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Detox Literário.

O Caçador de Espécimes (Marco Piscies)

Caçador de Espécimes – Indivíduo cuja principal atividade é a caça e venda de espécimes alienígenas. Normalmente um viajante, explorador de planetas e usuário exímio dos mais diversos armamentos de caça. Até o presente momento, todo e qualquer caçador de espécimes é considerado criminoso pelo Tratado da Biodiversidade (L3618. Art. 77). A Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade encontra-se atualmente em campanha de busca e aprisionamento de todos os caçadores. Mesmo assim, a atividade de caça e venda ilegal de espécimes extraterrestres continua intensa. Estima-se que cerca de 100 milhões de espécies em todo o universo conhecido deixaram de ser catalogadas, e hoje estão extintas, graças a esta atividade.

A Enciclopédia Universal – 3898

……………………

A nave era um borrão no espaço. Seus tripulantes eram apenas dois: Mirno, um jovem Caçador de Espécimes, e Planck, uma criatura cuja altura não ultrapassava dois centímetros. Os aparelhos de navegação estavam programados para Aurora, o planeta laranja. Viajavam próximos à velocidade da luz.

– Como estão as perturbações no espaço-tempo, Planck?

– Piores. Tenho certeza de que a criatura está lá.

Mirno sorriu. O visor do UPS marcava a chegada em aproximadamente dez minutos. Era o tempo que dispunha para se preparar para a maior caçada de sua vida.

Planck invadiu seu campo de visão, retirando-o de seus devaneios.

– Você me ouviu? Eu tenho certeza que a Besta Paradoxal está lá. Nós deveríamos seguir na direção oposta!

O pequeno ser possuía asas translúcidas. Elas batiam tão rapidamente que formavam uma imagem estática, dando a impressão de que ele flutuava no ar. Sua pele era de escamas azuladas. Possuía seis patas e uma dúzia de olhos. Estava completamente diferente da última vez que Mirno o observara e, como ele tinha certeza, tão diferente quanto a próxima vez que o observasse.

Planck era uma fada quântica, uma das mais raras formas de vida alienígena já descobertas. Mesmo sendo macroscópico, seu comportamento era puramente quântico. Não era possível saber sua localização exata, muito menos sua forma real ou exatamente o que faria a cada instante. Quando não observado, Planck realizava diversas atividades simultaneamente, assim como estava em vários lugares ao mesmo tempo.

Mirno levantou-se e andou a passos largos na direção da sala de equipamentos.

– Por que fugir, quando tenho a chance de me tornar o maior caçador de espécimes da história do universo? Essa é uma chance única, Planck.

– Sim, única! Não tem como tentar de novo se você está morto, certo?

Mirno riu sonoramente enquanto testava a empunhadura de um rifle gravitacional. Muito pesado, pensou. Devolveu o armamento ao seu lugar.

– Que exagero. Eu não vou morrer.

– É verdade. Você não tem como morrer se nunca nasceu.

O caçador se calou, prosseguindo em silêncio com a preparação. O sorriso desapareceu do rosto, deixando uma fina linha no lugar da boca.

A Besta Paradoxal atingia níveis mitológicos nas conversas entre os círculos de caçadores de espécimes. Segundo as lendas e parcos relatos, sua habilidade era tão singular quanto seu nome: ela era capaz de criar paradoxos. Quando visava eliminar um indivíduo, não se limitava a retirar-lhe a vida: voltava no tempo e mudava os fatos, fazendo com que jamais viesse a existir. Diante de uma falha, Mirno não sairia ferido ou mesmo morto. Seu destino seria muito pior: ele não existiria. Ninguém se lembraria dele. Seu nome não estaria nas listas de procurados do governo. Sua existência seria apagada para sempre da história do universo.

A voz feminina gravada no UPS quebrou o silêncio: “três minutos para a chegada ao destino”. A nave iniciava o processo de desaceleração.

Aurora já não era um ponto no espaço. Pela janela, Mirno pôde avistar a esfera alaranjada, dez vezes maior do que o seu planeta natal. O fluxo de transportes turísticos era intenso. Ele sabia que, além de magnífica, a Besta Paradoxal era muito inteligente: tomara como lar um planeta movimentado e protegido pela Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade. Se o caçador comum já se acovardava diante das lendas sobre o seu poder, até o caçador mais experiente desistiria da empreitada ao descobrir seu local de moradia.

Mas não havia escolha para Mirno. Ele era o único capaz de realizar aquela tarefa insana.

Seria o maior caçador de espécimes da história do universo. Sua origem era o nada – um órfão, abandonado pelos pais ao nascer. Cresceu em um orfanato, onde um beneficiador anônimo custeou seu tratamento e estudos. Foi treinado a vida inteira para se tornar um importante homem de negócios, mas sabia que não havia nascido para aquele destino. Quando terminou a faculdade, fugiu com o dinheiro que tinha e iniciou sua carreira como Caçador de Espécimes, seu antigo sonho. Desejava explorar o universo desconhecido, encontrar criaturas fantásticas e enriquecer de maneira perigosa. Toda a humanidade reconheceria o seu nome, e aquele era o momento oportuno para realizar o seu sonho.

A aproximação austera da nave na atmosfera de Aurora só foi possível devido ao sistema de camuflagem desenvolvido por Mirno. Calculava que dispunha de três horas antes de sua nave constar no sistema de rastreamento da LIPB como objeto não identificado.

Pousou em um ermo distante de qualquer ponto turístico, derrubando a vegetação e abrindo uma cratera terrivelmente ilegal. Desceu com um rifle gravitacional Alinsten 788 em mãos: leve, rápido e com um bom incremento de distância. A roupa sintética, incluindo o capacete lacrado, garantia sua integridade física e fornecia o precioso oxigênio.

Provavelmente Planck vinha logo atrás, sem necessitar de equipamento algum. A criatura quântica suspirou, assistindo a rampa de acesso recolher-se.

– O distúrbio no espaço-tempo aqui é estonteante – a voz de Planck soava ora no ouvido esquerdo de Mirno, ora no direito. – Não há como saber a localização da fonte. Qual o seu plano? Como encontraremos uma criatura que nem sabemos como se parece, em um planeta imenso, em apenas três horas?

Como era de praxe, Mirno riu, renovando a irritação da fada. Começou a andar lenta e cuidadosamente na mata peculiar do planeta. Falou, antes que os protestos do amigo quântico tivessem início:

– Não precisamos encontrá-la. Ela virá até nós.

Seguiu-se um silêncio divertido, que ele já esperava ouvir. Sabia que Plank tentava entender sua sentença antes de continuar o assunto. Só voltou a ouvir sua voz fina quando a nave já desaparecia entre a vegetação alta atrás deles.

– NÃO ENTENDI.

Mirno dirigiu o olhar para Planck. A criatura congelou no ar, como que surpreendida durante um ato escuso. Tinha dois olhos esbugalhados de surpresa, pequeninas asas azuladas que batiam ainda mais rápidas do que as anteriores, e braços e pernas que lembravam os de um ser humano comum, em miniatura. Quando não o observava, Mirno tinha a sensação de que Planck estava sempre em movimento, voando de um lado para o outro incessantemente. Assim que dirigia o olhar para ele, porém, encontrava-o parado, como se estivesse ali o tempo todo.

– A Besta Paradoxal tem um ponto fraco.

Planck flutuava. Cruzou os braços sobre o peitoral diminuto, imitando o comportamento humano que havia observado tantas vezes.

– E como você saberia o ponto fraco de uma criatura que nunca viu?

– Por que você me contou.

Voltou a andar mata adentro, deixando Planck (supostamente) para trás. A voz da criatura voltou a soar, um pouco distante desta vez.

– Eu não te falei nada. Eu não sei de nada sobre esse bicho.

– Ah, sabe sim. Você só não soube entender o que já sabia.

Saíram repentinamente da vegetação densa, entrando em uma clareira. Um vasto precipício jazia cem metros à frente. Mirno andou até sua beirada, sentindo a aproximação de Planck.

– Antes de te conhecer, eu não acreditava que a Besta Paradoxal fosse real. Parecia muito óbvio. Se fosse verdade que, sempre que encontrada por alguém, ela voltasse no tempo para desfazer sua existência, não haveria relato algum. Apenas lendas. Papos de caçadores bêbados. Até que eu te encontrei, assustado e indefeso, naquele planeta sombrio.

Ele se lembrava dos fatos como se tivessem ocorrido no dia anterior. Era seu primeiro ano como caçador de espécimes. Após os meses iniciais infrutíferos, resolveu caçar em um dos planetas mais hostis encontrados pela humanidade: Tártaro.

Lutava para afogar as memórias que tinha das trinta horas agonizantes que passara no planeta escuro, mas elas insistiam em voltar à superfície. Lembrava-se que lá, no meio da escuridão e do desespero, encontrou Plank. O ser diminuto jazia sozinho em um canto isolado nas rochas; um pequeno ponto de luz na ausência quase total da mesma. Sentindo-se responsável pela criatura quântica, alguém mais frágil que ele e que precisava de sua proteção, teve as forças renovadas. Juntos, saíram de Tártaro para nunca mais retornar.

– O que eu falei naquela hora? – perguntou Planck, confuso – Eu poderia ter falado qualquer coisa. Estava assustado demais.

– Foi o que você me contou depois que ecoou na minha cabeça: sua história. Mais precisamente o tempo que você passou com o seu antigo companheiro, o homem chamado Lahal.

Após a fuga de Tártaro, Planck contou sua história. Antes de conhecer Mirno, a fada era amiga de Lahal. Planck lembrava-se de Lahal como um temido Caçador de Espécimes no passado. Seu nome era universalmente conhecido como o melhor caçador de toda a história. O prêmio por sua cabeça era o maior existente.

Então a pequena criatura contou sobre os distúrbios no espaço-tempo. Vez ou outra ele sentia que a realidade era alterada de alguma forma, apesar de ele nunca saber como ou por quem. Quando se dava conta, tudo havia mudado. Repentinamente, Lahal não era mais o caçador de espécimes temido por todos. Ninguém sequer citava seu nome. Era como se ele jamais tivesse existido. Curiosa, a fada quântica passou a procurar o homem até finalmente encontra-lo em um restaurante. Ele lembrava o quão estranho fora encontrar um jovem, de cabelo arrumado, sem tatuagens, cuja plaqueta pendurada ao peito do uniforme o identificava como “Lahal Jensson”.

A amizade entre os dois foi inevitável. Planck não conseguiu conter sua curiosidade, que parecia ser algo natural para as fadas quânticas, e a pena que sentia pelo jovem que uma vez foi um homem feito, temido e procurado por todas as forças da LIPB. Conforme a amizade entre fada e garçom crescia, Planck contava para Lahal sobre o seu passado esquecido. Confuso, o homem ria das histórias estranhas contadas pelo amigo recente. Mas a mensagem não escapou dos seus pensamentos.

Pouco a pouco, Lahal interessou-se pela caça aos espécimes. Planck assistiu enquanto o garçom transformava-se lentamente naquilo que era em outra realidade esquecida. Lahal voltou a caçar e, com o tempo, ganhar muito dinheiro com a atividade. Mas sua proficiência nunca mais foi a mesma. Destemido, Lahal foi até Tártaro, achando que lá conseguiria uma fortuna definitiva. Fez do lugar seu túmulo, após terríveis encontros com criaturas indescritíveis, deixando seu amigo quântico sozinho, preso no planeta sombrio.

Poucas horas depois, Mirno o encontraria.

O caçador parecia desligado da realidade. Olhava o horizonte de Aurora com um olhar perdido, como se esforçasse para recordar a história do diminuto colega. A mesma história que havia lhe dado o insight necessário para aquela caçada incomum que agora empreendia. Planck teve que mover-se rapidamente diante dele para que retornasse à realidade. Quando voltou a observá-lo, Mirno viu um ser translúcido, de pele esverdeada e forma indefinida, como um pequeno anjo.

Sua voz era a mesma de sempre.

– Eu te fiz uma pergunta. O que minha história com Lahal tem a ver com tudo isso?

– Você não entende?  – Mirno falou – A Besta Paradoxal não elimina a existência daqueles que a caçam. Ela simplesmente faz com que eles desistam de serem caçadores. Ela cria uma realidade onde eles seguem outro caminho.

A fada sumiu do seu campo de visão instantaneamente. Sua voz voltou a soar como se viesse de lugares diferentes em momentos diferentes, com agitação renovada.

– Faz sentido! Se Lahal era mesmo o maior caçador do universo, ele encontrou a Besta Paradoxal por conta própria. Então, a criatura voltou no tempo e fez ele virar um… garçom!

– Não só isso. Sua história também me alertou sobre outra coisa: você sobrevive aos paradoxos, trazendo informação de uma realidade para a outra. Planck, você é imune à Besta Paradoxal!

– Weee!

Planck soltou seu gritinho de felicidade. Mirno imaginava a fada dando piruetas no ar. De súbito, a fada deu um grito de alerta.

– Tem alguém se aproximando pela mata!

Mirno assustou-se; o instinto de caçador tomou conta do seu corpo. Em um segundo, tinha o rifle apontado para a mata fechada, cem metros à frente, a mira de longa distância diante um dos seus olhos. Identificou de imediato um movimento. Focou ali sua mira. Súbito, uma menina assustada, com não mais do que oito anos, surgiu. Tinha o semblante aterrorizado.

Qualquer pessoa normal correria para acudir a pobre menina, que provavelmente havia se perdido dos pais durante um passeio de turismo ecológico. Mirno, porém, só tinha um pensamento:

“Metamorfo?”

Ajustou a lente da mira telescópica para captar distorções de luz que eram usadas pelos metamorfos para que observadores os vissem de forma diferente. No mesmo instante o visor emitiu um clarão forte, cegando-o momentaneamente e fazendo com que afastasse o rifle do rosto. Demorou alguns preciosos segundos para recuperar a visão. Retornou a lente ao estado original e apontou o rifle para frente. Não esperava ver o que viu em seguida.

Luz. Um clarão estático, no centro da clareira. Não tinha forma, nem fonte, muito menos sentido. Luz não fica parada.

Um paradoxo.

Usou a mão livre para iniciar o processo de identificação no visor do capacete. A resposta foi rápida.

– Fótons?

“Sim”

A palavra não chegou aos seus ouvidos. Tomou forma no ar. S-I-M. Três letras suspensas, imateriais, irreais.

“Você sabia que eu viria, não é mesmo?”

As letras surgiam, uma após a outra, em ordem lógica. Formavam-se no ar, poucos metros à frente, entre ele e o clarão.

– Sim, eu sabia. Eu deveria ter pensado nisso. Você é feito de luz!

“Sim, você deveria ter pensado nisso”.

Teve duas certezas. A primeira era que estava diante da Besta Paradoxal. A segunda era que não havia como captura-la. O rifle gravitacional criava campos artificiais de gravidade que atraíam criaturas próximas para o seu centro, mantendo-as imobilizadas. Mas para prender uma criatura feita de luz, o campo deveria ser tão intenso que ele mesmo e todo o planeta Aurora seriam sugados para o seu interior: um buraco negro.

Mirno abaixou o rifle, derrotado. A besta poderia, em menos de um milionésimo de segundo, acabar com tudo.

“Inteligente. Nem todos entendem a futilidade de seus atos tão rápido como você.”

– Quantos?

Uma pausa. Estaria ele sorrindo?

“Infinitos. Quando se vive fora do tempo, contar perde o sentido.”

Planck, atrás dele, parecia desesperado. Soltava pequenos suspiros de pavor.

“A criatura atrás de você. Esta que você chama de Planck. Ela sabia que era uma isca?”

– ISCA?

O caçador não ousou observar o amigo de tantos anos enquanto falava.

– A única coisa que resiste à besta paradoxal é você, Planck. Quando eu entendi que ela não eliminava seus inimigos, apenas alterava suas realidades, percebi que ela tinha uma qualidade intrínseca aos seres humanos: curiosidade. Soube então que, quando eu me aproximasse o suficiente dela com você, ela viria até mim.

Mirno largou o rifle no chão e olhou para Planck. A criatura de quatro patas e pelugem felpuda retornou um olhar triste. Talvez soubesse, como ele, que aquele era o fim.

– Eu ia te contar quando capturasse a besta.

“Não se preocupe, pequeno. Você seguirá em frente, como sempre o fez. Vim, sim, para vê-la. Esperava encontrar aquele que espalhara todos os boatos sobre a minha existência. Mas este não é você.”

Mirno respirou fundo e abriu os braços em redenção.

– Estou pronto.

“E para onde gostaria de ir? Quem gostaria de ser?”

– Então é assim que você faz? Dá-nos uma chance de escolher?

“Você me encontrou. Decifrou meu enigma. Você não se lembrará de nada. Posso, ao menos, oferecer-lhe a escolha.”

O caçador lembrou-se do futuro abandonado. Teve a chance de se tornar o gerente de uma empresa multiplanetária e faturar bilhões. Imaginou a decepção da pessoa anônima que o financiara. Ele havia sumido do mapa, usando o dinheiro que tinha para comprar equipamentos de caça. Desejou conhecer aquela pessoa. Alguém que o ajudou sem ao menos exigir reconhecimento. Um pai que nunca conheceu.

– Apenas faça o que quiser.

Neste momento, fechou os olhos.

A Besta Paradoxal movia-se pelo tempo livremente. Criava paradoxos sem pensar, exatamente como um ser humano colocava um pé após o outro durante uma caminhada. Retornou seis anos no tempo e encontrou Mirno recém formado na faculdade. Estava sentado no hall da instituição carente que o ajudou a tornar-se alguém na vida. Tinha acabado de receber um cartão da secretária, acompanhado de um bilhete, que agora lia.

“Caro Mirno. Este é o cartão de uma conta bancária. Encontrará dinheiro suficiente para iniciar a sua carreira sem grandes problemas. Minha responsabilidade termina aqui.

Desejo o melhor para você, sempre.

Seu beneficiador anônimo.”

Tudo seria diferente agora. A criatura alteraria a decisão de Mirno, tornando-o um autêntico homem de negócios. Então, viu-se cercada por espelhos. Estavam em todos os lados. Acima. Abaixo. Uma prisão de espelhos.

Mirno terminava de ler o bilhete anônimo com lágrimas nos olhos, quando ouviu o estrondo de um mecanismo sendo acionado no hall. Um cubo espelhado foi engenhosamente colocado ali, e agora pululava, como se algo estivesse aprisionado em seu interior.

Um homem vinha andando logo atrás. Não passava dos quarenta. Tinha uma roupagem simples, e segurava, em uma das mãos, o mecanismo responsável pela carapuça. Aproximou-se do cubo espelhado e apoiou um pé sobre o mesmo.

– Mirno?

Falou, olhando para o jovem desconcertado, sentado em um sofá. Então sorriu.

– Chamo-me Lahal. Sou seu beneficiador. Acho que lhe devo desculpas por usá-lo como isca.

45 comentários em “O Caçador de Espécimes (Marco Piscies)

  1. Pétrya Bischoff
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Pétrya Bischoff

    Cara, que massa! Logo na explicação do caçador de espécies, pensei no Guia do Mochileiro hahahaha 😛
    Então, gostei do clima sideral e a escrita fez a leitura fluir bem. Adorei as descrições (mesmo que textos do tipo não me agradem tanto) e penso que o autor conseguiu desenvolver muito bem a ideia no espaço (do texto). Parabéns e boa sorte.

  2. bellatrizfernandes
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de isabellafernandes

    Muito legal! Adorei a criatura!
    Não entendi muito bem o final… Mas gostei do que entendi!
    P.S.:Planck lembra o diabrete da Cornualha do Harry Potter 😀
    P.P.S.: Cuidado porque uma hora você diz que ele é azul com seis patas e outras diz que ele é verde com quatro.

    • piscies
      12 de janeiro de 2015
      Avatar de piscies

      Oi Bellatriz! Obrigado pelo comentário!

      Então, na história, Planck muda de forma sempre que é “observada”. Por isso as descrições diferentes ; )

  3. Gustavo de Andrade
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Gustavo de Andrade

    Uma ciência satisfatória, aliada à comédia que lembra Douglas Adams.
    Desnecessário o “Mas não havia escolha para Mirno. Ele era o único capaz de realizar aquela tarefa insana”. Traz um clichê a uma história belamente original.
    A descrição da vida de Mirno foi jogada demais, sem relação com o que estava ocorrendo. Talvez inseri-la através de referências, com uma árvore específca lembrando-o de uma pareceida no orfanato, ou a amizade com Plank fazendo-o lembrar de um amigo da infância ou do beneficiador, essas coisas.
    A frase de recordação do início da relação com Planck foi igualmente artificial… quebrou o texto.
    É Planck ou Plank? O nome dele é quântico?
    “Planck, você é imune à Besta Paradoxal” pareceu aquelas epifanias de filme infantil, quando rola o close na cara da criança protagonista que diz algo já óbvio há uns cinco minutos. Desculpe-me, eu estava mesmo gostando muito do texto!
    “- ISCA?

    O caçador não ousou observar o amigo de tantos anos enquanto falava.” — Filme B de fantasia. Eragon total.
    :/

  4. Eduardo Matias dos Santos
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Eduardo Matias dos Santos

    Um texto bem lucido. Gostei da escolha de nomes. Terá uma boa nota. Boa sorte.

  5. Annacletus Kokkinos
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Annacletus Kokkinos

    Gosto desta pegada sci-fi, espaço, etc. mas talvez este tema esteja um pouco saturado. Entretanto, o autor conduziu a história muito bem e merece os parabéns.

  6. Sidney Muniz
    11 de janeiro de 2015
    Avatar de Sidney Muniz

    Esse conto li há alguns dias, e voltei para dar mais uma lida e tentar compreender melhor.

    É um ótimo texto.

    A técnica é cativante e a proposta ousada.

    Confesso que não é meu tipo predileto de leitura/gênero, mas curti bastante.

    Isso só aumenta seus méritos!

    Parabéns e boa sorte!

  7. Fil Felix
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Fil Felix

    Esquema do comentário + nota: 50% Estética/ Tema e 50% Questões Pessoais

    = ESTÉTICA/ TEMA = 5/5

    Já é um dos meus candidatos ao pódio! Visível como o autor manja do que está fazendo, transparecendo profissionalismo. Escrita gostosa de acompanhar, sem exageros e floreios, criando uma atmosfera e um universo bem críveis e em pouco espaço de tempo, sem forçar. Em relação ao tema, não há muito o que dizer, adorei a besta paradoxal e seu poder. Num momento (quando diz que não tem forma), imaginei o pokemon Missingno ^^

    = PESSOAL = 5/5

    Adorei, o final foi decisivo pra esse 10. Uma trama fechada e que surpreende, trazendo um paradoxo bem interessante. Algumas sacadas achei geniais, como dos transmorfos utilizarem da luz pra mudar a aparência e a caixa de espelhos. Parabéns.

    Obs: vi num comentário que você está reescrevendo numa “edição definitiva”. Sugiro que tome cuidado para não deixá-lo longo demais e massante, pois achei ele muito bom do jeito que está. Se caso fosse maior, com descrições mais detalhadas, talvez teria sido mais cansativo de ler e centralizado num nicho muito específico (dos que curtem sci-fi detalhados).

  8. Jefferson Lemos (@JeeffLemos)
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Jefferson Lemos (@JeeffLemos)

    Sobre a técnica.
    Muito boa! Teceu o conto de forma primorosa, e apesar de eu achar que em alguns trechos a qualidade oscilou, no geral o conto foi muito acima da média!

    Sobre o enredo.
    Contaço! Fico imaginando o dia em que terei essa naturalidade para lidar com FC, já que é para o lado que quero seguir. Gostei das criações e de tudo que ocorreu durante o conto.Assim como o Rubem, também lembrei-me do personagem Lobo da DC. O clima e as explicações ficaram muito boas, e apesar do Planck ter mudado também de nome, isso não tirou o brilho do conto!

    E ainda por cima, o Miguel nos deu uma aula de física. Quer coisa melhor? haha

    Parabéns!
    Boa sorte!

  9. Willians Marc
    10 de janeiro de 2015
    Avatar de Willians Marc

    Olá, autor(a). Primeiro, segue abaixo os meus critérios:

    Trama: Qualidade da narrativa em si.
    Ortografia/Revisão: Erros de português, falhas de digitação, etc.
    Técnica: Habilidade de escrita do autor(a), ou seja, capacidade de fazer bons diálogos, descrições, cenários, etc.
    Impacto: Efeito surpresa ao fim do texto.
    Inovação: Capacidade de sair do clichê e fazer algo novo.

    A Nota Geral será atribuída através da média dessas cinco notas.

    Segue abaixo as notas para o conto exposto:
    Trama: 8
    Ortografia/Revisão: 10
    Técnica: 9
    Impacto: 7
    Inovação: 9

    Minha opinião: Ótimo conto. Gostei muito dos personagens e da ambientação, O conhecimento em ficção cientifica do autor(a) é um ponto fortíssimo do conto. Não tenho sugestões de como melhorar o conto.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  10. Miguel Bernardi
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Miguel Bernardi

    Olá!

    Cara, parabéns pelo seu conto. Os conceitos científicos foram muito bem empregados, usados com genialidade: por exemplo, a fada quântica. Os paradoxos, o fato da luz ficar parada, isso também foi muito legal, embora caia na ficção.
    A qualidade da narrativa é inquestionável, flui e funciona muito bem. Adorei, acima de tudo, a fada, Planck. Aliás, mais uma referência bem colocada. Senti uma pegada Guia do Mochileiros das Galáxias no começo, com a referência direta ao Guia, no estilo que o Adams usa nos livros, e ficou muito bom.

    Agora, como estudante de Física, devo me ater à um detalhe…

    No caso do buraco negro, o planeta não seria sugado por um. Ele continuaria orbitando-o normalmente. Não sei ao certo onde essa ideia começou, mas é errada. Caso uma estrela – e uma muito massiva – tivesse terminado seu tempo na sequência de evolução, poderia sim, transformar-se num BN. O que aconteceria é que toda a massa da estrela, que já não consegue mais energia nuclear das reações de fusão, passaria a concentrar um ponto minúsculo (variando com a massa da estrela). Mas as forças que agem sobre os corpos em movimento, planetas e etc, não mudariam.
    Há conservação de massa, portanto, a força gravitacional não aumenta. A confusão do fato de quê ‘nada escapa de um buraco negro’ decorre da Relatividade de Einstein, que diz que nenhuma informação viaja tão rápido quanto a luz, e este é o limite superior para velocidades. E então se introduz o termo ‘velocidade de escape’: É a velocidade necessária para algum corpo (já ‘dentro’ do buraco negro) escape de seu campo gravitacional.

    Como a maior velocidade possível é c, a velocidade da luz no vácuo, temos que c é a velocidade limite de escape para algum corpo. Quando o raio de uma estrela tende à zero(se aproxima de um BN, se for muito massiva), a velocidade de escape tende à c, portanto, nem a velocidade da luz consegue realizar a ‘fuga’.

    No mais, é isso. Amei o conto, é um 10. Abraço!

    • Schrodinger
      10 de janeiro de 2015
      Avatar de Schrodinger

      Olá miguel! Obrigado pelo excelente comentário!

      Entendi o que você falou sobre o buraco negro. Achei interessante o detalhe da conservação de massa: nunca tinha pensado dessa forma. Como falei anteriormente, sou um entusiasta da área, mas não sou físico.

      Só que não sei se você entendeu a situação de Mirno na história: ele teria que criar um buraco negro DENTRO do planeta Aurora para capturar a criatura. Neste caso, o planeta não continuaria orbitando o buraco negro… por que o mesmo teria sido criado, do nada, DENTRO dele. (nota: a arma de criação de campo gravitacional artificial faz parte da “ficção” em ficção científica, rs). Seria como se, repentinamente, a massa de uma estrela inteira fosse criada, condensada, em um ponto dentro do planeta. Neste caso, o planeta meio que “implodiria”… não?

      Se eu estiver errado [e só avisar. Acho que tenho que estudar mais, hahahha!

      Abraço!

      • Miguel Bernardi
        10 de janeiro de 2015
        Avatar de Miguel Bernardi

        Nesse caso, está certíssimo! Toda a massa do planeta, muito menor que a da estrela que gerou o buraco negro, ficaria presa dentro do campo gravitacional do BN, assim, de fato, Mirno teria sucesso!

  11. Brian Oliveira Lancaster
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Victor O. de Faria

    Apesar de muitos não curtirem a veia sci-fi por aqui, eu sim. Gostei do misto de MIB, Guia do Mochileiro e Halo, bem como a criatura paradoxal. E que final hein! Notei apenas uma frase um tanto deslocada e Planck escrito diferente, mas não chegou a atrapalhar a experiência. Duas criaturas fantásticas bem diferentes com um pé na FC (e lá vem aquela “discussão” de novo).

  12. Anorkinda Neide
    9 de janeiro de 2015
    Avatar de Anorkinda Neide

    É daqueles contos nota dez!
    Parabens, autor!
    Senti uma pegada dos mochileiros,aliás, logo de inicio me ambientei por eles e segui pelo conto adiante,como uma viajante estelar 🙂
    Planck era o nome do amiguinho do Du, Dudu e Edu,nao era? eu assitia com meus filhos..
    Dae que me apeguei a esse desenho animado e nao consegui imaginar a fadinha quantica! kkkkk mas a personalidade da personagem está ótima!
    Ahh nao curti os nomes Mirno e Lahal, torci o nariz a cada vez q apareciam..coisas de quem se insere no conto e fica dando pitaco furado.

    Abração

    • Schrodinger
      10 de janeiro de 2015
      Avatar de Schrodinger

      Anorkinda,

      que engraçado você lembrar de Du, dudu e edu! hahaha! Realmente aquele pedaço de nandeira amigo deles se chamava Plank (sem o C).

      Obrigado pelo comentário!

  13. Lucas Rezende
    7 de janeiro de 2015
    Avatar de Lucas Rezende

    Ótimo conto, realmente surpreendente. (Imagino quem seja o mestre que nos premiou com este conto ;))
    Os termos inventados foram usados com tana naturalidade que pareceram fazer parte do meu vocabulário. Em acordo com alguns comentários abaixo, Planck rouba a cena.
    Não tenho muito a dizer, a história está muito bem escrita e conduzida.
    Parabéns.
    Boa sorte!!!

  14. Laís Helena
    7 de janeiro de 2015
    Avatar de Laís Helena

    Gostei muito do conto! Confesso que, no começo, fiquei desanimada com o tamanho, mas sua narrativa me prendeu de maneira que quando vi já tinha acabado.
    Apesar do limite de palavras, você conseguiu explorar muito bem os personagens, os cenários, o mundo que você criou. E ainda que detalhes do mundo criado não possam estar no conto devido ao limite de palavras, senti que foi bem elaborado.
    As criaturas fantásticas são muito criativas e também foram bem exploradas. Além disso, a trama foi bem estruturada, sem que pontas soltas fossem deixadas. Apesar de poder ser extrapolada para um conto maior ou até mesmo para um romance, se quisesse, você conseguiu fazer com que coubesse em 3000 palavras.
    Foi, creio, o conto de que mais gostei neste desafio.

    • Schrodinger
      7 de janeiro de 2015
      Avatar de Schrodinger

      Laís,

      Obrigado pelo comentário! Estou lisonjeado. Acho que fiquei tão lisonjeado que acabei clicando sem querer no botão de “dislike” lá em cima, hahaha! Desconsidere! =D

  15. rubemcabral
    6 de janeiro de 2015
    Avatar de rubemcabral

    Ótimo conto: muito criativo e com um “loop” temporal digno de aplausos. De erros eu só notei o nome do Planck – que foi grafado algumas vezes como Plank.

    Lembrou-me HQs feito Heavy Metal ou, ainda, o personagem Lobo da DC Comics.

    Parabéns.

  16. rsollberg
    4 de janeiro de 2015
    Avatar de rsollberg

    Diferentemente da amiga, Maria Santino, a ficção cientifica não é algo que me apetece muito. No entanto, como fiz com todos os contos desse desafio, peguei meu preconceito, embrulhei bem direitinho e enfiei… numa caixinha de espera, bem longe do meu senso critico.

    Pois bem, gostei muito do conto.
    Começar com uma nota foi muito instigante e já situa um pouco o leitor, enciclopédia universal 3898, ótima sacada.

    Algumas criações foram geniais: Planck, a fada quântica, a besta paradoxal, Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade

    Mirno era a vitima perfeita para a Besta, queria se tornar um caçador famoso, reconhecido por todo o Universo, mas corria o risco de ser apagado. Bem interessante.

    A trama também tem muitos méritos e prende o leitor. Os personagens foram bem explorados e pontuados. Penso que é mais um dos contos nesse desafio que tem força de romance. Aconteceu uma corridinha no final, provavelmente em razão do limite de palavras. E por falar em “provavelmente” essa frase não me soou legal “Provavelmente Planck vinha logo atrás, sem necessitar de equipamento algum”. Sei lá. “Plank vinha logo atrás” ou “Provavelmente, Plank viria logo atrás”.

    Só encontrei um “captura-la” no meio do texto.

    Ah, gostei igualmente do apelido escolhido pelo autor. Confesso que conheci através do Sheldon Cooper, mas não espalha.

    Certamente é um dos melhores contos desse desafio!
    Parabéns e boa sorte!

    • Schrodinger
      5 de janeiro de 2015
      Avatar de Schrodinger

      Caro rsollberg,

      obrigado por deixar o preconceito de lado! Eu também tenho feito isso nos meus comentários desse desafio e sei como é difícil.

      Obrigado também pelo comentário. Sobre a frase “Provavelmente Planck vinha logo atrás…”, esta foi uma tentativa de dizer que Mirno nunca sabe exatamente o que seu amigo diminuto está fazendo. Tudo é “provável”. Mas admito que foi uma tentativa infeliz. Vou levar isso em conta =)

      PS: Não há vergonha em aprender coisas com o Sheldon. Ele é um doutor na área… não é?

  17. Andre Luiz
    1 de janeiro de 2015
    Avatar de Andre Luiz

    Eu viajei pelo tempo como era de se esperar, indo e vindo pela história junto com Mirno, Lahal e Planck. Achei o início lento, porém entendo que está explicação é essencial para a trama à medida que inicia o conhecimento sobre a fada quântica -por sinal, uma criatura fantástica excepcional- , a LIPB e tudo mais, ganhando muitos pontos em ambientação e personagens. Com certeza, o conto é um dos dez melhores do concurso, deixando-me absorto na perícia do autor com as palavras. Parabéns!!! Sucesso no concurso!

  18. Leonardo Jardim
    29 de dezembro de 2014
    Avatar de Leo Jardim

    Muito bom! Gostei bastante! Comecei a ler pensando que o criticaria por fugir ao tema (sou meio chato com isso), mas os seres alienígenas ficaram tão fora do comum, quase mágicos, que optei por não reclamar disso 😉

    Preciso fazer coro aos que gostaram de Plank: o autor conseguiu descrever um conceito complicado com maestria e nos fazer imaginar cada uma de suas formas ainda passando carisma à criatura. A trama pra mim encaixou direitinha, consegui acompanhar tudo e o meu sorriso de satisfação com o final (que, é verdade, acabou por não ser tão surpreendente assim) é um sinal claro de minha aprovação.

    Envolvi-me tanto com a história que, se teve algum problema de português, eu deixei passar. Mergulhei completamente na narrativa e não vi o tempo passar. O único problema mesmo foi decorrente da falta de espaço: ficou corrido.

    Parabéns e boa sorte!

    PS.: Quero ler o conto completo quando estiver pronto.

    • Leonardo Jardim
      29 de dezembro de 2014
      Avatar de Leo Jardim

      Fiquei interessado no assunto e fiz uma rápida pesquisa por “Schrodinger” e seu gato. Cara, que viagem! Você é físico?

      • Schrodinger
        5 de janeiro de 2015
        Avatar de Schrodinger

        Leonardo,

        Obrigado pelo comentário! Não sou físico, mas sou um entusiasta da área =)

        Vou postar no grupo do Entre Contos no facebook quando terminar o conto completo. Vlw pelo feedback!

  19. Jowilton Amaral da Costa
    28 de dezembro de 2014
    Avatar de Jowilton Amaral da Costa

    Pô, muito bom. Viajei legal no conto. Bem escrito e inventivo como toda boa ficção científica deve ser, na minha opinião. Imaginei todas as formas narradas da fada. Gostei do fim, não achei que foi previsível. O nome Lahal é um palíndromo, lê-se de trás para frente ficando o mesmo sentido, o que nos remete ao passado e o futuro, uma volta, como a viajem do tempo. O nome foi escolhido por isso? Acho que estou viajando, kkkkkkkkkkk. Boa sorte.

    • Schrodinger
      5 de janeiro de 2015
      Avatar de Schrodinger

      Jowilton,

      Obrigado pelo comentário! O pior é que eu não fiz o palíndromo propositalmente… mas foi uma feliz coincidência! hahahaha. Como gosto de dizer: nós não criamos as histórias, apenas as desenterramos. Então… vai que o nome estava lá o tempo todo, e eu só o “descobri”, rs rs rs.

  20. Fabio Baptista
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Fabio Baptista

    ======== TÉCNICA

    Muito boa dentro da proposta (Ficção Científica).

    Bem ambientado, bem narrado, personagens bem estabelecidos (Plank realmente ganha a cena).

    Só me pareceu um pouco corrido em algumas partes, provavelmente em virtude do limite de palavras.

    ======== TRAMA

    Confesso que estava um pouco entediado até o meio da narrativa.

    Mas depois a coisa engrena e começa a fluir muito bem.

    Essas coisas de viagem no tempo sempre me confundem um pouco, como, num exemplo recente, no filme Interestelar.

    Não posso dizer que entendi tudo perfeitamente, mas gostei do que entendi. Ou do que acho que entendi.

    ======== SUGESTÕES

    Bom, o autor já disse que vai escrever a história com as palavras que ela pede… então não tenho nada a sugerir.

    ======== AVALIAÇÃO

    Técnica: ****
    Trama: ****
    Impacto: ****

  21. Marcellus
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Marcellus

    Quase desisti quando cheguei até a “fada quântica” chamada… “Planck”! Felizmente, a decisão de prosseguir valeu a pena. O conto é muito bom.

    Há as pequenas revisões de praxe (“beneficiador”? Minha avó chamaria de “máquina de arroz”. Ou a frase “O caçador lembrou-se do futuro abandonado.”, que ficou um tanto deslocada), mas é muito interessante e o tema, como vocês sabem, me interessa muitíssimo.

    Parabéns e boa sorte!

  22. Tiago Volpato
    27 de dezembro de 2014
    Avatar de Tiago Volpato

    O conto é muito bem escrito e tem um estilo muito bom. É uma ótima história de ficção cientifica! Abraços!

  23. mariasantino1
    26 de dezembro de 2014
    Avatar de mariasantino1

    Olá!

    Gostei bastante (eu já disse que gosto de LER ficção científica?). Pois sim, achei que seu conto tem uma boa dose de criatividade, ótimas sacadas quanto a ambientação e construção do serzinho também (ele se modifica várias vezes e eu gostei de imaginar cada uma), o revelar do fim também é muito bom e acho que seu conto seria um excelente roteiro para telona. Sim, o Lahal era mesmo o maioral 🙂 Gostei da sua narrativa.

    Agora, só umas opiniões dessa leitora chata aqui 😀 Não curti muito os flashs, não achei que foram naturais. Acredito que poderia ser perfeitamente incluso de outra forma no texto que não essas duas paradinhas. Não curti o tamanhico do Planck (Dois centímetros é aproximadamente dois tic-tacs (drops) empilhados, acho um tamanho muito reduzido, cinco centímetros seria legal. – reafirmo, opinião, somente). A assinatura — “Seu beneficiador anônimo.”, o leitor já havia percebido. Acho que só o “benfeitor” já dá conta do recado.

    Parabéns pelo conto. Boa sorte no desafio e Boas Festas.

    • Schrodinger
      26 de dezembro de 2014
      Avatar de Schrodinger

      Oi Maria. Obrigado pelo comentário!

      Concordo com a dica da assinatura no final da carta. Acho que ninguém escreveria “seu beneficiador anônimo”, rs. My bad.

      O problema dos flashes é o mesmo problema que comentei com o Daniel abaixo: a limitação de palavras. No final, acho que a ideia da trama era grande demais para tentar escrever em apenas 3 mil palavras. Acabou que não pude explorar muito o cenário, fazer transições decentes ou mesmo explorar em profundidade os personagens. Já estou reescrevendo a versão “correta” do conto, sem limite de palavras. Acho que vai beirar as dez mil, rs.

      Abraço e obrigado!

  24. daniel vianna
    25 de dezembro de 2014
    Avatar de daniel vianna

    O autor tem imaginação e bom conhecimento de ficção científica. Além disso, boa capacidade de envolver o leitor. O conto é muito bom. Achei que a construção da trama poderia ser melhor, e creio que não será difícil para ele se aprimorar nesse sentido. Por exemplo, compreendi o fato de Lahal ter usado Mirno como isca, mas isso não soou como uma ironia e também não me causou uma sensação de surpresa como esperado. Não sei se Planck teria participado dessa trama ou se também a recebeu com surpresa. Isso podia, devia ser explorado. Enfim, as ideias são ótimas, e faltou apenas uma pequena lapidação. O conto, em geral, é mesmo muito bom. Parabéns.

    • Schrodinger
      26 de dezembro de 2014
      Avatar de Schrodinger

      Oi Daniel, obrigado pelo comentário!

      Eu acho que a ideia era muito grande para um conto de 3 mil palavras mesmo. Também achei que poderia ter explorado diversos outros aspectos do conto e construído uma ambientação melhor… mas no final tive que cortar muito para encaixar no limite do desafio. Para você ter uma ideia, inicialmente meu conto tinha 4.800 palavras, e mesmo então eu já achava que poderia escrever mais.

      De qualquer forma, obrigado!

  25. José Murilo Ferraz
    25 de dezembro de 2014
    Avatar de José Murilo Ferraz

    O autor revela ter duas qualidades básicas para um bom contista: escreve de forma simples e direta, tem criatividade ( muita criatividade ! ). Os personagens são fantásticos – Planck é sensacional! Um ser minusculo de dois centímetros, imune à besta paradoxal é simplesmente um achado! Duas coisas podem ser melhoradas:
    * Revisão final do texto ( com um tempo tão curto, creio ter sido esta a principal dificuldade de todos os que participaram do desafio), que certamente você fará depois;
    * Oferecer algumas dicas para o leitor, tendo em vista a complexidade do tema – mecânica quântica, paradoxos temporais, etc.
    Excelente enredo e ótimo conto.

  26. Swylmar Ferreira
    24 de dezembro de 2014
    Avatar de Swylmar Ferreira

    Schrodinger
    Excelente conto de ficção, O personagem central Mirno é bastante interessante. O conto tem boa criatividade com trama imaginativa e muito bem engendrada no levando a um final surpreendente.
    A ideia do personagem Planck – uma fada quântica – é sensacional. A linguagem é objetiva o que facilita o entendimento do leitor. Considerei o conto adequado ao tema. Parabéns!

  27. Claudia Roberta Angst
    23 de dezembro de 2014
    Avatar de Claudia Roberta Angst

    Um conto de ficção científica muito bem escrito e elaborado para surpreender o leitor. A leitura foi agradável, mas tive de me manter bem atenta para não me confundir com a narrativa. Perdi o fio da meada algumas vezes, mas acho que entendi. Planck agradou-me como personagem. Boa sorte!

  28. Ana Paula Lemes de Souza
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Ana Paula Lemes de Souza

    É um ótimo conto de ficção científica, embora não seja meu tipo favorito de escrita. A história é inteligente, bem conduzida e o final, embora previsível, é ótimo!
    Também fui fisgada por Planck, o melhor de todos os personagens.
    Parabéns, desejo sorte nesse desafio!

  29. Sonia Rodrigues
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Excelente conto de ficção científica. Adorei. Esta reviravolta da “isca” no final surpreende.
    Crítica: o começo faz o leitor pensar que o conto será ecológico, que vai defender a biodiversidade etc O desenrolar do conto vai em outra direção, atrás da Besta Cósmica, foi ótimo, interessante, mas desconectada da informação ” A Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade encontra-se atualmente em campanha de busca e aprisionamento de todos os caçadores” . Acho que precisa de uma pequena revisão aí, para adequar a informação à história – ou eu perdi alguma coisa?
    Esclareça-me, se puder, abraços,

  30. Sonia Rodrigues
    22 de dezembro de 2014
    Avatar de Sonia Rodrigues

    Excelente conto de ficção científica. Adorei. Esta reviravolta da “isca” no final surpreende.
    Crítica: o começo faz o leitor pensar que o conto será ecológico, que vai defender a biodiversidade etc O desenrolar do conto vai em outra direção, atrás da Besta Cósmica, foi ótimo, interessante, mas desconectada da informação ” A Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade encontra-se atualmente em campanha de busca e aprisionamento de todos os caçadores” . Acho que precisa de uma pequena revisão aí, para adequar a informação à história – ou eu perdi alguma coisa?

    • Schrodinger
      22 de dezembro de 2014
      Avatar de Schrodinger

      Olá Sônia!

      A Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade, ou LIPB, aparece algumas vezes durante a trama como uma espécie de antagonista: ela caça os caçadores de espécimes, ou seja, o próprio Mirno está sendo caçado.

      Isto pode ser notado em alguns trechos tais quais:

      “Ele sabia que, além de magnífica, a Besta Paradoxal era muito inteligente: tomara como lar um planeta movimentado e protegido pela Liga Interplanetária de Proteção à Biodiversidade.”

      “Calculava que dispunha de três horas antes de sua nave constar no sistema de rastreamento da LIPB como objeto não identificado.”

      “Seu nome não estaria nas listas de procurados do governo.”

      Eu gostaria de ter mais tempo para explorar este antagonismo, mas não tive palavras o suficiente, rs.

      Espero ter tirado a sua dúvida.

      Obrigado pelo comentário!

      • Sonia Rodrigues
        23 de dezembro de 2014
        Avatar de Sonia Rodrigues

        Schrodinger,

        se a profissão de caçador de espécimes é ilegal, como é que ele ganha apoio financeiro no final???

      • Schrodinger
        23 de dezembro de 2014
        Avatar de Schrodinger

        Sonia,

        Relendo com calma o conto, você perceberá que o final acontece no passado, quando Mirno ainda era jovem. Ele não recebe apoio financeiro para ser um Caçador de Espécimes. Ele recebe dinheiro de um beneficiente anônimo para seguir a carreira de negócios, para qual ele estudou.

        Qualquer outra dúvida pode perguntar. Espero que tenha sido claro =)

  31. Virginia Ossovsky
    21 de dezembro de 2014
    Avatar de Virginia Ossovsky

    Muito bom, inteligente e filosófico, tem um estilo instigante. Li com curiosidade e adorei o Planck. É uma daquelas histórias que dão um nó na cabeça. Parabéns e muito boa sorte !

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Informação

Publicado às 20 de dezembro de 2014 por em Contos Campeões, Criaturas Fantásticas e marcado .