O Conde de Monte Cristo é um clássico, escrito pelo francês Alexandre Dumas, entre 1844 e 1846, e traz, como tema central, a complicada moralidade da justiça – ou, da vingança, a critério de quem lê.
A obra traz, em terceira pessoa, a história de Edmond Dantés, um marinheiro que está prestes a ser nomeado Capitão e a se casar com aquela que acredita ser o amor de sua vida.
O próprio protagonista se espanta com a sua boa sorte, até que uma denúncia falsa o põe preso em uma cela na prisão do Castelo de If.
Após 14 anos encarcerado, Edmond finalmente consegue escapar, e as minúcias de sua fuga são bem descritas no livro.
A partir daí, Edmond consegue descobrir quem armou contra ele, quando, onde, como e por quê.
Ele assume então uma nova identidade na alta sociedade parisiense, mas não pára por aí. Para concretizar os seus intrincados planos, ele cria outros personagens, a partir de mudanças no tom de voz, na postura, nas vestes e nas perucas, assumindo novas personalidades.
Essas identidades misteriosas e os seus planos não são apresentados de uma vez ao leitor.
O livro faz questão de ministrar em pequenas doses as informações, que vão se encaixando como um delicado quebra-cabeças.
E assim, algumas perguntas vão surgindo, no desenrolar da história.
Edmond consegue concretizar seus planos? Até onde vai a justiça que ele pretende gerar? Essa justiça consegue manter a sua nobreza ou passa a se tornar uma vingança? E como o protagonista se sente após toda essa trama? Frustrado, realizado, ou com remorsos?
O interessante é que o livro traz em detalhes, sem deixar pontas soltas, as respostas às perguntas que vão surgindo.
Como crítica, é possível perceber que, em alguns trechos, a obra poderia ter sido um pouco mais sucinta – talvez o fato de ter sido publicada inicialmente no formato de folhetim (aos poucos, como uma novela ou seriado), explique esse fenômeno. Porém, não é nada que abale demais a fluidez do texto.
Chama atenção, inclusive, o fôlego que a obra apresenta na sua narrativa, que é, de uma forma geral, bem intenso. Fiquei tocada, também, pela persistência, coragem e resiliência do personagem (adoro figuras assim)!
A obra é um clássico dos bons, traz personagens interessantíssimos e consegue trazer a história em um bom ritmo.
Com certeza uma leitura indispensável!
Nota: 4.5/5.0
Oi, Ana Letícia.
Só pela sua descrição dá pra perceber que a obra poderia ser mais sucinta mesmo kkk
Tenho um pouco de preguiça de ler, mas clássico é clássico, né. Sempre me surpreendo lendo estes, mesmo se a sinopse não empolga. Quem sabe um dia!
Obrigado pela resenha.