EntreContos

Detox Literário.

O Homem Mais Feio Daquele Lugar (André Lima)

No meu destino, até onde minha vista alcançou, só eu desci do trem. Senti o reflexo de uma solidão metálica naquele imenso monolito em forma de dragão chinês, com seus mais de quatrocentos vagões, que dobravam-se por entre cidades, onde o último chovia e o primeiro suava nos vales das encostas.

Onde desci não era bem uma cidade, tampouco um povoado, era alguma coisa ao meio-dia do urbanismo voraz dos tempos de hoje e do primitivismo tribal dos romances antigos. As ruas cheiravam a maresia enlutada, como se ali próximo, onde enxerguei um pedaço de mar, houvesse muitos afogados que aquele povo ainda dobrava-se em saudade. A arquitetura à beira-mar daquele local era de casas que mais pareciam caranguejos se acotovelando. Adentrei um albergue. Os bêbados cantavam afinados, o que decidi ser suficiente para pernoitar. Lá vi os mercadores japoneses se vangloriando de terem pescado um marlim que vomitava relógios de bolso e um velho manco que tinha fascínio por jacarés-açu e me jurou que encontrara um, no pantanal, que sabia assobiar os modos gregos. Até que percebi que eu era o alvo de todas as conversas, talvez por ser a novidade daquele local, por não ter cheiro de pescador, de modo que até a cozinheira tentava me impressionar, contando dos horrores que o Pirata Anacleto das Calças-Frouxas fizera com seus bisavós, e de como Bispo Heleno, que se hospedava na Igreja por acaso, matou-o com um tiro soprado no coração por um revólver antigo que pertencera a Bat Masterson.

“O que é capaz de te perturbar?”, perguntou-me.

“O que está onde não devia ou que não está onde devia”.

Sorriu, como se esperasse por essa resposta, tendo a narrativa perfeita para enfim impressionar meu coração de hiena, dizendo que me contaria um marco nas vidas de todos que ali moravam, numa narrativa tão simples, mas que, por alguma razão, causava muitos sentimentos. Era a história do homem mais feio que já existiu naquela cidade, na verdade, de qualquer canto do cosmos onde fosse possível nascer alguém.

Assim como muitas crianças indesejadas, fora abandonado na porta da Santa Igreja, de modo que sua história quase se confunde com a de Quasímodo. Padre Viana não teve o direito de recusá-lo. Os poucos que o viram o acusaram de feiura escandalosa e ofensiva, mas Padre Viana se manteve firme na promessa de educá-lo. E assim cresceu, sendo escondido dos demais e com pretensão otimista de um dia se tornar diácono.

Era Dia do Luto, onde se relembrava a morte dos coitados degolados por Calça-Frouxa, quando faziam uma fila de canhões e disparavam em sincronia e as crianças levavam susto e os adultos levavam a sério, pois todo o sofrimento da história se justificaria um dia no futuro daquele lugar. E vinham anunciando aos gritos, olhem bem, vem aí Paco, o mago da Patagônia, o único homem que pode se orgulhar de nunca ter falhado em um feitiço que se dispôs a fazer. Veio com pompa, sentado num trono de nogueira, carregado nos ombros de quatro chilenos.

Primeiro, curou o galo de Benício de uma gripe insistente, depois fez Martinho aprender esperanto e curou o joanete de um sapateiro. O mais impressionante: evocou o espírito de João Cabral por meio de psicofonia e o fez pedir desculpas por não ter deixado um testamento. A criatura horrenda observava, maravilhada por todos os feitos do mago, distante, aproveitando a distração dos habitantes que não tinham como repousar os olhos em suas feições. Até que veio Mauro, o homem mais rico, que um dia comprara a cidade dos contrabandistas.

“Minha esposa morreu de soluço. Isso mesmo que o senhor está ouvindo. Era saudável como uma cabra. Olhou para nosso filho, soluçou e escafedeu-se desse mundo. Traga-a de volta e te dou tudo que tenho”.

Paco coçou a cabeça e disse com seu sotaque castelhano: “mire bem, ressuscitar a los muertos es una tarea complicadíssima, e tudo depende de como e quando murió. Quando fue sua muerte?”

“Faz sete dias”.

“Como me apena! Com um sollozo solo logro trazer de vuelta a quem morreu hace, como mucho, seis dias”.

O ricaço sacudiu a cabeça. “Tudo veio cedo em minha vida, só tu mesmo que me vieste tarde demais”. E se retirou em lamento profundo. Os cidadãos, que àquela altura perceberam a presença da criança, chamavam Paco, enquanto apontavam para o menino.

“Quem é?”

E disseram-lhe que era um cachorro qualquer que se infiltrara na igreja ou só um filho rejeitado de Deus, mas que, na verdade, sua feiura era imagem e semelhança de qualquer deus que não fosse o deles.

Tragam, tragam a bestafera, gritavam todos, mesmo que não ousassem tocá-lo com as mãos nuas.

“Dímelo sem medo. Quieres que te cure?”

O homem assentiu. Com movimentos teatrais e sopros de incenso, o mago recitou palavras em latim que não surtiram efeito, então foi para o grego, o tupi e, por fim, vendo que não havia outra solução, teve que apelar para o hebraico. Sentiu um estouro no estômago, num baque que o fez cair estatelado, de costas no chão, vomitando a todo momento uma gosma esverdeada.

“Este homem é o diabo encarnado”.

Dizia entre os jatos de vômito. Vendo tudo aquilo que se sucedia, Padre Viana intercedeu para retirar a criatura, dizendo em bom som com a autoridade que somente o sacerdócio pode dar:

“Vá para a puta que te pariu, velho charlatão!”

Paco foi-se com seus comparsas, ardendo em febre de quarenta graus, dizendo a todos que se aproximavam de sua mula: aquele homem é amaldiçoado.

Não tardou para que a população pressionasse Padre Viana para que retirasse a criatura da igreja, pois os argumentos agora eram reforçados com a prova irrefutável de sua maldição. A situação se tornou insustentável, até o dia em que o padre o informou que sua estadia lá não seria mais permitida, embora pudesse ficar no casebre abandonado, próximo à praça central, propriedade da igreja onde Bispo Heleno cometera seu assassinato.

Com aquele rosto que era o avesso de um poema, rompeu a lágrima muda.

“Sinto muito”, disse o padre. “Lá de longe, ouvirá o meu choro”.

“Quando chamas a Deus, que é teu pai, ele vem. Por que quando chamo meu pai, tu não vens a mim?”, perguntou com toda dor daquele momento.

“É melhor, portanto, que chames a Deus”, sentenciou.

Mudou-se. Passou a maior parte do tempo em solidão profunda, na companhia dos próprios pensamentos impuros, espantando as aranhas e as lacraias do duro chão que chamou de cama. Deixava sempre a porta aberta. Vez ou outra, Padre Viana o chamava da rua, olhando para dentro, mas sem entrar, clamando para que retornasse à igreja, prometendo sua remissão, mas o homem já havia se acostumado com o fedor do abandono.

Até o dia em que foi despertado pelo som de algo batendo no chão e rolando até si. Era um pão, enrolado em papel marrom, que fora jogado por duas crianças que mais pareciam anjinhos, certamente irmãos, com a curiosidade atávica dos filhotes de mamíferos.

“Obrigado, meus amiguinhos”, disse com sinceridade. “Podem entrar”. Mas as crianças se entreolharam e nada disseram. Viram-no se alimentar como um animal. O fato se repetiu através das semanas, o que o fez sentir a presença de uma amizade unilateral. Por vezes, contava às lacraias, na madrugada, os delírios íntimos de sua alma. “Devem ser Cosme e Damião”, dizia. Mas ouvia, também, com frequência, o aviso alto dos adultos que alertavam que com a bestafera não se brinca, que tomassem cuidado para não caírem no feitiço, que se afastassem, que dessem os pães aos mendigos e aos pombos da praça central.

Numa noite claustrofóbica, quando até o brilho do luar se recusou a adentrar naquela residência, viu a silhueta de um cão passando pela calçada, até que o mesmo cão o olhou. Percebeu ali que nunca havia sido contemplado, nem mesmo pelo padre, mas por aquele cão, sim. Sentiu-se um ser vivente, digno do olhar do outro, mesmo que este outro estivesse agora mesmo lambendo o chão. Sentiu-se medonho, verdadeiramente medonho, repugnante, e só assim pôde enfim clamar a Deus, num clamor que nunca antes fora tão sincero, ao percebe-se inútil criatura, sem significado e imensamente não-merecedor do olhar divino. Prostrou-se diante da imensidão do cosmos, lambeu o chão também, tinha gosto de sangue de pirata e terra pisada, mesmo com a ausência de resposta, sentiu, enfim, que a luz da lua invadiu a casa, pousando levemente em sua pele. O que passou a sentir, após esta experiência, foi um tremor incontrolável, enquanto chorava, em lágrimas que distinguia pelo sabor, as mais salgadas eram do medo de sua insignificância, as mais doces do júbilo por ter sido notado pelo cão.

Mal amanheceu e amarrou em seu pescoço o único trapo que possuía, fingindo ser capa aristocrática de um decurião, e desfilou pela praça central, equilibrando uma coroa invisível de um rei nagô. Sentiu os olhares esnobes de todos que ali estavam. Pensou que se fosse morrer pelas mãos daquela gente, que fosse decapitado, uma morte digna de um rei sabotado. Desfilou, entretanto, com o descompromisso de um pierrot, fazendo daquele mar a apoteose de seu carnaval, sendo assim o bloco de um homem só, sendo também o porta-bandeira e a passista, naquele momento único em que era um dos Filhos de Ghandi. Disse a todos que não temessem, mas muitos o ignoraram, outros o hostilizaram, poucos ouviram que seria o rei dos suicidas, dos esfomeados e dos esquecidos.

Naquele mesmo dia, notou a ausência de seus dois amigos, que já não apareciam para o alimentar havia tempo, dia este em que veio o anúncio que ouvira anos atrás, senhoras e senhores, vem aí Paco, o mago da Patagônia, aquele que, em toda sua vida, só falhou em apenas um feitiço que se dispôs a fazer. E logo todos fizeram filas.

De todos os pedidos, apenas um foi recusado: o do mesmo sapateiro com os calos curados, que dizia em súplica, traga já meus dois filhos que desapareceram, sou capaz de dar-te o que quiseres.

“Não me es possível, pobre hombre… pues ambos yacen ya entre los muertos”.

“Diga-me quem teve a coragem de matar duas vidas inocentes”.

“Isso ya no puedo decírtelo”. Foi-se assim com sua caravana, ao perceber que a cidade se inflamara, quando todos gritavam que estava com medo de culpar o amaldiçoado.

Quando a multidão raivosa parou em frente ao casebre e chamou pelo homem, este já não estava mais lá. Por isso, decidiram marchar rumo à igreja, onde lá ele se encontrava, a fim de se reconciliar com seu pai adotivo.“Estão gritando que és assassino”.

O homem refletiu, não sabendo nada sobre si, teve dúvidas sobre os crimes que já havia cometido. Fugiu pelos fundos, enquanto o padre tentava inutilmente apaziguar a multidão em cólera.

As buscas se iniciaram para encontrar os corpos dos meninos, a fim de serem contemplados por um último olhar de seu pai, num rito digno de quem morre sem pecados. E buscaram em todos os cantos conhecidos, nos paredões de fuzilamento, nos acampamentos de Calça-Frouxa, nos recifes dos afogados e até em alto mar, onde Chico Ferreira e Bento viraram sua jangada. Nada encontraram.

“Os meninos nunca foram encontrados?”, perguntei, quando percebi que estava a sós com a mulher, ouvindo os roncos da cidade se misturando com o quebrar das ondas.

“Nunca”.

“E o medonho, que fim levou?”

Ela suspirou e pareceu-me mais velha naquele momento. Disse-me que a cidade nunca esqueceuo sumiço dos meninos, ferida exposta, mais ardida que a Revolução e suas terríveis consequências.

E que todos prosseguiram como haviam de prosseguir. Os retornos mais frequentes de Paco já não eram mais tão fantásticos, de modo que a fila para a execução de suas maravilhas diminuía a cada encontro. Cerca de três anos se passaram e era dia de São João, momento em que todos se permitiram esquecer a dor do sapateiro e dar vivas ao milho verde. Os balões cobriam as encostas e iam ter com o mar, iluminando os náufragos e os corpos apodrecidos que não mais flutuavam, mas reluziam através da transparência daquele oceano.

Naquela noite, o Chefe de Polícia surpreendeu-se quando bateram-lhe à porta e era o Homem Feio, retornado, com a mesma sordidez daqueles olhos inolháveis.

“Que fazes aqui?”

“Vim encerrar o meu exílio. Vim entregar-me”.

“És, portanto, um réu confesso? Culpado por assassinar pobres crianças?”

“Não as assassinei, mas sou culpado”.

O Chefe de Polícia ordenou que seus capangas espalhassem a notícia de que a criatura havia sido capturada.

Quando Padre Viana chegou, viu seu filho adotivo acorrentado pelo tornozelo, sentado como um faquir. Seu rosto iluminou-se ao ver seu pai. Ambos se abraçaram, como um filhote desgarrado o faz quando reencontra sua mãe, numa profunda conexão que explodia mais ainda que os fogos de artifício daquela noite.

“Perdoe-me, meu filho. Fui infeliz em cada dia do seu exílio”.

“Despeça-se dele, padre. Pois amanhã mesmo será morto segundo a lei”.

“Farei de tudo para evitar a sua sentença”, disse o padre. Beijou-lhe a testa e saiu às pressas para ter com o juiz, com a esperança de reverter a morte de seu filho adotivo.

A manhã se iniciou com a montagem do palanque. À tarde, todos já estavam na praça central para apreciarem o espetáculo. Venham todos, venham ver o dia da vingança.

O julgamento se iniciou. O Homem Feio permaneceu, a maior parte do tempo, ajoelhado. Ao seu lado, Padre Viana atuava como advogado de defesa. Do outro lado do palco, o promotor discursava para o juiz que era o Homem Rico, destacado dos demais em um trono.

“Excelentíssimo Juiz da Comarca, respeitável Clero, autoridade policial aqui presente e demais criaturas visíveis ou ocultas que nos assistem, venho, como Promotor e instrumento da lei, vos apresentar as razões pelas quais este réu, que já não tem nome senão o epíteto de sua deformidade, deve cumprir, até o último suspiro, a pena máxima que se impõe àqueles que zombam da ordem, da moral e do sagrado. Este homem, senhoras e senhores, é réu confesso. Apresentou-se espontaneamente à delegacia, não para clamar inocência, mas para declarar culpa. Ora, ainda que diga que não tenha empunhado a lâmina, nem empurrado os meninos ao abismo ou ao mar, confessou-se culpado da ausência das crianças, culpado da orfandade de um sapateiro que hoje chora a ausência. Quem se diz culpado, mesmo sem o corpo de delito, assume para si a responsabilidade metafísica do acontecido. E nisso repousa o maior de seus crimes: fazer sumir da Terra duas almas sem deixar sequer o eco dos seus passos. Além do mais, é bom ressaltar, que é criatura feia para caralho!”

Após o discurso do promotor, nada que o padre teria adiantado. Mas ele tentou, primeiro com a calmaria do Evangelho, depois com as ameaças que sofreram os antediluvianos.

O Homem Feio foi calmamente até a beira do palanque. Aceitou de bom grado a corda em seu pescoço. Respirou fundo, enchendo o pulmão com os ares daquela gente. Chorou. Ouviu as risadas irônicas, vejam, este lixo também chora, vejam bem, ele finge soluços de criança, está fingindo a dor dos inocentes.

Até que foi empurrado pelo promotor.

No ar, sentiu que era um salto como outro qualquer e que seus pés inevitavelmente tocariam o chão. Mesmo após toda preparação ritualística, se surpreendeu quando a corda o puxou para cima, torcendo seu pescoço com o peso de uma cidade.

Balançou as perninhas como uma rã dependurada. Nada foi dito. Ninguém gritou, como se supunha, ninguém respirou, assim como ele. Todos assistiram ao espetáculo em hipnose, vendo seus braços arranhando o próprio pescoço, na tentativa de afrouxar a corda. Quando abaixou, por fim, os braços e parou de sacudir as pernas, apenas vibrou como um chocalho, em todos os centímetros de seu corpo. Todos ali sentiram que aquela convulsão enlouquecida era de estranha beleza. Até o momento em que pareceu desistir e, surpreendentemente, abriu os olhos uma última vez, fato em que até os dias de hoje, todos juram “foi para mim que olhou”, “foi a mim que encarou em seu último tremelique”.

“Essa, portanto, é a história do homem mais feio da História”.

Suspirei. Tudo que pude dizer foi: “talvez eu seja tão feio quanto ele”. Retirei-me, pois havia perdido o sono.

Agora, as cores daquela cidade não me chamavam mais a atenção. Caminhei pela madrugada vazia. Perguntei-me se conseguiria encontrar o casebre que o Homem Feio viveu, mas era impossível não localizá-lo. Ao avistá-lo, senti a presença de seu ocupante. Caminhei até a calçada. A porta ainda estava aberta. Olhei de fora. Senti o cheiro da solidão. Mesmo eu, homem de pouca comoção, de coração gelado, comovi-me com sua ausência. Estava ali, mas também não estava. E não tive coragem de adentrar. O chamei da calçada. Não entrei pela porta aberta.

No dia seguinte, resolvi minhas diligências burocráticas, motivo pelo qual fui parar em local tão peculiar. Na volta, no trem, refleti sobre a não-absolvição daquele homem. Será que um dia teremos a redenção desta criatura? Quem sabe nos tempos da Segunda Abolição.

Em casa, na rotina de meu ofício, nas relações vazias de minha vida empobrecida, ainda penso sobre o povo que o matou. Eram aqueles que o chamavam da rua, sem entrar pela porta aberta. E hoje, a porta permanece aberta e fui eu quem passou por ela, fui eu quem gritei seu nome, mas também fui eu que não entrei.

Quando fecho os olhos, ao deitar, ainda o vejo se retorcendo. Sinto-o tateando minhas paredes. Às vezes, me desperto estrangulado. Ao fim de tudo, acho que foi para mim que o Homem Feio olhou.

A quem o homem feio olhou, no momento de sua morte? A quem encarou com aquele olhar intraduzível?

Esta é a dúvida que me ecoa até os tempos de hoje.

Ó Deus, se tu existes, tira-me a agonia, responda a dúvida fatal, resolva e dê sentido à minha existência, apenas me diga, mesmo que no momento de minha morte: a quem o homem feio olhou?

Sobre Fabio Baptista

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20 comentários em “O Homem Mais Feio Daquele Lugar (André Lima)

  1. Priscila Pereira
    18 de setembro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, André! Li seu conto faz um tempo e vou comentar baseado no que ele me fez sentir. Então, o começo e o meio foram meio enrolado pra mim… achei meio chato, desisti, depois voltei e fui até o final… toda a premissa dele é muito boa, o que está de pano de fundo é muito bom mesmo, e o final ficou perfeito. Ninguém está imune dessa feiura que nos condena a morte, e o cara que ouviu a história entendeu isso… Gostei bastante, mas um um pouco chato de ler… sorry!

  2. Mauro Dillmann
    13 de setembro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Narrado em primeira pessoa, que conta sobre um homem “feio” criado por um padre. A ‘bestafera’. A contextualização usa de diversos elementos, tem um pouco de tudo: igreja, espírito, mago, esperanto, … Há uma repetição da ideia “filho adotivo”. A expressão ‘feio pra caralho’ soou estranha, mesmo estando na fala de um personagem. “A quem o homem olhou?”. Um conto bem escrito, mas não me prendeu.

    Parabéns!

  3. Rodrigo Ortiz Vinholo
    12 de setembro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    O autor claramente tem técnica e repertório, e a obra provavelmente deu trabalho, nesse misto de surrealismo e realismo mágico, mas me parece que o exagero proposital acabou um pouco longe. A construção de mundo cheia de pontas soltas, em um quase fluxo de consciência, leva o leitor de um ponto a outro muitas vezes sem motivo aparente a não ser pelo próprio esporte, pelo exercício de poder fazer isso. No fim, ainda que tenha muitos pontos interessantes, acaba sendo cansativo.

  4. leandrobarreiros
    12 de setembro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Por vezes, o estilo de leitura mais densa me cansa um pouco e tendo a perder o interesse no texto que, não raro, parece mais focar em forma do que conteúdo. 

    Posso dizer com certa tranquilidade que não foi o caso aqui. 

    A densidade narrativa acaba combinando com os elementos da história, a cidade antiga e esquecida, a figura a la corcunda de notre dame, a aparição do mágico chileno que, aliás, me lembrou Melquíades de cem anos de solidão. 

    Às vezes senti que o texto tenta demais ser denso, forçando aquele problema da forma tendo mais destaque do que o conteúdo mas, como disse, o saldo é bem positivo. 

    Uma coisa que não funcionou tão bem comigo foi a quebra de expectativa que entendi como alívio cômico em certos momentos do texto, como o “filho da puta” e a linha no julgamento de que “ele é feio demais”, ou algo assim. Não são tiradas ruins, mas acho que, no geral, o texto não dá margem para essa atmosfera mais cômica. Talvez funcionasse se houvesse algo mais aqui e ali, não tão limitado. Me pergunto se era assim na história original e se o autor precisou cortar.

    Enfim, um texto bem escrito e surpreendentemente agradável. 

    Arranca de mim um 8.5

  5. Thaís Henriques
    12 de setembro de 2025
    Avatar de Thaís Henriques

    Magnífico! Alugou um triplex em minh cabeça.

  6. claudiaangst
    11 de setembro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Olá, autor(a), tudo bem?

    O título e o pseudônimo remetem a duas obras literárias: O corcunda de Notre Dame e O afogado mais bonito do mundo. De fato, a questão da aparência física desencadeia grande parte da trama.

    Considero que o conto abordou o tema alta literatura.

    No geral, o texto está muito bem escrito. Pequenos lapsos escaparam à revisão, aponto só dois:

    • que dobravam-se por entre cidades > se estiver relacionado a “imenso monolito em forma de dragão”, o correto seria “que se dobrava por entre cidades” (Lembrando: “que” funciona como partícula atrativa de “se”)
    • ao percebe-se > ao se perceber (a preposição ao atrai o se – veja como soa mais natural)

    Desconfio que o autor sofreu ao tentar encaixar tanta história no limite imposto pelo desafio. Este é um daqueles textos fadados ao desenvolvimento, ampliado para que se torne um romance. Não nasceu para ser um conto, por isso parece transbordar.

    Para um conto, penso que o texto teria de ser ainda mais enxugado, pois algumas passagens tornaram a leitura mais lenta e prejudicaram a sua fluidez.

    Acredito que este conto alcançará uma boa colocação.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

  7. Mariana
    8 de setembro de 2025
    Avatar de Mariana

    História: Um homem vai para um vilarejo, em um local não idenficado, resolver questões burocráticas. Lá, no albergue que parece ser o centro de entretenimento local, escuta um causo da cidade. A vida do homem mais feio do lugar, que foi injustamente condenado pelo desaparecimento de duas crianças. Uma alta literatura, bastante triste e real: é humano julgarmos por fator estético 2/2

    Escrita: Há algo de surreal na escrita, na atmosfera construída. Peixes que cospem relógios, o Juiz sentado em um trono. Tudo muito bem escrito, com requinte. Por isso, essa frase “Além do mais, é bom ressaltar, que é criatura feia para caralho!” me soou bastante deslocada. Além disso, o final se alonga. “Ao fim de tudo, acho que foi para mim que o Homem Feio olhou seria um desfecho perfeito 1,5/2

    Impacto: Kafka encontra Gabriel Garcia Marquez e disputam quem vai recontar a história do Corcunda de Notre Dame. Gostei do conto 0,7/1

  8. Fabiano Dexter
    8 de setembro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    História

    Alta Literatura, que conta da história de uma criança que fora abandonada na porta da igreja e educada pelo padre, mesmo sendo desprezada pela cidade por conta de sua aparência.

    Sofre preconceitos na cidade, é abandonado pelo padre e algum acolhimento por duas crianças, que depois somem. Assim, o Homem passa a ser acusado do assassinato ou sumiço de duas crianças, foge e depois retorna para cumprir sua pena.

    História interessante, mas com alguns buracos, talvez devido a cortes pelo limite de palavras. Conto parece incompleto, como se houvesse algo mais que não foi dito pelo autor.

    Em alguns momentos cansa um pouco a leitura.

    Tema

    Alta Literatura, ainda que pareça estar faltando alguma coisa.

    Construção

    Escrita muito bem elaborada e o desenho do conto é interessante, iniciando com a chegada de um homem à cidade que depois vem a conhecer a história do Homem Mais Feio, sendo contada pela dona na estalagem.

    Do meio para o final parece um pouco truncado, perdendo um pouco da fluidez inicial.

    Impacto

    Um bom conto, mas deixa a sensação de que poderia mais.

  9. Gustavo Araujo
    5 de setembro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Para mim é evidente que este conto sofreu muito com a limitação imposta pelo desafio. O começo é escrito com um esmero invejável. Cada palavra, cada parágrafo tem seu lugar exato no intuito de maravilhar o leitor. Boas frases, excelentes metáforas. Dá para perceber que o(a) autor(a) bebe diretamente em Cem Anos de Solidão, conseguindo emular de modo bastante competente a atmosfera mágica de Macondo, com seus habitantes supersticiosos, adivinhos e costumes idiossincráticos além de criaturas fantásticas, despertando curiosidade, assombro, suspense e afeição.

    A partir do instante em que o Homem Feio é condenado ao casebre, porém, a pujança literária decai a olhos vistos. É como se o(a) autor(a) lutasse contra o tempo. Aceleram-se as cenas. Surgem os meninos, que então desaparecem. Meio que do nada, a população condena o pobre do Feioso. É uma barriga no texto, um arremedo, um fast-forward à la “Click” do Adam Sandler, com tudo de bom e ruim que isso significa.

    A cena final, com o enforcamento, recupera um tanto do brilho inicial, ainda que abaixo dele, dado o cuidado em sua construção. No entanto, alguns buracos me incomodaram, como a ausência de explicação para o sumiço das crianças (pode ser que eu tenha passado batido nisso) e, mais frustrante, a criação de um dilema que, até então, não havia sido explorado, acerca do destinatário final dos olhares do enforcado. Talvez se tivesse havido uma menção a isso, de passagem, lá no início do conto, o gancho ficasse melhor. Sem ele, o fim perdeu um tanto do impacto.

    Termino minhas impressões sugerindo que eventualmente você, caro(a) autor(a) encaminhe para a área off a versão completa dessa fabulosa história que, tenho certeza, haverá de eliminar as barrigas e os saltos temporais que, aqui, atrapalharam a experiência. Sugiro, também, suprimir a menção a “coração de hiena”, “feio pra caralho”, “puta que pariu” que quebram a narração pela metáfora infeliz e pelo apelo desnecessário ao baixo calão.

    De qualquer maneira, parabéns pela escrita impecável do início e até mesmo pelo bom desenvolvimento da história. A despeito das observações que fiz, quero que saiba que gostei bastante da leitura.

  10. Jorge Santos
    4 de setembro de 2025
    Avatar de Jorge Santos

    Olá. Um dos meus livros favoritos é o Cem anos de solidão e este seu texto fez-me lembrar dele, pela temática como pela linguagem usada. O texto é bastante fluído, a narrativa parece escorrer com elegância até terminar no conflito interno da personagem principal, o que é, para mim, a cereja no topo de um bolo de qualidade. A ligação ao tema é imediata, a Alta Literatura está patente em todas as frases e em termos linguísticos não consegui ver erros, muito pelo contrário. As ideias são impactantes sem recorrer a linguagem excessivamente complexa, o que deveria servir de exemplo a a alguns textos que encontro neste desafio. Está, por isso, de parabéns.

  11. marco.saraiva
    3 de setembro de 2025
    Avatar de marco.saraiva

    Um conto extremamente reflexivo, com uma história dentro da história. A trama do Homem Feio vem com mil paralelos e metáforas. O que me chamou a maior atenção foi que o Homem Feio, apesar de desprezado por todos, era também o mais puro, e talvez o único ali que se sacrificou por um bem maior: ao se confessar réu mesmo não o sendo, deu ao povo um alívio, algo em que refletir, um fechamento para uma história em aberto. Assim, ele achou significado na solidão imposta a ele, e serviu de exemplo quando todos o viam como o diabo.

    É uma historia comovente, que fala da natureza humana, do julgamento do corpo e das riquezas ao invés da alma. Traz, inclusive, um ângulo mais introspectivo: o de que todos temos este Homem Feio dentro de nós, uma versão de nós mesmos que negamos a proximidade, não deixamos ver ou sair do seu casulo. O achamos feio por que vai contra o que vivemos, e não queremos admitir que há beleza no que ainda não fizemos. Basicamente: achamos feio o caminho que deveríamos seguir e não seguimos, por que vê-lo como feio é mais fácil do que nos vermos como fracassados por não segui-lo.

    O conto é belissimamente bem escrito. Daqueles que o estilo demora para entrar na cabeça, de tão autoral. Gostei muito do uso da palavra, do seu poder de falar muito em pouco espaço, expressando ideias e sentimentos complexos em frases de impacto e num tom eloquente e poético. Há tantas frases e parágrafos gostosos de ler que não tenho como citar todos, mas este aqui foi um dos mais gostei:

    No ar, sentiu que era um salto como outro qualquer e que seus pés inevitavelmente tocariam o chão. Mesmo após toda preparação ritualística, se surpreendeu quando a corda o puxou para cima, torcendo seu pescoço com o peso de uma cidade.

  12. toniluismc
    1 de setembro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Parabéns pelo excelente texto!!!

    A narração é hipnótica e densa, com descrição vívida e uma ambientação quase cinematográfica: desde o trem-monolito até o albergue lúdico com mercadores incomuns e cantorias de bêbados.

    O texto possui ritmo bem cânone, com uma progressão narrativa que flui naturalmente: o protagonista é lançado nesse universo estranho, acompanha histórias locais, revê o infame “Homem Feio” e presença simbólica persistente.

    A linguagem é segura e consistente, proporcionando imersão sem ruídos.

    Há ousadia criativa em adaptar a figura de Quasímodo — personificação de exclusão e feiúra simbólica — para um microcosmo litorâneo repleto de magia, folclore e tragédia cotidiana.

    A narrativa abriga episódios que misturam o surreal e o mítico: o “mago da Patagônia” ressuscitando apenas com línguas mortas, os relatos folclóricos de marlins vomitando relógios, e as metáforas viscerais do abandono.

    O arco do “Homem Feio” — de rejeitado à aceitação simbólica por um cão, seguido por execução pública cheia de desapego e redenção final — carrega originalidade profunda.

    O conto provoca uma frustração bela: o protagonista se identifica com a criatura, e essa identificação se torna a força emocional que gira toda a cena final — a execução ritualizada, silenciosa e literária.

    A cena do enforcamento conjuga violência e poesia: todos observam em estado hipnótico, as convulsões do “Homem Feio” são perturbadoramente belas, e o olhar final parece entregar ao leitor todas as perguntas existenciais.

    O desfecho — com o narrador perguntando se, afinal, foi para ele que o “Homem Feio” olhou na morte — deixa uma marca profunda de lamento e questionamento existencial.

    Enfim, um conto memorável!

  13. sarah
    1 de setembro de 2025
    Avatar de sarah

    Esse início do seu conto foi bastante interessante e divertido, com os pescadores e suas peripécias, adorei esse negócio do peixe que vomitava relógios de bolso. kkkk.

    Ahaaa, esse mago Paco é dá hora demais, eu ri muito com essa parte dele recusando trazer a mulher de volta dos mortos,, porque sete dias tava longe dos poderes dele. kkk, mas se fosse seis! Aaaah cara, ri alto com essa parte.

    Eita que isso senhor sacerdote, proferindo palavrões! kkk caraca, que conto divertido!

    Que gente malvada obrigando a tirarem o homem da igreja. Fiquei com pena dele e agora quero ver o que esse mago fajuto vai fazer com o homem de novo.

    Não acredito que vão matar o cara! E dá uma dó ficarem chamando ele de criatura, gente.

    Como as pessoas são más! O homem feio foi morto mesmo! Fiquei triste. O seu conto está muito bem escrito, tem trechos divertidos, personagens interessantes, principalmente o personagem principal. Como já citei, é um ponto muito legal você não dar nem nome ao pobre homem, como se nem isso ele merecesse. Fiquei triste com o final mas acho que isso reflete a vida, ela é dura e as vezes só tem dor. Muito bem escrito seu conto, criativo e envolvente.

  14. Luis Guilherme Banzi Florido
    25 de agosto de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia! Tudo bem? Tô lendo os contos na ordem de postagem do site, sem ter conferido quais são minhas leituras obrigatórias. Bom, vamos lá pro seu conto.

    Esse é um conto muitissimo interessante. Tem um quê intencional de estranheza que causa desconforto na leitura, mas um desconforto positivo, se é que issoi existe. Aqui, voce brinca com as palavras — demonstrando um completo dominio delas –, causando sentimentos contrarios no leitor. Solidariedade pelo homem meio, repulsa pelas ‘pessoas bonitas’ que dele caçoavam e com a vida dele acabaram aos poucos. Existe bondade no padre, nas crianças, mas a sociedade, como sistema, se recusa a aceitar o homem feio, simbolo da inadequação aos padroes sociais, simbolo da diferente inaceitavel. Aqui, voce nos coloca frente a frente, sem mascaras, sem filtros, com a feiura social, capaz de destruir uma vida que não quer aceitar em seu nucleo.

    E faz tudo isso de maneira profunda e sensivel. Voce sabe muitio bem o que esta fazendo, e nao poupa o leitor da dor e do horror da situação. Por falar em horror, o conto ate brinca com uma pitada de horror no final, o que foi muito positivo. Uma provocação à ideia de que nao é possivel haver alta literatura de terror? Gostei.

    Existem varias passagens muito inspiradas, como em: ‘Com aquele rosto que era o avesso de um poema, rompeu a lágrima muda.’ Excelente!

    Os personagens sao realistas e carismaticos. Tudo muito bom, excelente trabalho! parabens e boa sorte!

  15. Pedro Paulo
    25 de agosto de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Um texto com um aspecto de realismo mágico, em que um mundo fantasioso, mas ainda similar ao nosso, aparece pincelado, tantos são os detalhes que sugerem a sua profundidade e periodização, sem a autoria perder a mão em procurar contextualizar demais. O conto em si, a história dentro de uma história, com o arremate sendo o quanto a narrativa permanece com o protagonista, é bastante cativante. A escrita é carregada de lirismo e conserva algo da história falada, o que deixa a narrativa mais orgânica, como se fosse mesmo um causo de uma história distante que se pode visitar. Tematicamente, vejo como uma abordagem da alta literatura típica de nomes como Garcia Marques, Borges e até Jorge Amado, concebendo uma fantasia em que todas as figuras parecem compor a cidade como um personagem próprio, o grande motivo do enredo estando aí no cerne da vida comunitária: o que um pária diz sobre a sociedade? O que o marginalizado fala dos socializados? O que revela o reflexo do ostracismo?

  16. Kelly Hatanaka
    19 de agosto de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Eu não avalio esta série, então, me permito avaliar como leitora, de forma mais livre e bem pelo meu gosto pessoal. Desculpe alguma coisa.

    Tema

    Alta literatura com realismo fantástico

    Considerações

    Um homem (oficial de justiça, à la Barbosa?) visita uma cidade peculiar e lhe contam a história do homem mais feio do lugar, uma espécie de Quasimodo, criado pelo padre e desprezado pela cidade. Um “mágico” (à la Melquíades, de Cem Anos de Solidão) tenta curá-lo da feiura, mas quase morre e declara que o feioso é amaldiçoado. Se antes ele era desprezado pela cidade, então se torna um pária. É isolado e recebe apenas a visita ocasional de dois garotos. Quando eles somem, ele é acusado de mata-los. Ele diz que não matou as crianças, mas que é culpado e então é condenado à forca. Por fim, a pergunta que atormenta o homem que escuta a história é a quem o homem feio teria olhado no momento de sua morte. Uma excelente ambientação, um clima mágico e sombrio muito bem feito. A história é cheia de símbolos e imagens, que dão a impressão de que há muita coisa escondida por trás de uma história já bastante intensa. Um conto que me lembra uma igreja barroca, cheia de ornamentos, curvas, detalhes e excessos que são, ao mesmo tempo, belos e atormentados.

  17. Anderson Prado
    16 de agosto de 2025
    Avatar de Anderson Prado

    Olá, autor.

    Gostei do seu conto, embora talvez eu tenha algumas ressalvas a ele: talvez o excessos de possessivos meu e minha, talvez a adjetivação excessiva, talvez o excesso de repetições de palavras e ideias, com certeza o excesso de aquele e suas variações. Mas não posso negar a impressão positiva geral do texto, repleto de passagens bonitas (me permita o elogio simples) e profundas (muito embora um pouco apelativas).

    Parabéns.

    Nota 4.

  18. cyro eduardo fernandes
    13 de agosto de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    Uma narrativa rebuscada e original. Pequena falha de digitação ” esqueceuo “. A reflexão do narrador ao colocar um peso altíssimo por motivo singelo (o último olhar do homem feio) acaba por nos deixar reflexivos.

  19. Antonio Stegues Batista
    13 de agosto de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O conto tem uma mistura de drama e comédia do absurdo, o revolver do Bat Masterson é a cereja do bolo. Uma história irônica com critica à moral e bons costumes. Claro que o gênero comédia pode ser Alta Literatura, mas aqui entrou no enredo algumas coisas absurdas. Parece que o autor foi escrevendo tudo que vinha na sua cabeça sem nenhum critério. Talvez fosse esse mesmo o seu objetivo. De qualquer forma, gostei do conto, está bem escrito e tem coisas interessantes nele, principalmente as partes sérias. É um argumento que merece ser reescrito sem as partes bizarras, tornando-o um otimo drama gótico.

  20. Léo Augusto Tarilonte Júnior
    12 de agosto de 2025
    Avatar de Léo Augusto Tarilonte Júnior

    Tema alta literatura.Enquadrei seu conto nessa categoria, porque ele fala sobre preconceito.Considero a escolha do título bastante criativa e adequada à narrativa.Sua história faz referência ao realismo mágico de cem anos de solidão.Um dos problemas que percebi no seu conto foi que o mago auterna seu idioma entre espanhol e português sem explicação.

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Publicado às 2 de agosto de 2025 por em Liga 2025 - 3A, Liga 2025 - Rodada 3 e marcado .