— Beba toda a poção, mocinha — ordenou papai com tom firme.
Torci o nariz, mas obedeci antes que viesse o tom bravo de verdade. Engoli o último gole da mistura energizante. Devolvi a ele o copo vazio e me sentei de frente para a penteadeira.
Ele aproximou a escova das pontas dos meus cabelos e foi desfazendo os nós devagarinho, debaixo para cima. Era minha mãe quem fazia isso, mas três aniversários atrás ela decidiu que queria mudar de vida. Deixou de ser uma mãe e virou uma aventureira, indo pra longe no tapete voador de um charmoso com nome bonito.
— A senhora Tonpson vem ficar com você amanhã, jante direitinho e não fique andando sozinha por aí — ele recomendou após várias escovadas em meu cabelo liso
Mais cedo do que eu gostaria ele pegou a mala, a capa, o cachecol com estampa de pássaros e a varinha. Fechou a porta e saiu para seu trabalho de auror, um tipo de agente secreto dos bruxos.
A tarde já escurecia, então eu não poderia mais sair. Corri para a cozinha e peguei a bandeja com os biscoitos que eu preparara com papai naquela manhã.
Ele tentou modelar as flores com os próprios dedos. Ficou bem torto, então precisei fazer o sacrifício de comer todos os biscoitos com tamanhos desiguais.
Andando mais devagar, peguei a bandeja e caminhei na tarde fria até a casa no final da rua. Coloquei os biscoitos na mureta baixa da entrada e bati à porta.
“olá! Eu sou a Fay, trouxe biscoitos!”, falei alto. Lá dentro escutei passos apressados e sussurros.
Os minutos passaram, eu esperei e esperei. Tremi de frio, ajeitei o meu próprio cachecol com pássaros e a noite chegou. Eu não podia mais ficar fora.
Voltei arrastando os pés até minha casa e bati a porta com força ao entrar. Os vizinhos comeram meus biscoitos de baunilha, de gotas de chocolate, de blueberry, mas ficou por isso mesmo.
Tentei não ficar chateada com isso, afinal eu faria onze anos em breve e iria para Hogwarts. Com certeza eu faria amigos na escola, quem precisava daquelas crianças no fim da rua!
Poucas semanas pra começar as aulas, fui para a loja da senhora Tompson comprar minhas vestes e três capas novas para meu pai. Ser auror estragava demais as roupas!
Peguei a grande sacola com vestes novinhas e tentei erguer do chão.
— Eu te ajudo — ouvi uma voz de um garoto. Olhei para cima e endireitei o corpo.
— Brigada, moro duas ruas para cima, por ali — apontei na direção da esquina com o casarão azul e seguimos para fora. O garoto era alto, magro e tinham uns olhos azuis bem clarinhos.
Caminhamos juntos e em silêncio por metade do caminho.
— Sou Fay Kendall Stone.
— Sou Percival Dumbledore.
— Uau, nunca conheci nenhum Percival antes.
Ele sorriu como se meu comentário fosse um elogio.
— Quantos anos você tem? — perguntei tentando adivinhar pela cara dele. Percival conseguia carregar os próprios rolos de tecidos e mais a minha sacola pesada de vestes. Devia ter uns treze ou catorze.
Vou fazer onze logo logo.
Chegamos em frente à minha casa e agradeci pela ajuda.
— Por nada e obrigado pelos biscoitos — ele falou com gentileza e seguiu para a própria casa.
A segunda vez que vi o Dumbledore, eu estava caída no chão na frente do casarão azul da esquina. Havia escorregado na água que fora flocos de neve horas antes.
Fay!— ele me chamou e estendeu a mão pra me ajudar a levantar. Fiquei com o rosto vermelho, mas felizmente ele não viu.
Agachado como estava catando as velas que eu derrubara ao cair. Elas eram um presente para meu pai pelo aniversário dele.
O garoto de olhos azuis recuperou quase todas as velas com cheiro de pinheiro e me entregou.
— Obrigada — falei ainda com vergonha. — Percival, não é?
— Não, é Wulfrico. E não foi nada, até logo, Fay.
Quantos nomes aquele menino teria?
Ao chegar no castelo, eu estava na fila para colocar o Chapéu Seletor e saber a qual casa eu pertenceria. E ouvi o professor chamar com voz imponente: “Dumbledore Alvo!”. Ele foi para a Grifinória e eu também! Nos próximos meses, aprendemos feitiços, transfiguração, poções, voo e tivemos muito mais aulas interessantes e desafiadoras.
“Wingardium leviosa!”, recitou Dumbledore testando o feitiço para elevar a xícara de chocolate quente no café da manhã perto do Natal.
“Wingardium Leviosa!”, eu repeti dando a ele um sorriso, elevando minha própria xícara, fazendo um brinde de chocolate quente. Nós dois rimos.
— Ei Dumbledore, quer estudar com a gente a matéria de poções? — perguntou um garoto com o uniforme da Corvinal, ao lado dele, uma menina de vestes da Sonserina olhava para o Dumbledore parecendo esperançosa para ouvir um sim.
— Ahn? Por quê? — questionou ele olhando os dois atentamente.
— Só queríamos fazer amizade, gostamos muito de ter bruxos de verdade por perto — explicou o garoto.
— Nossos pais contaram que o seu pai atacou uns trouxas inúteis e acabou indo pra prisão — acrescentou a garota animada.
Dumbledore desviou o olhar.
— Sentimos muito que ele tenha ido pra Azkaban, foi muito injusto.
— Eu já li o livro de poções inteiro, brigado pelo convite, mas vou estudar na biblioteca.
E Dumbledore deixou o Salão Principal sem olhar para trás.
Gente falando do pai de Dumbledore, que também se chamava Percival, era comum nos corredores. Eu soube mais da história por eles do que pelo meu amigo.
No ano seguinte, foi a primeira vez que passei o Natal no castelo, meu pai estava em missão, segundo seu pergaminho mais recente. Ele enviou uma garrafa enorme da minha poção, meu presente e as instruções para a enfermeira da escola preparar mais do remédio fortificante. Eu recebi dele uma daquelas velas de pinheiro que eu dera a ele no ano passado, sorri sentindo o cheirinho bom que me lembrava da sala de casa.
No ano seguinte, no Natal, fui pra casa ver meu pai. Eu sentia tanta saudade que pulei pra abraçar ele, como fazia quando tinha cinco anos. Ele ria daquele jeito suave e repetia que também estava com saudade de mim.
Eu contei a ele sobre as aulas, os meus lugares favoritos no castelo, as escadas que podiam dar num andar ou outro, os quadros que se moviam. Ele fora da Grifinória e disse que era revigorante ouvir tudo da minha perspectiva.
Quando eu retornei pra escola, fiquei apreensiva em deixá-lo, por causa do ferimento que ele tinha na perna. Um dia essa coisa de Auror ia acabar com ele!
As aulas retornaram e tratei de me concentrar nas matérias.
Enquanto eu saía de uma classe, bebia meu frasco de poção.
— Que é isso?
Deixei cair o recipiente com o susto.
Ele se agachou, “reparo” pronunciou e restaurou o frasco.
— Nada!
— Eu descubro então.
E ele levou o frasco embora. Só dois dias depois veio me questionar sobre a poção dentro.
— Por que você vive bebendo poção energizante?
— Esquece, não é nada.
Eu sabia que ele não ia me deixar em paz com isso, mas eu não queria explicar o meu motivo. Ele ia ficar com pena de mim. Eu podia lidar com a minha doença sozinha!
Tentei evitar o senhor Intrometido Dumbledore, mas era difícil já que fazíamos aulas juntos, comíamos no Salão Principal e estudávamos na biblioteca. Numa tarde fria de sábado eu resolvi explicar tudo.
— Eu tenho uma doença rara que afeta minha magia. Se chama Colapso Acelerado de Unidade Sobrenatural — encarei a estante de livros atrás do meu amigo. — Essa poção ajuda mas não vai funcionar pra sempre.
Ele ficou olhando para mim em silêncio. Depois pegou minha mão e segurou firme.
— Eu vou descobrir um jeito de te ajudar, vai ficar tudo bem, Fay. Eu… eu prometo.
— Eu sei que todos os professores dizem que você é incrível, mas não sei se pode fazer…
Ele pressionou os dedos em meus lábios delicadamente pra me fazer parar de falar. Eu sabia que estava corando com o toque inesperado. Não tive coragem de protestar mais.
O lado ruim dessa revelação é que no restante do terceiro ano, e do próximo, foram poucos os momentos em que passamos juntos. Dumbledore era estudioso e estava empenhado em achar uma cura pra minha condição. Tratei então de arrumar meu próprio desafio e resolvi aprender a me transformar em uma águia.
Eu agora completara quinze anos e ia ficar as férias natalinas na escola, pois papai teria uma missão na América do Sul. Ele estava ansioso pra ir, pois havia boatos de um feitiço que poderia me ajudar com minha doença.
Transfiguração era difícil, certa vez consegui cobrir meu corpo todo com penas e fazer asas crescerem nas minhas costas. Pior foi ser flagrada pelo novo monitor da Grifinória!
— Senhorita Fáguia, vá voando para a enfermaria, por gentileza.
— Cale a boca, Alvo — respondi furiosa enquanto ele ria. Acabei rindo junto.
A enfermeira deu um jeito na minha transfiguração fajuta e renovei meu estoque de poção, aproveitando que estava ali. Por um acaso, encontrei um frasco com poção capilar e comecei a trabalhar nele. Eu ia ter lindos cachos para ir ao tão aguardado baile de inverno. O evento onde as meninas convidavam os meninos. Eu tive uma ideia pra não ser tão assustador chamar Dumbledore, marquei um local, descrevi minhas roupas e deixei como um encontro surpresa!!
Na manhã do baile eu comecei a colocar a poção clandestina em minhas mexas douradas e castanhas. Ficou absolutamente fantástico!
Coloquei meu vestido elegante e corri escadas abaixo, deixei a Sala Comunal da Grifinória e saltei os degraus da escadaria para o Salão Principal. Fiquei parada no saguão de entrada do castelo, de costas pra um armário de vassouras.
— Fay? O que é isso no seu cabelo? — perguntou Soufie com olhos arregalados.
Ao tocar os cachos percebi a textura elástica, depois quebradiça nas pontas. Então é claro que usei o armário de vassouras como refúgio, Dumbledore nunca saberia que era eu o par secreto dele.
Senti as lágrimas chegando. Por que eu não conseguia fazer nada direito? Me transformara em águia pela metade, havia copiado uma poção de forma incompleta e agora devia estar a cara da medusa.
Ouvi batidinhas suaves na porta, não me movi. A luz vinda do saguão invadiu meu pequeno esconderijo.
— Fay? Não fique assim, vem cá, o baile já começou.
Deixei o armário de vassouras.
Passei a mão nos meus antigos cachos bonitos, meu cabelo estava macio, cheio e apontando pra todas as direções.
— Você tem sempre que aparecer quando estou ridícula?
Ele sorriu.
— Não seja dramática. Não está tão horrível.
Eu ri e o empurrei de leve.
— Você é tão irritante.
Dumbledore estendeu os braços e me envolveu em seu abraço acolhedor.
— Levei um bolo da garota secreta. Então porque não dançamos essa música juntos?
O Salão Principal ali perto emitia o som de música clássica, lenta, exuberante e sonhadora.
Concordei com um aceno e dançamos juntos: mão na cintura; mão na mão; olhos nos olhos.
—Eu sempre quis saber porque seu cabelo fica dourado as vezes. Como agora, por exemplo.
Meu coração acelerou, enquanto dávamos pequenas voltas.
— Papai me disse em um dos últimos pergaminhos, que minha mãe era metamorfomaga. Ela conseguia mudar a aparência completamente. Devo ter herdado um pouco disso.
Dumbledore girou comigo mais uma vez.
— Gosto do seu cabelo.
Apertei a mão dele, com nossos dedos entrelaçados e me arrisquei. Inclinei meu rosto na direção do rosto dele, Dumbledore parou, mas eu não. Encostamos nossos lábios num beijo suave.
Senti o mesmo frio na barriga que quando minha vassoura despencou metros a fio na aula de voo do primeiro ano, porém também havia uma felicidade que eu não poderia descrever com palavras.
Dumbledore, pela primeira vez, me olhou confuso. Meu cabelo devia estar cintilando como ouro líquido naquele instante!
Dumbledore deu um passo para trás.
— Desculpe, Eu não posso…
— Não? — repeti baixinho. Mordi o lábio com força me esforçando para não chorar.
— Eu tenho uma irmã mais nova, Ariana. Você me lembra muito ela, por isso gosto tanto da nossa amizade.
— Legal —sussurrei com a voz tremendo.
Eu já estava cheia de tudo dar errado! A Fay não podia ter uma coisa boa que fosse? Depois do beijo maravilhoso seguido de um momento constrangedor Dumbledore se afastou mais ainda de mim nos próximos meses.
No ano seguinte, papai estava para voltar da missão na américa do sul, eu o veria nas férias do Natal, mau podia esperar, sentia falta de casa, da penteadeira onde ele me fazia sentar pra arrumar meu cabelo, saudade de fazer biscoitos feios e saborosos, saudade de algo pra me fazer sorrir.
Pelo menos eu dominara a habilidade de transfiguração, ele iria se orgulhar tanto quando visse! Embarquei no trem para casa com o coração cheio de expectativa.
Mas ao chegar em casa, meu pai não estava lá, mas sim um bruxo desconhecido. Meu pesadelo particular começou. Papai se desviou do caminho de volta para entrar numa comunidade de bruxos antigos que viviam naquelas terras, o Ministério não entendia o motivo dessa atitude. Mas eu sabia, ele procurava a cura para minha condição.
— Ele desapareceu? — perguntei ao bruxo irritadiço.
— Sinto muito garota, e agora temos pilhas de relatórios para preencher com a investigação dos acontecimentos.
Agora eu era tecnicamente órfã. Senti como se de repente eu não tivesse mais motivo pra sorrir. Eu podia virar uma águia, voar pra longe e ninguém se importaria.
Retornei para escola, trazendo comigo as crises de choro de noite, o frio que parecia ter entrado no meu corpo e não saía nem quando eu me aconchegava perto da lareira da Grifinória com o cachecol de pássaros do papai e havia também uma raiva persistente.
Em uma dessas noites geladas, joguei o frasco de poção energizante pela janela e me larguei na poltrona.
— Não, não, Fay, o que você tem!
Era a voz dele. Meu Dumbledore favorito.
Tudo escureceu e eu adormeci.
Quando voltei a acordar e perceber o mundo ao meu redor, senti que estava deitada, devia ser na enfermaria, alguém fazia carinho em minha bochecha.
— Alvo? — perguntei ainda de olhos fechados.
— Sim? Estou aqui, você tá bem?
— Não, estou cansada. De tudo isso. Meu pai— ele— ele nunca mais vai me abraçar.
— Como assim? Tá dizendo que ele se foi?
— Ele se foi, minha mãe se foi, eu não tenho mais ninguém.
— Fay, por favor, não diga isso. Eu estou bem perto de achar a cura pra você.
Abri os olhos. Dumbledore tinha uma expressão aflita, os olhos azuis estavam cheios de determinação ainda assim.
— Obrigada por sempre me salvar, Alvo Percival Wulfrico Dumbledore.
— Brian, faltou o Brian.
— Quantos nomes mais você tem? Pelas barbas de Merlim!
Nós dois rimos da minha expressão antiquada. Queria fazer ele rir todos os dias, queria ser a pessoa que ele pensava ao ir dormir, a garota pra quem ele ia dar a mão quando estivesse triste. Mas não seria assim.
Fechei os olhos e aceitei. Ele não me amaria como eu o amava.
Fui adormecendo outra vez, mas agora me sentia em paz.
O Caus estava lá, me anulando, me destruindo, mas eu também podia lutar. Ouvi o choro de Dumbledore ao longe, ele exigia que alguém me ajudasse, com uma poção, um feitiço, qualquer coisa. Mas ninguém podia trazer a vida alguém que já partiu desse plano.
Eu me senti voando, mais libertador do que quando me transformara em águia, mais intenso e absoluto. Eu vi o sol nascer a um lado meu e se por do outro, em minutos ele girava acima de mim. Várias e várias vezes. Eu ainda lembrava do sorriso do meu pai, dos olhos do garoto que eu amava, da canção de ninar que a mamãe cantava.
Eu queria viver, mas meu tempo acabou. Eu não podia ser a mesma Fay. O vento me carregou para um portal, eu o atravessei e senti minha essência se solidificar num corpo.
Eu senti as asas, penas, o vento, a velocidade, as nuvens, o mundo, eu estava de volta como uma águia? Era isso? Então ouvi o eco daqueles soluços.
Eles eram tão doloridos, que meus próprios olhos queriam chorar junto, eu precisava aplacar aquela dor imensa. Voei o mais rápido que pude.
E desci sobre um cemitério, as nuvens resolveram chorar junto.
— A culpa é sua! Ariana está morta por culpa sua! Se não tivesse trazido aquele maldito Grindewald pra dentro da nossa casa! — gritava Aberforth para o irmão mais velho.
Alvo só escutava, não reagia, não se defendia, só chorava.
— Vindo como uma ratasana sorrateira, cheia de dentes afiados e ideias de revolução! Se não tivesse dado ouvidos pra ele, Ariana ainda estaria aqui!
O Aberforth ergueu o punho e socou a cara do irmão mais velho. Nem com isso o outro gritou de volta.
A chuva ensopava as vestes de Alvo, ele caminhou sozinho para fora do cemitério, se ajoelhou na estrada e baixou a cabeça derrotado.
Eu temi feri-lo com minhas garras de águia, entretanto percebi que eu era muito menor que aquele pássaro. Me empoleirei no ombro de Dumbledore.
Ele se sobressaltou e eu comecei a chorar junto. A irmã que ele me contara, estava morta, Dumbledore se sentia responsável, por isso não brigou com o irmão. Ele estava sofrendo tanto, opobre Alvo!
Minhas lágrimas se misturaram com as dele, com as lágrimas do céu e então eu percebi. O ferimento no rosto de Dumbledore estava se curando.
Senti o toque sutil da mão de Dumbledore em uma de minhas asas. Ele me olhou atentamente.
— Fay, você tem os olhos da minha querida Fay. É tão graciosa quanto ela… deve ser a única que não me odeia.
Os olhos dele estavam vazios e desesperados. Eu comecei a cantar a música de ninar que mamãe cantava pra mim.
Lentamente, o olhar de Dumbledore adquiriu um calor e esperança que não estavam ali antes.
Os braços dele me envolveram, e ele beijou minha cabeça.
— Por favor, fique comigo, Fay Winona Kendall Stone. Minha querida Fênix.
Olá! Começando minhas leituras da C por uma fanfic de HP, que tal como aquelas duplas sertanejas dos memes, não li e nem lerei os livros, não vi e nem verei os filmes. Nada contra os personagens, só uma magoazinha aqui com a autora e tempo que não sobra muito para o que quero ler e assistir, quanto mais esses que não tenho muito interessante. Bem, sobre o seu texto achei bem ágil e com personagens cativantes. Tem coisinhas para revisar que passaram na hora de escrever, talvez enviou de última hora e não deu tempo de revisar melhor? Bem, é isso. Até a próxima!
Olá, Autora! Tudo bem?
Gostei bastante do seu conto! Muito fofo! 😍 Não conheço o universo HP, nunca li os livros nem vi os filmes, então não tenho nem ideia de quem são os personagens, mas mesmo assim gostei do conto.
Mas acho que ele precisava de muito mais palavras, sabe. A história brilharia muito mais com mais palavras e maior desenvolvimento dos personagens.
Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!
Até mais!
Olá, entrecontista!
De antemão, afirmo que conheço superficialmente o universo de Harry Potter. Apesar disso, seu conto me parece uma fanfic autêntica, fiel ao contexto, aos personagens e ao clima da obra original. A narrativa é densa, repleta de cenas e detalhes que demonstram domínio do enredo e um claro esforço criativo. Como leitor externo, percebi esse cuidado na construção dos personagens (principalmente Fay e o amigo Percival/Wulfrico), na ambientação e nos diálogos, que fluem com naturalidade e ajudam a sustentar bem o texto.
Também notei alguns deslizes de revisão que comprometeram um pouco a fluidez da leitura. Ainda assim, senti que o conto mantém um bom equilíbrio entre o tom original e a proposta fanfic, mesmo tendo assistido apenas a um dos filmes. Parabéns pela criatividade e boa sorte no desafio.
Olá, Luna!
Como terminei minhas leituras e comentários obrigatórios, tive tempo para vir conferir os contos das outras séries. Então, cá estou eu, metendo o bedelho na série C. E esse seu conto é a segunda fanfic de Harry Potter que pego pra ler e, tenho que dizer, escolher Harry Potter como inspiração é sempre correr risco, pois a história original, pra mim, é bastante falha. Nos meus contos obrigatórios fiz um esquema de comentário mais organizado, para ser mais prático e ágil. Farei algo semelhante aqui.
Técnica – Seu conto vai numa linha bastante tradicional no que diz respeito à estrutura, compondo um corpo de texto único, tentando subentender a passagem de tempo dentro do texto. Não acho que foi a melhor opção, pois uma divisão com asteriscos, ou números, teria facilitado a leitura e deixado tudo mais simples para o leitor, sabe? Outra crítica é com relação à revisão, que precisaria ter sido um pouco mais apurada, pois até frase iniciando com letra minúscula veio para o público. Fora isso, acho que você conseguiu contar sua história de forma muito eloquente, alternando narrações e diálogos de forma equilibrada.
Enredo – A história que você optou por contar é a do surgimento da Fênix de Dumbledore, o pássaro imortal, que ressurge sempre que morre e, em algumas passagens dos livros, intervém a favor de Harry Potter, demonstrando o claro favoritismo que o diretor da escola tinha pelo bruxo adolescente. Mas acho que você fez bem ao inserir um personagem novo, fugindo das armadilhas criadas pela J. K. Rowling, conseguindo criar uma história consistente e interessante, com uma personagem que é bem carismática e agradável.
Tema – Para este desafio a escolha era entre fanfic e chubesco. E você foi na primeira opção e a fez com louvor. Tudo aqui está de acordo com o que foi nos dados como desafio. Parabéns.
No geral, acho que você mais acerta do que erra com Unilateral. Você não tinha o compromisso de alterar nada no mundo de HP, e, mesmo assim, o fez de forma simples e certeira, sem atrapalhar nada do que já havia sido criado, pois nada nunca foi falado sobre a origem de Fawkes. Mas, reforço, é preciso um cuidado maior com a revisão do texto, ok? No próximo desafio você estará na série B, então as críticas serão bem mais acentuadas.
É isso, boa sorte no desafio!
Assisti o filme há muitos anos e nem lembro mais. Tampouco li o livro e não lembro dos personagens, quem é quem. De qualquer forma, gostei do conto. Parabéns e boa sorte.
Fanfic clássica! Creio que a alta densidade dos acontecimentos deveu-se aos limites dos caracteres. Oportunidade para melhorar a revisão. Não sou fã do personagem, portanto para mim o conto não foi impactante. Imagino que para os seguidores do jovem bruxo , a atmosfera e o conteúdo tenham agradado.
Fanfic de Harry Potter, o que, para mim, não é fácil, pois eu nunca gostei do HP. O problema dos fanfics é mesmo este, mas, apesar disso, fiz algumas pesquisas para entender melhor o texto. Em termos de escrita, não me inclino muito para este estilo “diário”. Para além disso, o texto tem umas quantas falhas, e até mesmo erros ortográficos. No entanto, e apesar de tudo o que referi, gostei do conto e da história em si. Possivelmente um enredo que merecia um texto mais longo e mais detalhado, já que cobre uma linha cronológica algo extensa. A história foi-me conquistando, aos poucos, e o final, principalmente porque sou desconhecedor do universo HP, surpreendeu-me. Depois de uma rápida pesquisa, compreendi o final, e a fanfic, e creio que, para quem gostar desta universo, será bastante interessante.
Neste conto acompanhamos Fay, uma pequena bruxa que conhece um Alvo Dumbledore novo e estudou com ele em Hogwarts. Apaixonada pelo bruxo que um dia seria o diretor da escola, ela se vê rejeitada pelo seu amor – vide o título do conto, muito bem colocado. Neste ponto, gostei que o(a) autor(a) resolveu manter a pegada de JK Rowling, e manter a discrição que Dumbledore tinha com a própria sexualidade (até mesmo por que, provavelmente ele mesmo ainda se descobria homossexual na época). Ele a nega com uma desculpa esfarrapada, dizendo que ela o lembrava de sua irmã.
A complicação da história vem a forma de CAUS, uma doença que aos poucos mata Fay, e cujos efeitos são irreversíveis, mas podem ser retardados com poções energizantes. Dumbledore e o pai de Fay prometem encontrar uma cura, mas o seu pai morre tentando, e o seu falecimento parece acelerar os efeitos da doença. Fay morre pouco tempo depois.
Então, a grande reviravolta: Fay é a fênix de Dumbledore, as suas iniciais formando o nome de Fawkes. Este final talvez seja o ponto mais alto do conto, escrito com muito carinho, desde a morte de Fay, a sua passagem pelo portal (que respeita bastante o livro), até ela se ver no corpo de uma fênix e estando agora para sempre ao lado de seu amor. É uma história bem “Harry Potter” mesmo, com excelente ambientação, claramente escrita por um(a) fã de carteirinha, com muita imaginação e uma sacada genial!
NOTAS:
Pensei que o conto fosse sobre Luna Lovegood, uma de minhas personagens favoritas, mas é melhor. É sobre a fênix de Dumbledore, que Harry chamava de Fawkes.
Encontrei poucos erros de digitação e achei a história muito boa. De cara, ela me remeteu a Luna e nem foi por causa de seu pseudônimo. Percebe-se que o autor é um fã de Harry Potter e que conhece muito do universo. Muito bom.
A escrita é boa, mas as situações são todas narradas de uma forma direta demais. Para isso, o remédio é continuas escrevendo. De qualquer forma, este é um bom conto, que entrega uma história bonita.
De todos os contos que li até agora (nesse desafio), posso dizer que esse é o fanfic mais puro de todos. Não porque ele seja muito bonzinho, mas porque ele de fato tem a vibe completa de uma fanfic. Quase todos os outros autores (eu incluso) fizeram suas fanfics com um twist, seja colocando os personagens na sociedade atual, seja usando só um elemento da história para servir seus próprios interesses literários. Esse conto aqui não, ele é uma fanfic de verdade.
Não só ele se passa no universo do Harry Potter, se mistura com a mitologia original e possui alguns dos personagens, mas também é um drama adolescente, algo muito comum nesse tipo de história. E um drama perfeitamente escrito dentro desse gênero. Conseguimos sentir todas as emoções da personagem e como é ser uma garota apaixonada nessa época da vida (adicionando-se o fato de ela ser uma bruxa, mas isso são detalhes). Se as experiências da história não tiverem relação com a vida pessoal da autoria, quem escreveu isso aqui foi um gênio ou alguém que realmente manja de transfiguração.
Dou os parabéns pela fanfic.
Agora, mesmo assim, nem tudo são flores. Temos algumas partes confusas e vários probleminhas de revisão que poderiam ser corrigidos com uma varredura de IA ou mais leituras antes do envio.
Existe uma tendência atual em usar bastante vírgulas ao narrar os acontecimentos, e isso também vejo nesse texto. Faça a experiência de reler tudo trocando as vírgulas por ponto final ou dois pontos. Muitas delas, você vai ver, podem ser substituídas por eles, e isso vai deixar o texto mais elegante.
Quanto à história em si, os saltos temporais no começo do texto me deixaram confuso. Uma hora ela está fora de casa entregando biscoitos, depois está numa loja, depois conhecendo Dumbledore… acho que faltou um pouquinho de explicação para ficar mais claro na cabeça do leitor. Algumas passagens de tempo também ficaram um tanto corridas, já que o conto perpassa vários anos. Por exemplo, ela deixa de ver o Dumbledore direito por um ano depois do baile, e esse período não é muito abordado. Poderia haver um pouquinho de narração para falar como foi isso para a personagem, com cenas de uma linha. Aí não ficaria tão abrupto.
De qualquer forma, está muito bem escrito, e vejo talento para esse tipo de história. Com certeza o público de dramas adolescentes iriam gostar desse conto. Parabéns!
Boa sorte no desafio.
Boa tarde!
Sou muuuuuito fã de HP, entao tava ansioso pra ler as fanfics! Foi a primeira que encontrei, até agora, mas to ciente de que tem pelo menos mais uma.
Gostei da sua historia! Acho que é uma historia um pouco longa demais pra tão pouco espaço, e portanto funcionaria melhor com mais palavras, talvez algo entre 7 e 10 mil. Espero que voce, apos o desafio, continue trabalhando na historia e a expanda. Acho que essa encorpada seria otima pro conto, pois voce tem uma boa ideia, que abre possibilidades pra muitos acontecimentos. Sao 7 anos de Hogwarts, então muita coisa poderia ser contada ali. Sinto que os anos vão pulando rapido demais, deixando espaço para muita coisa que poderia ser contada.
Perceba que nao to reclamando nem dizendo que o conto é ruim. É justamente por ter gostado que queria mais, sabe?
A escrita é boa, mas acho que poderia ser mais elaborada, tambem. Algumas frases são diretas demais, algumas situações são contadas, ao inves de mostradas. Acho que trabalhar nisso pode aumentar o brilho do conto, tambem.
Por fim, adorei o desfecho. Em nenhum momento tinha imaginado que Fay fosse Fawkes. Achei um pouco confusa a passagem em que ela se transforma na fenix, mas achei um bom desfecho, bem bonito e bastante criativo.
Parabens e boa sorte!
ola, Luna, achei o conto bem escrito, boa revisão. Não tenho grande conhecimento das historias de Harry Potter, taslvez por isso tenha perdido algo, fiquei com algumas dúvidas com relação à historia. ´por exemplo: o que aconteceu com o pai? achei a passagem da casa para o castelo abrupta, outra dúvida, não sei se fui eu que não entendi, se foi um sonho ou um flashback a cena da briga do Dumbledore com o irmão, Quem é Claus? e o final achei estranho.
Unilateral
Da série “fazendo a boa”, para os calouros da Série C, vim apresentar minhas impressões pessoais sobre o seu conto. Unilateral é um conto fanfic , que nos apresenta uma história spin-off entre Alvo Dumbledore e uma colega de Hogwarts, Fay Stone.
Bom, partindo do pressuposto que esse é um conto de um escritor/escritora iniciante, vou falar mais de sugestões, voltadas para melhorar alguns aspectos importantes para essa caminhada literária. Primeiramente, esse conto possui sérios problemas de revisão gramatical. São muitos erros bobos (por exemplo, Thompson escrito de duas maneiras diferentes). Além disso, também temos uma profusão de erros de vírgula, concordância e coesão…
Uma lição que recebi aqui no grupo, de um autor bem mais experiente: a expectativa do leitor é que quem tenha escrito a narrativa tenha investido o máximo de tempo possível para revisar seu texto. Quando isso não acontece, bom, não há nada muito para comentar. A história, por mais bonita e sensível que possa ser, se torna menos do que ela realmente é, afasta o leitor.
Então, sobre isso, invista em revisão. Tire um tempo e releia cada frase do conto com atenção. Na dúvida, apele para a IA, peça para ela revisar e apontar os erros. Tome nota do que errou, como errou, porque errou e de que forma consertar.
Além disso, em termos de história, posso dizer que essa é uma boa história. Contudo, grande demais para o espaço permitido. No início (e para ser sincero, até mesmo depois de algum tempo que você pega a manha), é difícil saber exatamente o quanto conseguimos encaixar dentro de um conto e como escolher. Esse conto é derivado de Harry Potter. Quantas palavras tem um livro da série, por exemplo? E o espaço permitido nesse desafio? Enfim, é preciso fazer escolhas; o que abordar, como abordar, por que abordar X e não Y?
Resumidamente, senti que a história abordou muita coisa, sem entrar muito num assunto. Exceto, claro, pela doença de Fay. Muito explicado os fatos, mas não escritos para nos fazer sentir.
Dito isso, por mais que as palavras possam ter sido pesadas, peço encarecidamente que não desista. Persista! Todos nesse grupo começaram de algum lugar. Eu genuinamente achei que seu conto tem uma sensibilidade interessante e necessária para a literatura. Agora é sacudir a poeira, ler o restante dos demais comentários, filtrar o que é positivo e agrega e pensar no próximo conto.
Espero, sinceramente, ler novos textos escritos por você. É sempre muito bom ver a evolução dos participantes do grupo e creio que você irá pelo mesmo caminho.
Seja bem-vindo/vinda ao EC!
Fazia muito tempo que não consumia nada do mundo Harry Potter. Acho que você conseguiu captar com felicidade sua paixão por esse universo. Tem um carinho especial aos detalhes de vocabulário e até de cenário, como você repassa os personagens e o cenário originais dentro da sua nova história.
Além disso, como uma “clássica fanfic”, teu texto é bem movimentado, os personagens não param de entrar em conflito e romance, a Fay e o Dumbledore. Eu particularmente gostei das suas descrições mais sentimentais nas cenas dramáticas e acho que você pode explorar mais sua habilidade em desenvolver descrições. Especialmente sobre fragilidade, sentimento de insuficiência, romance melodramático, etc.
este conto é uma bela fanfic do mundo de Harry Potter muito legal ver uma possibilidade da infância de alvo Dumbledore e ainda saber como ele conseguiu a Fênix que aparece em um dos livros da franquia. Uma bela história que amplia o universo de Harry Potter.
Oi! Dificilmente faço introduções ao comentar um conto, mas fiquei sabendo que a série C contém apenas novatos, então aproveito para dar boas-vindas e, sobretudo, recomendar que nos acompanhe nos próximos desafios. Participo desta comunidade há quase dez anos e o tanto que cresci na escrita nesse período posso atribuir a esta grande colaboração que é o EntreContos. A experiência de, na imparcialidade do anonimato, ter o seu texto comentado e ranqueado, em geral escrito para atender a um desafio de temas e limites de palavras… da forma como foi sofisticado aqui, não encontrei igual.
Enfim, por questões regulamentares não sou obrigado a ler a série a C, mas é muito mais legal ler todos os textos participantes, então farei esse esforço nesses desafios. Só não atribuirei nota e também não costumo separar meus comentários em tópicos, o que talvez desse em uma impressão mais bem estruturada, mas poderá perceber que, de praxe, comento entre dois aspectos: forma (escrita, estrutura do texto, vocabulário, diálogos, etc.) e conteúdo (enredo, personagens, adequação temática, narrativa, etc.). Espero contribuir. Boa sorte no desafio!
Um conto bem bonito, que senti atravessar o território da fanfic, trabalhando personagens do universo literário de Harry Potter e, ao mesmo tempo, entrega um enredo juvenil, na temática do florescer da adolescência e dos primeiros amores. Se tematicamente atende, sinto que o texto poderia ter sido mais bem lapidado na sua escrita e estrutura. Menos parágrafos curtos, ter iniciado a história com ela já em Hogwarts e distribuir melhor a narrativa entre ela, Dumbledore e o pai talvez já fizesse uma leitura mais consistente. Também se utiliza de muitos clichês, o que funciona, mas não o suficiente para sobrepor a previsibilidade do enredo. Outra melhoria poderia ter sido nas descrições e na narração. Alguns trechos ficaram um pouco confusos como, por exemplo, o desaparecimento do pai ser motivado por uma busca da cura que só aparece naquele momento enquanto, em contrapartida, a busca de Dumbledore perde importância. Deu a impressão de que decidiu atribuir essa subtrama ao pai e ao alterar acabou esquecendo de mudar o restante. O que leva a outro ponto: revisar e reescrever. As principais ideias do conto estão aqui e atendem ao certame, mas o conto está “bruto”. Requer uma releitura e novas redações para entregar essa história em sua melhor forma. Com essas considerações, posso dizer que foi uma ótima sacada investigar um outro lado da juventude do futuro Diretor de Hogwarts, sem aprofundar a já conhecida história dele com Grindelwald, mas conectando a isso no final.
Harry Potter foi, em sua forma cinematográfica, uma série importante para a minha infância. Mas nunca li e admito que não tenho mais o mesmo interesse de antes para me debruçar sobre os livros de Rowling atualmente. Foi legal ter lido “auror” e ser transportado para esse universo novamente. Tanto que de imediato comecei a pensar como teria sido escrever um conto nesse universo. Talvez no futuro escreva algo se passando em Castelobruxo, quem sabe.