio anterior, não achei que me utilizei de mudanças tão bruscas na trama. Achei bem simples. Quanto ao ponto de vista em relação à escrita, isso é uma conversa pra lá de longa e, se Deus quiser, um dia teremos essa oportunidade.

      SAUDAÇÕES FINAIS:

      Bem, da última vez você comentou, mas não participou. Caso tenha participado deste certame, uma merecida boa sorte.

      Independentemente disso, sucesso e (agora que o Natal já passou) um Ano Novo muito próspero e de muitas realizações para você e para a família. Aquele abraço.

      * No Rio de Janeiro significa ‘Porra da Velhice Chegando’.

      FIM

      P.S. Ainda não esqueci o jogo on line (kkkkk).

      • Antônio Félix
        28 de dezembro de 2014
        Avatar de Antônio Félix

        Então, agora que ambos temos certeza de que você é você, caso queira saber sobre o que discordo contigo acerca do processo criativo e tals, basta dizer que volto aqui quando “Cair o Pano” 🙂 Você pode entrar lá no grupo do Facebook também

        https://www.facebook.com/groups/368400486667546/

        Certamente será bem-vindo.

  25. daniel vianna
    25 de dezembro de 2014
    Avatar de daniel vianna

    A contar pela imaginação, isso é realmente um delírio. Só achei que, no final, devia rolar um drum’n bass ou coisa do gênero. Curti muito as piadas com as autoridades, muito atual, infelizmente… Quem sabe assim, por meio das palavras, não conseguimos ‘profetizar’ um Brasil melhor, não é mesmo? (apesar de eu também não acreditar muito nisso, he he).

    • Anakin
      25 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Olá, meu amigo Daniel Vianna, tudo em riba? Bom ler teu comentário. Vejo que, realmente, tinha tudo a ver com um show de drum’n bass (recentemente, assisti um pela televisão, no canal BIS, com o DJ Deadmau5 e participação de Sofi, eletrizante). E, fazendo minhas as tuas palavras, também não acredito, infelizmente, nesse papo de profecia pra um Brasil melhor. ‘A tendência natural das coisas é a desordem’. No mais, valeu, meu irmão. Tudo de bom e feliz Ano Novo.

  26. José Murilo Ferraz
    24 de dezembro de 2014
    Avatar de José Murilo Ferraz

    O enredo foi bem desenvolvido, os personagens bem caracterizados e o final interessante. O escritor revelou ter boa imaginação, condição básica para qualquer contista. Faltou apenas uma última revisão na sintaxe; há solecismos. De qualquer forma, um bom conto.

    • Anakin
      24 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Muito obrigado, meu amigo José Murilo. Bom que ainda dá tempo de te desejar um Feliz Natal e um Ano Novo muito próspero. Um abraço.

  27. fantasticontos
    24 de dezembro de 2014
    Avatar de fantasticontos
  28. Swylmar Ferreira
    24 de dezembro de 2014
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Olá Anakin. Procurei ler o seu conto do ponto de vista de leitor e também de escritor de contos. Minha intenção é apenas contribuir para melhoria dos colegas.
    Sobre seu conto:
    A estrutura é boa e objetiva, tem um personagem central que apresenta a história, tem boa criatividade com enredo imaginativo e muito bom. Usou linguagem objetiva evitando metáforas desnecessárias e sem rebuscamento facilitando o entendimento do leitor. Considerei o conto bem adequado ao tema. Parabéns!

    • Anakin
      24 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Muito obrigado, meu amigo Swylmar. Muito sucesso pra ti e boas festas. Abraço.

  29. Claudia Roberta Angst
    23 de dezembro de 2014
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Olá, ser não amebiano! Também converso com orquídeas, mas elas quase nunca me respondem. 😦
    Gostei do conto com ritmo ágil, diálogos divertidos e das imagens bem… humm… surreais. Só esperava mais do final, não sei porque. Seu estilo é bem agradável e cativa o leitor. Boa sorte!

    • Anakin
      23 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Olá, minha amiga não amebiana, com toda a certeza! Como vai? Tudo em riba? Há muitos pássaros no meu quintal (livres, pousando nas árvores), e tenho a impressão de que conversam comigo, às vezes (brincadeira, mas é sério, kkk). Obrigado pelo comentário, fico feliz que tenha achado agradável. Eu colocaria um diálogo no final que anunciaria o começo de uma nova história com um desafio para Noah, mas isso não mudaria muito este conto. Mas é isso aí. Desejo-lhe um feliz Natal e um Ano Novo de muitas realizações. Um abraço.

  30. Ana Paula Lemes de Souza
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

    Querido Anakin Skywalker, seu texto é um delírio total! Gostei bastante, embora seja um pouco louco demais pro meu gosto pessoal. Rsrsrsrsrs. De qualquer forma, é um ótimo conto, muito bem escrito e com crítica bastante ácida.
    Só uma observação: eu trocaria “líder da câmara de vereadores” por “presidente da câmara de vereadores”, que é a terminologia correta. P.S.: Sou funcionária de uma Câmara.
    Boa sorte!
    Abraço!

    • Anakin
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Valeu, Ana Paula! Anotei aí a correção. Se achou esse texto meio louco é porque não leu ainda outros de minha autoria. Ficaria de cabelo em pé (kkkk). Se estiver participando do desafio, muito sucesso e boa sorte. E boas festas. Abraço.

      • Ana Paula Lemes de Souza
        22 de dezembro de 2014
        Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

        Estou sim, Anakin. Boas festas pra você também e quero ler mais coisas suas. Abraço.

  31. Sonia Rodrigues
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Sonia Rodrigues

    O conto começa bem, lembra o ocorrido no lançamento do filme Os marcianos de W G Wells. Uma onde sensacionalista da imprensa gerou um bocado de confusão.
    O autor fala do Papa se manifestando, o que dá uma conotação planetária oa evento. E aí o conto perde a coerência, pois o campo de ação diminui: vamos ao prefeito, o jornalista sai à procura da criatura perguntando-se se ela existe mesmo (como assim? e as manchetes? e as declarações do papa sobre so alien[igenas?)
    Enfim, o autor enconlheu seu universo! Que pena!
    Quanto aos seres amebianos, sejamos implacáveis com a mediocridade e com a ignorância! Sem análise nem terapia, autor! Você não matou ninguém, só escreveu um conto, e se a arte não puder acordar as mentes ignorantes…socorro!
    Morte às amebas! kkkk

    • Anakin
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Alô você, Sônia! Tudo em riba? Valeu a manifestação de apoio, em primeiro lugar. Quanto ao conto, deixe-me dar algumas explicações: 1) Costumo diferenciar o jornalismo investigativo do jornalismo da mídia padrão por considerá-lo independente e mais compromissado com a verdade. Pelo menos é o que costumo ver. Por exemplo, quando a guerra na Síria começou, a mídia padrão apenas apontava para supostas atrocidades cometidas pelo governo do Bashar Al Assad. Não o conheço, nem tenho conhecimento de seu governo, mas havia ali jornalistas que apontavam justamente o contrário: que eram radicais islâmicos que tocavam terror e eram acobertados, e ninguém noticiava o que faziam. Agora, três anos depois, é que vemos que eles estavam certos (e talvez a verdade só tenha vindo à tona porque a mídia padrão ainda não tenha encontrado uma maneira de ser mais rápida (no exercício de um controle) que a internet e todos os seus colaboradores, o que tem facilitado o alcance dos repórteres independentes). Nessa esteira, considero que Noah procurou a verdade por trás dos fatos, ao invés de aceitar o que a mídia empurra goela abaixo dos meros compradores de jornal; 2) Em relação ao Papa, entendi que foi apenas um pronunciamento no sentido de orientar a autoridade eclesiástica local, no caso o padre da história. Nesse sentido, acho que falhei mesmo foi ao incluir o Ministro da Justiça no meio. O âmbito da história é mesmo local, como se fosse Vargínia, ou a área 51, ou tantas outras localidades em que ‘aparições’ (eu não acredito mesmo nisso) ocorrem. Mas valeu a troca de ideias. Desejo-lhe muito sucesso e um ano novo de muitas realizações. Abraço.

  32. Virginia Ossovsky
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Virginia Ossovsky

    Gostei muito, achei a ideia boa e o desenvolvimento divertido. Particularmente não achei justa essa ideia de aniquilar seres “amebianos”, mas o texto conquista mesmo assim. Achei que as melhores partes foram as discussões das “autoridades”, muito engraçadas. Parabéns e boa sorte !

    • Anakin
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Alô, Virgínia. Estamos nós aqui de novo. Depois de dar uma lida no texto publicado, fiquei extremamente incomodado com a repetição da palavra ‘cidade’. Infelizmente tive tempo apenas para uma reescrita. Quanto à aniquilação dos seres amebianos, confesso que também fiquei com um friozinho na barriga de lançar o texto com ela. Pensei se não seria antiético. Tentei corrigir explicando um pouco mais a lógica da Bolha. No final das contas, isso é psicológico mesmo. O texto de um escritor é uma espécie de mapeamento cerebral, e eu acho que nos últimos tempos tenho andado revoltado demais com a onda de estupidez que nos cerca no cotidiano (no trânsito, no trabalho, na vida política, nas ruas…). Talvez eu faça análise (kkkk) ou dê um tempo para voltar a escrever quando a mente estiver mais tranquila. Não sei. Mas, de todo modo, estou ciente e sensível ao teu comentário. No mais, boa sorte para você, também, já que estou certo de que participa do desafio, e, com certeza, boas festas e feliz ano novo.

  33. Edinaldo Garcia
    21 de dezembro de 2014
    Avatar de Edinaldo Garcia

    Fazendo um apanhando geral, o conto está muito bom. Ora ele surpreende positivamente, ora comete alguns deslizes.

    O início do conto é incrível. Pareceu-me que leria algo que lembraria Além da Imaginação ou Arquivo x. Depois ele cria moldes mais sérios e críticos. Também gostei desse tom reflexivo acerca da sociedade. Afinal, o autor mostrou erudição e competência sobre algumas questões contemporâneas, sempre mostrando bom humor. No entanto, achei que as piadas poderiam ser melhor trabalhadas. Em muitos momentos foram muito forçadas. Foi como se o autor estivesse fazendo graça para ele mesmo e não para o seu leitor que deve ser o foco de todo texto.

    A gramática é ótima. Só há um erro – “[…] papagaio lhe apareceu e começou a falar consigo […]”. O pronome oblíquo reflexivo “consigo” foi usado de forma equivocada.
    Gostei bastante da linguagem literária. Há também riqueza de metáforas e significados ocultos que, em uma primeira leitura podem passar despercebidas a um leitor destreinado.
    Parabéns.

    • Anakin
      21 de dezembro de 2014
      Avatar de Anakin

      Valeu, Edinaldo! A princípio, devo dizer que o nome do conto seria A Bolha ou A Bolha Polimórfica (ou algo do tipo). Mas, como já estava em cima da hora, foi com o título provisório mesmo, que, no final das contas, creio, tem a ver. Na verdade, não sou muito bom na escolha de nomes, realmente. Quanto ao ‘fazer graça para si mesmo’, muito bem sacado de sua parte; e digo isso porque cortei algo em torno de 70 % das piadas por esse motivo (e mesmo assim transpareceu). Um abraço e, caso esteja participando, boa sorte (e, independentemente disso, boas festas).

E Então? O que achou?

Informação

Publicado às 21 de dezembro de 2014 por em Criaturas Fantásticas e marcado .